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O nível do sistema Cantareira atingiu neste sábado 9,1% de sua capacidade, de acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Esta é a 20ª queda consecutiva no volume de água armazenado no reservatório que abastece a Grande São Paulo. De ontem para hoje o índice recuou 0,1 ponto porcentual.

Para efeito de comparação da situação crítica pelo qual passa o Cantareira, principal sistema de abastecimento da Grande São Paulo, há exatamente um ano, o volume de água armazenado nos mananciais correspondia a 61,6% de sua capacidade total, quase sete vezes maior do que o atual.

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Os sistemas Alto Tietê e Guarapiranga, utilizados desde o início do ano no remanejamento de áreas antes abastecidas pelo Cantareira, também apresentaram queda neste sábado. O Alto Tietê caiu de 34,2% para 34%, enquanto o Guarapiranga, de 75,8% para 75,5% da capacidade de armazenamento.

De acordo com a Sabesp e o governo de São Paulo, acionista majoritário da companhia, a captação do chamado "volume morto" do sistema Cantareira deve começar já na próxima semana. A previsão é de as obras para exploração da água do fundo dos reservatórios Jaguari e Jacareí estejam prontas na quinta-feira, dia 15 de maio. O investimento feito pela concessionária foi de aproximadamente R$ 80 milhões.

Após ficar estável na sexta-feira (18), o nível dos reservatórios do sistema Cantareira voltou a apresentar queda neste sábado (19). Segundo os dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume de água armazenado nas reservas passou de 12,2% para 12,1%. Na mesma data do ano passado, o índice do Cantareira estava em 63,8%.

De acordo com os dados da companhia, considerado apenas o mês de abril a pluviometria acumulada para a região do Cantareira permanece em 83,6 mm, ante uma média histórica para o período de 89,3 mm. No entanto, o atual volume de água armazenado reflete a falta de chuva ao longo de todo o verão.

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No Sistema Alto Tietê, o nível dos reservatórios também caiu entre ontem e hoje, de 37,2% para 37,1%. O Sistema Guarapiranga, por sua vez, permaneceu com o nível estável na marca de 79,1%.

Na quinta-feira, dia 17, a Sabesp informou que não aplicará imediatamente o índice de reajuste estipulado pela Agência Reguladora do Estado de São Paulo (Arsesp) para a primeira revisão tarifária da concessionária. A autarquia definiu em 5,44% o valor final para o reposicionamento das tarifas, com aplicação autorizada a partir do dia 11 de maio.

Depois de apresentar queda na quinta-feira (17), o nível dos reservatórios do sistema Cantareira ficou estável nesta sexta-feira. De acordo com os dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume de água armazenado nas reservas permaneceu em 12,2%. Na mesma data do ano passado, o índice do Cantareira era de 63,9%.

Conforme os dados da companhia, a pluviometria acumulada em abril para a região do Cantareira continua em 83,6 mm. A média histórica para o mês é de 89,3 mm.

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O governo do estado de São Paulo pretende iniciar ainda neste semestre a cobrança de multa para quem elevar o consumo na Grande São Paulo. Ontem, em entrevista à imprensa, o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, disse que o plano está em fase de estudo e deve ser anunciado em maio, para começar a ser aplicado em junho.

Em fevereiro, com a situação crítica dos reservatórios, especialmente o Sistema Cantareira, a Sabesp decidiu conceder um desconto de 30% na fatura de água e esgoto para os consumidores abastecidos pelo sistema que economizassem 20% de seu gasto médio mensal. No fim de março, a companhia ampliou o universo de clientes com desconto, concedendo o benefício para clientes de outros sistemas, como o Alto Tietê. Desde o dia 16 de abril, a empresa vem veiculando um anúncio na internet, via YouTube e na TV, informando que o desconto foi estendido para 31 cidades na Grande São Paulo.

Ontem, a Sabesp também informou que não aplicará imediatamente o índice de reajuste estipulado pela Agência Reguladora do Estado de São Paulo (Arsesp) para a primeira revisão tarifária da concessionária. Com uma semana de atraso, a autarquia definiu em 5,44% o valor final para o reposicionamento das tarifas, com aplicação autorizada a partir do dia 11 de maio.

Em mais uma tentativa para evitar o rodízio generalizado de água, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) pretende iniciar ainda neste semestre a cobrança de multa para quem aumentar o consumo na Grande São Paulo. Segundo balanço divulgado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), 24% dos clientes abastecidos pelo Sistema Cantareira elevaram o gasto no primeiro mês do plano de bônus. Esse número chegaria a cerca de 4 milhões de pessoas com a ampliação do programa.

"É para esse conjunto que estamos preparando um programa novo de ônus", disse ontem o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, em entrevista à rádio CBN. Segundo ele, o plano ainda está em fase de estudo e deve ser anunciado em maio, para começar a ser aplicado em junho. "Estamos indo para uma linha de que o ônus será igual ao bônus em termos de porcentual", completou Arce.

