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No Santa Cruz desde de 2010, tendo disputado todas as divisões do brasileiro pelo Santa Cruz, o goleiro Tiago Cardoso já acumulou alguns sucessos e insucessos com a camisa coral. Porém, diante do atual momento na Série A, o atleta tricolor declarou se sentir envergonhado de sair de casa. O ídolo coral revela que pela primeira vez na sua carreira tem acumulado tantas derrotas consecutivas no currículo.

“É doloroso, vergonhoso, estarmos nessa situação. Não sonhávamos com isso. Minha esposa e meu filho sabem da vergonha que tenho de andar na rua, não pelo trabalho realizado aqui, onde todos estão dando seu máximo, mas por não conseguir os resultados. Sabemos o trabalho que foi colocar o Santa Cruz na Série A e de repente não conseguir êxito na competição é triste. Nunca tinha passado por tantos resultados negativos, para mim é muito difícil essa situação”, desabafou o goleiro coral que seguirá na titularidade do time diante do Botafogo, na quarta-feira (19).

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Tiago evita pontuar todas as situações que deram errado para o Santa Cruz neste brasileiro, mas acredita que o principal fator que levou o clube a má campanha foi a falta de regularidade entre os setores, além de ver também problemas no extracampo do time. “Foram muitos fatos que nos levaram até aqui. É difícil colocar um, dois ou três. Dentro de campo não encontramos regularidade, quando o ataque estava bem, a defesa não estava, ou o contrário. Tiveram outros fatores como o extracampo, as viagens e lesões. Foram vários, não dá para pontuar todos, mas servem como aprendizado”, analisou.

Sabendo do atual sentimento da torcida, o goleiro destaca que todos do clube compartilham do sentimento de frustração. “A tristeza é de todos, atletas, familiares, diretoria, todos estão magoados. Todos tem um carinho pelo Santa e ficamos tristes pelo torcedor, mas com a consciência tranquila de que demos o máximo em campo. Infelizmente não conseguimos uma sequência de vitórias como era almejado. Demos de tudo, mas a competição não foi boa”, concluiu.

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A temporada que começou perfeita para o Santa Cruz vai terminando de maneira triste para o torcedor coral. Com apenas 23 pontos, o Tricolor ocupa a vice-lanterna da Série A e, mesmo que vença todos os sete jogos restantes, ainda irá depender de outros resultados para não cair. Nesta quarta-feira (19), o duelo com o Botafogo pode cravar de vez o descenso à Segundona.

Não dá para fazer qualquer tipo de cálculo sem levar em conta as últimas edições do Brasileirão. De 2003, ano em que iniciou a disputa por pontos corridos, até o ano passado, a pontuação média para evitar a queda é de aproximademente 45. Com apenas 23 somados, o Santa ainda irá disputar outros 21, o que levaria o time a 44, e, talvez, conseguisse escapar. O problema é que os últimos resultados não dão a menor esperança de uma guinada na reta final.

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Por exemplo, se o Tricolor perder para o Botafogo, o máximo que pode alcançar é 41 pontos, número que só salvou um time do rebaixamento em uma das 13 edições: o Palmeiras escapou com tal campanha em 2014. Confira a pontuação dos times que ficaram em 16º no Brasileirão entre 2004 e 2015:

2003 - Paysandu - 49 pontos *Nessa edição, o Paysandu ficou em 22º e apenas dois times caíram

2004 - Botafogo 51 - pontos

2005 - Ponte Preta 51 - pontos

2006 - Palmeiras 44 - pontos

2007 - Goiás 45 - pontos

2008 - Náutico - 44 pontos

2009 - Fluminense - 46 pontos

2010 - Atlético-GO - 42 pontos

2011 - Cruzeiro 43 pontos

2012 - Portuguesa - 45 pontos

2013 - Flamengo - 45 pontos

2014 - Palmeiras - 40 pontos

2015 - Figueirense - 43 pontos

A esperança que fica sobra está no fato de que, quatro dos sete jogos restantes do Santa Cruz são confrontos diretos contra times que brigam contra o rebaixamento. São eles: Internacional, América-MG, Coritiba e São Paulo.

Depois da 20ª derrota do Santa Cruz na Série A, o técnico Doriva abandonou de vez o discurso otimista que vinha tendo de acreditar numa possível reabilitação do time. O comandante coral reconheceu a dificuldade do clube em permanecer na primeira divisão, já que precisa de sete vitória nos últimos sete jogos restantes da competição. Segundo ele, chegou a hora do clube começar a planejar a próxima temporada. Mas, apesar disso, não garante o desejo de continuidade no clube. 

“O meu contrato é até dezembro, minha ideia era fazer um segundo turno de recuperação, mas isso não aconteceu. Temos que sentar e conversar com a diretoria com a cabeça mais fria. Não é o melhor momento de falar renovação depois de mais uma derrota”, lamentou o técnico que já possui 13 jogos no comando coral somando duas vitórias, um empate e 10 derrotas.

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Com esse aproveitamento, Doriva sabe que não deve conquistar as sete vitórias necessárias para uma continuidade na primeira divisão, por isso ressalta que agora é hora do clube iniciar um novo planejamento. “É uma situação praticamente irreversível, a não ser que a gente ganhe sete jogos. Sabemos que não é fácil ganhar sete jogos no brasileiro, nós só ganhamos seis até agora. Então a gente tem que ser realista. Lamentamos pelo torcedor, o sonho de permanecer estava vivo, mas os resultados não vieram e a gente lamenta, mas já olha para frente”, declarou.

