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O Sistema Cantareira, que abastece cerca de 5,4 milhões de pessoas na Grande São Paulo e na capital, teve o primeiro aumento de volume de água nos últimos 20 dias. O sistema subiu 0,2 nesta segunda-feira (11), e registra 19,7% de sua capacidade. Choveu 23,5 milímetros no período, quase toda a pluviometria acumulada no mês, que é de 30,3 mm. A média histórica para maio é de 78,2mm de chuvas. Todos os outros sistemas de São Paulo registraram aumento. É o que revelam dados diários divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

A última vez que o Cantareira havia registrado melhora foi no dia 21 de abril. Na ocasião, o nível do manancial estava em 20,1%. Desde então, houve perdas de água represada sucessivas nos dias 28 e 30 de abril, 2, 4 e 8 de maio.

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Segundo o cálculo que considera o volume negativa da represa, que passou a ser divulgado pela Sabesp em abril após ordem da Justiça, o nível está em -9,5%. Pelo terceiro índice, o manancial opera com 15,3% de sua capacidade. No terceiro conceito, o volume armazenado é dividido pelo volume útil somado às duas cotas da reserva técnica.

Outros sistemas

Além do Cantareira, todos os outros sistemas registraram melhora no período. Guarapiranga e Alto Cotia subiram 0,9% e estão, respectivamente, em 81% e 66,4% de suas capacidades. Rio Grande teve aumento porcentual de 0,8 e agora acumula 95,6%. Rio Claro subiu 0,6% e chega a 53,3%. Alto Tietê também melhorou e foi para 22,9% - 0,3 a mais do que no domingo.

Um ano após ter sido ampliado para a Grande São Paulo, o programa de bônus da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) resultou em uma economia de água equivalente à capacidade atual do Sistema Guarapiranga. Foram 139 bilhões de litros poupados desde maio de 2014, segundo dados da estatal, mesmo volume disponível na represa paulistana no início deste mês.

O programa que dá desconto de até 30% na conta para quem reduzir o consumo de água em ao menos 20% começou em fevereiro do ano passado apenas na região atendida pelo Sistema Cantareira. Segundo dados da Sabesp, o consumo de água per capita na Grande São Paulo caiu de 155 litros para 118 litros por dia, perto do recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) - 110 litros.

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Março e abril deste ano registraram a maior economia considerada espontânea pela Sabesp. Foram 16 bilhões de litros poupados. Considerando os resultados do bônus nos meses em que só vigorou na região do Cantareira, a economia total salta para 146 bilhões de litros, quase 15% da capacidade do manancial em crise.

A gerente de Relacionamento com os Clientes da Sabesp, Samanta Souza, destaca que o resultado só foi possível graças à adesão dos condomínios residenciais, considerados os vilões do desperdício no início da crise. Em abril, 94% dos condomínios reduziram o consumo, proporção maior do que a registrada hoje em toda Grande São Paulo: 82%. No início, a parcela de prédios que reduziu o gasto não superava os 68%, ante uma adesão total de 76% à época.

"Nosso grande calcanhar de Aquiles eram os condomínios residenciais. Por isso fizemos campanhas específicas para esses clientes, parcerias com sindicatos e administradoras, mandamos cartas direcionadas explicando a situação. Treinamos 7 mil síndicos para fazerem testes para detectar vazamentos e distribuímos 7,2 milhões de kits redutores de pressão para torneiras", afirma Samanta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo, 10/05/2015 - O Sistema Cantareira teve sua quarta perda de volume no mês de maio neste domingo, 10. O reservatório perdeu 0,1 ponto porcentual e tem agora 19,5% de água armazenada. As informações são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O Cantareira, que abastece a Grande São Paulo, chegou a ficar 85 dias sem queda, mas registrou perda de volume em 28 de abril, pela primeira vez desde fevereiro. Esse índice, tradicionalmente divulgado pela Sabesp, considera duas cotas de volume morto, uma de 182,5 bilhões de litros de água e outra de 105 bilhões de litros, adicionadas no ano passado.

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Segundo o cálculo que considera o volume negativo da represa, que passou a ser divulgado pela Sabesp em abril após ordem da Justiça, o nível está em -9,7%.

Até agora, choveu apenas 8,7% da média para o mês de maio. Foram registrados 6,8 milímetros de pluviometria - de 78,2 milímetros esperados, de acordo com a Sabesp.

Os sistemas Alto Cotia e Rio Claro foram os únicos que tiveram alta do nível de água neste domingo. No primeiro, a alta foi de 65,3% para 65,5%. Já no Rio Claro, o aumento registrado foi de 52,6% para 52,7%.

O Sistema Guarapiranga, que se tornou neste ano o manancial mais importante da Grande São Paulo, ficou estável. O mesmo aconteceu com os reservatórios do Alto Tietê e do Rio Grande.