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No caso do plano de bônus, a Sabesp dá desconto de 30% na conta de água para quem reduzir o consumo em ao menos 20%. O cálculo é feito com base na média mensal de gasto em metros cúbicos entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. Por essa lógica, a Sabesp aplicará multa de 30% para quem aumentar o consumo em 20% ou mais em relação à média de 12 meses. Em nota, a Sabesp informou que um estudo vai definir a forma de punir financeiramente quem não economizar água.

Trata-se de mais uma medida do governo estadual para tentar reduzir o volume de água retirado do Cantareira, cujo volume registrou nova queda ontem, chegando a 12,2% da capacidade - anteontem, estava em 12,3%. Até agora, o governador apostava na adesão do plano de bônus e na reversão de água dos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para regiões abastecidas pelo Cantareira para atravessar a crise sem adotar o racionamento de água generalizado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que não aplicará imediatamente o índice de reajuste estipulado na noite desta quinta-feira (17) pela Agência Reguladora do Estado de São Paulo (Arsesp) para a primeira revisão tarifária da concessionária. Com uma semana de atraso, a autarquia definiu em 5,44% o valor final para o reposicionamento das tarifas, com aplicação autorizada a partir do dia 11 de maio.

Em conjunto com a publicação dos números finais do processo, a Arsesp, por meio da Deliberação 484, facultou à concessionária a decisão de aplicar o reajuste em "data futura mais oportuna" face "à situação atípica de seu mercado, devido à escassez hídrica e às medidas que vem adotando de estímulo à economia de água para assegurar o abastecimento".

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Em comunicado divulgado ao mercado no fim da noite de quinta-feira, a Sabesp afirmou que elevará as tarifas de água "em data oportuna até, no máximo, final de dezembro de 2014". O temor do governo estadual, acionista majoritário da concessionária, é de que o reajuste das tarifas, combinado com a possibilidade de uma adoção formal ao racionamento, provoque um desgaste político junto à população da Grande São Paulo em pleno ano eleitoral.

Cálculo

O reajuste de 5,44% ficou ligeiramente acima do valor inicial proposto pela reguladora, de 4,66%. A diferença deve-se principalmente à aceitação, por parte da Arsesp, do pedido de revisão no preço máximo inicial da tarifa (P0) feita pela companhia. A autarquia elevou em 0,62%, para R$ 2,5394, o valor do P0 considerado para o cálculo do reajuste.

Ponto de maior divergência entre reguladora e concessionária, a Base de Remuneração Regulatória Líquida (BRRL), que é a base de ativos da Sabesp, não foi revista pelo órgão. A Arsesp manteve em R$ 26,7 bilhões o valor considerado para o cálculo, enquanto a companhia pleiteava uma base de ativos de cerca de R$ 30 bilhões.

Também ao contrário do pedido da concessionária, a reguladora manteve o período do atual ciclo tarifário até abril de 2017, quando deverá ocorrer novo processo de revisão. Inicialmente, o primeiro ciclo tarifário da Sabesp deveria ser concluído em agosto de 2016. Até 2017, os próximos reajustes anuais acontecerão em 11 de abril de 2015 e 11 de abril de 2016.

Investimentos

Após optar pela não aplicação imediata do índice de reajuste tarifário de 5,44% autorizado pela Arsesp, a Sabesp anunciou um corte de R$ 900 milhões nas despesas e nos investimentos inicialmente previstos para 2014. Em 31 de março, durante teleconferência sobre os resultados de 2013, o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da concessionária, Rui Affonso, já havia anunciado um contingenciamento de R$ 700 milhões, a fim de minimizar os efeitos financeiros negativos da atual crise hídrica.

"Visando preservar as condições de sustentabilidade econômico-financeira da companhia, (o Conselho de Administração) decidiu pela adoção de ajuste no orçamento de 2014 de R$ 900 milhões entre redução de despesas e diferimento de investimentos", afirmou a Sabesp em fato relevante. A estimativa de analistas é que os efeitos da crise de abastecimento reduzam em até 51% o lucro líquido da companhia no ano, o que representaria uma perda de cerca de R$ 1 bilhão à concessionária.

A revisão tarifária era vista por muito profissionais como único alívio financeiro da companhia no ano. Apesar do término do processo, que se arrastava de 2011, ser aguardado pelo mercado, o anúncio da não aplicação do reajuste e do aumento na previsão de cortes para o ano podem anular os efeitos positivos da conclusão da revisão nas ações da Sabesp.

A Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado trocaram acusações ontem (16) em meio à crise hídrica do Sistema Cantareira. Após o jornal O Estado de S. Paulo revelar ofício da gestão Fernando Haddad (PT) sobre racionamento de água entre meia-noite e 5h da manhã, o secretário municipal de Governo, Chico Macena (PT), disse que falta "transparência" à estatal. O secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, rebateu dizendo ser "mentira" do petista a ocorrência de rodízio.

