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A TV estatal do Marrocos informou que mais de mil pessoas morreram e centenas ficaram feridas, em consequência do terremoto que atingiu o país no norte da África, na noite desta sexta-feira (8), segundo a agência de notícias Reuters. Foram reportadas 1.037 vítimas e pelo menos 672 feridos.

O sismo provocou o desabamento de vários prédios nessas duas províncias, no sudoeste do país.

O choque foi sentido até na capital Rabat, a centenas de quilômetros de distância, e em cidades costeiras como Casablanca ou Essaouira, até mesmo no país vizinho, a Argélia, onde as autoridades descartaram danos ou vítimas.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou que o terremoto foi de magnitude 6,8 e ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilômetros, com epicentro 71 quilômetros a sudoeste de Marrakech às 23h11, horário local (19h11 no horário de Brasília).

"Sentimos um choque muito violento, percebi que era um tremor", disse Abdelhak el Amrani, um morador de Marrakech, de 33 anos, à AFP em entrevista por telefone.

"Eu vi os prédios se movendo. Não temos reflexos para esse tipo de situação. Então saí e havia muitas pessoas lá fora. As pessoas estavam em choque e em pânico. As crianças choravam, os pais estavam desamparados", disse Amrani.

A mídia marroquina informou que este é o terremoto mais poderoso registrado neste reino no norte da África.

O Ministério do Interior afirmou que as autoridades mobilizaram “todos os recursos necessários para intervir e ajudar nas zonas afetadas”.

Os hospitais de Marrakech registaram um “fluxo maciço” de feridos e o centro de transfusão de sangue local lançou um apelo à população para que faça doações.

- "Entramos em pânico" -

Vídeos gravados em Marrakech mostram moradores deixando edifícios aterrorizados em meio ao tremor, destroços caindo de casas em vielas estreitas e veículos cobertos de pedras.

Um delas mostra o minarete de uma mesquita que desabou na famosa praça Jemaa el Fna, no coração de Marrakech, causando ferimentos a duas pessoas.

Um correspondente da AFP viu centenas de pessoas reunidas nesta praça emblemática para passar a noite ali com medo de tremores secundários. Alguns com cobertores e outros dormiam diretamente no chão.

“Estávamos caminhando por Jamaa el Fna quando a terra começou a tremer, foi realmente uma sensação assustadora”, disse à AFP na praça Houda Outassad.

“Estamos sãos e salvos, mas ainda em estado de choque”, acrescentou esta moradora, que perdeu dez familiares em Ijoukak, uma aldeia rural em Al Haouz.

Mimi Theobald, uma turista inglesa de 25 anos, estava com alguns amigos prestes a comer sobremesa na esplanada de um restaurante "quando as mesas começaram a tremer, os pratos a voar. Entramos em pânico".

- "Gritos e prantos" -

Fayssal Badour, de 58 anos, estava voltando para casa quando percebeu o tremor. “Parei e percebi a catástrofe. Foi muito grave (…) Os gritos e prantos eram insuportáveis”, relatou.

O francês Michael Bizet, dono de três estabelecimentos turísticos em casas tradicionais (riads) na cidade velha de Marrakech, disse que o tremor o acordou durante o sono.

“Saí para a rua meio nu e fui ver os riads. Foi um caos total, uma verdadeira catástrofe, uma loucura”, explicou.

O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, expressou suas condolências ao país vizinho pela “tragédia”.

O chanceler espanhol, José Manuel Albares, ofereceu apoio aos esforços de resgate, e o seu homólogo britânico, James Cleverly, também se mostrou "disposto a ajudar o Marrocos".

A França, que tem uma grande população de origem marroquina, manifestou a sua “solidariedade” e o seu presidente, Emmanuel Macron, disse estar “em choque”.

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da Ucrânia, Volodomir Zelensky; da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e da China, Xi Jinping também expressaram as suas condolências e solidariedade.

A União Africana expressou a sua “grande dor” pela tragédia.

Na cúpula do G20 em Nova Délhi, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse estar “extremamente triste com a perda de vidas”.

O papa Francisco manifestou neste sábado a sua solidariedade aos marroquinos. "O papa expressa a sua profunda solidariedade às vítimas desta tragédia", afirma uma mensagem enviada ao Marrocos pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.

O reino alauita sofre terremotos frequentes em sua região norte porque está entre as placas africana e euroasiática.

Em 2004, pelo menos 628 pessoas morreram e 926 ficaram feridas quando um terramoto atingiu Al Hoceima, no nordeste do país.

Ao menos 296 pessoas morreram devido a um forte terremoto que atingiu o centro de Marrocos nesta sexta-feira (8) à noite, com epicentro próximo à cidade turística de Marrakech, informou o Ministério do Interior.

"Segundo um balanço preliminar, este terremoto causou a morte de 296 pessoas nas províncias e municípios de Al Haouz, Marrakech, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant", informou o ministério em comunicado.

Outras 153 pessoas ficaram feridas e estão hospitalizadas, de acordo com a mesma fonte.

