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O bar The Willows, na cidade californiana de São Francisco, proibiu seus frequentadores de usarem o Google Glass por temer que o dispositivo seja usado para gravar seus clientes. Trista Bernasconi, coproprietária do Willows, disse à emissora KCBS que não quer ver seus clientes preocupados com essa possibilidade.

O bar situa-se em um bairro altamente tecnológico da cidade. Na porta, os frequentadores são orientados a tirar o Google Glass antes de entrar. A decisão ocorre depois de uma mulher ter dado queixa na polícia após uma discussão em outro bar iniciada porque outros clientes acharam que ela estivesse usando seu Google Glass para filmar o local.

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O Google Glass não se encontra à venda, mas a Google distribuiu alguns dispositivos para a realização de testes e o desenvolvimento de aplicativos. Entre outras funções, o Google Glass é capaz de gravar o que estiver em seu campo de visão. Fonte: Associated Press.

O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, afirmou, nesta terça-feira (10), à Comissão Especial do Senado criada para acompanhar a transposição do Rio São Francisco, que o Governo Federal “rompeu a marca dos 50% das obras concluídas”.

No mês que vem, segundo o ministro, deve ser licitado, por meio de Regime Diferenciado de Contratação Integrada, o ramal que chega ao Agreste pernambucano, estendendo o canteiro de obras à região.

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No estágio atual, o projeto possui 51,3% dos trabalhos finalizados, com a probabilidade de, já em 2014, ter 100 quilômetros de água rolando pelo Eixo Norte e pelo Eixo Leste. “O cronograma definido tem condições de ser plenamente cumprido”, avaliou o senador Humberto Costa (PT), relator da Comissão, que anunciou a prorrogação do acompanhamento do projeto pelos senadores até o fim do ano que vem.

A obra, que vai levar água do São Francisco a cerca de 12 milhões de pessoas de 390 municípios nordestinos, vai contar com um sistema de mais de 550 quilômetros pelos interiores de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

Orçada em R$ 8,2 bilhões, a transposição emprega atualmente quase oito mil trabalhadores e é considerada uma das maiores obras hídricas do mundo.

A região portuária da cidade de São Francisco está fervendo em burburinhos.  É que uma balsa da Google está atracada em uma antiga base militar e nada se sabe sobre o que a empresa planeja com a construção. A estrutura possui quatro andares e é feita de containers brancos. No topo do prédio, tudo que se vê são objetos brancos que lembram antenas. As fotos da embarcação misteriosa podem ser conferidas nesta página.

A Google tem mantido o sigilo sobre a construção e nem ao menos quis confirmar se a balsa se trata de algum projeto secreto. Para garantir o segredo, existem grades com correntes ao redor da plataforma e guarnições fazem rondas circundando o píer e os prédios do entorno da ilha.

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Os rumores da internet apontam que o local funcionará como um possível data center flutuante. Já a TV KPIX, supõe que será uma loja do Google Glass, quando os óculos inteligentes começarem a ser vendidos ao público em geral.

Em entrevista a Reuters, o diretor executivo da Comissão de Conservação e Desenvolvimento da Baía de São Francisco, Larry Goldzband, afirmou que sua agência se encontrou diversas vezes com a Google sobre a balsa nos últimos meses, mas nada se sabe sobre o que ela contém ou o que será. 

 

 

As obras de transposição do Rio São Francisco estão em pleno andamento, com mais de 6,5 mil trabalhadores nos canteiros e mais de 1,8 mil equipamentos em atividade. Esse balanço foi apresentado nesta terça-feira, 22, pela presidente Dilma Rousseff na coluna semanal Conversa com a Presidenta, publicada em cerca de 200 jornais do Brasil.

De acordo com Dilma, em quatro trechos do empreendimento, as construtoras trabalham 24 horas por dia: São José de Piranhas (PB), Salgueiro, Cabrobó (PE) e Jati (CE). "A obra será concluída em 2015, mas já em 2014 teremos os primeiros cem quilômetros concluídos em cada eixo do empreendimento, o Norte e o Leste", afirmou.

