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O senador Major Olímpio (PSL-SP) segue internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado grave mas estável. Ele foi entubado pela segunda vez na madrugada da quinta-feira, 11, após ter passado três dias sem o aparelho nesta semana.

Olímpio está internado com covid-19 há dez dias, e na UTI há uma semana. Em uma publicação nas redes sociais, a família do senador informou que o quadro requer cuidados e pediu respeito ao momento, "que será de recolhimento e foco no tratamento".

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"Continuemos em oração pelo seu restabelecimento e de todos neste momento", diz o texto.

Um dia depois de ser internado, o senador chegou a participar de uma sessão legislativa por videoconferência enquanto estava na cama do hospital. Líder do PSL, ele se manifestou contra os dispositivos que preveem congelamento de salários no funcionalismo público. Antes de concluir o discurso, o sinal remoto do senador caiu e ele não conseguiu voltar. Além disso, ele estava com a respiração ofegante.

Outros senadores

Além de Olímpio, outros dois senadores estão internados com covid-19. Lasier Martins (Podemos-RS) e Alessandro Vieira (Cidadania-ES) também testaram positivo após uma reunião, no fim de fevereiro, que teve a participação dos três parlamentares.

Lasier tem 78 anos e faz parte do grupo de risco para a doença. Ele foi internado em Porto Alegre na sexta-feira passada, 5. No dia seguinte, ele informou na sua conta oficial do Twitter que o quadro estava estável e sem necessidade do uso de oxigênio.

Vieira foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no último fim de semana. Na última quarta, sua assessoria publicou no Twitter que ele "continua a apresentar progressiva melhora em seu quadro clínico".

De acordo com a especialista Simone Batista, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o sistema de saúde do Estado de São Paulo pode entrar em colapso em até 25 dias. O cálculo foi feito levando em consideração a média do mês de março de pessoas que precisaram ser internadas e da abertura de novos leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), seja nos hospitais da rede pública ou privada. Caso o ritmo do número de internações seja o mesmo dos últimos dias, o colapso pode acontecer já no início de abril.

A previsão de um colapso se mostrou presente diante dos números apresentados nos primeiros dias de março. Foi registrado em regiões do interior do estado e na região metropolitana pelo menos 38 mortes de pacientes com Covid-19 que aguardavam a liberação de leitos intensivos. Estima-se que a Grande São Paulo tenha cerca de 4,7 mil pessoas internadas nas UTI’s, sendo que o número total de leitos é de 5,6 mil.

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A média na taxa de ocupação em leitos de hospitais no Estado de São Paulo é de 83,6%, a maior desde o início da pandemia. Até então o último recorde tinha sido em 19 de maio do ano passado, quando foi registrado que 78,6%. O número de internados em UTI apresentou números recordes: são aproximadamente 21 mil pessoas. E a média diária de mortes por infecção do novo coronavírus no estado também é recorde pelo terceiro dia consecutivo, com 313 óbitos.

Já no país todo, um último levantamento na última quarta-feira (10) registrou 2.349 mortes em um período de 24 horas. Por conta dos números em ascendência, o Governo do Estado de São Paulo decretou na última quinta-feira (11) novas medidas de segurança para uma fase emergencial em todo o Estado, incluindo toque de recolher das 20h até às 5h.

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48 horas para que o governo federal esclareça se está cumprindo a ordem de custeio dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com covid-19 em São Paulo dada por ela no final de fevereiro. A decisão foi tomada depois que o governo paulista comunicou ao Tribunal que o Ministério da Saúde ainda não habilitou todas as vagas solicitadas pelo Estado. Segundo a Procuradoria de São Paulo, apenas 678 leitos foram autorizados desde que a União foi formalmente obrigada a cobrir os gastos.

No documento, enviado na última quarta-feira, 10, a gestão João Doria (PSDB) afirma estar agindo para evitar colapso da rede pública de Saúde, mas denuncia o que classifica como "situação de inércia federal".

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"O Estado de São Paulo, na linha do que já foi exposto na peça vestibular e na reiteração da liminar, está enfrentando risco real de colapso em seu sistema de saúde tendo em vista estar arcando com todo o encargo financeiro relativo aos leitos que contavam com financiamento federal e que ainda não voltaram a ter esse custeio, em evidente descompasso com o que foi determinado por Vossa Excelência para cumprimento imediato", diz o ofício.

