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A queda de 0,3% na produção industrial registrada em junho em relação a maio ratifica a avaliação de que o avanço de 0,6% no mês anterior não significava reversão na trajetória de perdas na indústria brasileira, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo ele, nos últimos dez meses, a atividade cedeu em sete, um sinal do menor dinamismo do setor.

"A indústria volta a operar no campo negativo após um movimento de expansão. Mesmo no mês anterior (maio), ainda assim a leitura era de um movimento de redução de ritmo na produção industrial, não eliminava perda recente. O resultado de junho vem a confirmar leitura que a gente já faz há algum tempo, de que não reverte trajetória descendente da produção industrial", disse Macedo.

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O gerente notou ainda que houve predominância de perdas na atividade, com queda na produção em 15 de 24 ramos pesquisados pelo IBGE. Mesmo em segmentos que tiveram aumento na produção, Macedo observou que os desempenhos positivos estão concentrados na categoria de bens de consumo semi e não duráveis.

Enquanto a produção geral teve queda, a categoria de bens de consumo semi e não duráveis mostrou alta de 1,7% na produção em junho ante maio. "Os soluços na produção têm a ver com melhora no nível de estoque de determinados segmentos. Os bens de consumo semi e não duráveis estão mais próximos de uma determinada normalização de seus estoques do que outras categorias", explicou o gerente. Mesmo assim, o comportamento recente não anula as perdas anteriores. De outubro do ano passado a abril de 2015, a categoria teve queda acumulada de 8,5%. Em maio e junho, os resultados positivos significaram avanço acumulado de 2,9%, segundo o IBGE.

O maior consumo de carne de aves impulsionou a produção de alimentos, que avançou 3,0% em junho ante maio, na avaliação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, nesta terça-feira, 4, o resultado da produção industrial relativo ao mês de junho. O aumento de preços das carnes bovinas proporcionou um "deslocamento do consumo", ou seja, as famílias estão buscando uma alternativa mais barata de consumo.

"Muito desse crescimento do setor de alimentos tem a ver com complexo de carnes, mais especificamente setor de aves, que vem mostrando impulso maior. Pode ter relação com próprio aumento do preço da carne bovina, que pode provocar deslocamento de consumo. Exportações também vêm mostrando incremento importante", explicou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

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Apesar disso, o gerente notou que o movimento não significa trajetória diferente do restante da indústria. "O setor não elimina perdas observadas em abril e maio. É um movimento recente, calcado em alguns segmentos", disse. A mesma avaliação vale para o setor de bebidas, cuja produção cresceu 3,6% em junho ante maio, apontou Macedo.

O Brasil vai "virar a produção industrial". A promessa foi feita nesta terça-feira, 2, em Paris, pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, horas após a divulgação da contração de 1,2% da produção das fábricas em abril na comparação com março. De acordo com ele, parte da contração registrada em abril foi gerada pela menor atividade no setor automotivo, que recebia estímulos no primeiro governo de Dilma Rousseff, agora extintos.

"A gente vai virar a nossa produção industrial", garantiu Levy, após uma reunião com Jean Pisani-Ferry, comissário-geral da France Stratégie, um órgão ligado ao primeiro-ministro francês, Manuel Valls, voltado para políticas de longo prazo no país. "Obviamente nós tivemos alguns anos com muito apoio e uma produção (automobilística) muito mantida pelo crédito público", disse, avaliando o atual cenário de queda nas vendas de veículos como "um período de acomodação".

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Apesar de não demonstrar surpresa com a queda na produção automotiva, Levy ressaltou que o segmento é importante. "Todo esse setor é relevante. O setor de autopeças é uma área que deveria ter vantagem competitiva", disse. "Tem de ver se a estrutura de proteção favorece ou não favorece (a competitividade)", completou, ressaltando a importância desse segmento da indústria para o País.

Segundo Levy, a proteção comercial da cadeia de produção ligada ao setor automotivo "não é muito alta", sendo mais concentrada "no final da cadeia". Questionado sobre eventuais medidas para alterar as condições de proteção do setor, o ministro não deu detalhes. "Isso é questão que tem de ser estudada. A gente não vai fazer nenhum movimento", afirmou.

Levy admitiu que o atual nível do real em relação ao dólar "tem ajudado a indústria". "O câmbio está no nível em que os mercados decidem e que reflete também a percepção sobre a nossa produtividade", afirmou em um primeiro momento, reconhecendo a seguir que "esses elementos são cada vez mais importantes" para o horizonte após o ajuste econômico em curso. "Vencida a primeira parte do ajuste, (é importante) para que as pessoas tomem decisões de investimento."

