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O Irã informou durante o fim de semana dois novos progressos técnicos em processos de enriquecimento de urânio, que permitem avanços no desenvolvimento do programa nuclear do país, em pleno bloqueio das negociações para tentar retomar o acordo de 2015.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), organismo da ONU, informou aos Estados membros que a República Islâmica começou a "alimentar a cascata de centrífugas modernas" na usina de Fordo, modificadas recentemente para ganhar eficiência.

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O avanço permite "mudar mais facilmente a configuração da cascata" e passar rapidamente de um nível de enriquecimento para outro, explicou a AIEA em um relatório em maio.

A agência das Nações Unidas é responsável por vigiar o cumprimento dos compromissos assumidos entre o Irã e as potências mundiais em 2015, que motivou a retirada das sanções econômicas ocidentais contra Teerã em troca de restrições das atividades nucleares iranianas.

Mas após saída dos Estados Unidos do acordo em 2018, durante a presidência de Donald Trump, e o retorno das sanções, o Irã começou a se afastar progressivamente de suas obrigações.

E as negociações retomadas em 2020 estão paralisadas.

No início de 2021, o Irã anunciou o início do processo para produzir urânio enriquecido a 20% em Fordo, muito acima dos 3,67% estabelecidos no Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) de 2015.

Meses depois, o país superou 60% e se aproximou de 90%, nível necessário para desenvolver uma bomba atômica (intenção que Teerã nega).

O tema será abordado pelo presidente americano Joe Biden em sua visita ao Oriente Médio na próxima semana.

"Meu governo continuará aumentando a pressão diplomática e econômica até que o Irã esteja pronto para voltar a respeitar o acordo", escreveu Biden em uma coluna publicada pelo jornal Washington Post no sábado.

O Irã iniciou o processo para produzir urânio enriquecido a 20% na central de Fordo, muito acima do limite estabelecido pelo acordo internacional de 2015, informou nesta segunda-feira (4) a imprensa estatal.

"O processo para produzir urânio enriquecido a 20% começou no complexo de Shahid Alimohammadi (Fordo)", situado 180 quilômetros ao sul de Teerã, afirmou o porta-voz do governo, Ali Rabiei, citado no site da televisão estatal.

Em uma carta com data de 31 de dezembro, o Irã informou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre sua vontade de produzir urânio enriquecido a 20%.

De acordo com o último relatório disponível da agência da ONU, publicado em novembro, Teerã enriquecia urânio a um grau de pureza superior ao limite previsto pelo acordo internacional de 2015 sobre seu programa nuclear (3,67%), mas não superava a barreira de 4,5%, e continuava cumprindo o regime estrito de inspeções do organismo.

Porém, sobressaltos foram registrados na questão desde o assassinato no fim de novembro do físico nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh.

Após o ataque, que o Irã atribui a Israel, o Parlamento iraniano aprovou uma polêmica lei que defende a produção e armazenamento de ao menos "120 kg ao ano de urânio enriquecido a 20%" e "acabar" com as inspeções da AIEA, destinadas a verificar que o país não desenvolva a bomba atômica.

O governo iraniano se declarou contrário à iniciativa, denunciada pelos outros signatários do acordo de 2015, que em dezembro pediram a Teerã a "não comprometer o futuro".

A partir de maio de 2019, Irã começou a liberar-se dos principais compromissos adotados no acordo de Viena, destinado a limitar seu programa nuclear em troca da suspensão de parte das sanções internacionais contra o o país.

As manobras começaram um ano depois do governo dos Estados Unidos abandonar unilateralmente o acordo e restabelecer as pesadas sanções contra o Irã, que privaram o país dos benefícios esperados do pacto.

O Irã comunicou à Organização Internacional de Energia Atômica (OIEA) sua vontade de produzir urânio enriquecido a 20%, nível muito superior ao estabelecido pelo acordo de Viena em 2015, informou nesta sexta-feira a agência da ONU.

"O Irã comunicou à organização sua intenção de enriquecer urânio a níveis que podem superar 20% na usina de Fordo, segundo uma lei aprovada recentemente pelo Parlamento iraniano", indicou um porta-voz da OIEA à AFP. Com data de 31 de dezembro, a carta de Teerã não informa quando essa atividade terá início.

O embaixador russo na OIEA, Mikhail Ulianov, citou pouco antes essa informação em um tuíte, no qual mencionou um relatório transmitido pelo diretor geral Rafael Grossi ao Conselho de Governadores. "É uma forma de pressão suplementar", explicou à AFP um diplomata que trabalha em Viena, após meses de descumprimento do acordo nuclear pelo Irã.

Segundo o último relatório da agência da ONU, divulgado em novembro, Teerã enriquece urânio a níveis de pureza superiores ao determinado pelo acordo de Viena (3,67%), mas nunca superou 4,5% e aceitava as inspeções estritas da OIEA. A situação mudou após o assassinato do físico nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh, ocorrido no fim de novembro.

