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Brasília – Uma tese de mestrado defendida na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) analisa a dificuldade dos estudantes surdos de seguirem nos estudos após concluir o ensino médio. Mas o autor da tese, Ademar Miller é surdo e provou que é possível avançar. Após concluir o mestrado ele planeja fazer doutorado.

Ademar cursou pedagogia na UFES e foi o primeiro aluno surdo a obter o título de mestre na instituição. Em entrevista por Skype, com a participação de um intérprete de libras, Ademar contou que um dos desafios enfrentados ao longo do mestrado foi compreender alguns conceitos teóricos. “Senti dificuldades com os conceitos encontrados ali, com as questões filosóficas, mas com o tempo fui ampliando os conhecimentos”, disse.

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Ele conta que teve uma orientadora com quem se comunicava por meio da linguagem de libras e outra que sabia a língua dos sinais e acompanhava as orientações. “Outros professores que também estavam cursando mestrado na época e sabiam a língua dos sinais debatiam o texto comigo, o projeto, os textos, e fazíamos um trabalho conjunto na compreensão dos textos e na produção da dissertação”, relata.

Para orientar o estudante, a instituição e a equipe precisaram se adaptar. A professora orientadora, Ivone Martins de Oliveira, conta que aceitou o desafio mesmo não sabendo a linguagem de libras. “Ademar foi nosso aluno no curso de pedagogia e avaliamos que seria interessante investir. Desse desafio veio um grande aprendizado para mim e para o programa de pós-graduação”, disse a orientadora do programa de pós-graduação em Educação que trabalhou em conjunto com profissionais com conhecimentos de libras.

A orientadora conta que a barreira da língua exigiu um acompanhamento mais intenso do trabalho de Miller. “No caso do estudante surdo, a relação com a leitura e escrita em português acabam sendo um desafio para ele também”, explica. Ela acrescenta que o papel dos intérpretes foi fundamental durante todo o processo e professores de outras áreas da universidade também colaboraram com o processo.

Com o título de mestre, Ademar Miller conta que foi grande o desgaste até chegar a defesa da dissertação, no último mês de julho, e ele pretende descansar um período para partir para o mestrado. O tema da tese de Miller foi A Inclusão do Aluno Surdo no Ensino Médio.

No dia (3) foi celebrado o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que existem no Brasil aproximadamente 45 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa 23,91% da população.

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No programa dessa semana, você vai conferir uma entrevista com a presidente da Associação de Famílias para o Bem-Estar e Tratamento da Pessoa com Autismo, AFETO, Maria Ângela. Ela fala sobre a dificuldade que muitas famílias encontram para lidar com parentes que tem o autismo, principalmente pela falta de informação. Devido a necessidade de proporcionar um tratamento adequado às pessoas autistas, foi que surgiu a AFETO, que não visa fins lucrativos e é composta por pais e parentes de pessoas com diagnóstico de autismo.

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Você também vai conferir uma reportagem especial sobre pessoas que superaram a deficiência física e praticam esportes radicais.

Toda sexta-feira, você confere um novo programa Vencer, no Portal LeiaJá

 

Marina Correia, mãe dos lutadores Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro, lançou neste mês uma biografia sobre os gêmeos e ícones do MMA mundial. No livro Meus Filhos Minotauro e Minotouro - Lenda e superação, Marina revela diversos momentos da jornada dos gêmeos, desde a infância até os dias de glória.

Episódios como o acidente que condenou Minotauro a uma cadeira de rodas, aos 11 anos, e cirurgias complicadas são contados pela mãe dos lutadores. A obra ainda traz um caderno de imagens, com fotos que contam a história dos gêmeos, além das fichas técnicas de cada um, com peso, altura, modalidades e o histórico de lutas e títulos conquistados.

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Um francês que sofre de esclerose múltipla se tornou, neste domingo (27), a primeira pessoa portadora de deficiência a saltar de paraquedas no Monte Everest, o cume mais alto da Terra, completando com sucesso sua aterrissagem antes de ser levado para o hospital preventivamente.

"Eu me sinto muito feliz. Estou exausto, mas muito feliz", disse Marc Kopp da cama de um hospital em Katmandu, onde os médicos o examinaram em busca de eventuais ferimentos provocados durante o salto.

