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Vinte e dois convidados de um casamento no Paquistão morreram depois que o riquixá (carro movido a tração humana) em que eles estavam caiu em um canal no noroeste do país, anunciou a polícia nesta quarta-feira (11), ao final da operação de resgate.

A bordo do carro de três rodas viajavam 29 pessoas, um número excessivo, quando este caiu na água perto da localidade de Dera Ismail Khan.

"Encontramos 22 cadáveres, de 16 mulheres e seis crianças", disse Muhamad Ramzan, um responsável das forças de segurança à AFP, que informou também o resgate de outras sete pessoas.

Todas as vítimas pertenciam à mesma família e pelo menos sete delas estavam em um mesmo núcleo familiar, confirmou um policial.

Os riquixás são um meio de transporte muito habitual no Paquistão e os acidentes com estes carros são comuns.

O Paquistão é um dos países do mundo com o maior número de acidentes rodoviários fatais.

Ao menos sete pessoas morreram e 50 ficaram feridas na explosão de uma bomba nesta terça-feira em uma escola corânica (madrassa) em Peshawar, noroeste do Paquistão, anunciou a polícia local.

"A explosão aconteceu durante o ensino do Corão. Alguém trouxe uma bomba para a escola religiosa", declarou à AFP o policial Waqar Azim.

Mohammad Asim Khan, porta-voz de um hospital local, informou que o estabelecimento recebeu sete corpos e 70 feridos.

Os mortos tinham entre 20 e 40 anos e entre os feridos há crianças, indicou Asim Khan.

A pessoa que colocou a bomba saiu antes da explosão, afirmou Waqar Azim.

Até o momento nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado.

O ataque aconteceu após meses de relativa calma no Paquistão, e sobretudo em Peshawar, outrora devastada por atentados diários, mas onde a segurança melhorou consideravelmente.

A violência extremista diminuiu no Paquistão depois de várias operações militares em zonas tribais fronteiriças com o Afeganistão. Mas alguns grupos ainda estão em condições de cometer atentados.

Em 2014 um ataque dos talibãs paquistaneses contra uma escola em Peshawar matou mais de 150 pessoas, a grande maioria crianças. Depois, o exército paquistanês intensificou as operações contra os grupos armados.

O Paquistão anunciou nesta segunda-feira (19) que suspendeu a proibição do aplicativo de compartilhamento de vídeos TikTok porque a plataforma concordou em bloquear conteúdo "imoral".

Apesar de sua popularidade, o Paquistão fechou a TikTok, propriedade da sociedade chinesa ByteDance, em 9 de outubro por divulgar conteúdo "imoral, obsceno e vulgar".

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A Autoridade de Telecomunicações do Paquistão (PTA) indicou nesta segunda-feira ter tido uma promessa da TikTok de que a empresa "bloqueará todas as contas repetidamente implicadas na disseminação de obscenidades e indecências".

No entanto, a PTA avisou que o aplicativo pode ser definitivamente banido no Paquistão se não moderar o conteúdo postado na plataforma.

A TikTok assegurou, por sua vez, que se comprometeu a fazer cumprir "as diretrizes da comunidade e cumprir as leis locais", sem especificar exatamente quais regras ela deverá aceitar.

O Paquistão, um país muçulmano conservador, saiu em busca de conteúdo "imoral" na internet e nas redes sociais. No início de setembro, fechou vários aplicativos de namoro, incluindo o Tinder e o Grindr, por esses motivos.

Da mesma forma, em agosto, ordenou que o YouTube, que pertence ao Google, bloqueasse "conteúdo vulgar, indecente, imoral, nudez e discurso de ódio".

Arslan Khalid, conselheiro do primeiro-ministro Imran Khan encarregado da mídia digital, afirmou recentemente que a "exploração" e "sexualização de meninas no TikTok" causou sofrimento aos pais.

O TikTok foi proibido em Bangladesh no ano passado na luta contra a pornografia, enquanto a Indonésia bloqueou brevemente seu acesso por meio de palavrões.

