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Uma forte explosão foi registrada na manhã desta sexta-feira (24) na cidade de Houston, no Texas - anunciaram as autoridades locais no Twitter. A polícia informou que está respondendo à deflagração e advertiu todos os motoristas para evitarem a área oeste da cidade.

A explosão ocorreu por volta das 4h15, horário local (7h15, horário de Brasília), em um prédio no noroeste da cidade, provocando grande quantidade de fumaça, segundo a imprensa americana. Pelo menos uma pessoa foi levada para o hospital, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

"Vamos informar a possível causa da explosão assim que tivermos informações concretas", disse Samuel Pena, chefe dos bombeiros de Houston, no Twitter. "Esta ainda é uma cena ativa. Evitem a área. Nenhuma ordem de evacuação foi dada no momento", acrescentou Pena. Quase todas as casas da região sofreram danos, informou o canal local KPRC2.

"Quebrou todas as janelas da nossa casa, explodiu todas as portas da garagem por aqui... e, mais perto da explosão, os telhados e as paredes sofreram danos. Não sabemos o que foi", relatou Mark Brady, morador de Houston, ao canal local KPRC2.

"É um desastre", disse ele. Outro morador, chamado apenas de Kim, disse que sua "casa foi completamente arruinada. Todo o teto desabou sobre nós. Ficamos presos, e uma família veio nos ajudar", completou.

Um estudante foi baleado nesta terça-feira (14) em uma escola no Texas. O suspeito está solto, informaram autoridades locais.

Equipes de emergência foram vistas realizando reanimação cardiopulmonar enquanto transportavam o aluno de uma maca para uma ambulância do lado de fora da Bellaire High School, informou a emissora KPRC-TV.

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O perfil oficial da cidade, um subúrbio a sudoeste de Houston, confirmou no Twitter que havia um tiroteio e disse que o suspeito ainda está solto. Moradores foram aconselhados a evitar área ao redor da escola e permanecerem em suas casas.

A polícia e os funcionários da escola não puderam ser contatados imediatamente para comentar.

O estado do Texas executou o ex-líder de um grupo de supremacistas brancos pelo assassinato de uma mulher na cidade de El Paso em 2002. Justen Hall, 38 anos, foi declarado morto às 18h32 (21h32 de Brasília) de quarta-feira  (6) na penitenciária de Huntsville.

Ele foi condenado à pena de morte em 2005 por estrangular uma mulher de 29 anos e enterrar o corpo da vítima no deserto do estado do Novo México. A Promotoria afirmou que Hall matou a mulher porque ela havia ameaçado revelar a existência de um laboratório ilegal de drogas que era comandado pelo grupo do criminoso, "Aryan Circle".

Em 2017, Hall pediu a seus advogados - que alegavam uma doença mental do réu - que desistissem de tentar evitar a pena capital e afirmou que estava pronto para enfrentar seu destino. Hall é o 19º condenado à morte executado em 2019 nos Estados Unidos, o oitavo no Texas.

Um tribunal federal do Texas acusou um cidadão de Bangladesh, preso no Brasil em uma operação conjunta com os Estados Unidos, de tráfico de emigrantes sem documentação, informaram autoridades americanas.

Saiful Al-Mamun, de 32 anos, recebeu oito acusações de conspiração e contrabando de estrangeiros em um tribunal federal no Texas, disse o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, apontando que Al-Mamun também enfrenta acusações no Brasil.

A prisão, realizada no âmbito de uma ampla operação da Polícia Federal, permitiu desmantelar uma organização de tráfico de pessoas que operava em vários países latino-americanos com os Estados Unidos como destino final.

De acordo com documentos judiciais, Al-Mamun abrigava cidadãos asiáticos na cidade de São Paulo que pagavam dezenas de milhares de dólares para entrar ilegalmente nos Estados Unidos.

Do Brasil, Al-Mamun organizou a viagem dos emigrantes por meio de uma rede com ramificações no Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala e México, de acordo com a acusação formal divulgada pelo Tribunal para o Distrito Sul do Texas, Divisão Laredo.

O texto afirma que Al-Mamun e seus colaboradores Moktar Hossain e Mohamad Milon Hossain estavam envolvidos no tráfico de seres humanos para os Estados Unidos entre março de 2017 e junho de 2019 e concordaram em receber pagamentos no México, na América Central, na América do Sul e em Bangladesh.

