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A produção industrial apresentou queda em 11 dos 14 estados brasileiros pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). O destaque na variação mensal negativa foi para Amazonas, Paraná, Bahia e Rio Grande do Sul.

Segundo o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian, vários fatores estão atrelados à desaceleração. “A Copa do Mundo, os efeitos do ciclo de alta da Taxa Selic iniciado em 2013 e as expectativas deterioradas do setor industrial são os principais responsáveis pela queda da produção industrial nos estados brasileiros”.

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Ainda segundo o professor, o Estado do Amazonas sentiu os efeitos da queda da produção de equipamentos de informática e produtos eletrônicos. Já os estados do Paraná, Bahia e Rio Grande do Sul sentiram os efeitos na produção da indústria automobilística. 

Com informações da assessoria

A produção industrial caiu, no mês de junho, em 11 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional. Em São Paulo, principal parque industrial do País, houve queda de 1,0%.

No mês, os recuos mais acentuados foram registrados no Amazonas (-9,3%), Paraná (-7,5%), em Pernambuco (-7,4%) e no Ceará (-5,4%). No Amazonas, a perda acumulada em quatro meses seguidos de queda na produção chegou a 19,2%. No Paraná, o resultado negativo reverteu o avanço de 0,7% verificado no mês anterior. Em Pernambuco, a indústria acumulou um recuo de 8,9% entre os meses de abril e junho. Já o Ceará interrompeu dois meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 0,8%.

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As demais taxas negativas foram verificadas na Região Nordeste (-4,4%), em Santa Catarina (-4,0%), no Rio Grande do Sul (-2,3%), Pará (-2,0%), em Minas Gerais (-1,7%) e na Bahia (-1,1%). No período, a média nacional da indústria foi de queda de 1,4%. Na direção oposta, houve avanço nas indústrias do Rio de Janeiro (5,4%), Espírito Santo (3,5%) e Goiás (0,4%).

Em relação a junho de 2013 a produção industrial em junho de 2014 encolheu em 12 dos 15 locais pesquisados. Houve recuo no Amazonas (-16,1%), Paraná (-14,0%), na Bahia (-12,1%), no Rio Grande do Sul (-11,9%), na Região Nordeste (-8,3%), em Santa Catarina (-7,5%), Pernambuco (-7,3%), no Mato Grosso (-7,1%), Ceará (-6,7%), em São Paulo (-6,5%), Minas Gerais (-6,1%) e no Rio de Janeiro (-2,1%). No mesmo período, a média da produção industrial nacional ficou em -6,9%.

Na direção oposta, houve expansão no Pará (6,7%), puxado pelo setor extrativo (minérios de ferro em bruto), além do Espírito Santo (4,1%) e de Goiás (3,3%).

Os bens de consumo duráveis e os bens de capital são as duas categorias que mais pressionam o resultado total da indústria em qualquer tipo de comparação ao longo de 2014, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação da Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 01. Em junho, a produção de duráveis recuou 24,9% ante maio, impactada principalmente por automóveis, enquanto os bens de capital cederam 9,7% na margem, diante do recuo na produção de caminhões.

Mas a perda de dinamismo não foi pontual, já que ocorre desde outubro do ano passado, salientou Macedo. Desde então, os veículos automotores tiveram perda acumulada de 33,1% na produção.

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No segundo trimestre, a produção industrial como um todo recuou 5,4%. O IBGE não divulga oficialmente dados trimestrais ajustados, mas Macedo calculou um recuo de 2,0% na indústria em geral no segundo trimestre em relação ao primeiro. Nesta comparação, os bens de capital recuaram 9,1%, os bens de consumo duráveis cederam 14,4%, os bens intermediários caíram 0,7% e os bens de consumo semi e não duráveis tiveram alta de 0,5%.

A magnitude da queda da produção industrial no mês de junho tem relação direta com a realização da Copa do Mundo no País, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 1. Hoje, o órgão anunciou que a produção cedeu 1,4% em junho ante maio, a mais intensa desde dezembro do ano passado.