O Paquistão, com um sistema de saúde devastado, parecia caminhar para o pior cenário quando as primeiras infecções de coronavírus foram diagnosticadas em seu território. Mas, seis meses depois, esse não é o caso, para surpresa geral.

Os últimos números oficiais registram 300.000 infectados, um número que muitos especialistas consideram que pode ser dez vezes maior, e 6.300 mortos.

E, mesmo que o número de mortes seja na realidade o dobro ou o triplo, segundo diversos especialistas, está a anos-luz do balanço do Brasil, que tem uma população semelhante: mais de 122 mil mortes para 210 milhões de habitantes, contra 220 milhões de pessoas no Paquistão.

Cerca de 18 pacientes morreram no país na terça-feira, em comparação com os 150 óbitos diários no auge da crise. "Ninguém pode explicar essa queda", diz o Dr. Salman Haseeb, médico em Lahore (leste). "Não temos uma explicação concreta".

O Paquistão, com problemas de saúde pública devido à falta de financiamento e décadas de fracasso em sua luta contra doenças infecciosas, é um dos únicos países no mundo onde a poliomielite continua endêmica.

Enquanto o vírus matou no mundo inteiro especialmente os idosos, o Paquistão tem a vantagem de sua população ser muito jovem, com idade média de 22 anos. Seu clima quente e úmido também é apontado como explicação para o fenômeno.

- "Sob controle" -

Os paquistaneses, afetados ao longo de sua história por muitas doenças relacionadas à péssima qualidade da água, teriam até uma imunidade natural à Covid-19, afirmam alguns, sem apresentar evidências.

"Quaisquer que sejam as razões (...) a primeira onda do vírus está quase acabando no Paquistão", comemora o Dr. Khizer Hayat de Multan (centro).

"A situação já está controlada e os serviços estão esvaziados", observa, o que vários médicos confirmaram à AFP.

Os hospitais do país estão se descongestionando. Os serviços de emergência, por um tempo sobrecarregados, voltam à sua atividade normal. Mas "é difícil saber por quê", admite Hayat.

E é estranho, já que a vizinha Índia, com uma população semelhante com idade média de 26 anos, experimenta um forte avanço do vírus. O país, com 1.3 bilhão de habitantes, registrou neste final de semana o recorde de 79 mil casos positivos em 24 horas. Com 66.000 mortos, sua curva de mortalidade cresce fortemente, quando a do Paquistão é plana.

Na Europa, as medidas de confinamento estritas explicam a redução da doença, mas um novo surto de covid-19 ocorreu neste verão após flexibilizações.

No Paquistão, as estratégias foram alternadas, sem realmente serem aplicadas.

Após o confinamento do país na primavera, cidades e vilarejos reabriram rapidamente e as mesquitas continuaram a receber muitos fiéis, especialmente durante o Ramadã e o feriado do Eid.

Os confinamentos "inteligentes", localizados e limitados no tempo, são pouco impostos. As medidas de distanciamento social foram abandonadas e as máscaras, outrora onipresentes, tornaram-se excepcionais, para contrariedade dos especialistas.

"As pessoas precisam entender que o vírus não desapareceu totalmente", comenta Waheed Uz Zaman Tariq, chefe do departamento de virologia e doenças infecciosas de um laboratório de Lahore. "Precauções ainda precisam ser tomadas", insiste.

Em todos os lugares há a impressão de uma vitória nacional contra o vírus.

"As pessoas pensam que vencemos a covid-19", ressalta o microbiologista Hassan Waseem. E alerta que "os riscos de uma segunda onda ainda estão presentes".

O Paquistão anunciou que vai retomar todos os tipos de voos internacionais para o país e a partir do seu território, começando neste domingo. O governo alega que há uma queda constante nas mortes e infecções por Covid-19 no país.

O anúncio acontece semanas depois de o Paquistão reabrir parcialmente aeroportos nacionais para voos comerciais. No início da semana, todos os voos domésticos foram autorizados no país.