Ainda precisando motivar o time para os próximos jogos, na tentativa de melhorar um pouco a situação em que o clube se encontra, o treinador diz que o pensamento para próxima temporada também deve motivar os atletas, seja para irem para outros clubes ou renovarem com o Santa Cruz. “É difícil jogar nessa situação, mas eles tem que entender que o brasileiro em si é uma grande vitrine, então não dá para jogar a toalha. Temos que continuar focados porque individualmente muita gente vai se interessar nos nossos jogadores e até mesmo o clube fazer propostas de renovação. O atleta tem que pensar sempre no futuro e se doar a cada jogo”, concluiu.

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O Sport recebe o São Paulo nesta quarta-feira, às 21h45, no estádio da Ilha do Retiro, no Recife, pela 29.ª rodada, em duelo direto contra o rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O time pernambucano é o 15.º colocado na tabela de classificação com 33 pontos, a dois de distância da degola e a dois do São Paulo, em 14.º lugar.

O técnico Oswaldo de Oliveira não confirmou a escalação da equipe. Mas no treino desta terça-feira ele promoveu as entradas do zagueiro Matheus Ferraz e do lateral-esquerdo Renê na equipe titular. O primeiro volta de suspensão e deve ficar com a vaga de Durval. O outro substituirá Rodney Wallace, que foi convocado pela seleção da Costa Rica e disputará um amistoso na Rússia contra a seleção local.

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Ex-jogador do São Paulo, o atacante Rogério está confirmado no ataque do time pernambucano. "Agradeço o carinho que a torcida do São Paulo tem por mim, mas acho que agora o momento é de pensar no Sport. A gente tem que vencer de todo jeito para sair dessa situação", comentou.

Rogério, no entanto, disse que pouco poderá contribuir com informações sobre o rival. Apesar de ter deixado o São Paulo há pouco mais de três meses, muita coisa mudou na equipe paulista. "Cada treinador tem um jeito de jogar. Mas acho que eles vão vir fechadinhos para apostar no contra-ataque. Pois sabem que jogar contra o Sport na Ilha é difícil", finalizou.

A última rodada da fase classificatória do Grupo B da Série C do Campeonato Brasileiro determinou o pior vexame da história da Portuguesa, que chegou ao fundo do poço na tarde deste domingo (18) ao ser rebaixada para a Série D.

Considerada a quinta força do Estado de São Paulo, a tradicional Portuguesa foi derrotada por 2 a 0 pelo Tombense, no Almeidão, e se despediu da terceira divisão na vice-lanterna, com 14 pontos somados. O rebaixamento é o desfecho de uma decadência que começou com a queda da Série A, em 2012. Enquanto isso, mesmo com a vitória, os adversários não conseguiram a classificação para as quartas de final da Série C e terminam na quinta colocação de sua chave, com 29 pontos.

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Para permanecer na Série C, a Portuguesa precisava vencer fora de casa e ainda torcer para uma derrota do Macaé para o Botafogo, em casa, mas nenhum destes placares se concretizou. Em Tombos, a Lusa ficou ainda mais próxima de cair ao levar um gol aos 33 minutos do primeiro tempo, quando Alex balançou as redes.

Já na etapa final, Bileu, aos 24, decretou o 2 a 0 que fez a Portuguesa se sentir de vez na Série D de 2017. Ironia do destino, a Lusa cai para a última divisão nacional pouco menos de 20 anos depois de ter disputado a final do Brasileirão, em 1996, quando foi vice-campeã ao ser derrotada pelo Grêmio, no Olímpico.

Entretanto, hoje os tempos são bem diferentes e o clube amarga mais um rebaixamento em meio ao pior momento financeiro de sua história. No Campeonato Paulista, por exemplo, já disputa a Série A2 há duas temporadas e quase caiu para a A3 neste ano.

O clube corre o risco até de fechar as portas, pois deve cerca de R$ 250 milhões e, por isso, verá os 45% que lhe pertencem do Canindé - os outros 55% são da Prefeitura - irem a leilão em novembro. O reflexo é visto no campo. Em 18 partidas na Série C, conquistou 14 pontos.

Em entrevista exclusiva à Agência Estado na última quinta-feira, pouco depois de dar entrevista coletiva na qual disse confiar que o leilão do Canindé será embargado, o presidente da Portuguesa, José Luiz Ferreira de Almeida, negou que pense na possibilidade em tentar uma possível virada de mesa para manter o clube na Série C, mas negou a possibilidade de a Portuguesa fechar as portas.

CLASSIFICADOS DEFINIDOS - Também foram definidos neste domingo os dois últimos classificados desta chave às quartas de final: Botafogo-SP e Juventude.

Os outros times garantidos nas quartas de final são o líder Guarani, com 38 pontos, e o vice-líder Boa, com 35, que já haviam cravado a vaga nas rodadas passadas e terão a vantagem de decidir em casa na próxima fase. Quem fará companhia à Lusa na quarta divisão será o Guaratinguetá, lanterna, com apenas quatro pontos.