Com 55 anos, Kopp, que mora em Longwy, a nordeste de Paris, vive há mais de uma década de esclerose múltipla, doença degenerativa do sistema nervoso, que interrompe a comunicação do cérebro com o corpo.

Com os músculos enfraquecidos, lesões surgem no cérebro e na medula espinhal e, em casos mais graves, os pacientes podem perder a capacidade de falar ou caminhar. No salto duplo, Kopp pulou de um helicóptero que sobrevoava a montanha a 10.000 metros de altitude, acompanhado do amigo, o campeão de skydive Mario Gervasi.

"Espero que minha iniciativa inspire outros que vivem com esta doença. Espero que muitos outros sigam os meus passos", declarou Kopp à AFP. Ele explicou que os preparativos para o salto foram "muito dolorosos" e provocaram dores em todo o corpo.

Embora costume usar cadeira de rodas para se deslocar, a trilha pela cordilheira do Hilamaia significou para ele passar várias horas por dia no dorso de um cavalo, o que castigou sua espinha, até chegar ao local de onde o helicóptero partiu.

"Houve muitas vezes nos últimos dias em que pensei que não conseguiria realizar meu sonho", afirmou. Com ajuda de amigos e admiradores, Kopp conseguiu arrecadar 26.000 euros (US$ 35.885) para a viagem.

Após concluir o salto, na manhã deste domingo, ele retornou a Katmandu de helicóptero, onde os médicos o aconselharam a tirar um dia de descanso. Kopp foi diagnosticado em 2001 com esclerose múltipla progressiva primária, uma forma da doença sem quase nenhum prospecto de remissão.

Ele trabalha como voluntário e gerencia um grupo de apoio para pessoas com a mesma doença.

As dificuldades que enfrentou na escola por ser surda despertaram o interesse de Adriana Gomes Batista em seguir o magistério para tornar mais fácil o aprendizado de crianças na mesma condição. Atualmente, ela é professora da rede pública de ensino do Distrito Federal e dá aulas na Escola Bilíngue Libras e Português Escrito.

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Quando estudou, a professora Adriana sofreu com a falta de material adequado e de intérprete em sala de aula. “Eu precisei me esforçar muito para avançar nos estudos. Foi muito exaustivo. Não tinha intérprete na sala de aula, eu não tinha o recurso visual. Quando criança, aprendi o português lido e isso era mais difícil. Por isso, tive o sonho de estudar para trabalhar com as crianças que tinham dificuldade”, relatou Adriana em linguagem de sinais, traduzida a Agência Brasil pela coordenadora da escola.

Para o futuro, ela quer mais. A intenção é ter material filmado para fazer avançar o trabalho em sala. “A linguagem de sinais envolve expressões e o ideal é material filmado”, explica. A educadora relata que quando ingressam na escola muitos alunos surdos ainda não entraram em contato com a linguagem de Libras. Além de ensinar os alunos, a escola tem também cursos voltados para a família, destinados a facilitar a comunicação dos estudantes em casa. 

Na Escola Bilíngue onde a professora Adriana ensina, as aulas são ministradas diretamente na linguagem de sinais, com o uso frequente de datashow e em turmas formadas por surdos. O modelo é diferente do adotado nas escolas inclusivas, onde as turmas são mistas e o professor dá aula oral com a presença de um intérprete de Libras.

“Antes, existia apenas o modelo de inclusão. O aluno tinha um limite de conteúdo e ele acabava perdendo muito”, avalia a professora. “O principal desafio é vencer as limitações dos alunos surdos. Queremos que eles ultrapassem as limitações que existiam no modelo de inclusão”, acrescenta.

No meio de tantos outros filmes esportivos que focam na necessidade da vitória como forma de expor a superação, Rush – No Limite da Emoção parece versar mais sobre escolhas. Ao contar a história da clássica rivalidade entre James Hunt e Niki Lauda nas pistas de corrida, Ron Howard cria uma obra que agrada intensamente ao público, mesmo que não siga uma estrutura clássica de filme esportivo. O roteiro de Peter Morgan – acostumado a escrever sobre acontecimentos reais em seus trabalhos em A Rainha, O Último Rei da Escócia e Frost/Nixon -, ao invés de focar somente na rivalidade nas pistas, foca a trajetória de seus protagonistas fora delas, mostrando os desafios pessoais de cada um em manter uma família sempre na corda bamba por reconhecer os riscos que envolvem seu ofício. Morgan faz um trabalho extremamente cuidadoso ao exibir a rivalidade entre ambos de forma sóbria e equilibrada, sem maniqueísmos, fazendo seu espectador identificar-se de maneira distinta com cada um.

Oferecendo o mesmo tempo de tela para seus dois atores, Howard ainda permite que sua montagem fluida torne a narrativa mais dinâmica e as cenas de corrida, mais emocionantes. O colaborador habitual de Howard, Daniel P. Hanley, equilibra a velocidade das máquinas à aparente calmaria das situações externas à pista, ambas permeadas por uma fotografia que investe num colorido setentista envernizado por certo ar desbotado. O que Howard procura com estes tons é representar imageticamente os polos opostos que seus personagens defendem – de um lado, certo romantismo e glamour em James Hunt diluídos pela sobriedade e disciplina de Niki Lauda. Enquanto isso, a trilha sonora de Hans Zimmer funciona de maneira orgânica, que, mesmo sem criar temas memoráveis como um John Williams, permeia a narrativa com emoções verdadeiras através de seus acordes – investe nos temas heroicos, tensos e dramáticos nos momentos corretos sem recorrer à pieguice que Howard costumeiramente costuma trazer a seus filmes.

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Um dos grandes trunfos do longa reside em um nome: Daniel Brühl, o jovem que amadureceu muito bem desde sua revelação em Adeus, Lênin!. Se seu colega de tela Chris Hemsworth realiza um trabalho adequado, mas que não supera expectativas, Brühl sintetiza a disciplina e a perspicácia do competitivo Lauda sem, contudo, antipatizá-lo para a plateia. Se podemos sintetizar desta forma, pode-se dizer que, enquanto que Lauda era um empreendedor das pistas que via no automobilismo um ofício, Hunt era, de certa forma, um artista apaixonado e rebelde que procurava transgredir regras para fazer as coisas à sua maneira. Para Lauda, lançar-se deliberadamente ao risco sem uma base em que pudesse se firmar não compensava suas consequências, enquanto que, para Hunt, tudo aquilo valia a pena exclusivamente pelo risco, pela chance de se sentir vivo a cada corrida.

Em síntese, o que vemos na tela são dois seres humanos imperfeitos que procuram ser fiéis aos seus objetivos sem se importar com quem pretenda estar no caminho, o que ressoa, sim, clichês de outras narrativas semelhantes, mas que, aqui, encontra tanto frescor e vivacidade que conquista o espectador imediatamente. E, no final de tudo, compreendemos que, para aqueles dois, a competitividade, ao invés de uma prática destrutiva, significava, na verdade, um desafio que lhes lançava sempre adiante de si mesmos.

Escrito por Débora Araújo Seabra de Moura, primeira portadora de síndrome de down a se formar professora no Brasil, o livro Débora Conta Histórias será lançado no dia 25 de setembro no Recife durante o XI Congresso Internacional de Tecnologia na Educação. O evento acontece no Centro de Convenções, em Olinda, e promete mostrar o papel fundamental do professor para a aquisição do conhecimento por parte do aluno.

A história é inspirada na antiga professora da autora, Sandra Nicolussi. A personagem principal - que também se chama Sandra - é uma menina que vive em uma fazenda e passa por diversas experiências, com o intuito de mostrar a superação das dificuldades e do preconceito. A publicação chega ao Recife depois de ser lançada em Natal, capital do Rio Grande do Norte, onde Débora reside e leciona na Escola Doméstica de Natal.

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Enfrentar horas de viagem a ônibus, dormir em cadeiras, tomar banhos em pontos de apoio rodoviários. Esses são apenas alguns dos desafios enfrentados por jovens pernambucanos, que assim como outros brasileiros seguem de transporte terrestre para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro. Mas além de dificuldades básicas, uma particularidade a parte é a deficiência física. Entre um grupo de jovens, um estudante espera superar seus limites e chegar não só a JMJ, mas a peregrinação de 26km a pé.