Na avaliação da ministra, as informações prestadas pelo governo de São Paulo sugerem "descumprimento" da liminar expedida por ela. "As informações produzidas pelo Estado de São Paulo parecem sugerir que o Ministério da Saúde estaria descumprindo a ordem judicial proferida em sede de tutela de urgência na presente ação civil ordinária. Necessário solicitar prévias informações ao Advogado-Geral da União, para que esclareça, no prazo de até 48h, sobre as alegações formuladas pelo Estado de São Paulo, que apontam para uma possível ocorrência de desrespeito à tutela de urgência por mim concedida na presente ação civil ordinária", diz um trecho do despacho.

No documento, a ministra alerta que o descumprimento da ordem judicial pode configurar crime de prevaricação, ato de improbidade administrativa e crime de responsabilidade do ministro Eduardo Pazuello.

Rosa Weber é relatora de um bloco de ações ajuizadas pelos governos estaduais cobrando a ajuda financeira da União. Além do governo paulista, a ministra deu decisões favoráveis aos Estados da Bahia, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Sul, determinando a volta do financiamento dos leitos de UTI pelo Ministério da Saúde. A pasta nega que tenha havido suspensão de pagamentos.

De acordo com informações divulgadas pelo governo de Pernambuco nesta quinta (11), 80 novos leitos de UTI foram abertos no estado nos últimos quatro dias. Com o objetivo de atender ao aumento da demanda de pacientes com covid-19, a expectativa é a de abrir mais 100 vagas de Terapia Intensiva até este fim de semana.

Os novos leitos de UTI foram entregues aos hospitais Eduardo Campos da Pessoa Idosa (10), Otávio de Freitas (10), Real Hospital Português (8), no Recife; Tricentenário (20), em Olinda; Memorial Guararapes (10), em Jaboatão dos Guararapes; Fernando Bezerra (2), em Ouricuri; Santa Maria (10), em Araripina; e Promate (10), instituição privada de Juazeiro, na Bahia, contratada pelo governo para atender os pacientes do estado. Assim, a rede estadual chega a 2.192 leitos, sendo 1.151 de UTI.

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“Trabalhamos diariamente para minimizar os impactos da pandemia e salvar vidas. O Governo de Pernambuco está abrindo leitos numa velocidade nunca antes vista. Já são mais de 1.150 vagas de UTI em todo o Estado e até mesmo fora dele. A perspectiva é que possamos fechar a semana com mais 180 novos leitos de terapia intensiva efetivamente abertos”, afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta.

Segurança

Durante a coletiva, o governo também ressaltou que já promoveu, através de suas forças de segurança, 36.096 intervenções na Operação Convivência, que fiscaliza o cumprimento das regras sanitárias preventivas ao novo coronavírus. Destas, 16.670 ações ocorreram na Região Metropolitana do Recife, excetuando-se a orla, e outras 17.097 foram realizadas no interior. No último fim de semana, correspondente aos dias 6 e 7 de março, o reforço nas praias de toda a região litorânea do estado resultou em 2.329 intervenções.

Até o próximo dia 17 de março, apenas serviços essenciais estão autorizados a funcionar entre as 20h e as 5h do dia seguinte, nos dias úteis. No próximo fim de semana, a medida vale para o dia inteiro. Para garantir o cumprimento da determinação do governador Paulo Câmara, o estado conta com reforço de 3.400 profissionais da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Civil e da Polícia Científica.

A Prefeitura de Petrolina e o Governo de Pernambuco fizeram uma parceria para a abertura de 10 novos leitos de UTI para tratamento de pacientes com covid-19 em estágio avançado. O anúncio das vagas foi realizado pelo prefeito Miguel Coelho, nesta terça (9). Com as unidades contratadas, Petrolina passa a ter 54 vagas na UTI da covid-19.

Os leitos serão abertos, nesta quarta (10), após negociação direta do prefeito Miguel Coelho com a direção do Hospital Promatre de Juazeiro. A Prefeitura entrará com a infraestrutura de equipamentos como monitores e respiradores. Já o Governo do Estado custeará as demais despesas.

