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Tem início na próxima segunda-feira (8) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite para crianças abaixo de 5 anos. Simultaneamente, acontecerá também a Multivacinação para Atualização da Caderneta de menores de 15 anos de idade. A iniciativa, conduzida pelo Ministério da Saúde, vai até o dia 9 de setembro. Está previsto para 20 de agosto de 2022, o Dia D de Mobilização Nacional. 

A poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que pode provocar paralisias irreversíveis e fatais. A vacinação é a principal forma de prevenção. O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1989 e, em 1994, recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de eliminação da doença. Em todo o mundo, as campanhas de imunização reduziram de centenas de milhares para apenas algumas dezenas o número de casos por ano. Recentemente, porém, a doença reapareceu em alguns países, levantando um alerta.

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  A nova campanha busca alcançar ao menos 95% das crianças de 1 a 4 anos de idade. A última vez que isso ocorreu no Brasil foi em 2015, quando as taxas de vacinação começaram a cair. O esquema de proteção contra a poliomielite prevê a aplicação de três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, mediante injeção intramuscular. Depois, a criança deve receber reforço com 15 meses e com 4 anos: essas novas doses são ministradas via oral e simbolizadas pelo Zé Gotinha, personagem criado pelo governo brasileiro na década de 1980 para tornar as campanhas de vacinação amigáveis para o público infantil. 

Já a multivacinação prevê a atualização das cadernetas de crianças e adolescentes, conforme calendário previsto no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Dessa forma, são disponibilizadas doses que protegem contra diversas doenças como tuberculose, hepatite, tétano, difteria, meningite, febre amarela, sarampo, rubéola, caxumba, catapora, gripe e covid-19, entre outras. 

Os estados e municípios têm autonomia para organizar o atendimento levando em conta a realidade local. No Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) prevê que 280 mil crianças recebam a dose contra a poliomielite. "As unidades de Atenção Primária estão abertas para a vacinação de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h", informa a pasta, em nota. 

Os pais de crianças e adolescentes devem levá-los junto com suas cadernetas de vacinação para que as equipes de saúde possam identificar quais imunizantes precisam ser aplicados. 

 A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), entidade científica sem fins lucrativos, destaca a importância do engajamento da população. "É fundamental para o Brasil se manter livre de doenças que podem levar à morte ou deixar sequelas", ressalta a instituição, em nota.

Com o início da pandemia, o mundo, especificamente os cientistas, entraram em uma constante busca para desenvolver uma vacina eficaz contra a Covid-19. Em menos de 12 meses, algumas vacinas contra a doença começaram a ser desenvolvidas e aprovadas por Agências reguladoras. Com isso, muitas pessoas se mostraram céticas em relação ao imunizante, muitas vezes se organizando no movimento antivacina ou antivax.

Este movimento nada mais é do que um grupo, que pode ou não ser organizado, que reúne críticos das vacinas contra programas de vacinação pública. Porém, em entrevista para o LeiaJá, o biomédico imunologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro, Dr. Jefferson Russo Victor afirmou que as consequências desse movimento são maléficas à saúde individual e pública.

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"De forma geral, as consequências do movimento antivacina são muito ruins. Porque a utilização de vacinas é relativamente barata, e é extremamente eficiente. Quando pensamos em um movimento antivacina, que conduz as pessoas a não se vacinarem, a consequência disso é tornar as pessoas suscetíveis à doença. Isso é um problema de saúde individual, coletiva e problema de custo ao serviço de saúde", afirmou.

Doenças erradicadas

Além dos malefícios citados acima, o especialista também destacou sobre as consequências desse movimento em doenças erradicadas no Brasil, e alertou sobre a Poliomielite.

"Atualmente o maior risco que nós temos  em termos de doenças erradicadas, é relativo a poliomielite que teve seu último caso registrado em 1989 e permitiu que o Brasil adquirisse o certificado de erradicação da doença em 1994. Mas esse tipo de iniciativa, muitas vezes leva as pessoas a não se vacinarem, portanto essas pessoas continuam suscetíveis. No caso da poliomielite, embora tenha sido erradicada do Brasil, ela não foi do mundo, isso significa que ainda existe este vírus circulando no mundo. O que pode levar a contaminação de alguns indivíduos como viajantes, trazendo esse vírus para o Brasil e contaminando pessoas que não se vacinam e ficam suscetíveis a doença".

Sarampo 

Assim como a poliomielite, o Brasil também ganhou o certificado de erradicação do sarampo em 2016, mas em 2018 o país perdeu esse título devido a baixa cobertura vacinal.

Guerra da desinformação 

Por fim o biomédico, destacou que este tipo de movimento tem origem da "guerra de desinformação". "São grandes os malefícios desse tipo de movimento antivacina, e sabemos que esse movimento sempre tem origem do que vivemos hoje que é uma verdadeira guerra da desinformação. Onde pessoas utilizam de informações mentirosas, que tem caráter científico, e usam isso de justificativa para não vacinar pessoas. Não somente contra os vírus que causam pandemia, mas também todo programa de imunização do Brasil, que desde a década de 70 vem se mostrando esficiente", explicou.