Com 22 anos, Márcio Ramos tem apenas uma das pernas em virtude de uma malformação congênita. Mesmo assim, ele decidiu ir para o evento após ganhar um Kit Peregrino e participar de todas as atividades. Conheça melhor o desafio do estudante:

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LeiaJá: Você sabe dizer se haverá pontos de acessibilidade na JMJ?

Márcio Ramos: Disseram que ia ter uma área específica, mas não sei.

LeiaJá: Você trouxe algum equipamento para lhe auxiliar?

Márcio Ramos: Pensei em trazer uma cadeira de rodas, mas como não informei isso antes quando me inscrevi, agora não é permitido.

LeiaJá: Você participa de algum grupo religioso?

Márcio Ramos: Sim. Faço parte da Pastoral Juvenil Marista.

LeiaJá: Para você o que representa a JMJ?

Márcio Ramos: Desde o momento que eu soube que ia ter aqui no Brasil que fiquei interessado porque sou católico. Para mim será um grande momento de Deus.

LeiaJá: Como você conseguiu o Kit Peregrino?

Márcio Ramos: Aplicaram uma prova e os 10 melhores ganharam o kit. Eu orei a Deus e disse: Senhor eu queria tanto ir. Se for do seu agrado eu vou.

LeiaJá: Você acha que conseguirá participar da peregrinação de 26km, contando com ida e volta?

Márcio Ramos: Eu vou andando com muita fé e vou voltar andando sem precisar de nada.

LeiaJá: Como pretende vencer o desafio?

Márcio Ramos: Vou superar meus limites e se eu precisar um vizinho meu irá me ajudar. Há também um grupo de jovens aqui que sempre me ajuda com as bagagens.

LeiaJá: E depois de tudo o que significará para você a JMJ?

Márcio Ramos: Representa a confirmação da minha fé.

 

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No programa de hoje o jornalista James Alcides fala com o policial militar Waldemar Coelho, que comenta sobre como um atentado mudou sua vida radicalmente. Devido a um tiro que levou durante o exercício de sua função, Waldemar ficou paralítico, e posteriormente teve complicações que o fizeram amputar a perna. Apesar de tudo isso ele mostra superação e garra pela busca dos seus objetivos.

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Ainda nesta edição, você confere o quadro Karras Komenta, em que Alfredo Karras fala sobre o complexo de inferioridade e a preguiça que algumas pessoas com deficiência têm. E também o Direito de Vencer, em que Márcio Mário fala sobre a Lei 8213/1991, que fala das quotas para as empresas e os deficientes.

Toda sexta-feira você confere um novo programa Vencer aqui, no Portal LeiaJá.

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O programa VENCER dessa semana traz um bate-papo com a blogueira Wivian Araújo, que fala a respeito do seu trabalho e da sua superação ao enfrentar a Distrofia Muscular de Cintura, uma doença neuromuscular caracterizada pela fraqueza nessa região.

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Além disso, você também confere o quadro Diário de Elaine, que vai mostrar todos os detalhes sobre o Projeto Praia sem Barreiras, em que são disponibilizadas cadeiras anfíbias e monitores para o acesso ao mar de banhistas com mobilidade reduzida.

No Direito de Vencer, Márcio Mario comenta sobre a omissão de socorro. Em Karras Comenta, o chargista Alfredo Karras analisa os altos impostos cobrados em cima dos materiais ortopédicos. Já a consultora Isabela Albuquerque avalia a importância da existência dos gestores no segmento da pessoa com deficiência.

Toda sexta-feira, você confere um novo programa Vencer aqui, no Portal LeiaJa.com.

Uma indiana que perdeu uma perna há dois anos, depois de ter sido jogada de um trem em movimento, se tornou a primeira mulher amputada a escalar o Everest, informaram os organizadores da expedição.

Os guias de Arunima Sinha, de 26 anos, natural do estado de Uttar Pradesh (norte), estavam preocupados, porque ela caminhava lentamente. "Mas quando a equipe chegou aos 8.750 metros de altura, ela ganhou energia e confiança e começou a andar muito rápido", disse Ang Tshering Sherpa, fundador da empresa Asian Trekking.

Arunima Sinha chegou ao topo do Everest na manhã de terça-feira (21), disse Tshering. O Everest, maior montanha do mundo, tem 8.848 metros.

