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Doutor em biotecnologia, o pesquisador Marcos Vinícius de Almeida é um dos detentores da patente da fosfoetanolamina sintética, a "pílula do câncer", que voltou aos holofotes nesta semana após o Senado aprovar o Projeto de Lei que libera o uso da substância. Desenvolvida pelo professor aposentado Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) São Carlos, a substância não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada como medicamento e também não foi ainda testada em seres humanos.

Professor da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Almeida afirma que também toma a substância, mas não contra o câncer. Diz ainda que vai realizar estudos e que não descarta a possibilidade de o grupo detentor lançá-la como um suplemento, caso são seja liberada como medicamento. Leia os principais trechos da entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo.

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Como o senhor recebeu a notícia da liberação da fosfoetanolamina pelo Senado?

Na realidade, foi uma surpresa. A gente não esperava que a aprovação fosse se dar com facilidade, uma vez que tinha de ter a aprovação da Anvisa como medicamento e com a divulgação daquele relatório que foi lançado pelo Ministério da Ciência e da Tecnologia.

O relatório do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) não apontou resultados positivos nos testes in vitro, pois a fosfoetanolamina não apresentou atividade anticancerígena. Na sua opinião, por que isso aconteceu?

Nesse resultado, já esperava que algo pudesse vir com algum viés de informação, que foi o que aconteceu com as dosagens que eles usaram.

O senhor poderia explicar melhor?

Cápsulas, da forma que foram entregues, não têm como funcionar em um sistema in vitro, porque elas precisariam ser metabolizadas, sobretudo o processo de metabolização no fígado e, aí sim, depois, elas teriam algum princípio de eficácia. O pior problema foi a concentração utilizada pelo estudo. O professor Durvanei (Augusto Maria, pesquisador que faz parte do grupo que tem a patente da fosfoetanolamina) e seus alunos detectaram que a eficácia do produto in vitro se dá com uma concentração 100 vezes maior do que a que foi utilizada. Então, é óbvio que não iria funcionar.

Já estou até te cantando a bola. Se utilizarem a mesma concentração nos testes in vivo, não vão ter resultado, não vai funcionar. Não importa que façam em ratos ou grandes animais, não vai funcionar nessa concentração. Temos confirmação, por meio de relatos, que é com a maior quantidade do produto que a gente acaba encontrando a eficácia e o efeito da substância para alguns tipos de câncer. Reafirmo que nós não sabemos ainda para quais tipos de câncer ela atua, nem a porcentagem de atuação. [Não sabemos] Quanto ela cura, se ela cura, se ela diminui ou se só estaciona. Nunca falei que é uma cura para o câncer ou uma cura milagrosa, pelo contrário, tenho de ver o resultado pronto e com um estudo que seja feito com imparcialidade científica.

Havia a informação de que as cápsulas continham fosfoetanolamina pura, mas os testes apontaram a presença de outras substâncias. O que o senhor tem a dizer sobre isso?

Sempre deixei muito claro que, dentro das cápsulas, não havia fosfoetanolamina pura. A própria patente descreve que não é fosfoetanolamina pura. No momento em que eu agrego cálcio, zinco e fósforo, tenho um complexo de fosfoetanolamina. Se somente a fosfoetanolamina desse o efeito, era só comprar e teria um efeito. Não foi a evidência que a gente encontrou.

O senhor acredita que a presidente Dilma Rousseff vai sancionar o Projeto de Lei aprovado no Senado?

Eu acredito que a presidente vai vetar. É quase certo isso. Ela não sanciona.

Por quê? A pesquisa conduzida pelo MCTI poderia interferir na decisão?

Eu não sei. Acho que é possível a liberação de outros medicamentos por uma jurisprudência. Em nenhum momento eu achei que o papel da Anvisa não é fundamental e que o marco regulatório dos medicamentos não seja fundamental no País. Temos de ter regulação e evidências.

O que é importante deixar claro é que estamos lidando com um composto que não apresenta toxidade alguma. É inóquo do ponto de vista de toxidade. Se não causa mal nenhum, por que não pode liberar esse composto para um paciente? Não é nem por ser uma promessa de cura, mas vamos supor que um paciente esteja em estado terminal e só tenha acesso a esse produto como a última esperança e ele não cause mal e exista um viés que ele pode curar uma pessoa. Vamos tirar da pessoa esse acesso e deixá-la morrer? É um direito de cidadão.

Eu não quero ver um Estado controlando, [dizendo] que eu não posso tomar substâncias que não são tóxicas, uma vez que o cigarro, o álcool, que são substâncias reconhecidamente tóxicas têm liberação e eu não preciso de aprovação alguma nem de termo de responsabilidade para poder consumir. É um contrassenso permitir a liberação do cigarro, que é altamente nocivo e causa um rombo milionário nos cofres públicos, com relação aos gastos de saúde, e não permitir que uma substância que não tem reação tóxica nenhuma seja utilizada.

