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A senadora Gleisi Hoffmann (PT) utilizou o plenário, na tarde desta quarta-feira (22), para dizer que o presidente Michel Temer (PMDB) mentiu ao conceder uma entrevista, ontem (21), afirmando que a reforma não afetará os servidores públicos estaduais e municipais. “Temer se aproveitou da crise da carne para aplicar um golpe nos servidores públicos dentro da reforma da Previdência”.

“Ele anunciou, de última hora, que a reforma ficará restrita aos servidores federais. É importante dizer que essa comunicação é mentirosa. Nós temos, atualmente, 3.533 municípios que não possuem regime próprio de Previdência social. Todos os servidores desses municípios estão no regime geral da Previdência social, que é regulado por lei federal e mantido pelo INSS. Todos esses servidores serão, sim, golpeados pela reforma Temer”, avisou. 

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A petista declarou que o presidente estaria se referindo a 2.037 municípios brasileiros que possuem regime da Previdência próprio. “Mas que convivem com servidores de regime próprio e geral, além dos servidores temporários e comissionados. Trata-se de um novo engodo desse governo. Eles também terão a idade modificada e contribuir por 49 anos para se aposentar, integralmente, e todas as demais maldades da reforma”. 

Para Hoffmann, Temer está perdendo a “batalha da comunicação” sobre os efeitos que definiu como “perversos” de sua reforma. Ela ainda afirmou que o peemedebista está “jogando” a responsabilidade para governadores, prefeitos e legislativos locais levando para eles um desgaste faltando pouco para as eleições de 2018. 

“Ele [Temer] tenta enfraquecer a mobilização popular contra a reforma deixando os servidores a deus dará em lutas isoladas em seus estados. Cada um por si. É bom que os servidores continuem em alerta para essa manobra e continue a luta conta a reforma, que é de todos”, convocou. 

Gleisi Hoffmann ainda disse que a “batalha” contra a reforma está vencendo porque as informações corretas estão sendo levadas à população. “É importante que permaneçamos unidos, pois para quem é golpista não será surpresa se aplicar um novo golpe nos servidores.  Essa reforma é perversa e retira direitos de quem mais precisa”, lamentou. 

Também hoje, data em que se comemora o Dia Mundial da Água, a parlamentar falou que há pouco o que se comemorar. Gleisi contou que, em breve, Temer pode encaminhar ao Congresso Nacional uma proposta para acabar com uma Unidade de Conservação (UC) da Amazônia. 

“E reduzir em 40% a área de outras quatro UCs criadas nos últimos momentos do governo Dilma Rousseff. Em nota de repúdio, ONGs alertam que tal decisão colocaria em risco não só a biodiversidade, mas também o futuro hídrico e econômico do país, já que a Amazônia fornece água suficiente para abastecer grande parte da população brasileira e ainda ao agronegócio do país. Segundo biólogos, o que está em jogo é o esquartejamento definitivo da Amazônia. Lamentável”, escreveu em seu Facebook. 

 

 

 

No plenário do Senado Federal, nesta terça-feira (7), a senadora Gleisi Hoffmann (PT) falou sobre a queda do PIB [Produto Interno Bruto] afirmando que é a maior da recessão da história desde 1930. Um vídeo da sessão foi publicado em sua página do Facebook.  

“Uma notícia corriqueira afetando as famílias, a indústria e o desenvolvimento brasileiro. O “pibinho”do governo Michel temer. O PIB, em 2016, caiu 3,6% em relação ao ano anterior. Houve recuou 6.6% na agropecuária, 3.8% na indústria e 2.7% nos serviços”, discursou. 

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A petista declarou que era o oitavo resultado negativo consecutivo da queda do produto interno definindo a situação como vergonhosa. “Não era esse o governo que dizia que bastava tirar a presidente Dilma que o PIB iria crescer? Que a economia do país iria melhorar porque nos iríamos resgatar a expectativa. Que as pessoas iriam ter fé no país novamente? É uma vergonha esse PIB”, ironizou.

“Não era esse o governo do Michel temer que dizia isso? Não era o ministro Meirelles [Fazenda] que dizia isso? Não era o PMDB e o PSDB que diziam isso? Tirem a Dilma que resolve, que a expectativa vai ficar positiva e a economia vai crescer? Essa gente não ia trazer a confiança para o pais?  Não era uma varinha mágica?”, acrescentou.