"A magnitude tem relação direta com menor número de dias trabalhados, redução da jornada de trabalho, férias coletivas, cortes de turnos de trabalho, que ficaram como uma marca do mês de junho. E o evento Copa do Mundo tem relação com esses fatores", disse Macedo. Segundo ele, não apenas os jogos do Brasil prejudicaram a indústria, mas o "simples fato de haver várias cidades recebendo jogos", o que aumentou o número de feriados.

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Mas o movimento de queda não fica restrito ao mês de junho, ressaltou Macedo. Ele observou que o recuo anunciado hoje foi o quarto dado negativo consecutivo na margem. "O perfil de queda ritmo de produção é algo que não é característico só desse mês", disse. "Foi em outubro de 2013 que começou o ritmo de queda maior da produção. A Copa potencializou", acrescentou.

Desde outubro do ano passado a produção industrial acumula um recuo de 6,5%. "Percebemos que é característica de um setor industrial que vem mostrando menor dinamismo", afirmou Macedo. Segundo ele, a menor evolução da demanda doméstica, o cenário externo e a restrição no crédito são fatores que persistem e marcam o ano de 2014.

A produção industrial de junho ante maio recuou em 18 dos 24 ramos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carroceria, cuja produção cedeu 12,1% na passagem do mês, e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com recuo de 29,6% na margem.

Outros destaques em termos negativos apontados na Pesquisa Industrial Mensal (PIM) foram máquinas e equipamentos (-9,4%), confecção de artigos de vestuário e acessórios (-10,0%), produtos de borracha e de material plástico (-5,6%) outros equipamentos de transporte (-12,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,4%), perfumaria, sabões, detergentes, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-3,1%), produtos de minerais não-metálicos (-3,4%) e produtos têxteis (-6,7%).

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Por outro lado, entre os seis ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,6%), produtos alimentícios (2,1%) e bebidas (2,5%)

Revisão

O IBGE revisou o resultado da produção industrial de maio ante abril, para queda de 0,8%. Na leitura inicial, o recuo havia sido de 0,6%. Além disso, foi revisado o dado de março ante fevereiro, de -0,5% para -0,7%, e de fevereiro ante janeiro, de 0,1% para estabilidade.

Na produção de bens de capital, também foram revisadas as taxas de maio ante abril, de -2,6% para -3,8%; de abril ante março, de -0,9% para -1,4%; de fevereiro ante janeiro, de 3,0% para 1,8%; e de janeiro ante dezembro do ano passado, de 19,4% para 18,9%.

Sete dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística tiveram queda na produção industrial na passagem de abril para maio deste ano. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada nesta quinta-feira (10), a maior queda foi observada no Amazonas (9,7%), seguido da Bahia (6,8%) e da Região Nordeste (4,5%), cujos estados são analisados em conjunto.

Também registraram queda o Rio de Janeiro (1,6%), o Espírito Santo (1,4%), o Rio Grande do Sul (1%) e Pernambuco (0,2%). Na média nacional, houve uma queda de 0,6%. Sete estados tiveram alta na produção e contribuíram para evitar uma queda maior da indústria: São Paulo (com alta de 1%), Pará (4,2%), Goiás (2,1%), Ceará (1,2%), Paraná (1,1%), Minas Gerais (0,5%) e Santa Catarina (0,3%).

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Na comparação entre maio deste ano e o mesmo período do ano passado, houve queda em oito dos 15 locais pesquisados (neste tipo de comparação, está incluído Mato Grosso), com destaque para Rio de Janeiro (7,9%), Rio Grande do Sul (7,8%), Bahia (6,6%) e Amazonas (5,8%).

Também tiveram redução na produção industrial, Minas Gerais (4,1%), Paraná (3,7%), São Paulo (3,6%) e Região Nordeste (2,1%). Santa Catarina teve estabilidade, enquanto seis estados tiveram alta: Pará (36,3%), Goiás (4,2%), Pernambuco (1,7%), Ceará (1,1%), Mato Grosso (0,9%) e Espírito Santo (0,3%).