Se não deu para o Tombense, quem conseguiu garantir a última vaga nas quartas foi o Juventude, que venceu o Mogi Mirim por 2 a 1, no estádio Vail Chaves, e ficou com a quarta colocação, com 30 pontos. O time do interior paulista ficou em sétimo, com 22. O Ypiranga, que também tinha chances de se classificar, empatou em Erechim (RS) por 2 a 2 com o Guarani e ficou em sexto, com 28.

A outra vaga nas quartas é do Botafogo-SP, que empatou por 1 a 1 com o Macaé e se classificou em terceiro, com 31 pontos. Na oitava colocação, com 18 pontos, o time carioca se livrou do rebaixamento. Enquanto isso, o já rebaixado Guaratinguetá perdeu por 4 a 0 para o Boa, em Sertãozinho, e confirmou a pior campanha do atual formato da Série C.

Se durante o jogo o treinador Milton Mendes se mostrou nervoso, inclusive discutindo com os atletas, não foi essa postura que se viu na coletiva de imprensa. Mais calmo, porém visilmente abatido, o técnico coral disse que ele e os jogadores estão tentando de tudo para conseguir os bons resultados e assumiu a responsabilidade pelo má campanha na primeira metade do Brasileirão.

Para Mendes, o Santa entrou melhor no jogo, mas não aproveitou as chances. "Tínhamos o controle da partida e no nosso melhor momento levamos o gol. Depois voltamos melhores do segundo tempo e novamente sofremos o gol de contra ataque quando estávamos melhores", lamentou.

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Sobre a dura discussão que teve com Jadson, Milton Mendes amenizou e disse que foi um debate normal. "As coisas não estavam dando certo e o Jadson estava marcando de um jeito que eu queria. O chamei para corrigir, mas ele argumentou. Acho normal. Abro esse espaço para eles darem sua opinião, se não seriam todos robôs", analisou.

Para a sequencia do campeonato, Milton disse que pretende avaliar o que foi feito na primeira parte, inclusive seu próprio trabalho. "O primeiro turno não foi como nós queríamos, que era terminar fora da zona de rebaixamento. Quando não se ganha, a motivação baixa. A estima cai e isso dificulta o ambiente, a segurança de fazer as coisas. Temos que arranjar solução para estarmos motivados", disse o técnico coral, antes de decretar o que o torcedor deve esperar para o resto de 2016. "Esse ano é um ano de sofrimento".

A equipe coral começou a Série A de forma avassaladora, venceu dois jogos e empatou outros dois, até chegar à liderança da competição. Porém, já está em sua terceira derrota consecutiva. O volante Uillian Correia contradisse o técnico Milton Mendes - que havia apontado o Santa Cruz na briga contra a zona de rebaixamento - e falou: "É hipocrisia, definir a situação apenas na oitava rodada do torneio".

De acordo com Uillian Correia, o Santa Cruz precisa pensar jogo a jogo. "Não podemos analisar nada hoje. Quem falar que vai brigar para ser campeão ou contra o rebaixamento está sendo hipócrita. Nosso pensamento é que não podemos mais perder pontos. Sabemos que não podemos deixar de pontuar. Temos que voltar na quarta e surpreender o Figueirense. Em um momento desse é necessário ter personalidade para jogar, matar a bola no peito e trazer a torcida tricolor para nosso lado novamente", comentou.

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"Sabemos da cobrança e da responsabilidade que temos, o nível do campeonato. Está muito embolado, você perde e desce, mas se ganha já chega lá em cima. Estamos a cinco pontos do G4 e enfrentamos o Figueirense, que vem de uma vitória sobre o Flamengo. Para reverter essa situação é com boca fechada, falar o mínimo e trabalhar para voltar a ganhar e empolgar muita gente", falou Uillian Correia.

Somando sua terceira derrota consecutiva na Série A e caindo para a 14ª posição, com oito pontos, o técnico Milton Mendes não escondeu que a briga do Santa Cruz na Série A começou apenas agora. Depois do 2 a 0 sofrido diante do Santos, no Arruda, o comandante tricolor ressaltou que o clube não terá vida fácil no brasileiro e afirmou: “Estamos lutando para permanecer na primeira divisão”.

Depois de algumas vaias destinadas ao time ao término do jogo contra os Paulistas, Milton cobrou o apoio da torcida para que o time consiga alcançar o objetivo de seguir na Série A para o próximo ano. “Vai ser uma luta árdua até o fim e vamos ter que nos unir. Nosso torcedor vai ter que estar ao nosso lado porque vai ser muito difícil esse campeonato, mas tenho certeza vamos conseguir esse objetivo. Acredito nos nossos jogadores”, pontuou o treinador.

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Apesar dos últimos resultados negativos, Milton descarta que os corais estejam passando por uma oscilação e lamentou os desfalques do time. “Não considero que seja uma oscilação, nossa equipe iniciou o campeonato bem, mas lógico que depois acontecem os castigos, lesões e infinitas coisas que mudam o dia a dia da equipe”, comentou. 

Porém, mesmo com importantes ausências na partida no Arruda – os corais não puderam contar com os titulares Uillian Correia, Grafite e Keno – o técnico elogiou o empenho de quem esteve em campo, mas destacou, também, que o time precisa ser reforçado. “O que temos é isso aí e eu não vou reclamar do que não tenho. Quero dizer que estou satisfeito com quem entrou e tentou fazer seu melhor. Todos lutaram muito e tenho que dar o mérito por eles não baixarem a cabeça. Com o tempo a qualidade vai aparecendo para aqueles que têm, os que não têm vão saindo e assim vamos tentando melhorar nosso grupo fazendo ele forte”, concluiu.