Pós-ajuste

No encontro com Pisany-Ferry, Levy discutiu infraestrutura, inovação, produtividade, a inserção das novas gerações e o acordo de livre comércio com a União Europeia. Ao deixar a reunião, Levy afirmou ter projetado com o francês como aproveitar as atuais condições para obter "crescimento sustentável através de medidas do lado da oferta e algumas medidas estruturais".

A produção industrial da zona do euro caiu 0,3% em março ante fevereiro, segundo dados divulgados hoje pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado veio abaixo da previsão de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que era de estabilidade.

Na comparação anual, a produção industrial do bloco cresceu 1,8% em março. Neste caso, o dado superou a projeção dos analistas, que era de acréscimo de 1,1%.

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Os números de fevereiro sofreram revisão, para alta de 1,0% ante janeiro e ganho de 1,9% no confronto anual. Fonte: Dow Jones Newswires.

A produção da indústria de bens de capital caiu 4,4% em março ante fevereiro, enquanto na comparação com março de 2014 o indicador mostrou queda de 12,4%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta quarta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do primeiro trimestre deste ano, houve queda de 18,0% na produção de bens de capital em relação a igual período do ano passado. Já no acumulado em 12 meses até março, o recuo é de 13,8%.

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Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou redução de 1,1% na produção na passagem de fevereiro para março. Já na comparação com março do ano passado, houve recuo de 4,0%. No acumulado do ano, a queda é de 8,4%, enquanto a taxa em 12 meses é de -5,0%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de março exibiu redução de 3,1% na produção ante fevereiro e queda de 6,6% em relação a igual período de 2014. Entre os semiduráveis e os não duráveis, a produção caiu 0,3% em março ante fevereiro e recuou 3,1% na comparação com março do ano passado.

No caso dos bens intermediários, o IBGE informou que a produção diminuiu 0,2% em março ante fevereiro. Em relação a março de 2013, essa atividade caiu 2,1%. No acumulado do ano, o instituto observou queda de 2,8% na produção, enquanto a taxa em 12 meses ficou em -3,2%.

Revisão

O IBGE revisou o desempenho da produção industrial em fevereiro ante janeiro. A queda na atividade foi de 1,3%, mais do que o recuo de 0,9% apurado na leitura inicial.

A mudança está relacionada a uma piora no índice de bens de capital e de bens de consumo. A produção de bens de capital em fevereiro ante janeiro foi revisada de -4,1% para -4,4%. Nos bens de consumo duráveis, a queda no período foi de 1,9%, acima do verificado na leitura inicial (-0,4%). Já nos bens de consumo semi e não duráveis, a queda de 0,5% passou para recuo de 1,0% no período.

O crescimento de 7,1% da indústria paulista em janeiro ante dezembro de 2014 deve ser relativizado, porque ocorre sobre uma base de comparação fraca e não recupera as perdas anteriores, afirmou o economista Fernando Abritta, pesquisador na Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Esse crescimento em São Paulo ocorre após dois meses de quedas. Então esse 7,1% de aumento na produção não foi suficiente para recuperar as perdas acumuladas em novembro e dezembro do ano passado, que foram de 9%", apontou Abritta.

O pesquisador ressaltou ainda que, embora em outubro a indústria paulista tenha registrado ligeiro aumento de 0,2%, a produção vinha de outros quatro meses de resultados negativos, de junho a setembro, quando acumulou uma queda de 3,7%. "Então a base de comparação estava muito baixa", explicou ele.

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Na passagem de janeiro para dezembro, houve recuperação, sobretudo, nos segmentos de metalurgia, máquinas e materiais elétricos, máquinas e equipamentos, veículos automotores e outros equipamentos de transporte. "Mas a explicação maior é a base de comparação fraca", confirmou.

Na comparação com janeiro de 2014, entretanto, São Paulo registra uma queda de 5,4% na produção, a 11ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. "Então a produção industrial de São Paulo vem caindo há quase um ano", observou Abritta. A retração foi puxada por resultados negativos em 15 das 18 atividades pesquisadas, com destaque para veículos, máquinas e equipamentos, e produtos alimentícios.

Responsável por 36% de toda a produção industrial nacional, São Paulo fabricou menos automóveis, caminhões tratores para reboques, motoniveladores, reboques autocarregáveis para uso agrícola, partes e peças para máquinas para colheitas, válvulas, torneiras e registros, elevadores para transporte de pessoas, tratores agrícolas, açúcar refinado, carnes de bovinos, bombons e chocolate em barra contendo cacau, leite condensado, sorvetes e picolés.