Hossain, morador de Monterrey, México, se declarou culpado em 27 de agosto de tráfico de seres humanos em troca de dinheiro. Hossain abrigou os emigrantes e providenciou seu transporte para a fronteira sul-americana, onde os instruiu sobre como atravessar o Rio Grande, segundo as investigações.

Milon Hossain, também conhecido por seu pseudônimo Milon Miah, foi preso em 31 de agosto quando chegou ao aeroporto de Houston. Residente em Tapachula, no México, supostamente deu aos emigrantes uma passagem de avião para o norte do México, onde entraram em contato com os coiotes que os levariam para o outro lado da fronteira.

Os três podem receber penas de três a 15 anos de prisão e multas de até US$ 250.000.

O jovem americano acusado de matar 22 pessoas em agosto em um hipermercado de El Paso, no Texas, se declarou inocente em um tribunal desta cidade do sul dos Estados Unidos, informou a justiça local. Patrick Crusius, um jovem branco de 21 anos, foi acusado em agosto de homicídio e enfrenta a pena de morte ou prisão perpétua.

O acusado "se declarou inocente esta tarde e o promotor Jaime Esparza pedirá a pena de morte", disse à AFP a promotoria de El Paso. O procurador-federal John Bash assinalou que o crime é considerado um ato de "terrorismo".

Em um manifesto publicado na Internet antes do ataque, Crusius denunciou uma "invasão hispânica" no Texas e depois declarou que seu alvo eram os 'mexicanos'. O jovem está detido e isolado, com vigilância especial para evitar que cometa suicídio, segundo a imprensa local.

A ex-policial Amber Guyger, do Texas, foi declarada culpada de homicídio, nesta terça-feira (1º), por atirar em um vizinho na residência do mesmo no ano passado, um episódio que seu advogado classificou como "erro trágico".

O caso provocou indignação e gerou polêmica sobre violência policial e preconceito racial, já que Amber é branca, e sua vítima, Botham Jean, de 26 anos, era negra.

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Depois do episódio, ocorrido em 6 de setembro de 2018, Amber Guyger alegou ter-se confundido, acreditando que tinha voltado para sua casa e que Jean fosse um intruso.

Na verdade, ela tinha entrado no apartamento de Jean, que estava destrancado e fica um andar acima do seu.

"Ela sabe que cometeu um erro trágico, mas não foi com maldade", disse no tribunal o advogado da ré, Robert Rogers, no início do julgamento nesta segunda-feira.

Robert descreveu o episódio como um "erro humano" e um ato em "legítima defesa".

O procurador Jason Hermus respondeu que Jean, originário da ilha caribenha de Santa Lúcia e que trabalhava para uma empresa de contabilidade, "pagou o preço final" por seus erros.

Amber Guyger, de 31, trabalhou como policial em Dallas por quatro anos até ser demitida por causa do assassinato. Agora, pode enfrentar prisão perpétua.

Ao menos sete pessoas foram mortas após um ataque a tiros no Estado do Texas, nos Estados Unidos, confirmou a imprensa local neste domingo, 1. Cerca de 20 pessoas foram baleadas nas cidades de Midland e Odessa, neste sábado, 31. A polícia havia confirmado, logo após o ataque, cinco mortos e 21 feridos. Outras duas pessoas morreram após serem atendidas em hospitais.

O suspeito foi identificado pelos policiais como Seth Aaron Ator, de 36 anos, residente de Odessa. Ele foi morto pelas forças de segurança em frente a um complexo de cinema da cidade. Inicialmente, as autoridades suspeitaram do envolvimento de um segundo suspeito.

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O agente do FBI Christopher Combs afirmou neste domingo que os investigadores não acreditam que o criminoso tenha conexão com grupos terroristas.

O tiroteio começou quando um policial tentou parar o veículo em que Seth estava na rodovia Interestadual 20 por volta das 14h30 horário local, entre Odessa e Midland. Ele não teria sinalizado que iria pegar uma das saídas da rodovia.