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Segundo o prefeito Miguel Coelho, nas próximas semanas, ainda devem ser abertas mais 10 vagas de UTI pelo Governo de Pernambuco na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A Prefeitura de Petrolina ainda trabalha com a possibilidade de abrir mais leitos no hospital municipal de campanha, no Centro Monte Carmelo. "Todos os municípios e governos estão fazendo um esforço enorme para abrir novas UTI. Faltam profissionais para fechar as equipes, e por conta do colapso em vários estados, existe uma busca intensa por equipamentos. Por isso, tem sido tão difícil ampliar a rede. É importante lembrar ainda que o número de internações é crescente, então, em pouco tempo, essas vagas devem ser preenchidas. Para evitar o colapso, é preciso união de todos os entes da Federação, dos segmentos econômicos e da população. Nosso povo é forte e tenho confiança que vamos superar esse momento com todos unidos", afirmou o prefeito.

Petrolina, de acordo com o último boletim epidemiológico, estava com 95% de ocupação dos leitos de UTI. Nesta segunda (08), a cidade sertaneja teve pela primeira vez cinco mortes por covid-19 confirmadas num único dia. Apesar de atravessar o momento mais difícil da pandemia, Petrolina ainda é o município com menor mortalidade por coronavírus entre as grandes cidades do Nordeste.

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*Da Ascom Petrolina 

Após uma piora em seu quadro clínico, o sertanejo Edson, da dupla com Hudson, precisou ser transferido para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), na última segunda (8). O músico havia sido internado, na quarta (3) anterior, com o diagnóstico de Covid-19, em uma unidade hospitalar no interior de São Paulo. 

Segundo a assessoria de Edson, ele precisou ser levado do hospital em que estava, na cidade de Indaiatuba (SP) para a capital paulista, a fim de receber um tratamento intensivo. O cantor segue agora na UTI do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, da Rede D’Or São Luiz. Seu quadro de saúde é estável e ele respira sem a ajuda de aparelhos. 

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Ainda de acordo com a equipe do músico, sua esposa e filha não foram infectadas com o coronavírus, bem como seu irmão Hudson, que forma dupla com ele. Os irmãos têm conversado pelo telefone diariamente e, pelas redes sociais, Hudson tem prestado homenagens ao companheiro: “Edson, amamos você e estamos só emanando saúde e energia boa para que fique bom logo”.

A prefeitura de Juazeiro, na Bahia, iniciou a preparação de 10 novos leitos de UTI para pacientes de Covid-19 no Hospital de Campanha, nesta segunda-feira (8). A situação em Juazeiro é crítica, atualmente o município possui apenas um leito de UTI disponível, segundo boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado no último domingo (7).

O pedido de ampliação foi feito pelo secretário de saúde de Juazeiro, Fernando Costa, ao Governador, Rui Costa, para tentar desafogar as demais unidades do estado que estão com a capacidade lotada.

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A Bahia enfrenta uma das piores fases de controle da doença com lista de espera para os leitos de UTI, segundo Fernando Costa.

“A taxa de ocupação de leitos de UTI atingiu 100% com lista de espera de 12 pessoas. O governador nos deu três dias para montar os leitos. Enquanto a gente aguarda os ventiladores que serão cedidos por Sento-Sé e Campo Alegre, a gente está se movimentando para fazer as modificações devidas no Hospital de Campanha.”, disse o Secretário de Saúde de Juazeiro.

Em nota, a prefeitura informou que o percentual de ocupação dos leitos de UTI para casos de Covid-19 para Juazeiro na rede PEBA (hospitais de Pernambuco e Bahia) é de 96%, com seis leitos disponíveis. E somente em Juazeiro, a taxa de ocupação dos leitos é de 97%, com apenas um leito disponível.

Pernambuco atingiu 95% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 na rede pública no domingo (7). São 1.057 leitos de UTI para Covid-19 na rede estadual.

Na rede privada, dos 336 leitos de UTI para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), 91% estão ocupados.

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Com relação aos leitos de enfermaria para Covid-19, a rede estadual registra uma ocupação de 82%. Na rede privada, a ocupação de leitos de enfermaria é de 56%.

Devido ao aumento de casos, o Governo de Pernambuco decretou medidas de restrição que seguem até 17 de março. O decreto assinado pelo governador Paulo Câmara (PSB) proíbe o funcionamento de atividades não essenciais entre 20h e 5h nos dias úteis. Essas atividades estão proibidas ao longo de todo o dia nos sábados e domingos.