No acumulado do ano, houve alta em oito locais, com destaque para o Pará (18%), estabilidade em um estado e queda em seis. Já no acumulado de 12 meses, houve alta em 11 locais, com destaque novamente para o estado do Pará (8,8%), e queda em quatro.

Passado o efeito da Copa do Mundo, a produção de televisores voltou a desacelerar, acompanhando o movimento dos eletrodomésticos em geral, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta quarta-feira (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O mundial de futebol provocou forte aumento na fabricação de aparelhos de TV, mas o impacto ficou mais concentrado no primeiro trimestre de 2014, quando a alta na produção dos eletrodomésticos da linha marrom chegou a 51,2%. Mês a mês, a magnitude de aumento na fabricação da categoria foi se reduzindo: 41,9% em março (ante o mesmo período do ano anterior); 20,9% em abril; 9,8% em maio.

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Os aparelhos de televisão respondem por 85% da produção de eletrodomésticos da linha marrom. "Na evolução mês a mês, você observa menor intensidade, por exemplo, na produção de televisores. Quando se compara esse item especifico com o ano de 2013, ainda tem saldo positivo. Mas as taxas mais intensas de crescimento já não são mais observadas, porque a produção maior já foi feita em meses anteriores", confirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

Apesar da manutenção de incentivos do governo, como alíquota reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns bens e programas de concessão de crédito como o Minha Casa Melhor, a alta na produção dos eletrodomésticos diminuiu de 22% em março, para 7,8% em abril e 8,9% em maio.

No mesmo período a linha branca oscilou de aumento de 2,1% na produção em março, para queda de 7,9% em abril e alta de 6,8% em maio. Já a atividade de móveis manteve a predominância de resultados negativos: -10,9% em março; -14,4% em abril; e -9,1% em maio.

"Os resultados mais acentuados que eletrodomésticos vinham apresentando como um todo era a parte da linha marrom. A linha branca e a parte de mobiliário, embora você tenha aí algum tipo de redução de IPI e o programa Minha Casa Melhor, não surtiram muito efeito dentro desse setor. Se tem algum tipo de efeito, ele se dá de forma muito menor do que já foi no passado", avaliou Macedo, lembrando que o segmento da linha branca mostra um nível de estoques acima de seu padrão habitual.

Os bens de consumo duráveis registraram uma queda de 11,2% em maio, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Apesar dos resultados desfavoráveis de móveis e eletrodomésticos, os grandes culpados pelo desempenho negativo da categoria de duráveis ainda foram os automóveis, com recuo de 21,1% na produção no mês.

"Os automóveis são mais de 50% dos bens duráveis, então continuam com a culpa. Não que outras partes não tenham contribuído (para o recuo de duráveis), mas a principal magnitude de queda veio dos automóveis", afirmou Macedo.

Na categoria de bens duráveis, os automóveis respondem por 55%; os móveis, 10%; os eletrodomésticos da linha branca, 13%; os da linha marrom, outros 13%; e as motos cerca de 6% ou 7%. O IBGE divulgou nesta quarta que a produção industrial brasileira caiu 0,6% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal. Em relação a maio de 2013, houve recuo de 3,2%.

Derivados de petróleo

De acordo com Macedo, uma queda de energia foi a principal causa da redução de 3,8% na produção da atividade de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis na passagem de abril para maio. O setor deu a principal contribuição negativa para a perda de 0,6% na indústria no mês.

"Houve em algumas plantas industriais algum tipo de redução e paralisação para o mês de maio, pegando mais a Unidade Federativa do Rio de Janeiro. Isso explica essa queda no mês, até porque a trajetória dessa atividade é positiva. Teve uma parada, algum problema relacionado a fornecimento de energia elétrica. A produção se dá de forma contínua (nas unidades fabris do setor), então, quando se tem alguma interrupção nesse sentido, a retomada se dá de forma mais lenta", justificou o técnico do IBGE.

