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O muro de vidro, de 2,2 quilômetros de extensão, que deverá liberar a visão para a Raia Olímpica da Universidade de São Paulo (USP), na Marginal do Pinheiros, está em fase final de construção e deve ser entregue até o fim de março. Nos próximos dias, a atual mureta de concreto deverá ser demolida.

Onde hoje fica a mureta de concreto começará a ser instalada uma calçada verde, com gramado entre as pistas da Marginal, sentido Interlagos, em um trabalho de paisagismo. Haverá um recuo entre a nova mureta transparente e as faixas de rolamento. O vidro é temperado, com 10 milímetros de espessura e película de proteção.

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O projeto foi apresentado em junho do ano passado. Em maio, inicialmente, a gestão João Doria (PSDB) havia proposto uma grade, mas foi levantado o problema de aumento de barulho e poluição do ar para os atletas que usam a raia. A solução foi a mureta de vidro, orçada em R$ 15 milhões, com custo pago por 52 parceiros privados - incluindo operadores de saúde e instaladores desse tipo de mureta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sustentabilidade e meios alternativos de produção foram os principais ensinamentos das oficinas de compostagem e reciclagem que foram realizadas pelos alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade da Amazônia (Unama), no último sábado, 11, no campus Alcindo Cacela, em Belém. Estudantes de diversos cursos, profissionais e moradores da comunidade ao redor da universidade participaram da atividade.

Como forma de colocar em prática a teoria sobre urbanismo, a professora do curso de Arquitetura e Urbanismo Dula Lima propôs aos alunos a prática voltada para um recorte de uma área da Ilha de Caratateua, mais conhecida como Outeiro. “Esse semestre eu estou desenvolvendo a disciplina Urbanismo IV, que trata de zonas de interesse social, ocupações inadequadas dentro do urbanismo, então a gente foi trabalhar um recorte de uma área em Outeiro, onde eles pudessem colocar em prática as informações que eles já tinham”, explicou a professora.

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Os alunos do 8º semestre do curso criaram dois projetos que trabalham a sustentabilidade dentro de Outeiro. Porém, antes, resolveram realizar oficinas dentro da universidade. O projeto “Raízes da Cidade” é um deles e tem seu trabalho voltado principalmente para a questão da utilização do lixo para a técnica da compostagem, processo biológico que usa matérias orgânicas para a criação de adubo orgânico, reduzindo assim o lixo.

Durante as oficinas, os participantes puderam fazer suas próprias composteiras de potes e garrafas pets, além de aprederem passo a passo sobre a importância da atividade. “Na parte prática, a gente tem dois tipos de composteiras com materiais de baixo custo e práticos que as pessoas podem comprar em casa, como garrafa pet e potes de plástico de sorvete. Com eles usamos materiais orgânicos como cascas de frutas, verduras, ovo e borra de café, que no final vai resultar o chorume”, explicou a aluna de Arquitetura e Urbanismo Andressa Moraes.

Já o projeto “Urbaniza Outeiro” propôs oficinas de reciclagem, e quem participou pôde confeccionar sua própria luminária reciclada de garrafas pets de catadores da cidade. “A gente disponibilizou os bocais, fios e lâmpadas, e as garrafas nós compramos de catadores. Então, além do processo da própria reciclagem, a gente percebe que a prática vai muito além e também faz parte da subsistência de muitas pessoas”, explicou Gloria Tavares, uma das estudantes responsáveis pelo projeto.

Estudante do curso de Agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Daniel Nogueira ficou sabendo das oficinas pelas redes sociais. “Está bem proveitoso e prático, é bastante importante esse tipo de conhecimento em relação a meios alternativos de se produzir dentro das áreas urbanas, esse tipo de conhecimento é importante para que a gente possa repassar para os indivíduos da comunidade”, enfatizou Daniel.

Por Ariela Motizuki.

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Os arquitetos e urbanistas que querem participar da gestão do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Pará podem se candidatar para as eleições deste ano. A partir da próxima segunda-feira (14/08), até o dia 9 de setembro, estarão abertas as inscrições de chapas com os candidatos a conselheiros titulares e suplentes, para todas as vagas disponíveis em cada CAU estadual, além de candidatos para conselheiro titular e suplente do CAU/BR (um para cada unidade da Federação).

A Comissão Eleitoral Nacional (CEN) já publicou Edital de Convocação das Eleições do CAU. O documento oficializa o início do processo eleitoral, que termina no dia 31 de outubro, com a votação exclusivamente pela internet. Mais de 150 mil arquitetos e urbanistas em todo o Brasil vão escolher os 28 conselheiros do CAU/BR e os 326 conselheiros dos 27 CAU/UF – mais os suplentes.

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No Pará, são hoje 2.272 arquitetos e urbanistas registrados no CAU/PA. Eles devem escolher os representantes da categoria para as nove vagas de conselheiros estaduais, além de uma vaga para conselheiro federal, e seus respectivos suplentes. Haverá ainda uma eleição paralela para as vagas de conselheiro titular e suplente do CAU/BR para representar o Conselho junto às instituições de ensino superior.

Segundo o presidente do CAU/PA, Adolfo Maia, “o processo de eleição para uma nova gestão deve ser tranquilo, para que os próximos conselheiros possam dar continuidade ao trabalho de consolidação do CAU, como uma entidade transparente e atuante, que possa atender a todos de maneira igualitária, clara, ajudando o profissional e a sociedade a encontrar a melhor função do arquiteto e urbanista”. Adolfo Maia encerra o segundo mandato como conselheiro e presidente do CAU/PA e não concorrerá novamente ao cargo nessa eleição. Devem votar todos os arquitetos e urbanistas que estiverem em dia com as anuidades do CAU até o dia 16 de outubro – o voto é facultativo para quem tem 70 anos ou mais.