O diretor metropolitano da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Paulo Massato, também reagiu e classificou de "irresponsável" a declaração de Macena. Em nota, ele afirmou que é "no mínimo lamentável que gestores públicos usem uma reunião de natureza técnica para deturpar declarações com objetivos político-eleitorais". O encontro entre os gestores foi realizado na segunda-feira.

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Macena afirmou ontem que a Sabesp tem feito racionamento noturno. A empresa nega, mas, segundo ele, a medida foi anunciada na reunião do Comitê Gestor dos Serviços de Água e Esgoto da capital. Macena é o presidente do comitê que acompanha o contrato de concessão de 30 anos dos serviços de saneamento à Sabesp. "O que Massato disse, e está registrado em ata, é que houve uma diminuição da pressão da água em período noturno e admitiu em reunião, com testemunhas, que, em locais mais altos, bairros localizados em morros distantes, a água não chega. Se não quer chamar de rodízio, de racionamento, pode dar o nome que for, o fato é que falta água", disse Macena.

O secretário de Haddad negou caráter eleitoral no ofício encaminhado às repartições municipais, conforme noticiado pelo Estado ontem. "Apenas comuniquei a rede pública para ficar atenta ao que eles chamam de manobra operacional", afirmou o petista.

Macena disse que encaminhou a informação sobre o racionamento de água a hospitais, postos de saúde e escolas. "Na reunião do conselho gestor, que assumi a presidência na segunda-feira, foi pautado isso (falta d’água), e a Sabesp apresentou um relatório. Tem de fato uma redução da pressão. O pior de tudo é não ter essa transparência", disse Macena.

O secretário Mauro Arce afirmou que rodízio não foi tema da reunião. "É lamentável. Esse assunto não foi tratado lá. Quando ele disse que a Sabesp fala que está fazendo rodízio, ele criou uma coisa que não foi discutida", disse Arce. "É mentira dele (que haja racionamento). O representante da Sabesp que estava lá sabe que esse assunto não foi levantado. O assunto foi a avaliação da situação." Massato também negou a implementação de rodízio. "Nunca foi dito por mim nem por nenhum funcionário da Sabesp que a companhia pratica qualquer tipo de rodízio ou racionamento. Por uma única razão: não há rodízio nem racionamento nos municípios em que a Sabesp atua. Se houvesse, principalmente a hospitais e escolas, como teria declarado de forma irresponsável o secretário Chico Macena, a Sabesp seria a primeira a informar", afirmou.

De acordo com Macena, a Sabesp teria reduzido na madrugada a pressão da água em 75%, de 40 metros de coluna d’água (m.c.a) para 10 m.c.a. A medida diminui desperdícios com vazamentos, mas afeta o fornecimento de bairros em regiões mais altas.

Políticos. Ontem, Haddad disse apenas que repassou as informações que recebeu da empresa à rede da Prefeitura. "Não vou entrar em uma discussão semântica. O que nós fizemos foi informar a rede de serviços públicos da medida para que todos possam se programar. Um hospital, uma escola e um posto de saúde precisam estar informados. Nós fizemos um mero repasse da informação que foi oficialmente recebida", afirmou o prefeito. Por duas vezes, Alckmin não comentou as informações reveladas pelo Estado. Pela manhã, ele deixou uma coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, sem responder a perguntas sobre racionamento. À tarde também evitou comentar sobre o rodízio noturno. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ampliação do bônus para consumidores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) deverá gerar um impacto financeiro de cerca de R$ 800 milhões no orçamento da empresa, afirmou nesta terça-feira, 1º, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), durante vistoria a obras do Metrô, na zona sul da capital paulista. A extensão do benefício foi anunciada ontem pelo governo e passa a valer hoje em 31 cidades da Grande São Paulo diretamente abastecidas pela Sabesp.

"Mas isso só vai saber de acordo com o período que o bônus ocorrerá", disse o tucano. "Mesmo lá na frente, quando acabar o bônus, continua uma cultura racional da água, que é muito importante."

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Segundo ele, não necessariamente a Sabesp deixará de fazer investimentos para garantir o contingenciamento em decorrência do bônus. "Não precisa ser só investimento. Você pode reduzir custeio, você tem N formas de redução. O importante é o estímulo para a população fazer o uso racional da água e com isso vamos conseguir superar essa que é a maior estiagem dos últimos 84 anos da região sudeste do Brasil."

Na segunda-feira, 31, o Estadão.com.br antecipou que a Sabesp cortou R$ 700 milhões das despesas previstas para 2014 em função da crise hídrica no Estado.

