Tópicos | Sangue Azul

Fernando de Noronha foi o local escolhido pelo diretor pernambucano Lírio Ferreira para ser palco de uma história sobre paixão e um amor impossível de se realizar. Sangue Azul, premiado como melhor filme no Festival do Rio, estreia em circuito nacional nesta quinta (4). No Recife, o longa está em cartaz no UCI Kinoplex Recife e no Cinema da Fundação. 

Sangue Azul mistura as magias do circo e da Ilha com o fascínio e os conflitos de uma paixão incestuosa. Zolah, vivido por Daniel de Oliveira, retorna ao seu lugar de origem com o circo Netuno, onde é o homem bala. Ele reencontra a irmã Raquel, interpretada pela atriz Caroline Abras, e os dois revivem sentimentos proibidos envoltos por memórias do passado e pelas paisagens paradisíacas de Noronha. 

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No elenco ainda estão Milhem Cortaz, que no circo é o homem mais forte da Terra e é gay; Paulo Cesar Pereio, que aparece como uma enigmática figura paterna de Zolah, Matheus Nachtergaele como o atirador de facas e ainda uma participação da cantora Lia de Itamaracá.

Serviço

Estreia Sangue Azul

Quinta (4) | 20h30

Cinema da Fundação (R. Henrique Dias, 609 - Derby)

R$ 10 e R$ 5

(81) 3073 6689

 

Quinta (4) | 14h25 e 19h15

UCI Kinoplex Recife - Shopping Recife (Av. Padre Carapuceiro, 777 - Boa Viagem) 

R$ 23 e R$ 11,50

(81) 3207 0000

Começou nesta quinta (5) o festival de cinema Berlinale, em Berlim, Alemanha. Cinco longas brasileiros foram selecionados para compor a programação do festival, Sangue Azul, Ausência, Que horas ela volta?, Beira Mar e Brasil S/A.  

Os filmes Sangue Azul, de Lírio Ferreira, Ausência, de Chico Teixeira e Que horas ela volta?, de Anna Muylaert, serão exibidos na mostra Panoramadedicada aos chamados "filmes de autor". Já Brasil S/A, de Marcelo Pedroso e Beira Mar, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, estarão na seção Fórum, dedicada a obras de experimentação.

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O presidente do Programa Cinema do Brasil - que realiza ações para ampliar a visibilidade do cinema nacional - André Sturm, comemorou a participação brasileira no festival. Para ele, a seleção dos longas é um reflexo da maturidade e qualidade da produção cinematográfica brasileira. 

O Festival Janela Internacional de Cinema acabou neste domingo (2), no Cinema São Luiz, com a exibição do longa Sangue Azul, de Lírio Ferreira. O longa levou o prêmio de melhor filme no último Festival do Rio. Foram 10 dias de programação, com longas metragens, curtas, clássicos do cinema, oficinas e atividades especiais. Em 2014 o evento teve público recorde, com cerca de 18 mil participantes. "Eu sinto que o Janela se torna mais forte a cada ano. Dá pra sentir um clima de empolgação maior", comentou Kleber Mendonça Filho, criador do festival.

Um dos convidados desta edição foi o fotógrafo brasileiro Affonso Beato, que ministrou uma oficina e também uma master class. Conceituado internacionalmente, Beato já colaborou com Glauber Rocha e Pedro Almodóvar. "O cinema de Pernambuco é excepcional.", afirmou o realizador. Ainda segundo o fotógrafo, o mais importante de tudo é a promoção de encontros que o festival proporciona. "Um movimento não nasce apenas da produção de filmes, mas de encontros. O cinema novo nasceu assim, de mostras, encontros, cafezinhos e chopps. O cinema é uma arte coletiva", declarou.

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Sangue Azul, filme que fechou a programação do Janela, traz a história de homem canhão Zolah, que volta a sua ilha natal depois de muitos anos e encontra um antigo amor e problemas familiares relegados ao passado. O filme foi gravado em Fernando de Noronha e as belezas da ilha sobressaem na tela, como a água pura e o som da vida natural do local. "Essa é a primeira exibição do filme em Pernambuco e fico feliz que aconteça num evento que sempre quis participar", comentou o cineasta, na frente de um São Luiz lotado. 

Além de cineastas, o festival também recebeu um público interessado por novas experiências cinematográficas. Juliana Gleymi, estudante de Direito, veio quase todos os dias ao Janela, que frequenta desde 2013. "Eu gosto do clima de festival e do acesso a filmes que são difíceis de ficarem em cartaz aqui ou filmes pernambucanos recentes", afirmou a estudante. Entre os filmes que destaca nesta edição do evento, ficam História da Eternidade (Camilo Cavalcanti), Permanência (Leonardo Lacca) e Sem Coração (Nara Normande e Tião).