Pelo menos 500 mil crianças no País não foram vacinadas contra a poliomielite. O número alto de pessoas sem proteção contra a doença levou a Organização Panamericana de Saúde (Opas) a incluir o Brasil na lista dos oito países da América Latina com alto risco de volta da infecção. Nos casos mais graves, a enfermidade pode provocar a paralisia.

De acordo com a Opas, braço da Organização Mundial de Saúde (OMS) na América Latina, as baixas taxas de vacinação nesses países são um perigo para todo o continente. A região não registra um único caso da doença desde 1994. O Brasil, que já teve uma cobertura de 95% da vacina da pólio, atualmente registra uma das mais baixas de sua história, 67%, segundo o pesquisador Akira Homma, diretor de Biomanguinhos, da Fiocruz. Ele foi um dos responsáveis pela erradicação da doença no País na década de 1980.

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"Temos hoje no País 500 mil crianças que não foram vacinadas", afirmou Homma, em entrevista ao Estadão. Esse número é altamente preocupante, sobretudo porque estamos próximos de dois países de altíssimo risco de infecção, Haiti e Bolívia."

No Brasil, de acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), as crianças devem tomar a vacina injetável (de vírus inativado), aos dois, quatro e seis meses de idade. Depois, tomam ainda duas doses do imunizante oral (de vírus vivo atenuado),a primeira aos 15 meses de idade e outra aos quatro anos. De acordo com as estatísticas oficiais, 67% das crianças tomaram as três doses da vacina injetável. A cobertura da vacina oral é ainda mais baixa: 53%.

Isso não significa que metade das crianças está totalmente vulnerável. Mesmo com os dois regimes incompletos, os menores têm algum grau de proteção. Do ponto de vista da saúde coletiva, no entanto, como explicou Homma, o ideal é que todas as crianças estivessem com os dois esquemas completos justamente para impedir a circulação do vírus e eventuais mutações.

A vacina injetável da pólio está disponível no Brasil desde 1973. Mas foi só nos anos 80, com a introdução da vacina oral e das campanhas nacionais de vacinação (o Zé Gotinha foi criado nessas ações), que a doença foi finalmente erradicada, em 1989. Tínhamos a mobilização de toda a sociedade", lembra Homma. Chegamos a vacinar em um único dia 18 milhões de crianças."

Em nota, o Ministério da Saúde informou que monitora atentamente as coberturas vacinais e tem trabalhado para intensificar as estratégias necessárias para reverter o cenário de baixas coberturas". A pasta informou ainda que recomenda aos Estados, municípios e Distrito Federal que realizem a busca ativa para imunização e reforça a importância da manutenção das ações de vacinação de rotina. O ministério disse ainda que a divulgação de informações sobre a segurança e efetividade das vacinas como medida de saúde pública também fazem parte de ações realizadas durante todo o ano.

A cobertura vacinal da poliomielite nunca esteve tão baixa?

Infelizmente, a cobertura não só a da poliomielite, mas de todas as vacinas está caindo há uns cinco ou seis anos de forma gradativa e, mais acentuadamente, nos anos da pandemia até pelas próprias recomendações de isolamento social. Mas a verdade é que a cobertura já vinha caindo, não só no Brasil, mas no mundo todo.

Em 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou as baixas coberturas vacinais como um dos dez principais problemas de saúde pública do mundo. A situação é realmente grave e preocupa muito porque vem crescendo o que chamamos de população de suscetíveis, de pessoas não protegidas. Há quatro semanas, tivemos um caso de pólio no Malawi, que é um país considerado livre da doença. Mais recentemente tivemos outro caso de pólio em Israel, que é um país tradicionalmente de altas coberturas vacinais. Nas duas vezes foram casos importados.

Existe risco real de a pólio voltar ao Brasil?

Sim, a importação da pólio existe e, no Brasil, por conta dessas baixas coberturas vacinais, já somos considerados um país de alto risco para reinfecção, segundo a classificação da Organização Panamericana de Saúde (Opas). Assim como o Brasil, estão nesta classificação Equador, Venezuela, Guatemala, República Dominicana e Suriname, além de outros dois países onde o risco é considerado altíssimo: Haiti e Bolívia. Veja que estamos cercados de países com risco de reinfecção, sendo que a pólio foi considerada eliminada em toda a América Latina em 1994.

A pólio ainda é endêmica em algum país?

No Paquistão e no Afeganistão. Mas o problema maior é que existem outros países no Oriente Médio e na África onde, por conta da baixa cobertura, estão surgindo casos de pólio com vírus vivos atenuados derivados de vacinas.

O senhor poderia explicar como exatamente esse mecanismo funciona?