O programa de bônus da Sabesp para incentivo à redução do consumo de água manteve em abril o nível de adesão de 82%, idêntico ao porcentual registrado em março e o mais alto desde o início da concessão do benefício, em fevereiro do ano passado. Outros 11% não diminuíram o volume de água consumido em relação ao período de fevereiro de 2013 e janeiro de 2014 e pagaram a multa (tarifa de contingência). Os 7% restantes se referem a consumidores cadastrados em tarifa social ou consome o volume de mínimo (de 10 mil litros no mês), para os quais não há cobrança de ônus.

Dos 82% que reduziram seu consumo, 72% efetivamente ganharam o bônus - a maior parte, 62%, diminuiu seu gasto de água em mais de 20% e obteve o desconto de 30% na conta. Os demais 10% diminuíram o consumo em menos de 10%, o que não foi suficiente para receber o bônus.

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A Sabesp destacou que o programa resultou na economia média de 6,2 mil litros por segundo de água no mês passado. O volume é suficiente para abastecer cerca de 1,9 milhão de pessoas. A economia, em quantidade, foi ligeiramente maior que a registrada em março, de 6,1 mil litros na Grande São Paulo.

Documento assinado pelo presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman, reconhece que era possível ter operado o Sistema Cantareira de forma mais segura nos últimos três anos e evitado a captação do volume morto do manancial e amenizado o atual racionamento de água na região metropolitana.

No ofício enviado na semana passada ao Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) para a renovação da outorga do Cantareira, prevista para outubro, a Sabesp defende a manutenção do direito de captar até 31 mil litros por segundo do sistema pelos próximos dez anos, conforme definido no acordo de 2004. As regiões de Campinas e Piracicaba têm uma cota de até 5 mil l/s.

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Para justificar a viabilidade da exploração de até 36 mil l/s do manancial mesmo após a pior seca em 84 anos, a Sabesp sugere alterar as regras de operação do Cantareira e apresenta um modelo que "antecipa reduções gradativas de retirada de água com base em um indicador do estado do sistema". Ou seja, se a entrada de água nas represas cai, a captação para o abastecimento também cai.

Segundo a Sabesp, se a regra proposta agora tivesse sido aplicada a partir de 2012, quando as vazões afluentes ao Cantareira começaram a ficar abaixo da média histórica, não teria sido necessário retirar água do volume morto. A reserva profunda começou a ser captada em maio de 2014, e até hoje o sistema opera abaixo do nível mínimo de captação. Ontem, o índice era de -9,6% da capacidade - ou 19,7%, incluindo a reserva.

Além disso, afirma Kelman, as vazões retiradas do Cantareira, de acordo com o modelo proposto, "seriam significativamente maiores do que as efetivamente praticadas e apresentam valores que, se sabe hoje, podem ser administrados até com certa facilidade". Segundo o cálculo, a captação hoje poderia ser até 10 mil l/s maior, o suficiente para abastecer mais 3 milhões de pessoas.

Para isso, segundo o modelo, a retirada de água para atender até então 14 milhões de pessoas na Grande São Paulo e no interior deveria ter sido menor que a praticada durante 19 meses desde 2012. Em setembro daquele ano, por exemplo, quando a entrada de água foi de apenas 10,8 mil l/s, 52% abaixo da média, a retirada deveria ter sido reduzida para 32 mil l/s, em vez dos 37 mil l/s praticados, que resultaram em um déficit de 68,4 bilhões de litros, ou 7% da capacidade do sistema.

Forte redução

Na prática, porém, a redução mais expressiva só começou em março de 2014, por ordem do DAEE e da Agência Nacional de Águas (ANA), que cobraram diminuições durante a estiagem de 2014. A Sabesp, porém, só reduziu mais a partir de outubro, mês em que o racionamento ficou mais crítico.

Em nota, a Sabesp informou que a proposta "parte de uma premissa na qual o Sistema Cantareira não se esgotaria ao longo de toda esta crise hídrica" e que, "se tivesse a possibilidade de adivinhar o futuro e saber exatamente o que ocorreria" a partir de 2012, "teria tomado todas as medidas possíveis para preservar o sistema em níveis acima das reserva".

"Na ocasião do início da crise, os sistemas possuíam níveis normais e não havia indícios de que a crise assumiria as proporções que assumiu. A Sabesp sempre zelou pela operação responsável do sistema e executou várias ações para continuar garantindo o abastecimento da população da região metropolitana, mesmo com a grande restrição de retirada imposta pela crise, que reduziu a produção do sistema em quase 18 mil l/s", afirma a estatal. A empresa diz que, se a regra atual for mantida, perderá 18% da água do Cantareira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman, disse na terça-feira, 5, que vai adiar o início de obras previstas para este ano por falta de dinheiro. Segundo o dirigente, a medida é consequência do reajuste de 15,2% na conta de água autorizado na segunda-feira, 4, pela agência reguladora do setor, índice inferior aos 22,7% solicitados pela estatal para compensar as perdas provocadas pela crise.