O CAU/BR e os CAU/UF são autarquias federais uniprofissionais dotadas de personalidade jurídica de direito público, que constituem serviço público federal e têm a função de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Arquitetura e Urbanismo, zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe em todo o território nacional, bem como pugnar pelo aperfeiçoamento do exercício da profissão, visando a melhoria da qualidade de vida, a defesa do meio ambiente e a preservação do patrimônio cultural do País. Formam um conjunto autárquico uno, com autonomia administrativa e financeira e estrutura federativa, cujas atividades são custeadas exclusivamente pelas receitas advindas de anuidades, emissão de RRT, certidões e outros serviços.

O objetivo principal do CAU é regular o exercício da profissão de arquiteto e urbanista no Brasil, defender o interesse e a segurança da sociedade. Faz isso principalmente por meio da edição de normas (resoluções); emissão de registros profissionais, registros de responsabilidade técnica, certidões e outros; fiscalização das atividades de Arquitetura e Urbanismo; e ações de promoção da Arquitetura e Urbanismo.

Por Dina Santos, da assessoria do Conselho.

 

Os alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Desing de Interiores da Universidade da Amazônia (Unama) se uniram na última sexta-feira (23) para expor trabalhos avaliativos envolvendo maquetes, projetos, sistemas e fotografias. “Compondo o espaço urbano”, “A (re)invenção do olhar” e “Arquitetura do descarte” foram alguns dos temas dos trabalhos.

A exposição foi uma proposta da coordenação dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores, com a finalidade de criar uma ligação entre os dois cursos. “Uma das principais propostas é fazer com que os alunos percebam o sentido que faz todo um conteúdo de um projeto pedagógico”, disse Fernando Navarro, professor e coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo.

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Foram agregadas à metodologia de produção tanto as disciplinas de Arquitetura e Urbanismo quanto as de Desing de Interiores. O objetivo é mostrar para o aluno a atividade prática que é utilizada dentro dos conteúdos das disciplinas. A estudante de Desing de Interiores Débora Filgueiras falou da importância da exposição para sua vida acadêmica e profissional: “Quero sempre levar esse aprendizado comigo, principalmente essa parte prática, porque posso ter uma ideia de como vou trabalhar futuramente”.

O professor Navarro também considera importante estar atento à forma como o conteúdo é repassado aos alunos. Segundo ele, algumas vezes há excesso de teoria e ausência de prática durante as aulas. “Temos de nos preocupar com o conteúdo que é ministrado pelos projetos pedagógicos, mas não devemos esquecer que eles devem estar unidos à exercícios práticos, para que os nossos alunos não sintam dificuldades ao ingressarem no mercado de trabalho.”

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Estudantes e profissionais de arquitetura, urbanismo, design e decoração poderão concorrer a prêmios de até R$ 10 mil no concurso ‘Meu Decorado’, organizado pela MRV Engenharia com o objetivo de fomentar e incentivar o desenvolvimento de ideias criativas e sustentáveis de decoração que possam ser aproveitadas pelos clientes da MRV em seus imóveis. As inscrições podem ser feitas a partida desta quarta-feira (17) e seguem até o dia 21 de junho.

Após o período de inscrição e submissão de projetos, os vencedores serão escolhidos pelos clientes da MRV através do site do 'Meu Decorado'. Os vencedores serão os três projetos mais votados de cada categoria. O primeiro lugar da categoria estudante receberá o valor de R$ 5 mil, o segundo R$ 3 mil e o terceiro R$ 1 mil. Já os projetos da categoria profissional serão premiados com os valores de R$ 10 mil, a segunda colocação em R$ 6 mil e a terceira em R$ 2 mil. Além disso, os projetos vencedores ficarão disponíveis para os mais de 300 mil clientes da MRV, no Portal de Relacionamento com Cliente da empresa.

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“Trazemos para os profissionais e estudantes o desafio de criar projetos para dois cômodos com o valor máximo de R$ 8 mil e que devem ser executados a partir de três pilares: sustentabilidade, sempre priorizando o reaproveitamento de materiais, viabilidade, com decoração de fácil execução, além de criatividade e qualidade de vida, uma vez que as ideias devem encantar e contribuir para facilitar o dia a dia dos clientes da construtora”, explica a gestora de Relacionamento com Clientes da MRV, Joice Cristina Silva.

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Ano após ano, promessas da gestão pública do Recife se arrastam como se um calendário próprio e flexível regesse as ações voltadas à população. Nessa esteira em câmera lenta, uma das principais obras urbanas para a capital não tem sequer previsão de início dos trabalhos. O projeto de embutimento da fiação da rede elétrica e de telefonia está longe de se tornar realidade. 

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A espera pela boa vontade política é desde 2013. Naquele ano, o vereador Augusto Carreras propôs o projeto de lei 99/2013, com a meta de embutir toda a fiação urbana num prazo estabelecido de dois anos. Em 13 de janeiro de 2014, a Lei 17.984 foi sancionada pelo prefeito Geraldo Julio, mas com um veto específico no segundo artigo do projeto inicial: o prazo de dois anos. No documento, o prefeito entende que "o prazo estabelecido para o término das obras compromete o desempenho do projeto".

Janeiro de 2014, a lei é sancionada. Apenas em dezembro de 2015 (quase dois anos depois), o decreto 29.335 regulamenta o documento e prevê a criação da Comissão Técnica de Embutimento de Redes (CTER). Em palavras mais simples: a prefeitura determina que uma equipe deve ser formada para elaborar projetos, estudos, custos financeiros e outras atribuições sobre o embutimento da fiação. 