Ao ser parado, "o motorista, único ocupante do automóvel, apontou um fuzil pela janela e deu vários tiros contra a patrulha", informou o Departamento de Segurança Pública do Texas em um comunicado.

O atirador feriu um policial, fugiu e continuou atirando contra pessoas inocentes e outros automóveis no trajeto entre as duas cidades, distantes 32 km uma da outra.

O atirador abandonou o carro em que estava e roubou uma caminhonete dos correios. É possível que o funcionário do serviço postal esteja entre as vítimas.

Durante a perseguição, que durou mais de uma hora, os habitantes das duas cidades foram orientados a não sair de casa.

Há menos de um mês, os Estados Unidos enfrentaram dois ataques a tiros em menos de 24 horas. No dia 3 de agosto, um homem portando fuzil entrou em um centro comercial em El Paso, também no Texas e assassinou 20 pessoas. No dia 4, um atirador matou 9 frequentadores de um bar em Ohio, incluindo a própria irmã.

Através de uma mensagem postada no Twitter, o presidente Donald Trump parabenizou a polícia do Texas, o FBI e as equipes de resgate pela conduta na "terrível tragédia com disparos de ontem... Uma situação muito difícil e triste!".

Mais tarde, ao falar com jornalistas no jardim da Casa Branca, ele disse que, embora tenham sido realizadas discussões com congressistas de ambos partidos para conter a violência armada no país, o que aconteceu "realmente não mudou nada" na política de porte e posse de armas do país. (Com agências internacionais)

O presidente dos EUA, Donald Trump, se comprometeu neste domingo, horas após o último tiroteio em massa em território norte-americano, a trabalhar com o Legislativo para "frear a ameaça de ataques em massa". Ele salientou, porém, que qualquer medida deve satisfazer os objetivos de proteger a segurança pública e o direito constitucional de posse de armas.

"Queremos reduzir substancialmente o crime violento", afirmou Trump. Ele acrescentou que seria "maravilhoso dizer" que trabalharia para "eliminar" os tiroteios em massa, mas reconheceu que isso era improvável.

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As declarações de Trump ocorreram horas depois um homem detido por uma infração de trânsito no Texas ter aberto fogo contra as tropas estaduais, matando sete pessoas e deixando 22 feridos antes de ser morto pela polícia. Autoridades disseram neste domingo que ainda não sabem explicar porque o homem agiu dessa forma. Registros judiciais mostram que o atirador foi preso em 2001 e acusado por contravenção e resistência à prisão. Ele confessou culpa e entrou em acordo para cumprimento de pena por 24 meses.

Os antecedentes criminais não impediriam o atirador de comprar armas legalmente no Texas, embora as autoridades não tenham informado onde ele conseguiu a arma utilizada o massacre. De qualquer forma, a ocorrência levanta mais uma vez a questão sobre maior controle de armas nos EUA. Trump, porém, pareceu lançar novamente dúvidas sobre o mérito de instituir verificações mais completas de antecedentes para a compra de armas.

O compromisso de Trump com o controle de armas está em dúvida desde que 17 pessoas foram mortas em um tiroteio em uma escola secundária de Parkland, Flórida, em fevereiro de 2018. Inicialmente, o presidente norte-americano saiu em defesa de verificações mais fortes de antecedente, mas rapidamente recuou sob pressão da National Rifle Association, o lobby dos proprietários de armas que apoiou fortemente a candidatura de Trump.

Mais recentemente, ele questionou os méritos de verificações mais fortes após os tiroteios consecutivos em El Paso (Texas) e Dayton (Ohio), que mataram mais de 30 pessoas cerca de um mês atrás. Em vez disso, Trump procurou citar os problemas de saúde mental. "Na maioria das vezes, infelizmente, se você olhar para os últimos quatro ou cinco (tiroteios) voltando mesmo cinco, seis ou sete anos, na maior parte, por mais fortes que sejam as verificações de antecedentes, elas não teriam parado nada disso", disse. "Portanto, é um grande problema. É um problema mental. É um grande problema."

Trump mencionou a necessidade de "medidas fortes para manter as armas fora das mãos de indivíduos perigosos e perturbados", juntamente com alterações em um sistema de saúde mental que ele descreveu como "quebrado". Ele também pediu para garantir que os criminosos com armas "sejam colocados atrás das grades e mantidos fora das ruas".