"Nós pedimos 23% com a consciência de que isso era o necessário. Como a agência reguladora, a Arsesp, nos deu 15%, essa diferença significará que algumas obras que tínhamos intenção de começar em 2015 serão postergadas", disse Kelman em entrevista à TV Globo. Questionada pelo Estado, a Sabesp não citou exemplos de obras que serão afetadas.

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Segundo Kelman, nenhuma das obras consideradas necessárias para garantir o abastecimento de água sem rodízio será adiada. "As obras vinculadas à garantia hídrica, isto é, as obras para trazer água para a região metropolitana e para as cidades do interior que têm risco de desabastecimento, são absolutamente prioritárias e não sofrerão nenhum adiamento", disse.

Na segunda-feira, Kelman e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciaram o início das obras de transposição de água do Sistema Rio Grande, braço limpo da Represa Billings, para o Alto Tietê, considerada a ação mais urgente para evitar o rodízio. A conclusão de interligação dos mananciais havia sido prometida pelo tucano para maio, mas agora o prazo de entrega foi prorrogado para setembro. Segundo Alckmin, o atraso aconteceu porque o governo decidiu seguir as regras de licenciamento ambiental.

Reajuste

Em março, a Sabesp pediu à Arsesp que o reajuste extraordinário na tarifa fosse de 22,7%, dos quais 7,8% seriam para repor a inflação acumulada em um ano e 13,8% para recuperar a queda de faturamento por causa da redução de consumo a partir de 2014 e do aumento de despesas com energia elétrica, cujas tarifas também subiram por causa da estiagem.

À época, a Arsesp havia autorizado preliminarmente um reajuste de 13,8%. Para Rui Affonso, diretor econômico-financeiro da Sabesp, o índice não garantia o equilíbrio financeiro da empresa. "Nós precisamos atravessar 2015 sem rodízio, sem interrupção das obras e sem complicar mais a vida do consumidor", disse o diretor na ocasião.

Antes da definição do reajuste, a Sabesp já havia anunciado a redução em 55% dos investimentos em coleta e tratamento de esgoto em 2015 por causa da crise para sobrar dinheiro para "antecipar os investimentos em água". Em 2014, a companhia registrou uma queda de 6,7% na receita operacional em relação ao ano anterior e de 53% no lucro, que caiu de R$ 1,9 bilhão para R$ 903 milhões.

Ainda assim, a estatal vai pagar R$ 252,3 milhões em dividendos aos seus acionistas: 50,3% para o governo paulista e 49,7% para investidores nas bolsas de São Paulo e Nova York. A Sabesp pagou ainda R$ 504 mil em bônus para os seis diretores em 2014, quando teve início o racionamento de água na Grande São Paulo. Segundo a estatal, os valores referem-se a uma gratificação pelos resultados financeiros obtidos em 2013.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira apresentou queda neste sábado (2), conforme boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O volume do sistema caiu de 19,9% para 19,8%, se levado em conta o conceito tradicional da empresa, que considera todo o volume do manancial em relação ao volume útil.

Se for considerado o novo método de cálculo da Sabesp, que divulga o índice negativo do manancial (que conta o conteúdo do volume morto subtraído do volume armazenado), o nível do sistema Cantareira também contou com modificação e ficou mais negativo, passando de -9,4% para -9,5%. A companhia passou a publicar este índice após determinação da Justiça.

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A liminar que obriga a Sabesp a dar esta informação foi concedida em 16 de abril pelo juiz Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª Vara de Fazenda Pública, a partir de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) no dia 10 de abril.

Na região do Cantareira, não choveu ainda nos dois primeiros dias de maio. Para o mês, a média é histórica de 78,2 milímetros.

Outros mananciais

Quanto aos outros reservatórios monitorados pela Sabesp, o Alto Cotia também apresentou queda, de 65,7% para 65,5% entra a sexta-feira e o sábado. O Rio Claro, por sua vez, teve aumento, de 50,4% para 50,6% no volume de água armazenada.

Já os demais sistemas ficaram estáveis no período: o Guarapiranga permaneceu em 81,7%; o Rio Grande, em 95,5%; e o Alto Tietê, em 22,5%.

O nível de água armazenada no Sistema Cantareira ficou estável pelo quinto dia consecutivo, em plena época de chuvas na região Sudeste. Desde o dia 21 de janeiro o indicador permanece em 20,1%, segundo dados divulgados nesta manhã pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Já são 83 dias desde a última queda no volume de água armazenada.