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Ela argumentou que as obras do São Francisco nunca foram interrompidas e que sempre contaram com mais de 3 mil trabalhadores nos canteiros. "Mesmo quando houve paralisação em algum trecho, nos outros os trabalhos continuaram", defendeu. Segundo Dilma, nos trechos com dificuldades, contratos foram renegociados, empresas foram trocadas e o ritmo das obras se intensificou. A presidente afirmou que dez novas ordens de serviço foram emitidas nos últimos meses para a expansão da obra nos dois canais e que foram contratados mais 2 mil trabalhadores.

As águas do São Francisco serão levadas numa extensão de 470 quilômetros e beneficiarão 325 comunidades que residem a uma distância de até cinco quilômetros de cada margem dos canais, afirmou. "A cada um real investido no São Francisco, outros três reais são aplicados em outras barragens, adutoras e canais, que já estão transformando o Semiárido brasileiro", destacou. Conforme Dilma, pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os investimentos mais que triplicaram, passando de R$ 7,2 bilhões, no PAC 1, para R$ 28 bilhões, no 2.

A presidente ressaltou que a participação da engenharia do Exército tem sido importante no projeto do São Francisco, num trabalho complementar ao das construtoras privadas. "Os canais de aproximação dos Eixos Norte e Leste foram concluídos pelos militares. O Exército está construindo ainda estradas de acesso às estações de bombeamento e cuidando de obras em outras áreas, como estradas e aeroportos", afirmou.

Na análise de Dilma, a parceria entre o setor público e o privado, com o auxílio do Exército, "é boa para a infraestrutura do País". A presidente argumentou que, sob essa fórmula, ao mesmo tempo em que são executadas soluções para gargalos estruturais, a equipe técnica militar é mantida sempre mobilizada e em contato com as mais modernas tecnologias construtivas.

Máquinas

Dilma também falou, na coluna desta terça-feira, sobre a distribuição de máquinas às pequenas cidades. "Estamos doando, para todos os municípios com até 50 mil habitantes, e aos que estão em situação de emergência por causa da seca, um kit de máquinas contendo uma retroescavadeira, uma motoniveladora e um caminhão-caçamba", citou. Esse tema já tinha sido abordado nesta segunda-feira, 21, pela presidente no programa semanal de rádio Café com a Presidenta. De acordo com Dilma, serão beneficiados 5.061 municípios e já foram distribuídos 7.689 equipamentos.

Cerca de seis mil trabalhadores envolvidos no Projeto de Integração do Rio São Francisco recebem capacitação sobre a conscientização ambiental e sustentabilidade. Restos de construção, equipamentos sem uso, materiais recicláveis e até resíduos de difícil tratamento também tem sido reaproveitados nos canteiros das obras.

Em São José de Piranhas, na Paraíba, uma trituradora transforma restos dos produtos em material para pavimentação de vias e revestimento de outras estruturas, como os canais. No mesmo local, uma central de triagem recebe objetos recicláveis e acondiciona resíduos como pilhas, lâmpadas e demais produtos que não podem ser reciclados.

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De acordo com o Ministério da Integração Nacional, a utilização de restos de construção reduz custos na compra de produtos e na contratação de empresas para o descarte do lixo. Quase R$ 1 bilhão, de um total de R$ 8,2 bilhões do orçamento do empreendimento, é direcionado para programas ambientais. 

Atualmente, 38 programas básicos são desenvolvidos na área, que visam à minimização, compensação e controle dos impactos ambientais provocados pela implantação e operação do Projeto.

Com informações da assessoria

Entre os dias 3 e 4 de agosto será realizado o primeiro grande evento destinado ao público LGBT, a convenção Gaymer X, em São Francisco, nos Estados Unidos. A programação completa do evento está disponível no site oficial do GaymerX. Electronic Arts, BioWare e Xbox estão entre as marcas que já confirmaram presença na convenção.

"Assim com a maior parte dos gamers, os geeks gays e os gaymers também querem sentir como uma comunidade", disseram os fundadores do projeto Matt Conn e Kayce Brown na página do evento no Kickstarter. "Logo, queremos criar um espaço onde os todos os jogadores e geeks gays possam se unir, em um local amistoso e seguro."

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Inicialmente o evento se chamava GaymerCon, em agosto de 2012, o projeto pedia 25 mil dólares para realizar uma feira de games aberta a todos os gamers, mas centrada em questões da comunidade LGBT. Depois do sucesso, a convenção arrecadou quase quatro vezes o que pediu (91 mil dólares), com mais de 1,5 mil apoiadores.