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos do Recife, os "integrantes da comissão serão indicados pelas Secretarias e órgãos diretamente envolvidos com o projeto", como a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) e a Empresa de Urbanização do Recife (URB). Faz quase um ano da publicação do decreto. Nada caminhou desde então. 

Sem prazos e sem recursos

Em nota oficial encaminhada ao Portal LeiaJá, a Secretaria de Infraestrutura deixa claro em qual ritmo está o projeto. "A Comissão terá, ainda, a prerrogativa de convocar ou convidar representantes de outras instituições. Somente a partir da instalação da Comissão e posse dos indicados será divulgado um cronograma de trabalho". 

Habitual nas recentes respostas do poder público do Recife sobre obras atrasadas ou que nem saíram do papel, a falta de recursos é apontada como empecilho. "O programa para Embutimento da Fiação está aguardando a abertura de novos editais federais para a captação de recursos financeiros destinados à elaboração e execução do projeto", esclarece a Secretaria de Infraestrutura.  

Pensar a cidade e evitar imediatismos

Como planejar obras de impactos permanentes se, de dois em dois anos, processos eleitorais municipais e estaduais transferem prioridades públicas para outros fins? Para a arquiteta Clarissa Duarte, professora da Universidade Católica de Pernambuco, enquanto houver uma cultura urbana imediatista e desintegrada, a cidade pouco ou nada evoluirá. 

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"Se começássemos hoje, no melhor dos cenários, o processo de embutimento de toda a fiação urbana do Recife levaria muitas, muitas décadas para ser concluído. É preciso ter uma lógica de planejamento na cultura urbana. Não um planejamento de maquiagem". 

Ao falar de fiação urbana, a especialista lembra ser necessário discutir a situação das calçadas e da iluminação na cidade. Fios emaranhados, postes instalados de qualquer forma, vegetação degradada. Há conforto e segurança aos pedestres? "Nesse debate não tem se falado sobre iluminação solar. É inadmissível pensar no Recife do futuro sem levar em consideração a iluminação solar. Elimina o cabeamento, a manutenção é inferior, além dos benefícios ambiental e econômico", acentua Clarissa Duarte. 

Em um primeiro passo, a arquiteta vê como fundamental a identificação de rotas estratégicas, para as quais o projeto de embutimento deve dar prioridade. "É preciso pensar no pedestre e no patrimônio. Identificar vias de maior fluxo de pessoas e que também tenham importância em relação à qualidade paisagística do patrimônio da cidade. Não adianta pensar o projeto se não for de forma integrada". 

Salvar

Um movimento global aponta o contato com a natureza como forma de prevenir doenças. A ideia é que preservar vegetações nativas em grandes parques, além de ser bom negócio para o ambiente e a humanidade - pelo serviço ecossistêmico que prestam - é importante para a saúde de cada um que vai a esses locais.

O tema é um dos focos da Habitat III, reunião da ONU sobre urbanização, que será feita em Quito neste mês. A tarefa está a cargo do brasileiro Daniel Buss, ecólogo e doutor em saúde pública, há pouco mais de um ano na Opas, braço para as Américas da OMS. Ele também colabora com a campanha do Serviço de Parques dos EUA, desenvolvendo uma ferramenta para avaliar quanto e como os parques contribuem para a saúde dos frequentadores.

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"A lógica, que passa uma mensagem poderosa, é que áreas verdes promovem saúde e saúde é um direito humano, como está desde 1946 na constituição da OMS. Mas, se o acesso a parques não é universal, então falhamos em entregar saúde a todos", afirmou Buss ao Estado.

Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS), junto com a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da Organização das Nações Unidas (ONU), lançou o documento "Conectando prioridades globais: biodiversidade e saúde humana", que compilou centenas de estudos.

Estão ali listadas conexões em várias escalas, desde a planetária, com os grandes benefícios já bem conhecidos (incluindo oferta de nutrientes, produção de alimentos e possíveis medicamentos provenientes da biodiversidade, controle de pestes e polinização), aos impactos no nível mais pessoal.

O documento destaca, por exemplo, a relação entre a microbiota dos nossos corpos - como os micro-organismos que vivem na pele e no intestino e são fundamentais para fortalecer nossos sistemas imunológicos - com a que está no ambiente. "O reduzido contato com o ambiente natural e a biodiversidade leva à redução na diversidade da microbiota humana, o que por si só pode levar a disfunção imunológica e doenças", alertam as organizações.

A diversidade microbial na natureza ajuda a regular a nossa própria. Quando essa regulação falha, pode resultar em uma resposta imune contra o próprio corpo, levando a doenças autoimunes (como diabete tipo 1) e a múltiplas alergias.

Estudos também sugerem relação entre a perda de contato com a diversidade microbial do ambiente e controle mais fraco de processos inflamatórios de fundo, que parecem persistir em locais urbanizados de alta renda. Uma circulação persistente de mediadores inflamatórios pode predispor à resistência à insulina, síndrome metabólica, diabete tipo 2, obesidade e doenças cardiovasculares.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A mais recente estatística populacional revela que Balbinos foi o município paulista que mais cresceu nesta década. Mas o aumento de 35% no número de habitantes em apenas seis anos é invisível nas ruas da pacata cidade no noroeste do Estado. Isso porque praticamente todos os 1.300 novos "moradores" registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são detentos transferidos para as duas penitenciárias instaladas no local.