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A proibição total de voos comerciais domésticos e internacionais foi imposta em março, quando o Paquistão aplicou o bloqueio nacional para conter a disseminação do coronavírus. Mais tarde, as restrições foram gradualmente atenuadas. O pico de mortes e infecções foi relatado em junho.

Neste sábado, o Paquistão contabilizou 14 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o total de fatalidades relacionadas ao vírus para 6.068.

Ao menos seis pessoas morreram, incluindo um policial, quando quatro homens armados invadiram nesta segunda-feira (29) a Bolsa de Karachi, a capital financeira do Paquistão no sul do país, um ataque reivindicado por um grupo separatista da província vizinha do Baluchistão.

"Quatro seguranças e um civil morreram, além de um policial, em um ataque terrorista com granada e fuzil contra a Bolsa de Karachi", anunciou a polícia em um comunicado.

A fundação Edhi, principal organização de emergência de Karachi, anunciou um balanço de sete mortos e sete feridos. Os quatro criminosos foram mortos, informou à AFP o comandante policial Ghulam Nabi Memon.

O ataque contra a Bolsa de Karachi aconteceu 10 dias depois do lançamento de uma granada contra uma fila de espera em uma agência de ajuda social, um atentado que deixou um morto e oito feridos.

A cidade portuária de Karachi registrou durante anos um elevado índice de criminalidade, mas recentemente era considerada mais segura devido a uma importante presença das forças de segurança.

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A ativista Malala Yousafzai se formou no curso de Política, Economia e Filosofia na Universidade de Oxford, na Inglaterra. Nessa quinta-feira (18), ela publicou imagens da comemoração no perfil do Instagram.

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“Difícil expressar minha alegria e gratidão agora, ao concluir meu curso de Filosofia, Política e Economia em Oxford. Eu não sei o que está por vir. Por enquanto, será Netflix, lendo e dormindo”, brincou a jovem paquistanesa.

A militante ficou conhecida por denunciar violações dos direitos humanos do Taliban. A repercussão dos seus textos, assinados como ‘Gul Makai’, fez com que ela sofresse um atentado em 2012, quando ela tinha 14 anos. Integrantes do regime efetuaram disparos de fuzil que atingiram sua cabeça e o pescoço. Em 2014, a jovem ganhou o Nobel da Paz por lutar pela educação do seu país.

"Havia gritos por toda parte", conta Mohammad Zubair, um dos dois sobreviventes do acidente de um Airbus A320 na sexta-feira (22) em uma área residencial em Karachi, a grande cidade do sul do Paquistão, no qual 97 pessoas morreram.

Depois que o avião tocou o chão, "recuperei a consciência e vi fogo por toda parte. Não via ninguém", lembra o jovem de 24 anos, cujo relato de 53 segundos de seu leito no hospital se tornou viral nas redes sociais. "Havia gritos de crianças, adultos e idosos, em todos os lugares. Todos estavam tentando sobreviver".

"Soltei o cinto de segurança, vi luz e tentei ir nessa direção. Funcionou. A partir daí, pulei" para fora da aeronave, continua em voz clara, rosto visivelmente incólume após o desastre.

Segundo um funcionário do ministério da Saúde de Sindh, cuja província Karachi é a capital, Mohammad Zubair sofreu queimaduras, mas sua condição é estável.

O outro sobrevivente é o presidente do Bank of Punjab, um dos maiores bancos do país, Zafar Masud, segundo o presidente da companhia aérea Pakistan International Airlines (PIA), Arshad Malik.

O A320 da PIA proveniente de Lahore caiu numa área residencial quando se aproximava do Aeroporto de Karachi no início da tarde de sexta-feira após uma falha técnica, matando 97 das 99 a bordo, incluindo oito tripulantes, de acordo com várias fontes. Ainda não há informações de vidas em terra.

As operações de resgate terminaram no amanhecer deste sábado, disseram as autoridades. Durante toda a sexta-feira, equipes de resgate e moradores revistaram os escombros em busca de corpos.