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Os custos potenciais para a BHP Billiton relacionados aos negócios da Samarco no Brasil podem levar a um rebaixamento nos bônus da BHP, afirma a corretora Kepler Cheuvreux. A Samarco é uma joint venture da BHP e da Vale.

A Kepler mantém a recomendação de "manter" para a dívida sênior não segurada da BHP Billiton, no momento. A Samarco pode ter de pagar, porém, uma grande indenização ao governo brasileiro, após o rompimento da barragem em Mariana (MG).

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Na terça-feira (19), a Advocacia-Geral da União (AGU), os governos de Minas e Espírito Santo e a Samarco fecharam um acordo que estende por mais 15 dias o prazo para a empresa depositar R$ 2 bilhões da ação judicial de R$ 20 bilhões movida pela União e pelos dois Estados contra as mineradoras e suas controladoras, informou o jornal O Estado de S. Paulo. (com informações da Dow Jones Newswires)

A decisão da Fitch de rebaixar o Brasil para "grau especulativo" aciona uma regra de boa parte dos grandes fundos globais de investimento que pode tirar mais de US$ 8 bilhões do País. Isso acontece porque muitos fundos só podem investir em mercados que têm o selo de bom pagador de duas agências de classificação - condição perdida pelo Brasil.

A avaliação, porém, varia bastante, uma vez que a maioria dos gestores já se antecipou e há divergência sobre a posição restante em ativos brasileiros. Dados do JP Morgan indicavam, por exemplo, que os fundos passivos - aqueles onde as posições são desfeitas só depois de ratificada a segunda perda do grau de investimento, como ocorreu nesta quarta-feira, 16 - detinham US$ 1,5 bilhão em papéis do Brasil.

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O País perdeu o selo de bom pagador da segunda grande agência classificadora de risco. As estimativas variam bastante. Instituições como a gestora britânica Ashmore e o espanhol BBVA acreditam haver posição restante de US$ 8 bilhões em papéis brasileiros que poderiam ser vendidos imediatamente. O Deutsche Bank cita US$ 12 bilhões só para o segmento de bônus bancários e o Barclays estima saída de US$ 10,7 bilhões, sendo US$ 9,1 bilhões em dívida corporativa e US$ 1,6 bilhão em papéis soberanos.

Cálculo

Há divergência sobre os números por não ser simples calcular a posição restante dessas carteiras. Isso acontece porque gestores não precisam informar em tempo real a posição de cada fundo e, ao mesmo tempo, muitas das posições relacionadas ao Brasil foram sendo desmontadas ao longo dos últimos meses com a rápida deterioração da economia.

Em relatório divulgado em agosto, antes mesmo de a S&P tirar o grau de investimento do Brasil, o banco JP Morgan citava que a saída de recursos do País em caso de perda de grau de investimento por duas agências poderia chegar aos US$ 20 bilhões, sendo US$ 6,2 bilhões em bônus do governo e US$ 12,5 bilhões de papéis de empresas, além de US$ 1,5 bilhão nos fundos passivos - carteiras que prometem retorno igual ao do referencial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O início recente de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff tem adicionado incerteza a um já difícil ambiente político, de acordo com a agência de classificação de risco Fitch, que retirou o grau de investimento do Brasil ao cortar o rating de BBB- para BB+, com perspectiva negativa.

A Fitch acredita que o processo de impeachment prejudicaria a execução e a eficácia dos ajustes fiscais corretivos. "O cenário político já tem sido contaminado pelo avanço das investigações da Petrobras, muitas vezes deixando tensas as relações do governo com os seus aliados no Congresso e reduzindo a popularidade da presidente. A taxa de desemprego mais elevada e uma crise econômica profunda poderiam levar a desafios políticos e de governabilidade adicionais no próximo ano", aponta a Fitch.

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A agência destaca que a crise econômica e a depreciação do real em relação ao dólar levaram a uma redução de 36% no déficit em conta corrente em termos nominais entre janeiro e outubro em relação ao mesmo período do ano passado. Maior redução do déficit em conta corrente é esperado durante o período de previsão, o que poderia reduzir os riscos relacionados com potenciais condições mais apertadas de financiamento externo. Por outro lado, a inflação permanece elevada em 10,5%, e as expectativas de inflação, depois de terem recuado, já mudaram de curso e começaram a aumentar em 2016 e 2017, mantendo-se acima da meta de inflação de 4,5%.

Segundo a Fitch, o rating BB+ do Brasil é apoiado pela sua diversidade econômica e as instituições civis consolidadas, com seus indicadores de renda per capita e de governança melhores do que a média dos países com rating BB. "A capacidade de absorção de choques do País é impulsionado pela sua taxa de câmbio flexível, as reservas internacionais robustas, uma posição soberana de credor externo forte, mercados de capitais de dívida do governo nacional profundo e desenvolvido, e um sistema bancário capitalizado adequadamente", ressaltou a agência.