O senhor acha que pílula pode ser liberada como um medicamento?

Para ser liberada como medicamento, para que ganhe status quo de cura do câncer, tem de passar por todos os níveis de aprovação, que não dependem só da comissão que foi elaborada pelo Ministério da Ciência e da Tecnologia. Existe um estudo que está acontecendo paralelamente no Estado de São Paulo. Eu vou conduzir outro estudo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul, onde acabei de ser contratado, e vamos tirar essa contraprova.

Mesmo assim, estamos tentando tirar a contraprova em outros países. A gente já começou a mandar esse produto, e não é de hoje, para a Suíça, Índia, Portugal, Suécia, Estados Unidos para fazer a averiguação lá fora. Porque se isso não for aprovado no Brasil, mas algum estudo lá fora apresentar resultado, que se aprove lá fora e venha para cá como um medicamento importado.

Deixo claro também o seguinte: se nada disso for aprovado como medicamento, para nós, que somos detentores da patente, isso não influencia em nada. Nós podemos lançar esse produto como um suplemento. A relação monetária de retorno econômico até seria maior, os entraves burocráticos seriam menores. Nós tivemos o cuidado de não lançar como um suplemento antes de ter o cumprimento das terapêuticas envolvidas, pra ver se causava algum tipo de problema, se acabava tendo efeito positivo para esse ou aquele tipo de câncer, por isso, a gente nunca optou pela situação de suplemento.

O senhor acredita que é possível que a fosfoetanolamina seja lançada como um suplemento?

Eu acredito que, com o conhecimento dos estudos clínicos que serão realizados no Estado de São Paulo, a necessidade burocrática para ser lançado como suplemento, ela já tem. Não tem toxidade e já existem suplementos de fosfoetanolamina que são vendidos no mercado. Então, a gente já teria essa possibilidade. Essa é uma decisão do grupo que tem a patente. Não há dúvida de que se a gente não tiver a possibilidade de lançar como medicamento, a gente lançaria como suplemento, como foi o caminho de muitos medicamentos que a gente tem no Brasil hoje e passaram por essa situação. Primeiro, como um suplemento e, depois, com uma comprovação clínica, eles acabaram ganhando o status quo de medicamento.

Se fosse por interesse financeiro, a gente teria encurtado toda essa discussão e já teria lançado como um suplemento, já estaria no mercado e não teria criado nada disso. A polêmica gerada em torno disso não foi causada pela promessa, mas pela evidência que algumas pessoas tiveram, nem vou dizer de cura, mas pessoas que estavam literalmente desenganadas e apresentaram melhoras significativas de ganho de peso, de diminuição da dor e tivemos alguns casos de regressão total da doença. Mas vamos até a elucidação final para ver se cura ou não. A ideia primeira do Dr. Gilberto [Chierice] e ele sempre foi muito categórico é de que viria como um medicamento.

Como o senhor começou a trabalhar com a fosfoetanolamina? O senhor constatou efeito?

Eu entrei em 2001. Efetivamente, fiz a primeira publicação em 2005 no meu mestrado. O Dr. Gilberto [Chierice] começou o trabalho dele em 1990, 1991. O que nós notamos foi um efeito muito elaborado na diminuição da dor das pessoas que usavam o composto. Notamos melhoras em várias situações na qualidade de vida dos pacientes e, em alguns casos, regressão total de doenças de toda natureza: pâncreas, fígado, cérebro, pulmão. Eu não sei em relação a todos os tipos de tumores. Fazer qualquer afirmação de que ela tem efeito sobre todos os tipos seria leviano, não é um dado estatisticamente comprovado.

Alguns pacientes estão parando o tratamento convencional por acreditarem que a pílula não terá eficácia se utilizada com a quimioterapia, por exemplo. O que o senhor tem a dizer sobre isso?

Não concordo com isso. Não é correto, porque quem conhece o estado [do paciente] é o médico. Eu não gostaria de ver a fosfoetanolamina como uma substituição dos meios convencionais. [Mas] Como substância experimental, que ela seja utilizada em pessoas que não têm mais o que fazer. Em cultura de tecidos, foi visto que ela tem atuação com quimioterápicos. Em pacientes que estavam fazendo uso de quimioterápicos e tomando a fosfoetanolamina, diminuíam os efeitos adversos da quimioterapia, como náusea, tontura e vômito. Pelo mecanismo de ação proposto, que ainda não foi definido, não funcionaria como cura, mas como um marcador de células tumorais e o sistema imune conduziria à destruição dessa célula. Não concordo [com a paralisação do tratamento], porque qualquer interrupção do tratamento pode levar ao aumento de células tumorais.

O senhor acredita que, ao final dos testes, os pesquisadores vão chegar a um resultado positivo sobre a substância?

Eu gostaria, como ser humano, que fosse confirmado que ela atua nos mais diversos tipos de tumor e que ela tivesse um alto índice de cura. Mas tenho de esperar com cautela os resultados que vão chegar. Quando eu tiver uma convergência de evidências científicas, vou poder me posicionar.

