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O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, afirmou nesta terça-feira (9), que concorda com a pena de chibatadas para os pichadores. Camargo repostou uma seguidora, que comentou uma publicação sua com a afirmação.

"Tem que fazer igual em Cingapura, da chibatadas em pichadores. Dar multa para quem joga lixo na rua, banir chicletes do país pra não jogarem mais no chão, assim por diante. Só assim, as pessoas aprendem porque se não for amor, tem que ser pela dor", disse Ester Sanches.

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O presidente da Fundação Palmares concordou: "De acordo, minha amiga Ester Sanches. Chibatadas e multas, como em Cingapura, seria uma solução. Pichadores não são 'artistas', são vândalos e marginais. Agem incentivados pela esquerda, que tudo emporcalha e destrói".

O 5º Tribunal do Júri condenou na sexta (18) os dois últimos do grupo de seis pichadores envolvidos na morte do dentista Wellinton da Silva e tentativa de homicídio contra seu pai, Manoel Antônio da Silva. Com este julgamento, todos os seis acusados foram condenados. As informações foram divulgadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Segundo o TJ, "Aloisio Pires da Silva foi condenado 36 anos, seis meses e 20 dias de reclusão e três meses de detenção, somada ao pagamento de 10 dias-multa no valor unitário mínimo legal; e Lucas Rafael de Siqueira Nunes a 30 anos, sete meses e 16 dias de reclusão e três meses de detenção, mais 10 dias-multa no valor unitário mínimo legal, ambos em regime fechado".

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"Os jurados reconheceram que os acusados praticaram um homicídio consumado e uma tentativa de homicídio, triplamente qualificados (motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas)", diz o Tribunal, por meio de nota.

Em sua decisão, a juíza Giovanna Christina Collares destaca o fato de que os crimes "foram praticados com acentuada frieza, pois os acusados agrediram, sem piedade, uma das vítimas até a morte, em circunstâncias reveladoras de brutalidade incomum".

"As consequências foram especialmente nefastas para a vítima Manoel Antônio da Silva, a qual afirmou que 'os eventos acabaram com a sua família', somando-se, ainda à sua atual condição física , pois teve o seu braço direito amputado", afirmou a juíza.

Em março, Adolfo de Souza foi condenado a 26 anos de reclusão no regime inicial fechado, mais três meses de detenção no regime semiaberto. Já Adilson dos Santos cumprirá 43 anos, um mês e 20 dias de reclusão no regime inicial fechado, mais quatro meses e dois dias de detenção no regime semiaberto. Eles também faziam parte do grupo que matou o dentista.

O crime

Na madrugada do dia 6 de agosto de 2016, o aposentado Manoel da Silva se envolveu numa briga com um grupo de pessoas que pichavam o muro de sua casa, do qual Souza e Santos faziam parte. Ele foi espancado e acabou tendo um braço amputado. Seu filho, o dentista Wellinton da Silva, então com 39 anos, saiu em defesa do pai e acabou morto.

O deputado federal Marco Feliciano contou que é autor de um projeto de lei com o objetivo de aumentar a pena do crime de pichação. Por meio do seu facebook, ele foi direto: “Criei essa PL a fim de diminuir a ação desses ‘vândalos’. Queremos a nossa cidade limpa”, destacou. 

No texto da proposta, Feliciano diz que desde o início do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff a depreciação tem aumentado. “Tanto depredação quanto pichação com frases e símbolos contrários à democracia”, é ressaltado. 

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O documento também cita que mesmo com o trabalho realizado pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), o crime continua acontecendo. “Mesmo com a política de tolerância zero na cidade. Apesar da excelente administração da maior cidade do país, a prefeitura não consegue impedir o crime de pichação do bem particular e público por parte dos meliantes”, ressaltou Feliciano. O tucano Doria tem travado uma polêmica ao remover pichações e grafites em diversas regiões da capital. 

O parlamentar ainda salientou, no texto, que “esses delinquentes usam da pecha de estarem exercendo o seu direito de manifestar ou fazerem parte de movimentos supostamente sociais para acobertarem a prática deste crime. Logo, a modificação da lei é a medida legal e urgente a ser tomada”. 

Quem pichar pode ser condenado a pena de detenção de 3 meses a 1 ano, além de multa, de acordo com a Lei dos Crimes Ambientais. 

