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No domingo (17) o Exército de Israel afirmou ter descoberto o maior túnel subterrâneo construído pelo grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, com uma extensão de mais de quatro quilômetros. A descoberta deu mais uma pista sobre a complexa rede subterrânea que tem sido um ponto chave durante a guerra, já que Israel depende da destruição desses pontos - utilizados para articulação do grupo terrorista-, para alcançar seus objetivos militares.

Não se sabe exatamente qual a extensão desses túneis. Quando Israel e o Egito impuseram um bloqueio punitivo a Gaza depois de o grupo terrorista Hamas ter tomado o controle do território em 2007, o grupo terrorista expandiu a construção da rede para contrabandear armas do Egito.

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Embora o Egito tenha posteriormente encerrado a maior parte desses túneis transfronteiriços, acredita-se que hoje em dia o grupo terrorista Hamas tenha uma gigantesca e complexa rede subterrânea que se estende por toda Gaza, permitindo-lhe transportar armas, abastecimentos e combatentes fora da vista dos drones israelenses.

Veja o que se sabe até agora sobre esse sistema, de acordo com o Exército de Israel:

Tamanho suficiente para passar carro

O túnel descoberto no domingo, o maior até então, é largo suficiente para passagem de carros, confirmou um fotógrafo autorizado a entrar à AFP . E está equipado com tubulações, eletricidade, sistemas de esgoto, ventilação e ferroviários.

O Exército disse que a rede de túneis facilitou o trânsito de veículos, pessoas e suprimentos para o ataque terrorista sem precedentes, que matou 1.200 pessoas e desencadeou a guerra.

Esse túnel, de acordo com relatos de militares e jornalistas que visitaram o local, tem o dobro da altura e três vezes a largura de outros túneis encontrados em Gaza - e mergulha 50 metros no subsolo em alguns pontos.

Escondidos em escolas e mesquitas

Os túneis custaram ao Hamas cerca de US$ 3 milhões cada, segundo os militares de Israel. Alguns são feitos de concreto pré-fabricado e ferro e contam com salas médicas para atendimento aos terroristas feridos. Outros têm espaços a 40 metros abaixo do solo, onde as pessoas podem se esconder durante meses. Segundo as Forças de Defesa de Israel, a maioria dos pontos de acesso aos túneis estão escondidos entre escolas, mesquitas, hospitais e outros edifícios civis.

'Teia de aranha'

Yocheved Lifshitz, de 85 anos, foi uma dos primeiros reféns soltos pelo Hamas, em outubro. Para a imprensa, a idosa confirmou as suspeitas de que os militantes colocaram reféns nos túneis. Lifshitz descreveu o sistema subterrâneo como "uma teia de aranha". "Fomos para o subsolo e caminhamos quilômetros em túneis molhados, por duas ou três horas em uma teia de túneis", disse ela.

Essa complexidade do sistema possivelmente dificultaria ataques por Israel. "Quando você entra em um túnel, ele é muito estreito, escuro e úmido, e você rapidamente perde a noção de espaço e tempo", disse Daphné Richemond-Barak, professor da Universidade Reichman de Israel que escreveu um livro sobre guerra subterrânea, à Associated Press. "Você tem esse medo do desconhecido, quem está chegando? … Isso vai ser uma emboscada? Ninguém pode vir e resgatar você. Você mal consegue se comunicar com o mundo exterior, com sua unidade."

O campo de batalha poderia forçar os militares israelenses a tiroteios nos quais os reféns poderiam ser mortos acidentalmente. Armadilhas explosivas também podem detonar, enterrando vivos tanto os soldados quanto os reféns, disse Richemond-Barak.

Túnel de pedras de 150 metros

Em novembro, os militares disseram ter encontrado uma suposta instalação militar do grupo terrorista Hamas sob o Shifa, o maior hospital de Gaza. Um túnel de pedras de 150 metros foi apresentados pelo exército de Israel como o caminho para uma série de bunkers subterrâneos. Alojamentos, localizados no final do túnel, tinham ar condicionado, cozinha, banheiro e duas camas de metal em um cômodo revestido de azulejos brancos. Eles pareciam estar fora de uso. O grupo Hamas e a administração do hospital negaram as acusações de Israel. (Com agências internacionais).