O que o senhor diria para os pacientes que estão buscando a pílula?

Estou pedindo que as pessoas não usem a fosfofoetanolamina que não seja da USP [Universidade de São Paulo]. É uma indicação para que as pessoas não tomem outros produtos, que certamente são piratas. Pior do que ter uma doença é ter morte dolorosa ou piora do quadro. Peço que as pessoas tenham cautela com produtos que não tenham procedência garantida.

Vocês já sabiam que a substância não apresentava toxidade ou ficaram sabendo com as pesquisas do ministério?

A gente já apresentou esse resultado de toxidade, já sabíamos. Eu já tomo fosfoetanolamina desde 2005 e nunca apresentou toxidade. Fiz os testes no meu laboratório e sabia que não tinha toxidade. Temos um laudo do Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica) de Botucatu de 2001 que atestava a atoxidade, mas o Ministério da Tecnologia refez todos os procedimentos.

O senhor toma a cápsula por ter câncer?

Não. Eu tomo como suplemento de cálcio, zinco e magnésio. Nunca tive um tumor, nunca tomei com essa finalidade.

E o que o senhor notou?

Na realidade, como qualquer composto com fósforo, notei uma melhora da cognição, de memória, como se fosse aqueles suplementos da década de 1980, como o antigo Fosfosol. É um uso meu, não é nada científico, mas é para garantir que, aquilo que eu estava usando, realmente não causava nenhum efeito adverso. São as mesmas cápsulas que eu fabrico para fins de pesquisa.

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) divulgou, nesta quarta-feira (24), a realização de concurso público. As candidaturas poderão ser feitas de 14 de outubro a 2 de novembro, para provimento de cerca de 140 vagas em cargos de nível superior do quadro permanente de pessoal. As vagas são para os cargos de pesquisador e tecnologista em propriedade industrial. Os salários variam de R$ 6.693,54 a R$ 7.421,60. A prova está prevista para o dia 26 de novembro.

As fases do concurso e a perícia médica dos candidatos serão realizadas na cidade do Rio de Janeiro. O concurso público será regido pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (CEBRASPE) e terá como etapas provas objetivas, discursivas e a avaliação de títulos. As inscrições, que devem ser feitas pela einternet, custam R$ 100 para o cargo de pesquisador e de R$ 90 para o de tecnologista. As demais informações podem ser encontradas através do edital publicado no DOU

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Com a proposta de enviar pesquisadores, intelectuais e formuladores de políticas públicas à Universidade de Oxford, foi lançado, na última segunda-feira (11), edital para seleção da Cátedra Rio Branco em Relações Internacionais da Universidade de Oxford, no Reino Unido. A iniciativa visa proporcionar um ambiente propício, para permitir o desenvolvimento do estudo acadêmico a respeito do Brasil e das questões e problemas internacionais sob a ótica brasileira. As inscrições seguem até o dia 25 de setembro, conforme publicado no edital, que está disponível no site da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).   

Para participar da seleção, os interessados devem possuir alguns requisitos, como ter disponibilidade para dedicar-se integralmente às atividades propostas e aprovadas durante todo o período da bolsa e possuir atuação acadêmica qualificada na área, além de possuir competência profissional reconhecida com produção intelectual consistente.

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O candidato selecionado será admitido como membro da Universidade de Oxford e de uma de suas faculdades, assim terá acesso às bibliotecas da universidade e terá disponibilizada sala de trabalho no Centro Latino Americano ou nas proximidades. Além disso, entre os benefícios estão previstos bolsa mensal no valor de £ 3500,00, auxílio instalação e seguro saúde.

No Brasil, a instituição responsável pela cátedra é a Capes e no Reino Unido, a Universidade de Oxford. O edital selecionará um candidato para a cátedra, com duração de três a quatro meses, na área temática de "Relações Internacionais e Política Externa Brasileira".

Ator, jornalista e pesquisador. As várias faces de Leidson Ferraz têm em comum o amor pelo teatro, manifestado desde a infância, em Petrolina, sertão de Pernambuco. Se nos palcos interpretou personagens diversos, fora deles também atuou e atua para fortalecer a produção teatral pernambucana; primeiro como assessor de imprensa de diversos festivais, peças e iniciativas voltadas às artes cênicas; e mais tarde como um explorador da história do teatro feito em Pernambuco, publicando pesquisas que têm trazido à luz um passado esquecido por muitos. O início da jornada - e da paixão - Leidson como pesquisador se deu com a série de livros Memórias da cena pernambucana, que em quatro volumes resgatou a trajetória de quase 40 grupos de teatro de Pernambuco, desde a década de 1940.

Em conversa com o LeiaJá, Leidson Ferraz conta um pouco de como se apaixonou pelo teatro e pela pesquisa da sua história, fala do surgimento do teatro moderno de Pernambuco no século 20, resgata histórias dos grupos dedicados às artes cênicas e adianta os próximos projetos de pesquisa em que está envolvido.