A vacina Sabin (imunizante oral contra a pólio) é feita de vírus vivos atenuados. As crianças que recebem a vacina excretam o vírus no meio ambiente. Com a cobertura vacinal muito baixa, esse vírus pode começar a circular entre as pessoas não imunizadas. Quanto mais um vírus circula, mais mutações ele sofre, podendo se tornar uma nova ameaça, como se fosse um vírus selvagem. Se a cobertura vacinal da população fosse de 95% não haveria problema. Mas com as coberturas tão baixas, passa a ser um risco. No caso do Brasil, a cobertura da vacina injetável está em 67%; ou seja, temos mais de 30% de crianças que não tomaram a vacina. São praticamente 500 mil crianças desprotegidas. Por isso a Opas incluiu o Brasil entre os países de alto risco para a volta da pólio. O número é ainda mais preocupante porque estamos próximos de dois países de altíssimo risco de infecção, Haiti e Bolívia.

Quais são as razões para essas coberturas tão baixas, na sua análise?

São vários motivos, têm muitos trabalhos publicados. Uma das principais razões é que somos vítimas de nosso próprio sucesso. Como não temos mais surtos da doença, a população não vê mais casos, não vê doentes, e as pessoas pensam que não precisam mais se vacinar. Não precisaria se a doença estivesse erradicada completamente no mundo inteiro, mas enquanto houver países com pólio, temos que continuar vacinando as crianças justamente para evitar a entrada do vírus selvagem no País, sobretudo com o alto número de suscetíveis. Mas acho também que falta informar melhor a população sobre a situação da pólio, convocar as pessoas a se vacinarem, essa informação transparente deixou de existir. Há outros problemas também que a população aponta, como o horário de funcionamento dos postos de saúde que coincidem com os horários do trabalho.

E qual é a solução?

Estamos propondo um projeto de reconquista das altas coberturas vacinais trabalhando na ponta, nos municípios, lá onde estão os protagonistas da vacinação. Estamos acompanhando o dia a dia em 41 municípios de dois Estados, Amapá e Paraíba, e a partir dessas observações vamos elaborar um plano de ação específico para cada cidade. A ideia é ampliar para o resto do País.

A Campanha de Vacinação Contra Poliomielite foi prorrogada até o dia 18 de dezembro no Recife. O público alvo para a imunização são crianças de 1 ano a menores de 5 anos de vida. A campanha, que teve início no dia 5 de outubro, já vacinou pouco mais de 72 mil pessoas, o que representa uma cobertura de 89%.

A meta da Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) é imunizar pelo menos 95% das mais de 80 mil crianças nessa faixa etária. Com a prorrogação, o órgão municipal vai manter o horário estendido, das 8h às 21h, de dez unidades de saúde do município até o fim da campanha para que as crianças sejam vacinadas. 

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A Sesau decidiu manter o horário estendido, das 8h às 21h, de dez unidades de saúde do município até o fim da Campanha. Nas três próximas segundas-feiras (30, 7 e 14), o Centro de Saúde Joaquim Cavalcante, nos Torrões, e a Policlínica Salomão Kelner, em Água Fria, vão estender o horário até 21h. Já nas terças (1º, 8 e 15), a população pode se imunizar à noite nas Policlínicas Albert Sabin, na Tamarineira, e Gouveia de Barros, na Boa Vista.

As Policlínicas do Pina e Lessa de Andrade, na Madalena, vão funcionar até mais tarde nas quartas-feiras (2, 9 e 16). Já nas próximas quintas-feiras (3, 10 e 17), será a vez do Centro de Saúde Gaspar Regueira Costa, no Barro, e da Upinha Rio da Prata, no Ibura, estenderem o horário. Nas sextas (4, 11 e 18), a vacinação noturna acontece nas Policlínicas Salomão Kelner, em Água Fria, e Clementino Fraga, no Vasco da Gama.

*Com informação da assessoria

Até o dia 27 deste mês, pouco mais de 48 mil crianças de Pernambuco, com idade de um a menores de cincos anos, precisam tomar a dose extra da vacina contra a poliomielite. Apesar de ter tido seu último caso no Brasil em 1989, a doença ainda segue em circulação no Paquistão e no Afeganistão.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), até o momento, mais de 501 mil crianças foram vacinadas, correspondendo a 91,25% do total de meninos e meninas. A campanha de imunização tem como meta chegar a 95% dos pequenos.

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“A poliomielite é uma doença grave, que pode deixar sequelas irreversíveis e provocar até mesmo óbito. É por meio da vacinação que podemos proteger nossas crianças e continuar mantendo o território pernambucano livre da circulação do vírus. Por isso, lembramos aos pais e responsáveis dessa oportunidade de garantir o direito à saúde desses meninos e meninas, que ainda podem aproveitar a ida ao posto de saúde para atualizar a caderneta de vacinação com doses contra outras doenças que, porventura, estejam atrasadas”, destacou a superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina, conforme informações da assessoria de comunicação da pasta.