Sentado no escuro, com o rosto meio iluminado por uma luz avermelhada, o bilionário Elon Musk exibiu em um evento paralelo da cúpula do G20 uma visão excêntrica do futuro com alienígenas, viagens de foguete e uma rede de túneis subterrâneos.

O novo dono do Twitter apareceu por videoconferência em uma cúpula empresarial paralela ao G20 na ilha turística indonésia de Bali.

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Projetado em uma grande tela acima do palco, Musk apareceu como uma imagem fantasmagórica, com apenas o rosto e as mãos mal iluminados e avermelhados em um ambiente completamente escuro.

"Tivemos uma queda de energia três minutos antes da ligação. Por isso estou completamente no escuro", disse ele ao empresário e moderador indonésio, Anindya Bakrie.

Questionado sobre o motivo de não ter viajado para a ilha, o novo dono do Twitter brincou que sua "carga de trabalho aumentou bastante recentemente" por causa da compra da rede social.

Depois falou um pouco mais sobre esta operação controversa, que levou à demissão de milhares de trabalhadores e à introdução de uma taxa de verificação de contas.

A conversa se voltou especialmente para a visão peculiar de Musk do futuro, com uma rede de túneis subterrâneos para descongestionar o trânsito na superfície, viagens de foguete ao redor do mundo e vida alienígena.

"Podemos encontrar civilizações alienígenas ou descobrir civilizações que existiram há milhões de anos", disse ele.

O dono da marca de veículos Tesla e da empresa aeroespacial SpaceX defendeu que a mobilidade do futuro passe pelo carro elétrico e por uma rede de túneis para descongestionar o trânsito.

Também mostrou interesse em construir plataformas de lançamento de foguetes ao redor do mundo para que as pessoas pudessem viajar "para o outro lado do planeta" a vinte vezes a velocidade do som.

"Acho que isso realmente abriria o mundo, se você pudesse viajar para qualquer lugar em menos de uma hora", disse ele.

Durante a operação militar contra Gaza, o exército israelense aumentou os ataques contra o "Metrô", como é conhecida a complexa rede de galerias subterrâneas que facilita aos combatentes do Hamas circular a salvo de drones e atacar Israel de modo surpreendente.

Para contornar o bloqueio israelense sobre a Faixa de Gaza, imposto depois que o movimento islamita armado Hamas assumiu o poder no território em 2007, os palestinos perfuraram centenas de túneis sob a fronteira terrestre de 14 quilômetros entre o pequeno território e o Sinai egípcio.

Objetivo da missão: permitir a circulação de pessoas, mercadorias, além de armas e munições entre Gaza e o restante do mundo.

Durante anos, Hamas e Jihad Islâmica introduziram foguetes transportados a partir do Irã primeiro para o Sudão e depois, por meio de redes de contrabando, para o Egito antes de chegar a Gaza.

Nos últimos anos, o Egito, a pedido de Israel, inundou ou destruiu os túneis. Durante a guerra de Gaza de 2014, o exército israelense também executou uma operação terrestre e bombardeou túneis que permitiam a saída do território.

"Mas, desde 2014, a principal tarefa do Hamas tem sido construir uma rede de túneis subterrâneos que permitam movimentos por toda Gaza", declarou uma fonte militar israelense, que calculou que o custo de cada quilômetro de galeria é de quase de 500.000 dólares.

Combatentes e seus comandantes, às vezes a 30 ou 40 metros debaixo da terra, podem circular pelos túneis e permanecer protegidos dos ataques, enquanto as baterias de lança-foguetes, localizadas a poucos metros de profundidade, podem ser deslocadas por um sistema de escotilhas para disparar e rapidamente ser novamente escondidas, de acordo com imagens do exército israelense.

- Rede subterrânea -

"Não sabemos onde estão exatamente os túneis, mas calculamos que destruímos quase 100 km", completa o alto oficial israelense, antes de explicar que cada "brigada" do Hamas controla uma parte destes, que formam uma vasta rede subterrânea.