Após o ataque, atribuído a Israel, a ala mais dura do regime iraniano prometeu uma resposta e o Parlamento aprovou uma lei polêmica, que autoriza a produção anual de "ao menos 120 kg de urânio enriquecido a 20%" e "acabar" com as inspeções da OIEA, cujo objetivo é comprovar que aquele país não desenvolve a bomba atômica. O governo iraniano se opôs a essa lei.

O Irã retomou nesta quinta-feira (7) o enriquecimento de urânio na usina subterrânea de Fordo, como havia anunciado na terça-feira, uma decisão que representa uma redução adicional dos compromissos assumidos pelo país no acordo de 2015 sobre seu programa nuclear.

"Nos primeiros minutos de quinta-feira a produção e coleta de urânio enriquecido começou nas instalações de Fordo", 180 km ao sul de Teerã, informa um comunicado da Organização Iraniana de Energia Atômica.

O texto indica que "todas as atividades foram realizadas sob o controle da Agência Internacional de Energia Atômica" (AIEA), a organização da ONU responsável pelo controle do programa nuclear iraniana.

O porta-voz da agência iraniana, Behruz Kamalvandi, afirmou que a produção de urânio enriquecido em Fordo estaria operacional a partir de meia-noite (17H30 de Brasília, quarta-feira).

A retomada da atividade, até agora congelada em virtude do acordo sobre o programa nuclear iraniano de 2015, que o governo dos Estados Unidos abandonou, foi anunciada na terça-feira pelo presidente Hassan Rohani.

Na segunda-feira chegou ao fim o prazo que o Irã havia estabelecido para que os países que ainda integram o acordo de 2015 (China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) ajudassem Teerã a superar as consequências da retirada dos Estados Unidos do pacto em 2018.

A medida é a quarta fase do plano de redução dos compromissos iranianos na área nuclear, iniciado em maio como resposta à decisão de Washington de abandonar o texto.

Desta maneira, o Irã pretende pressionar as outras partes signatárias a ajudar o país a evitar as sanções econômicas americanas, que provocaram a recessão da economia iraniana.

Com o acordo assinado há quatro anos em Viena, Teerã aceitou reduzir drasticamente suas atividades nucleares, para assegurar apenas objetivos civis, em troca da retirada parcial das sanções econômicas que asfixiavam sua economia.

Nesta quinta-feira, o governo iraniano anunciou a retirada da credencial de uma inspetora da ONU após um incidente na semana passada, durante uma operação de controle na entrada do centro de enriquecimento de Natanz.

"A passagem da inspetora da AIEA durante o controle ativou um alarme, o que provocou a suspeita de que carregava um produto suspeito", afirmou a agência nuclear iraniana em um comunicado.

A entrada da inspetora nas instalações foi proibida. Ela deixou o Irã com destino a Viena, segundo a agência iraniana, que não informou a nacionalidade da pessoa nem a data de saída.

- Preocupações -

O acordo de 2015 proíbe que a República Islâmica enriqueça urânio em Fordo, uma usina subterrânea que permaneceu secreta durante anos.

Em Viena, uma fonte da AIEA afirmou à AFP que os inspetores estavam em Fordo e preparavam um relatório sobre a situação. Também informou que os 35 membros do conselho de ministros da agência devem se reunir nas próximas horas para abordar a situação no Irã.

O anúncio da retomada do enriquecimento de urânio provocou novas preocupações das outras partes do acordo de Viena.

Teerã afirma que deseja a manutenção do acordo e que está disposto a voltar a cumprir totalmente as condições do texto, mas pede às demais partes que cumpram seus compromissos, em particular permitindo a exportação de petróleo.

A Rússia afirmou que observa com preocupação o desenvolvimento da situação, enquanto França, Reino Unido, Alemanha e União Europeia (UE) pediram ao Irã que mudasse de ideia.

Em Pequim, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou na quarta-feira que o Irã decidiu "sair da estrutura do acordo pela primeira vez de maneira explícita e não limitada".

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, declarou que anúncio do presidente Rohani "não é aceitável".

O governo dos Estados Unidos afirmou que retomar as atividades das centrífugas em Fordo é uma "chantagem nuclear" do Irã.

Washington mantém a política de "pressão máxima" sobre Teerã para tentar obter um novo acordo com "garantias melhores".

O Irã iniciou o processo de enriquecimento de urânio usando as centrífugas avançadas que acabou de instalar, uma nova etapa do descumprimento do acordo de 2015 sobre seu programa nuclear, informou nesta quinta-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

De acordo com um relatório da AIEA, órgão da ONU encarregado de monitorar o cumprimento deste contrato, as centrífugas avançadas instaladas na central de Natanz "estão ativas ou já foram preparadas para realizar o enriquecimento de urânio".

As centrífugas "que estão em processo de acumulação de urânio enriquecido", ou prestes a fazê-lo, são vinte modelos do tipo IR-4 e duas "cascatas", totalizando 30 modelos do tipo IR-6, especifica o relatório consultado pela AFP.