Só maiores de idade poderão comprar tintas spray em São Paulo. Em guerra declarada contra pichadores, o prefeito João Doria (PSDB) anunciou na manhã deste sábado (11) que a medida faz parte do pacote de restrições pensado para preservar muros, imóveis e monumentos da cidade. Ao participar de mais uma ação do programa Cidade Linda, o prefeito também comemorou o avanço da lei antipichação na Câmara Municipal.

Na sexta-feira (10)  os vereadores de São Paulo aprovaram, em primeira votação, um projeto de lei proposto pelo vereador Adilson Amadeu (PTB) em 2005, que prevê apenas a criação de uma central telefônica para receber denúncias de pichação na capital. "É, sim, uma vitória, até porque foi iniciativa do poder Legislativo", afirmou Doria.

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O texto deve ser alterado por um substitutivo do governo que estabelece multa de R$ 5 mil para quem for flagrado pichando e R$ 10 mil para casos de reincidência. De acordo com a proposta da Prefeitura, o pichador também deverá pagar pelo restauro de monumentos históricos. "Se não pegar será processado judicialmente, fora o processo crime."

Segundo o prefeito, um outro projeto de lei terá como objetivo "coibir o acesso à compra de tinta em spray". "Primeiro, a obrigatoriedade (de venda) só para maiores de 18 anos, além da obrigatoriedade de apresentar sua carteira de identidade, seu CPF, e preencher uma ficha indicando seu endereço, seu telefone. Tudo para dificultar", disse.

Protestos

O prefeito chegou vestido de gari à Praça da República, na região central, às 6h59, um minuto antes do limite de tolerância de atraso estabelecido por ele mesmo na chamada "Lei Soninha". A agenda estava marcada para às 6h45.

Enquanto caminhava na Praça, Doria foi acompanhado por um pequeno grupo sindical que carregava duas faixas. Em uma delas, se lia: "Cidade boa para turista tem que ser boa para o morador".

O prefeito vestiu um avental, pôs uma máscara protetora, calçou botas e usou água aquecida a 90 graus Celsius para iniciar a limpeza de uma estátua na Praça. Ao fim, ainda era possível ver a marca da pichação no monumento.

Ao falar com a imprensa, Doria precisou aumentar um pouco o tom de voz, mas não demonstrou irritação com isso. Fora do grupo, um rapaz protestava pelo Parque Augusta. "Nós já ouvimos", disse um segurança, em tom de ameaça, sem permitir que o jovem se aproximasse.

Um grupo de ciclistas também passou pela ciclovia da Praça da República fazendo barulho durante a entrevista. "Fora, Doria!", gritaram alguns deles.

Técnicos que auxiliaram a ação da Prefeitura afirmaram que a marca de pichação no monumento limpo por Doria é difícil de remover. Segundo eles, como a estátua é feita de granito, que é poroso, facilita a impregnação da tinta. Seria preciso repetir o procedimento várias vezes para retirar completamente a pichação, sem danificar o monumento.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse neste sábado, 4, que "todos os pichadores são bandidos" e voltou a pedir que autores de pichação se tornem "grafiteiros ou artistas". No mesmo dia em que o tucano fez a declaração, em entrevista para a Rádio CBN, duas pessoas foram presas pichando o muro de uma escola na Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte.

A ação foi flagrada pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). Os detidos foram encaminhados ao 72.º Distrito Policial (Vila Penteado) para o registro da ocorrência. O local é a Escola Municipal do Ensino Fundamental (EMEF) Osvaldo Quirino Simões. Em nota, a administração municipal informou que "vai continuar os esforços para o combate à pichação, um crime ambiental que danifica o patrimônio da cidade, inclusive edifícios e monumentos tombados e com valor histórico".

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A Prefeitura anunciou no fim de janeiro que as pessoas flagradas cometendo esse tipo de delito serão processadas para ressarcimento. A gestão Doria tem endurecido o cerco contra pichadores. Entre as medidas mais duras de combate à pichação, começou a articular um projeto na Câmara para aumentar a pichação.

O tucano chegou a defender multa de R$ 5 mil para quem for pego pichando muros públicos ou privados, R$ 10 mil no caso de reincidentes e R$ 50 mil para quem pichar monumentos. Nesta sexta-feira, 3, a Prefeitura recebeu novas adesões ao Projeto Guardiões da Cidade.

