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A presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, disse nesta sexta-feira que está otimista em relação ao resultado da consulta pública realizada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) para definir novas bases de cálculo de reajuste das tarifas da concessionária. O resultado será divulgado no dia 22.

"Estamos otimistas. A Arsesp é uma empresa reguladora muito bem concebida, com técnicos de primeira linha e está desenvolvendo um trabalho tecnicamente muito bem feito", afirmou Dilma. Até aqui, a Sabesp e a Arsesp não chegaram a um acordo durante consulta pública sobre o novo valor das tarifas. A agência fez uma proposta inicial de aumento de 1,94%, mas a concessionária pede 13%, sob o argumento de que um reajuste inferior poria em risco o plano de investimentos na ampliação da rede de água e esgoto no Estado.

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A Sabesp receberá R$ 1,35 bilhão para projeto de despoluição do Rio Tietê. Os recursos serão aplicados pela companhia de saneamento na capital paulista e mais 27 cidades da região metropolitana.

Os recursos serão viabilizados por meio da assinatura de um contrato de financiamento que ocorrerá na sexta-feira (15), entre o governo do Estado de São Paulo e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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A assinatura acontecerá no Palácio dos Bandeirantes e terá a presença do governador Geraldo Alckmin, da diretora-presidente da Sabesp, Dilma Pena, e do presidente do banco, Luciano Coutinho.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, nesta quinta-feira, ter aprovado empréstimo de R$ 1,35 bilhão à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O financiamento é voltado ao Programa de Despoluição do Rio Tietê, iniciado em 1992 e, atualmente, em sua terceira etapa de investimentos.

Segundo o BNDES, o financiamento cobrirá a contrapartida de responsabilidade da Sabesp no âmbito de contrato celebrado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a execução da terceira etapa do Programa, que prevê a ampliação da cobertura dos serviços de coleta e tratamento de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo. O total de recursos aplicados no projeto é de R$ 2,9 bilhões.

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O banco de fomento informou ainda que, durante a execução do projeto, há previsão de geração de 19.840 empregos, sendo 13.120 indiretos e 6.720 diretos. A terceira etapa do Programa de Despoluição do Rio Tietê deverá estar concluída em 2016 e prevê a implantação de coletores e interceptores (420 quilômetros), redes coletoras (1.251 quilômetros) e 200 mil ligações domiciliares de esgoto. Além disso, está prevista a instalação de seis estações elevatórias de esgoto, responsáveis pelo bombeamento dos efluentes transportados nos coletores-tronco.

O projeto prevê, ainda, a ampliação de três estações de tratamento de esgoto (ETEs) do Sistema Principal: a de Barueri terá a vazão atual de 9,5 metros cúbicos por segundo ampliada para 16 metros cúbicos por segundo; a vazão da estação Parque Novo Mundo passará de 2,5 metros cúbicos para 4,5 metros cúbicos por segundo; e a estação ABC terá a vazão de tratamento ampliada de 3 metros cúbicos para 4 metros cúbicos por segundo.

As intervenções serão executadas em uma área que inclui 27 municípios da região metropolitana de São Paulo. O BNDES ressaltou ainda que, com as novas intervenções, a Sabesp ampliará a cobertura do serviço de coleta e tratamento de esgoto da região.

A Sabesp reiterou nesta sexta-feira em audiência pública sobre o processo de revisão de suas tarifas, que a proposta preliminar de reajuste de 1,94% feita pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) é insuficiente para a universalização da cobertura da rede de água e esgoto no Estado de São Paulo. "O valor de 1,94% é insuficiente", afirmou o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Sabesp, Ruy Affonso. "Achamos que a proposta da Arsesp é inconsistente em termos técnicos", acrescentou.

Segundo o executivo, a concessionária irá propor um novo valor para o tarifa até o fim da consulta pública sobre a revisão tarifária, no dia 13. "Até o dia 13, vamos fazer toda a fundamentação daquilo com o que não concordamos na proposta da Arsesp", disse, referindo-se a pontos como cortes feitos na base de ativos, projeções de gastos operacionais e metas de eficiência.

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Affonso frisou que o foco da Sabesp é alcançar um valor suficiente para o plano de universalizar a rede e, ao mesmo tempo, levar em consideração a capacidade de pagamento por parte de seus consumidores (residências, comércio e indústria).

A meta da Sabesp é chegar a 100% de cobertura da rede de abastecimento de água e coleta de esgoto no Estado até fim da década. O plano prevê investimentos de R$ 7,9 bilhões entre 2012 a 2015, sendo que R$ 2,009 bilhões serão aplicados neste ano, R$ 1,986 bilhão em 2013, R$ 1,958 bilhão em 2014 e R$ 1,936 bilhão em 2015.