O acordo de 2015 sobre o programa nuclear do Irã autoriza Teerã a produzir urânio enriquecido apenas com centrífugas de primeira geração (IR-1). A instalação de centrífugas em cascata acelera o processo de enriquecimento.

O Irã anunciou em 7 de setembro que havia ligado essas centrífugas avançadas para aumentar seu estoque de urânio enriquecido, que desde julho excede o limite (300 kg) estabelecido pelo acordo de Viena.

Esse pacto, assinado entre Teerã e as principais potências - incluindo os Estados Unidos - está em risco desde que o presidente americano, Donald Trump, o denunciou em maio de 2018 e decidiu pela retirada de seu país.

Desde então, Washington restabeleceu as sanções econômicas contra Teerã, em nome de uma política de "pressão máxima", destinada a forçar a República Islâmica a negociar um novo acordo.

O restabelecimento das sanções dos EUA priva o Irã dos benefícios econômicos que esperava do acordo.

Este texto prevê o levantamento de parte das sanções internacionais contra o Irã em troca de uma limitação drástica de seu programa nuclear para garantir que o país não adquira a arma atômica.

Ao reduzir gradualmente seus compromissos, Teerã - que sempre negou querer fabricar a bomba nuclear - pretende pressionar os outros Estados partes no acordo (europeus, Rússia e China) para ajudá-lo a contornar as sanções americanas.

Desde maio, Teerã aumentou seus estoques de urânio enriquecido além do limite estabelecido no contrato e agora enriquece esse minério a 4,5%, acima do teto (3,67%), mas muito longe o limiar necessário para uso militar.

O Irã se prepara para aumentar sua produção de urânio enriquecido e água pesada após renunciar a alguns de seus compromissos em matéria nuclear, informou uma autoridade iraniana citada nesta quinta-feira pela agência Isna.

"O processo de aumento da capacidade e do ritmo de produção [...] de urânio enriquecido e de água pesada começou no dia em que o presidente [Hassan Rohani] ordenou", declarou à Isna o porta-voz da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), Behruz Kamalvandi.

O presidente iraniano Hassan Rohani anunciou em 8 de maio que o seu país abandonaria dois pontos do acordo de 2015 – chamado oficialmente de Plano de Ação Global Conjunto (PAGC) – em resposta à decisão americana de se retirar unilateralmente do pacto nuclear no ano passado.

Fabricar uma bomba atômica e colocá-la em um míssil balístico, como a Coreia do Norte tem a ambição de fazer, é um processo complexo que começa nas minas de urânio e termina com a miniaturização da carga nuclear.

O urânio, matéria-prima

Existem duas maneiras de fabricar uma bomba atômica: utilizar urânio enriquecido ou plutônio, que surge da combustão do urânio. O urânio está relativamente espalhado na crosta terrestre, tanto no solo com sob os oceanos.

Cerca de 20 países contam com minas operacionais de urânio. De acordo com a World Nuclear Association, mais de dois terços da produção de urânio têm origem no Cazaquistão (39%), Canadá (22%) e na Austrália (10%). Entre os outros grandes produtores destacam-se Rússia, Níger e Namíbia.

O urânio natural é formado por dois tipos de isótopos: o urânio 238 (99,3%) e o urânio 235 (0,7%). Mas somente este último pode ser usado como combustível nuclear.

Para obter o combustível necessário para fabricar uma arma nuclear deve-se enriquecer o urânio, ou seja, aumentar sua proporção de U-235. Em primeiro lugar, o mineral é triturado e utilizam soluções alcalinas para extrair o urânio.

Depois de secá-lo, obtém-se um concentrado sólido de urânio chamado "yellowcake" que, ligeiramente aquecido, passa para o estado gasoso e pode então ser enriquecido.

Enriquecer o urânio

O enriquecimento se refere à operação que consiste em separar o urânio 238, mais pesado, do urânio 235, mais leve, com centrífugas. São necessárias milhares de centrífugas para obter um volume considerável de urânio enriquecido. Poucos países no mundo contam com esse tipo de instalação grande e cara. Uma vez enriquecido, o urânio pode ser usado de diferentes formas, segundo o nível de concentração de U-235.

O urânio ligeiramente enriquecido (3,5% a 5%) é utilizado como combustível nas centrais nucleares para produzir energia. A um alto grau (90%), pode servir para fabricar uma bomba atômica (urânio de "qualidade militar"), com a condição de dispor de uma quantidade suficiente ("massa crítica") para provocar uma reação em cadeia que causará uma explosão nuclear.

Uma bomba atômica requer 25 quilos de urânio enriquecido, ou oito quilos de plutônio. No mundo existe suficiente plutônio e urânio enriquecido para fabricar o equivalente a 20.000 bombas como a de Hiroshima, segundo o Painel Internacional sobre materiais físseis, um grupo de especialistas.

Como funcionam as bombas A e H?