Até o momento este é o número atualizado pela Sabesp em relação ao Cantareira desde ontem. A companhia ainda não publicou dados referentes ao volume negativo (considerando que o sistema opera apenas com o chamado volume morto) de água, conforme havia sido determinado pela Justiça Federal. A companhia também não divulgou um terceiro padrão de medição, o qual leva em consideração o volume útil acrescido do volume de reserva técnica.

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Em sua página eletrônica, a Sabesp informa que a atualização de tais dados ocorre entre 9h e 10h. Os dados divulgados para esses dois padrões de medição, contudo, ainda são referentes ao dia 24 de abril. Ontem, o nível de água armazenada do Cantareira era de -9,2% e 15,5%, respectivamente.

O único dado divulgado nesta manhã mostra que o nível do Cantareira permaneceu estável em um dia em que não houve chuva no manancial. O conceito no qual o nível de armazenagem permanece em 20,1% leva em consideração a divisão do volume armazenado pelo volume útil, desconsiderando o volume morto incorporado ao sistema desde o ano passado.

A região do Cantareira registrou precipitação acumulada de 44,3 milímetros desde o início do ano, menos da metade da média histórica de 89,8 milímetros para o mês.

Outros mananciais

Assim como o Cantareira, outros três sistemas também apresentaram estabilidade entre ontem e hoje. É o caso dos sistemas Alto Tietê (22,4%), Guarapiranga (82,6%) e Rio Claro (46,7%).

Os sistemas Alto Cotia e Rio Grande, por outro lado, apresentaram retração. O nível de água armazenada no Alto Cotia caiu de 65,9% para 65,7% entre ontem e hoje. No caso do sistema Rio Grande, a queda também foi de 0,2 pontos porcentuais, de 96% para 95,8%. Ambos os sistemas não registram chuva nas últimas 24 horas.

O Sistema Cantareira, que fornece água para cerca de 8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, ficou estável pelo 4º dia seguido. O nível do manancial, divulgado diariamente pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), ficou em -9,2% - é o 82º dia sem registrar queda. Nenhum dos mananciais registrou queda.

A Sabesp passou a publicar o nível do volume negativo (que opera apenas com o chamado volume morto) após determinação da Justiça. A liminar que obriga a companhia a dar esta informação foi concedida em 16 de abril pelo juiz Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª Vara de Fazenda Pública, a partir de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) no dia 10 de abril.

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O nível também é estável se for considerado o conceito antigo de divulgação da Sabesp: 20,1%. Em um terceiro conceito, que leva em conta o volume útil acrescido do volume de reserva técnica, o nível também ficou estável, em 15,5%.

Na prática, tanto a metodologia que deixa o manancial com 20,1% quanto o que mostra 15,5% consideram o mesmo volume de água armazenada. O que muda é a base de comparação. Na primeira, o porcentual é resultado da divisão do volume armazenado pelo volume útil, que desconsidera o volume morto. Na segunda, é comparado ao volume total, que traz a capacidade do Cantareira incluindo os dois volumes mortos.

Outros mananciais

Os Sistemas Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Grande ficaram estáveis, com 22,4%, 82,6% e 96% de seus volumes, respectivamente. Já o Alto Cotia e o Rio Claro registraram aumento, de 65,7% para 65,9% e de 46,5% para 46,7%, respectivamente.

O nível do Sistema Cantareira ficou estável, segundo dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), nesta quinta-feira, 23. É a terceira vez na semana que o reservatório responsável pelo abastecimento de 5,4 milhões de pessoas na Grande São Paulo se mantém estável. A poucos dias do mês acabar, as chuvas em abril de 2015 ainda são inferiores à média história.

A pluviometria acumulada nas represas que formam o manancial chegou a 49,5% da média histórica, chovendo apenas 44 milímetros contra 89,8 milímetros da média. Com os dados atualizados, o Cantareira repete os mesmos números dos dias anteriores, permanecendo 9,2% negativo, considerando o total que o reservatório pode armazenar e os volumes disponíveis nos dois volumes mortos. Uma determinação da Justiça, da semana passada, obriga a Sabesp em divulgar o nível negativo.

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Nos outros mananciais, que atendem a Região Metropolitana de São Paulo, houve aumento de 0,1 ponto porcentual no Sistema Alto Tietê. O reservatório passou de 22,3% para 22,4%. O Guarapiranga, na zona sul da capital e que hoje atende mais clientes da Sabesp do que o Cantareira, o crescimento foi 0,2 ponto porcentual, aumentando o nível para 82,6%.

Pelo 9° dia consecutivo, o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira permaneceu estável nesta segunda-feira, 20. O volume negativo do sistema, que leva em conta o conteúdo do volume morto subtraído do volume armazenado, continuou em 9,3%, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O sistema está há 78 dias sem registrar queda.