"A segurança pública é a nossa prioridade número 1, sempre querendo proteger nossa Segunda Emenda. Tão importante", disse ele, referindo-se à emenda constitucional que estabeleceu o direito de manter e portar armas.

Trump disse a repórteres neste domingo que estava falando com parlamentares de ambos os partidos e "as pessoas querem fazer alguma coisa". Ele disse que o governo está "olhando muitas coisas diferentes" e espera ter um pacote pronto para o momento em que o Congresso voltar à sessão na próxima semana.

Fonte: Associated Press

O americano acusado de matar 22 pessoas em um hipermercado Walmart de El Paso, Texas, disse à polícia depois de ser detido que seu alvo eram os "mexicanos", segundo a declaração juramentada da ordem de prisão, revelada nesta sexta-feira (9).

O depoimento registrado na ordem de prisão do agressor, identificado como Patrick Wood Crusius, de 21 anos, indica que ele confessou ter cometido o massacre após se entregar às autoridades.

"Eu sou o agressor", disse em voz alta, levantando as mãos enquanto saía de seu veículo cercado pela polícia perto do Walmart.

Crusius foi preso e levado para a delegacia de polícia, onde ele abriu mão de seu direito de permanecer em silêncio ou de ter um advogado presente.

"O acusado declarou que, uma vez dentro da loja, abriu fogo usando seu AK-47, atirando em múltiplas vítimas inocentes. O acusado declarou que seu alvo eram os mexicanos", indicou o documento de acusação do suspeito, identificado como Patrick Crusius, de 21 anos, e que será indiciado por assassinatos múltiplos.

Segundo a imprensa, citando autoridades, antes de realizar o ataque, o jovem teria publicado um manifesto na internet denunciando uma "invasão hispânica" no Texas.

No manifesto, Crusius disse que estava "defendendo" os Estados Unidos "da substituição cultural e étnica causada por uma invasão".

El Paso faz fronteira com o município mexicano de Ciudad Juaréz e tem uma população de 680 mil pessoas, sendo que 83% delas são de origem hispânica.

Após dois ataques a tiros em massa no fim de semana nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump visitou nesta quarta-feira (7) Dayton, Ohio, e El Paso, no Texas, para consolar as vítimas, em meio a protestos que denunciam sua retórica anti-imigração e o acusam de estimular a violência.

Trump foi alvo de críticas desde os dois massacres que deixaram 22 mortos em um Walmart de El Paso - cidade de população majoritariamente latina, na fronteira com o México - e outros nove em Dayton.

Em El Paso, onde onde oito das vítimas fatais são mexicanas, desde o meio-dia várias organizações convocaram um protesto, sob o lema "El Paso firme".

"O presidente Trump não é bem-vindo em El Paso e sua narrativa sobre imigrantes e centro-americanos não deveria ser bem-vinda de lado nenhum", disseram convocantes em relação aos discursos do presidente, em que se refere aos migrantes sem documentação como uma "invasão".

Mais cedo, em Dayton, o presidente e a primeira-dama, Melania, visitaram os pacientes e a equipe médica do hospital Miami Valley, informou a porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham.

"Deus está vendo. Quero que saibam que estamos com vocês em todo esse caminho", disse Trump aos sobreviventes, segundo Grisham.

Ele era esperado no local por dezenas de pessoas com cartazes que diziam "Faça algo". Manifestantes inflaram um boneco de um Trump bebê, de fralda, escrito "Deixe de ser um bebê e enfrente a NRA", referindo-se à Associação Nacional do Rifle, que defende o porte de armas.

Outros manifestantes estiveram no local para apoiar Trump, uma mostra do dividido panorama dos Estados Unidos um ano antes das eleições presidenciais.

- 'Língua tóxica' -

Antes de decolar rumo a Dayton, Trump disse que sua "retórica" une as pessoas.

Mas os opositores de Trump lhe criticam por inspirar o ódio contra os imigrantes do agressor de El Paso e pelo clima de tensão no país, devido aos discursos inflamados contra imigrantes.

O ex-vice-presidente Joe Biden, favorito para ser indicado pelos democratas para concorrer com Trump em 2020, acusou o mandatário de "acender a chama do supremacismo branco".

