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O atual prefeito de Santa Maria (RS), Jorge Pozzobom (PSDB), foi reeleito. Terminada a apuração de todos os votos, o tucano obteve 57,29% dos votos válidos.

Pozzobom superou Sérgio Cecchin (PP) que obteve 42,71% dos votos válidos. Santa Maria fica no centro do Rio Grande do Sul, e é a quinta cidade mais populosa do estado, e está a cerca de 300 quilômetros de Porto Alegre.

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Após o encerramento da votação do segundo turno, às 17h deste domingo (29), o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), o desembargador Frederico Neves, afirmou que esta foi a eleição mais tranquila da história de Pernambuco. Mesmo com denúncias de crimes eleitorais no Recife e em Paulista, além da detenção de uma mesária e 46 votantes, o representante parabenizou o eleitorado.

Em coletiva, Neves garantiu que "nunca ninguém viu em Pernambuco eleições mais tranquilas do que essa". Ele também indicou que houve "problemas absolutamente normais" durante o pleito, ao informar que apenas duas urnas apresentaram problemas técnicos.

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Neves espera comemoração após o resultado definitivo, mas pede apoio da população para dar continuidade às medidas restritivas contra a Covid-19. “Sabemos que na hora que divulgarmos o resultado definitivo da eleição, muita gente vai querer comemorar [...] mas espero que as pessoas tomem o cuidado necessário para evitar a Covid-19”, sugeriu.

O presidente conta com a conscientização dos recifenses e paulistanos, pois entende que a força pública do Estado não tem capacidade de coibir integralmente as celebrações. “Vocês podem comemorar, podem festejar, mas com respeito a sua própria saúde e respeito à vida dos outros. A sociedade precisa ajudar o TRE-PE nesse sentido”, concluiu.

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O desembargador lembrou das dificuldades enfrentadas pelos servidores para que o segundo turno fosse garantido, mesmo em um contexto de pandemia. "A Justiça Eleitoral empenhou um trabalho digno de todos os elogios [...] a principal preocupação do TRE-PE foi com a vida das pessoas”", indicou.

Neste ano, além do lançamento do e-título, o uso de máscara de proteção foi obrigatório e os funcionários do órgão foram instruídos para evitar aglomerações nas zonas eleitorais dos municípios.

Eleito vereador em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Márcio Buchada (PSC), de 32 anos, morreu de Covid-19 neste sábado (21). Devido ao agravamento da doença, ele não chegou a votar no último domingo (14), mas soube da vitória ainda no hospital.

Reconhecido pela luta por melhorias na região de Caetés III, Márcio José Moraes Do Amaral já estava internado há duas semanas e chegou a ser intubado no fim da luta contra a infecção. Ele sofria de hipertensão e obesidade, comorbidades responsáveis por agravar o quadro clínico da doença.

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Mesmo sem ir às urnas, Márcio Buchada conquistou 958 votos e assumiria a última vaga da Câmara Municipal, em 2021. Ainda no leito, o candidato chegou a ser comunicado sobre o resultado das eleições. A suplente do partido, Milena Araújo, deve assumir o cargo.

O prefeito Marcos José (PSB) decretou luto oficial de três dias em Abreu e Lima. Familiares de amigos ainda não repassaram informações sobre o enterro. Durante a campanha, Márcio desrespeitou o distanciamento social, não usou adequadamente a máscara de proteção e promoveu aglomerações.

Desde o início da pandemia, Pernambuco totaliza 174.312 casos da doença, sendo 27.692 graves e 146.620 leves. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), 8.899 óbitos em decorrência da Covid-19 foram registrados.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fracassou como cabo eleitoral nas eleições 2020 com boa parte dos indicados por ele para a disputa perdendo nas cidades e, além disso, só um dos 78 candidatos com seu sobrenome nas urnas. Ex-mulher, parentes e aproveitadores não conquistaram os votos necessários, o que reforçou a limitação e o isolamento político do presidente.