Para minimizar os impactos financeiros negativos da atual crise hídrica, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) decidiu adotar um programa de cortes no orçamento de 2014 e reprogramar o plano de investimentos para este ano, informou nesta segunda-feira, 31, o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da concessionária, Rui Affonso. "O objetivo é que as medidas emergenciais não impactem o equilibro econômico da companhia", afirmou o executivo durante teleconferência com analistas e investidores.

Segundo Affonso, inicialmente, a Sabesp já aprovou um corte de R$ 700 milhões nas despesas do ano. "Não haverá uma queda absoluta do opex na comparação com 2013, mas sim uma redução expressiva na ampliação orçamentária de 2014", explicou.

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Para garantir o abastecimento de água na Grande São Paulo, a concessionária adotou uma série de medidas emergenciais desde o início deste ano, como obras para a exploração do volume morto do Cantareira e a interligação dos sistema com a bacia do rio Paraíba do Sul. Os investimentos dos dois projetos somam R$ 580 milhões e não constam no planejamento divulgado pela Sabesp na última sexta-feira, 28. "Esse plano foi desenvolvido e aprovado antes da situação da escassez hídrica extrema, portanto, ele não incorpora os investimentos emergenciais", explicou Affonso. "Por isso, os investimentos de 2014 serão reprogramados para que a pressão sobre o caixa seja minimizada", completou.

A readequação do capex para o ano, segundo a Sabesp, visa preservar o abastecimento de água na região. No entanto, a decisão não compromete a meta da companhia de universalizar a coleta e tratamento de esgoto até 2020, garantiu Affonso.

O programa de bônus, outra medida adotada pela concessionária e ampliado nesta segunda-feira para toda a região metropolitana, também afeta o planejamento da companhia para o ano. "Certamente haverá um impacto sobre as nossas receitas, mas ainda achamos prematura comentar quais serão os impactos financeiros dessa medida", disse o diretor. O benefício de 30% nas tarifas de água e esgoto para os consumidores que reduzirem 20% do seu consumo de água é válido até dezembro.

Projeto

A Sabesp ainda não definiu as fontes de financiamento para o projeto de interligação da represa Jaguari, na bacia do rio Paraíba do Sul, com o Sistema Cantareira, orçado inicialmente em R$ 500 milhões. "Consideramos que a companhia tem tempo suficiente para adequar seu plano de investimentos, bem como para definir as formas de financiamento", afirmou Affonso.

O prazo estimado para a construção de túneis, barragens e estações elevatórias é de 12 a 14 meses, a partir do início das obras. Affonso explicou que o projeto estava inicialmente previsto no Plano Diretor de Recursos Hídricos da Macrometrópole Paulista para 2020. A antecipação, segundo o executivo, é mais uma medida emergencial adotada pela concessionária para enfrentar a atual crise hídrica.

Em comunicado divulgado ao mercado na sexta-feira, 28, a Sabesp considerou que "a definição das fontes de recursos para o financiamento deste empreendimento depende da identificação de seus múltiplos beneficiários, uma vez que a reversão de água entre as duas represas irá propiciar importantes ganhos em termos de segurança hídrica não apenas ao Sistema Cantareira, mas também aos demais municípios da Bacia do PCJ e à Bacia do Paraíba do Sul, municípios não atendidos pela Sabesp". Ainda no texto da nota, a Sabesp menciona que o prazo das obras é suficiente para que a companhia acomode "a parcela" de investimentos de sua responsabilidade.

Questionado pela reportagem sobre a possibilidade de uma divisão do montante com as demais cidades beneficiadas com o projeto, Affonso afirmou que "ainda é muito cedo para discutir uma possível partilha do financiamento do projeto". Segundo ele, o foco atual é discutir o caráter institucional do projeto e, apenas depois, o seu financiamento. No entanto, durante apresentação para comentar os resultados da concessionária, o diretor chegou a afirmar que o investimento total de R$ 500 milhões "será responsabilidade da Sabesp" e que os desembolsos deverão ocorrer entre 2015 e 2016.

Apesar dos sucessivos recordes negativos de capacidade do nível dos reservatórios do Sistema Cantareira, a Sabesp voltou a descartar a possibilidade de adotar um racionamento de água da Grande São Paulo. "Não trabalhamos com a possibilidade de racionamento. Quem fala em racionamento preventivo não sabe o que é racionar água para mais de 10 milhões de consumidores", afirmou o diretor de Finanças e Relações com Investidores da concessionária, Rui Affonso.

Segundo ele, mesmo considerando o pior cenário de escassez, que prevê o esgotamento do volume útil do Cantareira ao final de junho, não há risco de corte no abastecimento, porque as obras para exploração do volume morto estarão prontas até lá. "O volume morto será suficiente para abastecer a Grande São Paulo até outubro, quando tem início o período chuvoso", garantiu Affonso.