A parceria permite que taxistas auxiliem na fiscalização a atos de vandalismo. Desde 1.º de janeiro, a Guarda Civil Metropolitana conduziu 50 pichadores a distritos policiais. "É importante ressaltar que a fiscalização não será feita de forma indiscriminada. Grafite e pichação receberão tratamentos diferenciados. Os pontos de grafite serão ampliados. A intenção é valorizar essa modalidade de arte urbana com a criação de cursos e oficinas para estimular que pichadores adotem o grafite e passem a atuar em locais permitidos", destacou a gestão em nota.

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Eram 3h da madrugada na Bomba do Hemetério, Zona Norte do Recife, quando o telefone tocou. Do outro lado da linha, Anêmico falava:

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- Gosma, vamos agora pintar a fachada lá – ele sugeriu, conforme já estavam combinando.

O prédio do INSS era objeto de desejo dos pichadores naquele ano de 2004. Anêmico já havia tentado subi-lo no ano anterior, mas foi detido ainda embaixo após não conseguir abrir a porta.

Chegaram ao local, na Avenida Dantas Barreto, centro do Recife, em torno das 4h. Gosma, Anêmico, Evil e Brayner. Antes de subir, Gosma reforçou que eles não iam apenas pichar, mas fazer uma frase. Subiram, juntaram dois cabos de vassoura e começaram a pintar – menos Brayner, que estava dando apoio. O grupo mal se deu conta e de repente amanheceu. Quando estavam pintando a última letra, garis que passavam embaixo viram o fato e alertaram os vigias. Os pichadores foram levados pela polícia.

A pichação, entretanto, ficou. “O povo que casa” (sic), trecho tirado de um poema do próprio Gosma. O prédio abandonado do INSS, Edifício JK, era um dos mais altos na capital à época. Na viatura, como de costume, o policial começou a fazer terror psicológico. Dizia que os jovens iriam virar “mulherzinha” na cadeia.

Anêmico e Evil choramingavam para não serem levados, Brayner havia conseguido fugir. Gosma, já ligado a grupos de grafitagem e coletivos, conseguia conversar com o policial. Destacava que o que havia feito não era pichação, era um protesto. Desconfiado com a oratória do grafiteiro, o policial passou a perguntar quem havia contratado o rapaz para pintar aquilo.

Reprodução/FacebookUm jornalista apareceu na delegacia logo cedo e apontou que Gosma já era um grafiteiro conhecido, com trabalhos pendurados até no escritório do secretário Raul Henry. No fim, quando foram liberados, o policial que havia amedrontado o grupo pediu que eles fossem lá no muro de sua casa fazer um protesto contra o então governador Jarbas Vasconcelos, que estava atrasando os salários da categoria. Eles deixaram o local como mocinhos. 

Atípico um pichador ser considerado o herói fora do espaço onde vive. Como se tratava de uma mensagem forte em um prédio público abandonado, a repercussão acabou sendo positiva. Incomum para a vida de Gosma, que já apanhara, tivera o rosto, as mãos e o cabelo pintado três vezes e o relógio roubado pela polícia.

No Recife, a pichação existe, pelo menos, desde a década de 80. Apesar das mudanças ao longo do tempo, ela continua presente. Uma fachada pintada no centro do Recife não demorará muito tempo intacta.

Gosma, hoje Galo de Souza, grafiteiro reconhecido internacionalmente, começou a pichar – ou “pixar”, como eles preferem falar, num exemplo de quebra de regras – aos nove anos. Na época, por diversão. Mas a necessidade de continuar fazendo aquilo foi ganhando motivos mais complexos. “Eu pichava porque tinha raiva. Tinha raiva das diferenças sociais e porque eu morava na favela e tinha aquelas casas grandonas, aqueles prédios pra chegar à praia. No caminho entre a minha casa e a praia, eu pichava tudo”, recorda.

Entre o ato de protesto e o crime

Na década de 80, a pichação costuma aparecer na vida da pessoa ainda na infância, na escola. Muros, banheiro e corredor riscados. Atiça a curiosidade de muitas crianças, que começam a treinar sua assinatura nas folhas de seu caderno. Os motivos que levam o indivíduo a continuar em tal prática são diversos, como forma de protesto, querer ser reconhecido e a própria adrenalina do ato. 