Com seu sobrenome, só o filho Carlos Bolsonaro (Republicanos) foi reeleito vereador no Rio de Janeiro, como o segundo mais votado. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) calculou que 83 concorrentes, em 24 estados, registraram-se no pleito com o "Bolsonaro". Contudo, apenas 78 foram oficializados. Três concorreram à Prefeituras, dois a vice-prefeito e 73 tentaram cargos de vereador. Eles se dividiram entre o PSL, Patriota, Republicanos e o PDT.

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Na intenção de conquistar apoio popular, os candidatos espalhados pelo país replicavam as bandeiras defendidas pelo presidente, tanto que, em determinados casos, o próprio Bolsonaro manifestou apoio em suas tradicionais lives.

Uma das mais conhecidas é Walderice Santos, ex-secretária parlamentar do presidente que ficou conhecida como "Wal do Açaí", após ser suspeita de ser funcionária fantasma na Câmara do Deputados. A ex-esposa e mãe dos três filhos mais velhos dele, Rogéria Bolsonaro, e primos distantes também foram derrotados na votação.

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No Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos) já acumula 21.166 votos e assume a segunda posição entre os candidatos a vereador no município. Diante da parcial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o filho mais novo do presidente na política está cada vez mais próximo da reeleição.

Em contraste ideológico, quem assume a liderança da disputa é o representante do PSOL, Tarcisio Motta, que já conquistou 3,51%, ante 2,71% do principal adversário. O indicativo equivale a 27.428 eleitores.

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Até o momento, 30,11% das urnas do município foram apuradas. Brancos representam 6,26% (60.275) e nulos 12,45% (119.908).

 

Na noite deste domingo (15), a Polícia Federal (PF) emitiu o balanço das ocorrências envolvendo as eleições municipais de Pernambuco. As autoridades usaram drones em algumas localidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) para identificar e reprimir crimes eleitorais ou infrações em relação aos cuidados com a pandemia.

Durante a movimentação nas urnas, duas pessoas foram detidas na área Central do Recife e seguiram para a delegacia, onde assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O primeiro autuado realizava boca de urna e entregava santinhos aos eleitores de Joana Bezerra. Já a outra detenção foi de uma mulher, que também jogavam materiais de campanha impressos nas proximidades do Colégio José Maria, bairro de Santo Amaro.

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O clima tenso da eleição em Itaíba, no Sertão, fez com que a entidade montasse a Operação Novo Cabresto, ainda na quarta-feira (11). Nove mandados de busca e apreensão foram expedidos para apurar o envolvimento de pessoas que tentavam tumultuar a "lisura do pleito eleitoral", informa.

De acordo com a denúncia, policiais militares escoltavam políticos e ameaçam eleitores contrários durante a campanha. Alguns cidadãos estariam com armas na região para fins de “ilícitos eleitorais", pontua a PF. No sábado (14), Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos, mas não foram encontrados elementos que configurassem crimes eleitorais.

Ainda no sábado (14), quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Agrestina, no Agreste. Os suspeitos prestaram depoimento e celulares foram apreendidos para perícia.

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Neste domingo (15), dois cabos eleitorais foram presos em flagrante por Transporte Irregular de Eleitor, no município de Água Preta, localizado na Zona da Mara Sul. Além das prisões, o veículo e os aparelhos celulares dos suspeitos foram apreendidos.

Um trio elétrico, que puxava uma carreata em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, foi apreendido. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado.

Já em Salgueiro, no Sertão, uma militante precisou assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por realizar boca de urna, nesse domingo (15). Com ela foram encontrados centenas de santinhos, folders e uma bandeira de um candidato a vereador, que eram entregues em frente à escola Don Malan.

Dentro da própria zona eleitoral, um candidato a vereador em Araripina, no Sertão, que não teve a identidade revelada pela PF, foi detido ao divulgar sua campanha com distribuição de adesivos e santinhos no corredor do prédio. Um suspeito por violação do sigilo do voto também foi detido neste domingo (15) e dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade.

