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Obras realizadas pelo Fundo Social do Estado na área externa de três prédios tombados no Parque da Água Branca, na zona oeste de São Paulo, estão desrespeitando uma decisão liminar da Justiça e as autorizações concedidas pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). O Estado flagrou nos últimos dois dias pedreiros que trocavam o telhado e realizavam intervenções na fachada dos casarões em estilo normando, símbolos da cultura cafeeira, construídos no início do século 20.

Informado por usuários sobre as irregularidades, o promotor Washington Luis Lincoln de Assis pediu ontem à Justiça o embargo e afirmou que emitirá multa hoje de R$ 500 mil. O parque, com 131 mil m², esteve em obras de abril de 2010 a novembro de 2011. A nova intervenção teve início em 3 de maio, quando a ONG SOS Parque da Água Branca procurou o Ministério Público (MP) e uma ação civil pública foi instaurada contra a obra. A Justiça concedeu liminar para barrá-la.

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Além dos três casarões em reforma, por todos os lados há interdições com cercas e caçambas com entulho. Um alojamento para operários foi improvisado em contêineres.

Estão em obras o Espaço Lucy Montoro (antigo gabinete de desenho e fotografia), o Centro Histórico e Pedagógico e o prédio do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária (antigo laboratório de análise de mel). Os telhados antigos das casas (números 29, 35 e 37) foram substituídos por um forro de metal.

No processo 2011-0.254.011-7, que trata das reformas, consta apenas liberado "projeto de reforma interna e conservação". Não existe qualquer pedido do Fundo Social para troca de telhado ou para mudança em acessórios decorativos da fachada.

Um parecer que está no processo de autorização da Divisão Técnica de Projetos, Restauro e Conservação do DPH informa que "não foi enviado projeto de restauro das fachadas para os imóveis tombados".

Para a Promotoria do Meio Ambiente, as intervenções são ilegais. "Vou pedir o embargo das obras. É inacreditável que a decisão liminar e a própria autorização do DPH continuem sendo desrespeitadas", disse Assis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Quando andamos pelo Recife, que possui um dos maiores e mais variados acervos arquitetônicos com valor histórico-cultural do Brasil, o que vimos é uma cidade em crescimento contínuo, muitas obras, prédios em construção, alargamento de vias, enfim, muitas mudanças. Mas, ao mesmo tempo, vemos inúmeras construções e lugares que fazem parte da história da cidade sem nenhum tipo de manutenção, abandonados e prejudicando o visual da cidade.

Durante anos o Recife Antigo, onde há uma das principais concentrações de prédios históricos da cidade, ficou abandonado, com os casarões se tornando ruínas. Mais recentemente, esses prédios vem sendo “adotados” por instituições que estão promovendo as reformas e transformando esses locais em centros culturais. O edifício Chanteclair, por exemplo, foi um dos restaurados. Construído nos anos 20 do século passado, foi tombado há cerca de 14 anos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas isso não impediu que ele quase desabasse.

Infelizmente esse tipo de iniciativa não aconteceu em todo o bairro. Várias ruas continuam abandonadas, entregues aos usuários de drogas e a falta de segurança - fatores estes que afastam cada vez mais os turistas.

O que acontece no Recife Antigo não é um fato isolado. Na Rua da Aurora, famosa pelos casarões em toda sua extensão, muitas residências que antes serviam de moradia para os nobres que habitavam o Recife agora estão entregues ao abandono. E o caso se repete na extensão do Cais de Santa Rita, Cais José Estelita e até com o Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães, mais conhecido como Geraldão, que durante anos recebeu importantes campeonatos esportivos, como a Liga Mundial de Volei.

O progresso e desenvolvimento do Recife não devem se aplicar apenas a economia, e este crescimento econômico não implica no esquecimento da história do povo. Esta deve ser preservada. Recife tem em torno de 33 Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico, além de um conjunto de 154 imóveis especiais de preservação que podem ser integrados a novas construções.

Uma dessas zonas especiais de preservação fica nos bairros de Santo Antônio e de São José e foi criada em 1934 pelo arquiteto Nestor de Figueiredo, a Avenida Guararapes. Esquecida durante muito tempo, a avenida que já foi cartão postal do Recife entre as décadas de 40 e 70 começou a ter sua história resgatada através da restauração de vários prédios, que vem sendo realizada pelo Grupo Ser Educacional.

Prédios como o Trianon, Art Palácio, e o edifício onde funcionou o antigo Bar Savoy, além do Sertã, serão totalmente restaurados e irão abrigar novas unidades educacionais do Grupo e um centro cultural também deverá ser construído no Savoy, tudo prezando pela arquitetura e estruturas originais dos prédios. Mas, todo esse esforço não será suficiente se os órgãos públicos também não fizerem a sua parte, combatendo a venda de drogas e organizando o comércio local.

É possível aproveitar espaços históricos, hoje abandonados, de forma correta e viável. Da mesma forma que as praças públicas vem sendo adotadas por empresas e se tornado espaços de convivência da população, os grandes empresários podem elaborar projetos de restauração e revitalização das áreas que contém imóveis históricos, aliando modernidade com a tradição de outrora. Preservar as áreas históricas da cidade é também preservar a história do povo.

Alunos e ouvintes puderam presenciar, na noite desta terça-feira (27), uma palestra com arquitetos e urbanistas idealizadores do projeto Porto Novo, no auditório do Centro de Filosofia e ciências Humanas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Cidade Universitária.

O projeto, que tem como objetivo propor intervenções nos armazéns do Porto do Recife, foi debatido pelos palestrantes Zeca Brandão, arquiteto, e um dos idealizadores da causa, Geraldo Santana, ex-professor de arquitetura da UFPE, e o ministrante do evento, o professor Luiz Amorim que juntos defenderam as ideias sobre as possibilidades de ocupação de edificações e áreas urbanas.

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O projeto inicial apresentado ao governo tem o objetivo de urbanizar a área do porto, fazendo alterações em cinco armazéns, como manter a leitura interna e externa, fazer a recuperação e a restauração, ou também seria o caso da retirada de um dos galpões em prol da construção de outro em seguida, no mesmo local.

“Queremos tentar articular e fixar o grande empreendedor na cidade do Recife”, conta Zeca Brandão, que comentou a falta de um mirante no Recife, que também se encontra no projeto. Em todo o projeto apresentado, foi perceptível a preocupação com a implantação de praças, ciclovias e com a acessibilidade do local em si.

O projeto tem o intuito de transformar os galpões em lugares com teatros, cinemas, praças de alimentação, centro de convenções, lojas, restaurantes, um hotel, e um píer.

A forte chuva e a ventania que atingiram o Rio de Janeiro na manhã de hoje interromperam o fornecimento de energia elétrica em trechos de pelo menos oito bairros da cidade. Segundo a Light, técnicos estão trabalhando para normalizar o fornecimento de energia, interrompido pelas quedas de galhos de árvore na rede elétrica, em trechos de ruas dos bairros de Campo Grande, Bangu, Tijuca , Ilha do Governador, Meier, Penha, Engenho de Dentro, Leblon e Santa Teresa. Ainda não há previsão para o restabelecimento da luz.

Os aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim chegaram a operar por instrumentos. Na Avenida Rio Branco, uma das principais vias do centro do Rio, uma árvore caiu, mas não feriu ninguém. Pontos de alagamento foram registrados em vários bairros.

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