"Nossa cidade sempre teve pouca infraestrutura e sofreu com êxodo populacional. Isso só mudou em 2006, quando inauguraram os dois presídios. De lá para cá, o número de habitantes só cresceu, justamente por causa da população carcerária", afirmou Márcio Serrano, chefe de gabinete da prefeitura de Balbinos. Hoje, 72% dos 5.006 moradores do município estão espremidos atrás das grades. Juntos, os dois presídios têm capacidade para 1.688 detentos, mas contam agora com 3.621, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária.

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Divulgada no fim de agosto, a estimativa demográfica atualizada neste ano pelo IBGE mostra que as três cidades paulistas que mais cresceram demograficamente têm presídios superlotados. Em 2000, por exemplo, antes da inauguração das penitenciárias, Balbinos tinha 1.313 habitantes. "Dos que vieram para cá, quem não for preso ou é parente de preso ou agente penitenciário", disse Serrano.

Em Iaras, no sudoeste do Estado, os 8,2 mil habitantes veem a cidade dividida. Parte dos moradores que vivem em liberdade plena olha com desconfiança os 2.731 habitantes que vivem totalmente confinados ou em regime semiaberto. Iaras é a segunda do ranking, com aumento populacional de 29,8% desde 2010. Já são 8.230 habitantes, dos quais um terço está na cadeia. Já a população de Pracinha, cidade que fica na região de Presidente Prudente, no oeste paulista, cresceu 28% nos últimos seis anos, chegando a 3.659 habitantes, dos quais metade cumpre pena no presídio do município, inaugurado em 2001. Um ano antes, a cidade tinha 1.431 moradores.

Segundo o vice-prefeito Marcos José Rosa (PSDB), após a transferência, os índices de violência caíram. Neste ano, Iaras registrou, até agosto, um homicídio, um caso de estupro, dois roubos, um roubo de carga, dois furtos de veículos e 17 furtos simples, de acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública. Hoje, o presídio e a Fundação Casa já são o segundo maior empregador da cidade, atrás só da prefeitura, que emprega 390 servidores, entre os quais presos em regime semiaberto.

Mesmo com o crescimento populacional decorrente do número de presos, a cidade mantém a mesma cota do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), por não ter atingido 10 mil habitantes. "Há uma proposta de que as cidades pequenas com presídios recebam uma compensação, mas está parada em algum lugar", diz Rosa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante da pressão popular contrária à demolição do Casarão da Várzea, a Secretaria de Planejamento Urbano afirma que, um pátio de feira será construído no entorno do local. A resposta vai de encontro à crítica dos ativistas, cujas alegações são de que o serviço não teria documento legal para ser feito. 

Em nota, a Secretaria “informa que o antigo Hospital Magitot, localizado no bairro da Vázea, é um Imóvel Especial de Preservação (IEP), classificado como tal por meio do Decreto 28.822 de 2015. O projeto que prevê a instalação de um pátio de feira na área externa ao casarão recebeu parecer favorável da Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC)”.

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Na manhã desta quarta-feira (28), os trabalhos de demolição foram direcionados a uma torre localizada no terreno. A Secretaria alega que o "parecer permite a demolição da caixa d'água, já que esta edificação, externa ao casarão, é uma intervenção posterior à construção original e não tem as mesmas características históricas do imóvel principal". Segundo a Prefeitura, para executar a obra, a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) emitiu uma licença de demolição, baseada no parecer da DPPC.

A pasta reafirma que o projeto destinado à área foi discutido com a comunidade e servirá aos comerciantes informais atuantes no local. "O espaço beneficiará mais de 50 comerciantes com 40 boxes de feira livre, 13 boxes fixos, banheiros públicos masculino e feminino, setor administrativo e uma nova caixa d'água que atende às normas técnicas vigentes”, diz a nota. "O Gabinete de Projetos Especiais e a DPPC estão elaborando um projeto de restauração para o imóvel e realizarão uma consulta com a população na intenção de definir qual uso será dado ao casarão".

Ativistas seguem ocupando o local. Uma comissão se dirigiu ao Ministério Público de Pernambuco para debater o caso com o promotor responsável por assuntos relacionados a meio ambiente e habitação.

Rodeado de história, o Casarão da Várzea luta para resistir às investidas de ser levado ao chão. Na manhã desta quarta-feira (28), moradores denunciaram a tentativa da Prefeitura do Recife de derrubar a caixa d’água do patrimônio, sob a alegação de que a torre não faz parte da área de preservação. 

Por conta da tentativa de derrubada, manifestantes resolveram ocupar o espaço que é um Imóvel Especial de Preservação do Recife (IEP). A finalidade é impedir novas intervenções, sem autorização, de serem feitas no casarão. 

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“Tomamos a iniciativa depois que um trabalho de demolição da torre da caixa d’água começou a ser feito com apenas uma ordem de serviço e nenhum documento legal que permitisse essa destruição”, aponta uma das integrantes do grupo que preferiu não ser identificada. 

De acordo com os manifestantes, está prevista uma assembleia, ainda nesta quarta-feira (28), para definir o curso do movimento (se passarão a noite em vigília, por exemplo). “Também foi formada uma comissão, que seguiu para o Ministério Público, a fim de ser recebida pelo promotor responsável por assuntos relacionados a meio ambiente e urbanismo”, detalha a participante. 

O Portal LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Controle Urbano. Porém, até o fechamento desta matéria, o órgão não havia se posicionado. 

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De olho nas eleições, o pré-candidato a prefeito do Recife e deputado federal Daniel Coelho (PSDB) inicia, a partir da próxima segunda-feira (11), uma série de debates ao vivo na internet.  De acordo com ele, os encontros vão servir para abordar temas de interesse da cidade para ajudar na formulação do programa de governo, com a participação das pessoas através das redes sociais. O primeiro assunto discutido será urbanismo. A transmissão será às 19h30 através da plataforma do Facebook Live.