Em paralelo à vacinação para combater a poliomielite, o Estado conta com uma mobilização para que crianças e jovens menores de 15 anos tenham atualização de vacinas. Todos os imunizantes podem ser encontrados, de forma gratuita, em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os interessados nas vacinas podem procurar postos de saúde de suas respectivas cidades. No Recife, por exemplo, os endereços estão disponíveis na internet.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) anunciou nesta sexta-feira (13) que prorrogará mais uma vez a campanha de vacinação contra a poliomielite, que busca ofertar uma dose extra contra a doença para todas as crianças entre 1 e menores de 5 anos que estão com o esquema básico da pólio em dia. Agora, a mobilização segue até 27 de novembro em todos os municípios pernambucanos. No Estado, são mais de 549 mil crianças nessa faixa etária. Até a manhã desta sexta-feira (13/11), 458.946 meninas e meninos já haviam sido vacinados contra a doença, o que equivale a 83,54% do público total - a meta mínima preconizada é de 95%. Pernambuco está na 2ª colocação do país em cobertura vacinal para a doença e acima da média nacional (59,60%), no entanto, ainda faltam 90.423 crianças serem imunizadas contra a poliomielite.

A SES-PE também decidiu prorrogar a campanha de multivacinação para atualização de caderneta de menores de 15 anos, com a oferta de todos os imunizantes para quem está com alguma dose em atraso. "As crianças que voltaram a circular e também a ter contato mais intenso com outras pessoas estão suscetíveis a diversas doenças, algumas até mais graves que a Covid-19 para esse público, e podem ser protegidas pelas vacinas que estão ofertadas gratuitamente de rotina no SUS", destacou o secretário estadual de Saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa na última quinta-feira (12/11).

No primeiro ano de vida, a criança deve receber três doses contra a poliomielite, com reforço aos 15 meses e 4 anos, além dos momentos de campanha, como a atual, evitando sequelas irreversíveis provocadas pelo vírus, como a paralisia de membros inferiores, crescimento diferente das pernas e até mesmo paralisia dos músculos da fala e da deglutição.

Para as crianças abaixo de 7 anos, as unidades de saúde estão disponibilizando os seguintes imunizantes: BCG, hepatite B, pentavalente, poliomielite, rotavírus, pneumocócica 10, meningocócica C, febre amarela, tríplice viral, varicela, hepatite A e DTP. A partir dos 7 anos, até os menores de 15, podem ser feitas as doses da hepatite B, febre amarela, meningocócica ACWY e HPV.

*Da assessoria

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A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informou que os pais e responsáveis por crianças de um ano e menores de cinco anos têm até esta sexta-feira (13) para ir até um posto de saúde e vacinar os pequenos com uma dose extra contra a poliomielite. Até o momento, 427.261 meninos e meninas nessa faixa etária já foram imunizados - 77,77% -, colocando Pernambuco na segunda colocação no País entre os Estados com melhor percentual de vacinação. Contudo, ainda faltam 122.108.

A meta é proteger, no mínimo, 95% do público total - 549.369 -. Para tomar a dose extra contra a poliomielite, a criança precisa ter finalizado o esquema do calendário básico, com três doses. A doença pode deixar sequelas irreversíveis, como a paralisia de membros inferiores, crescimento diferente das pernas e até mesmo paralisia dos músculos da fala e da deglutição.

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Apesar do último caso ter sido registrado no Brasil em 1989, o vírus continua em circulação em dois países (Afeganistão e Paquistão). Além da vacinação indiscriminada contra a poliomielite para o público entre um ano e menores de 5 anos, todos os menores de 15 anos devem atualizar a caderneta de vacinação com as doses em atraso. Para as crianças abaixo de sete anos de idade, as unidades de saúde estão disponibilizando os seguintes imunizantes: BCG, hepatite B, pentavalente, poliomielite, rotavírus, pneumocócica 10, meningocócica C, febre amarela, tríplice viral, varicela, hepatite A e DTP.

A partir dos sete anos até os menores de 15, podem ser feitas as doses da hepatite B, febre amarela, meningocócica ACWY e HPV. "Os pais e responsáveis precisam ficar atentos à caderneta de vacinação das crianças para que as doses sejam feitas no tempo preconizado. Também é indispensável a adesão a campanhas como essa, que busca corrigir qualquer falha vacinal que possa ocorrer. Em caso de dúvida, basta procurar um posto de saúde para que um profissional oriente e atualize o que for necessário", afirma a superintendente de Imunizações da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Ana Catarina de Melo, segundo informações da assessoria.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) anunciou a prorrogação da campanha de vacinação contra a poliomielite para crianças entre 1 e menores que 5 anos de idade que está com esquema básico da pólio em dia. A vacinação vai acontecer até o dia 13 de novembro. 

De acordo com a SES-PE o que motivou a prorrogação foi o fato de terem identificado até a essa sexta-feira (30) que 'apenas' 67,06% das crianças, ou seja 368.389, que precisam da segunda dose foram vacinados. A meta estabelecida é de 95%. Restam cerca de 180 mil crianças para que o número seja atingido. 