"Toda a conjuntura negativa que vem afetando a indústria permanece. Os juros aumentaram, além de o crédito estar mais restrito, o que vai impactar diretamente a indústria de automóveis e eletrodomésticos. A construção civil desaquecida afeta a metalurgia e minerais não metálicos. A crise na Argentina impacta as exportações, os estoques permanecem elevados, o consumo caiu. Há a desaceleração na China, e a Europa também está patinando", enumerou o pesquisador do IBGE.

A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias despencou 16,8% em 2014, em relação ao ano anterior. A atividade teve o maior impacto negativo sobre o total da indústria nacional, que recuou 3,2% no período, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o pior desempenho para a produção de veículos desde o início da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), cuja série histórica nova começa em janeiro de 2002, mas com resultados anuais a partir de 2003.

Em 2014, a produção industrial diminuiu em 20 dos 26 ramos pesquisados ante 2013, alcançando 63,9% dos 805 produtos pesquisados. Além de veículos, outras contribuições negativas relevantes para o total nacional foram dos setores de metalurgia (-7,4%), produtos de metal (-9,8%), máquinas e equipamentos (-5,9%), outros produtos químicos (-3,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,2%), produtos alimentícios (-1,4%) e produtos de borracha e de material plástico (-4,0%).

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Entre as seis atividades que ampliaram a produção no ano passado, os destaques foram indústrias extrativas (5,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,4%).

A produção industrial do México em outubro subiu 2,1% frente ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística do país. O resultado ficou abaixo da estimativa de 2,6% de crescimento feita por onze economistas no Wall Street Journal. Na comparação com setembro, o aumento foi de 0,32%.

A atividade manufatureira cresceu 3,9% em outubro frente ao mesmo período do ano anterior ou 0,66% na comparação com setembro com setembro. O desempenho foi liderado pela indústria automobilística, que produziu mais de 3 milhões de carros e caminhões leves até o momento neste ano, um novo recorde de produção. O setor de construção continuou sua recuperação da queda de 2013 e expandiu 5,4% em outubro, na comparação anual e 0,24% na comparação mensal.

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Já o setor de petróleo e gás continua com fraco desempenho. A produção caiu 5,1% em outubro frente ao mesmo mês do ano passado. A petrolífera estatal Petroleos Mexicanos relatou que a produção de petróleo recuou 7%, para pouco menos de 2,4 milhões de barris por dia em outubro, enquanto a sua produção de gás natural subiu 1,7% em igual período de comparação. Fonte: Dow Jones Newswires.

O aumento de 10,1% na produção de veículos em setembro ante agosto ajudou o resultado da indústria em pelo menos cinco regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "A indústria de veículos continua com estoques, mas a maioria dos locais que tiveram aumento de produção registrou resultado positivo em setembro", disse o técnico Fernando Abritta, da Coordenação de Indústria do instituto.

Em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, a fabricação de veículos subiu de maneira intensa em setembro ante agosto, o que ajudou os resultados dessas regiões. A indústria catarinense como um todo teve alta de 2,9% no período, enquanto a produção gaúcha avançou 3,5%. Em Goiás, o aumento foi de 1,2% no total da indústria. Na série com ajuste sazonal, que permite visualizar o desempenho do mês em relação ao mês imediatamente anterior, o IBGE não divulga dados regionais por atividade.

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A Bahia obteve um crescimento mais tímido na atividade industrial, de 0,3%. Segundo o instituto, a produção de veículos "cresceu um pouco" em setembro ante agosto nesta região. Em São Paulo, os veículos também foram uma influência positiva, mas insuficientes para estancar as perdas. A indústria paulista registrou queda de 0,7% no período, influenciada pelo setor alimentício.

No Rio de Janeiro, a produção de veículos seguiu tendência contrária e trouxe um impacto negativo à indústria, que recuou 5,6% em setembro ante agosto - o pior resultado entre as 14 regiões pesquisadas. Além deste setor, fabricantes de metalurgia, produtos químicos, refino de petróleo e produção de biocombustíveis e a indústria extrativa também relataram perdas no período.