Não há limites para quem gosta de brincar Carnaval, mesmo que seja em um bloco com estimativa de público superior a 1 milhão de pessoas. Um exemplo disso é Bruno Vieira, de 34 anos. Em meio aos foliões que chegam andando para o bloco Galo da Madrugada, realizado na manhã deste sábado (9), no Centro do Recife, está o “cadeirante”, que há cinco anos sofreu um acidente de carro, causando uma lesão de medula.

O rapaz é de Olinda e pela primeira vez resolveu ir ao maior bloco do mundo. Além disso, Vieira conta que usou transporte público e foi curtir a folia sozinho, sem a ajuda de amigos e nem familiares. Em sua cadeira de rodas motorizada e fantasiado como Peter Pan, Viera se locomove pela Avenida Guararapes e garante que vai curtir a festa com alegria.

“Sempre brinquei Carnaval e neste ano bateu a doideira de vir paro o Galo. Não tenho medo de nada e vou me divertir muito”, contou o folião. As pessoas que observam a trajetória do rapaz, ficam admiradas com a coragem dele e a força de vontade de superar a dificuldade.

Maria Salete Dias, que foi para o Galo da Madrugada acompanha de sua família, aprovou a iniciativa de Vieira. “Carnaval é para todos. A alegria é que todos curtam em paz”, comentou.   

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A edição do programa dessa semana é totalmente voltada para o II Encontro Incluir para Vencer que aconteceu na última sexta-feira (25) no Marco Zero, região central do Recife. O destaque do evento foi o início da campanha "Sarah, vem pra Pernambuco", que tem como meta sensibilizar os representantes governamentais para trazer uma unidade do Hospital Sarah Kubitschek para Pernambuco. 

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O evento reuniu tanto pessoas com deficiência quanto sem deficiência, todas juntas no mesmo intuito.

O programa vencer é exibido toda sexta-feira, aqui no portal LeiaJá.

O Programa Vencer desta semana tem mais uma estreia. Agora, é a vez do Cine Vencer, que é apresentado pelos Jornalistas Bob Anderson e Keila Fidélis. O novo quadro vai dar dicas de filmes voltados para o segmento da pessoa com deficiência. No primeiro Cine Vencer está em destaque o longa metragem "Hasta la vista."

Na matéria principal, tem uma entrevista com um professor de Educação Física que perdeu a visão em acidente automobilístico. Foi a partir daí que ele se tornou um grande vencedor. Ainda no programa, tem mais uma edição do Karras Komenta, que traz mais um assunto polêmico: os deficientes que utilizam o transporte público.

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O programa vencer é exibido toda sexta-feira, aqui no portal LeiaJá.

O atleta paralímpico Nathan Stephens chega à Londres confiante na conquista da medalha de ouro. Para confirmar, o britânico disse, em entrevista ao jornal The Sun, que  se pudesse escolher o que ganhar, sua opção seria a medalha olímpica, e não uma perna.

Nathan perdeu a perna esquerda depois de sofrer um acidente em uma ferrovia em Kenfig Hills, no sul do País de Gales, quando era criança. Na fase de readaptação, o esporte se tornou uma boa alternativa, e hoje ele é um destaque internacional. "Por ter perdido minha perna quando era criança, o esporte me deu uma nova opção de vida. Sou o número 1 do mundo no meu esporte e tenho orgulho disso. Tenho orgulho de mim", disse o atleta, que é especialista no lançamento do dardo.

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Aos 24 anos e em sua segunda paralimpíada, Nathan não conseguiu nenhum pódio em Pequim 2008. Ficou em quarto lugar no lançamento do dardo, 11° no lançamento do disco e 8° no arremesso de peso. Agora está confiante e é detentor do recorde mundial do lançamento do dardo F57, com 41,73 m.

Os Jogos Paralímpicos de Londres serão realizados de 29 de agosto a 9 de setembro.

A árabe Sarah Attar terminou em último lugar nas eliminatórias dos 800m rasos nos Jogos de Londres, nesta quarta-feira (7) e foi ovacionada pela torcida presente no Estádio Olímpico. A atleta é uma das duas mulheres da delegação da Árabia Saudita que conseguiu participar das Olimpíadas.

