Tópicos | violência contra a mulher

As diversas formas de violência contra as mulheres, especialmente as negras, ainda são uma realidade que precisa ser modificada no Brasil. Essa percepção foi evidenciada em mais um debate promovido pela Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, nesta quarta-feira (20). A exploração sexual, a falta de proteção social e a opressão feminina por práticas machistas foram algumas das expressões da violência abordadas nas discussões.

A presidente do colegiado, senadora Zenaide Maia (Pros-RN), ressaltou que o tema é atual e merece ser destacado especialmente neste 20 de novembro, em que se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra. Ela destacou que os índices de violência contra a mulher negra aumentaram no Brasil, especialmente na primeira década de vigência da Lei Maria da Penha. Para a parlamentar, é inaceitável que questões como raça interfiram nos registros.

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Ao estimular as mulheres a se unirem para mudar esse quadro, Zenaide aconselhou, por exemplo, que elas busquem independência financeira e envolvimento em áreas culturalmente ocupadas pelos homens. "O racismo é também estrutural e está na raiz de muitas violências contra a mulher. Mulheres negras do País, minha solidariedade. Mulheres do Brasil, vamos participar da política, sim."

Autora do requerimento para a audiência pública, a deputada Luizianne Lins (PT-CE) afirmou que a agressão contra a mulher não deve ser combatida apenas pontualmente. Ela comentou que as razões da violência vão além da questão de gênero, estando também associadas ao patriarcado, ao capitalismo e ao racismo. A parlamentar defendeu o envolvimento das universidades na discussão e argumentou que é preciso conhecer as bases dessa postura agressiva, a fim de combater a violência estrutural que perdura no País.

"É importante que esse debate esteja ocorrendo hoje, que é um dia de luta e reflexão. Dia de dar um basta, porque a violência estrutural contra a mulher precisa de mecanismos de desconstrução", declarou.

Estudos

Professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Milena Fernandes Barroso alertou que as políticas para as mulheres têm sofrido retrocessos, com diversas formas de exploração e opressão feminina aumentando. Ela é autora da pesquisa "O começo do fim do mundo: a violência contra as mulheres e a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte".

"Além de estar em casa, na rua, na escola, nos bares, a violência atinge amigos, pais, mães, filhos, companheiros, camaradas, patrões, conhecidos e desconhecidos. E não se trata de um resultado de comportamento impróprio, lugar inseguro ou alguém suspeito", apontou. "É estrutural, até que sejam construídas as condições de sua autoextinção."

Professora da Universidade de Brasília (UnB) e autora da pesquisa "O que se faz quando há violência? A política de assistência social no combate à violência intrafamiliar", Priscilla Maia de Andrade chamou atenção para o fato de que, de todos os componentes das famílias, as mulheres são sempre as mais vitimadas, até mesmo quando comparadas às crianças. São cidadãs abusadas física, psicológica e sexualmente dentro da própria casa, segundo a debatedora.

"Desde muito cedo, a violência acomete mais as meninas e mulheres. A vida delas é marcada, contraditoriamente, no lugar onde deveria ser lugar de refúgio", salientou.

Autora da tese "Pequena memória para um tempo sem memória: violências e resistências entre mulheres do serviço social na ditadura civil-militar de 1964-1985", a professora da UnB Maria Elaene Rodrigues Alves ressaltou a violência sofrida pelas mulheres durante aquele período. De acordo com a docente, medidas de combate a essa prática perpassam por políticas orçamentárias e devem envolver o fortalecimento de campanhas, ações sociais, denúncias e movimento da classe junto aos parlamentares, levando-os a se comprometerem com o assunto.

Requerimentos

Após a audiência pública desta quarta-feira, a comissão mista aprovou requerimentos. Um deles para a realização de debate sobre casos de violência política contra mulheres, de forma a aumentar a ocupação dos espaços de poder e representação. O pedido foi assinado pela deputada Áurea Carolina (Psol-MG).

Outro requerimento, da senadora Zenaide Maia, trata de parceria do colegiado com o jornal Correio Braziliense para desenvolvimento de ações de promoção de equidade e participação no “Colóquio sobre violência de gênero e mídias”.

* Da Redação - MO

Com informações da Agência Senado

 

Milhares de mulheres morrem a cada ano no mundo pelo simples fato de serem mulheres. Em 2017, o número de vítimas alcançou 90.000. É uma praga que afeta sem distinção países ricos e pobres, em guerra, ou em paz.Várias nações adotaram leis para combater o flagelo, como diversos países da América Latina, berço das primeiras legislações sobre feminicídios. Outros, como a França, começam a tomar consciências sobre o problema.

Uma mulher morre a cada três dias na França por ação de seu companheiro, ou ex-companheiro, e a violência matrimonial afeta anualmente 220.000 francesas.

"Nosso sistema não está funcionando para proteger estas mulheres", admite a ministra da Justiça, Nicole Belloubet.

Os crimes são estarrecedores. Em 22 de abril, uma embarcação encontrou o corpo de uma mulher dentro de uma mala flutuando no rio Oise, em Neuville, ao norte de Paris. Era o cadáver de Marie-Alice, de 53 anos, uma consultora que os investigadores acreditam ter sido assassinada por seu parceiro, que escondeu o corpo com a ajuda de seu filho.

Marie-Alice é uma das 115 mulheres assassinadas na França no decorrer do ano pelo companheiro, ou ex-companheiro, de acordo com uma investigação da AFP. Em 2018, o número de vítimas chegou a 121.

