Até 2020, a fábrica da Jeep em Goiana, na Mata Norte pernambucana, gerará mais de 15 mil novos empregos diretos (47,5 mil no geral), de acordo com estudo realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (SDEC), com o consórcio formado pelas empresas Diagonal/Ceplan. O empreendimento do grupo Fiat Chrysler Automobile (FCA) promete elevar a massa salarial dos municípios de Goiana, Igarassu e Itapissuma de R$ 347 milhões para R$ 2,3 bilhões. Ao considerar todo o estado, a aposta é num crescimento de até 10,2% da massa salarial.
Os resultados fazem parte do Diagnóstico Socioeconômico e Territorial para a Gestão Integrada na Área de Influência do Polo Automotivo, divulgado nesta terça-feira (28) pelas entidades envolvidas. O levantamento aponta uma migração populacional de mais de 48 mil pessoas nos três municípios mais diretamente afetados, mas também crescimento nas cidades circunvizinhas (Abreu e Lima, Paulista, Itamaracá, Condado, Itaquitinga, Itambé e Araçoiaba).
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“O objetivo do estudo é preparar Pernambuco para se apropriar dos efeitos da instalação do Polo Automotivo no Litoral Norte. Haverá externalidades negativas – impactos sociais – e precisamos preparar a estrutura estatal para prover os serviços necessários. Num segundo momento, apresentaremos um Plano de Gestão Integrada para ser encaminhado às secretárias como Cidades, Saúde, para avaliarmos como os migrantes irão se deslocar da melhor forma, onde irão morar, entre outros fatores”, certificou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Márcio Stefanni Monteiro.
Somados os investimentos em edificações e obras (R$ 4,4 bilhões) e em máquinas e equipamentos (R$ 5,2 bilhões), a SDEC afirma que, até 2018, cerca de R$ 9,6 bilhões serão injetados no Polo Automotivo de forma geral. De acordo com Jorge Jatobá, diretor-financeiro da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), o Produto Interno Bruto (PIB) nos municípios envolvidos deve duplicar até o final de 2020. “O desafio é transformar o PIB em renda para o Estado. E a renda per capita só pode crescer a partir das políticas públicas”.
O estudo ainda mostra que, especificamente em Goiana, a receita corrente do município deve subir de mais de R$ 60 milhões, em 2013, para R$ 119 milhões em 2020. A fase final do levantamento é o monitoramento das ações prioritárias do Plano de Gestão Integrada, que só deve ser entregue ao Governo do Estado em novembro de 2015.