A Fitch apontou ainda que a parcela da dívida em moeda estrangeira no total da dívida das administrações públicas continua a ser baixa e a gestão prudente reduziu os riscos de refinanciamento das taxas de juros. "Além disso, o governo mostrou alguma capacidade de resposta em condições difíceis através da implementação de ajustes de preços relativos, o aperto da política monetária em meio a uma profunda recessão e controle dos estímulos quase fiscais".

O técnico Jorginho chorou durante a entrevista coletiva neste domingo, em Curitiba, após o empate sem gols com o Coritiba, ao comentar o rebaixamento do Vasco para a Série B do Campeonato Brasileiro, o terceiro em oito anos. Apesar de o time ter melhorado o aproveitamento desde a sua chegada, o treinador não conseguiu evitar a queda e exagerou no sentimentalismo.

"O sentimento é como se a gente tivesse perdido alguém da família. É uma dor muito grande. Queria pedir desculpas ao nosso torcedor, que nos apoiou em todos os momentos. Se existe algo que foi positivo, além da entrega dos jogadores, foi acreditar no trabalho que viemos a desenvolver a partir do jogo do segundo turno. Fica a tristeza de não conseguir objetivo maior, mas a vida continua. Infelizmente, não foi suficiente para que fugir do rebaixamento", disse o treinador.

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Jorginho não conteve as lágrimas ao fazer uma retrospectiva dos quatro meses de clube. Revelou ter passado diversas noites sem dormir na preocupação de encontrar a melhor maneira de escalar a equipe. "Entreguei minha vida. Tudo que eu tinha de conhecimento no futebol, tudo que eu acumulei de experiência nos clubes que passei, como atleta e como jogador. Não faria nada diferente, demos nosso melhor, os jogadores fizeram o melhor", lamentou.

Além de ter que vencer o Coritiba, o Vasco chegou na última rodada do Brasileirão dependendo de tropeços do Avaí e do Figueirense para se livrar do rebaixamento. Mas como o Figueirense venceu o Fluminense por 1 a 0, não adiantava nem vencer o time paranaense. Mesmo assim, Jorginho reclamou de um pênalti não marcado em Nenê durante o empate sem gols no estádio Couto Pereira.

"Não foi a principal coisa, mas foi pênalti. O Wilson, que jogou comigo, disse que foi pênalti. O que é a tristeza. Não tenha dúvida que merecia algo diferente. Por hombridade. Essa torcida apaixonada que não alcançou o objetivo que tanto merecia", disse o treinador.

Com o empate na última rodada, o Vasco terminou o Brasileirão na antepenúltima colocação com 41 pontos em 38 rodadas disputadas. É a terceira queda em oito anos e demonstra que o clube precisa fazer um trabalho de reestruturação dentro e fora de campo para voltar à elite do futebol nacional. Choro e sentimentalismo é pouco para um clube centenário e com títulos internacional como o time cruzmaltino.

O furacão Patricia perdeu força e é classificado agora como depressão tropical, enquanto passa pelo norte mexicano, informou neste sábado o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, sediado em Miami. Patricia, o furacão mais poderoso já registrado no Hemisfério Ocidental, se debilitou rapidamente ao tocar terra na noite de sexta-feira no México.

No meio da manhã deste sábado (hora local), os ventos máximos sustentados de Patricia eram de 55 quilômetros por hora. O fenômeno estava 155 quilômetros ao nordeste de Zacatecas. Apesar de perder força, meteorologistas preveem que ele provocará chuvas no sul do Estado norte-americano do Texas.

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Mesmo com menor potência, as autoridades mexicanas mantinham o alerta pelo risco de inundações e deslizamentos, por causa das chuvas torrenciais. O secretário federal de Turismo, Enrique de la Madrid, afirmou que as montanhas de Jalisco serviram como uma "barreira" para evitar que parte do vento chegasse a lugares como Puerto Vallarta. Ele disse que já neste sábado podem ser restabelecidos os voos comerciais em Jalisco.

Houve registro de inundações e deslizamentos por causa de Patricia, mas não há registro de mortes nem de danos graves, segundo as autoridades. Fonte: Associated Press.

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings de notas relacionadas a operações de petróleo da Odebrecht e as manteve em observação para novo possível rebaixamento. Em relatório, a agência informa que o rating das notas sênior garantidas emitidas pela Odebrecht Offshore Drilling Finance passaram de B+ para B-, enquanto as emitidas pela Odebrecht Drilling Norbe VIII/IX Ltd foram de BB- para B.

A revisão, segundo a Fitch, se deve à rescisão dos contratos de charter e serviços da ODN Tay IV pela Petrobras e seu impacto sobre a qualidade de crédito da companhia, além do impacto das reduções nos investimentos da Petrobras sobre sua disponibilidade para honrar os contratos existentes diante da piora do desempenho ou de falência do operador.

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A Fitch ainda afirma que a observação negativa para a Odebrecht Offshore Drilling Finance reflete o potencial impacto de uma antecipação ou reestruturação de dívida como resultado do cancelamento dos contratos de charter e serviços e da incapacidade da companhia de realocar a embarcação ou substituir o ativo até 23 dezembro.