A Sabesp passou a publicar na semana passada o nível do volume negativo, após determinação da Justiça. A liminar foi concedida no dia 16 de abril pelo juiz Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª Vara de Fazenda Pública, a partir de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) no dia 10 de abril.

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Se levado em conta o conceito antigo de divulgação da Sabesp, o nível subiu 0,1%, passando para a marca positiva de 20%. Em um terceiro conceito, que leva em conta o volume útil acrescido do volume de reserva técnica, o nível também subiu 0,1%, passando a 15,5%.

Na prática, tanto a metodologia que deixa o manancial com 20% quanto o que mostra 15,5% consideram o mesmo volume de água armazenada. O que muda é a base de comparação. Na primeira, o porcentual é resultado da divisão do volume armazenado pelo volume útil, que desconsidera o volume morto. Na segunda, a água disponível no manancial é comparada ao volume total, que traz a capacidade do Cantareira incluindo os dois volumes mortos.

Na região do Cantareira, choveu 21,2 milímetros nas últimas 24 horas. Nos primeiros 20 dias de abril, a precipitação acumulada é de 37,3 milímetros, abaixo da média histórica de 89,8 milímetros em abril.

Outros mananciais

Quanto aos outros reservatórios monitorados pela Sabesp, o Alto Tietê também subiu 0,1 milímetro, para o nível de 22,3%, entre o domingo e esta segunda-feira.

O Rio Claro, por sua vez, teve queda de 0,2% no volume de água armazenada, passando a 45,1%. O Alto Cotia e o Rio Grande continuam estáveis. O sistema Alto Cotia permanece em 65,2%, e o Rio Grande não saiu de 96,1%.

O nível dos reservatórios do sistema Cantareira continuou estável neste domingo (19). Segundo os dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume negativo de água, que leva em conta o conteúdo do volume morto subtraído do volume armazenado, continuou em 9,3%. Se levado em conta o conceito antigo de divulgação da Sabesp, o nível também ficou estável pelo 77º dia, na marca positiva de 19,9%. Em um terceiro conceito, que leva em conta o volume útil acrescido do volume de reserva técnica, também houve estabilidade, no nível de 15,4%.

Na prática, tanto a metodologia que deixa o manancial com 19,9% quanto o que mostra 15,4% consideram o mesmo volume de água armazenada. O que muda é a base de comparação. Na primeira, o porcentual é resultado da divisão do volume armazenado pelo volume útil, que desconsidera o volume morto. Na segunda, a água disponível no manancial é comparada ao volume total, que traz a capacidade do Cantareira incluindo os dois volumes mortos.

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A Sabesp passou a publicar na semana passada o nível do volume negativo, após determinação da Justiça. A liminar foi concedida no dia 16 de abril pelo juiz Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª Vara de Fazenda Pública, a partir de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) no dia 10 de abril.

Na região do Cantareira, choveu apenas 0,4 milímetro nas últimas 24 horas. Nos primeiros 19 dias de abril, a precipitação acumulada é de 16,1 milímetros, abaixo da média histórica de 89,8 milímetros.

Outros mananciais

Quanto aos outros reservatórios monitorados pela Sabesp, o Alto Tietê também ficou estável, no nível de 22,2%, entre o sábado e o domingo. O Rio Claro, por sua vez, teve aumento de 0,2% no volume de água armazenada, para 45,3%. O Alto Cotia contou com o mesmo ritmo de alta, com o volume passando para 65,2%.

Já os sistemas Guarapiranga e Rio Grande sofreram queda no volume. O Guarapiranga opera com 83,0% da capacidade, 0,2 ponto porcentual a menos que sábado, enquanto o Rio Grande tem 96,1%, também 0,2 ponto porcentual a menos.

A Sabesp vai pedir à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) um aumento total da tarifa de 22,70%, em audiência pública que é realizada nesta quarta-feira, 15 com ambas as partes e entidades civis. Segundo comunicado divulgado hoje ao mercado, a apresentação que será feita em instantes pela Sabesp indicará como proposta da companhia um aumento total da tarifa composto pelo reajuste tarifário pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 8,13%, menos o fator de produtividade de 0,94% e mais o resíduo de 0,57% do ajuste compensatório retroativo, somando 7,80%. A esse porcentual, a Sabesp somou 13,82% referentes a um desequilíbrio de energia e volume faturado de 6,36%, mais 7,02% que se refere ao "período de compensação". Dessa forma, a companhia chegou a um total de 22,70%.

Em sua apresentação, a Sabesp deixa claro que pleiteia somente o referente ao aumento da energia elétrica e à redução do volume faturado. Segundo apresentação da Arsesp feita hoje em audiência pública, a Sabesp projeta um aumento de 47% no custo de energia em 2015 e de 85% em 2016.