"Temos um presidente com uma língua tóxica que abraçou publicamente e sem se desculpar o ódio, o racismo e a divisão como estratégia política", afirmou.

Trump defendeu, na terça, ser "a pessoa menos racista", mas em seus discursos e tuítes de campanha repetiu a ideia de que a fronteira com o México sofre uma "invasão". Em maio, o presidente riu e fez piadas quando um de seus partidários gritou que deveriam "disparar" contra imigrantes em situação irregular.

Trump também lançou uma campanha dura contra deputados democratas pertencentes a minorias.

O atirador de El Paso, um homem branco de 21 anos que foi preso com vida, publicou um manifesto no qual garantiu que o ataque era "uma resposta à invasão latina do Texas".

- Controle maior -

Trump e seus opositores concordam em classificar os dois ataques como atos de "terrorismo".

Os massacres perpetrados por atiradores que agem sozinhos são habituais nos Estados Unidos, onde as armas são facilmente obtidas legalmente.

Os defensores mais ferrenhos do direito ao porte de armas defendem, há muito tempo, que as tragédias são apenas eventos aleatórios.

Em um discurso na segunda, Trump afirmou que o "racismo, a intolerância e a supremacia branca" são "ideologias sinistras".

Nesta quarta, Trump disse à imprensa que tanto ele, como os líderes do Congresso apoiam uma mudança na legislação para impedir que pessoas com problemas mentais portem armas, impondo maiores controles.

Mas ele se pronunciou contra uma proibição dos rifles, como as armas semiautomáticas que foram utilizadas pelos atiradores nas matanças.

"Posso dizer-lhes que não há um apoio político para isso neste momento", disse antes de viajar a Dayton.

O número de mortos em um tiroteio em massa na cidade de El Paso, Texas, subiu para 21, depois que um dos feridos morreu no hospital, nesta segunda-feira, informou a polícia.

"É triste informar que o número de fatalidades aumentou em mais um. A vítima faleceu nesta manhã no hospital", informou o departamento de polícia da cidade no Twitter.

Crimes de ódio, terrorismo doméstico. São essas as suspeitas exploradas pelas autoridades norte-americanas depois dos tiroteios ocorridos no último fim de semana em El Paso, cidade fronteiriça do estado do Texas, e em Dayton, em Ohio. Morreram 29 pessoas nos dois ataques, ocorridos em intervalo de 13 horas.

A expressão crime de ódio foi empregada pelo governador do Texas, Greg Abbot, para descrever os acontecimentos de sábado (3) em um supermercado de El Paso. Um homem de 21 anos, identificado como Patrick Crusius, da cidade texana de Allen, a 1.046 quilómetros de distância, matou ali 20 pessoas a tiro.

A polícia citou um manifesto, supostamente redigido por Crusius, cujo teor reforça a tese de crime racial - num texto de quatro páginas publicado no fórum 8chan, habitualmente utilizado por extremistas. O texto diz que o ataque seria “uma resposta à invasão hispânica do Texas”, além de uma declaração de apoio ao autor do massacre de março em mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia.

O próprio FBI afirmou que o ataque de sábado “mostra a contínua ameaça colocada por extremistas violentos domésticos e autores de crimes de ódio”. A Polícia Federal dos Estados Unidos manifestou preocupação com o risco de ações como a de El Paso, que poderiam inspirar outros extremistas.

“O FBI apela ao público americano para que denuncie às autoridades qualquer atividade suspeita que seja observada pessoalmente ou online”, pediu a instituição em comunicado.

Também John Bash, procurador do distrito ocidental do Texas, afirmou que as autoridades federais veem o tiroteio como caso de terrorismo doméstico. “E vamos fazer o que fazemos a terroristas neste país, que é garantir uma justiça rápida e certeira”, garantiu em entrevista nesse domingo. Ainda segundo Bash, o ataque parece ter sido “pensado para intimidar uma população civil, para dizer o mínimo”.

O atirador abriu fogo sobre clientes de um supermercado Walmart. Acabou por entregar-se à polícia. O chefe da polícia de El Paso, Greg Allen, adiantou que Patrick Crusius colabora com os investigadores.