O presidente da companhia aérea Asiana Airlines, Yoon Young-doo, rebateu as acusações de que o piloto do avião da empresa que caiu em San Francisco não tinha experiência no controle de Boeings 777.

"Nós só enviamos pilotos com experiência prévia de aterrissagem em San Francisco", afirmou o presidente, acrescentando que não acha que a experiência do piloto Lee Kang-guk com 777s seja um problema. "Nós também preparamos nossos pilotos com simuladores."

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Duas adolescentes chinesas foram mortas e 182 pessoas ficaram feridas no acidente ocorrido no sábado, quando um voo da Asiana, vindo de Seul, perdeu a cauda e o trem de pouso ao bater contra um muro e em seguida caiu na pista.

Um porta-voz do Ministério dos Transportes sul-coreano disse que Lee, o piloto do voo, estava no controle da aeronave nas cinco horas antes da aterrissagem. Ele tem 43 horas de experiência com 777s, quase o equivalente a três ou quatro voos pelo oceano Pacífico. A companhia aérea informou que essas 43 horas foram concluídas fora de um simulador.

O governo sul-coreano, em linha com os padrões globais, exige 20 decolagens e aterrissagens, reais e não em simuladores, antes que um piloto possa voar sem um supervisor ou instrutor. A alternativa é o piloto ter 60 horas de voo, com 10 decolagens e aterrissagens.

Lee fazia seu primeiro pouso com um 777 em São Francisco e a nona com o modelo do avião. Anteriormente, ele já havia pousado um 777 em Narita, no aeroporto de Heathrow, em Londres, e em Los Angeles. Entre 1999 e 2004, Lee, que nasceu em 1967, pousou outros modelos de aeronaves no mesmo aeroporto de San Francisco.

Embora o clima na Coreia do Sul seja de tristeza, por causa do acidente, a mídia do país tem concentrado as atenções em como a tripulação e os passageiros reagiram rapidamente, limitando a quantidade de mortos e feridos.

O principal jornal sul-coreano, Chosun Ilbo, trouxe em sua manchete a frase "Os 10 minutos milagrosos", uma referência ao tempo que levou para que todos fossem retirados do avião antes de ele pegar fogo.

Nesta segunda-feira, a Asiana pretendia enviar quatro sul-coreanos e 19 chineses para San Francisco para que pudessem se encontrar com amigos e parentes que estavam no voo 214. A companhia aérea prometeu mais assistência às pessoas afetadas pelo acidente.

"Obviamente, a atmosfera dentro da companhia não é boa. Estamos fazendo o que podemos para fornecer um serviço de qualidade durante esse período complicado", disse uma porta-voz da Asiana. Fonte: Dow Jones Newswires.

As duas vítimas fatais do acidente do Boieng 777, da empresa aérea sul-coreana Asiana Airlines, neste sábado, no Aeroporto Internacional de São Francisco, nos Estados Unidos, eram estudantes chinesas, segundo informações da imprensa da China.

Ye Mengyuan e Wang Linjia, da Jiangshan Middle School, na China Oriental, morreram no acidente, de acordo com emissora estatal China Central Television, que citou um fax enviado pela companhia aérea para o governo da cidade de Jiangshan. Ambas tinham 16 anos.

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Dos 291 passageiros a bordo, 141 eram chineses. Ao menos 70 eram estudantes e professores, que iriam participar de acampamentos de verão, segundo as autoridades da China.

O avião bateu e pegou fogo ao pousar no aeroporto, no sábado, forçando muitos a escaparem pelas saídas de emergência quando as chamas começaram a tomar conta do avião. Informações oficiais revelam que 182 pessoas estão em hospitais locais. Fonte: Associated Press.

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Já pensou em utilizar um serviço de carona por meio de um aplicativo, alternativo aos táxis? Esta é a proposta da Lyft, em São Francisco, no Estados Unidos. Para fazer parte da rede, o usuário baixa um aplicativo pelo smartphone, se cadastra e, ao informar sua localização, recebe uma mensagem do caronista mais próximo.

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Os veículos que aderiram ao sistema do Lyft são identificados com um bigode na frente do carro e os serviços são pagos pelo próprio celular. Confira na reportagem da AFP mais detalhes sobre como funciona o sistema de caronas pagas do Lyft.