Não foi apenas o deputado federal Tadeu Alencar (PSB) que falou, nessa segunda-feira (6), sobre a reforma da previdência proposta pelo governo Temer chegando a afirmar que o “projeto é um desrespeito aos brasileiros. Um deboche”. A senadora Fátima Bezerra (PT) também falou sobre o assunto destacando que as mulheres serão prejudicadas. 

A senadora afirmou que as mulheres têm maiores dificuldades para encontrar emprego e, quando conseguem, são com salários mais baixos e inserções mais precárias. “Na proposta de reforma da Previdência encaminhada pelo governo, a idade e o tempo de contribuição serão equiparados, ignorando que as mulheres têm maiores dificuldades”, comentou. 

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“A reforma proposta também acaba com a aposentadoria especial de professores da educação básica prejudicando, mais uma vez, as mulheres que são 81,5% do total, segundo o MEC. Dos quase dois milhões de professores do país, mais de 1,6 milhão são do sexo feminino. Para as mulheres camponesas o golpe é também muito duro. A proposta apresentada pelo governo extingue a condição de segurado especial que garante aos trabalhadores do campo se aposentar aos 60 anos e as trabalhadoras aos 55. Assim, se essa reforma passar penalizará especialmente as trabalhadoras rurais que terão que trabalhar dez anos a mais”, acrescentou.

A petista ainda disse que nada justifica um ataque “tão cruel e desumano” aos trabalhadores declarando que o presidente está “na contramão da promoção da igualdade de gênero no país e que despreza as mulheres e suas lutas”. 

Também contra a reforma da Previdência e temas que envolvem as mulheres, movimentos feministas planejam uma greve geral, na próxima quarta (8), quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Diversos estados devem fazer manifestações. Hoje, sob comando da vereadora Marília Arraes (PT), foi realizada uma reunião pública, na Câmara de Vereadores do Recife, com o objetivo de discutir os impactos da reforma da Previdência Social na vida das mulheres brasileira.

“Estamos num momento importante para realizarmos este debate considerando que, desde o ano passado, com o governo golpista, os trabalhadores vêm perdendo os seus direitos. Na semana dedicada à mulher, decidimos realizar esse ato de alerta para conscientização contra a Proposta de Emenda Constitucional [PEC 287], que prevê a reforma da Previdência. Nós, mulheres, somos as mais afetadas por essa iniciativa”, chegou a dizer Arraes. 

A senadora Kátia Abreu (PMDB) possui uma conta no Twitter cheia de polêmicas. Desta vez, a ex-ministra tentou atingir o novo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). “O prefeito de SP se fantasia de pedreiro, gari e ciclista. Alguém poderia dar um toque e dizer que é ridículo? Mas, ainda falta a de palhaço”, disparou.

Nesta terça, ela também tuitou uma matéria no qual o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que construir presídios não seria a solução para a crise carcerária. “E, muito menos, indenização para morte de assassinos, traficantes e estupradores. Não tem que aceite uma coisa dessas. As chacinas que ocorreram são inaceitáveis. Irresponsabilidade total dos gestores. Precisam ser punidos com rigor. Mas, com indenização discordo”, escreveu.

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Abreu ainda disse que o Brasil precisa de uma política “séria” de segurança internacional nas fronteiras com países da América Latina. “Temos que militarizar as fronteiras. Afinal, temos Exército para que? Para nos proteger. Eles sabem fazer e precisam ser convocados. A política externa precisa atuar. Vou levar o assunto para a Comissão de Relações Exteriores do Senado. Temos que unir forças”. 

O senador Magno Malta (PR) também se pronunciou sobre o pagamento de indenização às famílias dos mortos durante as chacinas ocorridas nos presídios. “Outra coisa que revolta a sociedade brasileira é que os presos que morreram, que estupraram, que assaltaram banco, que incendiaram ônibus, agora, as famílias serão indenizadas.  E a família daqueles que eles mataram? Que eles roubaram e incendiaram? Esses não são indenizados. Então, é essa lógica de Direitos Humanos que ninguém consegue entender e nem engolir”, indagou. 

A senadora Gleisi Hoffmann (PT) utilizou uma frase de Winston Churchill, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, para fazer uma retrospectiva deste ano. “Se você vai passar pelo inferno, não pare de andar”, escreveu em artigo divulgado nesta quinta-feira (29). A parlamentar definiu 2016 como “o ano das decepções e de muitas tristezas” e declarou que o  o ano de 2017 será de luta e resistência. 