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O nível do Sistema Cantareira subiu 0,1 ponto porcentual de ontem para hoje, de acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), apesar de não ter havido chuva. Neste sábado (4), o manancial estava com 19,3% de sua capacidade de reserva.

Pelo novo cálculo da Sabesp, no entanto, o Cantareira se manteve estável em 14,9%. Tanto a antiga metodologia quanto a nova consideram o mesmo volume de água armazenada. O que muda é a base de comparação. Na antiga, a divisão é feita entre o volume armazenado e o útil. Na nova, entre o volume armazenado e volume total, que inclui o volume morto.

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Também não foram registradas chuvas nos outros sistemas, e o único que se manteve estável foi o Alto Cotia, com 64,8%; os demais tiveram queda. O Sistema Guarapiranga recuou 0,2 p.p., para

84,7% da capacidades, enquanto Alto Tietê, Rio Grande e Rio Claro tiveram queda de 0,1 p.p. cada um, para 22,4%, 96,5% e 43%, respectivamente.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai reduzir em mais da metade o investimento em coleta e tratamento de esgoto para destinar mais recursos para as obras de enfrentamento da crise hídrica e tentar evitar o colapso no abastecimento na Grande São Paulo. Afetada financeiramente pela seca, contudo, a estatal prevê queda de 26% no investimento no Estado neste ano, em relação a 2014.

De acordo com o diretor econômico-financeiro da Sabesp, Rui Affonso, "o plano de investimentos da companhia foi ajustado com o objetivo de antecipar os investimentos em água concentrados nos próximos dois anos e aumentar, a curto e médio prazos, a segurança hídrica na região metropolitana". Entre as obras mais importantes estão a que vai levar água da Represa Billings para o Alto Tietê, prevista para julho, e a transposição da Bacia do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira, para 2016.

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Pela primeira vez em anos, a Sabesp vai investir mais em abastecimento, que atinge quase 100% da população, do que em esgoto, dos quais 15% ainda não são coletados e 23% não são tratados. Entre 2015 e 2016, obras relacionadas a água devem concentrar 65% dos investimentos.

Ambientalistas reclamam da medida. "Não dá para ter uma distância tão grande entre universalizar a água e cuidar do esgoto, que transmite doença e degrada nossos mananciais", disse Marussia Whately, do Instituto Socioambiental. "Temos visto muito investimento em água e pouco em esgoto. Essas duas coisas precisam andar juntas."

Só neste ano, a previsão é aplicar R$ 1,5 bilhão, 16% a mais do que o R$ 1,3 bilhão investido em 2014, quando começou a crise no Cantareira. Por outro lado, os recursos para coleta e tratamento de esgoto cairão 55,7%, de R$ 1,9 bilhão, no ano passado, para R$ 843 milhões neste ano. "Os investimentos em esgoto sofrerão redução em seu ritmo, situação que deve ser retomada gradativamente a partir de 2017", afirmou Affonso.

O saldo do replanejamento é uma redução de 26% nos investimentos totais, de R$ 3,2 bilhões, em 2014, para R$ 2,4 bilhões neste ano. Segundo Affonso, o objetivo do ajuste é "preservar a sustentabilidade econômico-financeira" da companhia. A tendência prevista pela empresa é de que a divisão de recursos entre água e esgoto volte ao normal em dois anos.

Até 2019, a estatal planeja investir R$ 13,5 bilhões em todo o setor. O balanço financeiro de 2014, divulgado na semana passada, apontou uma redução de R$ 1 bilhão no lucro da companhia, em comparação com o ano anterior.

Bônus

Balanço parcial de março (entre os dias 1º e 21) divulgado ontem pela Sabesp mostra que a adesão ao programa de bônus chegou a 82% na Grande São Paulo, o que resultou em uma economia de 6,1 mil litros por segundo. Os índices são os maiores já registrados desde o lançamento do plano, que dá descontos de até 30% na conta para quem reduzir o consumo em relação à média anterior à crise hídrica.

Os números mostram, por outro lado, que 18% dos consumidores ainda gastaram mais água no mês passado do que antes da crise. Segundo a Sabesp, 11% foram alvo da sobretaxa de até 50% na conta, instituída em janeiro. Os outros 7% que elevaram o consumo estão isentos da multa porque gastam menos de 10 mil litros de água por mês. De acordo com a companhia, ainda não há um balanço sobre o valor arrecadado com a sobretaxa.