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Com o que você se envolveu primeiro, o teatro, o jornalismo ou a pesquisa?

Eu sou de Petrolina e não via teatro, mas já fazia teatro porque na escola tinha uma feira de ciências anual e eu sempre era chamado pra fazer as coisas do teatro. Com oito anos de idade meus pais me levaram para ver a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Foi o primeiro espetáculo teatral que eu vi de fato. Quando vi aquilo - na época o grande José Pimentel - fiquei encantado e disse: ‘eu quero fazer isso’. Com 9 anos de idade - eu sempre fui muito ousado né - eu fiz uma adaptação da Bíblia e montei uma Paixão de Cristo com 50 meninos da minha rua. Eu dirigia com um megafone, roubei todos os lençóis da minha casa, não sei como fazia aquilo. Eu fiz o papel do Satanás, sempre gostei de fazer o papel do mal, o Judas, que pra mim é o melhor personagem da Paixão de Cristo, e fiz o Pilates. Aí comecei a fazer teatro dentro de casa, a cobrar ingresso. Aos 13 anos, vim morar no Recife. Só aí eu vi espetáculos profissionais e já tinha certeza que queria fazer teatro. Como sempre fui muito comunicativo, em determinada fase da minha vida decidi fazer comunicação. O teatro veio antes da comunicação. Não tenho curso de artes cênicas, mas vi muito espetáculos. Em 1993 eu me profissionalizei como ator, já tive experiência como diretor também, mas não quero uma coisa nem outra. Muito tempo depois de fazer teatro é que eu descobri esse lance da história do teatro.

E quando você descobriu o lado de pesquisador?

Eu passo o dia inteiro lendo, anoto, descubro coisas. E o Sesc me deu a grande oportunidade de ser professor de história do teatro. Não existia essa cadeira, e no semestre passado eu assumi - morrendo de medo - a cadeira de História do Teatro Pernambucano no curso regular de teatro do Sesc Piedade. Foi uma experiência maravilhosa, porque não adianta pesquisar tanto, estudar, ler tanto e não compartilhar. Ali eu tive seis meses com aulas toda semana. Não sou um acadêmico, mas eu vivo para isso hoje em dia. Minha casa é uma loucura de material que as pessoas me doam e eu vou guardando. Passo o tempo lendo e escrevendo.

Quando você fez sua primeira pesquisa sobre o teatro de Pernambuco?

José Manoel (Sobrinho, gerente de cultura do Sesc Pernambuco) propôs um resgate da história dos grandes grupos do teatro pernambucano, e assim surgiu o projeto Memórias da Cena Pernambucana. Era um debate que acontecia toda terça-feira no Teatro Arraial com integrantes de grupos - inicialmente que tinham já acabado, mas depois abrimos para grupos que ainda estavam em atividade e em seguida para companhias, produtoras, cooperativas. E eu, que já divulgava muito o teatro pernambucano - fazia assessoria de imprensa para várias peças e festivais - fui convidado para trabalhar - de graça - para divulgar este projeto. E eu me apaixonei por aquilo. Eu fazia teatro há um bom tempo, mas até então não tinha noção de quem era Carlos Reis, José Pimentel, Lúcio Lombardi, Maria Jesus Bacarelli, Hermilo Borba Filho, Clenio Vanderlei, pessoas que são fundamentais para a história do nosso teatro. Com muitas delas eu pude ter contato direto fazendo entrevistas, outras eu fui descobrindo pelos poucos livros que existiam. Desde então eu não parei mais. Então o Memórias da Cena Pernambucana não nasce como série de livros, mas como uma série de debates, que foram todos gravados. Nós reunimos 40 grupos de cidades diferentes como Recife, Olinda, limoeiro, Arcoverde… E foi muita luta para conseguir publicar aquele material, demorou muito tempo. A partir daí, eu - que já era conhecido como jornalista e ator - passei a ser muito conhecido como o pesquisador da história do nosso teatro, alguém que estava trazendo para livros histórias que estavam completamente esquecidas. O projeto não focou apenas nos medalhões, demos também atenção a grupos de visibilidade mínima. Hoje posso dizer com orgulho que graças ao preço do livro e às parcerias que consegui - principalmente com o Sesc - esses livros estão espalhados por todas as faculdades de artes cênicas que você puder imaginar. Dei muita palestra, fiz exposições, e como estava em contato direto com esses artistas, muita gente me deu material. Hoje tenho certeza que eu - modéstia à parte - sou a pessoa que mais tem coisas sobre o teatro pernambucano.

Como pesquisador, quando você identifica o nascimento do teatro em Pernambuco?