Já para o estudante de cinema Lucas Patrese, a oportunidade de conferir filmes na tela grande foi o diferencial. "Ver o filme em um cinema como o São Luiz toca de uma maneira diferente", declarou. Para o estudante, o principal momento desta edição foi a exibição de 'Paris, Texas' (Win Winders).

O Festival do Rio, evento de cinema que acontece durante 15 dias na capital fluminense, chegou ao fim na última quarta (12) anunciando seus vencedores. O longa pernambucano Sangue Azul, de Lírio Ferreira, foi o principal vencedor da noite, levando o prêmio de melhor longa de ficção na votação do júri profissional, melhor diretor de ficção e melhor ator coadjuvante (Rômulo Braga). Bianca Joy Porte, que atuou no filme Prometo um dia deixar essa cidade, conquistou o prêmio de melhor atriz.

Sangue Azul também está na programação da Mostra São Paulo, que começa no dia 15 de outubro e encerra a programação do Festival Janela Internacional de Cinema.

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Confira a lista dos vencedores abaixo:

Melhor longa de ficção: Sangue azul, de Lírio Ferreira

Melhor longa de documentário: À queima roupa, de Theresa Jessouroun

Melhor curta: Barqueiro, de José Menezes e Lucas Justiniano

Melhor diretor de ficção: Lírio Ferreira, por Sangue azul

Melhor diretor de documentário: Theresa Jessouroun, por À queima roupa

Melhor atriz: Bianca Joy Porte, por Prometo um dia deixar essa cidade

Melhor ator: Matheus Fagundes, por Ausência

Melhor atriz coadjuvante: Fernanda Rocha, por O último cine drive-in

Melhor ator coadjuvante: Rômulo Braga, por Sangue azul

Melhor fotografia: André Brandão, por Obra

Melhor montagem: Luisa Marques, por A vida privada dos hipopótamos

Melhor roteiro: Murilo Salles, por O fim e os meios

Prêmio especial do júri: Ausência, de Chico Teixeira

Prêmio pelo conjunto da obra: Othon Bastos

O festival Janela Internacional de Cinema do Recife anunciou nesta segunda-feira (6) as sessões especiais de abertura e encerramento do evento, que acontece no Cinema São Luiz, localizado no centro do Recife. Os três filmes são produções recentes feitas em Pernambuco e representam o ótimo momento da sétima arte produzido na região.

Sem Coração, curta de Nara Normande e Tião, abre a programação do festival. O filme foi vencedor do Prix illy du court métrage na Quinzena dos Realizadores, estreando em maio passado como único representante do Brasil no Festival de Cannes. Premiado também como Melhor Filme, Direção e Montagem no último Festival de Brasília. 

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O filme de abertura é Brasil S/A, de Marcelo Pedroso. Esse é o terceiro longa-metragem do pernambucano, que recebeu cinco prêmios no Festival de Brasília: melhor direção, roteiro, montagem, som e trilha sonora. O encerramento do festival fica a cargo de Sangue Azul, filme de Lírio Ferreira rodado inteiramente em Fernando de Noronha e ganhador dos troféus de melhor fotografia e figurino no último Festival de Paulínia.

Curso

O evento também divulgou um workshop de fotografia de cinema em parceria com o Porto Mídia ministrado pelo brasileiro Affonso Beato. Batizado de Cinematografia como Design, o evento será realizado entre os dias 27 e 30 de outubro das 9h às 13h no Portomídia. 

O convidado é o cineasta Affonso Beato, com mais de cinquenta anos de carreira e filmes icônicos no currículo, entre eles três de Almodóvar: A Flor do Meu Segredo, Carne Trêmula e Tudo Sobre Minha Mãe. No Brasil há também uma parceria com Glauber Rocha em O Dragão da Maldade contra o Santo GuerreiroBeato já fotografou mais de 50 longas, 60 curtas e 300 comerciais.

As inscrições para o evento pode ser feitas preenchendo este formulário até o dia 14 de outubro. A seleção será feita com análise de currículo. O curso, que custa R$ 100, aborda temas como luz, cor, visão humana, sistema fotoquímico (filme), sistema fotoeletrônico (digital), comparação filme x digital, o digital intermediate e produtos finais. Além disso, no dia 31 de outubro, Beato realiza uma masterclass gratuita no Cinema da Fundação. 