“Um ano que começou sob o manto da mentira e da hipocrisia daqueles que se aliaram ao que há de mais sórdido na prática política e termina com as imprevisíveis e temerosas consequências resultantes desse espetáculo de insensatez. Tivemos um duro golpe contra a nossa Constituição, contra a vontade soberana do povo, com a derrubada da presidenta Dilma do poder”, disse.

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Hoffmann também citou o ex-presidente Lula, que segundo ela 'foi vergonhosamente caçado e perseguido'. “Bastou sair uma pesquisa dizendo que ele estava em primeiro lugar na intenção de votos da população para que o ativismo político de setores do Ministério Público e do Judiciário voltasse com toda força em mais denúncias e indiciamentos inconsistentes. Não é possível uma liderança como o presidente Lula sofrer, junto com a sua família, um processo de perseguição tão mesquinho e revoltante. Os pesos e medidas do sistema judiciário e da mídia são diferentes, dependendo da pessoa”.

Gleisi Hoffmann também ressaltou que em 2017 deve ser enfrentando "a falsidade" dos grupos midiáticos. "Que têm lado, interesse e manipulam grande parte da opinião pública a seu favor. Será um ano voltado para a coragem e para a caminhada firme e constante em busca de resgatar o Brasil de justiça que estávamos construindo. Não será um ano para lamentos. Será um ano de ação. O Brasil já experimentou outro caminho e foi anestesiado por campanhas enganosas que esconderam os avanços. Mas agora que o povo está experimentando o gosto amargo dos ajustes que a elite impõe, não aceitará”.

Em um artigo extenso de quase três laudas, a ex-senadora Marina Silva (PSB) enalteceu o ex-governador Eduardo Campos, nesta quinta-feira (13), data que marca um ano da morte do ex-presidenciável. Ex-candidata a vice-presidente na chapa com Campos, Marina também elogiou o ex-governador Miguel Arraes e relembrou do velório e enterro do socialista. 

Logo no início do texto, a ex-candidata comentou que o Brasil inteiro está lembrando e homenageando a memória de Eduardo Campos nesta data em que se completa o primeiro ano de sua morte. “Muitos lembram ainda os dez anos da morte de seu avô, Miguel Arraes, uma das grandes personalidades da história de nosso país. Essa coincidência torna a data cheia de simbolismos e mistérios sobre os quais há muito que meditar”, ressaltou.

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Marina relembrou que quando veio a Pernambuco se solidarizar com a família Campos no velório do ex-governador, há quase um ano, observou a presença de pessoas representantes dos mais diferentes segmentos da sociedade. “Verifiquei a presença de líderes da política, da economia e da cultura em todas as correntes de opinião, das mais diferentes ideias e convicções. Comentei com um desses líderes: quando algo assim acontece é para nos fazer pensar, e o único resultado aceitável de nosso pensamento é nos tornar maiores e melhores”, frisou. 

Para a ex-senadora, o acidente e a morte precoce de Campos pode ter um objetivo. “É para isso que as tragédias nos unem: para a superação. Afinal, como disse Hannah Arendt, os homens, embora devam morrer, não nascem para morrer, mas para recomeçar”, pontuou. Depois de recordou o velório e enterro de Campos, Marina comentou a crise do Brasil. “Infelizmente, um ano após a morte de Eduardo Campos, só tem aumentado a dificuldade do Brasil para recomeçar. (...). A crise que vivemos hoje é uma professora séria e rigorosa. Ela multiplica nossas chances de aprender, pensar, superar, recomeçar. A memória é centro de nossa identidade”, abordou. 

De acordo com a ex-candidata à presidência da República, as saudades do ex-governador tem lhe ajudado. “A memória de Eduardo Campos tem me ajudado, pessoalmente, e sei que pode ajudar o povo brasileiro, a encontrar soluções e saídas neste momento crítico pelo qual passa o nosso país. Havia nele um otimismo irredutível, uma autoconfiança evidente e contagiante, uma esperança inabalável. Para ele, não havia problema sem solução nem situação “sem jeito”. 