O senador Humberto Costa (PT-PE) usou nesta terça-feira (23), a tribuna do senado para relatar a visita que fez às obras de transposição do rio São Francisco e admitiu que a obra enfrentou dificuldades, como a falta de conhecimento da composição do terreno e a desistência de empresas vencedoras de licitação.

Na ocasião ele defende que o governo vem superando essas dificuldades de forma ágil e acrescentou que, em junho, todas as partes da obra estarão retomadas e, no ano de 2015, todo o projeto deve ficar pronto. A vistoria da ultima sexta-feira (19) ocorreu no eixo Leste da obra, nas cidades de Floresta e Sertânia, em Pernambuco, e Monteiro, na Paraíba.

O petista também contou que a vistoria foi uma oportunidade de constatar o andamento das obras e de entender melhor a dimensão, a complexidade e as dificuldades do projeto. “Estamos confiantes de que em breve vamos transformar a realidade do Nordeste brasileiro”, disse o senador.

Além de Humberto, também participaram da viagem os senadores Vital do Rêgo (PMDB-PB), Cícero Lucena (PSDB-PB) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Essa foi a segunda inspeção que os senadores fizeram à obra. A primeira ocorreu nos dias 7 e 8 de março, no eixo Norte da Transposição.

A previsão é de que em setembro do ano que vem sejam entregues 100 km de canal com água, atendendo boa parte da população nordestina. A obra de transposição decorreu de uma decisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pode beneficiar 12 milhões de nordestinos em quase 400 municípios.

Uma comitiva formada pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), a Comissão Externa do Senado, técnicos do ministério e de órgãos de controle visitarão nesta sexta-feira (19), as obras do Projeto de Integração do São Francisco. Na programação serão visitados os municípios de Floresta e Sertânia, em Pernambuco e Monteiro na Paraíba.

Na viagem os senadores poderão ver de perto etapas já concluídas das obras e em andamento. Entre elas os canais concretados, aquedutos e a estação de bombeamento do Eixo Leste. O roteiro iniciará no município de Floresta, às 10h, com visita ao canal de aproximação e à estação de bombeamento 1. As obras deste trecho, executadas pelo Exército Brasileiro, estão em fase final, com 99% de execução. Em seguida, o grupo vai sobrevoar os lotes 9, ainda em Floresta, e 10 e 11, em Custódia (PE).

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Por volta do meio-dia à comitiva visitará os canteiros do lote 12 em Sertânia e uma exposição fotográfica do Programa de Arqueologia, uma das iniciativas ambientais do projeto. Neste local, o ministro Fernando Bezerra Coelho apresentará um balanço das obras do Projeto São Francisco. A agenda será finalizada em Monteiro, na Paraíba, por volta das 15h, com uma Audiência Pública sobre o Projeto São Francisco, na Câmara Municipal.

Segundo o Ministério de Integração Nacional até o momento sete parlamentares confirmaram presença, são eles: Vital do Rêgo (PMDB/PB), Humberto Costa (PT/PE), Cícero Lucena (PSDB/PB), Inácio Arruda (PCdoB/CE), Cássio Cunha Lima (PSDB/PB), Benedito de Lira (PP/AL) e Ciro Nogueira (PP/PI). 

Projeto de Integração do São Francisco - Atualmente a obra emprega cerca de quatro mil trabalhadores e até junho serão contratados mais quatro mil profissionais. Através de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), o empreendimento levará água de beber a mais de 12 milhões de brasileiros nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. 

 

 

 

 

Em meio à polêmica sobre o atraso e disparada nos custos da transposição da bacia do Rio São Francisco, a presidente Dilma Rousseff prometeu em discurso, durante visita às obras do canal Acauã-Araçagi, em Itatuba (PB), que irá entregar as obras de interligação naquele Estado até 2014. Segundo ela, toda a obra será encerrada até 2015. "O Rio São Francisco é a fonte de água que resolverá o problema da região do semiárido e a Paraíba é um dos maiores beneficiários da interligação", disse. "Eu assumo o compromisso de que até 2014 entregaremos uma parte dessa interligação, bem como ela estará concluída até 2015", completou.