Pernambuco totaliza 11.173 óbitos e 308.284 casos de Covid-19. Um total de 265.022 pacientes se recuperaram da doença. Além disso, 505.649 pessoas já receberam a primeira dose da vacina. Com relação à segunda dose, 137.129 foram imunizados, entre trabalhadores da saúde, idosos e pessoas com deficiência.

Com parte do Sertão de Pernambuco em alerta pela falta de leitos de UTI, nesse domingo (7), o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel (PSL), anunciou que não há mais como internar novos pacientes da Covid-19 na rede de saúde local. Com três pacientes enviados para hospitais em cidades vizinhas, o gestor afirmou que o limite de ocupação se repete em outros municípios da região.

"Nós não temos mais nenhuma capacidade de absorver pacientes para a internação. Se Deus o livre, um parente seu, uma mãe, um pai, um avô e até você mesmo precisar de um leito de UTI ou um leito de enfermaria, nós não temos mais leitos, não temos mais capacidade para absolver a demanda dos casos de Covid em nossa cidade", confirmou Raimundo em seu perfil oficial nas redes sociais.

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O Hospital Maternidade Santa Maria não possui sequer espaço físico para ampliar a oferta de leitos, informou Raimundo, que avaliou o reflexo da situação para os profissionais da linha de frente. "Nossos profissionais de saúde estão esgotados, já não aguentam, já não têm mais força e disposição de enfrentar a rotina dura de mortes", destacou.

Sem oferta de internação, pacientes continuam sendo confirmados com a infecção. A conta que não fecha obrigou a gestão a transferir três para Serra Talhada. O último boletim informa que 4.095 casos já foram confirmados e 63 mortes foram registradas em Araripina.

O prefeito ainda relatou que, tanto as unidades de saúde de Serra Talhada, quanto os hospitais de referência da região atingiram a capacidade máxima. Ainda no domingo (7), o prefeito Miguel Coelho (MDB), havia apontado que Petrolina também atingiu seu limite de leitos.

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Nesse domingo (7), a rede de saúde de Petrolina atingiu sua capacidade máxima e não há mais leitos de UTI para os pacientes da Covid-19. Próximo de completar um ano da primeira notificação, desde 23 de março de 2020, o município do Sertão de Pernambuco totaliza 17.115 casos e 211 óbitos pela pandemia.

O prefeito Miguel Coelho (MDB) lamentou a condição delicada e disse que vai em busca de novos leitos ao longo da semana. "Hoje encerramos todos os leitos que temos disponíveis, e o pior, começamos a fazer fila de espera. Todos vocês sabem qual as cenas dos próximos capítulos", anunciou em suas redes sociais.

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Sem a disponibilidade de vacina para toda a população, ele pede amor e compaixão para controlar os índices locais da pandemia e evitar que as medidas restritivas mais severas sejam adotadas. "Não queremos prejudicar nem atrapalhar a vida de ninguém, queremos sim, salvar e evitar que o que hoje está acontecendo se prolongue por outros dias", concluiu ao pedir pela ajuda dos petrolinenses.

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Com o avanço da covid-19 por todo o Brasil, gestores de saúde têm visto o aumento das filas por leitos de UTI, mas as redes de saúde local têm sofrido para dar conta da demanda. Em regiões mais críticas, como Santa Catarina, pacientes morrem por falta de vaga e parte dos internados foi transferida para o Espírito Santo. Em seis Estados, a lista de espera por leitos de terapia intensiva tem 1.372 nomes.

Na Bahia, 337 pacientes aguardam vaga, segundo a Secretaria Estadual da Saúde. A situação não é muito diferente em Goiás, onde atualmente há 300 pacientes esperando vaga para o tratamento de Covid-19. No Estado, 15 hospitais públicos estão com as UTIs lotadas, e em nove unidades já faltam vagas até de enfermaria.

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No Rio Grande do Sul, onde 288 pacientes aguardam internação em UTI, houve alta de 183% no número de pacientes hospitalizados, ante o mesmo período do ano passado. Apesar de ter ampliado em 65% o número de leitos de terapia intensiva, isso não foi suficiente para dar conta da demanda.

"O aumento [de internações] foi muito abrupto. Não existe sistema que dê conta. É surpreendente pela forma como avança, de forma mais veloz e forte. É repentino, inesperado. Não tem nenhuma previsibilidade", avalia Bruno Naundorf, diretor do Departamento de Auditoria do SUS e membro do Comitê de Crise da Secretaria da Saúde gaúcha.