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A Sabesp investiu R$ 80 milhões na compra de bombas e na construção da infraestrutura necessária para utilizar a reserva adicional de cerca de 400 milhões de metros cúbicos. Desse total, inicialmente 200 milhões de m³ estarão disponíveis para captação pela concessionária.

Ao contrário do informado durante o anúncio do projeto de interligação da bacia do rio Paraíba com o Sistema Cantareira, os investimentos exigidos pela obra não serão financiados integralmente pelo governo paulista. Ainda que parcial ou totalmente, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) será obrigada a participar financeiramente do projeto, inicialmente orçado em R$ 500 milhões. O investimento emergencial, avaliam analistas, é mais um fator de pressão sobre o resultado da concessionária em 2014.

Procurada pelo Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, a Sabesp confirmou que o investimento ficará sob sua responsabilidade, mas não informou se o montante contará com alguma participação do governo estadual, seu acionista majoritário. Ainda segundo a assessoria de imprensa, a companhia estuda fontes de recursos para a obra.

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Uma fonte do governo paulista afirmou que a estruturação do financiamento do projeto está sendo avaliada, mas declarou que "possivelmente" a concessionária assumirá os gastos da construção do canal para a interligação.

O plano de investimento da Sabesp para 2014, que não engloba as medidas emergenciais adotas para enfrentar a atual crise hídrica, soma R$ 2,623 bilhões. Segundo dados da Secretaria de Planejamento, desse total, R$ 1,414 bilhão é capital próprio da companhia, enquanto o restante, aproximadamente R$ 1,208 bilhão, seria obtido por meio de operações de crédito.

Especificamente para os serviços de abastecimento de água, a Sabesp esperava investir R$ 980 milhões. Somadas, apenas as duas obras emergenciais anunciadas (a de transposição e a de exploração do chamado volume morto do sistema Cantareira) totalizam R$ 580 milhões, quase 60% do capex inicialmente previsto. Há uma semana, o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da concessionária, Rui de Britto Affonso, informou que, devido aos gastos inesperados no início deste ano, a Sabesp deverá cortar despesas e rever alguns pontos do seu plano de investimentos. "Vamos tomar todas as providências para garantir que a solidez financeira da Sabesp não seja abalada", afirmou o executivo.

Na avaliação de analistas de mercado consultados pelo Broadcast, o projeto de transposição soma-se ao conjunto de fatores que devem pressionar o resultado da concessionária em 2014, especialmente no primeiro trimestre. Além das obras emergenciais, o resultado da concessionária deve sofrer o impacto dos descontos de 30% aplicados nas tarifas dos consumidores que reduzirem o gasto mensal em 20%. A medida, que visa incentivar a economia de água, é válida até o final do ano.

Para os profissionais, tais medidas, em conjunto com uma expectativa de redução de quase 12% no volume faturado pela Sabesp, deve reduzir o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Lilyanna Yang e Carlos Herrera, do UBS, calcularam em relatório que a queda na geração de caixa medida pelo Ebitda pode fazer a alavancagem da concessionária chegar a 5 vezes. Hoje, o endividamento da Sabesp medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda está em quase 2 vezes.

No entanto, um analista que preferiu não ser identificado ponderou que o aporte de R$ 500 milhões "não seria o fim do mundo" para a companhia. Segundo ele, após concluída, a obra ampliaria a base de ativos considerada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp), o que posteriormente resultará num reajuste tarifário.

Projeto

O projeto de transposição prevê a construção de um canal de 15 quilômetros para transposição das represas de Jaguari, na bacia do Paraíba, com os reservatórios do Atibainha, do Sistema Cantareira. A proposta apresentada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) na última quarta-feira, 19, pretende transpor água para o Cantareira toda vez que o nível das reservas atingir 35% da capacidade. "O inverso também vale", afirmou Alckmin.

O projeto precisa passar pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para avaliação. Isso porque a transposição, segundo estudos iniciais do governo de São Paulo, poderia reduzir a produção elétrica de Furnas em 2%. Também será necessária a obtenção de licitação, outorga do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) e licenças ambientais. Colaborou Carla Araújo.

O ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, até evitou críticas abertas ao governo do Estado e à Sabesp pela crise de abastecimento de água na região metropolitana da capital paulista, mas considerou que houve falta de planejamento para evitar um possível racionamento. "Precisamos ser justos e não podemos, com um assunto dessa gravidade, ficar no palanque eleitoral. O principal motivo é a falta de chuvas. Mas o tempo está mostrando que houve falha de planejamento", disse Kassab neste sábado.

O ex-prefeito de São Paulo lembrou que estudos mostram que houve falta de investimento para ampliar o abastecimento de água na região. "Seriam necessários dois sistemas igual ao da Cantareira para evitar a falta de água", afirmou. "Temos uma crise grave e qualquer manifestação mais crítica não deve ser feita. Mas houve falta de planejamento e vamos aguardar para apurar e a questão da responsabilidade", completou.