A bomba A, conhecida como "bomba atômica", funciona com uma reação em cadeia. Trata-se de quebrar o núcleo de um átomo enviando nêutrons para este ponto, de maneira que esse fenômeno se repita multiplicando-se por dois a cada vez. Este crescimento exponencial libera uma energia enorme, um calor muito forte, uma explosão e emite radiação. Este processo é conhecido como fissão.

Detalhadamente, mediante uma carga explosiva, lança-se um bloco de urânio 235 contra outro. Os átomos se rompem no impacto, provocando a reação em cadeia e a explosão da bomba. Outra configuração possível: colocar explosivos ao redor de uma bola de plutônio e ativá-los ao mesmo tempo. Com esta pressão os átomos se rompem.

A bomba H, também conhecida como bomba termonuclear, funciona a partir de um processo de fusão nuclear. Vários átomos leves são comprimidos até o ponto de se unirem e liberarem uma quantidade de energia superior à temperatura e pressão solar.

Na parte superior desta megabomba há uma bomba A clássica, que serve para prender o dispositivo. Sua fissão gera um calor intenso que se reflete nas paredes da parte inferior e desencadeia a fusão.

A bomba H é muito mais poderosa que a bomba A. A bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 1945 tinha uma potência de 15 quilotons, ou 15 mil quilos de TNT. A bomba H libera uma energia de vários megatons, o que equivale a milhões de quilos de TNT.

Por enquanto não foi utilizada nenhuma bomba de hidrogênio fora dos disparos de teste.

Balística e miniaturização: últimos passos

Existem três possibilidades de lançar um míssil ("vetor") carregado com uma ogiva nuclear: por avião, do solo, ou de um submarino. Quando a bomba é lançada por um míssil, o desafio tecnológico é duplo. É necessário ser um especialista em balística (alcance e precisão do míssil) e saber miniaturizar a carga nuclear.

Em termos de balística, a ogiva de um míssil intercontinental (ICBM), com um alcance muito longo, deve ser capaz de suportar um voo de milhares de quilômetros, assim como de retornar à atmosfera para alcançar seu objetivo, fase durante a qual o atrito o submete a temperaturas e vibrações extremamente altas.

A técnica de miniaturização também é essencial. Trata-se de fazer com que a bomba seja suficientemente compacta para montá-la na ogiva do míssil, mas também suficientemente robusta para sobreviver a um disparo de míssil balístico intercontinental.

Miniaturizada, a bomba atômica ocupa um pequeno espaço no míssil, que contém principalmente combustível para sua propulsão. Um míssil pode estar carregado com várias ogivas nucleares que podem alcançar objetivos diferentes.

O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, afirmou nesta terça-feira, 22, que o país precisaria de apenas cinco dias para retomar o enriquecimento de urânio a 20% - nível que permite que o material seja usado para a construção de arma nuclear.

O site da TV estatal iraniana citou Salehi dizendo: "Se houver uma determinação, somos capazes de retomar o enriquecimento a 20% em no máximo cinco dias".

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Em 2015, o Irã desistiu de avançar com seu programa de enriquecimento de urânio a 20% em um acordo assinado com potências mundiais. O acordo levantou sanções e limitou o país a enriquecer o minério a 5%. O Irã tem dito que desenvolve seu programa nuclear para propósitos pacíficos.

A presidente Dilma Rousseff exonerou, a pedido, Aquilino Senra Martinez do cargo de presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), estatal federal vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Para o lugar de Martinez, foi nomeado João Carlos Derzi Tupinambá.

Os respectivos decretos de exoneração e nomeação estão publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (18). Também foi nomeado Laércio Aguiar da Rocha para exercer o cargo de diretor de Recursos Minerais do órgão.

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A INB está no centro de uma série de reportagens do jornal O Estado de S. Paulo que denunciam o excesso de urânio em águas de poços na região sudoeste da Bahia, o que tem causado graves problemas de saúde à população local. A estatal é responsável pela exploração do produto.

Além de revelar a presença de urânio na região em um volume que estaria quatro vezes superior ao limite estabelecido pelos órgãos de saúde para consumo humano, as notícias falam da falta de transparência da estatal no fornecimento de informações sobre o caso para os órgãos ambientais do Estado e do âmbito federal.

As reportagens, que começaram a ser publicadas em agosto do ano passado, levaram à abertura de processos de investigação ou de esclarecimentos contra a INB por órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério da Saúde e comissões do Congresso Nacional.

O Irã cumpriu um requisito fundamental de um acordo nuclear com seis potências globais ao permitir que Moscou transfira a maioria de seu urânio enriquecido para a Rússia, disse um diplomata russo sob condição de anonimato.

Sob o acordo fechado em 14 de julho, o Irã deve embarcar quase nove toneladas de urânio de baixo enriquecimento que tem estocado, ficando com apenas 300 quilos do material. O urânio de baixo enriquecimento pode ser usado para geração de energia, mas também pode ser ainda mais enriquecido para armar ogivas nucleares.