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A pandemia da Covid-19 não mudou apenas a data das eleições deste ano, mas impôs novas regras e recomendações por parte da Justiça Eleitoral. Os quase 148 milhões de brasileiros que vão às urnas neste domingo (15), para escolher os próximos prefeitos e vereadores de suas cidades, devem estar atentos, por exemplo, ao uso de máscaras.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) emitiu uma nota informando que os eleitores só poderão para entrar nos locais de votação se estiverem usando máscaras faciais e deverão higienizar as mãos com álcool em gel antes e depois de votar. A distância de 1 metro entre eleitores e demais pessoas presentes às seções também deverá ser mantida. Além disso, de acordo com a Justiça Eleitoral, o mesário poderá solicitar que o votante retire a máscara apenas para uma melhor identificação.

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Outro item considerado importante para a hora do voto é a caneta e o eleitor deverá levar a sua própria para registrar a assinatura na local da votação. A recomendação do TSE tem como objetivo evitar ao máximo o compartilhamento de objetos e, assim, o risco de proliferação da Covid-19. Em caso de esquecimento, entretanto, haverá canetas nas seções que devem ser devidamente higienizadas. 

Fora as máscaras e canetas, os eleitores também devem comparecer às seções eleitorais portando um documento oficial com foto (carteira de identidade, de trabalho, de motorista, certificado de reservista, passaporte ou carteira de categoria profissional reconhecida por lei). Um novo método de identificação, para quem já fez o cadastro da biometria, é o aplicativo e-Título, mas o TSE recomenda que seja baixado antes do momento da votação para confirmar que o documento eletrônico já vem com a foto do cidadão. O título de papel não é obrigatório levar.

O ator Brad Pitt é a mais nova celebridade a se posicionar na eleição presidencial dos Estados Unidos. Ele narrou o novo comercial da campanha do candidato democrata, Joe Biden, que foi ao ar na noite de sábado (24), durante o quarto jogo da World Series.

"A América é um lugar para todos", começa a voz de Pitt, que pode ser ouvida enquanto as imagens pré-pandêmicas mostram Biden abraçando, aplaudindo e apertando as mãos dos eleitores. No texto, o ator pontua que a eleição de Biden será para "aqueles que escolheram este país, aqueles que lutaram por ele, alguns republicanos, alguns democratas e a maioria apenas em algum lugar no meio".

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Antes de Pitt, nomes como Samuel L. Jackson, Sam Elliott e Dave Bautista participaram de campanhas a favor de Biden. No Brasil, algo parecido aconteceu quando um vídeo com a voz do ator Wagner Moura foi usado na campanha do candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), mas a propaganda foi suspensa.

 

Na tarde desta quinta-feira (13), o PSB de Pernambuco decidiu apoiar o MDB nas eleições de Jaboatão dos Guararapes, município da Região Metropolitana do Recife - o vereador Daniel Alves é o pré-candidato do partido -. O presidente do MDB, Raul Henry, acredita que, mesmo Daniel estando no seu primeiro mandato, ele é uma pessoa preparada e competente para enfrentar Anderson Ferreira (PSC), atual prefeito do município e que deve concorrer à reeleição.

"Nós convidamos Daniel para ser o nosso pré-candidato exatamente porque ele tem esse perfil, o perfil que nós queremos levar para Jaboatão, para o enfrentamento da máquina que está instalada lá, que é uma máquina familiar”, afirmou.

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O pré-candidato agradeceu o apoio e disse estar animado e feliz com a parceria do PSB para a corrida eleitoral. Na ocasião, Daniel aproveitou para alfinetar o atual gestor de Jaboatão: “O prefeito Anderson Ferreira tem um ponto positivo e um ponto negativo. O positivo é que ele pensa na família dele, o que é bom, se preocupar com a família. O negativo é que ele não pensa no resto da família de Jaboatão”, ironizou.

Aos 26 anos e com pouca história política, tendo sido eleito deputado federal pela primeira vez em 2018, João Campos será a tentativa do PSB para continuar comandando a capital pernambucana por mais quatro anos. Mesmo vindo de uma família já tradicional na política de Pernambuco, o pré-candidato se considera a renovação. “Tenho 26 anos, defendo uma série de modernizações e inovações dentro da gestão pública e tudo isso dialoga com a inovação”, aponta.

João, que mesmo sendo parente de dois ex-governadores populares de Pernambuco (Eduardo Campos e Miguel Arraes), não figura bem nas pesquisas de intenção de voto. Na última divulgada pelo Atlas Político, o pessebista está em quarto lugar; Marília Arraes (PT), sua prima, é quem lidera o levantamento.

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No entanto, o pré-candidato sabe do poder da Frente Popular de Pernambuco, que é a união de vários partidos em prol da sua candidatura, e afirma que essa será, talvez, "a frente mais ampla que o Recife já viu, porque o momento que vivemos pede unidade". Além disso, o deputado federal ressalta que “a frente tem uma corrente de forças que não se constrói apenas em eleição, se dá na política (diária)”.

Falando em política diária, o mundo enfrenta um momento pandêmico que impõe restrições na possibilidade de contato entre as pessoas, principalmente entre os políticos e a população - o que impede a disseminação popular da candidatura -. João reforça que tem conversado com setores da sociedade recifense “discutindo um projeto em torno da construção do sonho de vários segmentos da sociedade". "Quando chega mais perto da eleição, isso se afunila para a pré-candidatura que tem sido conduzida com muita escuta”, acrescenta

Prefeitura do Recife investigada

A Prefeitura do Recife está sendo investigada por irregularidades na aquisição de 500 respiradores pulmonares. A sede da PCR e a casa do secretário municipal de Saúde, Jailson Correia, sofreram busca e apreensão por parte da Polícia Federal, que trabalhou em conjunto com a Controladoria Geral da União e o Ministério Público Federal.

Policiais confirmaram que a firma contratada pelo poder municipal não existe em seu endereço de cadastro, além de não ter funcionários ou bens em seu nome. O valor total contratado com a Prefeitura do Recife ultrapassava o patamar de R$ 11 milhões, enquanto a empresa fictícia tinha um suposto capital social de apenas R$ 50 mil e não poderia faturar mais que R$ 360 mil por ano.

Por ser o PSB o partido que comanda a Prefeitura do Recife, João Campos se posicionou dizendo que está tranquilo sobre essas investigações e que isso não fará com que ele deixe de elencar a gestão de Geraldo Júlio em sua candidatura (quando começar oficialmente). “Eu tenho tranquilidade em dizer que foi feito um trabalho que salvou vidas. Enquanto a gente viu o governo federal, que tem R$ 200 bilhões de orçamento na Saúde, não fazer nenhum hospital no Nordeste brasileiro, a gente viu Geraldo Júlio fazer sete hospitais (de campanha) em 40 dias”, exclama.

Além disso, o pessebista garante que não acredita “que houve má fé, nem dolo, nem culpa". "Ninguém fez ato ilícito. Se houve alguma falha, qualquer ser humano está fadado a falhar em processo de guerra. Foi nesse cenário que a gente viu quem cruza os braços para o povo e quem está à disposição para fazer”, declara. João garante que defende a continuação das investigações.

João Campos e Marília Arraes

Em entrevista ao LeiaJá, o filho de Eduardo Campos falou sobre a possibilidade de união com a sua prima Marília Arraes, revelando que a unidade do campo democrático, tão debatido atualmente pela esquerda, é algo que ele defende. “Eu acho que isso pode ajudar a cidade, mas cabe a mim falar pelo meu partido. Sobre decisões de outros partidos como o PT, ele quem vai tomar pensando no que eles acham que é melhor para eles e não cabe a gente julgar. O que eu sei é que o maior conjunto de representantes do povo deve estar na Frente Popular”, salienta.

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Parece que a pré-candidatura de Túlio Gadelha para disputar a Prefeitura do Recife não é um consenso dentro do PDT. Nesta quinta-feira (30), a ex-vereadora Isabella de Roldão também anunciou a sua pré-candidatura - um dia depois do Túlio confirmar que vai disputar o comando da PCR.

O diretório estadual do PDT, comandado pelo deputado federal Wolney Queiroz, foi quem emitiu uma nota informando que Isabella tinha colocado o seu nome para representar o partido no pleito deste ano. Agora, uma votação interna deve definir quem realmente será candidato.

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A direção estadual do PDT esclarece que "os rumos que o partido deverá tomar nas próximas eleições serão definidos em convenção municipal da legenda. Por enquanto, temos duas pré-candidaturas a prefeito do Recife: a do deputado Túlio Gadêlha e a da ex-vereadora Isabella de Roldão”.

Por meio de nota, Gadelha afirmou que ele, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e Ciro Gomes, que é vice-presidente do partido, foram pegos de surpresa com a informação. Além disso, o deputado federal aponta que a colocação da ex-vereadora no páreo demonstra a unidade do partido para construir um projeto alternativo para o Recife "longe do projeto do PSB". 

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Antes integrante do PSB, já tendo sido eleita vereadora pelo partido, agora Marília Arraes (PT) concentra as suas forças para derrotar a sua antiga casa e se eleger prefeita da cidade do Recife, disputando contra o seu primo, João Campos, dentre outros - até então - pré-candidatos. No entanto, a petista avalia que essa seria a hora do PSB abrir mão de disputar pela terceira consecutiva a eleição municipal da PCR.

Marília aponta isso porque, em 2018, mesmo várias pesquisas mostrando que ela tinha chances de derrotar o governador Paulo Câmara, o PT abriu mão da sua candidatura para encorpar a Frente Popular de Pernambuco, apoiando a reeleição de Câmara. “Se a gente não vivesse num Estado em que o PSB trabalhasse com a imposição aos seus aliados, esse seria um posicionamento bastante lógico diante de vários contextos, como em 2018, quando o PT abriu mão de uma candidatura que estava à frente nas pesquisas do candidato do PSB”, avalia a petista. 

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Ela complementa dizendo: “Agora, a gente está com a eleição municipal em que a nossa candidatura está melhor posicionada em todas as pesquisas. Se fosse de verdade com a Frente Popular, lógico que haveria esse debate de quem vai encabeçar a frente agora, mas não há esse debate porque o PSB trabalha com a imposição. É como se fosse algo natural se submeter a eles”.

Além disso, desde que Jair Bolsonaro (sem partido) foi eleito, trazendo vários dos seus com ele na ‘onda bolsonarista’, a esquerda tem prometido lutar contra o que classifica de “retrocesso político”, no entanto, Recife é uma referência de que a esquerda não está se unindo para lutar contra aquilo que tem falado cotidianamente.

Até então, PT, PSB e PDT (partidos de esquerda) devem lançar candidatos para disputar a Prefeitura do Recife, enquanto DEM, PRTB, PSC, Podemos e Cidadania (partidos do centro e de direita) devem vir para minar a eleição desses que não colocaram em prática a “unidade da esquerda”. 

Para se ter noção, a última pesquisa do Atlas Político para a Prefeitura do Recife mostrou que Marília Arraes (PT) lidera com 21% das intenções de voto, seguida por Mendonça Filho (DEM), com 12%, e Daniel Coelho, com 11%. João Campos e Patrícia Domingos registraram 8%. Ou seja, se isso se confirmar nas próximas pesquisas, a esquerda estará “enfraquecida” para disputar a PCR e a sua luta para derrotar a “onda bolsonarista” pode ser perdida. 

No entanto, Marília se diz confiante com os resultados das pesquisas, mesmo achando cedo para se apegar aos números. “É um indicativo de que o Recife está querendo um projeto diferente. Mas não vou me balizar por pesquisas. A gente precisa olhar para frente, debater o Recife e as urnas é que vão dizer o resultado da vontade popular”, disse.

Em entrevista ao LeiaJá, a petista falou que a situação pandêmica do mundo está fazendo com que ela se reinvente para a candidatura. “Estamos nos reinventando. Eu, que sempre fui muito acostumada a fazer as campanhas no corpo a corpo, tendo disputado quatro eleições, principalmente a de vereadora, que é uma eleição de muita proximidade, é muito difícil fazer uma campanha sem apertar as mãos, sem abraçar e sem mostrar o rosto”, confessa.