Um jornalista da AFP viu vários corpos carbonizados sendo carregados para uma ambulância. O voo PK8303 "perdeu contato com o controle de tráfego aéreo às 14h37" (6h37 de Brasília), segundo o porta-voz da PIA, Abdullah Hafeez.

Uma gravação autenticada por um porta-voz da PIA revela um pedido de socorro do piloto à torre de controle, na qual declara: "Perdemos os motores". O CEO Arshad Malik prometeu uma investigação "transparente".

O piloto era experiente, segundo o ministro, e a aeronave, colocada em serviço em 2004, voava para a PIA desde 2014, de acordo com um comunicado de imprensa da Airbus.

- Preso na saída de emergência -

"Vi um passageiro saindo do avião. (...) ele estava vivo. Ele estava falando. Ele me pediu para salvá-lo, mas suas pernas estavam presas na saída de emergência", contou Raja Amjad, uma testemunha que pouco antes viu um corpo "cair em seu carro".

Sarfraz Ahmed, um bombeiro, disse à AFP que muitas das vítimas ainda usavam cinto de segurança. Até o momento, 21 pessoas foram identificadas, algumas das quais já foram enterradas.

Um major, que morreu com sua esposa e dois filhos, recebeu um funeral militar, seu caixão coberto com a bandeira nacional, observou a AFP. Pelo menos dois outros oficiais foram enterrados em Karachi.

Testes de DNA são realizados na Universidade de Karachi para determinar quem são as outras vítimas. Segundo o ministro das Relações Exteriores Shah Mahmood Qureshi, o avião tinha "muitas pessoas voltando para casa para o Eid" el-Fitr, a celebração do fim do Ramadã, o feriado mais importante para os muçulmanos.

O acidente ocorre poucos dias após o país autorizar a retomada dos voos comerciais domésticos, suspensos por mais de um mês para combater a propagação do novo coronavírus.

Acidentes envolvendo aeronaves e helicópteros civis e militares ocorrem com frequência no Paquistão.

O último grande acidente aéreo no país remonta a dezembro de 2016. Um avião da PIA que realizava um voo doméstico caiu no norte montanhoso, matando 47 pessoas.

A PIA era uma das principais companhias aéreas do mundo até a década de 1970. Mas anos de perdas financeiras, má administração e atrasos mancharam sua reputação.

A empresa esteve envolvida em inúmeras controvérsias. Entre março e novembro de 2007, toda a sua frota, exceto oito aeronaves, foi colocada na lista negra da União Europeia.

Um avião com cerca de 100 passageiros caiu próximo ao aeroporto de Karachi, no Paquistão, nesta sexta-feira (22), informa a mídia local. Não há informações sobre vítimas ou feridos até o momento.

Segundo a TV paquistanesa "Samaa", o Airbus A320 da Pakistan International Airlines (PIA) fazia um voo interno entre as cidades de Lahore e Karachi e sofreu o acidente minutos antes de pousar. A queda ocorreu em uma área residencial, a cerca de quatro quilômetros do aeroporto.

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O número de pessoas a bordo ainda não foi confirmado. Em entrevista ao jornal local "Dawn", um representante da companhia aérea falou que havia 90 passageiros e oito tripulantes no voo.

Outro porta-voz da empresa, dessa vez em conversa com os jornalistas do "Dunya News", falou em 99 passageiros e seis tripulantes a bordo.

Ainda conforme a mídia local, apesar da aeronave conseguir transportar cerca de 180 pessoas, a PIA anunciou que voaria com cerca de 50% da capacidade de cada avião para permitir medidas de distanciamento social por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Em imagens divulgadas nas redes sociais, os paquistaneses mostram cenas com muito fogo em áreas próximas a casas. Ainda não houve um pronunciamento oficial sobre o caso.

O Paquistão registra com certa frequência acidentes com aeronaves e helicópteros por conta da idade de sua frota e dos baixos padrões de segurança.

Da Ansa

A Rússia e o Paquistão registraram neste sábado recorde de novos casos de infecção pelo novo coronavírus. A Rússia reportou 9.633 novos casos de infecções, o que representa um aumento de 20% em relação à contagem de sexta-feira (1º). O Paquistão anunciou neste sábado 1.297 novos casos.