Dilma admitiu que a obra principal de transposição na bacia não irá resolver o problema de abastecimento de água no Nordeste e considerou necessárias as chamadas "obras estruturantes" para levar a água dos canais até a torneira dos moradores. "A interligação, que é estratégica, por si só não resolverá o problema de água. Por isso, para cada R$ 1 na interligação, temos de colocar R$ 2 nas obras estruturantes para a água chegar às casas", afirmou.

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A presidente voltou a cobrar projetos para obras e reafirmou que a falta deles é que é o problema, e não os recursos financeiros. Dilma retomou ainda o discurso de parceria com empresários e políticos, nesse caso para levar o abastecimento de água para todo o Nordeste. "Ficamos 500 anos sem resolver o problema da água e nossa geração vai resolver esse problema da água, que é um dos desafios", afirmou.

"Não temos tecnologia para controlar clima e chuvas, mas temos dinheiro e tecnologia para os projetos estruturantes para assegurar que o Nordeste seja uma das regiões que tenha crescimento acelerado e seja a região que terá desempenho econômico mais expressivo do Brasil", concluiu.

Vencido o prazo original em que a transposição do Rio São Francisco deveria estar pronta e funcionando no semiárido nordestino, a obra registrou aumento de R$ 3,4 bilhões - ou 71% - em seus custos em relação à previsão inicial, segundo a mais recente estimativa feita pelo Ministério da Integração Nacional. Desde o início do governo Dilma Rousseff, o custo total da obra pulou de R$ 4,8 bilhões para R$ 8,2 bilhões. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva previa inaugurar a obra em 2010.

Isso significa que, se a transposição fosse uma aplicação financeira, teria rendido 65% acima da inflação do período. Para essa comparação, o jornal O Estado de S. Paulo usou a variação de preços medida pelo IPCA, índice usado no regime de metas de inflação do governo. A alta foi de 8,2% entre dezembro de 2010 e março de 2012.

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A construção de cerca de 600 quilômetros de canais de concreto que desviarão parte das águas do rio ainda deve consumir mais 45 meses. O preço aumentou com a renegociação dos contratos originais e o lançamento programado de mais de R$ 2,6 bilhões em novas licitações.

Iniciada em 2007 como a mais cara a ser paga com dinheiro dos tributos entre os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a obra da transposição do São Francisco está parada em três trechos: em Salgueiro (PE), Verdejante (PE) e São José das Piranhas (PB). Os contratos originais referentes a esses trechos serão rompidos e haverá nova licitação. Também serão licitados trechos de obras "remanescentes" ao longo de quase toda a extensão do projeto.

Há dois outros trechos em reforma, pois placas de concreto que haviam sido colocadas racharam, registraram fissuras, ou se deslocaram, supostamente por falhas na drenagem de canais que não suportaram chuvas fortes. Todos os demais trechos tocados pela iniciativa privada tiveram os preços aumentados em até 25%, limite fixado pela lei de licitações.

Novos editais

Só neste mês, o Ministério da Integração Nacional lança quatro novos editais para a licitação de R$ 2 bilhões em obras. Até junho, outros dois editais serão lançados, ao custo estimado em R$ 645 milhões. O total é superior ao previsto pelo ministro Fernando Bezerra Coelho menos de três meses atrás, quando revelou ao jornal O Estado de S. Paulo que a obra custaria R$ 1,2 bilhão extra.

Responsável pela obra, o Ministério da Integração atribuiu o aumento do custo da obra a adaptações no empreendimento, em decorrência do detalhamento dos projetos. O Ministério do Planejamento, que coordena o PAC, autorizou o aumento do custo da obra. "Os aditivos são explicados pelo avanço dos projetos executivos, que têm identificado, com maior grau de precisão, as intervenções necessárias para a completude (sic) do projeto de interligação (sic) do São Francisco", informou em nota a assessoria da ministra Miriam Belchior.

Segundo o Ministério da Integração, é responsabilidade das empreiteiras já contratadas recuperar cerca de 900 metros de canais de concreto danificados antes mesmo de entrarem em uso. "Essas falhas serão refeitas, sem custo adicional para os cofres públicos", reiterou a pasta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A obra de transposição do Rio São Francisco, principal projeto tocado pelo Ministério da Integração Nacional, é alvo de pelo menos dez investigações do Ministério Público Federal (MPF). A maior parte dos inquéritos concentra-se em Pernambuco, estado do ministro Fernando Bezerra Coelho. Três investigações foram abertas na gestão do ministro.