Para a ex-parlamentar, as características citados ao ex-líder do PSB refere-se a sua experiência. “Essa atitude não era sem fundamento, estava baseada em sua experiência política e nos dois mandatos muito bem sucedidos como governador de Pernambuco. Foram anos em que habituou-se a buscar soluções práticas para problemas reais, tendo a política como método e caminho”, ressaltou.

No artigo, Marina Silva ainda enalteceu o escritor Ariano Suassuna, morto ano passado, e destrinchou sua visão sobre a política. “O objetivo da política não pode ser apenas conquistar e manter o poder. O poder político não pode ser um fim, ele só se justifica como um meio para realizar projetos, ideias, soluções para os problemas sociais, sonhos e utopias”, enfatizou, agradecendo em seguida à oportunidade em ter conhecido o ex-governador de Pernambuco. “Agradeço a Deus pela graça de perceber em vida o valor da contribuição de Eduardo para ajudar a melhorar o Brasil. E penso que mesmo em sua ausência há uma lição que todos podemos aprender. Em nosso aprendizado, Eduardo Campos vive”, enalteceu a ex-senadora. 

A vinda da senadora Marta Suplicy (sem partido) a Pernambuco no início de mês de julho, e as articulações e conversas com membros do PSB ainda não foram suficientes para a ex-petista bater o martelo e torna-se uma socialista. A filiação da parlamentar previamente marcada para o dia 15 de agosto ainda é incerta, apesar de o partido confirmar seu nome como possível candidata à Prefeitura de São Paulo. 

De acordo com o ex-deputado federal e vice-presidente de relações governamentais do PSB, Beto Albuquerque, a inserção da Suplicy a legenda depende apenas dela. “A Marta agora depende exclusivamente dela. Nós estamos aguardando. Já demos todas as possibilidades para ela se filiar, garantia para ela ser candidata à Prefeitura de São Paulo”, revelou.

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Segundo Albuquerque, os socialistas têm conhecimento que a senadora está em conversa com outros partidos. Mesmo assim, ele tem esperança que a parlamentar opte pelo PSB. “nós sabemos que outros convites também foram feitos a Marta Suplicy e ela está tomando uma decisão que vai ser muito pessoal. Eu particularmente torço muito, e a nossa direção nacional, para que a Marta Suplicy se filia ao PSB e seja a nossa candidata”, anseia. 

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O ex-deputado contou que a de filiação previamente marcada para o próximo dia 15 de agosto ainda não está confirmada. “Seria 15 de agosto. Nós não sabemos e não seremos nós a estimular prazos. Na verdade, se ela quer ser candidata à prefeitura ela tem um prazo para fazer isso, e nós vamos aguardar o prazo que melhor convir à senadora Marta Suplicy”, ressaltou. 

Para o presidente nacional do PSB, a filiação da ex-petista é esperada com expectativa pelos integrantes do partido, porém, enquanto ela não oficializa para onde vai, os socialistas têm conversado com outros políticos. “Temos conversa com Marta, temos conversas com o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), conversa com o governador de Mato Grosso Pedro Taques (PDT), e vários outros políticos, senadores e governadores inclusive, mas temos que aguardar”, ponderou. 

Siqueira frisou que o ato de filiação é algo pessoal, mas respeita a decisão de cada um dos políticos que está em conversa. “A decisão de se filiar a um partido é pessoal e intransferível. Nós estamos damos as boas vindas a todas essas personalidades, mas a decisão é deles. Só eles poderão tomar e poderão anunciar, e num momento oportuno nós falaremos deste tema”, justificou. 

Candidatura de Renata Campos – Ventilada por socialistas como nome forte na disputa presidencial de 2018, o nome da viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, é visto como possibilidade de unir o PSB. No entanto, Siqueira não quis detalhar as pretensões da legenda. “Nós estamos primeiro, antes de 2018, nós temos 2016, e a nossa posição eleitoral é muito promissora. Quando passar 2016 e nós tivermos uma grande vitória como imagino que teremos, aí nós trataremos de 2018”, desconversou. 

A senadora Marta Suplicy, que deixou o PT recentemente para migrar para o PSB, comemorou na tarde desta quarta-feira (27), a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em mantê-la no mandato, mesmo deixando o partido. No Facebook a ex-petista elogiou as instituições brasileiros e declarou está emocionada. 

“O Brasil tem sólidas instituições. A histórica decisão do Supremo Tribunal Federal, referendando que na eleição majoritária deve se respeitar a soberania popular e as escolhas dos eleitores, coloca fim a polêmicas, prevalecendo o principal instrumento da democracia: o voto”, enfatizou a parlamentar na rede social.