Vídeos publicados nas redes sociais e relatos de sobreviventes descrevem danos em Marrakech, 320 km ao sul de Rabat, e cenas de pânico, com moradores saindo de suas casas em busca de segurança ao ar livre.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou que o terremoto teve magnitude 6,8 e ocorreu a uma profundidade de 18,5 km, com epicentro 71 km a sudoeste de Marrakech.

Os veículos de imprensa marroquinos relatam que este é o terremoto mais forte já registrado no reino no norte da África.

"Por volta das 23h00, sentimos uma sacudida muito forte, percebi que era um terremoto. Via os prédios se movendo. Não temos reflexos para esse tipo de situação. Depois, saí e havia muita gente do lado de fora", explicou Abdelhak el Amrani, um morador de 33 anos de Marrakech, em entrevista à AFP por telefone.

"As pessoas estavam em choque e pânico. As crianças choravam, os pais estavam desamparados", disse Amrani, que relatou uma queda na eletricidade e na conexão telefônica por cerca de 10 minutos.

De acordo com fontes médicas citadas pelo site de notícias Médias24, houve uma "afluência maciça" de feridos nos hospitais de Marrakech.

Em uma cidade na província de Al Hauz, uma família ficou presa sob os escombros após o desabamento de sua casa, conforme os relatos.

O tremor também foi sentido em cidades costeiras como a capital Rabat, Casablanca e Essaouira.

Vídeos gravados em Marrakech mostram moradores correndo para fora dos edifícios durante o terremoto, escombros caindo em vielas estreitas e carros cobertos de pedras.

Um minarete desabou sobre a famosa praça Jamaa el Fna, o coração de Marrakech, causando dois feridos.

- "Gritos e choros" -

Fayssal Badour, de 58 anos, estava voltando para casa quando o terremoto aconteceu. "Eu parei e percebi a catástrofe. Era muito sério (...) Os gritos e os choros eram insuportáveis", relatou.

"Não há muitos danos, mais pânico", disse um morador de Essaouira, a cerca de 200 km de Marrakech, em entrevista à AFP por telefone. "As pessoas estão nas praças, nos cafés, preferem dormir ao ar livre", acrescentou.

O terremoto também foi sentido em várias províncias do oeste da Argélia, o país vizinho, mas o departamento de defesa civil argelino descartou danos ou vítimas.

Marrocos está localizado em uma região propensa a terremotos devido à sua posição entre as placas tectônicas africana e euroasiática.

Em 2004, pelo menos 628 pessoas morreram e 926 ficaram feridas quando um terremoto atingiu Al Hoceima, no nordeste do país.

Em 1980, o terremoto em El Asnam, na vizinha Argélia, com magnitude 7,3, foi um dos terremotos mais destrutivos da história contemporânea. Deixou 2.500 mortos e pelo menos 300.000 pessoas desabrigadas.

No início da manhã deste domingo (6) um terremoto atingiu o leste da China, causando danos significativos que deixaram pelo menos 21 pessoas feridas, conforme a mídia estatal. O tremor ocorreu por volta das 2h33, perto da cidade de Dezhou, localizada a aproximadamente 300 quilômetros ao sul da capital chinesa, Pequim.

O Centro de Redes Sismológicas da China relatou a magnitude do terremoto como sendo de 5,5, enquanto o Serviço Geológico dos Estados Unidos colocou a magnitude em 5,4. O impacto do terremoto foi sentido em toda a região, com 126 casas destruídas e 21 pessoas feridas.

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Relatos das principais redes de televisão do país, incluindo a China Central Television, destacaram a cena caótica em Dezhou, com moradores assustados correndo para as ruas após o abalo. Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram tijolos caídos de paredes rachadas. As linhas de trem foram submetidas a inspeções em busca de sinais de danos, e relatado que o serviço de gás foi interrompido em algumas áreas devido a danos nas tubulações.

Apesar da proximidade do epicentro do terremoto com Pequim, autoridades da capital informaram que não foram encontrados danos significativos na cidade. No entanto, os tremores foram sentidos em algumas áreas, causando apreensão e levando muitos moradores a saírem de suas casas em busca de segurança.

O geofísico Abreu Paris, do Centro Nacional de Informações sobre Terremotos do Serviço Geológico dos Estados Unidos, explicou que a profundidade do terremoto, cerca de 10 quilômetros abaixo da superfície, influenciou na força percebida. "Quanto mais perto da superfície estiver o terremoto, mais forte você o sentirá", enfatizou.

Um terremoto de magnitude 7,2 atingiu o Alasca durante o final de sábado (15) e deixou o Estado durante uma hora sob alerta de um tsunami para o sul da região. O terremoto foi sentido amplamente nas Ilhas Aleutas, na Península do Alasca e nas regiões de Cook Inlet, de acordo com o Centro de Terremotos do Alasca.

Na cidade de Kodiak, sirenes alertaram sobre um possível tsunami e fizeram com que pessoas dirigissem até abrigos tarde da noite, de acordo com um vídeo postado nas redes sociais. O United States Geological Survey escreveu em um post que o terremoto ocorreu 106 quilômetros ao sul de San Point, às 22h48 no horário local, de sábado (3h48 do domingo, 16, no horário de Brasília).