No planeta, a Ásia lidera a triste lista de mulheres assassinadas (20.000) por seus parceiros, ou familiares, em 2017, seguida pelo continente africano (19.000), América do Norte, Central e do Sul (8.000), Europa (3.000) e Oceania (300), de acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

Mas é na África (África do Sul, Senegal, República Democrática do Congo, entre outros) que as mulheres "correm mais risco de assassinato por seu companheiro ou um integrante de sua família" (69%), de acordo com a ONU.

Em 2017, El Salvador registrou uma das piores situações no planeta em termos de feminicídio, com 13,9 mulheres mortas a cada 100.000, de acordo com o UNODC. Em seguida, aparecem Jamaica (11 a cada 100.000), República Centro-Africana (10,4 - estatística de 2016), África do Sul (9,1 - dados de 2011) e Honduras (8,4 - 2017).

Das quase 90.000 vítimas de 2017, 57% (50.000) morreram em ações de "seus companheiros, ou de membros da família", destaca o UNODC. Um terço (30.000) destas mulheres foram assassinadas pelo ex-cônjuge, ou atual parceiro, "alguém em quem normalmente deveriam confiar".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou no final de 2017 o dado: 38% dos assassinatos de mulheres foram cometidos por seu parceiro.

"Estes crimes não são geralmente consequência de atos espontâneos, ou isolados, e sim de um acúmulo de violência relacionada com o gênero, com um caráter possessivo, de ciúme e medo do abandono".

- Países citados como exemplos de luta -

A Espanha é citada com frequência como um dos países que mais se esforçam contra este flagelo desde o início dos anos 2000. Entre as medidas adotadas estão uma lei pioneira, a criação de tribunais especializados e a introdução de pulseiras que impedem a aproximação do agressor da mulher que é assediada.

Em 2018, 50 mulheres foram assassinadas e, desde o início de 2019, foram registrados 51 casos. Em 2003, o número de vítimas foi de 71.

Para várias associações, os números ainda são muito elevados. As organizações temem que o avanço da extrema direita no país provoque um retrocesso na luta contra a violência de gênero.

A América Latina é outra pioneira na legislação contra o feminicídio. O primeiro instrumento jurídico consagrado de fato à violência contra as mulheres é a Convenção Interamericana de Belém do Pará, assinada em 1994.

O Canadá, por exemplo, estabeleceu planos de ação contra a violência sofrida pelas mulheres em dez províncias.

Entre os destaques estão o treinamento de policiais, advogados e juízes, o que ajuda na compreensão das vítimas e na detecção dos riscos, segundo a Federação de Abrigos para Mulheres.

Apesar das medidas, a cada seis dias, uma mulher é assassinada por seu cônjuge no Canadá. As mulheres indígenas correm um risco seis vezes maior do que as outras.

- A tragédia dos crimes de honra -

Dos 5.000 "crimes de honra" anuais, geralmente cometidos por pessoas em nome da defesa das tradições e com frequência em zonas rurais conservadoras, quase 1.000 são cometidos na Índia.

No início de novembro, um jovem casal de 29 anos - casado há três anos sem o consentimento de suas famílias - foi apedrejado até a morte no sul da Índia por parentes da esposa, contrários ao matrimônio com um homem supostamente de uma casta inferior.

No Paquistão, centenas de mulheres acusadas de prejudicar a honra da família são mortas a cada ano por parentes, com frequência em circunstâncias extremamente violentas.

No Afeganistão, país profundamente patriarcal, um estudo oficial menciona 243 casos de crimes de honra entre abril de 2011 e agosto de 2013.

Os feminicídios relacionados aos conflitos sobre os dotes das famílias também são numerosos na Ásia, sobretudo, na Índia e Nepal.

Nos conflitos, o estupro das mulheres continua sendo usado como "arma de guerra" para aterrorizar a população civil.

Em 2014, segundo a ONU, o grupo extremista Estado Islâmico (EI) executou no Iraque um potencial genocídio de yazidis e transformou milhares de mulheres desta minoria em escravas sexuais.

Mais de 6.400 yazidis foram sequestrados e apenas 3.300 - sobretudo mulheres e crianças - foram resgatados, ou conseguiram fugir. Mais de 70 valas comuns foram identificadas, e os restos mortais de dezenas de vítimas, exumados.

Ela se tornou alvo de chacota após declarações polêmicas, mas Damares Alves, uma das únicas duas mulheres ministras do governo de Jair Bolsonaro, tem uma convicção: seu presidente faz um ótimo trabalho para o Brasil.

A pessoa não estende a mão à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos para cumprimentá-la. A pastora evangélica levanta os braços para o céu antes de abraçar você.

"Terrivelmente cristã", ferozmente hostil ao aborto "mesmo em caso de estupro" e às ativistas feministas, esta ultraconservadora está em uma cruzada este mês contra a violência contra as mulheres, à frente de um ministério muito amplo.

"O Brasil é o quinto país do mundo que mais mata mulheres", diz Damares em entrevista à AFP.

Muitos a criticaram por um programa para treinar quatro milhões de "manicures, cabeleireiras" e funcionárias de academias para identificar "mulheres que mostram sinais de depressão, tristeza, ou marcas de agressões no corpo".

"Trabalho muito e durmo quatro horas por noite", diz a enérgica mulher de 55 anos, advogada de formação, "com um limão podemos fazer uma limonada".