Apesar da alta em veículos no mês de setembro, o setor acumula perda de 18,1% nos nove meses de 2014. Também seguem essa tendência outros bens duráveis e os bens de capital. "Os locais muito relacionados à produção de bens de capital, principalmente caminhões e outros meios de transporte, e a bens duráveis, como automóveis, eletrodomésticos de linha branca, motos e móveis, têm tido comportamento negativo ao longo deste ano", destacou Abritta. "Com a indústria de veículos recuando, outros setores são afetados, como metalurgia, borracha e plástico, autopeças. Os Estados que têm esses setores acabam sofrendo mais", acrescentou o técnico do IBGE.

Abritta lembrou que os juros mais elevados, a inflação em alta e o menor crescimento do crédito têm afetado o desempenho dos bens duráveis, principalmente automóveis, motos e eletrodomésticos. Além disso, a perda de ritmo da construção civil e a menor confiança dos empresários também contribuem para reduzir os investimentos e, consequentemente, puxar para baixo a indústria de bens de capital.

O resultado ligeiramente negativo da produção industrial em setembro ante agosto, de -0,2%, não muda o cenário de tendência de queda no setor, segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Embora 15 entre as 24 atividades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tenham mostrado taxas positivas, elas não revertem a tendência de queda.

"Se a gente olhar as outras comparações, não há nada promissor", declarou o economista-chefe do Iedi, Rogério César de Souza. Em relação a setembro, a indústria encolheu 2,1%. No ano, a queda chega a 2,9%, e, em 12 meses, o recuo é de 2,2%.

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O Iedi lembra que a série com ajuste sazonal tem apresentado muita oscilação, num movimento de ajuste de estoques. O instituto prevê que a produção termine 2014 com perda de 2%. "Como o quarto trimestre do ano passado foi muito ruim, a gente pode ter um crescimento no quarto trimestre deste ano por um efeito estatístico, pela base de comparação baixa. Eu ficaria surpreso se o resultado viesse negativo, porque aí significaria que a indústria está mesmo numa situação bem ruim", avaliou Souza.

O Iedi espera que a produção industrial feche o quarto trimestre com alta próxima de 0,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior, após a queda de 0,2% registrada no terceiro trimestre.

A produção industrial cresceu em 10 dos 14 locais pesquisados na passagem de julho para agosto, informou nesta quarta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os avanços mais acentuados foram registrados por Rio Grande do Sul (4,2%), Goiás (3,3%) e Espírito Santo (3,2%).

Ceará (2,8%), Pernambuco (2,7%), Paraná (2,1%), Pará (2,0%) e São Paulo (0,8%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional no período (0,7%), enquanto Santa Catarina (0,5%) e Minas Gerais (0,1%) mostraram avanços mais moderados.

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Por outro lado, Amazonas (-4,5%), Bahia (-4,2%), Rio de Janeiro (-1,6%) e Região Nordeste (-1,2%) assinalaram as taxas negativas em agosto em relação ao mês anterior, após todas as regiões, sem exceção, terem apontado crescimento em julho.

Anual

Na comparação com agosto de 2013, o setor industrial havia tido queda de 5,4% na produção. Esse movimento foi acompanhado por 11 das 15 regiões pesquisadas nesta comparação. Os recuos mais intensos foram registrados por Paraná (-10,3%), devido à produção de veículos automotores e de produtos alimentícios; Bahia (-9,7%) e São Paulo (-8,6%), também diante do desempenho ruim de veículos; e Amazonas (-8,0%), com destaque para equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, outros equipamentos de transporte e bebidas.

Rio Grande do Sul (-7,4%), Santa Catarina (-6,0%) e Minas Gerais (-5,5%) também assinalaram quedas mais acentuadas do que a média nacional, enquanto Região Nordeste (-4,1%), Ceará (-1,3%), Pernambuco (-1,1%) e Rio de Janeiro (-0,7%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas.

Por outro lado, Espírito Santo (13,7%) assinalou o avanço mais intenso em agosto ante igual mês de 2013, impulsionado, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo. Os demais resultados positivos foram observados no Pará (6,0%), Goiás (3,7%) e Mato Grosso (0,1%).

A produção de petróleo e gás tem sustentado os bons resultados da indústria extrativa em seis meses até agosto, disse o gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. Além disso, a extração de minério de ferro, voltado principalmente para exportações, também contribui para o resultado positivo.

Em agosto, a indústria extrativa teve alta de 2,4% ante julho. O segmento responde por cerca de 10% do total da atividade e acabou sendo o principal impacto positivo no mês. "Nos últimos meses, o setor extrativo vinha sendo sustentado pelo minério de ferro, com exportações com viés de alta. O petróleo aparece nos últimos meses com comportamento diferente do que tinha", explicou Macedo.