O festival Janela Internacional de Cinema do Recife acontece nos dias 24 de outubro a 2 de novembro, nos cinemas São Luiz e da Fundação. O evento já anunciou sua lista de clássicos e também de curtas

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A organização da 38ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo divulgou a programação completa do evento, que acontece entre os dias 15 e 29 de outubro na capital paulista. Duas semanas exibindo mais de 300 filmes e diversos curtas de todo o mundo em mais de 29 espaços pela cidade.

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O grande homenageado da edição é o cinema espanhol. Na programação, uma retrospectiva de Pedro Almodóvar (que criou a arte do cartaz), exposição de Luis Buñel e a apresentação da filmografia de Victor Erice.

Como todo grande evento de cinema, homenagens e convidados internacionais têm lugar na 38ª edição. O diretor, produtor e distribuidor Marin Karmitz, da francesa MK2, ganha retrospectiva com 30 títulos e recebe o Prêmio Humanidade.

Já o brasileiro Walter Salles estreia mundialmente o filme Jia Zhangke, Um Homem de Fenyang documentário sobre o diretor chinês.  Entre os convidados especiais desta edição, Laurent Cantet, Mania Akbari, Guillermo Arriaga, Marianne Slot, Marin Karmitz, Walter Salles, Jia Zhangke, Jean-Michel Frodon, Luis Miñarro, Mariana Rondon, Geraldine Chaplin, Luís Urbano e Fernando Castets. 

A Mostra se compõe de cinco seções: Competição Novos Diretores, Júri Internacional, Perspectiva Internacional, Apresentações Especiais e Mostra Brasil. A abertura do evento será dia 15 no Auditória Ibirapuera com a exibição do filme argentino Relatos Selvagens, do diretor Damián Szifrón. O filme concorreu À Palma de Ouro e bateu todos os recordes do cinema argentino em sua primeira semana em cartaz.

Pernambuco

O cinema pernambucano marca presença no evento. Entre os longas presentes, A Luneta do Tempo de Alçeu Valença; Sangue Azul de Lírio Ferreira, A História da Eternidade de Camilo Cavalcanti, Prometo um Dia Deixar essa Cidade de Daniel Aragão e Ventos de Agosto de Gabriel Mascaro.

A História da Eternidade conta a vida de um pequeno vilarejo no Sertão, onde três histórias de amor e desejo revolucionam a paisagem afetiva de seus moradores. Esse é o primeiro longa de ficção do diretor pernambucano Camilo Cavalcante  e ganhou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Irandhir Santos); Melhor Atriz (Marcélia Cartaxo, Zezita Matos e Debora Ingrid) e Júri ABRACINE – Associação Brasileira de Críticos de Cinema no 6º Paulínia Film Festival.

Sangue Azul, filme com roteiro de Lírio Ferreira, traz um elenco atores conhecidos no cinema nacional: Daniel de Oliveira, Matheus Nachtergaele e ainda a participação de Ruy Guerra e Paulo César Pereio. O filme foi gravado na Ilha de Fernando de Noronha e retrata a vida de Zolah, um artista circense perdido em seu passado e que não consegue amar plenamente. "Sangue Azul faz um paralelo entre o cinema e o circo para falar de mar, arte e amor" diz o comunicado oficial do filme. 

Confira a programação completa no site oficial do evento.

Um circo que chega à ilha de Fernando Noronha é o cenário do novo filme de Lírio Ferreira, Sangue Azul, que tem como protagonista um homem-bala. Pernambucano radicado no Rio de Janeiro, Lírio faz parte da geração de cineastas pernambucanos surgida na década de 1990, já tendo assinado produções como Baile Perfumado (1997), Árido Movie (2005), Cartola - Música para os olhos (2007) e O homem que engarrafava nuvens (2009).

Em Sangue Azul, que terá locações na própria ilha onde se passa a história, o diretor também assina o roteiro, que narra o retorno de Zolah e o circo a Fernando de Noronha depois de 20 anos. Temerosa de que uma atração proibida se desenvolvesse entre os filhos, a mãe de Zolah entregou o filho ainda pequeno para Kaleb.

Para Lírio, a escolha pelo universo circense se deve ao desaparecimento dessa arte, embora haja resistência. "Existem determinadas maneiras de se fazer cinema que também andam ameaçadas de extinção. Talvez falar de circo seja um meio metafórico de falar desse cinema com os dias contados", diz o cineasta.

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