Especialistas dizem que a falta de coordenação nacional prejudica uma organização melhor do fluxo de leitos e parte deles vê o lockdown como saída necessária para frear o vírus e evitar o colapso em cascata dos hospitais. O presidente Jair Bolsonaro, porém, é forte opositor do fechamento do comércio. Nesta semana, ele chegou a falar em "frescura" e "mimimi" ao citar os riscos da covid.

Em Santa Catarina, a Secretaria de Saúde informa que 291 pessoas aguardam vagas para tratamento intensivo - metade na região de Chapecó. Na terça, ao menos 16 pacientes haviam morrido à espera de UTI no Estado. Para desafogar o sistema, o Estado passou a enviar doentes para o Espírito Santo desde quarta-feira, 3. A previsão inicial era de 15 transferências para hospitais capixabas, que também já receberam pacientes de Amazonas e Rondônia.

A rede rondoniense já opera com 100% da capacidade desde fevereiro e eram 86 à espera de vaga nesta sexta, 5. No Amazonas, a ocupação de leitos é de 86%, e Manaus tem os dois maiores hospitais da cidade sem vagas para novos pacientes. Apesar disso, o Estado permitiu esta semana a reabertura de academias e outros serviços não essenciais. Entre janeiro, quando os hospitais de Manaus entraram em colapso por falta de oxigênio, e fevereiro, o Amazonas transferiu 542 pacientes para outros Estados.

No Rio Grande do Norte, onde 70 pessoas esperavam vaga em UTI nesta sexta, a governadora Fátima Bezerra (PT) disse que a rede de saúde vive um "pré-colapso" e chorou em coletiva de imprensa para anunciar novas medidas restritivas.

Em Rio Branco, onde o tamanho da fila não foi divulgado, a professora universitária Maria José de Araújo, de 59 anos, espera há mais de três dias a liberação de UTI. Ela está internada e respira com ajuda de oxigênio no Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre, segundo o filho da paciente, Paulo Henrique Paiva.

"Estamos aqui desde a semana passada esperando uma alta, mas o quadro clínico dela só piora. Minha mãe entrou com 65% do pulmão atingido pelo vírus, chegou agora a 90%, e não regride, é incrível. Está no oxigênio há oito dias, e já tem três dias que aguardamos a liberação de um leito de UTI, mas eles dizem que não tem. Está regulada, mas dizem que tem quase 50 pessoas na fila, e ela é a [paciente número] 35", contou Paiva nesta sexta.

"Precisamos agir como cidadãos, e se preocupar com as nossas vidas, e com a vida daqueles que nós amamos. É preciso responsabilidade de todos", alertou o infectologista Eduardo Farias, que atua na linha de frente do Hospital de Campanha da capital acreana.

O Governo de Pernambuco alertou a população pelo agravamento da condição epidemiológica no estado. Nesta sexta-feira (5), a Administração revelou o aumento dos casos graves da Covid-19 e o disparo de pedidos por leitos. Ao todo, o estado totaliza 11.09 mortes em razão da infecção.

Entre os dias 21 e 27 de fevereiro, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em 14%. Com o avanço do vírus no estado, pela primeira vez no ano, a Central de Regulação de Leitos recebeu mais de 1.000 solicitações por vagas em uma semana. Os dados atualizados apontam a taxa de ocupação de 94% nas UTIs e 79% em enfermarias.

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Segundo a gestão, 1.074 pacientes com quadro respiratório grave precisaram de internamento. 619 em UTIs e 455 em leitos de enfermaria. A taxa equivale a um acréscimo de 17% nos pedidos por UTI em relação à semana anterior, que registrou 916 solicitações.

O crescimento entre as duas semanas foi de 24,7% e de 8,3% nos pedidos por vagas em enfermaria. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), até essa quinta (4), Pernambuco já confirmou 304.732 contaminações da doença, sendo 32.722 graves e 272.010 leves.

"O Governo de Pernambuco reconhece como grave a atual situação da pandemia em todo o país e afirma que é fundamental a colaboração da população no respeito às ações restritivas. Isso, aliado ao avanço da vacinação, será capaz de minimizar a aceleração da doença", publicou o Governo em sua página oficial do Instagram.

