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Pessoas que sofreram exposição ao vírus da aids, como em um acidente de trabalho, violência sexual ou que tiveram uma relação sexual consentida, sem preservativo, poderão buscar medicamento preventivo na rede pública. O Ministério da Saúde criou regras para oferecer remédios destinados a prevenir a contaminação pelo HIV depois da exposição ao risco.

Na prática, com o documento publicado hoje no Diário Oficial da União, o governo pretende ampliar a oferta e facilitar a prescrição dos medicamentos para que, mesmo em serviços sem médicos especialistas, o paciente possa receber o remédio e prevenir a infecção.

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O coquetel de medicamentos é oferecido desde 1990 a profissionais de saúde após contato com material potencialmente contaminado. Em 1998, a PEP foi liberada para vítimas de violência sexual. A partir de 2011, qualquer pessoa que teve relação sexual de risco passou a ter direito ao tratamento, mas até hoje ainda não havia regras para a indicação. O consumo do preventivo, conhecido como profilaxia pós-exposição (PEP), dura três meses. O aconselhável é que a pessoa procure o serviço de saúde até 72 horas depois da exposição de risco, mas o ideal é que seja até duas horas depois.

O primeiro atendimento após a exposição ao HIV é considerado emergência médica. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais previstos no protocolo: tenofovir, lamivudina, atazanavir e ritonavir.

Antiretrovirais - Os medicamentos antirretrovirais surgiram na década de 1980, para impedir a multiplicação do vírus no organismo. Eles não matam o HIV , vírus causador da aids , mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem aids.

Com informações da Agência Brasil e do Ministério da Saúde

A coleta de provas de violência sexual poderá ser feita nos serviços de saúde credenciados. Portaria interministerial assinada na quarta-feira, 25, permite que exames necessários para a comprovação da violência sejam realizados já no atendimento médico. Atualmente, isso é atribuição exclusiva de segurança pública. O credenciamento começa nos próximos dias, mas ainda não há prazo para a conclusão do processo.

O objetivo da medida, de acordo com a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menecucci, é tornar mais humanizado o atendimento da vítima e, ao mesmo tempo, reduzir a impunidade. Os vestígios devem ser reunidos logo nas primeiras horas depois da violência.

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"Somente serviços credenciados poderão fazer a coleta. A inscrição será precedida de um treinamento, feito pelo próprio ministério", afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Existem atualmente 402 centros de atenção às pessoas em situação de violência sexual, dos quais 131 são 24 horas. Estes centros, completou o ministro, deverão ser os primeiros a receber a habilitação, pois já têm profissionais habilitados e estrutura específica. A ideia é expandir a rede nos próximos meses.

Em seis Estados (Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Amazonas, Minas e Santa Catarina) já existe um acordo local que permite a coleta do material nos serviços de saúde.

Depois da coleta, os vestígios deverão ser encaminhados para unidades especializadas em medicina legal. A análise das provas em casos de violência sexual continuará sendo feita por um perito do Instituto médico-legal.

Com a mudança, profissionais da rede de saúde credenciada se encarregam de fazer o atendimento do paciente, a coleta de vestígios e encaminhá-los para autoridade policial, quando requisitados.

A autoridade policial tem a incumbência de registrar e armazenar os dados, para que eles fiquem disponíveis no sistema de segurança pública e de Justiça. As provas somente são usadas caso a mulher queira registrar depois uma ocorrência contra o autor da violência. "A coleta de vestígios é essencial. Não existe crime sem a prova", observou a ministra.

Dúvidas

Ela lembrou que, quando atuava na casa de atendimento a vítimas de violência na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), havia dúvidas, por exemplo, sobre como e onde armazenar os vestígios dos casos de estupro.

"Quantas mulheres o serviço perdeu, quantos casos ficaram sem solução por não haver uma resposta ágil para essas perguntas." Durante a cerimônia de assinatura da portaria, Eleonora afirmou ser imprescindível a implementação da Lei Maria da Penha e da rede de serviços de proteção para a mulher. "Hoje há um gargalo para o atendimento", disse Eleonora. Atualmente, há uma Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande (MS). Está prevista a construção de 27, seis delas neste ano.

Eleonora afirmou que a integração entre as áreas de proteção da mulher, segurança e saúde é essencial. "A transversalidade é indispensável. E deve ser feita na ponta, no atendimento ao público", completou.

O ministro Arthur Chioro afirmou que a portaria pretende criar uma rede de proteção para mulheres. "Diminuir toda situação de medo que envolve situações de violência", disse.

Segundo os dados do Sistema de Vigilância em Violência e Acidentes de 2013, foram registradas 200 mil situações de violência doméstica, das quais 136.785 contra mulheres. "Não acabaremos com a violência. Mas o governo tem o compromisso que as vítimas possam ser protegidas e amparadas", completou Chioro. Foi assinada também uma portaria que institui um grupo de trabalho para criar estratégias para o cuidado da saúde da mulher com deficiência e mobilidade reduzida. "Não é mais um. Ele tem prazo, ele tem foco", assegurou Chioro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Polícia Federal (PF) em Pernambuco prendeu, nesta quarta-feira (18), um homem de 34 anos acusado de pedofilia e propagação de imagens pornográficas de crianças pela internet. O homem, de identidade não revelada, é natural de Limoeiro e estava sendo investigado inclusive pelo FBI (polícia federal americana). 