Pena que "a imprensa às vezes tenha tirado frases fora de contexto para (me) desacreditar", lamenta.

Sua recomendação para que "meninos vistam azul, e meninas, rosa" virou motivo de chacota nas redes sociais e fez com que em várias partes do Brasil homens vestissem rosa, e mulheres, azul.

"Eu disse isso para fortalecer a família, sem ideologia", assegura a ministra, "exatamente como o presidente Bolsonaro prometeu durante sua campanha".

Do mesmo modo, "a imprensa riu de mim quando disse que tinha visto Jesus em um pé de goiaba. Eu estava falando em minha igreja, era uma conversa minha, com meu público de fé. Eu tinha 10 anos de idade e estava triste, porque aos seis anos de idade fui barbaramente estuprada (...) E eu estava em cima de um pé de goiaba, porque eu queria morrer", explica a ministra.

Agora, "a imprensa começou a entender que eu não sou a louca desqualificada desvairada". O Brasil "é o pior país da América Latina para se nascer. Vamos cuidar das meninas".

- "Crucifixo na vagina" -

Mas Damares Alves detesta as "feministas feias", que "lideram sua luta introduzindo um crucifixo na vagina", ou "se masturbando com imagens da Igreja".

"O movimento feminista no Brasil deve ser capaz de dialogar", diz ela.

É também o diálogo que ela defende com os indígenas, que, segundo Jair Bolsonaro, vivem confinados em reservas "como animais em zoológicos" e sonham em "evoluir".

A ministra usa uma pulseira étnica cintilante, e seu escritório é decorado com um cocar tradicional. Mas, acima de tudo, no saguão, Kayutiti Lulu Kamayura, sua filha indígena de 21 anos adotada quando pequena, espera a mãe que ainda trabalha tarde da noite.

"Minha família sou eu e uma menina indígena!", lança com um grande sorriso essa mulher divorciada.

"Não existe nenhum direito indígena sendo violado no Brasil", garante ela, apesar das crescentes reclamações, principalmente da Amazônia, sobre invasões de terras ancestrais e assassinatos daqueles que as defendem.

"Estamos levando saúde e desenvolvimento para os índios".

"Não queremos mais instituições entre nós e os índios", afirma, depois de criticar a Funai, órgão público que protege seus direitos. "Eles não são índios, são seres humanos", exclama.

- "Meu termômetro é a rua" -

Graças ao presidente Bolsonaro, "nunca falamos tanto sobre direitos humanos como hoje", assegura Damares, para quem "o Brasil é um país democrático".

E, antes de denunciar um "estreitamento do espaço democrático", a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, "deveria ter nos telefonado, porque assim teríamos nos explicado".

Damares Alves se diz satisfeita com o governo, incorporando plenamente o bolsonarismo.

Sobre o índice de popularidade de Jair Bolsonaro que tem caído depois de apenas dez meses no poder, Damares garante: "Meu termômetro é a rua, o povo. As pessoas querem abraçar, querem tirar fotos, querem beijar. Nós viramos celebridades! Não vejo queda de popularidade, vejo um povo apaixonado pelo seu líder", insiste ela, que conhece Bolsonaro há 22 anos por ter sido durante anos assistente parlamentar, incluindo do pastor Magno Malta.

"Na intimidade, é um homem honesto, generoso, sincero e apaixonado pelo Brasil". E "de jeito nenhum" machista.

"E eu conheço o coração desse homem, o presidente Bolsonaro tem um coração extremamente generoso", assegura, contando que, "todas as vezes que eu levava uma criança indígena para mostrar para ele, ele chorou. Cada história que ele soube de uma mulher que tinha sido estuprada, ele chorou".

Damares Alves vê a vida em rosa: "Vamos ser uma nação feliz, é possível".

Uma ação da Polícia Civil de São Paulo realizada na última quarta-feira (23) deteve 68 homens acusados de praticar crimes contra mulheres na capital e região metropolitana. As prisões são resultado da operação "Outubro Rosa" que, em sua primeira fase, cumpriu 55 dos 90 mandados de prisão já expedidos pela Justiça do estado paulista. Dentre os delitos estão violência psicológica e física, tortura e não pagamento de pensão alimentícia.

Em entrevista coletiva, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), delegado Albano David Fernandes, ressaltou que, apesar do sucesso da ação, é necessário cautela em investigações como essas. "São diligências que requerem mais cuidado. É feito todo um levantamento de inteligência antes da ação porque precisamos saber com quem estamos lidando", comentou Fernandes. Entre os presos está um homem de 31 anos, acusado de agressão e tortura contra sua companheira no último dia 14 de outubro.

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Do início de janeiro a setembro de 2019, as Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo prenderam 24 homens em flagrante por feminicídio e 707 suspeitos de cometer outros crimes. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP/SP), foram registradas 20.862 ocorrências policiais e 8.112 inquéritos foram abertos para investigação.

Conteúdos de prevenção à violência contra a mulher como a Lei Maria da Penha poderão ser incluídos no currículo escolar da educação básica. É o que prevê Projeto de Lei (PL) 1.909/19, aprovado nesta quinta-feira (26) pela Comissão de Direitos Humanos (CDH). A proposta segue para a Comissão de Educação (CE).