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O presidente do PSB nacional, Carlos Siqueira, participou, na tarde desta sexta-feira (24), de um debate on line com os membros do partido, onde declarou que o deputado federal João Campos (PSB) não será prefeito do Recife por ser filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. “Ele será prefeito por ser um jovem dedicado, uma pessoa séria e correta. Eu tenho conversado muito com ele ultimamente e verifico a maturidade dele”, declarou Carlos.

Pesquisas recentes colocam a prima de João Campos, Marília Arraes (PT), como a preferida dos recifenses para ocupar o comando da capital pernambucana. Mesmo assim, o presidente do PSB está confiante na vitória no Recife e de outros candidatos.

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“É importante que essa vitória se estenda ao Agreste, Sertão, Zona da Mata e todas as regiões do nosso Pernambuco e que ela se dê de uma forma mais qualificada”, pontua Siqueira.

Com a aproximação da corrida eleitoral, a presença massiva de candidaturas femininas em Pernambuco está sendo uma militância da deputada Teresa Leitão (PT), que também é membro do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores. Além dessa militância pelas mulheres, Teresa afirma que está à disposição do partido para disputar a Prefeitura de Olinda pela segunda vez consecutiva. “Olinda está indefinido sobre candidatura própria, mas independente de eu ser ou não candidata em Olinda, quero me dedicar a essa pauta de 2020”, explica Leitão.

A deputada já tentou ser a prefeita de Olinda, cidade da Região Metropolitana do Recife, em 2016, mas acabou ficando em 5º lugar com 11.800 mil votos. “Foi uma eleição muito difícil, no meio da eleição veio um golpe contra Dilma e tivemos que parar, mas agora as coisas estão melhores. Mas o PT ainda não decidiu, começou agora o processo e a tendência é mais para aliança do quê por candidatura própria - diferente de 2016, onde minha candidatura foi unânime”, aponta Teresa.

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Prefeitura do Recife

Mesmo com o ex-presidente Lula apontando que o PT deve retomar o protagonismo nas disputas de 2020, ainda não há nada definido se a candidatura da deputada Marília Arraes para a Prefeitura do Recife vai realmente se consolidar dentro do partido. Teresa Leitão é uma das que defende que a deputada dispute o cargo. 

Na semana passada, em São Paulo, Marília se reuniu com Lula e com os presidentes do diretório nacional e de Pernambuco. “Dessa discussão se arrematou de fato um procedimento e eu acho que isso pode ser exitoso para a candidatura de Marília e nós vamos estar presentes e queremos debater isso”, salienta Leitão.

Humberto x Marília

Dentro do PT, o senador Humberto Costa é um dos que se opõem à candidatura de Marília Arraes. Para o senador, o melhor para o PT seria manter a aliança e, assim, os cargos dentro do governo pessebista, tanto na prefeitura quanto no Governo de Pernambuco. No entanto, Teresa endossa a vontade do ex-presidente e afirma que o PT deve mostrar a cara. 

"Em 2012, o PT estava sentado na cadeira da prefeitura. Teve um monte de confusão e o PSB disse: ‘nessa confusão eu não fico, vou sair e lançar o meu candidato’. Então porque é que o PT também não pode pensar primeiro em si e depois nos outros?”, avalia a deputada.

Para Leitão, não há nada que prenda o PT ao PSB. “A manifestação da unidade pode se dar de várias maneiras. Você pode ter várias candidaturas de um campo anti-Bolsonaro, que vão se ajudar mutuamente nesse processo”, pontua Teresa Leitão. 

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O Senado aprovou, nesta quarta-feira (2) o projeto que estabelece um teto para os gastos de campanha nas eleições municipais de 2020. O texto é o mesmo aprovado na Câmara na véspera e seguiu para sanção presidencial. Para que a regra seja válida no pleito do ano que vem, o Planalto precisa sancionar a proposta até o próximo dia 4, ou seja, um ano antes do primeiro turno da eleição.