Os bailes funks eram os maiores concentradores desses grupos. Lá, pichador conhecia pichador. O novato no “ramo” conversava com quem admirava. Após a festa, eles saíam para colocar nomes nos muros da cidade.

Os pichadores também eram divididos por seus comandos, inicialmente especificados por bairro em que viviam. “Era muito o bairro no começo. Depois as siglas cresceram e ficaram maiores que o bairro. Por exemplo, a sigla que era de um originalmente passa a ter várias pessoas de outros bairros”, lembra Galo. Os bailes funks serviam também para o confronto dos grupos. A proibição desses bailes foi importante para o movimento de pichação perder força. 

Atualmente, a pichação continua presente na cidade. Cada vez mais diversificada, com adolescentes que não são necessariamente das periferias participando da prática. No Brasil, o tema voltou ao centro do debate após o prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), iniciar uma guerra contra os pichadores. Ele fez um acordo com taxistas, para que informem a Guarda Municipal ao registrarem um flagrante do crime e já deteve 12 pessoas em um único dia. “Ninguém gosta de pichação”, disse recentemente o gestor. 

“Pichação já é um protesto do artista que não tem espaço na periferia, então ele sai pra rua pra protestar, para ocupar o espaço que não é dele. Porque o centro não é da periferia, não foi feito para periferia”, diz o pichador Piolho, destacando que para ele aquilo também é arte.

“A pichação é uma forma de eu dar um tapa nesse sistema que sempre queria dar um tapa em mim”, complementa Galo de Souza. Segundo a pichadora Rueira, ela sempre participava de protestos e, em determinado momento, a vontade de riscar os muros brotou. “Eu passava de ônibus, via o nome dos meninos e queria fazer igual, queria ser reconhecida também”, conclui. 

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), parece não se intimidar com a briga travada com os pichadores no início de sua gestão. Doria avisou que todos os pichadores serão acionados judicialmente e que irá dobrar a multa para os reincidentes. 

O tucano explicou que, nesta semana, a Câmara Municipal irá colocar em votação a lei Cidade Linda. “Para colocar uma multa de R$ 5 mil para cada pichador que for pego pichando um bem público ou privado. Se for um monumento, ele vai pagar a recuperação. Se for reincidente, paga R$ 10 mil”, alertou. 

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As medidas tomadas pelo prefeito não param por aí. Ele também autorizou apagar os grafites da avenida 23 de Maio, o que gerou protestos. Em uma delas, o nome “Doria” foi pichado em um dos muros da via doze vezes seguidas. Poucas horas depois foi tirado. 

João Doria ainda determinou a retirada de todos os grafites na área conhecida como “Arcos do Jânio”, na área central, e que será permitida apenas em oito áreas da cidade. Ele chegou a dizer, recentemente, que a tolerância será zero. “Se preferirem continuar pichando a cidade terão o rigor da lei. É tolerância zero”, disse. 

No aniversário de São Paulo, comemorado no último dia 25, o prefeito enfrentou protestos quando chegou à Catedral da Sé, na região central. Os manifestantes traziam cartazes escritos “Cidade Cinza” irozinando o programa Cidade Linda. “Mais cor por favor” também estava escrito em outro cartaz.

Segundo informado pela Folha de S.Paulo, 41 pichadores foram detidos nos últimos dias. 

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu na segunda-feira (23)  lei que torne mais pesada a legislação contra pichação na cidade, aplicando multa aos autores. De acordo com o tucano, os pichadores que não aceitarem se tornar artistas, muralistas ou grafiteiros serão penalizados "com a lei pública e a legislação que a Câmara Municipal de São Paulo vai colocar muito em breve, ampliando as multas para aqueles que estragarem e prejudicarem a cidade", disse. "Ninguém gosta da pichação."

Doria ressaltou que é absolutamente a favor da arte urbana, desde que feita por meio do grafite e de murais, e contra a pichação. "E contra os pichadores vamos agir com absoluta intransigência."

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São Paulo tem uma lei antipichação, de 2007, que não prevê multa. Em Curitiba, desde 2013, pichadores podem ser punidos com multas de até R$ 1,6 mil Na cidade gaúcha de Santa Maria, a punição pode chegar a R$ 5,4 mil.