No caso da Odebrecht Drilling Norbe VIII/IX Ltd, a observação negativa se deve ao potencial impacto da rescisão dos contratos da ODN Tay IV, com possível antecipação das notas da Odebrecht Offshore Drilling Finance, sobre a qualidade do crédito da empresa, que poderia afetar sua capacidade de sustentar as operações Norbe VIII/IX se necessário. "Além disso, os contratos de charter e serviços têm cláusulas de rescisão que incluem falência do patrocinador; este risco pode ser elevado se a qualidade de crédito do patrocinador se deteriora", complementa a agência.

Depois do reitor da Universidade de Pernambuco (UPE) confirmar que a instituição de ensino não será rebaixada a condição de centro universitário, a instituição de ensino divulgou, nesta quinta-feira (1º), uma nota que reforça sua manutenção como universidade. O texto também traz detalhes dos índices cobrados para a continuidade do status e sobre como a UPE está respeitando essas exigências.

A instituição de ensino começa a nota informando à sociedade e comunidade acadêmica que, apesar dos limites de financiamentos criados pelo Governo de Pernambuco por causa da crise econômica, a Universidade não terá seu status rebaixado para centro universitário. Para se manter com índices satisfatórios, a UPE chegou a realizar, no dia 25 de setembro, uma mesa redonda que teve como tema “Análise de conjuntura: o impacto da crise na Universidade de Pernambuco”.

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“Afirmamos que a Universidade de Pernambuco tem crescido de forma sistemática no campo da avaliação institucional. Temos certeza dos esforços que estão sendo realizados pela comunidade acadêmica para o cumprimento, com qualidade, da sua missão que é a de contribuir para o desenvolvimento sustentável do Estado através do ensino, da pesquisa e da extensão”, declarou através da nota o reitor Pedro Falcão. Confira a nota na íntegra e um quadro com os indicadores exigidos e respeitados pela UPE.

 

O empate diante do Atlético-MG, no último domingo (12), não foi bom para o Cruzeiro. Além do gol sofrido e do pênalti perdido nos últimos momentos da partida, a equipe mineira não conseguiu se distanciar da zona de rebaixamento. Em 14.º, somente dois pontos acima da degola, a preocupação com a queda já atinge o clube.

"Acho que a preocupação existe. Estamos perto da zona de rebaixamento. Eu particularmente não faço conta, não. Preocupo em vencer os jogos, independente da parte que estamos na tabela. Claro que você tem que pensar nisso. Mas penso jogo a jogo, fazer bons jogos, e sair com a vitória", declarou o zagueiro Bruno Rodrigo.

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A preocupação, no entanto, não muda o comportamento no Cruzeiro. Diante do Vasco nesta quarta, por exemplo, Bruno Rodrigo garantiu que a postura será a mesma que o time teve contra o Atlético-MG, mesmo com o clube carioca em fase tão complicada - é o último colocado, com somente 19 pontos.

"Acho que não tem jogo ser mais fácil por estar na parte debaixo da tabela. Vai ser um jogo tão difícil como foi contra o Atlético-MG. A equipe deles quer sair da zona de rebaixamento. Então, independente do adversário temos que buscar o resultado e sair com a vitória. O apoio do torcedor é sem dúvida fundamental", comentou.

O zagueiro, aliás, fez questão de pedir a presença da torcida nesta quarta-feira, no Mineirão. "Foi maravilhoso o que a torcida fez (contra o Atlético-MG), nos empurrando e contando o tempo todo. Eu mesmo estava muito cansado, e o apoio da torcida foi fundamental. Uma ajuda muito valida para gente."

A agência de avaliação de risco Standart & Poor’s (S&P) rebaixou a nota de crédito do Brasil ontem, fazendo com que o país saísse do grau de investimento para o grau especulativo, quando há risco de calote. A notícia caiu como uma bomba para os planos do governo em tentar restabelecer a economia o quanto antes. O fator determinante foi o envio da proposta do Orçamento Geral da União de 2016 com déficit de R$ 30,5 bilhões.

Agora o Brasil terá sérias dificuldades para conseguir financiamentos internacionais, porque a maioria dos grandes fundos possuem regras que proíbem investimentos em países com grau especulativo. Como se não bastasse, com esse rebaixamento, o Brasil vai ter um custo ainda maior com sua dívida. Sem sombra de dúvidas foi a pior notícia que o Palácio do Planalto poderia receber no atual momento de crise política que vive o país.

Com essa novidade, fica mais uma vez latente que o governo se equivocou quando implementou uma política desenfreada de aumentar gastos públicos a partir de 2009 quando havia uma forte expectativa por parte do então presidente Lula em eleger a sua sucessora Dilma Rousseff. A política econômica equivocada do governo Lula foi expandida pelo governo Dilma e uma hora a fatura iria chegar.

Hoje o país vive uma recessão técnica, uma perda de confiança de investidores nacionais e internacionais, enfim, sem perspectiva de modificar o panorama da economia pelos próximos meses. Se a economia vai mal, o governo não tem condições de recuperar sua popularidade, isso porque a parte mais sensível do cidadão é o bolso, que está sendo duramente afetado pelos tarifaços proporcionados por Dilma e ainda deverá sentir um impacto ainda maior nos próximos meses com o aumento de impostos para ajudar a pagar uma conta que é do próprio governo.