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Kassab disse que segue como pré-candidato ao governo paulista e que só aguarda a convenção para ter seu nome ratificado como o nome do PSD à sucessão de Geraldo Alckmin (PSDB). Afirmou ainda que "inquestionavelmente o grande problema do Estado hoje é a insegurança", problema, segundo ele, que "precisa ser enfrentado de frente com recursos adicionais como fizemos com a saúde quando fui prefeito".

O volume de água armazenado no Sistema Cantareira caiu neste domingo (23) para 17,4% da capacidade total dos reservatórios. O índice é o mais baixo já apresentado desde o início de operação do sistema, em 1974. Ontem, o nível era de 17,5%, de acordo com monitoramento realizado pela Sabesp.

O Sistema Cantareira é composto por um conjunto de reservatórios de água que se estende da região norte cidade de São Paulo até a divisa com o Estado de Minas Gerais. O sistema é responsável pelo abastecimento de quase metade da região metropolitana.

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O nível baixo das reversas se deve ao longo período de seca nos meses de janeiro e fevereiro, quando é comum chover bastante. A quantidade de chuvas sobre a região está em 5,7 milímetros (mm) neste domingo. Ao longo de fevereiro, o volume de chuvas ficou em 54,4 mm, o equivalente a apenas 26,8% da média histórica de 202,6 mm para o mês.

A Sabesp informou ontem à noite que está analisando a nota técnica da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) sobre a proposta para revisão tarifária da concessionária.

Em nota ao mercado, a Sabesp reitera que a proposta foi submetida à consulta pública e que a audiência sobre o Preço Máximo Inicial (P0) e Fator de Eficiência (Fator X) ocorrerá no dia 12 de março de 2014. Após o término da consulta pública, a Arsesp publicará relatório até o dia 10 de abril e também os valores definitivos para a revisão das tarifas da Sabesp.

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"A Companhia comunica que está analisando a Nota Técnica Nº RTS/001/2014 - Fevereiro 2014 e se manifestará oportunamente", encerra a nota assinada pelo diretor econômico-financeiro e de Relações com Investidores da concessionária Rui de Britto Álvares Affonso.

A agência reguladora propõe preço máximo final da tarifa de R$ 2,73249 por metro cúbico (m3), o que corresponde a um reajuste linear de 4,6607% sobre a tarifa média geral vigente da concessionária, de R$ 2,61081. O valor definido pelo órgão regulador já considera os efeitos do Fator X e está autorizado para aplicação sobre as tarifas da Sabesp referentes a serviços prestados a partir de 11 de abril deste ano, com faturamento a partir de 11 de maio.

A proposta de reajuste tarifário é inferior ao número pleiteado pela Sabesp, de 13,1% e ficou perto do piso das expectativas de analistas de cinco instituições financeiras consultadas pelo Broadcast (Bradesco, Barclays, Citi, CGD Securities e Ativa Corretora), que variavam entre 4% e 10%.

A proposta para o fator de eficiência (Fator X) foi de 0,9418% anual. No entanto, o Fator X aplicado sobre o preço máximo final da tarifa chegou a 1,14%. Esse número já considera o atraso de 20 meses em relação a agosto de 2012, prazo inicial estimado para o início do novo ciclo de tarifas. No montante de 1,14% foi contabilizado o valor de 0,4297% referente à parcela já aplicada no reajuste de novembro de 2013.

O fator de eficiência é um parâmetro que servirá para transferir gradativamente aos clientes da rede da Sabesp os ganhos de eficiência obtidos pela concessionária. Essa transferência irá ocorrer por meio de reduções futuras na tarifa.

Um banho de 15 minutos, sem fechar o registro, consome 135 litros de água. É mais do que a Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda de uso de água por pessoa em um dia inteiro. A organização defende que 110 litros são suficientes para "atender às necessidades de consumo e higiene".

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgou no sábado (1°) que dará desconto na conta de água aos moradores da Grande São Paulo que reduzirem o consumo. De acordo com a Sabesp, a medida é adotada "por causa do calor recorde e da inédita falta de chuvas no Sistema Cantareira, que está em nível crítico e abastece quase 10 milhões de pessoas". Os dois últimos meses quebraram recordes de falta de chuva. Desde 1930, nunca choveu tão pouco.

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O consumo médio por morador no Sistema Cantareira é de 161 litros por dia. Mas, no litoral de São Paulo, segundo a Sabesp, o volume pode chegar a 350 litros. A companhia pretende que os moradores baixem o consumo para 128 litros por dia, para obter o desconto na conta.

Embora pareça difícil, a tarefa não exige grandes sacrifícios. Medidas como fechar o registro ao escovar os dentes ou ao lavar a louça podem trazer uma economia de 20 litros. Flagrada pela reportagem lavando a garagem e a calçada de sua casa, na Casa Verde, zona norte da capital paulista, com uma mangueira, Rosa Scacciota diz que o momento foi um descuido.