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"Ainda estamos muito abaixo da meta mínima de 95% e, por este motivo, mesmo não tendo sinalização do Ministério da Saúde, vamos prorrogar a campanha de vacinação por mais 15 dias. É também mais uma oportunidade para que os jovens menores de 15 anos procurem os postos de saúde para atualizarem o cartão de vacina com as doses de outras que estejam em atraso", afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Desde o início da Campanha Nacional de Vacinação, no dia 5 de outubro até essa segunda-feira (26), apenas 35% das crianças (4 milhões) foram vacinadas contra a poliomielite. A campanha irá até o próximo dia 30 e 7,3 milhões de crianças ainda precisam ser levadas pelos pais ou responsáveis até os postos de saúde para vacinar. O público-alvo estimado é de 11,2 milhões das crianças de 1 a menores de 5 anos.

O estado que mais vacinou as crianças até agora foi o Amapá (62,59%), seguido do estado da Paraíba (50,11%). Rondônia foi o estado que menos vacinou, tendo atendido apenas 11,76% do público-alvo. A recomendação aos estados que não atingirem a meta é continuar com a vacinação de rotina, oferecida durante todo o ano nos mais de 40 mil postos de saúde distribuídos pelo país.

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A campanha nacional ocorre junto com a campanha de multivacinação, que visa atualizar a situação vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos. Nesta última são ofertadas todas as vacinas do calendário nacional de vacinação.

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção.

Pais e responsáveis por crianças e adolescentes menores de 15 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias) podem participar, neste sábado (17), do Dia D da Campanha de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Vacinação. Segundo o Governo do Estado, estão sendo ofertados todos os imunobiológicos indicados para essa população, que deve ser imunizada caso haja alguma dose em atraso.

Além disso, meninos e meninas entre 1 e menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) devem fazer uma dose indiscriminada contra a poliomielite, caso já tenham finalizado o esquema básico dessa doença. 

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“Esta campanha de vacinação é essencial para elevarmos as coberturas vacinais contra diversas doenças. Tivemos uma queda na adesão às vacinas em 2019 e neste ano, com a pandemia da Covid-19, já notamos uma diminuição na procura pelos imunobiológicos. Por isso, este momento é necessário para atualizar as cadernetas de vacinação, proteger as crianças e adolescentes e prevenir contra diversas doenças. A não vacinação pode provocar o aumento de enfermidades preveníveis ou até mesmo epidemias, além de reintrodução de doenças que não são registradas há anos no Brasil, como é o caso da poliomielite", disse secretário estadual de Saúde, André Longo.

"Contamos com o apoio de pais, responsáveis, profissionais de saúde e de toda a população para fazermos um Dia D de sucesso, com todos respeitando o distanciamento social, usando máscara e higienizando as mãos constantemente, seja com água e sabão ou álcool gel. Para os gestores municipais, reforçamos a importância de orientar o público e da limpeza periódica dos espaços. O Brasil tem um longo histórico de campanhas de vacinação de sucesso e com o empenho de todos, mesmo neste momento difícil que estamos vivenciando, podemos levar proteção aos nossos jovens pernambucanos e garantir esse direito à saúde”, emendou.

Até o momento, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio do Programa Estadual de Imunização, já distribuiu mais de 2,6 milhões de doses de vacinas para os municípios, sendo mais de 693 mil contra a polioemielite. Para as crianças abaixo de 7 anos, as unidades disponibilizam os seguintes imunizantes: BCG, hepatite B, pentavalente, poliomielite, rotavírus, pneumocócica 10, meningocócica C, febre amarela, tríplice viral, varicela, hepatite A e DTP. A partir dos 7 anos, até os menores de 15, podem ser feitas as doses da hepatite B, febre amarela, meningocócica ACWY, HPV e varicela. 

Diversas recomendações foram repassadas aos gestores municipais para garantir a segurança de todos envolvidos durante a campanha, como utilizar espaços abertos ou ventilados, manter o distanciamento entre as pessoas, realizar a desinfecção frequente dos ambientes, garantir local adequado para higienização das mãos e fazer a triagem de pessoas com sintomas respiratórios antes de entrar na sala de vacina, para evitar a propagação da Covid-19. 

Em casos febris, orienta-se aguardar o reestabelecimento do quadro clínico para que não se atribua à vacina manifestações da doença. Em casos sugestivos ou confirmados da Covid-19, orienta-se manter o isolamento por pelo menos até 3 dias depois do desaparecimento dos sintomas, com tempo mínimo de isolamento de 14 dias do início da sintomatologia. Só após isso é indicado procurar o posto de saúde para a imunização. Para os contatos, mesmo assintomáticos, também orienta-se aguardar os 14 dias.