Questionado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, admitiu que uma parcela da economia de água atribuída ao bônus pode ser fruto das manobras operacionais na rede, que provocam cortes no abastecimento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo, 22/03/2015 - Políticas que aumentem o custo da água para estimular a economia do recurso podem gerar injustiças, na opinião do pesquisador Léo Heller, relator especial das Nações Unidas (ONU) sobre água e esgotamento sanitário. Ele diz ser a favor do subsídio cruzado na cobrança da tarifa. "Que os mais ricos paguem mais e os mais pobres paguem menos, uma transferência interna no sistema de cobrança", disse em entrevista à Agência Brasil.

Heller nota que a maioria dos prestadores do serviço de água no Brasil pressupõe que a população mais pobre gasta menos água. Entretanto, nessa camada as famílias são mais numerosas, têm menos equipamentos domiciliares economizadores de água, e de outro lado a cobrança das empresas, que são grandes consumidores, têm descontos. No caso do modelo tarifário da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), por exemplo, há os Contratos de Demanda Firme, para fidelizar grandes consumidores, como shoppings, hotéis e indústrias, por meio de descontos. Ou seja, quem consome mais, paga menos.

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Por esse modelo, de acordo com a tabela tarifária, quem consome de 500 a 1.000 m3 por mês paga R$ 11,67 por metro cúbico. Acima de 40 mil m3, o valor é R$ 7,72. Para clientes comuns, a tarifa industrial e comercial para a maior faixa de consumo (acima de 50 mil m3) é R$ 13,97, sendo maior que nos dois casos anteriores.

Na última sexta-feira (20), a organização não governamental Greenpeace lançou uma campanha contra os descontos da Sabesp a grandes empresas. (AE)

São Paulo, 22/03/2015 - O nível do Sistema Cantareira, que abastece mais de cinco milhões de pessoas em São Paulo, registrou a 16ª alta consecutiva neste domingo, conforme dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O reservatório subiu 0,3 ponto porcentual em relação a sábado, alcançando 16,6%.

Mesmo conforme o novo cálculo adotado pela Sabesp, de divisão do volume armazenado sobre o total (o outro índice é sobre o volume útil), o Cantareira subiu, para 12,9% de sua capacidade, 0,2 ponto porcentual a mais do que ontem.

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Os outros cinco mananciais responsáveis pelo fornecimento hídrico em São Paulo também estão com níveis maiores. O Alto Tietê foi de 22,5% para 22,7%; o Guarapiranga passou de 81,5% para 83%; o Sistema Alto Cotia passou de 61,5% para 62,2%. Rio Grande teve leva alta, de 98% para 98,1% e o Rio Claro cresceu de 41,1% para 41,3%. (Luana Pavani - luana.pavani@estadao.com)

O presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman, afirmou que o rodízio na região metropolitana da capital paulista é "pouco provável" e descartou a Parceria Público-Privada (PPP) para dessalinização de água do mar, que vinha sendo estudada pela Sabesp e pelo governo do Estado. Kelman acompanhou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na inauguração de um parque construído pela Sabesp na zona leste da capital.

"O rodízio é pouco provável", afirmou Kelman, ao ser questionado sobre a recuperação dos níveis dos principais mananciais que abastecem a região metropolitana, evitando entrar em maiores detalhes.

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Em relação às PPPs que vêm sendo estudadas pela Sabesp para auxiliar no combate da crise hídrica, o executivo descartou o projeto de construção de uma usina de dessalinização de água do mar como alternativa, mas afirmou que a PPP para redução de perdas na rede da Sabesp continua sendo trabalhada. "A dessalinização é uma solução que pode ser boa em cidades litorâneas. Hoje, nosso problema de água é na região metropolitana de São Paulo, que fica a 700 metros de altitude e, portanto, tem outras alternativas economicamente mais atraentes do que dessalinização", afirmou.

Segundo Kelman, a Sabesp já trabalha com cerca de dez empresas para realizar reformas na rede, e quer ampliar essa parceria, considerada bem-sucedida, atraindo, possivelmente, companhias internacionais. "Nós temos boas empresas e estamos discutindo como ampliar essa experiência. Temos cerca de dez trabalhando conosco e estamos conversando com outras, inclusive de atuação internacional", disse, ressaltando, porém, que ainda não há licitação prevista.

O modelo de PPP que a Sabesp estuda prevê que a remuneração da empresa que atuar nas redes será associado ao sucesso da iniciativa, ou seja, à efetiva redução das perdas. "Vamos pagar pelo resultado, e não pelo processo", explicou Kelman. Atualmente, a Sabesp perde cerca de 19% de sua água tratada nas redes da região metropolitana.

Kelman e Alckmin participaram da inauguração do Parque Sabesp Cangaíba, com mais de 12 mil metros quadrados de área. "A Sabesp é exemplo de uma empresa extremamente capacitada. Aqui foi investido praticamente R$ 5 milhões", disse Alckmin.