O prefeito de Gravatá, Padre Joselito anunciou a abertura de 10 leitos de UTI, no Hospital Dr. Paulo da Veiga Pessoa, para atender pacientes de Covid-19. A iniciativa conta com apoio do Governo e Pernambuco. A cidade é a segunda do Estado a contar com esse tipo de parceria para abrir leitos de terapia intensiva para atuar no enfrentamento ao novo coronavírus.

O anúncio foi feito durante visita técnica à unidade de saúde e contou com a presença do deputado Waldemar Borges (PSB). Para o parlamentar, a medida é uma resposta do governo ao enfrentamento da crise sanitária. “No momento que a pandemia se agrava, Gravatá dá essa resposta, instalando em seu hospital leitos de UTI”, disse o deputado.

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O governador do estado do Ceará, Camilo Santana, anunciou na última quarta-feira (3) a ampliação de leitos de UTI para tentar comportar a alta de casos de Covid-19. O gestor pretende fazer a contratação imediata de estrutura de cinco hospitais de campanha.

Para cada hospital serão adquiridos infraestrutura e equipamentos para 40 leitos, localizados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Messejana, Praia do Futuro, Juazeiro do Norte, Sobral e Quixeramobim.

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Atualmente o estado do Ceará conta com 2.326 leitos de enfermaria exclusivos para Covid-19 e 933 leitos de UTI adultos. Segundo o governador, a quantidade não é suficiente para atender à alta de casos da doença. O Governo do Ceará pretende chegar a um total de 3.674 leitos ainda neste mês de março.

“Essa nova variante é mais forte e mais contagiosa, mais agressiva e se propaga mais rapidamente. Estamos diante de um cenário muito preocupante, gravíssimo, mas temos procurado ampliar a rede de assistência médica em todo o Estado, e atualmente nós temos 3.269, entre leitos de enfermaria e UTI, praticamente todos lotados”, declarou Camilo Santana.

Medidas de Isolamento

O Ceará enfrenta um dos estágios mais críticos da pandemia, para tentar frear o aumento dos casos, na última quarta-feira (3) o governo decidiu implementar medidas mais restritivas de isolamento.

O decreto, válido a partir desta sexta-feira (5) até 18 de março, permite o funcionamento apenas de atividades econômicas consideradas essenciais no estado. 

“Diante da gravidade da pandemia, que chega a um dos momentos mais críticos, precisamos proteger a vida dos cearenses… O crescimento de casos tem ocorrido numa velocidade muito grande, acima do processo de abertura de novos leitos, tanto da rede pública quanto na rede privada”, afirmou o governador do estado em live na última quarta-feira (3).

Quando achava que não sairia vivo da UTI Covid do Hospital Regional Norte, em Sobral (CE), o técnico de enfermagem Francisco Carlos Henrique Mesquita Fernandes, de 28 anos, recebeu um inusitado sopro de vida: um pedido de casamento. A proposta partiu da enfermeira Dayse Rodrigues Carneiro, de 32, colega de trabalho e com quem ele divide o lar há 11 anos. "No pior momento por que já passei, aconteceu a melhor coisa da minha vida. Aquele pedido me deu força para não me entregar", contou Fernandes.

O pedido aconteceu no dia 16 de fevereiro, com direito a troca de alianças de noivado, testemunhado pela equipe médica do hospital. "Era um sonho que a gente não tinha realizado por razões que agora parecem insignificantes, como não ter estabilidade financeira naquele momento. Quando ela me pediu, chorei muito, mas ao mesmo tempo juntei energia e pensei: agora tenho que sair desta." Dayse e Fernandes trabalham na linha de frente, atendendo pacientes com covid-19 no hospital do governo do Ceará.

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O rapaz acredita que se infectou durante o trabalho, embora sempre tenha tomado todos os cuidados. Os dois tinham se conhecido pelas redes sociais e a atuação na mesma área, da saúde, os aproximou. "Era meu aniversário e ele quis me conhecer", conta Dayse. "Nós já vínhamos de outros relacionamentos, tínhamos dois filhos, então passamos a morar juntos e tivemos outros dois, mas o casamento não era uma coisa que eu desejasse naquele momento." Em 2020, com a pandemia, o casal foi convocado para trabalhar na linha de frente, no Regional.

No dia 8 último, após um plantão, Fernandes reclamou de dor lombar e no tórax. "Como trabalhamos no meio da covid, recomendei que ele fizesse o teste. Deu positivo, ele se afastou, mas como estava bem em casa, continuei minha rotina de trabalho", contou Dayse. No dia 14, quando ela cumpria um plantão de 36 horas, ele ligou durante a madrugada. "Ele estava abatido, chorava muito de dor. Saí do plantão e fomos para o médico, que recomendou internação." A equipe médica e colegas da enfermeira não esconderam dela que o caso era grave.

Dayse se acostumara a ver pacientes saindo sem vida da UTI e imaginou o pior. "Chorando, tomei a decisão. Comprei as alianças, uma rosa surpresa e fui para o hospital. A UTI é um local conturbado, mas eu não tinha escolha. Achei que aquele era o momento certo. Dei fones de ouvido, um presente que ele queria, a flor, as alianças e perguntei: quer casar comigo? Ele disse ‘sim’ com a voz muito fraca e chorou." Fernandes deixou o hospital após quatro dias de UTI e, nesta quinta-feira, 25, voltou a trabalhar.

Ele disse que a equipe médica pesquisa se ele pegou uma variante do novo coronavírus. "Sou jovem, tenho um físico bom e não tenho comorbidade, mas a doença me pegou com muita força, de uma forma atípica. Tive oito horas seguidas de febre alta. Foi complicado, pois acompanhei casos de pacientes com sintomas iguais aos meus que foram a óbito." O casal, agora, pretende oficializar o noivado em uma festa restrita à família. "Somos muito apegados aos nossos familiares, que moram próximos de nós, e a gente pensa em fazer uma cerimônia de noivado com eles, junto com nossos filhos. O casamento vai acontecer quando a situação da pandemia melhorar", disse Dayse.

Com a capacidade de atendimento aos pacientes da Covid-19 limitada, o Hospital de Retaguarda de Cascavel, no Oeste do Paraná, recebeu nove bombas de infusão emprestadas pelo zoológico municipal. Todas as regiões do estado já ultrapassam a taxa de ocupação de 90%, considerado o recorde na pandemia.

Com o índice de 98% de ocupação nos leitos de UTI destinados a adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) de Cascavel, a unidade fez a solicitação junto ao zoológico e recebeu o equipamento nesse domingo (28). As bombas já estão sendo utilizadas, informa a Prefeitura.

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"A indústria nos deu um prazo mínimo de 15 dias para entregar as bombas de infusão. Não podemos esperar e não tenho mais como pegar dos hospitais, eles também precisam", alertou diretor-geral do Hospital de Retaguarda, Lísias Tomé.

Ele também ressalta que, embora de uso veterinário, as bombas de infusão podem auxiliar no tratamento humano. Ambas possuem mesmo sistema para aplicação de medicamentos, indica o diretor, que não descarta a possibilidade de solicitar os ventiladores do zoológico, segundo o G1.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) calcula que, na soma das redes pública e privada, 3.587 pessoas estão internadas por Covid-19 ou suspeita no Paraná.

Em Atenas, na Grécia, as autoridades de saúde anunciaram que 70 unidades de terapia intensiva especializadas serão adicionadas aos hospitais de Atenas, visto que as altas taxas de hospitalização quase preencheram as disponíveis.

A área de Atenas, juntamente com várias outras em todo o país, está fechada até 8 de março, com a maioria das lojas sem funcionamento, escolas operando com ensino à distância e toque de recolher às 21h. Muitos especialistas discutem estender a medida por pelo menos mais uma semana.

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Neste domingo, as autoridades anunciaram 1.269 novos casos de Covid-19, juntamente com 36 mortes.

Com isso, o número de casos confirmados desde o início da pandemia chega a 191.100, com 6.504 mortes. Existem 391 pacientes em ventiladores em UTI, número próximo a um recorde.

*Com informações da Associated Press (AP)

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber concedeu neste sábado, 27, uma liminar em ação ajuizada pela Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP) contra o governo federal para a retomada do custeio de 3.258 leitos de UTI destinados a pacientes com covid-19 em São Paulo.

A pedido do Governador João Doria, a PGE havia ingressado com ação no dia 10 de fevereiro solicitando a manutenção do repasse que deixou de ser feito pelo Ministério da Saúde a partir de 2021. A PGE ingressou com a ação com base no argumento principal de que "compete à União promover e planejar em caráter permanente e zelar pela saúde de todos os brasileiros". A decisão da ministra Rosa Weber, em caráter liminar, deve ser cumprida de forma imediata.

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De acordo com nota divulgada pelo governo de SP, em dezembro, o Ministério da Saúde pagava 3.822 leitos de UTI em São Paulo, mas passou a subsidiar o funcionamento de somente 564 leitos neste ano. O custo diário de uma UTI covid é de R$ 1,6 mil.

Para a Procuradoria Geral do Estado, a decisão do STF "é uma grande vitória para o Estado de São Paulo porque traz luz à gestão sanitária em um momento de severo aumento de internações."

No último sábado, o estado de São Paulo chegou ao número de 7.011 pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com covid-19.

O Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, localizado no bairro da Estância, ativou, neste sábado (27), mais 20 leitos de UTI para reforçar a rede estadual de combate à Covid-19. Com isso, a unidade soma 30 vagas já disponibilizadas para receber pacientes com sintomas ou diagnóstico do novo coronavírus. Outras 10 vagas de terapia intensiva devem ser colocadas à disposição da população nos próximos dias. A expectativa é disponibilizar, já nas próximas semanas, até 80 leitos para a Central de Regulação do Estado.

Para atender a população pernambucana, essa nova estrutura conta com cerca de 110 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, farmacêuticos, auxiliares de farmácia, fonoaudiólogos, nutricionistas, copeiros, terapeutas ocupacionais, psicólogos e assistentes sociais.

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“Fizemos um importante esforço para reforçar nossa equipe interdisciplinar, pois os pacientes diagnosticados com a Covid-19 demandam uma atenção diferenciada. Além disso, redobramos os cuidados com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em relação aos nossos profissionais, que passaram por uma série de capacitações e têm recebido orientações diárias da nossa Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Dessa forma, conseguimos disponibilizar esses leitos e manter nosso ambulatório funcionando de forma plena e segura para os recifenses”, explicou o diretor do Hospital Eduardo Campos da Pessoa idosa, Fernando Figueira.

Além dos novos 20 leitos de UTI na unidade da capital, a rede estadual de saúde ainda passou a contar neste final de semana com outras 2 vagas de terapia intensiva no Hospital Rui de Barros Correia, localizado em Arcoverde. A unidade do sertão do Estado conta agora com 10 leitos de UTI para pacientes com a Covid-19.

"Pernambuco tem procurado responder à altura desta maior crise sanitária dos últimos 100 anos com a maior mobilização de equipamentos, insumos e recursos humanos de nossa história, sob a coordenação do Gabinete de Enfrentamento que é liderado pelo governador Paulo Câmara. Graças aos esforços da gestão estadual, nosso Estado conta com a maior rede pública dedicada aos pacientes com o novo coronavírus do Norte/Nordeste e a 2a maior do Brasil e vamos continuar trabalhando neste desafio operacional para abertura de novos leitos. Mas precisamos contar com o apoio da população pernambucana para que possamos superar este momento de dificuldade. Neste momento, as medidas de proteção contra o vírus continuam as mesmas o essencial  ainda é respeitar o distanciamento social, evitando aglomerações, usar a máscara corretamente, cobrindo boca e nariz, e a lavagem frequente das mãos com água e sabão, ou álcool em gel", ressaltou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

*Da Imprensa do Governo de PE

O Estado de São Paulo atingiu na tarde deste sábado, 27, taxa de 71,1% de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva, com 7.011 pacientes internados com covid-19, informou o governo estadual em boletim diário.

Ao todo, no Estado, 15.517 pessoas estão internadas em decorrência da doença, sendo 8.506 em leitos de enfermaria, o que representa 52,3% de ocupação. Na Grande São Paulo, a taxa de ocupação de UTI é de 71,6% e de enfermaria, de 58,3%

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Neste sábado, o Estado ultrapassou 2 milhões de casos da doença, com 2.037.267 infectados desde o início da pandemia. O número de mortes por covid-19 em São Paulo é de 59.428 e o de recuperados 1.805.549. Do total de recuperados, 201.172 foram internados.

De acordo com o boletim, hoje, os 645 municípios do Estado têm pelo menos uma pessoa infectada, sendo 627 com um ou mais óbitos.

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