O setor de derivados de petróleo vinha de três meses de resultados positivos, quando avançou 6,2%. No ano, o resultado ainda é positivo em 0,4%.

A queda na produção industrial de maio deveu-se a dois setores, a indústria de petróleo e gás e a automotiva, na avaliação do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. "Em vários outros ramos da indústria houve crescimento e vamos trabalhar para sustentar o crescimento da indústria", disse Coutinho, ao deixar um evento na Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Segundo o presidente do BNDES, no caso da produção de petróleo, na indústria extrativa, houve paradas técnicas. Já no caso da cadeia automotiva, houve formação de estoques, maior cautela dos consumidores e seletividade no crédito.

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Coutinho demonstrou preocupação com o setor de bens de capital. "Na indústria de máquinas, temos uma preocupação. Estamos observando uma recuperação importante nas exportações, mas o mercado interno nos preocupa e o governo tem estudado formas de apoiar, que ainda estão em cogitação", disse.

Ainda de acordo com o executivo, os desembolsos do BNDES em maio foram "parelhos" com o registrado em maio do ano passado.

A produção industrial recuou em 15 dos 24 ramos investigados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de abril para maio. As principais influências negativas para o total nacional foram registradas pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com queda de 3,8%, e de veículos automotores, reboques e carrocerias, com recuo de 3,9%. No período, a indústria geral teve uma retração de 0,6%, a terceira queda consecutiva.

Em maio, o setor de derivados de petróleo eliminou parte do avanço de 6,2% registrado entre fevereiro e abril. Já a atividade de veículos apontou o terceiro recuo consecutivo, acumulando redução de 10,8% nos últimos três meses.

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Outras contribuições negativas para as perdas da indústria em maio foram de metalurgia (-4,0%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-5,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,1%), móveis (-4,4%) e produtos de borracha e de material plástico (-1,4%).

Na direção oposta, registraram avanço significativo na produção as indústrias extrativas (1,4%), produtos alimentícios (1,0%) e produtos do fumo (18,5%).

Bens de capital

De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) do IBGE, a produção da indústria de bens de capital caiu 2,6% em maio ante abril. Na comparação com maio de 2013, o indicador mostra queda de 9,7%. No acumulado de janeiro a maio de 2014, houve queda de 5,8% na produção de bens de capital. Já no acumulado em 12 meses, houve recuo de 4,1%.

Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou queda de 0,3% na passagem de abril para maio. Na comparação com maio do ano passado, houve recuo de 2,2%. No acumulado do ano, a queda é de 0,1%, enquanto a taxa em 12 meses é de 1,1%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de maio foi de queda de 3,6% ante abril, e retração de 11,2% em relação a maio de 2013. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve aumento na produção industrial de 1,0% em maio ante abril, e avanço de 0,8% na comparação com maio do ano passado.

Para os bens intermediários, o IBGE informou que o indicador teve queda de 0,9% em maio ante abril. Em relação a maio do ano passado, houve recuo de 2,8%. No acumulado de janeiro a maio, o instituto observou queda de 1,8%, enquanto a taxa em 12 meses ficou em -0,8%.

O IBGE revelou ainda que o índice de Média Móvel Trimestral da indústria recuou 0,5% em maio ante abril. No mês anterior, a média móvel tinha sido de -0,3%.

O valor acrescentado da produção industrial da China teve crescimento de 8,8% em maio, na comparação com o mesmo período de 2013, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas do país.

O número representa uma aceleração sobre a alta de 8,7% registrada em abril, mas veio exatamente como previsto pelos analistas consultados pelo The Wall Street Journal. No acumulado do ano, a produção industrial cresceu 8,7%, de uma alta de 9,4% no mesmo período de 2013. Da mesma forma, em maio do ano passado o crescimento na produção industrial havia sido de 9,2%, na mesma base de comparação.

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Na comparação mensal, a produção industrial avançou 0,71% em maio, de 0,70% no mês anterior. Fonte: Dow Jones Newswires e Market News International.

