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O Projeto Ecos Feminismos está promovendo um episódio de debate com o tema “A Educação escolar na Valorização da Cultura Afro-Brasileira” e a participação da coordenadora dos quilombos do estado de Pernambuco, Dadá Quilombola.

O encontro irá discutir de forma aprofundada a abordagem educacional como um papel fundamental da compreensão mais profunda e respeitosa da herança quilombola. A conversa também irá abordar como o sistema educacional pode adotar uma função ativa na criação de uma narrativa inclusiva e enriquecedora.

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A reunião terá a apresentação da ativista ambientalista e defensora dos direitos dos povos originários e tradicionais brasileiros, Ivanilde Carvalho. A transmissão é gratuita e acontecerá nesta sexta-feira (06), às 13h, no canal do Ecos Feminismos.

Um levantamento inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (27), relevou dados sobre a preservação de pessoas e comunidades quilombolas ao redor do Brasil. Na pesquisa, Pernambuco aparece em quinto lugar, com 78.827 pessoas quilombolas. 

O número aumenta quando se contabiliza a população total residente em áreas quilombolas: 9,05 milhões. Proporcionalmente, o grupo representa 0,87% da população pernambucana. 

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Os conceitos de quilombola variam pois o IBGE considera a autodeclaração e pessoas que, mesmo de diversas etnias, vivem em uma comunidade que preserva a tradição quilombola. Entenda as definições: 

- Pessoa quilombola: a pessoa que se autoidentifica quilombola; 

- Domicílios quilombolas: podem ser particulares ou coletivos; permanentes ou ocupados; com moradores ou sem moradores; 

- Território quilombola: o decreto n. 4.887, de 2003 define os Territórios Quilombolas como “aqueles utilizados para a garantia de sua reprodução física, social, econômica e cultural”; 

- Localidades quilombolas: definiram-se como localidades quilombolas aquelas que compõem o conjunto dos Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, dos agrupamentos quilombolas e das demais áreas de conhecida ou potencial ocupação quilombola. 

Assim, com essas definições, o Instituto definiu que 0,65% da população brasileira residente no país é quilombola. A maior parte dessa população está no Nordeste (905.415 pessoas ou 68,2%); e, seguindo ordem decrescente, Sudeste (182.305 pessoas ou 13,7%); Norte (166.069 pessoas ou 12,5%); Centro-Oeste (44.957 pessoas ou 3,4%); e Sul (29.056 pessoas ou 2,2%). 

As cinco maiores populações quilombolas do país estão na Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Pernambuco. Sozinhos, os estados têm 76,46% desta população em todo o país. Os estados do Acre e Roraima aparecem em último no levantamento, pois não foram obtidos dados detalhados.

Atendendo a uma das principais reivindicações do movimento quilombola, o governo federal revogou na quinta-feira (6) portaria editada no ano passado pelo governo de Jair Bolsonaro, que burocratizava as normas para emissão de certidões de autodefinição das comunidades. 

A medida agora pode destravar milhares de pedidos de pedidos de regularização, que têm na certificação emitida pela Fundação Cultural Palmares, a etapa inicial de reconhecimento para posterior titulação das áreas.

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"A portaria revogada foi uma das demandas do movimento com relação ao atual governo, já para os primeiros 100 dias de gestão. É algo que indica que a paralisação dessa política terminou e há sinais claros de que poderemos avançar", destacou Biko Rodrigues, coordenador-executivo da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

A medida também constava no relatório da equipe de transição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o texto, a Fundação Cultural Palmares também instituiu um grupo de trabalho para elaborar um novo ato normativo para o Cadastro Geral de Remanescentes dos Quilombos e estabelecer os procedimentos para expedição da Certidão de Autodefinição na Fundação Cultural Palmares. O grupo terá duração de 90 dias, no máximo, para realização dos trabalhos, podendo ser prorrogado uma única vez.

Não há número exato, mas o movimento estima a existência de mais de 6 mil comunidades remanescentes de quilombos em todo o país. Apenas dois estados, Acre e Roraima, além do Distrito Federal, ainda não possuem registros da existência desses grupos. Pelas contas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em um estudo de 2019, existiam 5.972 localidades quilombolas no Brasil. A pesquisa foi feita a partir da base territorial do Censo 2022 e de dados do Censo 2010.

Desse total, cerca de 3,5 mil já estão certificadas pela Palmares, mas apenas 206 estão tituladas. A etapa final de regularização, que termina justamente na titulação e posse definitiva das terras, é conduzida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em processos de desapropriação semelhantes aos de reforma agrária.