Vivenciamos um estelionato eleitoral no ano passado, quando a presidente Dilma Rousseff foi incapaz de reconhecer que a economia do país estava mal e precisava de ajustes. Ela mentiu na sua propaganda e hoje os brasileiros estão absolutamente desapontados com a escolha que fizeram em outubro do ano passado. Se o governo Dilma Rousseff já não vinha bem das pernas, depois de ontem, não há mais a menor condição de se sustentar. Definitivamente acabou.

PHS – Diferentemente do que afirmou do deputado estadual Joel da Harpa (PROS), de que contava com o apoio de vários partidos para disputar a prefeitura de Jaboatão no ano que vem, dentre eles o PHS, o vereador Belarmino Souza, presidente estadual da sigla refutou a hipótese e afirmou que o partido marchará nas próximas eleições com  o candidato apoiado pelo prefeito Elias Gomes (PSDB).

Fernando Monteiro – O programa Brasil em Debate, da TV Câmara, com a participação do deputado Fernando Monteiro (PP) poderá ser visto hoje às 7h e às 20h30. Como membro da Comissão de Esportes, o deputado destacou a atuação do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), a preocupação com o legado dos jogos e o Plano Brasil Medalhas, que tem como meta colocar o Brasil entre os 10 primeiros países em número der medalhas nos Jogos Olímpicos.

Filiação – O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem a redução do prazo de filiação para disputar as eleições de doze meses antes do pleito para apenas seis. Com a decisão, que já vale para 2016, os políticos poderão escolher a sigla apenas em abril do ano da eleição em vez de outubro do ano anterior.

Débora Almeida – A prefeita de São Bento do Una, Debora Almeida (PSB), através de programas da Secretaria de Trabalho e Ação Social do município, realizou a entrega de novos instrumentos musicais para os usuários do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e Programa Vida Nova. O investimento foi superior a R$ 16 mil e os instrumentos adquiridos foram clarinetas, sax tenor, trombone, trompetes, atabaques, flautas tenor e repiques. O objetivo dos programas é trabalhar com jovens através do incentivo à atividade musical em tempo livre e descobrindo os novos talentos.

RÁPIDAS

Betinho Gomes – O deputado federal Betinho Gomes (PSDB) pretende apresentar um projeto de Lei que transforma em crime de improbidade qualquer infração ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Betinho quer que os gestores respondam judicialmente em caso de descumprimento das obrigações estabelecidas pelo ECA.

Rebateu – A deputada estadual Teresa Leitão (PT) rebateu a declaração do deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) de que o governo Dilma transformou o Bolsa Família num programa de compra de votos. Teresa mandou Jarbas estudar para saber que o programa beneficiou 14 milhões de famílias e que mais de 3 milhões de famílias saíram voluntariamente do programa nos onze anos por superar o limite da pobreza.

Inocente quer saber – O professor Carrilho será candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes pelo PV?

O Coritiba fez a lição de casa e venceu a Chapecoense por 1 a 0, no Couto Pereira, na manhã deste domingo (23). Mas os resultados da rodada até o momento não ajudaram e ainda não foi desta vez que o time paranaense deixou a zona de rebaixamento. Mesmo assim, o terceiro triunfo consecutivo no Campeonato Brasileiro deixa a torcida e os jogadores confiantes para o restante da competição.

A vitória deixa o time paranaense a um ponto de sair da zona de rebaixamento - está com 21, enquanto Goiás e Cruzeiro têm 22. Os catarinenses seguem na parte intermediaria da tabela com 28 pontos. Na próxima rodada, o Coritiba enfrenta o Grêmio, em Porto Alegre, no jogo das 11 da manhã de domingo. Já a Chapecoense recebe o Corinthians, na Arena Condá, também no domingo, às 16 horas.

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O gol da vitória deste domingo foi marcado por Henrique Almeida, que já havia sido decisivo contra o Palmeiras. O resultado foi construído ainda no primeiro tempo, o que facilitou a tarefa dos comandados do treinador Ney Franco. Aos 23 minutos, o lateral Leandro Silva cruzou da direita e encontrou Henrique entre os zagueiros da Chapecoense. O atacante do Coritiba dominou e virou para o gol com um chute cruzado, sem chances para Danilo.

Com a vantagem no placar, o time da casa passou a marcar forte no meio de campo. Os catarinenses não conseguiam sair para o ataque, restando apenas as descidas do lateral Apodi, pela direita, para tentar chegar ao gol de empate. Mas os cruzamentos foram neutralizados pela boa atuação da defesa do Coritiba.

No segundo tempo, o técnico Vinícius Eutrópio ainda tentou mudar o seu sistema, tirando dois atacantes e colocando dois meias. A Chapecoense melhorou um pouco, mas não o suficiente para superar a marcação do time paranaense. O Coritiba limitava-se a explorar os contra-ataques e garantir o resultado.

FICHA TÉCNICA:

CORITIBA 1 X 0 CHAPECOENSE

CORITIBA - Wilson; Leandro Silva, Walisson Maia, Rafael Marques (Luccas Claro) e Carlinhos; João Paulo, Cáceres (Marcos Aurélio), Lúcio Flávio e Ruy (Misael); Henrique Almeida e Negueba. Técnico: Ney Franco.

CHAPECOENSE - Danilo; Apodi, Vilson, Rafael Lima e Tiago Costa; Bruno Silva, Gil (Maranhão) e Cleber Santana; Tiago Luis (Wagner), Roger e Ananias (Camilo). Técnico: Vinícius Eutrópio.