A Procuradoria da República em Pernambuco apura indícios de superfaturamento no Eixo Leste e de descontrole no pagamento de aditivos na gestão de Bezerra. Entre os contratos suspeitos estão o 34/2008, que será retomado na primeira quinzena de fevereiro, e o 29/2008. O primeiro teve reajuste de 14,6% do valor inicial, que passou de R$ 235,5 milhões para R$ 269,9 milhões. O aumento contratual do segundo foi de 21% (de R$ 250,9 milhões para R$ 303,6 milhões).

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Outro fato que está sendo apurado é que as medições dos serviços executados estavam sendo feitas pelas empresas construtoras e não pelas supervisoras. Os problemas foram apontados por uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), realizada entre 7 de abril e 27 de maio do ano passado, e remetida ao MPF.

A procuradoria solicitou ainda informações sobre uma denúncia formulada pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon). O sindicato aponta a omissão da comissão de licitação do ministério na concorrência 2/2007.

A investigação está em fase de instrução e a procuradoria aguarda a manifestação final da Corte de Contas para tomar as providências judiciais, caso as irregularidades sejam confirmadas.

Os processos sobre a transposição do São Francisco estão nas mãos da ministra Ana Arraes, mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O governador é presidente do PSB, partido do ministro da Integração. Bezerra está no centro de uma crise política desde que o jornal O Estado de S. Paulo revelou que quase 90% da verba antienchente do ministério foi destinada para Pernambuco.

Há investigações em outros Estados. No Ceará, dois procedimentos foram abertos no ano passado pelo Procurador da República Marcelo Mesquita. O primeiro apura, com base em relatório de fiscalização do TCU, aditivos feitos pelo ministério em contratos do Eixo Norte. O segundo apura a instalação de trechos do Eixão das Águas, projeto do governo estadual que irá escoar na transposição em áreas indígenas. De acordo com a Procuradoria, o estudo de impacto ambiental não considerou a existência da terra indígena Tapeba.

As primeiras ações sobre a transposição foram propostas em 2005. Os inquéritos apuram desde fraudes em licitações até a remoção de índios de locais por onde passam as obras. Segundo o procurador da República de Pernambuco, Rodrigo Gomes Teixeira, autor de dois inquéritos, os processos estão em fase de instrução.

Uma das investigações apura indícios de fraude nas obras das bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional. "As irregularidades repercutem no âmbito da improbidade administrativa e no plano ambiental. A improbidade é consistente na concessão irregular de licença prévia à execução do projeto de integração do Rio São Francisco e já existe processo judicial na Justiça Federal do Distrito Federal", informou o procurador. Já a questão ambiental trata da ausência do dimensionamento dos impactos ambientais da obra.

Em Minas, a única ação da Procuradoria da República foi remetida há quase seis anos ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, o STF entendeu que a competência para analisar as ações seria daquela Corte porque os atos eram praticados por autoridades que tinham foro.

Segundo o Ministério da Integração Nacional, o ministro determinou a implementação de todas as recomendações dos órgãos de controle - TCU e CGU. As medidas administrativas e jurídicas decorrentes do acórdão do TCU 2628/2011, que trata da auditoria analisada pelo Ministério Público em Pernambuco, estão sendo adotadas tanto no âmbito da fiscalização da obra quanto nos processos relativos aos lotes de obras auditados. O ministério afirma que os aditivos não ultrapassaram o limite de 25%, como previsto em lei.

A pasta afirma ainda que as obras da transposição conciliam o desenvolvimento econômico com o sustentável e o projeto ambiental elaborado pelo ministério também trata do desenvolvimento das comunidades indígenas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A realização de nova licitação no valor de R$ 1,2 bilhão para tentar concluir a transposição do São Francisco, obra símbolo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mobilizou a oposição que quer investigar o aumento de 40% no custo inicial do projeto no Congresso.

"É vergonhoso, quem conhece a obra sabe que não vai parar por aí", disse o líder do DEM, deputado ACM Neto (BA). Na reabertura do Congresso, em fevereiro, os oposicionistas reapresentarão requerimentos de convocação do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, para que ele dê explicações sobre o descontrole de gastos com a principal obra do PAC.