Na madrugada de 14 de maio, o exército tentou dar a impressão de que suas tropas iriam entrar em Gaza, o que obrigaria os combatentes do Hamas a buscar refúgio em determinados túneis, e depois bombardear com insistência este formigueiro humano.

A princípio, os militares afirmaram que mataram "vários" membros do Hamas, mas sem revelar o número.

"O ataque contra os túneis foi letal. Mas os especialistas (do exército) responsáveis por prever e avaliar os danos provocados não consideraram os efeitos sobre as casas sob as quais os túneis foram cavados", afirmou o jornal Yediot Aharonoth.

No bairro de Al Rimal, no calçadão de Gaza, as casas desabaram após os bombardeios israelenses, pois suas bases não conseguiram resistir, o que provocou muitas mortes, segundo autoridades locais.

Poucas horas depois da entrada em vigor, nesta sexta-feira, de um cessar-fogo entre Israel e os movimentos armados palestinos, equipes de resgate encontraram em um túnel, perto de Khan Yunis (sul do território), os corpos de cinco combatentes e uma dezena de sobreviventes, todos membros das brigadas Al Qasam, braço armado do Hamas.

Com a retirada dos escombros dos túneis, o número de vítimas em Gaza os 11 dias de combates com Israel pode aumentar ainda mais.

O Exército de Israel anunciou nesta quarta-feira (5) que lançou uma operação para destruir túneis do grupo xiita libanês Hezbollah em território israelense, perto da fronteira com o Líbano.

O anúncio foi feito horas depois de o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, se reunir em Bruxelas com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, para discutir as principais ameaças à segurança da região. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap) registrou a fuga de pelo menos 53 presos e a escavação de ao menos oito túneis em presídios administrados pelas empresas privadas no Estado no ano de 2016. Em dezembro do ano passado, o Compaj teve registro da fuga de 14 presos no pavilhão 1. Os internos serraram as grades que davam acesso à muralha. Houve troca de tiros entre o grupo e um policial que fazia a guarda do local. Eles saíram utilizando uma corda feita de lençóis. Também nesta unidade foram encontrados ao menos sete túneis feitos pelos presos. Outra cadeia que registrou tentativa de fuga, por um buraco de dez metros, foi a Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).

Em maio passado, houve fuga de 39 internos do Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM), que escaparam por um túnel cavado em uma cela. A pasta abriu um processo administrativo para apurar se houve facilitação dos agentes penitenciários para o crime. A unidade também teve registro de grades serradas.

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Balanço feito pela secretaria apontou ainda que foram apreendidos 1.285 objetos ilícitos durante as revistas entre janeiro e dezembro do ano passado. Entre os itens estavam 360 estoques (arma branca) e facas, 316 carregadores de celular, 202 celulares, 109 chips de celular, 78 garrafas de bebidas alcoólicas, 70 baterias de celular, 65 ferramentas diversas, 38 porções de drogas, 30 cartões de memória e pen drives, 3 armas de fogo e outros 14 itens diversos. Parte das apreensões aconteceu nas unidades privadas, como o Compaj e o Ipat. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com os últimos episódios de túneis sendo encontrados em residências próximas a presídios em Pernambuco, o deputado estadual Augusto César (PTB) apresentou um projeto na Assembleia Legislativa que restringe a construção de unidades penitenciárias a menos de 2 km de áreas residenciais e comerciais. 

A proposta determina a distância como “condições preventivas de segurança” e visa também a implantação de espaços profissionalizantes onde os detentos produzam cadeiras e bancas escolares, e ainda mobiliário hospitalar.

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“Nossa proposta permite que essas unidades sejam construídas em áreas distantes, mas que não funcionem como barril de pólvora. Se pensamos em ressocialização é bom que seja em um ambiente onde o apenado trabalhe e produza a favor do Estado, que é quem o mantém”, explicou o vice-presidente da Alepe.