Apresentado pela senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), o texto altera a Lei 9.394 de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir conteúdos relativos à prevenção da violência contra a mulher como temas transversais. O texto também adiciona o tema dos direitos humanos no rol dos componentes curriculares obrigatórios da educação básica. A senadora destaca o papel da educação na construção de saberes voltados ao desenvolvimento de atitudes de respeito aos direitos humanos e à formação das novas gerações para o reconhecimento da igualdade de gênero como pedra angular dos relacionamentos afetivos.

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Relatora na CDH, a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), observou que a educação básica deve ser um canal de conscientização das novas gerações sobre os direitos humanos e, em particular, de disseminação de conteúdos voltados à prevenção de todas as formas de violência contra a mulher.

A senadora informou que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) já prevê a abordagem transversal de conteúdos ligados à prevenção da violência contra a criança e o adolescente. “O projeto apenas acrescenta a essa abordagem os conteúdos amparados na Lei Maria da Penha, marco do combate à violência contra a mulher”, disse.

*Da Agência Senado

 

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, anunciou nesta sexta-feira (13) o fechamento de uma parceria com a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), para a implantação dos programas ‘Qualifica’ e ‘Salve uma mulher’, de iniciativa do Governo Federal, que visam a prevenção e o enfrentamento à violência contra o gênero.

De acordo com a Secretaria Nacional de Política para as Mulheres, o ‘Qualifica’ pretende capacitar profissionalmente as mulheres vítimas de violência no intuito que elas deixem, por exemplo, de depender dos seus agressores. Já o ‘Salve uma mulher’ deve orientar profissionais de diversas áreas, como salões de beleza e academias, para a identificação da violência e orientação posterior a agressão.  

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As duas iniciativas devem funcionar no Espaço da Mulher, um equipamento já montado no primeiro andar do Mercado das Mangueiras com capacidade para o atendimento de cerca de 300 mulheres. O local, apresentado à ministra, tem maquinário para capacitação profissional em diversos setores.

Em visita ao município, na manhã de hoje, Damares Alves disse que a cidade será “piloto” para os projetos na região Nordeste. O município é governado pelo prefeito Anderson Ferreira (PR), evangélico e alinhado com algumas pautas do governo Jair Bolsonaro (PSL). 

“A ideia é de que no Nordeste o lançamento do programa aconteça aqui, então viemos para ver a parte técnica, conhecer o espaço e fazer o anúncio oficial à sociedade de que em, no máximo, dois meses esses programas estarão em funcionamento no município”, disse a ministra, após uma conversa a portas fechadas com o prefeito. 

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Critérios de escolha

Indagada sobre quais os critérios para a escolha da cidade como local para o que ela mesma chamou de “case de sucesso”, a auxiliar do presidente Jair Bolsonaro deixou claro que o alinhamento de Anderson, a quem se referiu como "prefeito amigo",  pesou.  

“Por ser uma cidade que a gente observa a forma da gestão, uma gestão participativa. Conhecemos o prefeito pessoalmente, sabemos do seu compromisso com o fortalecimento de família, seu compromisso lá atrás na defesa da mulher e muitas iniciativas que ele fez como parlamentar. Vamos fortalecer o que já está acontecendo aqui”, disse. 

Anderson Ferreira foi deputado federal e autor, por exemplo, de um projeto que estabelecia o chamado Estatuto da Família e definia como "entidade familiar como o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher”. Texto foi apresentado em 2014 e gerou discussões polêmicas durante a sua tramitação em 2015

Após detalhar os critérios de escolha, a ministra foi questionada se não houve articulações com a prefeitura do Recife, por exemplo, para a implantação das iniciativas na capital, uma vez que o prefeito, Geraldo Julio (PSB), vem sendo um crítico ferrenho do governo Bolsonaro.

“Esta prefeitura [de Jaboatão dos Guararapes] nos procurou, sentamos com esta prefeitura aqui porque ela ousou em nos procurar antes, desde o início da nossa gestão. E aqui falo não é só esse projeto não. Ele foi antes, se antecipou e atendemos”, observou Damares, que reforçou, logo em seguida, não ter sido contactada pela prefeitura do Recife. “Nosso ministério ainda não [foi procurado]”, asseverou. 

Segundo Anderson Ferreira, "Jaboatão saiu na frente". O LeiaJá procurou a gestão recifense para comentar o assunto, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.

Trabalhar fora e ter independência financeira não é garantia de proteção às mulheres contra a violência doméstica. É o que aponta um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta segunda-feira (19). De acordo com os dados levantados, o índice de violência contra mulheres que integram a população economicamente ativa (52,2%) é praticamente o dobro do registrado pelas que não compõem o mercado de trabalho (24,9%).

“Uma possível explicação é que, pelo menos para um conjunto de casais, o aumento da participação feminina na renda familiar eleva o poder de barganha das mulheres, reduzindo a probabilidade de sofrerem violência conjugal. Em muitos casos, porém, a presença feminina no mercado de trabalho – por contrariar o papel devido à mesma dentro de valores patriarcais – faz aumentar as tensões entre o casal, o que resulta em casos de agressões e no fim da união”, destacou o Ipea.

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“Uma das conclusões é que o empoderamento econômico da mulher, a partir do trabalho fora de casa e da diminuição das discrepâncias salariais, não se mostra suficiente para superar a desigualdade de gênero geradora de violência no Brasil”.

De acordo com o estudo, outras políticas públicas se fazem necessárias "como o investimento em produção e consolidação de bases de dados qualificados sobre a questão, o aperfeiçoamento da Lei Maria da Penha e intervenções no campo educacional para maior conscientização e respeito às diferenças de gênero”.

