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O governo do Reino Unido entregará às 13h30 (8h30 em Brasília) desta quarta-feira (29) a carta em que notifica a União Europeia sobre o acionamento do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que iniciará o processo de saída do país do bloco.

Já assinado pela primeira-ministra Theresa May, o documento será entregue pelo embaixador britânico na UE, Tim Barrow, a Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, o principal órgão político da união. Pouco depois, o polonês deve fazer uma declaração à imprensa.

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Apenas 200 metros separam a sede da representação permanente de Londres na UE do gabinete de Tusk, em Bruxelas, capital da Bélgica e do bloco. Ainda nesta quarta, May fará um pronunciamento ao país e dirá que é o momento de "união", em resposta aos anseios separatistas da Escócia.

"Somos uma grande união de pessoas e nações com uma história da qual se orgulhar e com um futuro brilhante", dirá a primeira-ministra, segundo um trecho do discurso divulgado antecipadamente pela imprensa britânica. May também prometerá "representar" todas as pessoas que vivem no Reino Unido, inclusive cidadãos europeus.

Antes da entrega da carta a Tusk, a premier conversou por telefone com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. A retirada do país da UE foi aprovada por uma estreita margem em um referendo realizado em junho do ano passado, quando 51,89% dos eleitores votaram a favor do chamado "Brexit", termo em inglês para "saída britânica".

Com a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, Londres e Bruxelas começarão a negociar os termos do divórcio, em tratativas que, segundo previsões do governo do Reino Unido, devem durar dois anos. Contudo, o próprio presidente do Conselho Europeu acredita que o processo pode levar até sete anos.

Para que o rompimento ocorra efetivamente, os parlamentos de cada um dos 27 países remanescentes precisarão aprovar a nova relação entre Londres e o bloco. Em 60 anos de história, será a primeira vez que a UE perde um Estado-membro.

O governo britânico, alegando questões de segurança, decidiu que passageiros que embarcam para o Reino Unido a partir de seis países do Oriente Médio e norte da África não poderão levar na bagagem de mão qualquer tipo de telefone, laptops ou tablets maiores do que 16 centímetros de comprimento, por 9,3 cm de largura e 1,5 cm de profundidade. Todos esses dispositivos precisarão ser colocados na bagagem de porão ainda antes de passar pela segurança. As restrições normais de bagagem de cabine continuarão a ser aplicadas, conforme divulgação oficial feita há pouco por um porta-voz do governo.

"A primeira-ministra, Theresa May, presidiu uma série de reuniões sobre a segurança da aviação nas últimas semanas, incluindo esta manhã, onde foi acordado que serão introduzidas novas medidas de segurança da aviação em todos os voos diretos de entrada para o Reino Unido provenientes dos seguintes países: Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita", escreveu o porta-voz em nota divulgada à imprensa.

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Segundo o comunicado, as companhias aéreas britânicas afetadas pela proibição são British Airways, EasyJet, Jet2.com, Monarch, Thomas Cook e Thomson. Já as estrangeiras que terão de seguir as novas regras são Turkish Airlines, Pegasus Airways, Atlas-Global Airlines, Middle East Airlines, Egyptair, Royal Jordanian, Tunis Air e Saudia. "A segurança do público viajante é a nossa maior prioridade. É por isso que mantemos a nossa segurança da aviação sob constante revisão e implementamos medidas que consideramos necessárias, eficazes e proporcionadas", defendeu o porta-voz.

Segundo ele, as companhias aéreas afetadas estão sendo informadas sobre os novos requisitos. "Medidas de segurança adicionais podem causar alguma interrupção para passageiros e voos, e nós compreendemos a frustração que isso causará, mas nossa prioridade máxima será sempre manter a segurança de cidadãos britânicos", argumentou.

A nota também aconselha os viajantes a manter-se atualizados sobre as mais recentes medidas de viagem do governo e a verificarem com a companhia aérea escolhida para obter mais informações sobre restrições. "As decisões de fazer alterações no nosso regime de segurança da aviação nunca são tomadas de forma leve. Não hesitaremos em agir para manter a segurança do público viajante e trabalharemos em estreita colaboração com nossos parceiros internacionais para minimizar qualquer interrupção que essas novas medidas possam causar."

EUA

O porta-voz disse ainda que o governo britânico tem estado em estrito contato com os americanos para entender completamente a posição dos Estados Unidos. Ontem, funcionários do governo norte-americano teriam proibido temporariamente que passageiros de algumas companhias aéreas usem determinados produtos eletrônicos em voos dentro e fora do país.

Em seu perfil no Twitter, a Royal Jordanian postou que "seguindo instruções dos departamentos americanos, informamos gentilmente aos nossos queridos passageiros que partem e que chegam dos EUA que é proibido transportar qualquer dispositivo eletrônico ou elétrico a bordo das cabines de voo".

A mensagem no Twitter foi posteriormente excluído, mas uma fonte do Departamento de Estado disse à rede de TV americana CNN que os países afetados e as companhias aéreas estão sendo informados da proibição, que não se aplica a telefones celulares ou dispositivos móveis, mas inclui computadores pessoais, jogos eletrônicos e câmeras. Esses itens, no entanto, podem ser guardados em bagagem despachada. Funcionários do governo americano não confirmaram nem negaram a proibição temporária.

A equipe do governo do presidente norte-americano, Donald Trump, cometeu uma gafe internacional antes do primeiro encontro do mandatário com a premier britânica Theresa May.

Nos documentos enviados pela Casa Branca com o cronograma oficial do encontro, o staff de Trump escreveu o nome de Theresa sem o "h", transformando a líder do governo britânico em uma famosa estrela pornô, chamada de Teresa May.

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O nome apareceu errado por três vezes. "À tarde, o presidente participará de um encontro bilateral com Teresa May" e, em outro ponto, havia a informação que "o presidente almoçará com Teresa May".

Havia ainda um erro que falava de um encontro da premier com o vice-presidente, Mike Pence. As informações foram corrigidas horas mais tarde Os jornais britânicos não perderam tempo e ironizaram os erros do staff norte-americano. "É por isso que Donald Trump está empolgado para encontrá-la?", questiona o tabloide "Daily Mail".

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez uma ligação para a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, para parabenizá-la por sua vitória e reiterar os laços entre os dois países.

Obama afirmou que deseja trabalhar com May durante os últimos seis meses de seu mandato e "aprofundar" as relações entre os dois países, afirmou hoje o secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest.

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Já o secretário de Estado, John Kerry, conversou com Boris Johnson, escolhido por May para chefiar a secretaria de Relações Exteriores. Os dois devem se encontrar na semana que vem, em Bruxelas.

Durante seu telefonema, Kerry "reiterou o apoio dos EUA a uma abordagem sensível e calculada do processo do Brexit", afirmou um comunicado do Departamento de Estado. Os dois também discutiram a situação na Síria e no Oriente Médio. Fonte: Dow Jones Newswires.

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