A Rússia agora contabiliza um total de 124.054 casos, com 15.013 recuperações e 1.222 mortes. Acredita-se, no entanto, que o número de infectados no país seja maior porque não são feitos testes em todos os suspeitos e a precisão dos testes russos é da ordem de 70% a 80%. Os casos confirmados de infecção atingiram também o governo russo, com o primeiro ministro e o ministro da construção relatando que haviam contraído o vírus.

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Há crescente preocupação em Moscou com a possibilidade de os hospitais ficarem sobrecarregados e o prefeito da cidade disse que as autoridades estão considerando estabelecer hospitais temporários em complexos esportivos e shopping centers para lidar com o fluxo de pacientes.

No Paquistão, por sua vez, o total de casos chegou a 18.114. O aumento coincide com a ampliação dos testes. O governo informou que mais de 9 mil testes foram realizados nas últimas 24 horas. O primeiro ministro Imran Khan indicou a meta de 20 mil por dia.

A China, onde a pandemia começou em dezembro, relatou um único novo infecção neste sábado, prolongando um declínio constante no número de casos confirmados. Já a Coreia do Sul relatou seis novos casos neste sábado. Ambos os países estão reduzindo os controles e reavivando a atividade econômica.

O vírus matou mais de 238 mil pessoas em todo o mundo, incluindo mais de 65 mil nos Estados Unidos. Especialistas em saúde alertam que uma segunda onda de infecções pode ocorrer, a menos que os testes sejam fortemente ampliados.

Fonte: Associated Press

Um tribunal do Paquistão anulou nesta quinta-feira (2) a sentença de morte contra o extremista Ahmed Omar Saeed Sheikh, nascido no Reino Unido, pelo assassinato do jornalista americano Daniel Pearl, que aconteceu em 2002.

De acordo com a defesa de Sheikh, a sentença foi comutada para sete anos de prisão. Como Sheikh está preso desde 2002, ele deve ser liberado em breve, embora o tribunal não tenha anunciado uma decisão neste sentido, informou a equipe de defesa.

Pearl, de 38 anos, era o diretor do escritório do Wall Street Journal para o sudeste asiático quando foi sequestrado e decapitado em Karachi em 2002, quando investigava uma história sobre militantes islamitas.

Um vídeo que mostra decapitação de Pearl foi entregue ao consulado dos Estados Unidos nesta cidade quase um mês depois do crime.

Sheikh foi detido em 2002 e condenado à morte por um tribunal antiterrorista. Outros três acusados receberam penas de prisão perpétua.

Em janeiro de 2011, um relatório publicado pelo Projeto Pearl, da Universidade de Georgetown, Estados Unidos, afirmou que os homens errados foram condenados pelo assassinato do jornalista.

A investigação, coordenada por Asra Nomani, amiga de Pearl e ex-colega no Wall Street Journal, e uma professora da Universidade de Georgetown, afirmou que o jornalista foi assassinado por Khalid Sheikh Mohammad, um dos supostos cérebros dos atentados de 11 de setembro de 2001, não por Ahmed Omar Saeed Sheikh.

Mohammad, autoproclamado autor intelectual dos ataques de 11 de setembro e mais conhecido como KSM, foi detido no Paquistão em 2003 e está preso na base naval americana de Guantánamo.

Um psicólogo americano que entrevistou KSM disse que o prisioneiro afirmou que decapitou Pearl.

A Turquia anunciou neste domingo (23) o fechamento temporário de sua fronteira terrestre com o Irã, assim como a suspensão de voos provenientes deste país, onde os casos de coronavírus se multiplicaram. A decisão também foi adotada pelo Paquistão e Afeganistão.

"Decidimos fechar nossa fronteira terrestre após o aumento do número de casos no Irã", declarou o ministro da Saúde turco, Fahrettin Koca.

O ministro ressaltou que a Turquia está "preocupada" com a situação e tomou essas medidas depois de conversar com as autoridades iranianas.