*Da assessoria de imprensa

Em um evento na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS, em Genebra, Suíça, o  presidente da Comissão Global Independente para a Certificação da Erradicação da Poliomielite, professor David Salisbury, informou nesta quinta-feira (24) que a  poliomielite selvagem  tipo 3 foi erradicada do mundo. O anúncio foi considerado pela OMS um "marco para a saúde global".

No Dia Mundial de Combate à Pólio, que é celebrado hoje, a OMS convocou as autoridades de saúde de todo o mundo a direcionar, a partir de agora, os esforços para erradicar o últipo tipo de poliomielite ainda em circulação, que é a poliomielite tipo 1. Em 2015, a comissão independente emitiu certificado declarando erradicada a poliomielite tipo 2.

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"Essa notícia é um marco para a humanidade", afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), Juarez Cunha, ao falar sobre a erradicação da poliomielite tipo 3.  Ele alertou, porém, que dois países –- Afeganistão e Paquistão – ainda registram casos de pólio do tipo 1. "Devido à persistência desses casos em tais países, nós, aqui no Brasil, e também em outros países, não devemos baixar a guarda. Devemos, isso, sim, insistir na cobertura global vacinal", afirmou Cunha.

Características

A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa aguda, causada por um vírus, que pode se manifestar por febre, mal-estar, cefaleia, distúrbios gastrointestinais e rigidez de nuca.

Desde 1990 não há registro de casos de poliomielite no Brasil, fato que levou o país a obter da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de erradicação do poliovírus selvagem autóctone do seu território em 1994, juntamente com os demais países das Américas.

A poliomielite selvagem tem esse nome por circular no meio ambiente. Embora raros, há casos de poliomielite não selvagens causados por vacina. Não existem, porém, casos de pólio causados por vacina no Brasil.

A Comissão Global Independente para Certificação da Erradicação da Poliomielite é formada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização das Nações Unidas para a Educação, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Centro para o  Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, Rotary Internacional e Fundação Bill & Melinda Gates.

 

Retirada pouco a pouco de uso, a vacina oral contra a poliomielite poderá ser retomada. Um grupo de trabalho convocado pelo Ministério da Saúde analisa a possibilidade de resgatar o uso das gotinhas na campanha do próximo ano. A vacina, que protege contra paralisia infantil, é feita com vírus atenuado e se tornou um símbolo do programa de imunização do Brasil. Nesta década, no entanto, ela vem sendo progressivamente substituída pela vacina injetável, feita com vírus inativado, considerada mais segura.

Diante das baixas coberturas vacinais, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sugeriu que especialistas avaliem o retorno da vacina oral. Mandetta já avisou ser favorável à mudança. "Sou da geração Zé Gotinha, sou pai da geração. Só vejo coisa boa", observou.

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Uma das justificativas para se repensar o uso da vacina oral em campanhas é a chamada "proteção de rebanho." A criança que toma a vacina pode eliminar parte do imunizante nas fezes. Em locais onde o saneamento não é eficiente, trechos do vírus atenuado podem se espalhar pelo ambiente.

Mandetta afirmou que a estratégia poderia levar a uma proteção extra. Como o Estado mostrou no ano passado, mais de 300 municípios brasileiros apresentavam risco para o retorno da pólio, em virtude da baixa cobertura vacinal. O problema se estende para cidades de países vizinhos, como a Venezuela.

A substituição da vacina oral pela injetável começou a ser feita no País em 2011 e era uma antiga reivindicação de especialistas, por considerá-la mais segura e com menos efeitos colaterais. A vacina injetável é dada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses. O reforço, aos 15 meses e 4 anos, é feito com a vacina oral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sarampo, poliomielite, doença de chagas, febre amarela e até mesmo HIV são doenças trasmitidas por vírus aos seres humanos. O programa especial do Vai Cair No Enem desta terça-feira (10) já está no ar e aborda as formas que patologias em evidência no Brasil podem ser tema de questões do Exame Nacional do Ensino Médio.

Nesta edição do programa, a apresentadora Thaliane Pereira recebe o professor Carlos Bravo para uma conversa sobre o assunto. O Vai Cair no Enem é um produzido em parceria com o LeiaJá e conta com a apoio na UNINASSAU. Confira abaixo o vídeo da aula de biologia. 

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A foto de uma idosa em cima de uma moto dentro de uma casa lotérica viralizou nas redes sociais, mas o que muita gente pode não saber é que a situação foi um ato de solidariedade do mototaxista para com a mulher, que teve poliomielite quando criança e não consegue se locomover sem a ajuda de sua cadeira de rodas.

O flagra foi feito em uma casa lotérica de Ariquemes, em Rondônia, e vem circulando na internet desde a última terça-feira (23), quando aconteceu o inusitado. A idosa em questão se chama Maria Auxiliadora. Em entrevista ao G1, o mototaxista Cleoval Soares Figueiredo disse que a aposentada teve a casa invadida e os suspeitos levaram o carregador da cadeira de rodas motorizada.