“As reuniões presenciais têm uma limitação. Muita gente quer contribuir com o debate, quer discutir, mas pela dinâmica do dia-a-dia, pela questão de tempo, ou até porque não tem costume de participar de reuniões políticas, terminam não estando no local e não contribuindo”, afirmou Coelho, justificando a escolha pelo debate virtual. 

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“Com essas reuniões ao vivo, poderemos reunir pessoas que nunca participaram de reuniões políticas sobre formação de programa de governo ou que nunca contribuíram com ideias para a cidade. A ideia é atrair um público diferente do que normalmente frequenta esse tipo de debate”, complementou.

O formato será de um debate envolvendo um mediador, o pré-candidato e um especialista a respeito do tema discutido. O professor e economista Pierre Lucena, que está à frente da coordenação do programa de governo do tucano, será o mediador do encontro, o arquiteto César Barros vai discorrer sobre urbanismo e Daniel pretende apresentar as propostas sobre o assunto. Os encontros fazem parte das ações da plataforma O Recife que Você Quer.

Uma greve de coletores iniciada na noite de sexta-feira, 1, deixou cerca de 400 toneladas de lixo acumuladas nas ruas de Sorocaba, interior de São Paulo, na tarde deste domingo, 3. O risco de aumentar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, levou o prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) a decretar situação de emergência. Cerca de 80 presos que cumprem pena no regime semiaberto foram convocados para realizar parcialmente a coleta.

De acordo com o secretário de Governo e Segurança Comunitária, João Leandro da Costa Filho, mesmo tendo mobilizado 18 caminhões, o serviço emergencial conseguiu apenas evitar um acúmulo maior de lixo. Como os caminhões não são apropriados, a coleta é feita de modo manual. A cidade produz 500 toneladas de material por dia e a ação havia resultado, até a noite de sábado, na coleta de 103 toneladas.

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O secretário fez um apelo à população para que não coloque o lixo na calçadas ou nos contêineres de coleta pelo menos até esta segunda-feira, 4. O objetivo seria não favorecer a proliferação do Aedes aegypti. A cidade teve 142 casos confirmados e uma morte suspeita por dengue este ano. Foram 12 casos confirmados e 14 suspeitos de chikungunya. E outros 6 confirmados e 24 suspeitos de zika vírus.

Em quase todas as regiões da cidade, o material se acumula nas calçadas. Onde há contêiner, o recipiente não deu conta do volume e transbordou. Os sacos de lixo ocupam calçadas, parte de ruas e pistas de ciclismo. Em alguns pontos, ações de vandalismo ou cães em busca de alimento arrebentaram os sacos. O lixo se espalhou e já há mau cheiro.

No total, 425 funcionários, entre motoristas e coletores, aderiram à greve por aumento de 12,35% nos salários e de 37% no vale-refeição. A empresa ofereceu 11,08% de reajuste salarial, sem alterar o vale-refeição. Segundo a CSA, um reajuste maior afetaria o equilíbrio do contrato com a prefeitura.

O sindicato informou que, até sábado, mantinha 30% dos servidores e da frota trabalhando para cumprir a lei do serviço essencial. No entanto, esse pessoal e os caminhões de coleta foram recolhidos depois que a prefeitura passou a fazer a coleta emergencial. A prefeitura deve recorrer à Justiça nesta segunda-feira para que o serviço seja retomado integralmente.

A cidade de Belém completa hoje 400 anos. Conhecida como metrópole da Amazônia, a capital paraense esbanja encantos, mas ainda enfrenta problemas urbanos que se arrastam por seguidas administrações públicas municipais.

Referida como a “cidade das mangueiras”, por ter exuberantes árvores que fazem parte da sua beleza natural, Belém preserva túneis verdes em suas áreas centrais que são importantes atrações turísticas. “Todos os turistas que vêm até Belém se encantam com isso, porque é um diferencial da nossa cidade, você não encontra esse tipo de situação em outros lugares”, afirma a professora de arquitetura e urbanismo Alice Rosas.

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Mas nem tudo é perfeito. A ocupação desordenada da cidade prejudica vários aspectos da vida em sociedade. Um exemplo disso é a falta de calçadas e espaços arborizados em alguns bairros da cidade. Ocupam-se quase 100% dos terrenos. Espaço de recuo para passagens de pedestres, por exemplo, se torna impossível de ser implantado. Quem perde com isso? A população como um todo. “Dos bairros de Nazaré até o Marco, Pedreira, é onde encontramos em Belém uma melhor qualidade de infraestrutura. Avenidas largas, calçadas largas, arborização. Além dessas áreas não tem mais”, diz Alice. 

O metro quadrado do solo em Belém é muito caro. E isso, segundo a professora, inviabiliza a construção de casas populares de programas governamentais. Então é preciso procurar outras maneiras de favorecer a população. “Você tem que fazer o melhoramento de moradias, porque as pessoas já ocupam o espaço. Elas só precisam ser ordenadas, organizadas dentro daquele espaço”, afirma.

A segurança, além disso, é uma questão preocupante em Belém. As ondas de assalto, sequestros relâmpagos e até roubo seguido de morte fazem com que algumas áreas da cidade sejam evitadas. De acordo com Alice, “até quem mora em condomínio fechado já não tem mais segurança, apenas do portão para dentro”.

Belém ainda é uma cidade cercada de canais, que são uma herança dos aterros feitos nos igarapés da cidade. Segundo a arquiteta, as cidades que consideraram manter os cursos d’água naturais possuem uma qualidade de vida muito melhor que a da capital paraense. Isso faz com que o processo de desenvolvimento da cidade se torne muito caro. “Você tem que drenar toda a cidade para que ela seja ocupada. Hoje em dia essa é a maior dificuldade que Belém enfrenta”, diz Alice. 