Dois túneis foram encontrados no Complexo do Curado, no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife. Na tarde desse sábado (10) foram encontrados mais dois. Em nota, a Secretaria de Ressocialização (Seres) de Pernambuco informou que agentes de segurança penitenciária no pátio do Presídio Agente de Segurança Penitenciária Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa). Nenhum preso conseguiu fugir. Os buracos estavam localizados no pátio da unidade, medindo aproximadamente 1,5 metro de profundidade e 80 cm de largura.

Na última terça-feira (6), em uma vistoria realizada pelos Policiais Militares do Batalhão de Guardas, também foi  localizado um túnel no Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB), no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife. O acesso encontrado possuía aproximadamente um metro de profundidade e quatro de comprimento, mas ninguém conseguiu fugir através dele. De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), a ação tem sido feita para garantir a segurança no interior dos presídios do Estado.  

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FORTALEZA (CE) - As obras para construção do túneis na Avenida Padre Antônio Tomás, no cruzamento com a Via Expressa, que fazem parte do conjunto de obras de mobilidade urbana estipuladas para a cidade de Fortaleza, terão início nesta próxima quinta-feira (15), na capital cearense. Dentro do pacote de mobilidade urbana, estão previstos a construção de quatro túneis na extensão da Via Expressa. Todos fazem parte da Matriz de Responsabilidade da Copa FIFA Brasil 2014.

Com as intervenções, a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) informou que interditará a partir da noite desta quarta-feira (14), o sentido oeste-leste da Av. Padre Antônio Tomás, no trecho entre a Via Expressa e a Avenida Engenheiro Santana Júnior. Os condutores optarem por essa via não precisarão fazer desvios, apenas devem passar a trafegar na pista contrária, que terá seu sentido de circulação invertido, a partir da Via Expressa.

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A AMC também informou que em virtude da mudança provisória de sentido, os motoristas que seguirem na Avenida Engenheiro Santana Júnior não poderão mais fazer a conversão à direita na Avenida Padre Antônio Tomás. A opção de desvio para quem vem na Avenida Engenheiro Santana Júnior e quiser acessar a Avenida Padre Antônio Tomás é dobrar à direita na Rua Bento Albuquerque, à esquerda na Via Expressa e à direita na Avenida Padre Antônio Tomás. Agentes de trânsito farão o trabalho de orientação à população.

Segundo Disraelle Brasil, gerente de operações da AMC, até maio de 2014 serão entregues as vias interditadas, somente após a conclusão de todos os túneis. “Os túneis iram eliminar todos os sinais da Via Expressa, isso vai trazer mais velocidade de circulação do trânsito naquele local”, comenta.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), vai construir dois túneis de R$ 219 milhões sob a Rua Domingos de Morais, entre a Rua Sena Madureira e a Avenida Ricardo Jafet, na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo. O valor do contrato, assinado pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD) em julho de 2010, ficou à época 48% mais caro que o estimado dois anos antes. A inflação entre 2008 e 2010, pelo IPCA, limitou-se a 9%.

A obra ganhou licença ambiental no sábado, 13, e vai resultar na remoção de 130 famílias. O dinheiro que será aplicado nos túneis seria suficiente para construir, por exemplo, 20 quilômetros de corredores de ônibus. Mas a execução do projeto se tornou prioritária, na avaliação de técnicos do governo, após a atual gestão desistir de construir um novo túnel entre o Brooklin e a Rodovia dos Imigrantes, também na zona sul.

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A construção do complexo viário entre as imediações da Vila Mariana e do Ipiranga vai demorar um ano e meio. Com previsão de ter início em três meses, a obra prevê a interligação das Avenidas Sena Madureira e Ricardo Jafet, eliminando um gargalo existente no cruzamento com a Domingos de Moraes e facilitando a chegada ao ABC paulista.

O objetivo da Prefeitura é ter um acesso direto das regiões sul e sudeste, nos eixos das Avenidas Ruben Berta, Ibirapuera, Santo Amaro, Juscelino Kubitschek e Brasil, com a sudoeste, nas Avenidas Ricardo Jafet, Dom Pedro e do Estado. Quem vai executar o projeto é o Consórcio Queiroz Galvão/Galvão Engenharia, vencedor da licitação feita em 2010.