A outa mulher na delegação saudita foi a judoca Wojdan Ali Seraj Shaherkani, de 16 anos, (categoria até 78kg). Ela foi eliminada na primeira luta. Sarah Attar correu usando véu na disputa que foi liderada por Alysia Johnson Montano (EUA) com o tempo de 2min41.

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É a primeira vaz na história que a Arábia Saudita leva mulheres para uma edição dos Jogos Olímpicos. As semifinais da prova dos 800m rasos feminino acontecem nesta quinta-feira (8).

Com uma história de superação, a britânica Joanna Rowsell venceu a vergonha e subiu ao lugar mais alto do pódio em Londres, no último sábado. Joanna é integrante da equipe feminina de ciclismo, junto com Dani King e Laura Trott, que conquistou o ouro olímpico na modalidade.

Rowsell descobriu que tinha alopecia, doença que provoca queda dos pelos do corpo, quando tinha 10 anos. Aos poucos foi perdendo sobrancelhas, cílios e quase todo o cabelo. Com vergonha, a atleta não saia mais de casa. Quando conheceu o ciclismo, aos 15 anos, sua visa mudou e ela passou a de dedicar o esporte.

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“O ciclismo apareceu para mudar meu foco. De repente minha aparência não importava mais, mas sim meu desempenho sobre a bicicleta. Foi ótimo quando comecei a vencer. Foi o melhor sentimento de todos”, contou a britânica, atualmente com 23 anos.

Roswell se tornou um símbolo de superação e quer ajudar pessoas que tenham o mesmo problema. “Eu não queria ser conhecida pela minha doença, mas acho que posso servir de inspiração para outras pessoas. A alopecia sempre será parte de mim e não é mais um problema”, finalizou a atleta.

Uma das atrações desta edição dos Jogos Olímpicos, o sul-africano Oscar Pistorius decepcionou neste domingo e não conseguiu avançar à final dos 400 metros. Mesmo eliminado, o corredor biamputado foi aplaudido pelo público presente no Estádio Olímpico por correr com próteses no lugar das pernas.

Pistorius foi o oitavo e último colocado da sua série nas semifinais, com o tempo de 46s54, mais de um segundo acima do registrado nas eliminatórias, no sábado. Ele havia sido o 16º mais rápido na primeira prova, com 45s44, seu melhor tempo na temporada.

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No geral, o sul-africano foi o 23º e penúltimo, com 46s54. O mais rápido das semifinais foi Lalonde Gordon, de Trinidad e Tobago, com 44s58. Kirani James, de Granada, registrou o segundo tempo, com 44s59. E Chris Brown, das Bahamas, foi o terceiro melhor, com 44s67.

Pistorius fez história no sábado ao se tornar o primeiro atleta amputado a competir usando próteses em uma edição de Jogos Olímpicos. Ele teve as pernas amputadas quando tinha apenas 11 meses e corre usando próteses de fibra de carbono.

Multicampeão paralímpico, o sul-africano já havia feito história no ano passado ao se classificar para o Mundial de Atletismo em Daegu, na Coreia do Sul, onde chegou até as semifinais e ganhou a medalha de prata com a equipe sul-africana no revezamento 4x400 metros.

O debate quanto à autorização para Pistorius competir contra atletas sem deficiência física foi longo. Isso porque havia o argumento de que as próteses geravam vantagem para ele, uma vez que não há desgaste físico, nem risco de lesões, como acontece com os demais atletas. Venceu, porém, a tese contrária, liberando o sul-africano para competir também no revezamento 4x400 metros do seu país em Londres.

 

Ser atleta exige cuidados que vão muito além de aprimorar a técnica do esporte. Preparação física, psicológica e até biológica são fatores necessários para competir em alto rendimento nas modalidades. Porém, as vezes aparece aquele atleta que não segue o padrão, que se diferencia dos demais não por ser simplesmente diferente, e sim pela ousadia em lutar pelo sonho, mesmo que pareça impossível. O Portal LeiaJá separou duas histórias de superação e amor ao esporte.

O Japão será representado no adestramento pelo cavaleiro Hiroshi Hoketsu. Esta será quarta olimpíada do atleta. Até aí nada demais. Mas ao saber que sua primeira Olimpíada foi a de Tóquio, em 1964, disputando uma prova de salto, a história começar a ficar intrigante. Hoketsu é um experiente esportista de 71 anos, sendo o homem mais velho a competir nos Jogos de Londres 2012. Contudo, ele não é o atleta mais velho na história a disputar a competição. O feito é do atirador sueco Oscar Swahn, que aos 72 anos e dez meses ganhou uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Antuérpia, em 1920.