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Com a cadeira de rodas descarregada, Maria Auxiliadora não conseguia sair de casa para resolver o problema de sua aposentadoria que estava atrasada há dois meses. Cleoval conta que a idosa o viu passando na rua quando ele foi deixar um outro cliente bem próximo da casa onde ela mora.

Auxiliadora explicou sua situação e perguntou se ele poderia levá-la em uma agência bancária. Cleoval aceitou e, durante o caminho, a passageira pediu para ele levá-la até uma casa lotérica, onde seria "mais fácil" de ser atendida.

Cleoval diz ao site que o segurança não permitiu que eles entrassem na lotérica. A "entrada motorizada" só foi permitida depois que a gerente do local foi chamada. Na casa lotérica, Maria Auxiliadora não conseguiu resolver o problema com a aposentadoria e seguiu até a sede do Instituto da Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - ela foi autorizada a entrar no local em cima da moto.

Ao todo foram três corridas, mas o fim não foi tão bom para Maria Auxiliadora, que não conseguiu resolver o problema com a aposentadoria. Cleoval relata que, ao fim da corrida, a passageira disse que só tinha R$ 20. "Mas eu disse pra ela ficar tranquila que o valor da corrida seria os das três corridas, que daria R$ 15", aponta Cleoval. Foram mais de uma hora e meia que a idosa ficou em cima da garupa da moto.

Há 30 anos, o vírus selvagem da poliomielite paralisava cerca de 350 mil crianças em mais de 125 países todos os anos. Dados divulgados nesta sexta-feira (4) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, em 2018, apenas 30 casos da doença foram notificados em dois países – Afeganistão e Paquistão. O mundo, segundo a entidade, está à beira de um sucesso sem precedentes na saúde pública: a erradicação global da doença.

“A OMS e seus parceiros da Iniciativa Global para Erradicação da Pólio se comprometem a apoiar integralmente os governos do Afeganistão e do Paquistão para combater a doença em seus últimos redutos e livrar-se dessa doença debilitante de uma vez por todas”, destacou a organização, por meio de comunicado.

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De acordo com a nota, a erradicação da pólio exige altas coberturas vacinais em todo o planeta para que se consiga bloquear a transmissão de um vírus extremamente contagioso. Infelizmente, segundo a OMS, algumas crianças permanecem sem acesso às doses adequadas por motivos diversos, incluindo falta de infraestrutura, localidades remotas, migração, conflitos, insegurança e resistência à vacinação.

“A meta das equipes em solo no Afeganistão e no Paquistão é muito clara: localizar e vacinar todas as crianças antes que o vírus chegue até elas. Esses países alcançaram enorme progresso. Há 20 anos o poliovírus paralisava mais de 340 mil crianças em todo o Paquistão. Em 2018, apenas oito casos foram reportados em alguns distritos.”

A OMS destacou, entretanto, que o processo de erradicação da pólio deve ser um esforço no sentido “tudo ou nada” e que uma possível falha em acabar com esses últimos redutos poderia resultar no ressurgimento da doença, chegando a até 200 mil novos casos em todo o mundo num prazo de dez anos.

“Estamos no caminho certo para alcançar o sucesso. Um Paquistão e um Afeganistão livres da pólio significam um mundo livre da pólio”, concluiu a organização, citando que a erradicação da doença poderia economizar entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, sendo a maioria em países de baixa renda. “E os benefícios humanitários serão sustentados para as gerações futuras: nenhuma criança jamais seria afetada novamente por essa terrível doença”.

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo fará neste sábado (22) o quarto dia “D” de vacinação contra poliomielite (paralisia infantil) e sarampo. Mais de 90 unidades de saúde ficarão abertas, além de postos volantes distribuídos nos principais pontos da capital. Os agentes de saúde também vão realizar visitas a residências para alertar a população sobre a importância de imunizar crianças com idade entre um e quatro anos.

A campanha, que teve início no dia 4 de agosto, já aplicou 559.290 doses da vacina contra a pólio e 556.872 doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola.

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Para se vacinar, é preciso levar documento de identificação, carteira de vacinação e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). As unidades e postos volantes que atenderão neste sábado podem ser consultadas no site da Prefeitura de São Paulo.

A Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite (Paralisia Infantil) e Sarampo atingiu a meta de imunizar 95% do público-alvo estabelecido pelo governo federal. De acordo com o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, a média de vacinação contra a poliomielite foi de 95,4% e contra o sarampo foi de 95,3%. No total, 21,4 milhões de doses foram aplicadas, protegendo 10,7 milhões de crianças.

O levantamento do governo federal apontou variações da cobertura vacinal entre estados. Quinze deles atingiram a meta para as duas vacinas. São Paulo e Tocantins alcançaram o índice mínimo de 95% somente na imunização contra a pólio. Já o Rio de Janeiro teve o pior desempenho, com uma cobertura de 83,3% contra a poliomielite e de 84,4% contra o sarampo. Taxas que, no entanto, poderão ser melhoradas, já que a Secretaria Estadual da Saúde prorrogou a imunização para até o próximo sábado (22).

