Tópicos | tempo de propaganda

Com a proximidade das eleições, em breve chegará às telinhas do povo brasileiro o horário eleitoral obrigatório. As propagandas começarão a ser veiculadas a partir do dia 19 de agosto e seguem durante 45 dias. Mas nem todo mundo tem o vigor de acompanhar as propostas dos candidatos, que são apresentadas em dois períodos, tarde e noite. 

Segundo o Professor e Pesquisador Rafael Antonello, os moldes atuais do horário eleitoral não são atrativos. “O horário eleitoral não prestigia a grande maioria dos candidatos, que muitas vezes não tem a oportunidade de falar direito. O alto escalão da política é que lucra com isso, por isso não acho fundamental sua transmissão”, declarou Antonello.  A Jornalista Izabella Cavalcati defende que durante o horário político os candidatos não aproveitam as oportunidades. “Todos prometem as mesmas coisas. Já conhecemos o discurso, então desligo a TV. E no dia da eleição voto nulo”, afirmou. 

##RECOMENDA##

Em 2010, o Ibope constatou que entre a primeira e segunda semana de exibição do horário eleitoral houve uma queda de 36% dos telespectadores. Para mudar esse quadro, os candidatos à presidência da república utilizarão estratégias que podem impactar as campanhas. No decorrer do dia, serão exibidos pequenos comerciais de até 60 segundos, na grade da programação. 

Os anúncios inseridos junto a outros comerciais e sem horário definido prometem ter mais abrangência, pois como se trata de um curto intervalo o telespectador não terá interesse em desligar a TV, por conta da propaganda política. Dilma Rousseff (PT) terá o maior tempo para exibição dos pequenos comerciais de campanha, serão 123 minutos espalhados pela programação das emissoras de TV abertas. O candidato tucano, Aécio Neves (PSDB), conquistou 50 minutos na grade, enquanto Eduardo Campos (PSB) exibirá suas propostas durante os intervalos, distribuídas em apenas 22 minutos.

Mas há quem acompanhe e diga estar ansioso pelo início do guia eleitoral. É o caso do Administrador Anderson Gustavo, que defende a exibição da propaganda na TV. “A propaganda eleitoral é a melhor forma de conhecer um candidato. Com base nas propostas apresentadas é possível fazer uma escolha consciente. Sabemos que nem tudo que é dito durante a campanha política é verdade, mas podemos ter convicção que escolhemos o candidato que apresentou o melhor discurso. Sou a favor da propaganda eleitoral e me baseio no que vi durante a propaganda para efetivar o meu voto, no dia da eleição”, concluiu Anderson Gustavo.

Os partidos recém-criados, Solidariedade (SDD) e o Republicano da Ordem Social (PROS), não serão prejudicados com as regras da Lei 12.875, publicadas na última quinta (31) no Diário Oficial. A nova distribuição, entre as siglas, do dinheiro do Fundo Partidário e do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV afetam apenas os partidos criados a partir deste mês.

“Como foram criados antes da lei, (os partidos) vão participar do rateio dos dois terços (de tempo de propaganda) e de 95% do Fundo Partidário, porque tiveram direito à portabilidade”, explicou Antônio Augusto de Queiroz, diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. O fundo e o tempo de propaganda só estarão disponíveis para os novos partidos a partir do momento em que as siglas participem das eleições e elejam candidatos.

##RECOMENDA##

A portabilidade, que valia até as novas regras serem sancionadas, garantia aos parlamentares que trocassem de legenda levar para o novo partido o tempo de propaganda e a parcela do fundo a eles vinculado. Com as novas regras, aqueles que mudarem de partido durante o mandato não poderão levar os votos para a nova sigla, para contagem de tempo de propaganda e o cálculo do fundo.

*Com informações da Agência Brasil

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando