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A mais alta agência de saúde dos Estados Unidos revisou nesta sexta-feira (25) de forma drástica suas diretrizes para o uso de máscaras para conter a transmissão da covid-19, uma decisão que significa que a maioria dos americanos não será aconselhada a usá-las em ambientes fechados, inclusive as crianças em idade escolar.

"Estamos em um lugar mais forte hoje como nação, com mais ferramentas para proteger a nós e nossas comunidades da covid-19", disse a jornalistas Rochelle Walensky, diretora dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

As mudanças abrangem as métricas usadas para determinar se as pessoas devem usar máscaras.

Segundo as diretrizes atuais, o uso é vinculado às taxas de contágios, com 95% do país considerado área de alto risco ou risco substancial de transmissão e, portanto, coberto por alertas para o uso de máscaras.

As novas métricas incluem as hospitalizações por covid-19 e a capacidade hospitalar local para criar uma nova medida conhecida como "nível comunitário de covid-19".

Os moradores podem checar o site dos CDC para verificar se sua área está em verde, amarelo ou laranja em um mapa nacional.

Agora, mais de 70% da população vivem em áreas sem recomendação para o uso de máscaras segundo o novo marco, inclusive escolas nas áreas verdes ou amarelas.

Pedidos para suspender o uso de máscaras têm se multiplicado nas últimas semanas, enquanto aumentam as preocupações sobre seu impacto no desenvolvimento social, emocional e educacional das crianças.

Walenksy explicou que as novas diretrizes são estatisticamente rigorosas, mas poderiam ser revistas "se ou quando novas variantes surgirem ou caso o vírus avance".

As diretrizes revistas não serão aplicadas ao sistema de transportes. Uma norma federal sobre o que será revisto nesta área será revista em meados de março, quando a atual está prevista para expirar.

Os Estados Unidos estão saindo de sua última onda da covid, provocada pela variante ômicron, que embora seja muito transmissível, provoca casos menos severos entre as pessoas vacinadas ou que tiveram uma infecção prévia.

Cerca de 65% da população americana está totalmente vacinada e máscaras mais potentes, como a PFF2, que confere forte proteção aos usuários, agora estão mais disponíveis para a população que precisa delas, como os imunodeprimidos.

Nas últimas semanas, o governo do presidente Joe Biden aumentou seu discurso sobre a normalização enquanto a pandemia passa para uma nova fase endêmica.

Estados governados tanto por republicanos quanto por democratas assumiram a dianteira, suspendendo suas ordens ou estabelecendo um cronograma iminente para fazê-lo.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, apelou às pessoas que já tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 que, no momento indicado, tomem a segunda dose, completando o ciclo de imunização.

Ao abrir, nesta terça-feira (22), a 12ª reunião da diretoria colegiada da agência, Torres também enfatizou a importância do uso de máscaras e das demais orientações das principais autoridades sanitárias mundiais, como o distanciamento social e a frequente e adequada higienização das mãos.

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“As vacinas representam, neste momento, a medida farmacológica de maior comprovação, credibilidade e eficácia disponíveis no mercado em todo o mundo”, disse Torres, enfatizando a importância da segunda dose da vacina.

“Temos observado índices que apontam uma baixa procura pela segunda dose da vacina em alguns municípios, mesmo quando elas são disponibilizadas à população. Isso não é razoável. Não há nenhum sentido em [a pessoa] tomar uma dose da vacina e não se apresentar para tomar a segunda dose. Quem assim o faz está com uma proteção incompleta, insuficiente e inadequada”, alertou Torres.

“Reitero o posicionamento da Anvisa. Posicionamento irrevogável até o presente momento, em relação [à necessidade de] ao uso de máscaras, ao distanciamento social e às boas normas de higiene em termos gerais. A Anvisa se mantém atrelada aos princípios técnico-científicos que norteiam os trabalhos da casa”, disse Torres.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, minimizou o pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro - em meio ao atual recrudescimento da pandemia - para que seja produzido um parecer avaliando a possibilidade de flexibilização do uso de máscaras no País. Segundo Queiroga, a fala de Bolsonaro visa "instigar" pesquisadores brasileiros.

"O presidente quer estimular a pesquisa em todas áreas. Quando o presidente, de maneira muito eficiente, chama a atenção para esse ponto das máscaras, o que ele está querendo é atrair atenção da sociedade para que se instigue o espírito de investigação de nossos pesquisadores", declarou o ministro em entrevista ao programa Agora com Lacombe, da RedeTV!. Ele reforçou, contudo, que a utilização de máscaras ainda é importante neste momento. Só ontem, o Brasil registrou 2.344 novas mortes pela Covid-19 e ultrapassou a marca dos 480 mil óbitos pela doença.

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Mais cedo, Queiroga confirmou que atenderá a demanda do presidente pelo estudo. Ontem, Bolsonaro disse que pediu ao ministério um parecer desobrigando o uso do equipamento de proteção por pessoas já vacinadas ou que já tenham se contaminado pela covid-19. A ideia foi duramente criticada por especialistas, já que a imunização, apesar de anular a manifestação grave do coronavírus, não impede a sua transmissão, ainda em patamar elevado no País. Além disso, apenas 11,06% da população brasileira recebeu a segunda dose da vacina, e já há casos comprovados de reeinfecção.

Durante a entrevista à RedeTV!, Queiroga chamou Bolsonaro de "excelente comunicador" e garantiu que o líder do Palácio do Planalto está "animado" com a campanha de vacinação contra a Covid-19. Nesta semana, porém, o presidente voltou a questionar a eficácia dos imunizantes.

A utilização de máscaras foi flexibilizada em países como os Estados Unidos, onde a vacinação está avançada, diferentemente do Brasil. O país já ultrapassa os 50% de vacinados com a primeira dose, o que permitiu ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) afrouxar as medidas de controle da pandemia.

No dia em que o Brasil registrou um recorde de mortes por conta da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a deslegitimar o uso das máscaras no combate à proliferação da doença.

Sem citar fontes, durante sua live tradicional de quinta-feira, Bolsonaro declarou que um estudo de "uma universidade alemã" apontava "efeitos colaterais" do uso do item de proteção recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 

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"Pessoal, começam a aparecer estudos aqui, não vou entrar em detalhe, né, sobre o uso de máscaras. Que, num primeiro momento aqui uma universidade alemã fala que elas são prejudiciais a crianças, e levam em conta vários itens aqui, como irritabilidade, dor de cabeça, dificuldade de concentração, diminuição da percepção de felicidade, recusa em ir para a escola ou creche, desânimo, comprometimento da capacidade de aprendizado, vertigem, fadiga... Então começam a aparecer aqui os efeitos colaterais das máscaras, tá ok?", declarou.

O presidente se mostra resistente ao uso de máscaras desde o início da pandemia, em 2020. Além de causar aglomeração durante suas agendas pelo país, Bolsonaro quase nunca é visto usando a proteção. 

"Eu tenho minha opinião sobre as máscaras, cada um tem a sua, mas a gente aguarda um estudo sobre isso feito por pessoas competentes", disse ainda durante a live.

Pandemia no Brasil

A Covid-19 ceifou, nessa quinta-feira (25), a vida de 1.589 pessoas no Brasil. O número de mortes desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020, ultrapassa os 251 mil. 

Apesar das negativas de Jair Bolsonaro, a OMS segue orientando o isolamento social e o uso de máscaras como meios eficazes, além da vacinação, contra a doença. Nesta sexta-feira (26), inclusive, o porta-voz da entidade, Tarik Jašarević, confirmou que máscaras e isolamento "ajudam".

"Distanciamento ajuda, reduz os riscos de ser infectado. Máscaras ajudam, especialmente quando o distanciamento não é possível", declarou, segundo o UOL.

"Cada um de nós pode reduzir os riscos de exposição. Isso não quer dizer que autoridades não devem colocam em práticas suas ações, o que inclui monitorar a transmissão do vírus e quebrar cadeias de transmissão, por meio de rastreabilidade, isolar e testar pessoas", completou o porta-voz.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) desobrigou o uso de máscaras no seu gabinete na Câmara Federal. Um recado na porta de entrada diz: "neste gabinete o uso de máscara é opcional". A atitude foi divulgada pelo também deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) nessa terça-feira (2).

 O uso de máscaras como forma de prevenção ao contágio da Covid-19 virou item obrigatório em diversos Estados brasileiros, mas ainda há quem não queira cumprir a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) ou desacredite da eficácia delas na prevenção ao contágio. No Distrito Federal um decreto tornou a máscara obrigatória e os órgãos públicos devem seguir as orientações locais.

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Ao compartilhar o direcionamento no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Túlio também publicou uma foto de um recado da porta do seu gabinete, em que diz: "neste gabinete o uso de máscaras é obrigatório" e a legenda da publicação emenda: "No mesmo anexo, no mesmo corredor, gabinetes e deputados bem diferentes. Ainda há quem diga que político é tudo igual. Não mesmo".

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A pandemia da Covid-19 não mudou apenas a data das eleições deste ano, mas impôs novas regras e recomendações por parte da Justiça Eleitoral. Os quase 148 milhões de brasileiros que vão às urnas neste domingo (15), para escolher os próximos prefeitos e vereadores de suas cidades, devem estar atentos, por exemplo, ao uso de máscaras.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) emitiu uma nota informando que os eleitores só poderão para entrar nos locais de votação se estiverem usando máscaras faciais e deverão higienizar as mãos com álcool em gel antes e depois de votar. A distância de 1 metro entre eleitores e demais pessoas presentes às seções também deverá ser mantida. Além disso, de acordo com a Justiça Eleitoral, o mesário poderá solicitar que o votante retire a máscara apenas para uma melhor identificação.

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Outro item considerado importante para a hora do voto é a caneta e o eleitor deverá levar a sua própria para registrar a assinatura na local da votação. A recomendação do TSE tem como objetivo evitar ao máximo o compartilhamento de objetos e, assim, o risco de proliferação da Covid-19. Em caso de esquecimento, entretanto, haverá canetas nas seções que devem ser devidamente higienizadas. 

Fora as máscaras e canetas, os eleitores também devem comparecer às seções eleitorais portando um documento oficial com foto (carteira de identidade, de trabalho, de motorista, certificado de reservista, passaporte ou carteira de categoria profissional reconhecida por lei). Um novo método de identificação, para quem já fez o cadastro da biometria, é o aplicativo e-Título, mas o TSE recomenda que seja baixado antes do momento da votação para confirmar que o documento eletrônico já vem com a foto do cidadão. O título de papel não é obrigatório levar.

O risco de contaminação por coronavírus em um avião é muito baixo se todos os passageiros usarem máscaras, revelou um estudo realizado a bordo de aeronaves Boeing pelo exército americano e publicado nesta quinta-feira (15).

Os pesquisadores usaram sensores e rastreadores fluorescentes para medir o volume de matéria contagiosa no ar emitida por um manequim que simulava a respiração normal de uma pessoa infectada.

Os passageiros mais expostos - aqueles que estão na frente, atrás ou ao lado do manequim - foram representados por sensores.

Cerca de 300 testes em solo e em voo foram realizados em oito dias consecutivos durante o mês de agosto, em cooperação com a United Airlines a bordo de aeronaves Boeing 767 e 777.

O estudo concluiu que 99,7% das partículas contaminadas com coronavírus foram removidas pelos sofisticados sistemas de ventilação da aeronave antes de chegarem aos passageiros mais próximos do manequim.

Ao expandir para os 40 assentos mais próximos da "pessoa" infectada, a taxa de eliminação do vírus no ar foi de 99,99%, de acordo com o estudo.

Os resultados levaram os funcionários militares de transporte a concluir que mesmo com o avião cheio, o nível de contágio em 12 horas de voo é insignificante.

No entanto, os testes avaliaram apenas um cenário, no qual só havia um único passageiro infectado e todos os outros passageiros usavam máscaras. Também não considerou a possibilidade do passageiro caminhar pela aeronave.

"Embora os testes tenham limitações, os resultados são encorajadores", disse o comandante Joe Pope, representante do Comando de Transporte (USTRANSCOM) para o estudo.

"Para as aeronaves 777 e 767, os cálculos mostram que leva cerca de 54 horas de voo para uma inalação cumulativa de uma dose infecciosa", disse Pope.

Desde o início da pandemia, os militares dos EUA suspenderam a maior parte do movimento de suas tropas e suas famílias.

O uso da máscara será obrigatório a partir da próxima segunda-feira em lugares públicos fechados na França, no intuito de frear o aumento das contaminações de Covid-19, anunciou neste sábado (18) o ministro da Saúde, Olivier Véran.

"Isso engloba os comércios, os estabelecimentos que recebem público, mercados cobertos, bancos. As medidas pessoais de prevenção e os exames médicos seguem sendo essenciais para lutar de maneira eficaz contra o vírus", informou o ministro pelo Twitter.

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou em 14 de julho que a obrigação de usar a máscara entraria em vigor a partir de 1º de agosto, mas a data foi rapidamente adiantada diante das críticas da comunidade médica, que alertou para os "sinais" de uma retomada da epidemia de Covid-19 e do relaxamento das medidas pessoais de prevenção.

Na França, a taxa de reprodução efetiva do vírus cresceu levemente para acima de 1 desde a primeira semana de julho e se encontra atualmente em 1,2, segundo a Agência Nacional de Saúde Pública do país. Isso significa que cada doente contamina em média 1,2 pessoas, aumentando a propagação do vírus.

Frente ao aumento do número de casos do novo coronavírus e da eventual ameaça de uma segunda onda da pandemia, autoridades de vários países europeus fortaleceram suas medidas contra a Covid-19.

A situação é marcada pelo retorno do confinamento como eventual horizonte e o uso obrigatório de máscaras por toda Europa:

- Espanha -

Mais de 4 milhões de pessoas em Barcelona e arredores, no nordeste do país, foram convocadas nesta sexta-feira pelo governo regional catalão a "ficar em casa", saindo somente para as necessidades básicas, após o aumento nos casos de Covid-19.

As autoridades também decidiram fechar cinemas, teatros, boates e banir reuniões de mais de dez pessoas, além de visitas a residências de idosos. Eles também limitaram a capacidade de bares e restaurantes a 50%.

Cerca de 160.000 habitantes de Lérida e dos municípios vizinhos desta região da Catalunha voltaram ao confinamento em 15 de julho. Essas medidas foram a causa de uma queda de braço na Justiça, que as tinha suspendido para então autorizá-las temporariamente.

Nesta região e em outras, os governos regionais ampliaram as restrições, reforçando a natureza obrigatória do uso das máscaras, ainda que o distanciamento social seja mantido.

- Portugal -

Na região de Lisboa, desde 1º de julho foi imposto um novo confinamento a 700.000 habitantes em cerca de 20 bairros. Essas medidas serão mantidas até final de julho.

- Reino Unido -

Em 29 de junho, o governo britânico voltou a exigir o confinamento da cidade de Leicester, fechando comércios não essenciais, por causa do aumento dos casos da Covid-19 no local.

O uso de máscaras voltará a ser obrigatório em todas as lojas da Inglaterra a partir de 24 de julho. Na Escócia já é obrigatório.

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson nesta sexta-feira estimulou os ingleses a retomar a utilização dos transportes públicos e a voltar aos locais de trabalho a partir de 1 de agosto.

- Irlanda -

O país previa reabrir por completo todos seus bares tradicionais em 13 de julho, mas prorrogou a última etapa de desconfinamento até 10 de agosto, por causa de um novo surto.

Em um ambiente fechado, as reuniões são limitadas a 50 pessoas, e na parte externa a 200. As máscaras são de uso obrigatório em lojas.

- França -

O uso da máscara voltará a ser obrigatório em todos os estabelecimentos fechados abertos ao público, "especialmente em lojas", a partir da próxima semana.

No departamento de Mayenne (oeste), onde há registro de vários surtos, o uso de máscaras voltou a ser obrigatório a partir desta quinta-feira (16) nos locais públicos fechados nos seis municípios, incluindo a prefeitura de Laval.

- Bélgica -

Desde 11 de julho, o uso de máscaras é obrigatório para maiores de 12 anos em locais públicos fechados (lojas, cinemas, bibliotecas, templos, etc.).

Antes, isso era válido apenas no transporte público. Por causa de um rápido crescimento no número de casos, as autoridades anunciaram que não haverá flexibilização nas regras para reuniões.

- Alemanha -

Precavendo-se de uma possível segunda onda, medidas de confinamento foram autorizadas a ser reforçadas a nível local, com "proibições de saída" em áreas geográficas limitadas.

Trata-se de uma novidade para o país, que até agora tinha uma definição muito flexível de confinamento, baseada principalmente na autodisciplina e boa vontade.

- Hungria -

O acesso ao seu território foi proibido desde meados de julho para pessoas de países da África e da América do Sul, da maioria dos países asiáticos e de alguns países europeus, por causa do ressurgimento mundial de casos da Covid-19.

burs-ot/ber/at/age-mar/eg/cc

O Projeto de Lei 1562/20 torna obrigatório o uso de máscara de proteção, mesmo de fabricação artesanal, em locais públicos, como medida de enfrentamento ao coronavírus.

Pelo texto em análise na Câmara dos Deputados, a determinação valerá para ruas, edifícios ou áreas de acesso público, enquanto durarem as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública. Medida semelhante já foi determinada por governos locais, mas, caso a proposta seja aprovada, valerá para todo o território nacional.

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A proposta prevê que o descumprimento da medida acarretará a responsabilização civil, administrativa e penal dos infratores, além de responsabilidade administrativa disciplinar no caso de servidor público.

Conforme o texto, se o descumprimento da medida ensejar despesa ao Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde encaminhará o fato à Advocacia-Geral da União, para a adoção das medidas de reparação de danos materiais pelo infrator, sem prejuízos de ações movidas por particulares afetados pela conduta da pessoa.