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Após os Jogos de Tóquio, Hoketsu deixou o esporte de lado e foi ser executivo. Mas a paixão pelo adestramento fez com que ele voltasse a modalidade nas Olimpíadas de Seul 1988 e Pequim 2008. Porém, por pouco o sonho de disputar a quarta Olimpíada não desmoronou. Sua égua estava manca e precisava de uma cirurgia, mas graças a um tratamento feito por um médico holandês, o animal voltou ao esporte e conseguiu ajudar o cavaleiro a conquistar uma vaga para sua primeira Olimpíada na Europa.

Praticante de caminhada e cooper, Hoketsu ostenta uma forma física invejável até mesmo para os atletas mais novos. Após os jogos, engana-se quem pensa que o japonês pretende parar. Caso não possa competir, ele pretende ajudar a delegação do país como treinador de adestramento. Enquanto isso Hoketsu segue firme e forte mostrando que não há idade que supere sua vontade de seguir no esporte.

Se Hoketsu desafia os limites da idade, um sul-africano de 24 anos realizará um feito nunca visto na história dos Jogos. Oscar Pistorius será o primeiro atleta biamputado a disputar uma edição das Olimpíadas. Ele representará o país no revezamento 4x400m dos jogos, duelando lado a lado com atletas que possuem as duas pernas.

O desafio, contudo, não é novo na vida do atleta. No mundial de Daegu, na Coreia, ano passado, Pistorius correu o revezamento 4x400m e os 400 até as semifinais. No currículo, o sul-africano tem três ouros nas paralimpíadas de Pequim 2008 e mais outro ouro nos Jogos de Atenas 2004, além de ser recordista dos 100m, 200m e 400m rasos para amputados.

O atleta teve suas pernas amputadas ainda com 11 meses de vida, devido a ter nascido sem a fíbula. Antes do atletismo, se aventurou no rugby, pólo aquático e tênis. Os bons desempenhos nas pistas chamaram atenção dos adversários, que consideravam as próteses usadas pelo atleta como uma “ferramenta” que beneficiaria Pistorius. Ele chegou a ser proibido pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF, sigla em inglês) de disputar provas que na fossem com atletas paralímpicos. O caso foi levado ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), mas o sul-africano foi inocentado em 2008. De volta a categoria, o velocista espera mostrar ao mundo que não é preciso de pernas para correr pelos seus sonhos.

As chances de ambos conquistarem medalhas de ouro são escassas. Mas a superação demonstrada por eles serve de incentivo para milhares de outros atletas. Afinal, o espírito olímpico vai muito além de medalhas e troféus.

Era 1999 quando Lucy Tertulina da Silva começaria uma nova vida. Nessa época, então com 28 anos, ela perderia completamente a visão, fruto de retinose pigmentar - doença que degenera gradativamente o sistema visual. A pernambucana tentou diversas formas de evitar o acontecimento, visitando médicos por todo Brasil e até em Cuba, mas não obteve sucesso.

Lucy já era mãe de Maísa, sua primogênita, quando perdeu totalmente a visão. Como não aceitava o ocorrido, continuou com o preconceito consigo mesma e lamentou perder também momentos importantes da maternidade. “Foi difícil. Por não ter contato com bengala, ter medo de andar sozinha, nunca levei minha filha na escola e também não a ensinei muitas coisas. Sempre que ia ao colégio, estava acompanhada do esposo ou da babá. Isso me faz muita falta”, lembra.

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Os anos passaram e, em 2005, ela se tornou mãe de mais uma garota. Dessa vez, quem chegava ao mundo era Laís. Após tantos problemas, ela ganhou um novo motivo para sorrir, mas por pouco tempo. Oito meses depois, toda a família sofreu um acidente de carro. O marido de Lucy não resistiu e morreu. Mesmo sem ter visão, ela – ou Deus, como prefere dizer - ajudou os socorristas a tirar as duas filhas das ferragens, evitando uma tragédia ainda maior.