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Segundo o ministério, 1.180 cidades não atingiram a meta estabelecida e cerca de 516 mil crianças ainda não receberam as vacinas contra as duas doenças. A única faixa etária que não chegou a média esperada de imunização foi a de crianças de um ano, na qual a cobertura ficou em 88%.

A orientação da pasta para este ano era de que todas as crianças entre um e cinco anos de idade recebessem doses das duas vacinas, mesmo se já tivessem sido imunizadas anteriormente, para reforçar a proteção.

A medida foi adotada pelo governo em decorrência dos surtos de sarampo registrados no Amazonas e em Roraima. O Ministério da Saúde informou que o genótipo do vírus (D8) que circula hoje no Brasil é o mesmo detectado na Venezuela, que enfrenta uma epidemia da doença desde 2017.

A poliomielite e o sarampo são doenças infectocontagiosas que podem causar complicações graves para as crianças, podendo levar até a morte. Entre as sequelas da poliomielite estão, por exemplo, paralisia de membros inferiores e de músculos da fala e de deglutição, osteoporose e atrofia muscular. Já o sarampo pode evoluir para doenças como pneumonia.

A três dias do final da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomelite e o Sarampo, dados preliminares do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) indicam que a média nacional de vacinação está em 94,7% para o sarampo e 93,6% para a poliomielite.

Foram aplicadas em todo o país mais de 22 milhões de doses das vacinas (11,2 milhões de cada vacina). Onze estados atingiram a meta do Ministério da Saúde de vacinar, pelo menos, 95% do público-alvo, para as duas vacinas. Mais de 4 mil (72%) municípios do país cumpriram a meta.

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Cerca de 800 mil crianças ainda não tomaram as vacinas contra as duas doenças. Na faixa etária de 3 e 4 anos, a cobertura vacinal está acima da meta, com 96,95% e 95,44%, respectivamente. A maior preocupação é com faixa de um ano de idade, cuja cobertura ainda está em 85,45%.

Os estados do Mato Grosso do Sul, Alagoas, Ceará, Goiás, Paraíba, Maranhão, Sergipe, Espírito Santo, Santa Catarina, Pernambuco, Rondônia e Amapá já atingiram a meta de 95% das crianças vacinadas. O esforço dos profissionais de saúde e da população tem apresentado bons resultados em capitais como Recife (PE), Macapá (AP), Porto Velho (RO) e Vitória (ES), que superaram a meta da campanha. Manaus, que iniciou a vacinação antes devido ao surto de sarampo na região, também já vacinou 95% do público-alvo, com 103% de cobertura vacinal contra o sarampo, e de 95,23%, para a poliomielite.

A campanha de vacinação contra o sarampo e a pólio vai até a próxima sexta-feira (14).

Os gestores públicos têm até 15 dias para informar no SI-PNI quantas doses das vacinas foram aplicadas.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo termina hoje (31) em todo o país. Todas as crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos devem receber a dose, independentemente de sua situação vacinal.

Dados do Ministério da Saúde mostram que mais de 3 milhões de crianças ainda precisam ser imunizadas.

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Municípios que ainda não atingiram cobertura vacinal de 95% foram orientados a abrir os postos de saúde neste sábado (1º). O ministério alertou que a mobilização no fim de semana é responsabilidade de cada município e, portanto, é necessário verificar com as secretarias municipais quais postos estarão abertos.

Entre as unidades da Federação com menor cobertura vacinal estão Rio de Janeiro, Distrito Federal, Roraima, Pará, Acre, Amazonas, Bahia, Piauí, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso. Apenas o Amapá atingiu a meta de imunizar 95% do público-alvo.

Este ano, a vacinação é feita de forma indiscriminada, o que significa que mesmo as crianças que já estão com esquema vacinal completo devem ser levadas aos postos de saúde para receber mais um reforço.

No caso da pólio, as crianças que não tomaram nenhuma dose ao longo da vida vão receber a vacina injetável e as que já tomaram uma ou mais doses devem receber a oral.

Para o sarampo, todas as crianças com idade entre um ano e menores de 5 vão receber uma dose da tríplice viral, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.

Casos de sarampo

Até o dia 28 de agosto, foram confirmados 1.553 casos de sarampo no Brasil, enquanto 6.975 permanecem em investigação.

O país enfrenta dois surtos da doença: no Amazonas, que já tem 1.211 casos confirmados e 6.905 em investigação, e em Roraima, onde há 300 casos confirmados e 70 em investigação.

Casos isolados e relacionados à importação foram identificados nos seguintes estados: São Paulo (2), Rio de Janeiro (18), Rio Grande do Sul (16), Rondônia (2). Pernambuco (2) e Pará (2).

Foram confirmadas ainda sete mortes por sarampo, sendo quatro em Roraima (três em estrangeiros e uma em brasileiro) e três no Amazonas (todos brasileiros, sendo dois óbitos em Manaus e um no município de Autazes).

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