Estradas e ferrovias serão fechadas neste domingo a partir das 17h, no horário local.

O tráfego aéreo também será suspenso a partir das 20h, neste domingo.

"Isso significa que os voos que chegam à Turquia vindos do Irã serão suspensos e os embarques em direção ao Irã estão mantidas", ressaltou.

O Irã, que já registrou oito mortes por coronavírus, é o país com o maior número de mortos fora da China.

Além da Turquia, outros países tomaram a mesma medida de prevenção neste domingo. O Paquistão anunciou que fechará sua fronteira com o Irã por causa do vírus.

"Fechamos nossa fronteira com o Irã por causa das informações sobre o coronavírus naquele país", disse Ayesha Zehri, um alto-funcionário do governo do Baluquistão, fronteira com a República Islâmica.

Da mesma forma, o Afeganistão "proibiu temporariamente" as viagens por terra ou ar entre esse país e o Irã para impedir a propagação do coronavírus.

O Conselho afegão de Segurança Nacional informou que até o momento não foi detectado nenhum caso do vírus no país.

Pelo menos oito pessoas morreram e outras 23 ficaram feridas nesta segunda-feira (17) em um ataque suicida em Quetta, capital do sudoeste do Paquistão, informaram várias fontes.

Um suicida, cujo alvo era uma concentração religiosa, foi interceptado em um controle policial, disse à AFP o oficial da polícia Abdul Razzaq Cheema. "Quando a polícia o deteve, ele acionou seus explosivos, matando oito pessoas, incluindo dois policiais, e ferindo 23", explicou Cheema.

O ataque, que ainda não foi reivindicado, ocorreu quando o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, comemorava a notável melhoria da segurança no Paquistão em uma conferência nesta segunda-feira em Islamabad.

Segundo o CRSS, um centro de pesquisa paquistanês, entre 2015 e 2018, as mortes violentas registradas - de natureza extremista, política e criminal -, caíram 80% no país, de 6.574 para 1.131.

Hafiz Saeed, um dos suspeitos dos ataques que deixaram 160 mortos em Mumbai em 2008, foi condenado a cinco anos e meio de prisão no Paquistão, nesta quarta-feira (12), por "posse ilegal de propriedade" e por integrar uma "organização terrorista" - disse seu advogado à AFP.

Descrito como "terrorista internacional" pelos Estados Unidos, Saeed foi considerado culpado de "fazer parte de uma organização terrorista proibida" e de "posse ilegal de propriedade", relatou o advogado Imran Gill.

O acusado passou anos sob diferentes formas de detenção, às vezes em prisão domiciliar, às vezes brevemente preso e depois libertado pelas autoridades, sem ser condenado até agora pela Justiça paquistanesa.

Preso novamente em julho de 2019, permanecerá em uma prisão em Lahore, completou seu advogado.

"Realmente não há nada neste caso", acrescentou Gill, reforçando que "é apenas por causa da pressão do GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional)".

Esse órgão intergovernamental, que luta contra a lavagem de dinheiro e contra o financiamento do terrorismo, deve decidir em breve uma possível inclusão do Paquistão em sua lista negra. A decisão terá impacto econômico para o país.

Hafeez Saeed dirige o Jamaat ud Dawa (JUD), um grupo islâmico classificado como organização terrorista pelas Nações Unidas. Para Nova Délhi, o JUD é uma fachada da Lashkar e Taiba (LET), a organização acusada de estar por trás dos ataques de Mumbai.

Uma menina de 12 anos foi encontrada viva na terça-feira (14), após passar 18 horas soterrada por uma avalanche no Himalaia, na Caxemira, que destruiu a casa da família dela, informou a mãe da criança ontem.

A garota disse ter gritado muito por socorro enquanto estava deitada sob a neve, após a avalanche ocorrida na região da Caxemira controlada pelo Paquistão.

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Pelo menos 124 pessoas morreram em avalanches do Himalaia desde segunda. 