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O terremoto inicialmente foi relatado como de magnitude 7,4, mas rebaixou para 7,2 logo depois. O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos enviou um alerta de tsunami dizendo que o terremoto ocorreu a uma profundidade de 21 quilômetros. A agência, porém, cancelou o comunicado cerca de uma hora após o primeiro alerta.

Antes do cancelamento, o Centro Nacional de Alerta de Tsunami em Palmer, disse que um alerta de tsunami estava em vigor no sul do Alasca e na Península do Alasca. "Para outras costas do Pacífico dos EUA e do Canadá na América do Norte, o nível de risco de tsunami está sendo avaliado", acrescentou. A Agência de Gerenciamento de Emergências do Havaí disse logo após o alerta de tsunami que não havia ameaça para as ilhas.

Houve cerca de oito tremores secundários na mesma área, incluindo um medindo magnitude 5, três minutos após o terremoto original, informou o canal de televisão local KTUU-TV. Os residentes foram aconselhados a não reocupar as zonas de risco sem autorização das autoridades locais.

O Alasca foi atingido por um terremoto de magnitude 9,2 em março de 1964, o mais forte já registrado na América do Norte. Esse terremoto devastou Anchorage e desencadeou um tsunami que atingiu o Golfo do Alasca, a costa oeste dos Estados Unidos e o Havaí. Mais de 250 pessoas morreram devido aos fenômenos.

Um forte terremoto de 6,2 graus de magnitude atingiu Tóquio e outras áreas do leste do Japão nesta sexta-feira (24), informaram a Agência Meteorológica do Japão e o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Segundo os órgãos, não há previsão de tsunami nem registro de feridos.

Fortes tremores foram relatados nas províncias de Chiba e Ibaraki, mas os serviços de meteorologia disseram que havia poucas chances de danos graves ou mortes. Grandes edifícios na capital tremeram e o serviço ferroviário foi interrompido temporariamente quando o terremoto atingiu uma profundidade de cerca de 50 quilômetros às 19h03 (07h03 no horário de Brasília), nas águas do Pacífico, na província japonesa de Chiba.

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A autoridade nuclear japonesa não detectou nenhuma anomalia nas usinas nucleares da região. Pouco antes de os habitantes de Tóquio sentirem o tremor, o sistema avançado de detecção de terremotos do Japão pediu às emissoras de televisão que alertassem sobre um terremoto potencialmente forte.

"Foi como estar em um barco flutuando na água, balançando de um lado para o outro e pareceu durar mais de 30 segundos", disse um apresentador da NHK após o tremor.

O Japão é um dos países mais nações propensas a terremotos. No início de maio, um tremor de magnitude 6,3 atingiu a região de Ishikawa, no centro do país, matando uma pessoa e ferindo 49. Em 2011, um grande terremoto no nordeste do país causou um tsunami devastador e o colapso de uma usina nuclear, deixando 18 mil mortos ou desaparecidos. (Com agências internacionais).

Um terremoto de 6,5 graus de magnitude abalou nesta sexta-feira (5) a região central do Japão e deixou um morto e 21 feridos, de acordo com as autoridades locais.

O tremor, que provocou o desabamento de várias casas, aconteceu na região de Ishikawa às 14H42 (2H42 de Brasília) a uma profundidade de 12 quilômetros, segundo a agência meteorológica japonesa.

As autoridades meteorológicas alertaram os habitantes para possíveis tremores secundários e deslizamentos de terra nos próximos dias, mas afirmaram que não há risco de tsunami.

O porta-voz do governo, Hirokazu Matsuno, declarou à imprensa em Tóquio que foi informado sobre a morte de uma pessoa e "múltiplos imóveis desabados".

A vítima caiu de uma escada, disse à AFP um funcionário da gestão de crises, antes de confirmar que 21 pessoas ficaram feridas.

O corpo de bombeiros local afirmou que pelo menos três prédios desabaram e duas pessoas ficaram presas nos escombros: uma delas foi resgatada e levada para o hospital e as equipes de emergência procuram a segunda.

A circulação de trens de alta velocidade foi interrompida entre Nagano e Kanazawa, uma cidade muito procurada por turistas, de acordo com a empresa Japan Railway.

O terremoto atingiu o nível 6 da escala japonesa Shindo, que vai até 7, na cidade de Suzu, em Ishikawa, o que significa que pode provocar deslizamentos de terra.

Um terremoto de magnitude 6,3 sacudiu Ishikawa, no oeste do Japão, nesta sexta-feira (5), sem que o alerta de tsunami tenha sido ativado ou danos notáveis tenham sido registrados até a publicação desta matéria.

O terremoto ocorreu às 14h42, hora local (0542 GMT), com epicentro em Noto, uma península ao norte de Ishikawa, e a uma profundidade de cerca de 10 quilômetros, segundo a Agência Meteorológica do Japão.

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Outra atividade sísmica de magnitude 4 foi observada na cidade de Nagaoka, em Niigata (costa oeste), e outra de magnitude 3 pôde ser sentida em Tohoku (norte).

O terremoto atingiu o nível 6 na escala japonesa Shindo, que vai até ao 7, na cidade de Suzu em Ishikawa, o que significa que pode provocar grandes deslizamentos de terras.