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O governo mexicano já confirmou a morte de sete cidadãos do país no tiroteio de El Paso. Mais seis estão entre os 26 feridos. O ministro dos Negócios Estrangeiros do México, Marcelo Ebrard, não excluiu um pedido de extradição do atirador. “Para o México, esse indivíduo é um terrorista”, afirmou.

Treze horas depois do tiroteio no supermercado de El Paso, um segundo ataque com arma de fogo causou a morte de nove pessoas e feriu 27 em Dayton, no estado do Ohio. O atirador, que usava uma máscara e equipamento de proteção no corpo, foi morto pela polícia menos de um minuto após os disparos.

O autor desse ataque foi identificado como Connor Betts, de 24 anos. A irmã, Megan Betts, foi uma das pessoas mortas.

Até agora, a polícia de Dayton recusa-se a falar sobre possíveis motivações.

O tiroteio que deixou 20 mortos em uma área comercial em El Paso, Texas, no sábado será tratado como um caso de terrorismo doméstico pela Justiça americana, que também avalia acusações de crime de ódio, disse o procurador-geral dos Estados Unidos para o distrito do Texas, John Bash.

"Estamos considerando acusações federais de crime de ódio e violação de leis sobre armas de fogo, que preveem a condenação à pena de morte", declarou Bash em coletiva de imprensa no domingo. O procurador afirmou que os EUA darão ao acusado, Patrick Crusius, "o mesmo tratamento dado a terroristas nos EUA: justiça rápida e certa".

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Autoridades investigam Crusius por possível direcionamento dos ataques à população mexicana, após a descoberta de um texto publicado no fórum 8chan minutos antes do atentado com críticas a uma "invasão hispânica nos EUA" e "miscigenação racial", além de apologias ao atentado terrorista que deixou 51 mortos na Nova Zelândia em março deste ano.

O secretário das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, chamou de "ato de barbaridade" o tiroteio em El Paso, Texas, no sábado, e declarou que o governo tomará ações jurídicas para proteger cidadãos mexicanos que vivem nos Estados Unidos. Autoridades do país reportam que três mexicanos morreram e outros seis ficaram feridos no ataque.

"Nossa prioridade é proteger as famílias afetadas, e depois, tomaremos ações legais, eficazes e contundentes para exigir que hajam condições para proteger a comunidade mexicana nos Estados Unidos", afirmou Ebrard em vídeo publicado online.

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El Paso, próxima à fronteira texana com o México, é um destino comercial popular entre mexicanos. Autoridades americanas investigam se o atirador tinha os hispânicos como alvo preferencial.

*Com informações da Associated Press.

Um ataque a tiros na cidade de El Paso, no Texas, deixou pelo menos 20 mortos e dezenas de feridos, o governo estadual. A ação ocorreu em um centro comercial localizado a 4,5 quilômetros da fronteira com o México.

Parte dos tiros foi disparada em uma loja da rede Walmart. Um suspeito de 21 anos, identificado como Patrick Wood Crusius, morador de Dallas, foi preso.

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Citada por TVs americanas, Olivia Zepeda, chefe de gabinete do prefeito, informou que "várias pessoas foram mortas" no ataque, mas disse não saber ao certo quantas tinham morrido ou quantos eram os atiradores.

O vice-governador do Texas, Dan Patrick, afirmou que há entre 15 e 20 vítimas, sem também especificar quantos mortos.

O canal local de notícias KTSM 9 divulgou mais cedo que pelo menos 18 pessoas teriam sido alvo dos tiros, sem especificar o estado de saúde dos atingidos.

Estabelecimentos comerciais próximos da área do ataque foram avisados da situação e alguns fecharam as portas.

O funcionário de um restaurante Olive Garden contou ao jornal New York Times que cerca de dez pessoas procuraram o estabelecimento para se proteger.

No Twitter, o presidente Donald Trump chamou o ataque de "terrível", falou em "muitos mortos" e disse que trabalha com as autoridades locais.

Ataque recente

Na terça-feira, duas pessoas morreram e um policial ficou ferido depois de um atirador invadir uma loja do Walmart na cidade de Southaven, no Estado do Mississipi, e abrir fogo contra quem estava no local.