"O que o fotógrafo viu foi só um instante, eu sempre gasto o mínimo, tanto que acho que nem vou conseguir ter desconto na conta. Mas posso ensinar sobre como não gastar. Eu guardo a água que sai com sabão da máquina para depois lavar o quintal", exemplifica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após o Sistema Cantareira atingir o nível mais baixo da história, a presidente da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, anunciou ontem um programa de descontos que poderá fazer com que o valor da conta de água e esgoto caia até 48 %.

A empresa concederá um desconto de 30% na fatura de água e esgoto para os consumidores abastecidos pelo Sistema Cantareira que economizarem 20% de seu gasto médio mensal, antecipou ontem o jornal Folha de S. Paulo. Porém, o valor da conta poderá cair até 48%, de acordo com a quantidade de litros economizados e a possibilidade de pagar uma tarifa menor, por causa da mudança da faixa de consumo. Por exemplo: um morador que usa, em média, 15 mil litros de água por mês, gasta R$ 59,4. Se seu consumo cair para 12 mil litros mensais, sua conta cairá para R$ 30,9. Nesse caso, a economia será de 48,4%.

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O programa inclui as regiões central e norte da capital paulista, além de partes das zonas leste e oeste. Também participam as cidades de Barueri, Caieiras, Carapicuíba, Francisco Morato, Francisco da Rocha, Itapevi, Jandira, Osasco e Santana da Parnaíba, na Grande São Paulo. A medida emergencial começou a valer ontem e tenta impedir um possível racionamento na Região Metropolitana de São Paulo. Todos os consumidores que poderão ter o desconto receberão um aviso da Sabesp, na próxima conta, de que sua casa é abastecida pelo Sistema Cantareira. A conta indicará ainda o consumo médio mensal, com base nos últimos 12 meses, e quanto será preciso economizar para obter o desconto.

A redução da tarifa valerá nas contas de março a agosto, com exceção de Santa de Parnaíba, onde o período será de abril a setembro. A média diária de consumo por pessoa na Grande São Paulo é de 161 litros e a Sabesp quer que ela passe para 128 litros. A meta da concessionária é 18 litros maior do que o mínimo considerado razoável para as necessidades básicas de uma pessoa.

Na prática, a Sabesp, que também fará uma campanha publicitária de esclarecimento, pede que população passe menos tempo no banho, abandone as mangueiras na hora de lavar o carro e feche a torneira quando for ensaboar a louça. "Estamos adotando esse incentivo econômico para assegurar que todos nós tenhamos água ao longo do ano", afirmou ontem Dilma Pena. "Acreditamos que essas medidas serão suficientes para o abastecimento da população. A palavra racionamento não está no nosso radar", enfatizou a presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Sabesp entende que está enquadrada em uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), anunciada na semana passada, que permite a empresas públicas de saneamento contratar novas operações para reestruturação de dívidas. A informação é do superintendente de Captação de Recursos e Relações com Investidores da companhia, Mario Sampaio. O executivo falou na noite desta quinta-feira, 29, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, em premiação da revista Istoé Dinheiro, em São Paulo.

De acordo com Sampaio, a companhia acredita que a medida oferece a oportunidade de a empresa discutir com credores o alongamento de dívidas e redução de custos. Ainda assim, reforçou que por enquanto nenhuma conversa ocorreu.

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A Sabesp possui R$ 500 milhões em empréstimos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 1 bilhão com a Caixa Econômica Federal. "Vamos falar com os bancos e ver o que têm a nos oferecer", disse Sampaio. "Apesar de estarmos com a dívida bem controlada, isso não quer dizer que vamos descartar a oportunidade", afirmou.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) apresentou lucro líquido de R$ 361,7 milhões no segundo trimestre de 2013, crescimento de 23,5% em relação ao obtido no mesmo intervalo de 2012, de acordo com o balanço publicado nesta terça-feira, 13.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado chegou a R$ 911,4 milhões, expansão de 14,2% na mesma base de comparação. A margem do Ebitda ajustada teve leve alta de 0,3 ponto porcentual, atingindo 32,6%.

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A receita operacional líquida totalizou R$ 2,796 bilhões, avanço de 13% no período.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou um acordo proposto por ex-executivos da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) no processo que apura irregularidades em contratos fechados com a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp).

Sem o acerto, o caso deverá ser levado a julgamento pela autarquia. Acusado como controlador de ambas as companhias, o governo do Estado de São Paulo não encaminhou pedido de termo de compromisso.

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O processo foi aberto em 2012 pela CVM, a partir de reclamações de acionistas. Segundo eles, parte da captação de águas realizada pela Sabesp nos reservatórios de Guarapiranga e Billings, geridos pela Emae, era feita sem qualquer remuneração e teria afetado a geração de energia pela companhia. As denúncias falavam em abuso de poder do controlador.