A ideia de multar pichadores é mais um capítulo da "cruzada" de Doria contra a pichação. Na sexta-feira, a Prefeitura informou que "as ações não serão feitas de forma indiscriminada" e "grafite e pichação receberão tratamentos diferenciados". No fim de semana, pichações e também grafites foram pintados de tinta cinza na Avenida 23 de Maio, que há dois anos abrigava mais de 70 murais.

Quem teve uma obra apagada na via foi o grafiteiro Binho Ribeiro, de 45 anos, com grafites expostos em pelo menos 40 países, incluindo os Estados Unidos. Binho é curador da Bienal do Grafitti, do projeto da 23 de Maio e do Museu Aberto de Arte Urbana (pilastras na Avenida Cruzeiro do Sul, em Santana). Binho definiu a ação da Prefeitura como "massacre" e "ataque violento" a artistas.

"O que ele (Doria) está fazendo na 23 de Maio me parece muito mais pirraça do que uma atitude coerente", diz ele. "É tão contraditório você se dedicar tanto a educar crianças a gostarem da cidade, a desejarem que fique mais linda e de repente você tem um ataque violento. É muito contraditório com uma postura de alguém que deve ser um representante de todos."

Legislação

Segundo a Lei de Crimes Ambientais, da esfera federal, a pena prevista para quem pichar um monumento urbano varia de 3 meses a 1 ano, além de multa. A Câmara Municipal até já tentou legislar sobre pichações em anos anteriores. O vereador Adilson Amadeu (PTB) propôs, em 2005, a criação de um "Disque Pichação". O projeto fala em 0800, mas de acordo com Amadeu, poderia ser o canal de denúncias 156.

Em 2008, a então vereadora Lenice Lemos (PTB) propôs multa para pichações de monumentos públicos ou privados, fixando valores entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil. O texto propunha também que o infrator fosse obrigado a reparar o dano. Caso o projeto de lei citado por Doria seja de autoria do Executivo, o prefeito pode fazer um adendo a alguma lei já existente, modificando o texto.

Detenções

Nas três primeiras semanas de gestão, pelo menos um pichador foi detido a cada dois dias. Foram 13 pessoas conduzidas pela Guarda Civil Metropolitana por "vandalismo", segundo a Prefeitura.

Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo na segunda-feira, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), grupo da Polícia Civil especializado em investigações contra o crime organizado, está mapeando pichadores e se prepara para executar prisões coletivas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na madrugada do último sábado (15), câmeras de videomonitoramento da Secretaria de Defesa Social (SDS) flagraram a atuação de pichadores na Rua da Aurora, no Centro do Recife. Os suspeitos teriam pichado imóveis até serem surpreendidos por policiais militares. 

Identificados como Abenildo Venceslau da Silva, de 35 anos, e Rogério Santana Caseca, 24, os pichadores foram abordados pela Polícia num local próximo do Plaza Hotel e foram encaminhados à Central de Flagrantes. No local, foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência para registrar a ação criminosa. 

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O vídeo, divulgado pela SDS no início da tarde desta quarta (19), mostra o momento exato em que os policiais abordam a dupla. Confira: 

A Corregedoria da Polícia Militar deteve nesta quarta-feira (6) de forma administrativa, os quatro policiais militares que participaram da ocorrência que terminou com a morte de dois pichadores na zona leste da capital, na quinta-feira passada. A prisão temporária deles deve ser pedida hoje à Justiça Militar.

Segundo a Corregedoria, incongruências nos depoimentos dos quatro envolvidos, filmagens coletadas durante as investigações e os testemunhos colhidos pelos investigadores colocaram em xeque a versão dos policiais - de que os pichadores haviam entrado no prédio, que fica na Avenida Paes de Barros, na Mooca, para cometer um assalto e que teriam trocado tiros com os policiais depois de serem flagrados.

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O tenente-coronel Marcelino Fernandes, da Corregedoria da PM, disse que "existe um lapso de tempo entre a invasão tática e a comunicação ao Copom (Centro de Operações da Polícia Militar)" que não foi explicado de forma satisfatória pelos envolvidos - tenente Matsuoka, sargento Amilcezar e os cabos Segala e Figueiredo. A idade deles varia entre 28 e 45 anos e, ainda segundo a Corregedoria, todos já haviam se envolvido ao menos duas vezes em ocorrências com morte de suspeito anteriormente.