GOL - Henrique Almeida, aos 23 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Ricardo Marques Ribeiro (MG).

CARTÕES AMARELOS - João Paulo e Walisson Maia (Coritiba); Tiago Costa, Bruno Silva e Cléber Santana (Chapecoense).

PÚBLICO - 23.489 torcedores.

RENDA - R$ 399.145,00.

LOCAL - Estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR).

A Fitch rebaixou os ratings de várias empresas brasileiras do setor de construção, incluindo a Construtora Queiroz Galvão S.A., a Galvão Participações S.A. (GalPar), a Galvão Engenharia S.A. (GESA) e a Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A. (MJTE). Com exceção da MJTE, todas as empresas citadas continuam em observação para um possível rebaixamento adicional.

Além disso, a agência de classificação de risco reafirmou, mas manteve em observação negativa os ratings da Camargo Corrêa S.A., da CCSA Finance Limited, da Construtora Andrade Gutierrez S.A., da Andrade Gutierrez International S.A., da Construtora Norberto Odebrecht S.A. (CNO) e da Odebrecht Finance Limited.

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Em nota, a Fitch deu como razões para o rebaixamento as ações em andamento da operação Lava Jato, que podem levar a novas descobertas negativas; a diminuição das opções de financiamento para a maioria das construtoras; medidas punitivas que ainda estão para ser determinadas; as difíceis condições para o recebimento de pagamentos por projetos concluídos; e possíveis reestruturações, suspensões ou atrasos relacionados a contratos existentes com a Petrobras.

A MJTE foi rebaixada de B- para CC, devido à fraca posição de liquidez da empresa e pouco acesso a financiamento, explicou a Fitch. Junto com outras 22 empresas, a MTJE foi temporariamente proibida de participar de licitações da Petrobras e/ou de ser contratada pela estatal. Cerca de 90% dos projetos da Mendes Júnior são com entidades do governo.

A agência rebaixou também os ratings da GalPar, de B+ para B-, da GESA, de BBB+ (bra) para BB+ (bra), e da Construtora Queiroz Galvão, de AA-(bra) para A(bra). Segundo a Fitch, o grupo também tem problemas de liquidez e há incertezas sobre o recebimento de mais de R$ 800 milhões da Petrobras pela GESA.

As denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras já afetam a avaliação de risco da estatal. Nesta quarta-feira (3), a agência de classificação Moody's decidiu rebaixar a nota que mede a gestão da estatal sem o suporte do governo. O pano de fundo é a fragilidade da governança corporativa da petroleira e sua capacidade de evitar prejuízo aos investidores causados por fraudes.

A agência rebaixou em um degrau a classificação do risco individual de baa3 para ba1. Apesar da queda, a nota ainda mantém a Petrobras no seleto grupo de empresas com selo de grau de investimento, ou seja, com maior acesso a crédito de grandes investidores internacionais. A Moody's, porém, não mexeu na nota global da Petrobras, que permanece em baa2, com perspectiva negativa.

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A decisão de hoje pode ser uma indicação de que a Petrobras corre o risco de ter sua nota global rebaixada em breve. Mas, segundo fontes, a chance da petroleira perder o grau de investimento é mínima.

Para que isso aconteça, a Moody's teria que rebaixar em mais dois níveis a classificação da Petrobras. O que tem sustentado a nota global da companhia é a certeza de que a estatal poderá sempre contar com o apoio do Tesouro Nacional.

A Moody's já havia demonstrado confiança no governo ao justificar a manutenção do grau de investimento da petroleira em outubro. Naquela ocasião, a agência já havia rebaixado a nota global da petroleira, de Baa1 para Baa2. A decisão foi justificada pelo alto grau de endividamento da empresa.

Apesar de o mercado ainda não conhecer os resultados da companhia no terceiro trimestre, que teve a divulgação suspensa após a auditoria externa Pricewaterhouse Coopers (PwC) se recusar a revisar os números sem um aprofundamento das investigações de corrupção, o rebaixamento expressa o pessimismo com o cenário econômico da companhia. A avaliação é que pesou na decisão da Moody's, além do cenário de incertezas diante do impacto contábil da corrupção no caixa da empresa, a possibilidade de a Petrobras ter suas dívidas cobradas antecipadamente pelos credores.

Fator que pesa sobre essa avaliação é a alavancagem da companhia, medida pelo ela relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido. No segundo trimestre, a alavancagem ficou em 40%, acima do patamar de 35% desejado pela estatal. A perspectiva da Petrobras é que o indicador só volte aos níveis desejados após 2018. Atualmente, a companhia possui mais de R$ 308 bilhões em endividamento bruto.

Parte deste valor é em moeda estrangeira, o que expõe a companhia às oscilações e pressões do câmbio. O que preocupa a companhia e os investidores é que parte desses títulos de dívidas condiciona o prazo de vencimento à apresentação atualizada das informações financeiras. Como não houve o balanço do último trimestre, poderia acontecer uma corrida de antecipação de resgate dos títulos, ampliando o custo para a empresa.

Até junho, a companhia registrou em caixa operacional de R$ 30,5 bilhões e investimentos de R$ 41,499 bilhões. No acumulado do primeiro semestre, o lucro da estatal somou R$ 10,352 bilhões, retração de 25% em relação ao mesmo período do ano passado.

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