Alckmin destacou PPPs já em funcionamento para combater a crise hídrica, como o novo Sistema São Lourenço, que busca água a 83 quilômetros de distância. A previsão é de que, em 2017, a região metropolitana receba mais 6,4 metros cúbicos de água tratada por segundo desse sistema. "E estamos terminando a licitação para a interligação da Bacia do Paraíba do Sul com a Bacia do Cantareira", afirmou o governador.

Ontem, Alckmin disse que o Estado do Rio de Janeiro tira água do Rio Paraíba do Sul para diluir esgoto, referindo-se à interligação das Represas Atibainha, uma das quatro do Sistema Cantareira, e Jaguari, que faz parte da Bacia do Rio Paraíba do Sul. No ano passado, São Paulo e Rio discutiram sobre a transposição, antes de chegarem a um acordo.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou nesta quarta-feira que firmou acordo com o governo do Estado e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) para o recebimento de uma dívida cujo valor atual é de R$ 1,012 bilhão. A dívida se refere a benefícios de complementação de aposentadorias e pensões pagos pela companhia e não reembolsados pelo Estado.

Conforme o fato relevante, em 2008, os reservatórios de Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paraitinga e Ponte Nova haviam sido dados como pagamento provisório de parte do valor total da dívida. Entretanto, até o momento não foi possível realizar a transferência dos reservatórios em função de ação judicial não transitada em julgado (com decisão ainda não definitiva). Esta ação contesta a possibilidade de transferência dos reservatórios. Desta forma, foi acertada a substituição dos reservatórios pelo pagamento parcelado da dívida.

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Do valor atual do acordo, R$ 696,283 milhões se referem ao valor principal e R$ 316,026 milhões à correção monetária do principal até fevereiro de 2015. O valor principal será pago em 180 parcelas, sendo que as 24 primeiras serão quitadas mediante a transferência imediata de 2,221 milhões de ações preferenciais da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), no valor total de R$ 87,174 milhões, com base no preço de fechamento das ações ontem (17).

O saldo de R$ 609,109 milhões será atualizado pelo IPCA até a data do início dos pagamentos e pago em dinheiro, por meio das demais 156 parcelas mensais, iniciando-se em 5 de abril de 2017. A partir do início do pagamento, as parcelas serão atualizadas pelo IPCA mais juros simples de 0,5% ao mês.

O acordo prevê que, caso haja possibilidade da transferência dos reservatórios, a Sabesp reembolsará ao Estado os valores pagos em substituição a esses ativos (valor principal) por meio de 60 parcelas mensais atualizadas pelo IPCA até a data do pagamento de cada parcela. Porém, se a transferência dos reservatórios não for efetivada, o Estado pagará à Sabesp, em adição ao valor principal, o crédito de correção monetária parcelado em 60 vezes, iniciando-se esses pagamentos ao final do parcelamento do valor principal.

A renovação da outorga para utilização da água do sistema Cantareira pode ficar para 2016, afirmou nesta quarta-feira o diretor presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu. Para Andreu, o maior desafio será não a disputa entre o interior e a capital - o Cantareira é o represamento dos rios da bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) para abastecimento das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas -, mas a definição das regras de operação.

"O grande desafio é a construção de novos procedimentos acordados que entendam melhor a dinâmica que foi imposta pela crise", disse o diretor-presidente da ANA, que participou de um fórum sobre sustentabilidade hídrica na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "O importante é abrir o processo, porque os modelos anteriores estão mostrando seus limites."

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Os dados hidrológicos de 2014 e janeiro de 2015 (os piores da série histórica, iniciada em 1930) terão de ser incorporados à discussão e podem levar a uma revisão nos limites de retirada de água do sistema. Além disso, apesar de as chuvas terem aumentado em fevereiro e março, não se sabe qual será o comportamento hidrológico durante o restante do ano - e a ocorrência de novas mínimas históricas poderão mudar os parâmetros para a segurança do sistema. "Podemos chegar a outubro sem uma situação (definida). Só o cenário de 2014 não é suficiente, a não ser que (a chuva) volte ao normal", afirma o diretor-presidente. "Mas temos que lembrar que 2015 teve o pior janeiro da série histórica. A menos que volte a chover e a gente tome 2014 como o pior ano."

A autorização de exploração do sistema foi dada em 2004 pela ANA, órgão federal, e pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), estadual, para a Sabesp. Ela valia por dez anos e venceu em meados do ano passado, durante o auge da crise hídrica e de abastecimento em São Paulo, mas foi prorrogada por um ano. "Se, ao chegarmos próximo do final (do processo), em outubro, nós verificarmos que não estamos suficientemente seguros das novas regras, evidente que é possível definir novos prazos", afirmou Andreu, fazendo uma ressalva. "Mas penso que não é prudente já partir da premissa que devemos adiar por mais um ano a renovação."

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