A medida define como limite de gastos para os candidatos o mesmo valor determinado em 2016 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), só que corrigido pela inflação. Naquele ano, candidatos a prefeito de São Paulo, por exemplo, puderem gastar R$ 45,4 milhões no primeiro turno da disputa. Nas campanhas para o segundo turno, cada candidato poderá gastar até 40% desse limite.

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A proposta também limita o autofinanciamento a 10% do valor total autorizado para o cargo. Ou seja, para cada R$ 100 mil de teto de gastos, o candidato só poderá usar R$ 10 mil do próprio bolso na campanha.

O PT de São Paulo vai usar a escolha dos 82 candidatos a vereador que disputarão a eleição municipal do ano que vem para tentar atrair setores da esquerda afastados do partido devido à estrutura burocrática que ocupa todos os espaços da legenda. Na busca por mais jovens filiados e de ampliação do campo de influência, a legenda cogita aceitar até mandatos coletivos na eleição do ano que vem.

"O desafio é criar espaços para desburocratizar o partido e permitir às pessoas debater no PT", disse o novo presidente do diretório municipal do PT de São Paulo, Laércio Ribeiro. "Temos que construir um campo e este campo não está nos partidos, está na sociedade civil, nos coletivos, núcleos, universidades. Se o PT não tiver essa compreensão de que a disputa está neste campo podemos ter um resultado não condizente com o tamanho do PT", completou.

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A ideia é dedicar parte das 82 vagas na chapa de vereadores a influenciadores digitais, youtubers e jovens integrantes do movimento hip hop. Ribeiro não vai ser o primeiro dirigente do partido a tentar esta aproximação. Outros que vieram antes dele esbarraram na burocracia do partido que ocupa todos os espaços de participação e impede a entrada de novos setores.

Eleito com 70% dos votos em eleição direta realizada no dia 8 para presidir o maior diretório municipal do PT e comandar o partido na eleição para a Prefeitura de São Paulo no ano que vem, Ribeiro, de 36 anos, tem um perfil diferente dos outros petistas que o antecederam no cargo.

Filho de metalúrgico, ele foi criado na Cidade Ademar, periferia da Zona Sul paulistana. Apesar do discurso contra a burocracia, ele mesmo cresceu ocupando espaços na engrenagem partidária.

O primeiro contato com o partido foi na adolescência quando a Prefeitura, sob o comando da então petista Luiza Erundina (hoje deputada pelo PSOL), realizou um mutirão para asfaltar a rua da sua casa.

Depois veio a militância na Pastoral da Juventude da Igreja Católica e finalmente a filiação ao PT. Desde então Ribeiro foi assessor do vereador Alfredinho (PT), integrou a executiva municipal do partido, trabalhou no gabinete de Fernando Haddad na Prefeitura, passou alguns dias no gabinete do ex-deputado e ex-ministro Ricardo Berzoini em Brasília e foi subprefeito de Santo Amaro.

Hoje, formado em Ciências Sociais pela Fesp, trabalha como assessor do deputado estadual Barba (PT) na Assembleia Legislativa. Seu único emprego na iniciativa privada foi como auxiliar de faturamento em uma pequena empresa do bairro.

As prioridades do novo presidente municipal são a ampliação do campo petista. "O PT tem relação com um público muito específico. Igrejas, conselhos, associações de moradores, sindicatos. Esta forma de organização é o que nos dá o que nós temos. Mas isso é limitado."

Perguntado sobre como o PT vai lidar com as novas formas de campanha eleitoral pelas redes sociais, terreno no qual o partido está atrasado em relação ao seus concorrentes, Ribeiro respondeu: "É minha maior preocupação". Segundo ele, as lideranças petistas ainda não entenderam que a forma de fazer campanha eleitoral mudou e teimam em priorizar métodos ultrapassados na hora de definir para onde vão os recursos eleitorais.

"Vamos ter que convencer a base e as lideranças do PT que a campanha não vai poder ser só com papelzinho, plastiquinho e jornal", disse o novo presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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