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Segundo o gerente, a redução de paralisações que eram frequentes e a exploração das camadas do pré-sal ajudam a entender contribuição positiva do segmento de petróleo e gás. É este braço da extração que sustenta a sequência de seis meses de crescimento, de março a agosto.

"Além disso, a parte de refino já há algum tempo tem mostrado reação, numa relação direta com estratégia do setor. Eles vêm operando com nível de capacidade instalada no máximo, visando à redução de importações", acrescentou Macedo. Em agosto, a produção de coque, derivados do petróleo e biocombustível subiu 1,5%.

Mas esses desempenhos foram suficientes apenas para atenuar a trajetória descendente da indústria. A produção subiu 0,7% em agosto, um resultado que tem de ser relativizado, de acordo com o gerente do órgão, devido à base mais enfraquecida nos meses anteriores.

Quedas

Após um primeiro semestre de produção intensa, o setor de bebidas teve queda de 6,1% na atividade em agosto ante julho, o principal impacto negativo no mês. Trata-se do segundo recuo consecutivo - a produção já havia diminuído 2,7% em julho, segundo o IBGE.

"O setor teve uma característica peculiar esse ano. Houve incremento na produção no início do ano devido ao evento Copa do Mundo. Refrigerantes e especialmente cerveja e chope cresceram e alavancaram essa produção. É claro que isso resulta em uma base de comparação mais alta", explicou Macedo.

No setor farmacêutico, a queda de 7,4% foi atribuída à volatilidade característica da atividade. "O segmento havia tido 4,1% de crescimento em julho. O comportamento no ano também é positivo", justificou o analista do IBGE.

A trajetória descendente para o setor industrial permanece, a despeito da sequência de dois resultados positivos na produção, em julho e agosto (ambos com alta de 0,7%), afirmou o gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. Segundo ele, a queda de 0,1% no índice de média móvel trimestral corrobora essa avaliação.

Além disso, o crescimento de 1,4% no acumulado de julho e agosto não compensa a perda observada entre março e junho, de 3,4%. "São dois meses de resultados positivos na margem da série, mas que precisam ser relativizados na medida em que as quedas observadas em meses anteriores foram mais intensas. O saldo negativo observado entre março e junho suplanta o crescimento desses dois meses, então claro que é uma melhora, mas sobre algo que havia recuado de forma mais intensa", detalhou Macedo.

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"Antes de dizer que a indústria ensaia uma recuperação, é preciso esperar os próximos resultados", destacou o analista do IBGE. "É preciso esperar os próximos meses para entender se esse movimento vai se dar de forma consistente ou não. Em princípio, ele é apenas um crescimento que se dá sobre base mais fraca", disse.

A produção industrial em agosto ficou 6,2% abaixo do pico histórico, registrado em junho de 2013, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Quando olhamos em termos de importância o que explica a redução do ritmo total da indústria, é claro que a parte de veículos automotores é a atividade que mais impacta", disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do órgão.

No acumulado do ano até agosto, a produção do setor de veículos recuou 18,8%. "Nesta comparação, 94% dos produtos do setor de veículos automotores estão com queda", citou Macedo. "O peso do setor (de veículos) varia entre 10% e 11% do total da indústria, mas a importância ultrapassa esse peso, devido ao encadeamento com outros segmentos, como metalurgia, outros produtos químicos, borracha e plástico", destacou.

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No desempenho da indústria em agosto ante agosto de 2013, com queda de 5,4%, as perdas de veículos automotores também são o principal impacto. No setor, essa queda foi de 25,6%. "A principal atividade que explica a perda de ritmo do total da indústria é a de veículos automotores", frisou.

O mês de agosto de 2014 teve um dia útil a menos que no ano passado, mas isso não influenciou o resultado, segundo o gerente. "Quando se compara o patamar atual ao que a indústria operava no ano passado, está claramente abaixo", disse.

A produção industrial norte-americana registrou queda de 0,1% em agosto ante julho, em termos sazonalmente ajustados, informou o Federal Reserve. Economistas ouvidos pela Dow Jones Newswires esperavam alta de 0,3%.

A utilização da capacidade instalada caiu para 78,8%, ante previsão de 79,3%.

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A medição da produção industrial referente ao mês de julho foi revisada para alta de 0,2%, ante elevação de 0,4% na leitura original. Já a capacidade instalada de julho foi revisada para 79,1%, de 79,2%.