Uma das principais necessidades hoje é a questão da mobilidade urbana. A cidade já está no limite da mobilidade, com o tráfego muito congestionado. Um projeto que trará bicicletas comunitárias será implantado na cidade, assim como ocorre em outras capitais, como o Rio de Janeiro. Mas, para a professora, apesar desse projeto ser interessante – e importante – outras questões precisam ser levadas em conta. “Quando falamos em infraestrutura, não é gastar muito dinheiro construindo ciclovias, mas, pelo menos, sinalizar as ruas e conscientizar as pessoas que o pedestre e o ciclista têm prioridade.”

O que de mais valioso a população tem é o patrimônio histórico-cultural da cidade. Para Alice, “a cultura de Belém é bem consolidada. O patrimônio histórico é diferenciado. Temos monumentos impressionantes, como o Theatro da Paz e o Ver-O-Peso. O centro histórico da cidade é um dos maiores do Brasil”. Há aqui, para a professora, um acervo muito rico que está sendo perdido. “Uma cidade que completa 400 anos precisa ter uma história bem consolidada, ela tem que contar essa história, o que aconteceu dentro desses anos. E o que conta essa história, o que reforça a base da sociedade é o patrimônio arquitetônico, ou seja, o espaço, o modo de vida e o seu patrimônio cultural”, afirma.

Nesses 400 anos, alerta a especialista, é interessante congregar a sociedade para repensar o que ela está fazendo com a cidade, principalmente o que quer que Belém seja nos próximos anos. “A cidade já tem um passado com coisas positivas e negativas, deixou um legado para a sociedade com relação à cultura, e precisamos decidir o que faremos com isso no futuro”, concluiu Alice.

Por Mirelly Pires e Julyanne Forte.


 

 

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta segunda-feira, 28, que tem "vontade" de abrir a Avenida Paulista para pedestres e ciclistas a partir deste domingo, 4, e a Companhia de Engenharia do Tráfego (CET) já está preparada. A Prefeitura deve enviar nesta terça-feira, 29, as informações solicitadas pelo Ministério Público Estadual (MPE). O órgão ainda argumenta que a Paulista só pode ser fechada três vezes por ano, conforme Termo de Ajustamento de Conduta assinado com a Prefeitura em 2007.

"Estamos fazendo a análise técnica daquilo que o MPE pediu, que é o impacto (da abertura da Paulista) na Avenida Doutor Arnaldo. Se estiver pronta (a análise), colocamos na mesa e decidimos", afirmou Haddad. "Tecnicamente falando, a CET está pronta para isso (abrir domingo). Não queremos atropelar as formalidades exigidas pelo MPE, mas nossa vontade é essa. Estamos sensibilizando o MP para isso."

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O procurador-geral do Município, Antônio Carlos Cintra, e o secretário municipal de Negócios Jurídicos, Robinson Barreirinhas, devem enviar nesta terça, 29, as informações solicitadas. Atendidas todas as solicitações do MPE, a Prefeitura anunciará a abertura da avenida.

O MPE disse, também por nota, que a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital "espera o cumprimento do TAC que limita a três por ano os eventos com fechamento da Avenida Paulista para veículos, uma vez que nenhum acordo posterior foi firmado pela Promotoria e pelo poder público municipal sobre esse assunto". Para a Promotoria, o TAC continua válido.

Repercussão

O vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo, Roberto Ordine, defende a necessidade de mais testes e estudos. "Não é só o comércio que está em jogo. De hospitais a restaurantes, existe um mundo de elementos em torno da Avenida Paulista; não apenas o que o prefeito imagina", afirmou, criticando a "decisão unilateral" da Prefeitura.

A presidente da Associação Paulista Viva, Vilma Peramezza, voltou a criticar a proposta de fechamento. Para ela, a existência da ciclovia e a abertura das ciclofaixas aos domingos, combinadas com a presença de parques e "calçadas amplas e acessíveis" para passeio seriam espaços suficientes para o lazer de todos, além de proporcionar o acesso a todos os equipamentos no entorno da avenida.

A Sociedade dos Amigos, Moradores e Empreendedores do bairro Cerqueira César (SAMORCC) mantém a posição contrária ao fechamento. Segundo Célia Marcondes, diretora jurídica da entidade, "a dor do transtorno causado pelo fechamento só sabe quem mora na própria avenida".

Foi com a proposta de realizar um trabalho de intervenção urbana, que o estudante de publicidade, Mateus Paes, agora profissional da área, inovou com a proposta e colocou em prática o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), pela Universidade da Amazônia (Unama). Através das histórias dos principais bairros de Belém, como Cidade Velha, Raduto, Umarizal, Nazaré e Jurunas, o jovem criou identidades visuais simbolizando os bairros, visando um olhar atrativo para estes locais.

Uma das coisas que chamaram atenção nos cinco bairros visitados é que os processos de interação entre essas classes variam de acordo com o lugar, o que tem a ver com processo histórico e cultural de cada um, segundo ele. “Percebeu-se que os moradores antigos, que viveram inúmeras situações na área, ainda preservam antigas atitudes como a de simplesmente sinalizar um buraco nas vias com faixas, enquanto os ‘novos’ moradores parecem isolados dessa tradicionalidade do bairro”, contou Mateus Paes, segundo informações da assessoria de imprensa.