Viúva, sem visão e com duas filhas para criar, Lucy só tinha duas opções: se comprimir em uma depressão ou lutar pela felicidade. No entanto, neste momento, as barreiras eram ainda maiores. Por isso, o receio por parte de seus parentes também aumentou. “Pelo fato de ter a deficiência, minha família achava que eu era inútil e eu provei o contrário”.

Decidida a reconstruir a sua vida, ela conta como sua história começou a mudar. “Pela pressão de ter que viver, criar minhas filhas, procurei ajuda. Deus colocou no meu caminho a Associação Caruaruense de Cegos (Acace). A partir dela, tudo mudou. Eu tinha que buscar o melhor para poder dar o melhor a elas (Maísa e Laís)”, afirmou.

A entidade trouxe novas perspectivas para Lucy e o esporte passa a ter um papel importante nesse processo. Após seis meses integrando o grupo, ela retomou uma grande paixão: a leitura. Tudo graças ao braile. Teve também orientação de mobilidade, passando a andar sozinha e daí a praticar golbol (originado do goalball, termo em inglês).

Pouco depois de perder o pai, a filha mais velha de Tertulina também deu chances ao esporte. Ela começou na natação, mas não se agradou. Partiu para o judô e se tornou campeã. Com apenas 17 anos, a jovem já tem o título da Copa AABB Recife e pratica a arte marcial japonesa ninjutsu. Maísa também está se formando em arbitragem para golbol e é responsável por apitar os treinos da Acace. “Como elas não tem pai, eu procuro incentivá-las. Quando sei que estão treinando, tenho certeza que estão longe das drogas”, afirmou Lucy, lembrando ainda que sua caçula, Laís, está escolhendo se vai fazer natação ou dança.

A mãe também continuou no golbol, que é primeira modalidade criada especificamente para os cegos ou para pessoas que tem alguma deficiência visual. Há quatro anos e seis meses ela integra a equipe da Acace, entidade na qual ainda se tornaria presidente, comandando até os dias atuais. Lucy lembra como foi o início da prática na instituição. “No começo, era difícil, as pessoas não queriam. Tive que insistir e estimular. Iniciei a rotina de treinos para motivar e fiquei até hoje. Atualmente, temos um time feminino com quatro integrantes e outro masculino com cinco jogadores”, explicou.

O golbol da Acace ainda não conquistou títulos, mas os resultados gerados por ele, segundo Lucy, são imensuráveis. “A prática esportiva é muito importante. Além da saúde, ele funciona como um refúgio. Quando estamos em quadra nos sentimos vivas. Se todos os pais incentivassem o esporte o mundo seria melhor”, analisa a presidente.

O time já disputou várias competições, principalmente representando Pernambuco nos campeonatos nordestinos da modalidade. Este ano, o elenco já conseguiu ficar em terceiro lugar na etapa de João Pessoa-PB do regional.

Ela também obteve conquistas como pessoa e principalmente como mãe. “Certo dia não tinha pão em casa e precisava comprá-los para as meninas. Criei coragem e fui sozinha, aos pouquinhos, na padaria. Apesar de ser algo tão simples, quando retornei foi uma alegria imensa”, explicou – reforçando que também já circula de ônibus pela cidade.

Com tantas ocupações, Lucy fala como é se dividir nas funções de mãe, presidente, atleta e estudante universitária. “É complicado porque o tempo é limitado, mas procuro um espaço para estar com elas e fazer as minhas outras atividades. É difícil, mas a gente vai conseguindo”, disse.

Quando perguntada se a vida realmente tinha melhorado, ela foi taxativa: “Hoje, todos me veem diferente. Provei que posso criar minhas filhas, ser dona de casa, praticar esporte e estudar. Percebo que antes de perder a visão eu não vivia, apenas vegetava”. Por falar em estudos, Lucy está cursando o último período de Pedagogia e faz planos para o futuro.  “Quero arrumar um emprego na área, continuar à frente da Acace e praticando o golbol – se possível conquistando nosso primeiro título”, afirmou aos risos.

Por fim, depois de tantos percalços, ela deixa um recado. “Gosto sempre de dizer que eu posso tudo naquele que me fortalece. Depois de conseguir enfrentar tantas coisas, o próprio preconceito, tenho certeza de que todos tem dificuldades, mas a força de vencer precisa ser maior”, pontuou.

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