Apesar de não assegurar a posse definitiva das terras, a certificação da autodefinição de comunidades como remanescentes de quilombo já garante acesso a políticas públicas e assistência técnica e jurídica da Fundação Cultural Palmares em casos, por exemplo, de conflitos e licenciamento ambiental, e diversas outras políticas de saúde, habitação e eletrificação rural, por exemplo.

"A certificação passou a ser, para muitos órgãos públicos, o reconhecimento dessas comunidades para a execução de políticas públicas, daí sua importância", explica Paula Balduíno, diretora de políticas para quilombolas e ciganos da Secretaria Nacional de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiro e Ciganos, do Ministério da Igualdade Racial (MIR).

Na portaria que estava em vigor desde o ano passado, as exigências para a certificação eram bem mais restritivas, como exigência de endereço de email, produção de artesanato e lista de bens das comunidades, que são, na grande maioria, localizadas na zona rural.  "Tudo isso estava vinculado a um sentimento que o ex-presidente [Bolsonaro] tinha de não avançar com a regularização dos territórios quilombolas", afirmou Biko Rodrigues. 

Titulação lenta

No mês passado, após quatro anos de paralisia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou a política de reconhecimento de territórios tradicionais quilombolas, com a assinatura do decreto de titulação de três áreas, onde vivem 936 famílias. A titulação de áreas onde vivem descendentes de africanos escravizados durante a colonização portuguesa do país havia sido interrompida deliberadamente no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A última ocorreu em 2019 no quilombo Paiol de Telha, no Paraná, por força de uma determinação judicial.

A expectativa do movimento quilombola, no entanto, é bem maior que isso. Segundo Biko Rodrigues, há no Incra, atualmente, mais 1,7 mil processos abertos de regularização fundiária abertos. Desse montante, existem 39 áreas prontas para terem seus decretos de titulação assinados pelo presidente da República. "Se a gente mantiver a velocidade histórica de decretação dessas áreas, vamos demorar 745 anos para concluir todas as regularizações", observou. Ele cobrou que o governo assegure dotação orçamentária compatível para o Incra desapropriar e regularizar as áreas pendentes. "Precisamos de mais de R$ 100 milhões, mas o governo dispõe, esse ano, de apenas R$ 500 mil para essa ação."

Plano de governo

De acordo com Paula Balduíno, o governo federal, sob coordenação do Ministério da Igualdade Racial, restituiu, através do programa Aquilomba Brasil, a articulação de diversas áreas na retomada de políticas interministeriais em favor das comunidades quilombolas. "Além da regularização fundiária, tem o fomento produtivo, a educação escolar quilombola, a atenção e proteção às comunidades e pessoas quilombolas em relação à violação de direitos humanos, o programa Luz para Todos e a construção de equipamentos dentro dos territórios quilombolas", ressaltou.

Sobre a garantia de recursos para a execução dessas políticas, já que o orçamento não dá conta, Balduíno apontou a necessidade de prever isso nos planos orçamentários que será definido para os próximos anos. "A gente espera avançar nisso através da construção do Plano Plurianual (PPA) 2024/2027. É necessário que todos os órgãos que têm ações destinadas a quilombolas, nas mais diversas pastas, possam prever essas ações em seus planejamentos."

O Supremo Tribunal Federal votará no próximo mês a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3229/04, que julga a validade do Decreto Federal 4887/03, sobre a regulamentação dos territórios quilombolas. A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) declarou que “a inconstitucionalidade do decreto é um retrocesso na luta por direitos”.

A ADI foi apresentada em 2004 pelo então Partido da Frente Liberal, atual Democratas, e a votação está empatada, com um voto pela constitucionalidade da ministra Rosa Weber, declarado em 2015, quando o ministro Dias Toffoli interrompeu o julgamento e pediu mais tempo para analisar as informações do processo. Atualmente, existem 1.600 processos de titulação de terras quilombolas em curso no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que podem ficar sem amparo jurídico, caso o decreto deixe de existir.

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“Repudiamos qualquer afirmação de que os quilombos, como já afirmou o ministro Cesar Peluso, sejam locais de negros fugidos. Os quilombos de ontem, de hoje e de amanhã são espaços de luta contra o racismo, de conquista da liberdade e da dignidade que nos foi, e ainda é, negada pelos escravocratas racistas de ontem e de hoje”, disse a Conaq em nota no seu site.

Mais da metade (55,6%) dos adultos quilombolas estão em situação de insegurança alimentar no Brasil. Os dados estão no estudo Quilombos do Brasil: Segurança Alimentar e Nutricional em Territórios Titulados, lançado nesta quinta-feira (20) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). A publicação apresenta a pesquisa sobre a situação alimentar e nutricional em comunidades quilombolas e o acesso delas a serviços e programas governamentais, além do perfil socioeconômico das famílias e comunidades.