Ao menos 15 pessoas morreram e outras 19 ficaram feridas em uma explosão ocasionada por um suicida durante as orações vespertinas desta sexta-feira (10) em uma mesquita no sudoeste do Paquistão.

O chefe de polícia da província do Baluchistão, Mohsin Hasan Butt, disse à AFP que o incidente ocorreu em uma localidade perto de Quetta, a principal cidade da província.

Fida Mohammad, que participava das orações, contou que cerca de 60 pessoas estavam no local no momento do ataque à mesquita, que está situada em uma área muito povoada.

Segundo informações obtidas pela AFP, a explosão atingiu a primeira fila de fiéis instantes depois do início das orações.

"Foi um forte estrondo, as pessoas gritavam e corriam para todos os lados. Muitos ficaram feridos por causa da explosão", conta Mohammad.

Mohammad Waseem, do hospital Sandeman de Quetta, confirmou que 15 pessoas morreram.

O chefe de polícia também confirmou o número de mortos: "Dezenove pessoas continuam recebendo tratamento médico, dos quais três a quatro estão em estado grave", acrescentou Mohsin Hasan Butt.

Um oficial da polícia está entre os mortos, afirmou Butt, que considera que esse balanço possa aumentar por causa dos feridos que se encontram em estado crítico.

- Suicida do EI -

A ministra provincial Zia Ullah Langu disse a repórteres que as investigações realizadas por agentes de desativação de bombas indicaram que um "homem-bomba" realizou o ataque. Um porta-voz do governo da província, Liaqat Shahwani, também confirmou a informação.

Segundo o grupo de inteligência SITE, o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque.

No Twitter, um porta-voz militar paquistanês disse que uma equipe havia chegado à mesquita e mantém a área isolada.

"Uma operação conjunta de busca está sendo realizada com a polícia e os feridos são evacuados para hospitais", escreveu o porta-voz, Asif Ghafoor.

- Uma região volátil -

O ataque ocorre dois dias depois que uma bomba em motocicleta foi direcionada a um carro militar, matando duas pessoas e ferindo outras 14. O ataque aconteceu em um mercado movimentado de Quetta.

Situada na fronteira com o Afeganistão e o Irã, o Baluchistão é a maior e mais pobre província do Paquistão.

Embora em outras partes do país o número de incidentes violentos tenha diminuído consideravelmente, nessa província rebeliões são comuns e há ataques realizados por islamitas, separatistas e sectários.

Há tempos analistas alertam que o Paquistão não discute profundamente as causas do extremismo no país.

O Baluchistão é uma localização estratégica do Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC). O CPEC procura conectar a região oeste de Xinjiang (China) ao porto paquistanês de Gwadar, dando à segunda maior economia do mundo acesso ao Mar da Arábia.

O ano de 2020 já chegou para alguns países do mundo e a nova década foi recebida com shows de fogos de artifícios nas principais cidades da Rússia, Nova Zelândia,  Sri Lanka, Indonésia e Austrália, por exemplo.

A Nova Zelândia foi o primeiro país a celebrar 2020, recebendo o ano novo com fogos e grandes celebrações nas cidades neozelandesas Auckland e Wellington.

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Veja imagens da festa em diversos pontos do mundo:

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Um professor universitário acusado de ofensa ao profeta Maomé em 2013 e cujo advogado foi assassinado no ano seguinte, após uma ameaça de morte durante uma audiência, foi condenado à morte por blasfêmia neste sábado no Paquistão.

Junaid Hafeez será executado por enforcamento, de acordo com a sentença do tribunal de primeira instância de Multan (centro). "Graças a Deus, este caso chegou a sua justa conclusão", comentou o promotor Zia ur Rehman.

Junaid Hafeez, professor de Universidade Bahauddin Zakariya de Multan, foi acusado de ofender o profeta Maomé em 2013. Em maio de 2014, três homens armados assassinaram seu advogado, Rashid Rehman, depois de ter sido ameaçado de morte por outros advogados durante uma audiência.