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Sua remoção é uma obrigação aceita pelo Irã que tem como finalidade a redução da sua habilidade de desenvolver armas nucleares - algo que Teerã afirma não ter interesse. No acordo, o Irã também se compromete a reduzir o número de centrífugas que são usadas para enriquecer urânio.

Em troca, a maioria das sanções impostas sobre Teerã pelos países ocidentais serão suspensas. Isso deve acontecer depois que a Agência InternaciOnal de Energia Atômica da ONU confirmar que o Irã cumpriu as exigências do acordo. Espera-se que isso aconteça no próximo mês. Fonte: Associated Press.

O governo baiano quer usar recursos de uma operação de crédito firmada com o Banco Mundial (Bird) para iniciar o programa de monitoramento de águas profundas na região de Lagoa Real e Caetité, onde está localizada a única mina de exploração de urânio de toda a América Latina. A proposta foi anunciada na terça-feira (20) durante audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara.

Segundo Eduardo Topázio, coordenador de monitoramento do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), órgão do governo da Bahia responsável pela gestão de águas no Estado, um termo de referência para oficializar o pedido já está pronto e será encaminhado ao Bird nos próximos dias.

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A ideia é sacar recursos de um acordo firmado ainda em 2012 entre o governo baiano e o Banco Mundial, o qual prevê, entre outras ações, que o Inema receba US$ 12,8 milhões para programas ligados à água. "O projeto de monitoramento deverá custar de US$ 1 milhão - o equivalente a R$ 3,9 milhões - e dará início ao nosso programa de fiscalização das águas profundas", disse Topázio.

A medida faz parte das mobilizações do governo baiano, que tenta dar uma resposta efetiva às denúncias de contaminação de água por urânio. No início deste mês, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), órgão do governo da Bahia responsável pela gestão de águas no Estado, confirmou a presença de alto teor de urânio em um poço da zona rural de Lagoa Real, no sudoeste do Estado, em volume quatro vezes acima do limite tolerado para o consumo humano.

A promessa agora é que centenas de poços da região passem a ser alvos de um monitoramento permanente da qualidade da água. Atualmente, o único monitoramento realizado na região está restrito às águas superficiais. Segundo Eugênio Spengler, secretário de meio ambiente da Bahia, a região será a primeira do País a ter monitoramento subterrâneo, com equipamentos que forneçam dados em tempo real sobre a qualidade da água. "Nossa expectativa é de que, entre um ano e 18 meses, tudo esteja em funcionamento", disse.

No mês passado, o governo também anunciou que vai instalar uma unidade especializada em tratamento de câncer no município de Caetité, decisão que está diretamente associada ao crescente número de casos da doença identificados na região. Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia, quando o plano de instalar uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) em Caetité passou a ser desenhado, em 2012, dados já apontavam que havia um volume de pessoas com a doença superior à média de toda Bahia.

As Indústrias Nucleares do Brasil (INB), estatal responsável pela exploração de urânio na Bahia, foi acusada de omitir informações do governo e de órgãos de controle. Em audiência da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, disse que até mesmo seu governo não tem acesso a dados da empresa. "O que o Estado se ressente muito é que, às vezes, a informação que nós mesmos pedimos à INB não vêm a contento."

A falta de transparência também foi apontada pelo coordenador geral de transporte, mineração e obras civis do Ibama, Jônatas Trindade. Tanto o Ibama quanto o governo da Bahia só tomaram conhecimento da contaminação de urânio em Lagoa Real a partir da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo no dia 22 de agosto. Ao comentar o caso, Trindade disse que a empresa não tem uma comunicação devidamente formalizada e "essa falta de formalidade gera um problema sério de 'disse, não me disse' para o órgão licenciador".

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O problema foi endossado pelo funcionário da INB Lucas Mendonça dos Santos, que trabalha na empresa há 13 anos. Secretário-geral do Sindicato dos Mineradores de Brumado e Microrregião e representante da Comissão Paroquial do Meio Ambiente em Caetité, Santos lembrou que a INB omitiu por sete meses a informação sobre a contaminação de um poço de Lagoa Real. O deputado Sarney Filho (PV/MA) disse que vai cobrar novos esclarecimento da INB, que nega acusações. "Precisamos de transparência." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), órgão do governo da Bahia responsável pela gestão de águas no Estado, confirmou a presença de alto teor de urânio em um poço da zona rural de Lagoa Real, no sudoeste do Estado.

O órgão analisou a amostra de água de uma cisterna aberta em fevereiro de 2013 pela Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb), em uma propriedade privada, a cerca de 20 km de distância do local onde ocorre exploração de urânio, no município vizinho de Caetité.

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Os resultados colhidos pelo Inema confirmaram os altos índices de contaminação que foram apontados em dois testes anteriores, realizados neste mesmo poço pela estatal federal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), responsável pela exploração de urânio na região. O volume de metal encontrado na inspeção do Inema é quatro vezes superior ao limite estabelecido pelos órgãos de saúde para consumo humano.