O chefe da polícia de Southaven, Macon Moore, disse a jornalistas que o atirador era também era um funcionário do Walmart que teria agido de "maneira insensata", matando dois de seus companheiros de trabalho.

"Essas pessoas faziam o que você e eu fazemos todos os dias. Estavam trabalhando para manter suas famílias e tornaram-se vítimas de um ato violento sem sentido", disse Moore. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um tiroteio num shopping de El Paso, no estado do Texas, deixou entre 15 e 20 vítimas, informaram as autoridades, acrescentando que três pessoas foram detidas.

"Temos entre 15 e 20 vítimas, não sabemos a quantidade de mortes", disse o vice-governador do Texas, Dan Patrick, à Fox News.

Já o prefeito de El Paso, Dee Margo, informou à CNN sobre "várias mortes" e disse que havia "três suspeitos sob custódia".

"Hoje, a comunidade de El Paso foi atingida por um ato de ódio e violência demente", declarou o governador do Texas, Greg Abbott, através de um comunicado.

A Casa Branca disse que o presidente Donald Trump foi informado sobre o ataque em El Paso e continuava monitorando a situação.

Por volta do meio-dia (14h de Brasília), la polícia de El Paso postou no Twitter: "Alerta de tiroteio, fiquem longe do centro comercial Cielo Vista, a situação ainda está em desenvolvimento".

Uma hora depois, reiterou que o evento seguia "em desenvolvimento". "Recebemos muita informação sobre a presença de vários atiradores", acrescentou.

Uma mulher que chegava para fazer compras numa loja da Walmart no centro comercial disse à Fox News que havia escutado algo "parecido com fogos de artifício" enquanto procurava um lugar para estacionar. "Me dirigi à saída", contou.

"Eu vi um homem com uma camiseta preta e calça de camuflagem que usava o que parecia ser um rifle, apontava para as pessoas e atirava diretamente nelas, vi três ou quatro caindo no chão", continuou.

Emissoras de televisão americanas mostraram imagens das equipes de segurança na área do ataque.

A delegação do Dallas da Agência Federal para o Controle de Armas, Explosivos, Tabaco e Álcool (ATF) anunciou que estava a caminho do shopping para ajudar a polícia de El Paso.

Este é o terceiro atentado a tiros registrado nesta semana nos Estados Unidos. Na terça-feira passada, duas pessoas morreram e um policial foi ferido numa loja da rede supermercados Walmart no estado do Mississipi.

No domingo, três pessoas, incluindo uma criança de seis anos, morreram quando um homem de 19 anos entrou armado em um festival gastronômico em Gilroy, Califórnia, ao sul de San Francisco, e abriu fogo contra as pessoas que estavam no local.

A polícia descobriu que um homem, que havia sido dado como desaparecido pela sua família, foi completamente devorado pelos seus 18 cães. A vítima, identificada como Freddie Mack, de 57 anos, tinha "desaparecido" em maio. Os policiais descobriram que o homem havia sido comido depois que verificarem as fezes dos bichos, que continha pedaços de cabelo, roupas e ossos. O teste de DNA comprovou que essas partes pertenciam ao Freddie.

Esse caso aconteceu no Texas, Estados Unidos. De acordo com o site Metro, ainda não se sabe se os cães comeram seu tutor depois que ele morreu de uma condição médica pré-existente, ou se ele foi devorado vivo. O vice-xerife Aaron Pitts diz que nunca tinha ouvido falar de um ser humano comido inteiro por cães. 

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Pitts acentua ainda que os animais eram bem alimentados e cuidado pela vítima. Dos 18 cachorros, dois já foram mortos por seus companheiros, 13 foram abatidos por causa de sua "natureza agressiva" e os outros 3 foram colocados para adoção. 

No fim de semana passado, o apartamento da lutadora do UFC Macy Chiasson, de 27 anos, foi destruído por um guindaste após uma forte ventania em Dallas no Texas. A lutadora escapou às pressas com seu cachorro.

Macy concedeu uma entrevista ao TMZ e falou sobre o susto: “Eu escutei alguma coisa e pensei: ‘Não é possível que estão fazendo uma construção agora, em pleno domingo’. Quando disse isso, escutei um grande estouro. Foi como se o teto caísse de andar a andar. Quando ouvi, eu chamei meu cachorro e nós fugimos”, contou.