O teatro pernambucano começa quando os padres jesuítas aqui chegaram. Os séculos foram acontecendo e há registros na história de muitos espetáculos que já aconteceram. A trajetória normal do teatro: ele começa na rua - os primeiros autos dos jesuítas eram feitos na rua -, depois a igreja abraça o teatro; em seguida o expulsa. Os ‘bonecos’ começaram a dizer coisas que não podiam, isso aconteceu o mundo inteiro. O teatro ganha a rua e os palácios; Maurício de Nassau por exemplo sempre incentivou apresentações teatrais dentro do palácios, é uma trajetória muito longa. Mas Joel Pontes, quando escreveu o livro O moderno teatro em Pernambuco, institui um marco que eu respeito: a fundação do grupo Gente Nossa. Em 1931, quando Samuel Campelo funda o Gente Nossa, pra mim, começa a modernidade do teatro de Pernambuco. Muito pela valorização do artista local, na época o que vinha de fora era o que interessava - não muito distante de hoje, né? - e a valorização da dramaturgia nordestina. É engraçado que o grupo Gente Nossa foi muito criticado na época pelo repertório, porque abria concessões ao público, era um repertório que tinha como foco muito o riso.

Historicamente, qual foi o próximo passo?

O TAP (Teatro de Amadores de Pernambuco), que é muito importante porque trouxe para cá encenadores de fora. Europeus como Ziembinski, Bollini, que trouxeram a modernidade teatral mundial. Esses europeus trouxeram para cá espetáculos que em parte não foram entendidos pela crítica da época. Em 1948, o espetáculo Nossa Cidade não tinha cenário, nem as tapadeiras, deixou a nu o Teatro de Santa Isabel, os refletores à mostra. Isso foi um choque, a ponto de ter críticas perguntando se o Teatro de Amadores estava pobre, estava sem dinheiro para os espetáculos (risos). Mas era uma questão estética, de revelar os meandros da atividade teatral, uma coisa que em Nova York estava sendo feita há muito tempo. Então estes encenadores trouxeram uma ruptura. O TAP foi muito importante por conta disso. Mas tem a presença de Hermilo Borba Filho desde 1946, com o Teatro do Estudante de Pernambuco, depois o Teatro Popular do Nordeste, que é uma outra vertente, de valorização da pesquisa sobre manifestações populares que estavam completamente esquecidas. Ninguém até então reconhecia o bumba-meu-boi com características teatrais, cênicas. Hermilo estuda isso e traz para o palco, é um choque estético também. Já na década de 1970 a gente tem uma revolução, o desbunde do Vivencial, do Teatro Experimental de Olinda, das encenações de Carlos Bartolomeu e de Guilherme Coelho. No final desta década você já tem uma profissionalização de fato, com a Práxis Dramática, com a Aquário Produções, elencos enormes, resgatando um pouco a revista, com dramaturgos que muita gente desconhecia. São momentos. Hoje a gente tem um grupo como o coletivo Angu que pega a escrita de Marcelino Freire e transpõe para a cena na íntegra. É uma outra forma de fazer teatro, valorizando uma outra escrita. Você tem o Magiluth, que faz uma mistura, tem uma certa ironia e a presença do ator sem uma ideia de personagem muito definida, é um rascunho de personagem em que o ator também é importante, o que é uma ousadia. Por outro lado você encenações de Antonio Cadengue, que é mais plástico, mais bem cuidado em termos de cenografia e figurino. Temos vertentes diferentes.

Tendo como panorama estas décadas e mais décadas que você tem estudado sobre o teatro de Pernambuco, como estamos agora? Como você vê o atual momento da produção cênica do Estado?

Eu costumo dizer que teatro é a arte da crise. A gente sempre está em crise. Por não ter dinheiro, porque não consegue financiamento, porque os teatros sempre estão caindo aos pedaços, porque a gente monta espetáculos lindos e ninguém vai ver porque não tem divulgação na grande mídia… É uma crise eterna (risos). Hoje, acho que estamos em uma encruzilhada, porque depende muito da verba do Funcultura. Se você observar, a produção - não só teatral - fica estacionada, todo mundo esperando a verba do Funcultura. Aí quando sai, todo mundo começa a ensaiar e vem um monte de montagens. É assim que a gente está vivendo e isso é um horror, pouca gente se aventura a produzir. Hoje, 90% da produção tem financiamento do Funcultura, então estamos à mercê dos prazos que o governo dá e da comissão deliberativa que aprova ou não os projetos. É cruel, mas é um reflexo do mundo de hoje, em que o estado tomou para si e a iniciativa privada fugiu. Ou será que não procuramos? Antigamente, nos programas das peças tinha patrocínio de motel, livraria, loja de tecidos, hoje a gente não tem mais isso, ninguém mais procura, posso contar nos dedos os espetáculos que trazem hoje algum tipo de apoio ou patrocínio que não seja o Funcultura. Mais crise… (risos)

Você acabou de publicar o resultado de uma pesquisa focando em seis décadas de teatro para criança em Pernambuco. Existe uma produção consistente deste teatro no Estado, historicamente e hoje em dia?