O jornal O Estado de S.Paulo teve acesso aos novos laudos, que foram realizados pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Ceped), órgão vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, a pedido do Inema.

Os resultados apontaram presença de 60 microgramas de urânio por litro de água, quando o limite para consumo humano estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é de, no máximo, 15 microgramas por litro. Trata-se da mesma quantidade aferida no laudo da INB, em outubro do ano passado. A única situação em que seria permitido o consumo dessa água seria para matar a sede de animais, conforme estabelecem as regras do setor.

Os técnicos fizeram coleta em outro poço da região. Neste caso, a amostra apresentou 12,7 microgramas de urânio por litro, índice muito próximo ao limite para consumo humano, mas já superior à taxa de 10 microgramas por litro estabelecida para a irrigação em áreas que usem até 3.500 metros cúbicos de água por hectare.

A decisão de checar a qualidade da água em Lagoa Real foi tomada a partir da reportagem publicada pelo jornal no dia 22 de agosto. A matéria revelou que a INB já havia realizado duas inspeções no poço que se revelaria contaminado com alto índice de urânio - uma em outubro do ano passado e outro em março deste ano -, mas não comunicou a ocorrência aos órgãos de controle do Estado da Bahia ou da União, como Ibama, Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde ou Ministério do Meio Ambiente. Cada um desses órgãos só viria a saber do caso a partir da reportagem.

Somente em maio, sete meses depois de ter confirmado a alta presença de urânio no poço de Lagoa Real, a INB entregou os dois relatórios à prefeitura do município, que lacrou o poço imediatamente.

A INB declara que não comunicou o fato aos órgãos de controle porque a análise da água foi feita como um tipo de favor, para atender a uma solicitação do proprietário do sítio. A empresa alega que não há nenhuma influência de sua mineração na contaminação e que o poço está localizado a 20 km de distância da mina. A empresa sustenta ainda que há muito urânio naquela região e que, por isso, a presença do metal radioativo é algo natural, e não decorrente de suas operações na região.

Ao Estado, o coordenador de monitoramento dos recursos ambientais e hídricos do Inema, Eduardo Topázio, afirmou que era preciso confirmar a qualidade da água do referido poço, porque se tratava de uma denúncia específica atrelada àquele reservatório e que esta tinha de ser confirmada.

"Estamos, conjuntamente com o setor de Saúde do Estado e autoridades locais, fazendo uma atualização de poços não outorgados para verificarmos os usos e a qualidade da água na região, cruzando a sua localização com a ocorrência de minério de urânio na região", declarou Topázio.

Perguntado sobre uma terceira amostra que estava prevista, o especialista afirmou que houve dificuldades operacionais durante as inspeções e que o trabalho acabou se limitando a dois poços.

Lideranças sociais e ambientais que atuam na região cobram, há anos, um monitoramento da água consumida pela população. O governo baiano promete agora tomar medidas práticas para atender a esse pedido. Um projeto de fiscalização de águas subterrâneas está previsto para ser instalado em todo o Estado. Segundo Eduardo Topázio, esse projeto vai começar por Caetité.

O secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, disse que novas amostras de poços em toda região do urânio serão coletadas neste mês, para novas análises, e que a região terá o aguardado monitoramento constante da água.

O governador da Bahia, Rui Costa, anunciou a construção de uma unidade de tratamentos de câncer em Caetité, a qual tem previsão de ser entregue até o fim do ano que vem. A Secretaria de Saúde da Bahia reconheceu que, independentemente das causas, há uma incidência maior de casos de câncer na região que envolve Caetité e Lagoa Real, em relação à media de todo o Estado.

Um bebedouro de animais no distrito de Maniaçu, em Caetité (BA), apresentava já em 2013 indícios de urânio natural (U-nat) acima das medições históricas feitas havia anos no local pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). A descoberta aconteceu antes dos testes que, no fim de 2014, encontraram sinais de U-nat na água de um poço no município vizinho de Lagoa Real, como revelou o jornal O Estado de S.Paulo com exclusividade no dia 22. A INB, porém, alega que os valores dos dois casos não são associados à atividade que comanda.

A empresa explora ali, há 15 anos, a única jazida do mineral em atividade na América Latina, e alimenta as Usinas de Angra 1 e Angra 2, no Rio. A medição acima da média foi obtida em um dos pontos do sistema de monitoramento nuclear mantido pela estatal, o LR001. Foi feita no terceiro trimestre de 2013. As informações sobre as medições acima do normal ali constam de relatório elaborado em resposta a pedido da reportagem de 2015, com base na Lei de Acesso à Informação.

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O episódio de Lagoa Real foi diferente do de Maniaçu. Sua investigação começou a pedido de moradores em uma propriedade privada, fora da área monitorada pela INB. Já o sistema de monitoramento da estatal faz medições periódicas em pontos determinados. É mantido por causa dos riscos ao meio ambiente e aos seres humanos representado pela radiação. Mede a presença de elementos radioativos como urânio natural (U-nat), rádio 226 (Ra 226), radônio, chumbo 210 (Pb 210) nas águas subterrâneas e pluviais, no ar, em sedimentos, nos alimentos. A contaminação radioativa pode causar mutações genéticas e doenças graves.

"A concentração de U-nat, na fração solúvel da amostra coletada no terceiro quadrimestre de 2013 (5,4E-01 Bq/L) está acima dos valores históricos", afirma o documento fornecido pela INB. "O máximo encontrado até então, nessa fração, tinha sido de 5,OE-01 Bq/L no segundo quadrimestre de 2012."

O texto aponta ainda que o ponto LR001, onde foi constatada a contaminação, "representa, atualmente, um pequeno tanque que foi feito dentro da antiga lagoa". Ali, durante os períodos de grande estiagem, a água chega quase a secar, afirma o documento. "Esse tanque recebe água somente de chuva e drenagens pluviais e é usado somente para dessedentação de animais (ou seja, é destinado a dar de beber a criações da região). Esse ponto pertence a uma bacia hidrográfica que não está relacionada a possíveis contribuições da URA", diz o texto.

Resultados normais

A INB afirma que outras medições envolvendo elementos radioativos tiveram resultados normais ali. "As concentrações de atividade de U-nat e Pb-210 (chumbo 210) obtidas nas amostras coletadas em 2013 no ponto LR001, sedimento, estão dentro da faixa dos valores históricos para as amostras de sedimento."

Também em 2013 o mesmo ponto LR001, segundo a INB, registrou medições de rádio em aerossol (Ra-226 no ar) acima dos valores históricos do local, mas dentro da variação em outros pontos. Por isso, não haveria anormalidade, nem perigo. "As concentrações de atividade dos radionuclídeos U-nat e Pb-210 encontradas no ponto LR001 em 2013 estão de acordo com os valores históricos. A concentração de Ra-226 encontrada na amostra de 2013 está acima dos valores históricos do ponto, mas dentro da faixa das concentrações encontradas em outros pontos", diz o texto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, afirmou, durante conferência nesta segunda-feira (22), que o governo do Irã precisa se manifestar sobre as suspeitas de que estaria realizando enriquecimento de urânio para confeccionar armas nucleares.

Diplomatas tem reportado retrocessos nas negociações sobre o programa nuclear do Irã, afirmando que o país voltou a rejeitar as exigências dos EUA para redirecionar o uso de uma de suas instalação de enriquecimento de urânio. Os EUA querem que o Irã desligue ou converta a instalação construída no interior de uma montanha, pois a sua localização a mantém protegida de ataques aéreos.

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Segundo Amano, o governo iraniano implementou algumas das medidas do acordo destinado a dar à agência mais informações sobre o programa nuclear do país, mas a maioria delas foi adotada em áreas que nada têm a ver com a instalação supostamente usada para produção de armas. O enriquecimento de urânio pode ser usado para fazer combustível para reatores e também para produzir armas nucleares.

O governo do Irã afirma que não quer produzir armas nucleares e garante que nunca trabalhou neste sentido. O país alega que já estava discutindo a reconfiguração da instalação antes rodada atual de negociações, mas a AIEA afirmou que coletou mais de mil páginas de informações que apontam para tentativas de desenvolvimento de tais armas no Irã. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos e o Japão anunciaram nesta segunda-feira (24) que o Japão entregará mais de 315 quilos de material nuclear para custódia dos Estados Unidos, como parte de medidas de segurança nuclear anunciadas em cúpula que está sendo realizada em Haia, na Holanda.

O plutônio e urânio altamente enriquecido estão armazenados atualmente pela Agência de Energia Atômica do Japão em uma instalação de Tokai, ao norte de Tóquio. Em comunicado conjunto, os países disseram que o material será enviado para uma instalação segura nos EUA e convertido em formas menos sensíveis.

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Os EUA haviam emprestado plutônio ao Japão para pesquisa nos anos 1960 e estavam pedindo o retorno do material. Aquele plutônio emprestado para pesquisa agora representa apenas uma fração das cerca de nove toneladas de plutônio armazenadas no Japão.

Segundo os EUA, a agência atômica do Japão pode dar continuidade às suas pesquisas sem a necessidade de urânio altamente enriquecido - que pode ser usado para produzir uma arma nuclear - ou plutônio separado. No ano passado, os EUA haviam manifestado preocupações com a segurança do excedente de plutônio armazenado pelo Japão, disseram à época autoridades norte-americanas e japonesas.

A China recentemente aumentou o tom das críticas ao Japão por seus estoques de plutônio para armas e urânio enriquecido, afirmando que representam um risco para a não-proliferação nuclear. O porta-voz chefe do governo japonês, Yoshihide Suga, afirmou hoje que as críticas chinesas não refletem a realidade. Ele reiterou a posição do governo de que, "como única vítima de um ataque nuclear e uma potência nuclear avançada", o Japão tem intenções pacíficas e o seu programa foi cuidadosamente examinado pela Agência Internacional de Energia Atômica.