Conforme o estudo do Ipea, o índice de violência doméstica com vítimas femininas é três vezes maior que o registrado com homens. Os dados avaliados na pesquisa mostram também que, em 43,1% dos casos, a violência ocorre tipicamente na residência da mulher, e em 36,7% dos casos a agressão se dá em vias públicas.

“Na relação entre a vítima e o perpetrador, 32,2% dos atos são realizados por pessoas conhecidas, 29,1% por pessoa desconhecida e 25,9% pelo cônjuge ou ex-cônjuge. Com relação à procura pela polícia após a agressão, muitas mulheres não fazem a denúncia por medo de retaliação ou impunidade: 22,1% delas recorrem à polícia, enquanto 20,8% não registram queixa”, apontou o trabalho do Ipea.

O conteúdo completo da pesquisa, elaborada por Daniel Cerqueira, Rodrigo Moura e Wânia Pasinato, pode ser acessado na página do Ipea na internet.

 

O deputado estadual Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB) foi alvo de uma denúncia de violência doméstica. Um inquérito policial contra ele foi instaurado nesta segunda-feira (24). Em nota enviada à imprensa, o parlamentar nega as acusações e afirma que apenas saiu de casa, após ser agredido verbalmente pela sua companheira.

Segundo informações da Polícia Civil de Pernambuco, foi registrada uma ocorrência de "Vias de fato por violência doméstica/familiar". Sendo assim, foi instaurado um inquérito policial para apurar a extensão do fato. A vítima não foi identificada para ter sua identidade e segurança preservadas.

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O comunicado de Marco Aurélio Meu Amigo, diz ainda que o deputado afirma ter sido "surpreendido" pela acusação da companheira e que quer deixar claro seu total apoio a Lei Maria da Penha. Confira a nota na íntegra:

NOTA

Hoje à tarde fui surpreendido pela imprensa por declarações da minha ex-companheira que haveria procurado a delegacia da mulher apesar da mesma numa entrevista dada a TV CLUBE afirmar: “eu não tenho marcas, possa ser que apareça depois, mas agora não tenho“.

Em respeito aos meus eleitores e a sociedade pernambucana venho esclarecer o seguinte :

Na noite de ontem, após chegar da Igreja tive uma discussão com minha então companheira de 3 anos, Elizabeth e resolvi encerrar o relacionamento, saindo de casa após ser agredido verbalmente pela mesma.

Essas discussões vêm há algum tempo ocorrendo e eu sempre alertando a mesma para que encontrasse um ponto de equilíbrio.

Infelizmente, domingo à noite encerrei a relação.

Ao sair de casa deixei claro que aquela era nossa última vez juntos e que hoje meu advogado iria contatá-la para que na terça fossem tomadas as medidas jurídicas.

Para encerrar quero deixar claro o meu total apoio a Lei Maria da Penha. Atitudes iguais às que estou passando servem como desserviço à todas mulheres que sofrem violência doméstica e familiar.

Assim foi que aconteceu os fatos.

Quem me conhece sabe quem eu sou.

Tenho duas ex mulheres e uma filha.

Atenciosamente,

Marco Aurélio 

DEP ESTADUAL

O deputado estadual Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB) vai ser investigado pela denúncia de violência doméstica. Um inquérito policial contra o parlamentar foi instaurado nesta segunda (24).

Segundo informações da Polícia Civil de Pernambuco, foi registrada uma ocorrência de "Vias de fato por violência doméstica/familiar" acusando o deputado Marco Aurélio Meu Amigo. Sendo assim, foi instaurado um inquérito policial para apurar a extensão do fato. A vítima não foi identificada para ter sua identidade e segurança preservadas.

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No entanto, de acordo com o Portal G1, a denunciante seria a esposa do deputado. Em entrevista ao mesmo veículo, ela relatou diversos momentos de violência durante o casamento. "Estamos juntos há três anos e, nesse período, eu contabilizei dez agressões físicas. As psicológicas são incontáveis". O Boletim de Ocorrência foi registrado na Delegacia da Mulher, no bairro de Santo Amaro, região central do Recife.

Confira, na íntegra, nota oficial da Polícia Civil

A Polícia Civil informa que registrou uma ocorrência de Vias de fato por violência doméstica/familiar e instaurou um inquérito policial para apurar toda a extensão do fato narrado pela vítima. Maiores informações não podem ser repassadas para preservar a identidade da mesma e sua segurança.

Um homem agrediu a namorada em um bar na Vila da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro. A violência foi registrada pela câmera de segurança do estabelecimento.

Na imagem, é possível visualizar o momento em que o agressor, identificado como Fernando Moreira do Espírito Santo, dá tapas e um chute na mulher, que cai ao chão. O caso aconteceu na noite da última terça-feira (23).

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O vídeo que circula nas redes tem início no momento em que o casal aparenta estar pagando a conta do bar. Mais de uma vez a mulher tenta pegar algo da mão de Fernando, que a impede. Eles se levantam da mesa e a mulher dá um tapa e um empurrão no namorado, que responde com agressões muito mais fortes.

Alguns clientes do bar afastam o agressor da vítima. Fernando continua mostrando sinais de agressividade ao longo do vídeo. Segundo o G1, a polícia foi acionada e o agressor foi preso em flagrante por lesão corporal grave. Confira a gravação:

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Somente 30 dos 645 municípios paulistas contam com abrigos sigilosos para mulheres vítimas de violência que são perseguidas por ex-companheiros ou que possuem medidas protetivas. Esse número corresponde a 4,6% das cidades, conforme revela o levantamento realizado pelo Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres da Defensoria Pública de São Paulo.