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De acordo com o estudante, o processo de criação se dividida em várias etapas. Entre elas, o levantamento histórico dos bairros que seriam trabalhados, analisando o processo de fundação e desenvolvimento dos locais. “Durante as fases do trabalho, uma delas foi a observação dos bairros. Essa avaliação consistia em uma análise de pontos fortes e característicos dos bairros atualmente, e se deu a partir de um olhar pessoal, mas foi reforçada e estimulada por meio de entrevistas com os moradores dos respectivos bairros. Por fim, coube o desafio de sintetizar as informações coletadas de cada local com o presente status quo e separar os pontos que seriam mais relevantes para a identidade do bairro como um conjunto”, concluiu.

O publicitário afirma que os próximos passos é expandir o projeto para os outros bairros da cidade, para no futuro divulgar em meios que deem notoriedade para a cidade de Belém.

O novo templo da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, previsto para ser o maior de Pernambuco e um dos maiores do Brasil, tem obras previstas para começar entre outubro e novembro deste ano. A maquete do empreendimento foi apresentada em um evento na última segunda-feira (3) e estará em exposição a partir do próximo domingo (9) no templo central da Assembleia de Deus, no bairro de Santo Amaro.

O projeto prevê a construção de cinco pavimentos numa área edificada de 12,5 mil metros quadrados numa área total de 32,3 mil metros quadrados. A entrada será na Rua da Fundição, com a saída na Rua São Geraldo, mas o terreno também fica entre a Rua Rocha Pitta e a Avenida Jornalista Mário Melo, no bairro de Santo Amaro. A obra ainda contempla um edifício-garagem de 17 andares, com 12 pavimentos destinados a estacionamento, com capacidade para 396 veículos, fora outras 186 vagas no estacionamento do templo. 

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A igreja tem o investimento estimado em R$ 300 milhões, com capacidade prevista de 24 a 27 mil pessoas. O empreendimento é considerado de grande impacto, quando pode causar alteração e/ou impacto no ambiente natural ou construído, ou que pode sobrecarregar a capacidade de atendimento e infraestrutura básica.

O novo templo recebeu voto favorável da Secretaria de Controle e Desenvolvimento Urbano e Obras da Prefeitura do Recife ainda em 2012. O documento foi assinado pelo técnico Antônio Valdo de Alencar, que representava a Secretaria de Serviços Públicos. No próprio texto, o técnico afirma que o empreendimento foi aprovado pela Diretoria de Controle Urbano (Dircon), Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e Gerência Operacional de Projetos Viários (GOPV).

A construção foi aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano da Cidade do Recife (CDU) em fevereiro de 2013 mas sem o parecer favorável do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE).

À época, o Crea-PE apontou seis razões para a recusa do projeto:

- Aparente incompatibilidade entre a taxa de crescimento anual do tráfego considerada no estudo de impacto fornecido pelo empreendedor comparando-se com os dados oficiais fornecidos pelo Detran-PE de crescimento de frota na cidade do Recife

- Estudo de impacto de tráfego falho: O apresentado pela igreja não se observou considerações sobre a implantação do Corredor Norte-Sul e estações de passageiros

- Pesquisas de fluxo direcional de tráfego irreais: Foram realizadas no Estudo de Impacto no Tráfego apresentado pelo empreendedor foram realizadas no mês de julho de 2012, ou seja, período de férias

- Constituição de uma nova centralidade religiosa impactando de forma conjunta e não isolada o tráfego da área

- Conforme conceito de nível de serviço apresentado pelo estudo, havia em alguns sentidos e horários de pico um nível “E” (engarrafamentos), para o cruzamento da Avenida Mário Melo com a Avenida Cruz Cabugá, significando um grau de saturação superior a 100%

- Ausência de estudos específicos de circulação de pedestres na região.

De acordo com o conselho, durante a reunião do CDU, o posicionamento contrário à execução da obra foi apoiado por entidades como o Instituto de Arquitetos do Brasil em Pernambuco (IAB-PE), a Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE), o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU-PE), o Conselho Regional de Economia (Corecon-PE), O Mestrado de Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal de Pernambuco (MDU-UFPE) e o Fórum do Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesses Sociais (Prezeis). Apesar disso, o Crea-PE coloca que a preocupação da sociedade civil e comunidade técnica não foi levada em consideração. 

Antes de determinar o fechamento definitivo do Minhocão, a Prefeitura fará novo teste para avaliar o trânsito na área. Hoje, a partir das 15h, o elevado ficará interditado para carros. A via será devolvida aos automóveis na manhã de segunda-feira. A experiência deve ser semelhante ao primeiro teste feito durante a Virada Cultural, em 20 de junho. Atualmente, o Minhocão fica bloqueado para carros a partir das 21h30 de sábado e é liberado às 6h30 da segunda-feira. Em cerca de um mês, quem circula pelo local também poderá apreciar o primeiro jardim vertical em um prédio perto do elevado.

A WTorre mostrou interesse em usar essa opção de compensação ambiental. A Prefeitura, que havia aberto chamamento público em maio para edifícios interessados em receber o painel, aprovou a instalação. O prédio fica na Rua Helvétia e tem duas paredes nuas viradas para o elevado. A empresa será responsável pela manutenção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Minhocão, na região central de São Paulo, foi inaugurado em 1971 e, desde então, a parte de baixo do elevado nunca recebeu a luz do sol. Um projeto paisagístico e arquitetônico pretende devolver a iluminação natural a essa área, abrindo uma fenda entre as duas pistas que passam por cima, e trazendo melhorias para que as pessoas se apropriem do local: plantas suspensas, quiosques com água, Wi-Fi e espaços de convivência.