Eu estreei profissionalmente no teatro para crianças, então tenho uma paixão enorme, e digo abertamente que prefiro ver um espetáculo para a infância do que um adulto. Eu fui convidado para fazer um mapeamento da produção do teatro para crianças, já que sai tão pouco nos jornais. Essa pesquisa surgiu de um convite do Sesc - mais uma vez José Manoel na minha vida, meu anjo da guarda. Comecei a fazer esse levantamento da produção de 2000 a 2010, que vou publicar em outubro deste ano e se chama Panorama do teatro para crianças em Pernambuco 2000-2010, com incentivo do funcultura e apoio do Sesc Pernambuco. Um livro lindo, com fotos, com o Estado inteiro. Um trabalho do cão (risos). E eu comecei a me surpreender com a quantidade de gente que faz teatro para crianças em Pernambuco inteiro e quis saber como essa história começou. Aí descobri que em 1939, Valdemar de Oliveira, chamado para assumir o Teatro de Santa Isabel, lança um projeto de todo domingo de manhã ter teatro para crianças, numa época em que a criança não ia ao teatro, ninguém fazia teatro para as crianças, apenas nas escolas, nas casas. Aquilo deu muito certo. Não quero dizer que Valdemar é o pioneiro do teatro para crianças no Brasil, tanto que agora pesquisando o grupo Gente nossa achei em 1931 um matinal para crianças. Mas eram espetáculos variados, com canto, dança, recitações, era uma miscelânea de apresentações curtas, não havia uma dramaturgia específica para crianças. Quando Valdemar de Oliveira abre esse projeto, convida um grupo que monta Branca de neve e os sete anões. Depois ele monta três grandes operetas - entre elas A princesa Rosalinda - e a partir daí vários grupos surgem. Descobriram que criança podia ter teatro para ela. Então eu fui vasculhar essa história e descobri o período de 1939 a 1999 - que é o século 20. Achei que era fácil fazer (risos), e passei 2 anos. Mas ficou muito legal o trabalho, tive muito orgulho no lançamento porque consegui reunir muita gente que fez e ainda continua fazendo teatro para crianças. Quero publicar em livro, estou tentando, porque publiquei em DVD. Esse material vai entrar no site do CBTIJ - Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude. É uma história que estava morta, apagada, eu fiquei surpreso. O ‘bum’ do teatro para a infância aqui foi nos anos 1980, com pessoas como Manoel Constantino, Dida Pereira, José Manoel Sobrinho, João Falcão, José Francisco Filho, a gente tem muitos nomes importantes, de pessoas que ganharam prêmios, que circularam pelo Brasil graças a entidades como a Feteape, a Confederação Nacional do Teatro Amador.

Qual a próxima pesquisa em que você pretende mergulhar?

Estou finalizando este panorama do teatro pra crianças, contando com a ajuda das pessoas para as informações, e acho que vai ficar muito lindo. Em outubro teremos uma mega festa, para ‘crianças grandes’ (risos). Estou agora com dois outros projetos: um é uma pesquisa sobre os anos 1930 e 1940, eu estou fazendo um panorama da cena como um todo no Recife nestas décadas, que marcam o início desta modernidade, tentando dialogar com o que estava sendo feito no restante do país. Eu estou adorando, mas é um trabalho enorme. Vou concluir esta pesquisa no próximo ano, ela se chama Um teatro quase esquecido - painel das décadas de 1940 e 1930 no Recife. O outro projeto que eu estou amando fazer é que, como eu disse no começo da conversa, quando fui fazer essas pesquisas e ia entrevistas as pessoas, elas me davam muitas coisas. Eu ganhei muita foto, muito programa, e um dia me deu um estalo e eu pensei que não podia mais guardar essas coisas. Eu vi a enorme quantidade de programas que eu tenho, que você não encontra mais em lugar nenhum. As pessoas foram me dando esse material. Então eu propuz à Fundaj (Fundação Joaquim Nabuco), porque foi a instituição que encontrei que tem mais cuidado com o acervo - e foi uma luta porque a Fundação não aceita hoje qualquer acervo - e eles entenderam que esse material é significativo, não só para o teatro pernambucano, mas brasileiro, e esse projeto se chama Teatro tem programa. Ele abrange o século 20, tenho programas desde 1926, de grupos os mais variados. A proposta é digitalizar todo o arquivo - tenho inclusive coisas do Teatro de Cultura Popular - TCP, cujo acervo foi queimado pela ditadura militar - isso é super importante. A ideia é digitalizar tudo e isso vai ser complementado com informações, até porque a maioria dos programas não traz o ano do espetáculo. Vou doar para a Fundaj e tudo isso vai parar na internet gratuitamente e qualquer pesquisador vai ter acesso aos programas dos espétáculos. Coisas das mais incríveis estão aqui. Contei com a ajuda de muita gente, que me deu essa sina de cuidar um pouco dessa história. Me sinto hoje um pouco neste papel, de cuidar disso. Nada é meu, quero que as pessoa tenham acesso a tudo que eu vou descobrindo, registrando, para que daqui a 60 anos, depois que eu for embora, alguém possa lembrar de um cara que guardou tudo isso e outros projetos nascerão.