As informações foram levantadas com base nas respostas a ofícios enviados às prefeituras dos 43 municípios onde a Defensoria Pública atua. Das cidades questionadas, 20 responderam que têm abrigos sigilosos para mulheres. A Defensoria afirma que dois municípios informaram que possuem consórcios intermunicipais, contabilizando um fluxo de atendimento que ampara a população feminina de 30 cidades.

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Os abrigos sigilosos são locais de segurança emergencial para mulheres em vítimas de violência e seus filhos. Essas instalações também têm o intuito de resgatar a autoestima e empoderar essas mulheres, conforme prevê a Lei Maria da Penha (11.340/06).

A Defensoria afirmou que em cidades onde não há abrigo para as mulheres, as vítimas são encaminhadas para outros locais públicos, como centros de atendimento e acolhimento, em que cada situação é analisada. A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social informou em comunicado que em todo o estado paulista existem 295 centros desse tipo, além de outros serviços municipais de apoio, orientação e atendimento especializado às vítimas de violência. Em 2018, foram acolhidas 224 mulheres e seus filhos.

As vítimas são acompanhadas por uma equipe composta por assistente social, psicólogo e advogado, que também fazem o encaminhamento para outros serviços quando necessário, a fim de garantir que essas pessoas tenham seus resguardados e retomem suas vidas normalmente.

Professores do curso pré-vestibular Squadrão Aula Show realizarão um aulão sobre a alta incidência de assassinatos de mulheres no Brasil no sábado (30) no Bloco C da Faculdade Joaquim Nabuco, em Paulista, Região Metropolitana do Recife. O debate foi idealizado após um manifesto de preocupação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos sobre os 126 casos de morte por feminicídio registrados em menos de três meses de 2019.

No aulão serão discutidas temáticas de história, filosofia, sociologia e redação. Para participar, os alunos devem pagar taxa de R$ 5 e levar um item de higiene pessoal. O material arrecadado será doado à Colônia Prisional Feminina de Abreu e Lima. As inscrições podem ser feitas na sede do pré-vestibular, localizada no Paulista Trade Center - Av. Mal. Floriano Peixoto, nº 21.

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A Escola Pernambucana de Circo está promovendo uma campanha de financiamento coletivo que tem como objetivo viabilizar a montagem de um espetáculo feminista. “Flores Fortes” tem o formato de circo-teatro, foi idealizado pela Trupe Circus e pretende levantar o debate sobre temas como sororidade e violência contra a mulher em escolas da zona norte do Recife. 

O elenco é formado por seis mulheres do grupo de artistas da Escola Pernambucana de Circo. No espetáculo, elas falam de colaboração, empatia entre mulheres, violência doméstica e sexual em meio a música, malabares e pirofagia, entre outras modalidades do circo. 

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O crowdfunding está sendo realizado através da plataforma de financiamento Benfeitoria e tem como meta arrecadar R$ 20.250 até o dia 30 de setembro, em regime de tudo ou nada: se não alcançarem a meta, não ficam com o valor que haviam arrecadado até o fechamento do prazo da campanha.

A coordenadora executiva da Escola Pernambucana de Circo, Fátima Pontes, conta que a ideia do espetáculo surgiu de uma angústia da escola com o aumento da violência contra as mulheres em todo o país, mas principalmente nas periferias do Recife.

“Sentimos a necessidade de abordar esse tema, mas não pelos índices alarmantes que situam a violência contra a mulher, e sim pelo sentimento de como nós, mulheres, podemos ajudar umas às outras e, assim, diminuir esses índices”, explicou ela. 

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O funeral de Aretha Franklin, na última sexta (31), teve grande repercussão nas redes sociais, não pelas homenagens destinadas à cantora, mas sim por uma situação constrangedora na qual Ariana Grande foi protagonista. A artista foi assediada pelo reverendo Charles H. Ellis III, no momento de sua apresentação na cerimônia e o público ficou revoltado. 

Ariana foi convidada para cantar a música A Natural Woman, em homenagem à rainha do soul, logo após sua performance, o reverendo Charles, que comandava a cerimônia, subiu ao palco para cumprimentá-la. Foi então que o religioso abraçou a artista e tocou o seu seio direito. A expressão de desconforto da cantora era visível. O funeral estava sendo trasnmitido ao vivo pela internet.

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Nas redes sociais, o público criou uma 'campanha', Respeito para Ariana Grande, e repudiou a atitude do reverendo. Os internautas citaram, também, o modo com que o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, olhou para a cantora durante sua apresentação. "Olha a cara de assustada dela. E ainda tem gente encobrido esse pastor falando que a culpa foi da roupa curta dela. A culpa não foi dela.  Parem de colcoar a culpa na vítima"; "E isso aconteceu no funeral de uma mulher que cantava pedindo respeito às mulheres"; "É inadmissível que os homens ainda se sintam no direito de tocar uma mulher sem seu consentimento. Mais ainda são as pessoas que culpma às vítimas"; "Ariana foi assediada, está nítido. Se fazem isso no meio de um funeral, nem quero imagiar o que fazem fora dali".      