Projeto

Serão dois túneis sob a Domingos de Moraes: um de 400 metros, em direção à Ricardo Jafet, e outro de 590 metros, no sentido da Sena Madureira. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras, serão duas pistas de cada lado dos túneis, cada uma com 3,9 metros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Prefeitura de São Paulo pretende construir 7 quilômetros de túneis para tentar diminuir os problemas causados pelas enchentes na região da Pompeia, na zona oeste da cidade. As vias subterrâneas, que devem ser usadas para reter água da chuva e aumentar a vazão dos Córregos Sumaré e Água Preta, fazem parte de um pacote de obras que prevê cinco piscinões também debaixo da terra.

Com previsão de dois anos, as obras na Pompeia devem custar aproximadamente R$ 143 milhões, segundo a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb). A licitação já foi concluída e os serviços podem começar ainda neste semestre. Antes do início da construção, porém, o Estudo de Viabilidade Ambiental (EVA) precisa ser concluído e aprovado pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.

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As novas vias subterrâneas devem passar perto do Palmeiras e do Shopping Bourbon, áreas onde acontecem inundações hoje, e seguir sob a Avenida Nicolas Boer até o Rio Tietê. O primeiro trecho terá 3,7 km e vai da esquina da Rua Apiacás com a Avenida Sumaré até a Ponte Julio de Mesquita. A segunda galeria, de 3,3 km, começa na Rua Professor Rocca Dorsal e termina praticamente no mesmo lugar.

"A solução em túnel é indicada para locais onde a profundidade é muito grande ou a gente não pode abrir uma vala. Tem a vantagem de que não é preciso parar o trânsito", afirma o superintendente de Projetos Viários da Siurb, Pedro Luiz Algodoal. "Hoje, as inundações atingem o Parque Antártica, o Sesc Pompeia e chegam a afetar a circulação dos trens. Esperamos que os túneis possam melhorar isso."

Moradores da região, acostumados com as enchentes anuais, também esperam mudanças. O aposentado Waldomiro Simi, de 85 anos, diz ver a Rua Venâncio Aires inundar desde 1953. "Antigamente, quando me mudei para cá, era de terra e, mesmo que puxasse a água, tinha inundação. Depois de um tempo, a gente teve de fazer um muro para a água não entrar em casa", afirma. Ele acha difícil que algo mude.

Também dona de um imóvel na Venâncio Aires, a aposentada Miriam Wenzel Bondesan diz já ter ouvido muitas promessas de obras antienchente. Segundo ela, as inundações estão ficando cada vez mais fortes. "Em 15 minutos a água sobe e não passa mais um carro aqui na rua. Se tem um carro estacionado, e eu sei de quem é, aviso para tirar antes. Já cansei de ver automóvel boiando por aqui."

Piscinões

O subsolo também deve ser utilizado para amenizar os efeitos das chuvas na bacia do Córrego Cordeiro, que passa em Santo Amaro e Cidade Ademar, na zona sul da capital. O plano da Siurb é construir cinco piscinões subterrâneos de médio porte na região, além de um na superfície. As obras ajudariam a evitar enchentes no entorno das Avenidas Washington Luís, Professor Vicente Rao e Vereador José Diniz. Outra intervenção prevê interligar as galerias existentes. "Hoje, com as chuvas, algumas delas ficam sobrecarregadas e outras praticamente secas", afirma a Siurb, em nota.

O chefe de gabinete da secretaria, Sérgio Krichanã, disse que espera que a Licença Ambiental de Instalação (LAI) seja concedida pela Secretaria do Verde ainda neste mês. A afirmação foi feita terça-feira, durante encontro sobre drenagem urbana organizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio). A partir da expedição da LAI, essas obras levam 18 meses para ficarem prontas.

PAC

Obras de outras três bacias foram incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do governo federal. O acordo, que prevê uma contrapartida da Prefeitura de São Paulo em cada um dos investimentos, deve garantir pelo menos R$ 684 milhões para as obras dos Córregos Ponte Baixa, Zavuvus e Aricanduva. Das três, o único projeto iniciado até agora é o da Ponte Baixa, na área da M’Boi Mirim, na zona sul da capital. Os trabalhos devem acabar em 36 meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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