Problema para alguns estudantes e agradável para outros, a disciplina de física é sempre muito requisitada, tanto nas aulas regulares das escolas, bem como nos preparatórios para vestibulares. Aumentando ainda mais os conteúdos da área, a matéria está próxima de ganhar uma nova linha de estudo.

“A criação de uma nova disciplina: Óptica e Fotônica” é o tema da palestra que será realizada às 16h desta sexta-feira (27), no auditório do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O encontro será conduzido pelo pesquisador Eric W. Van Stryland, da University of Central Florida, nos Estados Unidos. O evento é aberto ao público.

Segundo a instituição de ensino pernambucana, o pesquisador discutirá os detalhes da nova disciplina, abordando uma visão geral de algumas das investigações em curso. Ele também mostrará pesquisas próprias sobre óptica não-linear. A UFPE fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da cidade.



Uma equipe de 49 pesquisadores liderada pelo neuropsiquiatra João Ricardo de Oliveira, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), descobriu o terceiro gene (PDGF-B) ligado à formação de calcificações no cérebro. A anomalia atinge apenas 1% dos jovens no mundo, mas chega a 20% entre as pessoas com mais de 80 anos. 

A doença ocorre a partir da formação de material ósseo dentro do cérebro, onde o tecido não deveria existir. Essas calcificações começam a se formar no cerebelo e nos núcleos da base, que são estruturas relacionadas a várias funções. Apesar dos estudos avançados, não se descobriu as causas exatas ligadas a esse fenômeno.

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“O que dificulta é o fato dos sintomas das calcificações serem semelhantes aos da esquizofrenia, mal de parkinson e até mesmo ao da enxaqueca. Quando se estuda amostra de sangue e de urina desses pacientes não se detecta nenhuma alteração bioquímica e hormonal. Somente uma tomografia é capaz de identificar a anomalia”, explica Oliveira.

Ao longo dos anos de pesquisa os estudiosos descobriram que a deficiência ocorre através da transmissão genética, mas também pode estar relacionada a outros fatores. Os três primeiro genes explicam apenas metade das famílias com essa doença e por isso ainda é necessário buscar novos genes.

“São achados importantes para descobrir a origem das causas dessas calcificações. Isso é fundamental para definir estratégias como aconselhamento genético, onde se diminui a chance da doença ser transmitida e planejar novos tratamentos”, afirmou.

O grupo internacional encabeçado pelo professor pernambucano também desenvolveu um modelo animal para estudar os efeitos e medicamentos para a doença. Atualmente não existem tratamentos específicos para as calcificações do cérebro, somente remédios que tratam os sintomas e não as causas.

“Nós utilizamos camundongos que simulam a doença em humanos. Neles o estudo e a triagem de medicações serão feitas de forma mais rápida. Nós já desenvolvemos um ensaio clinico para pacientes brasileiros que fazem uso de medicamentos prescritos para doenças com outros tipos de calcificação e acreditamos que essa medicação pode beneficiar outros pacientes”, concluiu.

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O governo federal passará a intermediar, a partir de 2013, o contato dos estudantes brasileiros com bolsas em universidades estrangeiras pagas por meio do programa Ciência Sem Fronteiras com empresas que têm planta no País. A ideia do governo Dilma Rousseff é direcionar os alunos que começam a retornar ao Brasil para trabalhar como pesquisadores nessas companhias.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) já tem uma estrutura pronta, em São Paulo, para receber os estudantes que foram fazer cursos de graduação e doutorado no exterior e vão voltar ao Brasil. O objetivo é aproximar os pesquisadores das empresas, de forma a levá-los para o "canteiro de obras".

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A primeira leva de estudantes "intermediados" pelo governo federal voltará no início do ano que vem ao País e já tem emprego garantido. Dez alunos de Engenharia que foram para os Estados Unidos concluir doutorado em 2012 serão contratados pela General Eletric (GE) no Brasil. O presidente da GE comunicou oficialmente o governo federal das contratações.

"Não existe país que tenha se desenvolvido sem uma classe forte de engenheiros, e isso nós não temos aqui no Brasil. Precisamos direcionar esses estudantes para as empresas no País", disse à reportagem o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antônio Raupp, responsável pela iniciativa. O CNPq é vinculado ao ministério.

Segundo o ministro, o governo federal está fazendo um "enorme esforço" para fixar no Brasil os estudantes de ciências médicas, biológicas e naturais. Para Raupp, o programa Ciência Sem Fronteiras, lançado em 2011, "pode ajudar a dar uma visão internacional para os pesquisadores brasileiros, algo importante para um País que viveu décadas fechado", disse.