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Festejando a decisão do STF, marta disse ter orgulho de possuir nacionalidade brasileira. “Emocionada, orgulho de ser brasileira!”, desabafou Suplicy. 

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), cotada para assumir o Ministério da Agricultura em 2015, cancelou a participação que faria nesta terça-feira (2), em coletiva de imprensa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), presidida pela parlamentar. O cancelamento ocorre em meio a uma polêmica envolvendo a indicação da senadora para o Ministério e o frigorífico JBS. A empresa contestou Kátia diretamente ao Palácio do Planalto, conforme revelou ontem o Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.

A senadora decidiu ficar em Palmas (TO) para cuidar da mãe, que ontem sofreu uma trombose, segundo a CNA. O ex-ministro da Previdência Social e atual presidente do Instituto CNA, Roberto Brant, é quem irá divulgar dois índices econômicos elaborados pelas entidade: um para medir a competitividade do agronegócio e outro para mensurar a diferença entre a qualidade das moradias rurais e urbanas.

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Kátia Abreu pode ser confirmada no ministério no próximo dia 15, depois que for reempossada para o terceiro mandato à frente da CNA. Escolhida pela presidente Dilma Rousseff para o cargo, sem o aval do PMDB, a senadora foi contestada pelo dono do JBS, o empresário Joesley Batista.

O executivo esteve na quarta-feira passada, 26, com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para se colocar contra a indicação de Kátia. O lobby do maior frigorífico do mundo e maior doador das campanhas de 2014 é parte de uma guerra de bastidores sobre o comando na Agricultura.

A senadora é representante dos pecuaristas e, desde a criação do JBS com suporte do BNDES, assumiu uma posição de ataque à empresa de Batista. Os criadores de gado temem que a concentração de mercado exercida cada vez mais pela empresa acabe influenciando no valor da carne vendida por eles. O grupo JBS é responsável por cerca de 20% do abate bovino no País.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou nesta quinta-feira que o contrato do governo com os 4 mil médicos cubanos não está claro, pois não foi elucidado se será individual com os profissionais ou se o Brasil firmou um acordo com a administração de Cuba, terceirizando os serviços. De acordo com Amélia, se a administração federal brasileira pagar ao Executivo cubano e não aos médicos que virão, ficará caracterizada a exploração por um país de uma atividade relevante como a medicina. Na próxima semana, chegarão ao Brasil os primeiros 400 médicos.

"Queremos que o problema da assistência à saúde no Brasil seja resolvido, mas temos o direito de saber quais as condições. Chegarão 400 médicos. Para onde irão? Para uma unidade militar? Em que unidade militar? Como é que eles sairão de Cuba? Em aviões cubanos ou em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)? Serão as Forças Armadas obrigadas a fazer a logística para esse transporte, esse acolhimento e essa hospedagem? Onde ficarão? Ficarão hospedados em unidades militares, portanto, à custa do contribuinte brasileiro, para prestar uma atividade para a sociedade civil?", indagou.

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Ela lembrou que o jornalista Fernando Havsberg, que é correspondente da BBC Mundo em Havana, afirmou que o contingente de profissionais da saúde cubanos fora da Ilha inclui, atualmente, 15 mil médicos que trabalham em 60 países, levando lucros ao regime. "As cifras falam em US$ 5 bilhões, o equivalente a mais de R$ 10 bilhões ao ano", disse.

Segundo Amélia, o serviço que os médicos cubanos prestam, por exemplo, à Venezuela, permite que Cuba receba cem mil barris diários de petróleo. "Ora, um médico não recebe um barril de petróleo. Então, como é feito esse pagamento do governo cubano aos seus médicos, aos profissionais ali formados?" A senadora do PP do Rio Grande do Sul disse ainda que dados de 2008 mostram que o governo da Venezuela paga 8 dólares por consulta e o da África do Sul, 7.

Amélia disse que, para muitos países em desenvolvimento, o atrativo dos médicos cubanos é que eles estão dispostos a trabalhar em lugares que os locais evitam, como bairros periféricos ou zonas rurais de difícil acesso, onde estão moradores de baixíssimo poder aquisitivo. Além disso, em geral, os médicos cubanos também receberiam remunerações mais baixas.

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