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"Vamos fazer uma sabatina da incúria governamental", avisa o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), para quem a transposição das águas do São Francisco é o maior exemplo de má gestão, projetos defeituosos e licitações equivocadas do atual governo. Ele ressalta que o aumento de gastos é tão exorbitante que nem aditivos contratuais podem ser feitos porque excedem o limite legal de 25%.

O custo inicial da transposição, orçado em R$ 5 bilhões, já saltou para R$ 6,9 bilhões, incluindo as novas licitações, como revelou ontem o Estado. Até o momento, já foram gastos R$ 2,8 bilhões, a partir do início da obra, em 2007. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Superfaturamento de preços, fiscalização omissa e atraso injustificável nas obras foram os principais problemas encontrados na última fiscalização feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no eixo leste do projeto de transposição do Rio São Francisco. A auditoria foi realizada de junho de 2010 até maio de 2011 e os problemas relatados ao Ministério da Integração Nacional, que até agora não adotou as providências para ressarcimento dos prejuízos, estimados em R$ 8,6 milhões à época.

Principal vitrine do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que turbinou a votação da presidente Dilma Rousseff no Nordeste, o projeto exibe sinais de abandono em vários trechos, com estruturas de concreto estouradas, rachaduras e vergalhões de aço retorcidos, conforme reportagem publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo. Esse é o quinto ano seguido que o TCU encontra graves problemas na obra, que já excedeu seu orçamento original em mais de 30% e na melhor das hipóteses será concluída com cinco anos de atraso.

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O relatório do tribunal, entregue há seis meses, também determinava que o Ministério obrigasse as empreiteiras do consórcio encarregado por cinco trechos (de 9 a 13) licitados no eixo leste a retomar imediatamente as obras. Como isso não foi feito, o desgaste dos trechos aumentou e o prejuízo ao erário público também. O Ministério informou que a conservação do que já foi feito é responsabilidade das empresas e que já as acionou para refazer o que está se deteriorando.

Problemas

O eixo leste, visitado pela reportagem do Estado, abrange uma população de 4,5 milhões de habitantes em 168 municípios dos estados de Pernambuco e da Paraíba. A integração do velho Chico às bacias dos rios temporários do semiárido nordestino será possível com a retirada de 26,4 metros cúbicos de água por segundo, ou 1,42% da vazão medida na barragem de Sobradinho. Desse total, 16,4 metros cúbicos vão para o eixo norte (que pega também os estados do Ceará e Rio Grande do Norte) e 10 metros cúbicos para o eixo leste.

Entre os problemas detectados, um britador foi instalado a 4 quilômetros da pedreira, encarecendo desnecessariamente o custo de transporte das pedras para processamento. Constatou-se também que um desvio de 30 metros no traçado original do canal encareceu o custo das desapropriações. Problemas na área de fiscalização geraram, além de perdas ao erário, baixa qualidade dos serviços, o que contribuiu para a rápida deterioração das estruturas.

Conforme o relatório, verificou-se superfaturamento em alguns itens devido a quantitativos inadequados e ausência de planejamento eficiente das obras para minimizar custos, como o do transporte de materiais. Essa etapa da obra, iniciada em 2008, está orçada em R$ 1,3 bilhão, dos quais R$ 609 milhões estão inseridos no orçamento de 2011. As obras vistoriadas apresentavam, em média, quase 57% de execução, quando deveriam apresentar 97%.

Apesar da gravidade dos achados, o TCU não determinou a paralisação das obras, permitindo que os trabalhos prossigam enquanto o Ministério adota as medidas corretivas, até agora não implementadas. O relator da decisão foi o ministro Augusto Sherman Cavalcanti. O primeiro achado diz respeito a atos antieconômicos, que teriam resultado em prejuízo ao erário de R$ 8,6 milhões.

Observou-se também a existência de atrasos significativos nas obras do eixo e paralisação de alguns lotes à revelia do governo, sem que fossem adotadas as medidas contratuais pelo Ministério. "Essas paralisações estão causando danos às estruturas já executadas, além de transtornos às comunidades locais, afetadas pelas interferências causadas pelas obras", anotou o relatório. "Trata-se de irregularidade grave, que vem ocorrendo desde o início do Projeto e já materializou vários danos na execução do contrato".

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