Entre crianças e adolescentes, 41,1% da população estudada estão na mesma situação de insegurança alimentar. Quando analisada por regiões, a maior taxa é encontrada no Baixo Amazonas (79,1%), e a menor em comunidades do Semiárido (15,9%). O estudo também engloba o nordeste paraense, com 43% das crianças vulneráveis, o norte maranhense (45,7%), o norte Semiárido (31,7%) e o Centro-Sul (18%).

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“O quadro vivenciado pelo Baixo Amazonas é gravíssimo quando se constata que a cada cinco residências, quatro têm crianças com carência alimentar – fome. As regiões nordeste paraense, norte maranhense e norte Semiárido têm frequências elevadas, e no Semiárido e Centro-Sul os valores são expressivamente mais baixos, porém observa-se a existência dessa situação”, diz o estudo.

A coleta em campo foi realizada em 2011, em 55 municípios de 14 estados. Foram visitados 97 territórios quilombolas, nos quais vivem 40.555 pessoas, em 9.191 domicílios distribuídos em 169 comunidades. O levantamento leva em conta as comunidades que receberam o título de posse coletiva da terra, entre 1995 e 2009, e também apresenta dados sobre o estado nutricional das crianças menores de 5 anos.

O estado nutricional de uma pessoa é o reflexo da ingestão, absorção e utilização dos nutrientes dos alimentos, e a população quilombola estudada apresentou maior déficit de estatura em crianças. “O déficit de estatura reflete a desnutrição crônica em crianças. Para o conjunto das regiões estudadas, 2,4% das crianças investigadas apresentaram este diagnóstico, sendo que o Semiárido apresentou déficit nutricional ainda maior, com frequência de 5,9%”, diz o estudo.

O risco de sobrepeso e obesidade também é evidenciado nas comunidades. Para o total de crianças avaliadas, uma em cada cinco apresenta sobrepeso, apesar da grande vulnerabilidade econômica e social destas populações. “Os quilombos do Centro-Sul, situados perto de muitos centros urbanos e com alta densidade populacional, têm 32,7% de suas crianças em situação de excesso de peso. Este diagnóstico pode estar refletido na má qualidade da dieta que as crianças têm acesso”.

O sumário executivo da pesquisa está disponível na página da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (Sagi) do MDS.

“Os resultados encontrados sinalizam para uma situação de grande vulnerabilidade vivenciada pelos quilombolas. Como fator condicionante, poderiam ser mencionados o isolamento geográfico e social, bem como a baixa integração dos territórios quilombolas com outros espaços geopolíticos dos municípios em que a oferta de bens e serviços públicos é maior. Uma vez que a relação com o território é tão particular para este segmento, a violência decorrente dos conflitos persistentes e dos problemas não resolvidos, em termos de ocupação territorial, agrava este quadro”, de acordo com o sumário.

Segundo a secretária da Seppir, Silvanir Euclênio Silva, os dados do estudo já estão servindo de instrumental para elaborar políticas públicas que resolvam a situação de vulnerabilidade em que os quilombolas se encontram, como a potencialização da capacidade de produção das comunidades.

Ela destaca ainda a importância da apresentação do estudo no Dia Nacional da Consciência Negra, que, segundo ela, é o símbolo da capacidade de superação e da resiliência e insurgência da população negra. “Um povo que foi capaz de construir um herói [Zumbi dos Palmares] e uma data, celebrada de Norte a Sul do país, independente[mente] das instituições, este dia representa a capacidade de resgatar a humanidade que nos foi negada”, disse.

Representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) estiveram em Ubatuba e no início da noite desta segunda-feira e conseguiram uma liminar na Justiça Federal para barrar a retirada de moradores da comunidade remanescente de quilombos localizada na Praia de Cambury, ao norte da cidade. A legislação prevê que a Justiça Federal tem a competência para atuar em conflitos envolvendo comunidades de quilombos.

A Justiça de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, determinou a retirada de moradores da comunidade remanescente de quilombos para o cumprimento de uma ação de reintegração de posse de parte da área, movida em 1976. Um oficial de Justiça e 12 policiais militares chegaram ao vilarejo na manhã desta segunda-feira para cumprir a decisão, mas a ação ficou marcada para a manhã desta terça-feira, 23, devido ao número insuficiente de policiais, ante os 200 moradores do local.

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Policiais federais poderão ser acionados na manhã desta terça para que a Polícia Militar não cumpra a ordem judicial. A área estava sendo reivindicada por João Bento de Carvalho, morto aos 105 anos, mas o processo continuou sendo movido por sua esposa. Segundo o monitor ambiental Fábio Tomaidis, 39, morador do local, a área é reconhecida pelo Incra e pelo Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp). O local também é certificado pela Fundação Cultural Palmares. A área está protegida pelo Parque Estadual da Serra do Mar e pelo Parque Nacional da Bocaina. Segundo ele, Carvalho teria tomado posse de parte da área de forma clandestina. "Ele requeria 10% da área remanescente".