A Casa Branca também informou nesta segunda-feira que os Estados Unidos alcançaram acordos com Bélgica e Itália para remover urânio altamente enriquecido e plutônio desses países. Segundo a Casa Branca, os EUA já removeram uma "quantidade significativa" de material nuclear da Bélgica e cerca de 20 quilos da Itália. Não foram informados prazos ou detalhes das operações. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

O Irã não vai considerar o envio para o exterior de seu estoque de urânio enriquecido como parte de qualquer acordo com as potências mundiais, disse o negociador nuclear iraniano Abbas Araghchi. As declarações dele ocorrem antes de novas negociações entre o Irã e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), mais a Alemanha, em Genebra, esta semana.

Araghchi disse que "enviar material para o exterior é a nossa linha vermelha". Ele afirmou ainda que o Irã não vai recuar "um milímetro" de seu direito de enriquecer urânio. O Ocidente acusa o país de tentar construir armas nucleares, o que Teerã nega.

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As declarações de Araghchi, divulgadas pela TV estatal iraniana, contrariaram o discurso do presidente do Parlamento, Ali Larijani, que, na semana passada, disse que o Irã estaria disposto a discutir seu "excedente" com as potências nucleares. Fonte: Associated Press.

Um homem foi preso no Aeroporto Internacional John F. Kenneddy, de Nova York, com urânio destinado ao Irã escondidos nas solas de seus sapatos, disse o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Patrick Campbell, que foi preso quarta-feira, vindo de Paris, é acusado de tentar agir como um intermediário para vender ao Irã 1.000 toneladas de urânio purificado, em violação da lei dos EUA.

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Baseado em Serra Leoa, Campbell, de 33 anos, estava sob vigilância desde maio de 2012, quando respondeu a um anúncio no site alibaba.com de alguém querendo comprar urânio 308, ou bolo amarelo ("yellow cake"). O comprador, na verdade, era um oficial de imigração dos Estados Unidos disfarçado.

Requisitado a fornecer 1.000 toneladas de urânio - disfarçado com outros tipos de minérios para escapar à detecção - Campbell prometeu enviar o produto, disfarçado de cromita, de Serra Leoa para o porto de Bandar Abbas, no Irã.

Durante as conversas por telefone, Skype e e-mail, Campbell alegou estar ligado a uma empresa que vende urânio, ouro, diamantes, e cromita na fronteira da Libéria e Serra Leoa, de acordo com a acusação. A fim de ser utilizado como combustível nuclear, o urânio deve ser enriquecido.

Campbell foi preso em Nova York, a caminho da Flórida, onde planejava mostrar ao seu "contato" algumas amostras do urânio. As amostras, embrulhadas em sacos plásticos, estavam escondidas nas solas de um par de sapatos em sua bagagem, disse a acusação.

Os investigadores também encontraram informações de contatos para a venda e entrega do urânio em um pen-drive de Campbell.

Acusado de violar a lei dos EUA sobre as transações com o Irã, Campbell pode pegar até 20 anos de prisão e uma multa de US$ 1 milhão. O caso foi transferido para um tribunal federal de Fort Lauderdale, na Flórida. Fonte: Dow Jones Newswires.

As autoridades locais da cidade chinesa de Heshan, na província de Guangdong, na China, rejeitaram um plano de construção de uma usina de processamento de urânio, um dia depois de centenas de residentes locais protestarem contra o projeto por temores com a segurança.

O governo de Heshan disse em um comunicado pela Internet que suspenderia o projeto de 37 bilhões de yuans (US$ 6 bilhões) da China National Nuclear Corp. (CNNC) para construir unidades de conversão, enriquecimento de urânio e fabricação de equipamentos de combustível nuclear. "O governo do povo da cidade de Heshan decidiu respeitar a opinião pública e não considerará o projeto de parque industrial da CNNC."

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A CNNC não foi encontrada para comentar a notícia, mas os planos são parte dos esforços nacionais para reduzir a dependência da China de carvão e impulsionar o uso de energia limpa.

Fonte: Associated Press.

O Irã nunca vai fechar a instalação nuclear Fordo em troca de uma redução das sanções impostas pelos países ocidentais, afirmou Alaeddin Boroujerdi, chefe do comitê parlamentar sobre segurança nacional e política externa, segundo a agência semioficial de notícias Isna. O parlamentar disse que Fordo é "um centro que nunca será fechado".

Localizado no sudoeste do Irã, Fordo produz urânio enriquecido a 20%, que pode ser transformado em material para armas nucleares. Boroujerdi afirmou que o fechamento do centro, que é uma demanda do ocidente, significaria apoio a Israel, um arqui-inimigo do Irã.

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As declarações foram feitas dez dias depois de uma nova rodada de negociações entre o ocidente e o Irã sobre o programa nuclear iraniano. Os países ocidentais suspeitam que o governo do Irã queira produzir armas nucleares, o que os iranianos negam. As negociações estão em impasse desde maio. As informações são da Associated Press.

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