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A Prefeitura de Guarulhos, por meio da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres, vinculada à Secretaria de Assuntos Difusos, abre, na próxima terça-feira, 7 de agosto, as comemorações pelos 12 anos da Lei Maria da Penha. Com o tema “Violência Contra a Mulher: Quem Cala Consente”, a abertura será às 9h30, no auditório do Paço Municipal, localizado à Avenida Bom Clima, 90, no  Bom Clima.

Com convidados especiais, a cerimônia contará com a presença da Major da Polícia Militar, Marta das Graças de Souza e Sousa, que apresentará as estatísticas do primeiro semestre do Mapa da Violência, e também com o depoimento de Simone do Nascimento, que é atendida pela Casa das Rosas, Margaridas e Betes e foi vítima de violência doméstica.

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Também serão apresentados os novos projetos elaborados pela subsecretaria, como a ação “E eu com isso?”, que propõe que as pessoas deixem de ser omissas a qualquer situação de violência, mostrando que esse tipo de problema não e só do vizinho, mas sim de todos.

 “Mas como órgão público, é nossa missão apresentar propostas que possibilitem a conscientização de todos para esse enfrentamento. O Mapa da Violência do primeiro semestre de 2018 demonstra que temos muito trabalho e desafios na sensibilização de toda a sociedade”, declarou Verinha Souza, subsecretária de Políticas para as Mulheres

Programação

Até 29 de agosto serão realizadas diversas atividades alusivas ao tema “Violência Contra a Mulher: Quem Cala Consente” em toda a cidade:

7/08, 9h30, auditório do Paço Municipal- Bom Clima

8/08, às 9h, CRAS Santos Dummont – Aberto ao Público

10/08, às 14h, Local Fundação Casa Itaqua – Adolescentes Internos

14/08, às 14h, Casa Clara Maria Recreio São Jorge – Aberto ao Público

15/08, às 14h, Casa Clara Maria Haroldo Veloso – Aberto ao Público

17/08, às 9h, ONG Batuíra – Aberto ao Público

17/08, às 9h, Adamastor Centro – Auditório 2B - Participantes da Rede de não Violência

21/08, às 13h, Casa Clara Maria Recreio São Jorge – Aberto ao Público

22/08, às 10h, Espaço Mulher Clara Maria Pimentas – Aberto ao Público

23/08, às 10h, na Casa Clara Maria Bom Clima – Aberto ao Público

28/08, às 13h, Espaço Mulher Clara Maria Ponte Alta (CEU) – Aberto ao Público

29/08, às 14h, Casa Clara Maria Jd. Tranquilidade – Aberto ao Público

29/08, às 10h, Casa das Rosas, Margaridas e Betes - Atendidas no Serviço

Todos os endereços podem ser conferidos no site da prefeitura.

Um homem de 26 anos foi preso no último sábado (7) após ser denunciado por manter em cárcere privado e torturar a esposa e mãe de suas duas filhas, que tem 23 anos. O motivo, de acordo com o Boletim de Ocorrência (B.O.), foi um sonho do agressor em que a esposa o traía com outro homem. O caso ocorreu na cidade de São Roque, em São Paulo. 

A mulher foi agredida com golpes de mangueira, teve sal espalhado por todo o corpo, pimenta passada nas partes íntimas, água gelada jogada sobre a cabeça, foi obrigada a escrever as torturas que sofreu enquanto o marido dizia que iria comprar uma arma de fogo para matá-la.

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Ainda segundo o boletim de ocorrência, a vítima foi amarrada nua a uma cadeira com uma abraçadeira de nylon e teve a boca tapada com o pano enquanto o marido a torturava com o rádio ligado para abafar os gritos.

Ainda com a intenção de não ser descoberto, o acusado saía com as duas filhas diariamente durante o período em que manteve a esposa encarcerada para não levantar suspeitas dos vizinhos. O caso foi denunciado à polícia pela própria vítima, que conseguiu fugir em um momento de descuido do acusado pelos crimes.

O suspeito, que já estava procurando pela esposa, foi encontrado pela polícia no mesmo dia em que a denúncia foi feita e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Capela do Alto (SP). A vítima recebeu atendimento médico e passou por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

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A Prefeitura de Guarulhos, por meio dada Subsecretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), vinculada à Secretaria de Assuntos Difusos, iniciou o projeto “E eu com isso?”, para reforçar campanhas de prevenção de violência contra a mulher.

Lançado na Escola Estadual Lindamil Barbosa de Oliveira, região Pimentas, com palestra para professores, a iniciativa propõe debates para que o cidadão se conscientize sobre o combate à violência contra mulher.

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“O projeto foi desenvolvido em consonância com o mapa da violência, que aponta o caminho para as ações pontuais de combate aos diversos crimes de violência doméstica contra a mulher”, declara Verinha Souza (SPM).

A escolha da Escola Estadual Lindamil Barbosa de Oliveira foi baseada a partir do bairro apontado pelo mapa de violência contra a mulher da cidade de Guarulhos apontar a região dos Pimentas como a mais perigosa para as mulheres da cidade.

“Se alguém presenciar uma violência contra a mulher tem que denunciar”, afirmou o secretário Lameh

A atriz Jeniffer Oliveira, que tem 19 anos e atua em “Malhação: Vidas Brasileiras” denunciou à polícia uma agressão física sofrida pelo seu agora ex-namorado e também ator, Douglas Sampaio.