Chamado de Marquise Minhocão, o projeto foi apresentado ao prefeito Fernando Haddad (PT) na semana passada pelo paisagista Guil Blanche e pela arquiteta Carolina Bueno, do escritório Triptyque. A Prefeitura começou, neste ano, a instalar ciclovias embaixo do elevado, local conhecido pela degradação, e busca tornar o ambiente mais agradável aos ciclistas e pedestres.

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"Com a chegada da ciclovia, muda a concepção para uma nova ocupação", afirma Guil, que também é diretor do Movimento 90°, grupo que busca a instalação de jardins verticais pela cidade. "O que o Minhocão cria é um grande abrigo, por isso, demos o nome ao projeto de 'marquise', como a que existe e é usada no Ibirapuera."

O projeto foi feito em seis meses. Em uma primeira reunião de Guil com Haddad a respeito da instalação de jardins verticais nos prédios ao redor do Minhocão, em dezembro, o prefeito havia sinalizado a necessidade de se pensar na parte inferior do elevado. Guil convidou a Triptyque para desenhar um projeto e, em maio, foram recolhidas sugestões de melhorias dos moradores do entorno. Jardim e áreas verdes surgiram como a principal demanda, seguidos de iluminação e ambiente para sentar e descansar.

"O primeiro passo foi pensar em abrir o vão central em um metro entre os carros que passam no elevado. Dessa forma, você já conecta a parte de cima com a de baixo", diz Carolina. A abertura seria possível porque, como se retira apenas uma capa de concreto, não interferiria na estrutura da construção - só a proteção lateral para os carros, em cima, teria de ser refeita.

As concavidades no teto e na lateral já existentes na estrutura do Minhocão deverão servir de vasos - as plantas, de espécies adaptadas à pouca luz, serão colocadas dentro de calhas e cairão do teto como uma minifloresta. O sistema hidráulico do elevado - que já existe, está nos pilares e acumula água da chuva - será aproveitado para irrigar as plantas suspensas, por gotejamento. "Só com a massa vegetal é possível diminuir em 22% a poluição dos carros", afirma Guil.

Com o intuito de ocupar aquele espaço com serviços, como floriculturas ou bancas de jornal, serão construídos módulos de 3 a 6 metros quadrados entre as ciclovias, como se fossem caixas metálicas com porta, equipadas com luz, água e Wi-Fi. "Queremos movimento no local, como se fosse uma praia urbana. Brinco que, enquanto o Rio tem o Posto 9 em Ipanema, nós poderemos ter o pilar 1, 2 ou 3 no Minhocão", diz Carolina.

A ideia é viabilizar o projeto inicialmente em uma parte do elevado, da alça de acesso para a Rua da Consolação até o Terminal Amaral Gurgel, trecho que compreende 650 metros, de um total de 3,4 quilômetros. O custo estimado é de cerca de R$ 3 milhões. A Prefeitura, se aprovar o piloto, deve determinar a maneira de financiar o projeto.

Consenso

Embora discordem sobre o futuro do elevado, a Associação Parque Minhocão e o Movimento Desmonte Minhocão concordam que qualquer iniciativa para a parte de baixo da via é válida. "A parte de cima é aquela em que basicamente tudo fica focado, mas a gente sabe que a parte de baixo é a mais difícil de ser resolvida em termos de projeto. Como nós não temos projeto e não vamos fazer, ficamos felizes que alguém se preocupe e já comece a fazer algo", afirma Athos Comolatti, que defende a criação do parque.

Yara Góes, do movimento que quer a demolição do elevado, diz que "o primeiro desejo é o desmonte, mas, enquanto isso, floreiras são sempre bem-vindas. Todo mundo gosta do verde, São Paulo tem muito cimento e concreto e é preciso colocar mais verde na cidade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A partir deste sábado (4), o tráfego na orla de Olinda será reordenado, após plano de circulação feito pela Secretaria de Transporte e Trânsito da cidade. Entre as principais mudanças, estão a implantação de mão única da avenida Ministro Marcos Freire, no sentido Rio Doce, e a retirada dos blocos que bloqueiam os cruzamentos da avenida Marcos Freira com as ruas Tertuliano Feitosa e Manoel dos Santos Moreira. 

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Com exceção da rua Fernando César de Andrade, em Casa Caiada, as transversais à orla também serão mão única. “O projeto de urbanização da orla buscou garantir um espaço público de lazer para as pessoas, e o plano de circulação foi elaborado para assegurar isso”, afirmou a diretora de Mobilidade de Olinda, Karla Leite. 

O Projeto Orla abrange urbanização em Bairro Novo, Casa Caiada e Rio Doce, com serviços de contenção de avanço do mar, requalificação da ciclovia, readequação da via e dos estacionamentos, com travessia de pedestre e sinalização viária. Equipamentos de lazer, como pista de Cooper, também foram recuperados.  

Para orientar motoristas e pedestres, a gestão municipal realiza uma campanha educativa, através de faixas e panfletos.  “Um monitoramento intenso está sendo realizado para garantir o sentido único, inclusive com agentes impedindo a entrada de motoristas que vêm do Janga, na orla”, informou o secretário de Transportes e Trânsito de Olinda, Oswaldo Lima Neto.

No próximo domingo (21), a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) faz uma nova intervenção em via da Zona Norte da capital pernambucana. Das 8h às 14h, técnicos realizarão manutenção de arborização na Rua da Amizade, no bairro das Graças, em trecho compreendido entre a Rua das Pernambucanas e a Avenida Rui Barbosa. 

De acordo com o órgão da Prefeitura, o trabalho será feito após elaboração de laudo técnico, sendo acompanhado por engenheiros especializados. Para tanto, a Emlurb solicita que ninguém estacione no local, sob risco de ter o veículo rebocado, durante o horário da ação. O trabalho será acompanhado por profissionais da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). 

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