Até as 19h30 desta segunda, as 39 famílias que residem na área estavam de prontidão. "Tememos que os policiais cheguem de madrugada e nos surpreendam", disse uma das moradoras. Tomaidis declarou que caso a reintegração de posse seja cumprida, os moradores tentarão impedir a entrada dos policiais no local, que é cercado por cachoeiras com diversos caminhos abertos na mata.

 

 

#ET

Uma das comunidades mais antigas de descendentes de escravos no Brasil, o Quilombo Rio dos Macacos, onde moram cerca de 50 famílias, protesta contra ação da Marinha que quer tomar posse das terras, localizada entre Salvador e Simões Filho, no estado da Bahia.

O fato tem gerado também manifestações de políticos e artistas como  a vereadora de Salvador Olívia Santana, e o Deputado Federal Luís Alberto em defesa dos quilombolas.  No ùltimo dia 22, Sine Calmon, Edson Gomes, Pedro Pondé, e o rapper Brasiliense GOG,  realizaram show para arrecadar alimentos para a comunidade. Foi criada, ainda, a campanha “Somos Todos Quilombo Rio do Macacos”. A Universidade Federal da Bahia (UFBA), na figura da reitora Dora Leal, também se posicionou publicamente a favor da comunidade.

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Alguns quilombolas dizem que passam a noite acordados com medo de morrer. As famílias hoje estão proibidas de plantar e sendo expulsas das áreas mais próximas à residência da Marinha. “A tentativa de expulsão dessas pessoas do território que é delas, há mais de 200 anos, é um flagrante desrespeito aos direitos humanos fundamentais, motivados por racismo institucional“, fala Hamilton Borges, liderança da campanha “Somos Todos Quilombo Rio dos Macacos”.  Segundo ele, ao visitar a comunidade e conversar com os moradores, não raramente encontra-se pessoas com mais de 100 anos que nasceram no local.

Direito ancestral - Descendentes diretos de povos africanos que durante o colonialismo foram sequestrados de suas terras para serem escravizados no Brasil, os quilombolas vêem-se agora ameaçados a perder de novo o seu chão, apesar do direito ancestral à terra garantido na constituição.

“O artigo 68 das disposições transitórias da Constituição Federal garante aos remanescentes das comunidades dos quilombos ” a propriedade definitiva. Porém este artigo até hoje não foi regulamentado, o que gera instabilidade jurídica. A demarcação de terras quilombolas atualmente está lastreada no decreto federal 4887/2003, que é um instrumento jurídico insuficiente para garantir a posse definitiva da terra”, ressalta Pedro Diamantino, representante da Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR).

As terras pertencentes ao Quilombo Rio dos Macacos foram doadas pela prefeitura de Salvador à Marinha do Brasil em meados de 1960, tendo ficado registrada na ocasião a existência de moradores e ressalvada a responsabilidade da Marinha por quaisquer indenizações por transferência de terra.

No dia 4 de novembro de 2011, exatamente um mês após o reconhecimento oficial de Rio dos Macacos como Comunidade Quilombola, a reintegração foi marcada pela Justiça Federal para ocorrer dia 4 de  março de 2012. Mas na última segunda-feira (27), durante uma audiência pública mudou, com a presença de representantes da Seppir (Secretária de promoção da igualdade racial), setores do movimento negro da Bahia, e a secretária da Presidência da República, resultou no adiamento da reintegração da comunidade por mais 5 meses.

Resistência - Uma série de protestos realizados pela comunidade quilombo dos macacos, e por outros coletivos do movimento negro vem marcando a insatisfação dos quilombolas residentes na área. Logo no início do ano, eles realizaram protesto do lado de fora do muro que cerca a Base Naval, onde a Presidente Dilma Rousseff estava hospedada de férias - nos cartazes frases como “Vai permitir isso Presidenta?”, “Marinha quer expulsar comunidade Quilombola Rio dos Macacos”, “Comunidade (…) pede solução justa, legal e imediata” e “Marinha proíbe a entrada INCRA na comunidade Rio dos Macacos”.

Têm-se multiplicado as ações solidárias com a comunidade de Rio dos Macacos, como a declaração coletiva “Somos Quilombo Rio dos Macacos”, feita por diversas personalidades, músicos, poetas e ativistas dos movimentos da Bahia. Uma página criada no Facebook com o mesmo nome, bem como inúmeros blogs, republicaram o manifesto da comunidade, exigindo providências imediatas por parte da Presidenta da República e pelo Ministro da Defesa.

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