De acordo com a atriz, a agressão ocorreu no bar Coco Mambo, na frente de várias testemunhas, na madrugada da última sexta-feira (22) para o sábado (23), após uma cena de ciúmes porque ela estava dançando e, segundo ele, “chamando atenção”. 

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Jeniffer utilizou sua conta no Instagram para relatar o que aconteceu através de uma carta aberta e das fotos dos hematomas que ficaram em seu corpo, segundo ela, como forma de ajudar outras mulheres que têm medo de denunciar seus agressores.

Na legenda da postagem, ela escreveu “Força, menina! Ninguém tem o direito de tirar o seu brilho, ninguém tem o direto de te agredir com palavras, com comportamento ou fisicamente. Vá em frente e lute! Lute por vc, lute por todas as mulheres que sofrem e não entendem, não enxergam, por todas que têm medo e também por todas que têm coragem como você. Você é linda e merece todo amor do mundo. #agressornaoevitima #leimariadapenha #womanforwoman”.

No texto publicado, a jovem atriz relata que não sabia de todas as polêmicas em que Douglas Sampaio está envolvido. “Sim, eu acreditei na versão dele. Por quê? Porque eu estava apaixonada e a pessoa que todos falavam estava na minha frente, se revelando aos poucos a cada segundo. Fui me decepcionando e mentindo para mim mesma”, escreveu ela em uma publicação postada na última segunda-feira (25). 

Em entrevista concedida à colunista Patrícia Kogut, do O Globo, Jeniffer também explicou que “Não esperava isso dele. Acreditei quando ele afirmou que os casos de agressão em que esteve envolvido anteriormente eram invenções de meninas malucas”.

O intervalo de tempo entre a agressão e a denúncia, segundo Jeniffer, se deu porque ela teve dificuldades, a princípio, de entender e aceitar o que havia acontecido e era facilmente manipulada por Douglas. 

“Eu me senti culpada! Infelizmente muita gente passa por isso, por agressões até piores do que essas e que não dão em nada. Eu resolvi lutar pelos meus direitos, eu resolvi me expor e resolvi me abrir aqui para vocês. Acredito que devemos fazer a nossa parte, e a minha parte é mostrar que devemos lutar, sim! Não podemos deixar esse tipo de coisa passar”, explicou ela, que também fez questão de salientar que as mulheres não são culpadas pela violência que sofrem e que não existe nenhuma justificativa para agressões. 

“Quem ama cuida, quem ama não agride e manipula. Ninguém merece isso. Não pensem que é uma bobeira.Aceitem a ajuda de pessoas que querem o seu bem, quem vê de fora vê melhor”, destacou.

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Quem é Douglas Sampaio? 

O ex-namorado acusado de agredir Jeniffer Oliveira, Douglas Sampaio, também é ator, teve uma participação em “Malhação” em 2011 e já foi campeão do reality show “A Fazenda” no ano de 2015, onde conheceu e se relacionou com Rayanne Morais, com quem se casou. Em 2016, ela o acusou de violência doméstica. Até o momento, ele não se pronunciou sobre a denúncia registrada por Jeniffer.

No início deste mês de junho, fotos de Douglas na companhia de duas travestis em um motel foram vazadas e correram a internet. Ele afirmou que foi até o local com um grupo de pessoas e que teria pago para “evitar problemas” com a divulgação das imagens, dispensando as duas em seguida.  

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Mais de 10,7 mil processos sobre homicídios de mulheres no Brasil ficaram sem solução pela Justiça em 2017. Dados de 27 tribunais estaduais apontam que o número de sentenças expedidas sobre esse tipo de crime mais do que dobrou. 

O Atlas da Violência, divulgado neste ano, indica que os casos de feminicídio subiram 15,5% em uma década, passando de 4.030 casos em 2006 para 4.645 em 2016. 

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Além de casos de homicídios, um estudo elaborado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), expôs diversos outros tipos de violências que atingem as mulheres. "Em 2017, tramitaram 1.448.716 processos relacionados a violência doméstica, o equivalente a 13,8 processos a cada mil brasileiras", destaca o CNJ. 

Dados dos tribunais também revelam a resolução de 540 mil casos no decorrer do ano passado, contra 908 mil que ainda ficaram pendentes de decisão judicial até o final de dezembro. 

Naldo Benny foi condenado há quatro meses de detenção por ter agredido e ameaçado sua espoa, Ellen Cardoso, também conhecida como Mulher Moranguinho, em dezembro de 2017. A sentença foi dada pela juíza Ana Paula Melduque Migueis Laviola de Freitas, do 3º Juizado de Violência Doméstica de Jacarepaguá, no último dia 30 de maio. O cantor foi condenado pelos crimes de lesão corporal decorrente de violência doméstica e ameaça. 

Mas, apesar da sentença, Naldo não terá que cumprir a condenação. Segundo o jorbal Extra, a magistrada concedeu ao artista o benefício de suspensão condicional da pena por dois anos mediante o cumprimento de alguns requisitos, como "participação em grupo reflexivo para homens nas situações de violência doméstica e familiar contra a mulher". Em caso de descumprimento, durante este tempo, o cantor poderá ter que cumprir a pena. 

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Na época da denúncia contra Naldo, em dezembro de 2017, a Justiça chegou a conceder medidas protetivas à Ellen. Em março de 2018, porém, o casal se reconciliou e as medidas foram retiradas. Em abril, Benny conseguiu outro benefício quando teve um processo por porte de armas suspenso pela 2ª Vara Criminal de Jacarepaguá. 

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