Hafeez, muçulmano, está preso e isolado desde 2014. Suas condições de detenção pioraram no último ano. Ele foi trancado em uma cela de 8 metros quadrados em um quartel, onde é o único prisioneiro e não tem o direito de sair, segundo seu advogado Asad Jamal.

"Não existe um processo justo em temas de blasfêmia. Vamos apelar contra o veredicto", disse Jamal à AFP. "A condenação à morte de Hafeez é um erro judicial flagrante, extremamente decepcionante e surpreendente", reagiu Rabia Mehmood, pesquisador da Anistia Internacional (AI).

Desde o início do caso, oito juízes passaram pelo processo: os sete primeiros foram transferidos, informou a AI em setembro, que denunciou "graves atrasos de procedimento".

A blasfêmia é um tema sensível no Paquistão, onde até mesmo as acusações não provadas de insultos ao Islã podem resultar em assassinatos e linchamentos.

A absolvição no fim de outubro da cristã Asia Bibi, que passou mais de oito anos no corredor da morte por blasfêmia, algo que ela sempre negou, provocou manifestações violentas em todo país. Asia Bibi vive agora no Canadá com sua família.

Um tribunal paquistanês condenou à pena capital, à revelia, o antigo presidente do país, Pervez Musharraf. O general, aliado do presidente norte-americano George W. Bush na “guerra contra o terrorismo”, foi dado como culpado de alta traição e subversão da Constituição.

“Musharraf foi considerado culpado ao abrigo do artigo 6 por violação da Constituição do Paquistão”, explicou o funcionário judicial Salman Nadeem.

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As acusações contra o réu tinham respaldo na imposição do estado de emergência no país, em 2007, ano em que a oposição interna ao seu governo começava a ganhar força. Sob esta decisão, entre novembro daquele ano e fevereiro de 2008, foram suspensas as liberdades civis e os processos democráticos, verificando-se sucessivas violações dos direitos humanos.

Musharraf ascendeu ao poder em 1999 na esteira de um golpe de estado. A sentença ficou selada com os votos de dois dos três juízes do tribunal de contraterrorismo.

Musharraf encontra-se fora do Paquistão. Em novembro, o general divulgara uma mensagem em vídeo, a partir de um hospital em Dubai, quando disse que não estava tendo um julgamento justo. O governo de Pervez Musharraf terminou em 2008.

Milhares de islamitas de todo o país se reuniram em Islamabad, nesta sexta-feira (1°), para pedir a renúncia do governo do primeiro-ministro Imran Khan.

As escolas da capital foram fechadas pelo segundo dia consecutivo e importantes engarrafamentos paralisaram a cidade, na qual 17.000 policiais foram mobilizados para controlar os manifestantes.

Embora grandes avenidas e entradas da cidade tenham bloqueadas pelas forças de segurança, milhares de manifestantes obtiveram acesso ao coração de Islamabad e aguardaram as instruções dos líderes religiosos.

"Protestamos para que esses líderes incapazes voltem para suas casas. Estamos desempregados e nossas fábricas fecharam", disse à AFP Abu Saeed Khan, de Peshawar, a grande cidade do noroeste do país, localizada a cerca de 200 km de Islamabad.

"Precisamos fazê-los deixar o poder", corroborou Anas Khan, outro manifestante.

A manifestação, batizada de "marcha pela liberdade", é chefiada por Fazlur Rehman, líder de um dos grandes partidos islâmicos do país, o Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F).

O religioso, o grande rival do primeiro-ministro Imran Khan, pede sua renúncia e a organização de eleições.

Esta é a primeira grande manifestação contra o governo de Imran Khan, que chegou ao poder em 2018 após as eleições que a oposição denunciou como manipulada.

O protesto de Islamabad teve momentos de tensão quando os organizadores se recusaram a permitir que as mulheres participassem da manifestação, o que provocou duras críticas nas redes sociais.

Os jornalistas também não foram autorizados a cobrir o protesto. "Parece que na democracia exigida nas ruas, as mulheres não terão lugar", lamentou a defensora dos direitos humanos Marvi Sirmed.

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