O abalo provocou a suspensão de linhas ferroviárias em parte do País, incluindo o trem-bala que atravessa o país e se conecta a Tóquio, segundo a Japan Railway. O Japão fica no chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo, e sofre terremotos com relativa frequência, por isso suas infraestruturas são especialmente projetadas para resistir a tremores. (Com agências internacionais).

Ao menos 12 pessoas morreram no Afeganistão e Paquistão em um terremoto de 6,5 graus de magnitude, que também foi sentido a milhares de quilômetros de distância do epicentro na terça-feira (21).

O epicentro foi localizado no nordeste do Afeganistão, perto da cidade de Jurm, na fronteira com Paquistão e Tadjiquistão, de acordo com o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Mas a profundidade de 187 quilômetros reduziu os danos potenciais.

Na província paquistanesa de Khyber Pakhtunkhwa, ao norte da capital Islamabad, as autoridades anunciaram um balanço de nove vítimas fatais, incluindo duas mulheres e duas crianças.

Autoridades no Afeganistão afirmaram que três pessoas morreram e 44 ficaram feridas. As linhas de telefonia e internet nas regiões remotas do país foram cortadas.

O tremor aconteceu às 21h17 do horário local e durou mais de 30 segundos. O abalo foi sentido da Ásia Central até Nova Délhi, na Índia, a mais de 2.000 km de distância.

"Foi assustador. Nunca senti um tremor parecido", disse à AFP Jatera, moradora da capital afegã, que ao sentir o terremoto saiu com toda a família de seu apartamento, localizado no quinto andar.

O terremoto surpreendeu muitas famílias durante os festejos do Nouruz, o Ano Novo persa.

"Foi um terremoto forte e temíamos danos máximos devido à intensidade, então emitimos um alerta", disse à AFP Bilal Faizi, porta-voz do serviço de emergência do Paquistão.

"Felizmente, nossos temores se mostraram equivocados. Os moradores entraram em pânico por causa da magnitude do terremoto, mas os danos foram mínimos".

Nas cidades afegãs de Cabul e Rawalpindi, muitas pessoas correram para as ruas, descalças e com os filhos no colo.

"As pessoas saíram correndo de suas casas. Muitos recitavam o Corão", informou um correspondente da AFP na cidade paquistanesa de Rawalpindi.

O tremor ocorreu na região montanhosa do Hindu Kush, que se encontra na confluência das placas tectônicas eurasiática e indiana, informou o Centro Sismológico Euro-Mediterrâneo (EMSC).

Em Jurm, próximo ao epicentro, não foram registradas vítimas.

O portavoz do governo do Afeganistão, Zabihullah Mujahid, afirmou que os centros de saúde do país permanecem em alerta.

Em 22 de junho de 2022, mais de mil pessoas morreram e dezenas de milhares ficaram sem casa após um tremor de magnitude 5,9 no Afeganistão. O sismo, que afetou a província pobre de Paktika, foi o mais letal em 25 anos.

Uma pessoa morreu em decorrência do forte terremoto que atingiu uma região próxima a Guayaquil, a segunda maior cidade do Equador, de acordo com o serviço nacional de respostas a emergências do país. A vítima era um passageiro em um veículo que foi atingido pelo desabamento de uma casa.

De acordo com o U.S. Geological Survey, um terremoto de magnitude 6.8 atingiu a área costeira de Guayas, 80 quilômetros ao sul de Guayaquil, cuja região metropolitana tem 3 milhões de habitantes. Os tremores abalaram várias residências e prédios na região.

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O jogador ganês Christian Atsu, vítima do terremoto que atingiu a Turquia no início de fevereiro, foi velado nesta sexta-feira (17) em Accra, capital de Gana.

O presidente do país africano, Nana Akufo-Addo, conduziu o velório na presença da família de Atsu e seus ex-companheiros de clube, que vestiam camisetas em sua homenagem.

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Velado em um caixão envolto com as cores de Gana, torcedores se despediram do ídolo, que ficou conhecido, também, pelo trabalho social em seu país.

"Você não se foi sozinho, uma parte de mim o acompanha. Seu amor continuará me guiando. Você parecerá imortal. Seu sorriso, seu amor, vejo você no sorriso de nossos filhos", disse sua viúva, Marie-Claire Rupio, em lágrimas.

Atsu faleceu aos 31 anos no terremoto que deixou mais de 50 mil mortos na Turquia e na Síria, no início de fevereiro. Desde setembro, o ganês jogava no Hatayspor, da primeira divisão turca e baseado em Antakya (sul), perto do epicentro do incidente.

Depois de duas semanas desaparecido, seu corpo foi encontrado em 18 de fevereiro entre os escombros do prédio onde morava.

Ao longo de sua carreira, Atsu passou por clubes do futebol inglês como Chelsea e Newcastle e o Porto, de Portugal.

Ele foi enterrado em Ada, sua cidade natal, no sudeste de Gana.

O Japão recordou neste sábado os 12 anos do desastre no dia 11 de março de 2011, quando o país sofreu um dos terremotos mais violentos já registrados no mundo, que provocou um tsunami e resultou na catástrofe nuclear de Fukushima.