A lista de executivos investigados pela xerife do mercado inclui Guilherme Augusto Cirne de Toledo e Antonio Bolognesi, ex-presidentes da Emae, e Jorge Luiz Avila da Silva e Vicente Kazuhiro Okazaki, ex-diretores de finanças e relações com investidores.

A CVM identificou potenciais irregularidades na forma de divulgação das transações. A Emae não divulgou seu relacionamento com a Sabesp nos formulários de referência divulgados até 2011, nem nas demonstrações financeiras de dezembro de 2005 a dezembro de 2009.

A linha da acusação é que houve favorecimento ao acionista controlador em prejuízo dos demais acionistas. Caberia aos administradores da companhia tomar medidas para reverter a situação. Diretor-presidente da Emae por sete anos - de dezembro de 2002 a janeiro de 2010 - Toledo pode ser punido por violar o dever de diligência previsto na Lei das Sociedades Anônimas.

Conforme relatório da CVM, Toledo se omitiu na proteção dos direitos da companhia. A única medida adotada por ele para evitar prejuízos no período foi enviar dois ofícios à presidência da Sabesp, em 2005. A autarquia aponta que os documentos "não produziram os efeitos esperados, não representando um esforço proporcional ao problema enfrentando pela Emae".

Os demais diretores poderão ser punidos por infringir a exigência de divulgar as operações com a Sabesp no formulário de referência enviado à CVM e nas demonstrações financeiras da Emae.

A proposta de termo de compromisso dos quatro executivos previa o pagamento total de R$ 155 mil. Equivalente a um acordo, o termo de compromisso extingue o processo na CVM sem julgamento ou presunção de culpa para os acusados.

A CVM rejeitou de imediato um acordo com Toledo, por considerar extremamente grave a quebra do dever de diligência. Para os demais, a autarquia sugeriu elevar o valor proposto a R$ 100 mil por executivo, o que não foi aceito.

O ator e humorista Eduardo Sterblitch, de 26 anos, do programa Pânico na Band, sofreu um acidente no fim da noite desta quarta-feira (5), depois que o carro em que estava com o empresário Eduardo Perez, de 35 anos, foi atingido por um caminhão na Marginal do Tietê, perto da alça de acesso para a Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo. O automóvel bateu numa carreta que perdeu o controle ao passar por um bueiro da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), cuja tampa se soltou. Apesar da gravidade do acidente, ninguém se feriu. A Sabesp afirmou que indenizará os envolvidos no acidente.

Perez, que dirigia o Smart Fortwo Brabus, afirma que o caminhão, com um contêiner, o fechou de repente e ele não teve o que fazer. "A carreta passou em cima do bueiro sem tampa, estourou o eixo e veio para cima da gente. Graças a Deus, não quebramos nem uma unha", diz. "Quando os policiais e bombeiros chegaram, disseram: 'Cadê as vítimas?' Ficaram bem assustados", afirma. A reportagem não conseguiu contato com Sterblitch.

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De acordo com o empresário, o veículo que dirigia foi arrastado de um lado para o outro, até parar. "Parece que a gente ficou que nem uma bolinha, foi um negócio de louco", lembra. "Não tivemos reação nenhuma, nem um grito. Um só olhou para a cara do outro. Pensamos que a carreta ia virar e passar por cima." O carro, segundo Perez, foi comprado há menos de um mês e teve perda total. De acordo com uma revendedora da marca no Brasil, o automóvel só pode ser comprado por encomenda e custa cerca de R$ 125 mil. Ele, que tem seguro, diz que pretende processar a Sabesp.

"Com certeza, essa tampa de bueiro foi mal feita por que tinha corrupção, tinha propina ali. Temos de usar esse exemplo, a visibilidade do Eduardo, para que não aconteça com os outros. Nós poderíamos estar mortos. É uma irresponsabilidade muito grande, um assassinato." Em nota, a companhia, responsável pelo fornecimento e tratamento de água em 363 cidades do Estado, lamentou o acidente e anunciou que irá reparar as vítimas.

São Paulo – Um vazamento provocou a interrupção do fornecimento de água para cerca de 20 mil pessoas na zona leste da capital paulista. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o problema foi detectado por volta das 20h30 de ontem (3) e os reparos só devem terminar às 19h de hoje (4). O trânsito na Rua dos Trilhos teve de ser interrompido para os trabalhos de manutenção. Foram afetados parte dos bairros da Mooca, Brás e Água Rasa.

A Sabesp disse, por meio da assessoria, que as causas do vazamento ainda serão apuradas e que a prioridade no momento é restabelecer o fornecimento. A companhia destacou ainda que apesar da interrupção na rede, as residências costumam contar com caixas d'água, o que ameniza os impactos da interrupção.

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