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Macy relatou que todos foram pegos de surpresas e muitos inclusive escaparam de roupas íntimas.

A lutadora lamentou o ocorrido: “Eu perdi tudo completamente. Eu não tenho nada. Tenho literalmente esta camisa, um par de sapatos e calções que tenho vestido. Eu não tenho nada além do meu cachorro. Tudo se foi". Macy entrou com um processo contra a Bigge Crane and Rigging, empresa responsável pelo guindaste.

Confira o vídeo do momento que o guindaste cai:

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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta quarta-feira (15), que os participantes dos atos que acontecem hoje em diversas cidades do país contra os cortes de 30% das verbas para a educação são ‘idiotas úteis’ e uma espécie de ‘massa de manobra’ para os que comandam as universidades federais.

Ao chegar em frente ao hotel que ficará em Dallas, no Texas, Bolsonaro foi questionado sobre o assunto que predomina o noticiário brasileiro hoje.

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"É natural, é natural, mas a maioria ali é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados de massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil", salientou em conversa com jornalistas, de acordo com o jornal Valor Econômico.

Sobre os cortes, Jair Bolsonaro culpou os governos anteriores.  “O que houve é um problema que a gente pegou o Brasil destruído economicamente também, com baixa nas arrecadações, afetando a previsão de quem fez o orçamento. E se não tiver esse contingenciamento, eu simplesmente entro contra a lei de responsabilidade fiscal. Então não tem jeito, tem que contingenciar”, disse.

"Mas eu gostaria que nada [fosse contingenciado], em especial na educação. A educação também está deixando muito a desejar no Brasil. Se você pega as provas, que acontecem de três em três anos, está cada vez mais ladeira abaixo. A garotada, com 15 anos de idade, na oitava série, 70% não sabe uma regra de três simples. Qual o futuro destas pessoas? Fala-se que tem muito desempregado, 14 milhões, mas parte deles não tem qualquer qualificação porque esse cuidado não teve pelo PT ao longo de 13 anos", complementou o presidente, que foi recepcionado no Texas por apoiadores.

O presidente Jair Bolsonaro desembarca hoje (15) em Dallas, no Texas, para uma visita oficial de dois dias. É a segunda vez que Bolsonaro viaja aos Estados Unidos (EUA) em cinco meses de governo. No dia 19 de março, ele se reuniu com o presidente Donald Trump na Casa Branca, em Washington.

Dessa vez, Bolsonaro está sendo acompanhado por uma comitiva de cinco ministros: Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Além deles, os governadores do Acre, Gladson Cameli (PP), e de São Paulo, João Doria (PSDB), também acompanham o presidente da República. Ainda compõem a comitiva brasileira os deputados Hélio Lopes (PSL-RJ), Marco Feliciano (Pode-SP), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e o secretário-executivo da Casa Civil, José Vicente Santini. 

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Um dos principais momentos da viagem ocorrerá na tarde desta quarta-feira (15), quando Bolsonaro terá uma reunião privada com o ex-presidente norte-americano George W. Bush, que governou os Estados Unidos entre 2001 e 2009. De acordo com o Palácio do Planalto, será uma visita de cortesia.

Além de Bush, o presidente brasileiro pode se encontrar com o governador do Texas, Greg Abbot, o prefeito de Dallas, Mike Rawlings, e o senador texano Ted Cruz. As reuniões, no entanto, não haviam sido confirmadas pelo governo brasileiro até a noite de terça-feira (14).

Na quinta-feira (16), Bolsonaro será homenageado como personalidade do ano pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em almoço organizado pelo World Affairs Council de Dallas/Fort Worth, que contará com a presença de 120 empresários norte-americanos. Anteriormente, essa homenagem seria entregue em evento na cidade de Nova York, mas o governo brasileiro cancelou a agenda na cidade após críticas do prefeito nova iorquino, Bill de Blasio, a visita de Bolsonaro.

No mesmo dia, Bolsonaro concederá uma entrevista ao World Affairs Council de Dallas/Fort Worth e termina o dia fazendo uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook. O embarque de volta será na noite de quinta. A previsão é que a comitiva presidencial desembarque de volta em solo brasileiro na manhã de sexta-feira (17).

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