Como acontece a cada ano, os japoneses respeitaram um minuto de silêncio às 14h46 (2h46 do horário de Brasília), momento em que, há 12 anos, um terremoto de 9,0 graus de magnitude abalou o arquipélago e chegou a ser sentido na China.

Das profundidades do Oceano Pacífico, perto da costa noroeste do Japão, o tremor provocou um tsunami no qual gigantescas ondas afetaram a região.

Tsunami é a principal causa de morte ou desaparecimento de quase 18.500 pessoas na catástrofe.

Os canais de televisão exibiram neste sábado imagens de pessoas que perderam entes queridos no tsunami depositando flores, em momentos de oração e em reverência diante dos túmulos.

"Estamos sobrevivendo, por isso, por favor, cuidem de nós", disse Fumiki Sugawara, de 73 anos, em frente ao túmulo dos membros de sua família, incluindo seu marido, segundo o canal público NHK.

Após o tsunami aconteceu o acidente na central nuclear de Fukushima Daiichi, inundada pelas ondas, onde os núcleos de três dos seis reatores sofreram uma fusão parcial.

Quase 165.000 pessoas foram retiradas da região e localidades inteiras permaneceram inabitáveis durante anos.

O acesso a mais de 1.650 quilômetros quadrados do departamento de Fukushima (12% da sua superfície) foi proibido nos meses seguintes a catástrofe.

Intensos trabalhos de descontaminação permitiram reduzir as zonas inabitáveis a 337 km2 (2,4% do departamento).

Os trabalhos de descontaminação e desmantelamento da central devem demorar vários anos.

A justiça japonesa confirmou em janeiro a absolvição de três ex-dirigentes da Tepco, a operadora da central nuclear, que haviam sido acusados de negligência criminal pelo acidente de 2011.

Três semanas após o terremoto que destruiu partes do sudeste da Turquia e do noroeste da Síria, e que deixou mais de 50 mil mortos nos dois países, um novo tremor, de magnitude 5,6, atingiu a Turquia nesta segunda-feira (27). O epicentro do novo tremor aconteceu em Yesilyurt, na região de Malatya, no leste, também afetado pelo terremoto de 6 de fevereiro. Segundo o prefeito da cidade, Mehmet Cinar, mais prédios desabaram, mas não havia registro de vítimas.

Desde a catástrofe, mais de 6.000 tremores secundários foram registrados. A magnitude do novo terremoto foi de 5,7 graus, de acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS), que monitora terremotos em todo o mundo em tempo real. Já o Centro Sismológico Euromediterrâneo fala de magnitude 5,5.

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Nos dois casos, a força do tremor é significantemente menor que a do terremoto do dia 6 de fevereiro, que alcançou magnitude 7,8 e é um dos piores da história da região e destruiu milhares de prédios e cidades na região central da Turquia e no norte da Síria.

O novo tremor acontece com a região central da Turquia ainda praticamente sob escombros e tentando achar um caminho para a reconstrução de cidades inteiras. Mais de 173 mil prédios foram total ou parcialmente destruídos só na Turquia, segundo o governo.

O presidente turco, Recep Tayip Erdogan, muito criticado pela resposta lenta, tem culpado construtoras de edifícios, que não seguiam os protocolos antiterremoto, pela destruição. Nesta segunda-feira, o governo afirmou que mais 184 pessoas suspeitas de não cumprir com os protocolos foram presas.

A Turquia concluiu na semana passada as operações de resgate em quase todas as províncias após o terremoto que atingiu o país e a Síria. As buscas serão mantidas apenas nas duas províncias mais atingidas pelo tremor que deixou mais de 46.000 mortos apenas na Turquia.

As autoridades não informaram o número de pessoas que ficaram desabrigadas após os terremotos. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, havia dito na terça-feira passada, dia 21, que mais de 2 milhões de pessoas saíram das províncias afetadas por seus próprios meios.

"Vivemos o maior desastre de nossa história", disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, em entrevista coletiva no sábado (25). "Se você for ao local, vai entender o quão grave é a situação em comparação com o que você vê nas telas de sua TV." (Com agências internacionais).

Um homem declarado morto após ser encontrado nos escombros do terremoto na Síria voltou à vida em seu próprio funeral. Foi o que relatou o tablóide britânico Daily Star na última quarta (22).

Ahmed al-Maghribi não teria respondido a estímulos após ser retirado de um prédio que desabou na cidade de Atarib, na Síria, o que levou os médicos a acreditar que ele havia morrido. Seu corpo ficou em uma geladeira por dois dias enquanto esperavam que os familiares viessem identificá-lo.

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O Daily Star afirma que a imprensa local relatou que assim que sua família confirmou que era ele, Ahmed foi colocado em um saco para cadáveres e levado a um cemitério. Foi quando o "morto" começou a se mexer.

A surpresa deixou todos atordoados e Ahmed foi levado de volta ao hospital, onde está internado. A suspeita é de que se trate de um caso raro de coração de uma pessoa que voltou a bater após uma parada cardíaca provocada por um choque.

As autoridades turcas anunciaram nesta segunda-feira (20) que estão em andamento as evacuações da área atingida por dois novos terremotos, de magnitude 6,4 e 5,8, em Hatay, no sudeste da Turquia, uma das províncias mais atingidas pelo terremoto do último dia 6 de janeiro.

O anúncio foi feito pelo prefeito de Hatay, Rahmi Dogan, conforme relatado pela imprensa local.

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O Diretório de Administração de Desastres e Emergências (Afad) pediu às pessoas na área que se mantenham longe dos prédios já danificados pelo terremoto anterior e se afastem das áreas costeiras por medo de que possa haver um aumento no nível do mar.

Da Ansa

A Fifa anunciou nesta sexta-feira uma doação de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,2 milhões) às vítimas do terremoto que atingiu regiões da Turquia e Síria na última semana. Os recursos serão destinados à assistência humanitária nos países por meio da Fifa Foundation, entidade independente fundada para promover mudanças sociais por meio do esporte.

A entidade entrou em contato com as confederações nacionais da Turquia e da Síria, além de organizações não-governamentais, para entender em quais necessidades básicas esse dinheiro deverá ser revertido. A verba será utilizada para a compra de itens emergenciais e para prover abrigo temporário aos necessitados após a catástrofe na região.

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Até o momento, mais de 42 mil pessoas perderam suas vidas no terremoto que atingiu o Oriente Médio na última semana. Além disso, outros milhares de indivíduos estão desabrigados, em temperaturas abaixo de zero na região, que atualmente passa pelo inverno.

"Em nome da comunidade global do futebol, gostaria de estender minhas mais profundas condolências às famílias e amigos daqueles que perderam suas vidas nos terremotos na Turquia e na Síria", afirmou Gianni Infantino, na semana passada. "Nossos pensamentos e orações estão com as vítimas e com os feridos nesta tragédia. Gostaríamos de expressar nossa solidariedade e apoio ao povo de ambos os países durante este período terrível."

O forte terremoto de magnitude 7,8 atingiu o sudeste da Turquia e o norte da Síria na madrugada do dia 6 de fevereiro, segunda-feira. Ao longo dos últimos dias, esportistas brasileiros relataram o drama vivido nos países, como Souza e Willian Arão. Christian Atsu, ex-jogador do Chelsea, segue desaparecido após o terremoto.

Três sobreviventes, incluindo um adolescente de 14 anos, foram retirados dos escombros em Antakya, sul da Turquia, mais de 10 dias após um terremoto que devastou a região, informaram nesta sexta-feira (17) as autoridades locais e a imprensa turca.

Mustafa, 33 anos, e Mehmet, 26, foram resgatados 261 horas depois do terremoto, informou no Twitter o ministro da Saúde, Fahrettin Koca.

O canal CNN Türk identificou os sobreviventes como Mustafa Avci e Mehmet Ali Sakiroglu.

Um pouco antes, um adolescente de 14 anos que passou 260 horas sob os escombros foi retirado das ruínas do edifício em que morava no centro da cidade de Antakya "após muitos esforços", informou o ministro.

Koca indicou que o adolescente, Osman, foi submetido a uma "cirurgia" em um hospital da província, mas não explicou a gravidade do quadro do resgatado. As autoridades divulgaram uma foto em que ele aparece consciente.

"Nosso irmão Mustafa lembrou o número de telefone de um parente e fez uma ligação", disse o ministro, que divulgou um vídeo do momento.

Nas imagens o jovem pergunta: "Você está bem, mãe?". Em seguida sorri quando a pessoa, chorando, responde: "Todos estão bem".

O balanço oficial mais recente do terremoto de 7,8 graus de magnitude que atingiu Turquia e Síria em 6 de fevereiro supera 41.000 mortes.

Uma jovem de 17 anos foi resgatada com vida nesta quinta-feira (16) dos escombros de um prédio na cidade de Kahramanmaras, uma das mais afetadas pelo terremoto que devastou parte da Turquia e da Síria no dia 6 de janeiro.

Segundo a agência estatal de notícias Anadolu, as equipes conseguiram retirar a adolescente, chamada Aleyna Olmaz, 248 horas depois do primeiro abalo sísmico de 7.8 graus na escala Richter.

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Apesar dos trabalhos dos socorristas estar mais focado na ajuda aos sobreviventes e na retirada dos corpos dos mais de 42 mil prédios destruídos, algumas pessoas ainda estão desafiando as estatísticas e sendo resgatadas vivas em várias cidades do país. Conforme especialistas, o corpo humano consegue passar 72 horas sem alimentação e água. A partir daí, a sobrevivência torna-se quase impossível.

Também nesta quinta-feira, o governo turco atualizou o número de vítimas da tragédia, que chegou a 36.187. A Síria, porém, não informa se há novas mortes há dois dias e a quantidade de óbitos continua em 5.814 somando as áreas controladas pelo governo e pelos rebeldes. Com isso, o total de falecimentos chega a 42.001 pessoas.

Itália e Vaticano

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, telefonou nesta quinta-feira para seu homólogo turco, Mevlut Cavusoglu, para debater novas ajudas que podem ser enviadas pelos europeus às áreas afetadas pelo sismo.

Essa é a quinta conversa desde o dia 6 de fevereiro e, desde então, a Itália já enviou equipes de socorristas e investigadores dos bombeiros e da Defesa Civil, hospitais de campanha e tendas e camas para as duas nações afetadas.

"O povo italiano segue com grande atenção as notícias e as imagens comoventes da devastação causada pelo terremoto. Os italianos, infelizmente, também conhecem bem os danos trazidos por sismos. Também por conta disso, e em nome de nossa amizade, continuaremos a apoiar o governo turco nos seus esforços de salvamento por todo o tempo necessário", disse Tajani em nota oficial.

Já no Vaticano, o papa Francisco recebeu para uma audiência privada o embaixador da Turquia na Santa Sé, Ufuk Ulutas.

Durante o encontro, que debateu a situação das áreas afetadas pelo tremor, o líder católico ainda escreveu uma mensagem formal aos turcos.

"Ao nobre povo turco: nesse momento de muita dor, meu pensamento e minha oração vai até vocês. Caros irmãos e irmãs, estou próximo e rezo por vocês", escreveu segundo o divulgado pela sala de imprensa do Vaticano. 

Da Ansa

Em um hospital no noroeste da Síria, Hanaa, de oito anos, pergunta sobre seus pais e irmã todos os dias. Ela ainda não sabe que é a única da família que sobreviveu ao terremoto.

O terremoto que devastou regiões inteiras da Síria e da Turquia em 6 de fevereiro, com um balanço de 40.000 mortos, deixou muitos órfãos.

Diante de um número de vítimas que não para de aumentar, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) teme um “número assustador” de crianças que perderam os pais.

Hanaa foi resgatada dos escombros 33 horas após o terremoto na cidade de Harim, perto da fronteira com a Turquia, onde o prédio onde ela morava com sua família desabou.

"Tentamos salvar seu pai, um socorrista, sua mãe e sua irmã, mas todos morreram", disse Abdallah Charif, tio da menina, no hospital vizinho Maarrat Misrine, onde ela foi internada.

“Ele pede constantemente notícias do pai, da mãe e da irmã” Waad, de quatro anos.

"Não tivemos coragem de dizer a verdade. Respondemos que estão em outra seção do hospital", acrescenta.

Em sua cama de hospital, cercada por balões do dia dos namorados, a garota de olhos claros tenta sorrir, apesar dos ferimentos no rosto e do gesso na mão.

Bassel Stefi, o médico que cuida dela, explica que ela chegou em estado crítico.

"Ela estava desidratada depois de mais de 30 horas sob os escombros sem comer ou beber neste frio. Agora ela está na unidade de terapia intensiva, seu quadro é estável, mas corre o risco de ter um braço amputado", diz ela.

O tio de Hanaa teme que o estado da menina piore se souber da morte de seus parentes e prefere recorrer a especialistas para dar a notícia.

"As crianças estão expostas a sérios riscos psicológicos devido à intensidade do choque", disse à AFP Samah Hadid, funcionário do Conselho Norueguês para Refugiados do Oriente Médio.

Hanaa só tem seus avós e tios para criá-la nesta região sob controle rebelde, onde grande parte da população se deslocou de outras áreas devastadas pela guerra na Síria.

- "Seu pai o abraçava" -

Segundo a Unicef, mais de sete milhões de crianças foram afetadas pelo terremoto nos dois países, das quais 2,5 milhões vivem na Síria.

Para muitas, "é um trauma somado a outros traumas", disse à AFP James Elder, porta-voz do Unicef.

“Toda criança com menos de 12 anos só conhece conflito, violência e deslocamento” na Síria, acrescenta.

Na mesma cidade de Harim, onde cerca de 35 construções não resistiram ao terremoto, o pequeno Arslan Berri, de 3 anos, foi o único que sobreviveu ao desabamento de sua casa.

"A casa onde minha irmã morava desabou. Passamos três dias cavando, encontramos seu pai sem vida abraçado e segurando seus outros dois filhos pela mão", conta seu tio Ezzat Hamidi, 30.

A mãe dele foi encontrada a cerca de dois metros de distância, segundo este familiar.

"Meu sobrinho perdeu a mãe, a irmã e os dois irmãos. Ele corre o risco de ter as pernas amputadas", acrescenta o jovem, que vai de hospital em hospital com o menino em estado de choque para receber os cuidados necessários.

"Os membros inferiores da criança foram esmagados" pelos escombros, explica o Dr. Omar al-Ali, do Sarmada Children's Hospital, acrescentando que órgãos internos também foram afetados.

"Salvamos muitas crianças que ainda estão vivas, mas também há outras mortas", disse à AFP Obada Zikra, oficial dos Capacetes Brancos, que lideram as operações de resgate em áreas rebeldes na Síria.

Entre eles estava um recém-nascido, ainda ligado à mãe morta pelo cordão umbilical e que perdeu todos os familiares em um prédio em Jandairis, perto da fronteira com a Turquia.

"Sentimos uma grande alegria cada vez que resgatamos uma criança viva", acrescenta o socorrista.

"Mas esperamos que as crianças de nossa região, que só conheceram bombardeios e deslocamentos e nunca desfrutaram de estabilidade, possam crescer como as outras crianças do mundo e ir à escola", conclui.

A Federação Turca de Handebol (THF) informou nesta terça-feira que o capitão da seleção masculina do país, Cemal Kütahya, de 32 anos, foi encontrado morto sob os escombros da casa em que vivia em Antáquia, região atingida por terremoto de 7,8 graus na Escala Richter no dia 6 de fevereiro.

Kütahya foi encontrado ao lado do filho Çinar, de cinco anos, também sem vida. As buscas no local do desabamento seguem em busca da sogra, Nurten Mutlu, e de Pelin Kütahya, mulher do jogador de handebol, que estava grávida de quatro meses.

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Em seu site, a Federação Turca lamentou a morte de Kütahya, que também atuava na equipe de handebol de praia. Segundo a entidade, o enterro do jogador e do filho ocorrerá nesta quinta-feira.

"Lamentamos profundamente que o capitão da seleção turca masculina de handebol. A Federação Turca sempre manterá viva sua memória, que representou nosso país ao mais alto nível como capitão", afirma a entidade.

Nas redes sociais, a Federação Internacional de Handebol (IHF) também prestou suas condolências pela morte de Kütahya. Segundo a entidade, o atleta foi "peça fundamental para a seleção turca".

A ONU fez um apelo nesta quarta-feira por doações para ajudar a enfrentar as "imensas necessidades" de milhões de pessoas sem moradia ou alimentos após o terremoto que deixou quase 40.000 mortos na Turquia e na Síria.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu aos Estados membros da organização que contribuam "sem demora" com 397 milhões de dólares para assegurar "a ajuda humanitária da qual precisam desesperadamente quase cinco milhões de sírios", começando por "abrigo, atendimento médica e alimentos".

Guterres disse que em breve será apresentado um pedido similar para ajudar a Turquia.

"As necessidades são imensas e sabemos que a ajuda para salvar vidas não está chegando na velocidade e escala necessárias", insistiu Guterres.

"Uma semana depois dos terremotos devastadores, milhões de pessoas na região lutam para sobreviver, sem moradia e em temperaturas glaciais", acrescentou.

Na terça-feira à noite, o balanço da tragédia era de 39.106 mortos: 35.418 na Turquia e 3.688 na Síria.

A ONU já afirmou que os números devem aumentar de maneira expressiva.

"Estamos assistindo a pior catástrofe natural na região europeia da OMS em um século e a ainda estamos medindo a dimensão", afirmou uma fonte da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na terça-feira, as equipes de resgate encontraram quatro pessoas com vida nos escombros na Turquia.

Um casal sírio de Antakya, uma das cidades mais afetadas pelo terremoto, exclamou "Alahu akbar" (Alá é maior) depois do resgate. Eles passaram quase 210 horas nos escombros após o terremoto de 7,8 graus de 6 de fevereiro.

Dois irmãos foram resgatados depois de 198 horas sob os escombros.

Com 17 e 21 anos, os jovens afirmaram que sobreviveram consumindo proteína em pó.

"Estava tranquilo, sabia que seria salvo. Eu rezei. Conseguia respirar sob as ruínas", comentou um deles ao canal NTV.

Porém, apesar dos pequenos milagres, as possibilidades de encontrar sobreviventes nos edifícios que desabaram são quase nulas.

- Resignação -

"As equipes que vieram até aqui deixaram claro que procuram sobreviventes. Trabalharam durante dois dias e não encontraram nenhum", lamentou Cengiz, um soldado de 50 anos de Antakya com cinco parentes presos entre os escombros.

"Entendemos que a atenção está voltada para os sobreviventes, mas temos o direito de reclamar os corpos de nossos familiares", declarou, com resignação, Hussein, que esperava localizar a esposa de seu irmão e seus quatro filhos.

Nas atuais circunstâncias, a prioridade agora é a assistência para centenas de milhares - que podem chegar a milhões - de pessoas cujas casas foram destruídas pelos terremotos.

"Atendemos às necessidades de alojamento de 1,6 milhão de pessoas. Quase 2,2 milhões de pessoas foram retiradas ou abandonaram as províncias (atingidas)", afirmou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, na terça-feira, após uma reunião do governo.

- Zonas rebeldes -

No lado sírio, pela primeira vez desde 2020 um comboio de ajuda entrou na terça-feira nas zonas rebeldes do norte do país depois de atravessar a passagem de fronteira de Bab al-Salama, no limite com a Turquia.

O comboio era integrado por 11 caminhões da Organização Internacional para as Migrações (OIM), carregados com barracas, colchões, cobertores, tapetes e outros produtos.

O posto de fronteira de Bab al-Salama liga o território turco ao norte da província de Aleppo, controlada por facções sírias leais a Ancara.

O local havia sido fechado à ajuda humanitária da ONU por pressão da Rússia, aliada do regime de Damasco.

As zonas fora de controle do governo sírio no norte de Aleppo e na província de Idleb (noroeste), onde moram quase três milhões de pessoas, estão entre as mais devastadas pelo terremoto na Síria.

A Síria anunciou a abertura de duas novas passagens de fronteira com a Turquia por um período inicial de três meses para acelerar a chegada de ajuda humanitária.

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