A produção industrial da zona do euro subiu 0,8% em abril ante março, de acordo com dados publicados pela agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat. Esse é o ritmo mais forte de expansão desde novembro e superou as expectativas de 22 economistas consultados pela Dow Jones Newswires, de elevação de 0,5%.

Já o número de março foi revisado, e agora a Eurostat calcula uma queda de 0,4% na produção industrial ante fevereiro, de um declínio inicialmente estimado em 0,3%. Na comparação anual, a produção industrial teve alta de 1,4% em abril, ante uma previsão de expansão de 0,9%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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A produção industrial da França avançou 0,3% em abril na comparação com março, segundo dados publicados pelo instituto nacional de estatísticas, o Insee. Economistas consultados pela Dow Jones Newswires estimaram alta ligeiramente superior, de 0,4%.

O número de março, divulgado originalmente com uma queda de 0,7% ante fevereiro, foi revisado para uma retração de 0,4%. A produção manufatureira também avançou 0,3% em abril, após cair 0,4% no mês anterior, segundo números revisados. Fonte: Dow Jones Newswires e Market News International.

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A menor produção de automóveis e de caminhões explica a queda na fabricação de bens de capital e de bens de consumo duráveis na passagem de março para abril, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em abril, a produção de bens de consumo duráveis registrou o segundo resultado negativo consecutivo, com a queda de 1,6%, após já ter recuado 3,3% em março. Em dois meses, a queda foi de 4,8%.

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"A categoria de bens de capital acompanha esse movimento de duráveis e, consequentemente, da indústria geral, na medida em que assinala também o segundo recuo consecutivo. Em dois meses, a queda acumulada foi de 4,5%", observou Macedo.

A produção de bens de capital caiu 0,5% em abril, após uma perda de 4% no mês anterior. "Claramente, o recuo da produção dos automóveis em conjunto com o recuo da atividade de caminhões afetam os bens de capital e duráveis", justificou o gerente do IBGE.

Segundo Macedo, o setor automobilístico sofre perdas em função da redução da demanda. "A redução das vendas para o mercado interno e o prejuízo das vendas no mercado internacional para parceiros importantes, isso de alguma forma vem diminuindo o ritmo da produção industrial, com impacto em bens de capital quando fala de caminhões, assim como a produção de automóveis tem impacto nos bens duráveis", explicou.

O gerente da pesquisa lembrou que várias plantas industriais do setor registraram paralisações dos trabalhos ou reduções de jornada. Mas, ainda assim, a atividade de veículos permanece mês a mês com um nível de estoque acima do seu padrão habitual, lembrou ele.

Apesar dos prejuízos nas linhas de montagem de caminhões e automóveis, a atividade de veículos automotores registrou aumento de 0,6% em abril ante março. Macedo explicou que o segmento teve impacto positivo de outros produtos que engloba, como autopeças, motor, chassis e carrocerias.

Na passagem de março para abril, 12 entre as 24 atividades pesquisadas registraram redução na produção. Os destaques negativos foram metalurgia (-2,7%), produtos de minerais não-metálicos (-1,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,6%), produtos de madeira (-3,2%), produtos de borracha e de material plástico (-0,9%) e móveis (-2,3%).

A indústria como um todo apontou recuo de 0,3% no período.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o dado da produção industrial de fevereiro ante janeiro, que saiu de estabilidade (0,0%) para alta de 0,2%. A taxa de janeiro ante dezembro de 2013 também foi revisada, de 2,2% para 2,3%.

Já a taxa de dezembro ante novembro de 2013 passou de -3,4% para -3,5%. O resultado de novembro ante outubro saiu de 0,1% para estabilidade (0,0%).

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A produção de bens de capital também sofreu revisão. A taxa de março ante fevereiro passou de -3,6% para -4,0%. O crescimento de fevereiro ante janeiro saiu de 2,8% para 2,9%. E o resultado de janeiro ante dezembro de 2013 foi revisto de 19,2% para 19,1%.

O IBGE anunciou nesta quarta que a produção industrial caiu 0,3% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. Em relação a abril de 2013, a produção caiu 5,8%, resultado foi o mais intenso desde setembro de 2009, quando a taxa teve recuo de 7,3%, segundo os dados da Produção Industrial Mensal Produção Física. No ano, a produção da indústria acumula queda de 1,2%. Em 12 meses, a produção aumentou 0,8%.

Apesar da queda na produção industrial nacional no mês de março, de 0,5% ante fevereiro, a região de Pernambuco mostrou bom desempenho no período. O Estado foi destaque com alta de 2,8% no volume produzido no período, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Esse desempenho é justificado pela safra da cana-de-açúcar", disse o técnico Rodrigo Lobo, da Coordenação de Indústria do instituto. Segundo ele, a safra de cana tem impulsionado as atividades de produção de alimentos (especialmente cachaça) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustível (que inclui álcool e etanol).

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Além de Pernambuco, o Amazonas também foi destaque de alta em março, disse Lobo. O estado registrou crescimento na produção de 1,7% ante fevereiro. "Esse resultado ainda é em função dos televisores, que têm impactado positivamente a produção industrial local", disse Lobo. Segundo ele, o principal polo é a zona franca de Manaus, mas também se beneficiam as indústrias que produzem insumos para os eletroeletrônicos, desde encapamento de fios até outros produtos mais complexos.

Só no Amazonas, a indústria de equipamentos de informática, produtos eletroeletrônicos e ópticos teve alta de 29,1% em março deste ano na comparação com março de 2013. De acordo com o técnico, isso ajuda a explicar o bom desempenho da produção na região.

A revisão metodológica feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física não apontou mudanças na tendência do desempenho do setor, segundo a avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). "O fato de ter mudado a metodologia não muda o que já vinha sendo retratado: uma indústria que ainda não encontrou o caminho do crescimento", afirmou o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

Após a revisão metodológica, a Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física mostrou que a produção industrial brasileira cresceu mais em 2013 e perdeu menos em 2012. Segundo os dados divulgados nos últimos dias, a expansão de 2,3% verificada no ano passado recupera totalmente a perda de 2,3% registrada em 2012. Na série de acordo com a metodologia antiga, a produção industrial tinha recuado 2,5% em 2012 e crescido apenas 1,2% em 2013.

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Com a revisão metodológica, feita com o objetivo de adequar a pesquisa à Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2.0, a série histórica da pesquisa sofreu revisões desde 2003. Houve aumento no número de produtos e informantes, além de mudanças de atividades.

A queda de 0,9% na produção industrial em março ante o mesmo mês de 2013 teve influência do efeito calendário, disse André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O efeito calendário é o que deve ser considerado. Março de 2014 teve dois dias úteis a menos do que março de 2013. Isso é uma questão de o carnaval ter ocorrido este ano no mês de março, o que teve diferença nesse resultado. Do mesmo jeito que o crescimento de fevereiro também teve influência do maior número de dias úteis em relação ao mesmo mês do ano anterior", apontou Macedo.

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Em relação a março de 2013, 16 das 26 atividades pesquisadas registraram recuo na produção, com destaque para veículos automotores (-13,6%), máquinas e equipamentos (-7,8%), produtos de metal (-8,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,3%), outros produtos químicos (-2,9%), móveis (-11,6%), produtos têxteis (-5,8%) e outros equipamentos de transporte (-5,8%).

Na direção oposta, entre as dez atividades que aumentaram a produção, os principais impactos foram observados em indústrias extrativas (8,0%), produtos alimentícios (5,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (9,6%), bebidas (6,3%) e metalurgia (2,1%).

A divulgação desta quarta-feira, 7, da pesquisa mostra uma reformulação metodológica, que adequou a classificação dos dados à Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2.0 (Cnae 2.0). Até então, a PIM-PF seguia a Cnae 1.0.

Entre as mudanças, deixaram a lista de produtos investigados os tubos de imagem, sal de cozinha, amianto, cortador de grama e produtos ligados à impressão, como revistas, jornais, listas telefônicas. Por outro lado, a pesquisa passa a contabilizar a produção de itens como tablets, biodiesel, revólver, pistola e outros produtos da indústria bélica, pratos prontos à base de carne (congelados), preparação de bebidas para consumo doméstico e a atividade de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos.