Penalidades

O infrator estará sujeito às sanções previstas no Código Penal (Decreto-lei 2.848/40) para as condutas de infração de medida sanitária (detenção de um mês a um ano e multa) e desobediência a ordem legal de funcionário público (detenção de 15 dias a 6 meses e multa), se o fato não constituir crime mais grave. Para o crime de causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos, por exemplo, o código prevê, pena de reclusão, de 10 a 15 anos.

Porém, segundo o projeto, não será imposta prisão ao infrator que assinar termo de compromisso de comparecer aos atos do processo e cumprir imediatamente a obrigatoriedade de usar máscara. Quando, excepcionalmente, houver imposição de prisão ao agente infrator - por exemplo, por crimes mais grave ou concurso de crimes -, as autoridades policiais e judiciais tomarão providências para que ele seja mantido em estabelecimento ou cela separada dos demais presos.

Recomendações da Anvisa

Segundo o projeto, a manufatura das máscaras de proteção deverá obedecer às recomendações técnicas da da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que já publicou orientações em 3 de abril. Já à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e ao Ministério da Saúde caberá a veiculação de campanhas publicitárias sobre o tema.

Autor a proposta, o deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA) destaca que o Ministério da Saúde também já emitiu nota técnica sobre o uso de máscaras caseiras, com orientações para que a população as faça em casa. O parlamentar cita ainda estudo do Massachussets Institute of Technology mostrando que o novo coronavírus também circula no ar por tempo relativamente longo. Além disso, lembra que a Sociedade Brasileira de Infectologia emitiu nota informando que as máscaras de pano podem diminuir a disseminação do novo coronavírus por pessoas sem sintomas.

Forças de segurança

O projeto também autoriza o emprego das forças de segurança públicas, federais, estaduais e municipais, bem como da Força de Nacional de Segurança Pública, para apoiar as ações do Ministério da Saúde e das secretarias de Saúde estaduais e municipais na prevenção e combate da pandemia.

As polícias federal, rodoviária, ferroviária, civis, militares, penais e corpos de bombeiros poderão realizar patrulhamento ou guarda para fazer cumprir a obrigatoriedade de uso de máscaras, como também poderão auxiliar na realização de campanhas de prevenção ou proteção, na realização de testes rápidos, no controle sanitário em portos, aeroportos, rodovias e centros urbanos e na distribuição de produtos médicos, de higiene ou alimentícios. Além disso, poderão ser acionadas para garantir a segurança de centros de saúde ou para evitar saques e vandalismos, por exemplo.

Infração da ordem pública

A proposta em análise da Câmara considera infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos que tenham por objeto ou possam aumentar arbitrariamente os lucros ou elevar sem justa causa os preços das máscaras de proteção. O mesmo valerá para álcool em gel, medicamentos, vacinas, equipamentos e insumos hospitalares ou laboratoriais necessários às medidas para enfrentamento da pandemia de coronavírus. As penas previstas para infração da ordem econômica estão previstas na Lei 12.529/11 e vão desde multa à proibição de exercer o comércio.

Tramitação

O projeto tramita com nove apensados. A Mesa Diretora da Câmara determinou a criação de comissão especial para analisar a matéria, em virtude da distribuição a mais de três comissões de mérito. Porém, o texto poderá ser votado diretamente pelo Plenário caso seja aprovada urgência para a proposta.​

*Da Agência Câmara de Notícias

Em tramitação na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 1824/20 inclui entre as medidas emergenciais de combate ao novo coronavírus, previstas na Lei Nacional da Quarentena (Lei 13.790/20), o uso obrigatório de máscaras pela população sempre que for necessário sair de casa e abandonar o isolamento social. O texto estabelece que a medida poderá ser adotada pelo Ministério da Saúde ou por gestores locais de saúde.

Autor do projeto, o deputado Eli Borges (Solidariedade-TO) afirma que a medida se faz necessária para conter o avanço da Covid-19, que tem assombrado a população mundial. “O objetivo é tornar obrigatório o uso de máscaras sempre que o indivíduo precisar sair de seu ambiente de isolamento social”, reforçou. O deputado, no entanto, pondera que máscaras cirúrgicas, como a do tipo N95, devem ser usadas preferencialmente por profissionais da saúde.

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De acordo com o texto, o descumprimento da medida, quando adotada pelo poder público municipal, estadual, distrital ou federal, sujeitará o infrator a sanções cíveis e penais.

*Da Agência Câmara de Notícias

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