A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Arsesp) divulgou nesta quarta-feira uma nota esclarecendo que o processo de revisão tarifária da Sabesp terá dois reajustes.

O primeiro deles ocorrerá a partir de janeiro de 2013, após encerrada a consulta e a audiência pública sobre a proposta técnica preliminar divulgada na terça-feira (13) pela agência. O segundo reajuste ocorrerá a partir de setembro de 2013, quando serão adotadas as novas bases tarifárias, após a finalização de todo o processo.

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Para 2014, a previsão é de que os ajustes voltem a acontecer apenas uma vez por ano, como já acontece atualmente, sempre nos meses de setembro.

De acordo com a proposta divulgada pela Arsesp, ainda sujeita à validação, o reajuste em janeiro será de 1,94%, elevando a tarifa média de R$ 2,87 por metro cúbico para R$ 2,92 por metro cúbico. Já os reajustes anuais seguintes devem tomar esse valor como ponto de partida.

O processo de revisão da metodologia usada no reajuste das tarifas da Sabesp irá substituir o atual modelo - que realiza o reajuste baseado apenas na inflação anual - por um novo cálculo que irá considerar o seguinte conjunto de informações: inflação anual; fator de eficiência (o chamado "fator X", que irá transferir parte dos ganhos de produtividade da Sabesp para os usuários por meio de tarifas mais baixas); e um fator de ajuste para as variações na qualidade dos serviços prestados.

O cronograma divulgado pela Arsesp estabelece que os valores propostos para a tarifa média inicial e fator X sejam apreciados em audiências e consultas públicas até 13 de dezembro, com seus resultados finais publicados até 29 de dezembro. A partir daí começa a valer a nova tarifa.

Já a segunda etapa do processo, prevista para terminar até 9 de agosto de 2013, definirá a tarifa média final, bem como a nova estrutura tarifária a vigorar a partir de setembro.

Em seus cálculos para apontar a nova tarifa média inicial de R$ 2,92 por m3 e a nova estrutura tarifária, a Arsesp está considerando o tamanho da base de ativos da Sabesp; o plano de investimento da concessionária; as receitas e custos operacionais, não operacionais e financeiros; informação relativa aos custos históricos e volumes; além de projeções dos volumes de água e esgoto.

O valor da base de ativos proposto pela Sabesp à Arsesp é de R$ 33,851 bilhões. No entanto, o valor adotado pela Arsesp para o cálculo dos itens acima foi de R$ 30,466 bilhões. A agência explicou que preferiu adotar uma postura mais conservadora, uma vez que a base será submetida a um processo de fiscalização e validação.

O problema da poluição dos rios de São Paulo foi parar na Justiça. O Ministério Público pede indenização bilionária da Sabesp, do governo estadual, da Prefeitura de São Paulo e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) por causa do lançamento de esgoto sem tratamento nos rios e represas da região metropolitana de São Paulo. Segundo a Promotoria de Meio Ambiente, os R$ 11,5 bilhões pedidos são necessários para indenizar danos ambientais e ao patrimônio público causados pelo despejo do esgoto in natura.

A ação foi ajuizada na terça-feira da semana passada. Três dias depois, a juíza responsável pelo caso negou a liminar - ela só vai decidir depois de ouvir as partes envolvidas. A Sabesp informou que "tentativas de desconstruir o maior projeto de saneamento ambiental do País" são "um desserviço" e que vai prestar todas as informações ao Poder Judiciário.

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O MP também pede na ação civil pública que a Justiça obrigue a Sabesp a universalizar a coleta e o tratamento do esgoto da região metropolitana até 2018, sob pena de multa diária. De acordo com a Promotoria, isso é necessário para cessar a "poluição hídrica na Bacia Hidrográfica do Alto Tietê e também nas Represas Billings e do Guarapiranga, com prejuízos ao meio ambiente". A meta da Sabesp é que a universalização só se concretize em 2020, para quando está previsto o término da quarta e última fase do Projeto Tietê.

Atualmente, segundo dados de relatório da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)datado de 2011,86%do esgoto da Grande São Paulo é coletado pelas empresas de saneamento e, desse total, 49% é tratado.A Sabesp é a maior delas - atende 28 dos 34 municípios do Alto Tietê, segundo a Cetesb. Por ser a região mais populosa do Estado, é também a que despeja a maior quantidade de esgoto nos cursos d’água paulistas.

No texto da ação, o promotor responsável pelo caso, José Eduardo Ismael Lutti, afirma que ela só foi proposta porque a Sabesp teria se recusado a assinar um acordo para garantir o cumprimento desse prazo após três anos de negociações. Nesse período, segundo o promotor, 44 minutas de acordo teriam sido discutidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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