A produção industrial da zona do euro subiu 0,2% em fevereiro ante janeiro, de acordo com dados publicados pela agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat. A alta veio em linha com as expectativas de economistas consultados pela Dow Jones Newswires, de um ganho de 0,2%.

O aumento na produção não foi generalizado em toda a zona da moeda, com declínios registrados na Itália, na Grécia, na Holanda em Portugal e em outros quatro países. Porém, a produção industrial avançou expressivamente na Irlanda e teve desempenho forte na Alemanha, na França e na Espanha.

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Além disso, a Eurostat informou que, na comparação anual, a produção industrial teve alta de 1,7% em fevereiro, ante uma previsão de expansão de 1,5%.

Os números para janeiro foram revisados e a Eurostat estima agora que a produção do bloco da moeda ficou estável frente à dezembro e avançou 1,6% ante mesmo período do ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.

Apesar de a indústria paulista ter crescido 0,7% em fevereiro ante janeiro, acima da média brasileira no período (0,4%), os ganhos neste início de 2014 não foram suficientes para reverter a perda de ritmo na produção observada entre novembro e dezembro do ano passado. "Na recuperação que percebemos no Brasil, São Paulo não é a principal explicação, já que o Estado não recompõe o que perdeu nos últimos dois meses de 2013", analisou o pesquisador Rodrigo Lobo, da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre novembro de dezembro de 2013, a indústria nacional registrou queda acumulada de 4,2% na produção. Em São Paulo, esse recuo foi mais intenso, de 7,3%, nos cálculos de Lobo. No primeiro bimestre de 2014, a produção brasileira recuperou exatamente os 4,2% perdidos anteriormente. Já a indústria paulista conseguiu recompor apenas 4,4%.

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Em outra comparação, que também prova o menor dinamismo de São Paulo em relação ao País (ainda que seja o principal parque industrial), a produção em nível Brasil opera 2,7% abaixo do pico histórico, observado em maio de 2011. Em São Paulo, as fábricas estão 8,7% abaixo do pico, atingido em março de 2011.

"Por ser o principal parque industrial do País, tudo acaba acontecendo de forma mais intensa", afirmou Lobo, citando o crescimento menor da renda, o alto endividamento das famílias e o encarecimento do crédito como fatores determinantes para menor consumo - e, consequentemente, menos encomendas à indústria. "Do ponto de vista dos empresários, o cenário externo ainda não é tão favorável assim. Com uma expectativa não tão promissora, eles pisam no freio e não recompõem as perdas recentes", acrescentou.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passará a divulgar, a partir de 7 de maio de 2014, os índices da produção industrial reformulados. Em nota divulgada nesta quarta-feira (2), o instituto informou que a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) vai adotar, na nova versão, a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 2.0. Hoje, a pesquisa tem como referência a CNAE 1.0. A troca promoverá mudança nas nomenclaturas e inclusão de produtos hoje não cobertos pela pesquisa.

A série atualizada contará com informações retroativas até janeiro de 2012. Além disso, os resultados já serão incorporados no cálculo das Contas Nacionais Trimestrais referentes ao primeiro trimestre de 2014 (e retroativos até 2013), que será divulgado no próximo dia 30 de maio.

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Além da mudança na classificação das atividades, o IBGE também vai atualizar a amostra de setores, produtos e informantes da pesquisa, bem como a infraestrutura tecnológica dos instrumentos de coleta, apuração e análise dos indicadores.

Também haverá atualização na estrutura de ponderação dos índices, com base em estatísticas industriais recentes. Essa mudança é necessária, inclusive, para o projeto de implantação da Série de Contas Nacionais (referência 2010), outro projeto tocado pelo instituto.

Na próxima segunda-feira (7),  o IBGE divulgará nota técnica com os principais aspectos metodológicos adotados na PIM-PF reformulada.

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