Para João Saboia, professor de economia da UFRJ e especialista em mercado de trabalho, o plano do governo é interessante, uma vez que aumentará a qualificação dos trabalhadores no País. "É um desafio dirigir o estudante que volta do exterior para o mercado de trabalho. Seria uma pena perdermos essa força de trabalho qualificada, especialmente em um momento em que as empresas estão demandando muito, oferecendo bons salários", disse Saboia.

Para o especialista da UFRJ, o grande desafio do governo será direcionar um contingente tão grande de estudantes para o mercado. A meta do Ciência Sem Fronteiras é conceder entre 2011 e 2014 bolsas de estudos no exterior de até três anos para 101 mil estudantes de graduação, mestrado e doutorado, em áreas consideradas estratégicas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Para atender à promessa de conceder 101 mil bolsas pelo programa Ciência Sem Fronteiras até 2014, o governo terá mais que dobrar a oferta anual de benefícios nos próximos dois anos. Até agora, foram concedidas 20 mil bolsas no exterior, segundo declaração da presidente Dilma Rousseff. Mapeamento na internet do próprio programa, entretanto, informa que foram concedidas 15.209 bolsas, sendo que 12.635 estão em vigência. Os dados são de novembro.

No site www.cienciasemfronteiras.gov.br é possível encontrar todos os bolsistas distribuídos pelo mundo, por instituição, área de estudo e modalidade da bolsa. Até o currículo dos estudantes e pesquisadores está disponível no mapa.

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A Universidade de Coimbra, em Portugal, por exemplo, abriga 707 estudantes de graduação. Por causa da facilidade da língua, Portugal é um dos países que mais recebe bolsistas: 2.486. Mas o local com mais estudantes brasileiros é os Estados Unidos, com 3.444.

O Ciência Sem Fronteiras já mandou estudantes e pesquisadores a 35 países. Universidades da Coreia do Sul, por exemplo, abrigam 92 bolsistas. Há ainda estudantes na África do Sul (4), Cingapura (3), China (4) e Chile (29).

O programa é voltado para estudantes de graduação, doutorado e pós-doutorando. Mais de 75% dos benefícios foram para estudantes de graduação (11.439 bolsas). Além disso, 2.672 pesquisadores fazem doutorado, ou parte dele, no exterior pelo programa. As bolsas de pós-doutorado respondem por 1.095 benefícios.

Das 101 mil bolsas do programa, 75 mil serão concedidas com recursos do governo e o restante, da iniciativa privada.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade de pesquisa integrante da estrutura do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), receberá inscrições para concurso público, cujo objetivo será o provimento de 17 vagas na carreira de pesquisa em ciência e tecnologia. As inscrições iniciarão no dia 2 de julho e serão encerradas no dia 31 do mesmo mês.

As pessoas que quiserem participar do processo seletivo devem comparecer em uma das unidades que estão ofertando as oportunidades, das 10h às 16h. No ato, os candidatos devem apresentar cópias do RG, autenticada do comprovante de pagamento da taxa de inscrição, no valor de R$ 150, além da ficha preenchida, disponibilizada no próprio local. Veja no edital as informações sobre os locais de inscrição. 

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De acordo com o edital de seleção, as vagas são para pesquisador nas classes Associado I, Adjunto I e Assistente de Pesquisa I e é voltada às Unidades de Cachoeira Paulista (SP), São José dos Campos (SP), Natal (RN) e Belém (PA), com jornadas de 40h semanais. A remuneração salarial será de R$ 11.205,36, R$ 9.905,28 e R$ 6.936,07 (mestrado) ou R$ 8.760,07 (doutorado), respectivamente. Ainda de acordo com o edital, os contratados serão subordinados ao Regime Jurídico Único dos Servidores Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais.

Ciências Atmosféricas, Clima Espacial, Eletricidade Atmosférica, Telecomunicações, Sensoriamento Remoto, entre outras, são algumas das especialidades das vagas. A expectativa é que os candidatos realizem a prova escrita nos dias 27 e 28 de agosto, às 9h, nas próprias unidades. Em seguida, os selecionados participarão de uma prova oral de defesa pública do memorial e plano de pesquisa, que ocorrerá entre os dias 18 e 21 de setembro. Além disso, haverá análise de títulos e Curriculum, no dia 17 de setembro.

Mais detalhes informativos sobre o concurso podem ser conferidos por meio do edital do processo seletivo.

A universidade Federal de Pernambuco (UFPE) abriu inscrição para vaga de pesquisador visitante em Tecnologia de Equipamentos. As inscrições podem ser feitas até o dia 23 de setembro, na secretaria do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade.

Podem se candidatar para vaga engenheiros, administradores ou secretários que tenham experiência em gestão de projetos. A bolsa será renovada anualmente, mediante aprovação pela comissão gestora do programa. O valor será de acordo com a qualificação acadêmica do selecionado. O teto é de R$ 5.200.

O programa PRH-PB03 oferece aos alunos de graduação e pós-graduação em Engenharia Mecânica e em Engenharia de Materiais da UFPE uma formação complementar para atuação no setor de petróleo, gás e biocombustíveis.

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