Outro ponto que não está claro, segundo o tenente-coronel, é por que o caso só foi relatado por outro policial militar, que não participou da ocorrência, em vez de um dos quatro envolvidos no caso. Os suspeitos não souberam explicar o motivo.

Câmeras

Além disso, o coronel informou ter a confirmação de que, naquela noite, as vítimas estavam em plena atividade de pichação, porém sem dar indícios de que poderiam praticar algum crime de maior gravidade. "Verificou-se, com testemunhas e outras câmeras do local, que esses mesmos jovens já tinham pichado um condomínio a 300 metros dali, sem a característica de estarem armados", disse Fernandes, ao sugerir que a versão de que os rapazes invadiram o prédio para praticar um assalto era frágil.

Uma testemunha que prestou depoimento à polícia afirmou ter ouvido pelo menos dez tiros naquela noite. Os disparos foram feitos com um espaço de tempo entre eles.

Caso o Tribunal de Justiça Militar aceite a denúncia, os suspeitos deverão ser encaminhados para o Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital, onde aguardarão julgamento. Entretanto, se for confirmado que o caso se trata de uma execução, a Corregedoria não adiantou quais seriam as acusações que o quarteto terá de responder.

O caso

Alex Dalla Vecchia Costa, de 32 anos, e Ailton dos Santos, de 33, tiveram a morte registrada como um fato decorrente de troca de tiros com a Polícia Militar, depois de a dupla invadir o prédio na Mooca. Na versão registrada pela Polícia Civil, os policiais militares alegaram que um policial chegou a ficar ferido durante a suposta troca de tiros com os rapazes mortos.

Desde o começo, familiares negaram que os dois estavam no prédio para praticar crimes. A polícia havia informado ainda que ambos já haviam sido presos em ocasiões anteriores: Costa, mais de uma vez, acusado de furto - a última detenção havia sido em 2005 -, e Santos, por causa de pichações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Civil começou a ouvir testemunhas sobre a morte dos pichadores Alex Dalla Vecchia Costa, de 32 anos, e Ailton dos Santos, 33. A dupla foi morta a tiros por policiais militares depois de invadir um prédio residencial na Avenida Paes de Barros, na Mooca, zona leste da capital paulista.

A Corregedoria da Polícia Militar e o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investigam o caso. De acordo com o boletim de ocorrência, Costa e Santos teriam entrado no prédio armados e trocaram disparos com os PMs no último andar do edifício, no apartamento do zelador. Um policial ficou ferido no braço. Os PMS apresentaram uma pistola 380 e um revólver calibre 38. Em foto divulgada pelos rapazes no elevador do prédio, as armas não são vistas. A mochila dos rapazes foi levada à viatura pelos policiais, que depois apresentaram o objeto, sem nenhum spray de tinta.

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Costa tinha passagens na polícia por furto, a última registrada em 2005. Ele e Santos também já foram fichados por outras pichações. No dia 18 de julho, os dois foram flagrados com outros três pichadores em um prédio na Rua Augusta, na Consolação, região central de São Paulo.

'Justiça'

Parentes e amigos negam que os pichadores estivessem no local para cometer o crime. "Está na cara que tudo isso foi forjado e queremos justiça!", afirmou o pichador Michael Ariel Pontes, parceiro de Costa. Na versão registrada no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Costa e outro rapaz, Aílton dos Santos, estavam armados e atiraram contra os PMs, deixando um deles baleado no braço. A Corregedoria da corporação afirmou que está investigando o caso.

"Quem picha sabe dos riscos que corre, mas não é com a nossa vida que temos que pagar por isso", disse o pichador Djan Ivson Silva, que chamou Vecchia de "pai de família e trabalhador".

Em depoimento na rede social, a prima do pichador, Karen Dalla Vecchia, relatou que o jovem "nunca teve uma arma, nunca matou nem feriu ninguém". Ela nega que a dupla tenha entrado no prédio para roubar, como na versão sustentada pela Polícia. O enterro de Costa e Santos ocorreu no sábado, 2, em Santo André, no ABC Paulista, cidade onde moravam.

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O Lincoln Memorial, localizado no National Mall de Washington, foi atacado por pichadores na madrugada desta sexta-feira ( 27 ), e fechado ao público.

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