A produção do setor de manufatura, o maior componente da produção industrial, teve recuo de 0,4% em agosto.

A produção industrial do Reino Unido subiu 1,7% em julho ante o mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês). O número ficou acima da projeção de economistas consultados pela Dow Jones Newswires, de alta de 1,4%.

Na comparação com junho, a produção industrial avançou 0,5%, também acima das estimativas, que previam crescimento de 0,3%.

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A produção manufatureira também apresentou alta na medição de julho. O crescimento foi de 0,3% em relação ao mês anterior e 2,2% em comparação com o mesmo período de 2013. Os resultados vieram em linha com as expectativas.

Os setores que mais contribuíram para as altas na produção foram eletricidade, gás e ar condicionado. Os números de junho permaneceram no mesmo patamar, sem revisão, segundo o ONS.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu nesta terça-feira (2) que a economia brasileira não está em recessão. "(A economia) teve problemas passageiros no primeiro semestre e no segundo semestre vamos em direção à gradual melhoria", disse na chegada à sede da pasta, em Brasília. Mantega fez questão de comentar o resultado da produção industrial divulgado hoje: "A produção industrial veio boa em julho mostrando que no segundo semestre temos uma recuperação da atividade econômica", avaliou. "O que mais cresceu foram bens duráveis e de capital. É um indicador importante de que neste terceiro trimestre teremos um crescimento positivo."

Após cinco meses de queda, a produção industrial subiu 0,7% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os cinco meses de queda acumularam uma retração de 3,5%. A alta de 0,7% na produção industrial de julho foi o melhor resultado desde janeiro deste ano, quando a atividade havia aumentado 2,5% na comparação com o mês imediatamente anterior.

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O ministro ainda citou o índice de gerentes de compra, do HSBC, que indica o apetite dos gerentes para fazerem compras. Segundo ele, está acima dos 50 pontos e aponta intenção de aumento das atividades. "Outro dado importante que saiu ontem é que o lucro das 271 maiores empresas com capital aberto aumentou 56% no primeiro semestre deste ano em relação ao ano passado e a receita liquida cresceu 11,9% no mesmo período", disse.

Aumento da gasolina

Ao ser questionado sobre uma alta do preço do combustível em 2014, Mantega respondeu que "todo ano tem aumento de gasolina e este ano não deve ser diferente". "No ano passado tivemos dois aumentos de gasolina, então não há uma regra fixa, mas todo ano pode ter um ou dois aumentos de gasolina", disse.

Tabela do Imposto de Renda

O ministro afirmou, ainda, que o governo solucionará o fato de ter caducado a MP 644, que reajusta a tabela do Imposto de Renda para Pessoa Física, anunciada em abril. "Vamos resolver isso com alguma nova lei. Vamos verificar, não vamos deixar sem revisão da tabela", disse. Questionado se a solução seria por meio de uma emenda a outra medida provisória, dado que o governo não pode enviar ao Congresso neste ano outra MP com o mesmo assunto, Mantega disse que ainda não está definido. "Ainda não tem definição de como vamos encaminhar isso."

O valor acrescentado da produção industrial da China teve crescimento de 9,0% em julho, na comparação com o mesmo período de 2013, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas do país.

O número representa uma desaceleração sobre a alta de 9,2% registrada em junho e veio em linha com a expectativa dos analistas consultados pelo Wall Street Journal.

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No acumulado do ano, a produção industrial cresceu 8,8%, de uma alta de 9,4% no mesmo período de 2013. Na comparação mensal, a produção industrial avançou 0,68 em julho, de 0,77% em junho. (com Dow Jones Newswires e Market News International)

A produção industrial no Japão caiu 3,4% em junho na comparação com maio, informou o ministério da Economia, Comércio e Indústria do país em uma revisão do dado divulgado há duas semanas. Os números mostravam, desde a primeira leitura, a maior queda do indicador desde março de 2011. Em maio, a produção havia subido 0,5%.

Segundo a revisão, os estoques subiram 2,0% em junho ante maio, de uma leitura inicial de +1,9%. Os números de embarques, que na prévia mostravam uma queda de 1,9% na mesma comparação, não sofreram revisão.

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A produção industrial do México teve expansão de 2,0% em junho ante o mesmo mês do ano passado. O resultado ficou levemente aquém da previsão de 10 economistas consultados pelo Wall Street Journal, de elevação de 2,1%.

Em dados ajustados sazonalmente, a produção industrial de junho recuou 0,18% ante maio, a primeira baixa depois de cinco meses consecutivos de crescimento.

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