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Ele estava foragido em razão da decretação de sua prisão preventiva, em 2011, pela suspeita de abuso sexual de uma menina de quatro anos em Peixinhos, no Recife. Denominada “Bicho Papão”, a operação foi concretizada em Passira, no Agreste pernambucano, atual endereço do acusado. A Polícia Federal prendeu o homem em flagrante, junto com inúmeras imagens de pornografia infanto-juvenil. Todo o material arrecadado passará por uma perícia técnica para averiguar o conteúdo. 

Durante o interrogatório, o acusado afirmou que apenas uma vez produziu material pornográfico envolvendo uma criança de quatro anos. Afirmou ter compartilhado as imagens por descuido e que tinha costume de baixar na internet vídeos e fotos de pornografia infanto-juvenil. O homem fez exame de corpo de delito e foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. 

Pelo crime contido no Estatuto da Criança e do Adolescente (possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente), o acusado pode pegar de um a quatro anos de prisão, sem possibilidade de fiança por haver um mandado de prisão preventiva em aberto. Por estupro de vulnerável, a pena pode chegar a 15 anos. 

Funcionários do Ministério Público do Egito disseram que os 13 homens acusados de violentar mulheres durante um comício na semana passada irão a julgamento, naquela que é a primeira implementação de novas penalidades contra a desenfreada violência sexual no país.

A notícia vem menos de uma semana depois que uma multidão atacou brutalmente e abusou sexualmente de um grupo de mulheres durante as celebrações após a posse do presidente Abdel Fattah el-Sisi.

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O julgamento rápido reflete um esforço do governo para resolver o problema da violência contra mulheres, que se tornaram mais frequentes desde a queda do regime autocrático de Hosni Mubarak em 2011.

O novo presidente el-Sisi visitou no hospital uma das sobreviventes à violência da semana passada e prometeu ações duras contra os agressores. Os funcionários falaram sob condição de anonimato porque não eram autorizados a conversar com a imprensa. Fonte: Associated Press.

A violência sexual contra as mulheres continua a ser um flagelo no Egito, onde centenas foram abusadas ​​desde 2011, especialmente durante manifestações, sem que os responsáveis ​​por esses atos tenham sido processados​​, de acordo com um relatório de ONGs divulgado nesta quarta-feira.

"Os seguidos governos egípcios não combateram a violência contra as mulheres, e isso tem implicações importantes para a (sua) participação na transição política do país", ressalta este relatório das organizações de defesa dos direitos Humanos.

Numerosos ataques sexuais foram registrados durante os protestos que marcaram a revolta que derrubou Hosni Mubarak há três anos, sob o regime militar que assegurou a transição, e depois sob a presidência do islamita Mohamed Mursi, destituído pelo Exército no dia 3 de julho.

Entre novembro de 2012 e janeiro de 2014, 250 casos foram relatados, incluindo uma grande parte nos arredores da Praça Tahrir, no Cairo, local emblemático das revoltas anti-Mubarak e anti-Mursi, segundo o relatório.

"As sobreviventes e testemunhas relataram o mesmo tipo de abordagem: dezenas de homens cercam (as vítimas), rasgam suas roupas e apalpam seus corpos".

"Algumas foram estupradas por vários agressores, muitas vezes armados com paus, pás e outras armas".

"No entanto, até março de 2014, nenhum dos criminosos foi levado perante a justiça", denunciam as organizações, incluindo a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH).

O relatório inclui o testemunho de várias vítimas.

"Os homens agiram como leões sobre um pedaço de carne, suas mãos estavam por todo o meu corpo e sob minhas roupas rasgadas", disse uma delas, agredida durante uma manifestação em junho de 2012.

"Vários homens me estupraram ao mesmo tempo. De repente, eu estava no chão e os homens puxavam meu cabelo, pernas e braços que continuam a me estuprar", acrescenta ela.

As organizações de defesa dos direitos Humanos acusam as autoridades militares no poder de não realizar uma investigação para perseguir os agressores, sejam "atores estatais ou civis".

"Medidas (...) são requisitadas para proteger e promover o direito das mulheres a viver sem violência" e "a participar na construção do futuro do Egito", insistiu o diretor executivo da Nazra for Feminist Studies, Mozn Hassan.

A estrela de Hollywood Angelina Jolie chegou nesta quinta-feira (27), na companhia do chefe da diplomacia britânica William Hague, a Sarajevo, na Bósnia, onde participará de uma conferência sobre a violência sexual em tempos de guerra, indicou o aeroporto local. Toda vestida de preto, a atriz americana foi levada a um hotel no centro da cidade, de acordo com a imprensa local.

Angelina Jolie e William Hague, que preparam para o mês de junho uma cúpula em Londres a fim de acabar com o estupro como "arma de guerra", devem participar na sexta de uma conferência sobre a prevenção desse crime, organizada pelo Ministério bósnio da Defesa. Hague também se reunirá com membros da Presidência da Bósnia. Ele visitará Srebrenica, cidade conhecida pelo massacre de muçulmanos cometido em julho de 1995 pelas forças sérvias da Bósnia, segundo o prefeito local, Camil Durakovic.

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A atriz protagonizou em 2011 um longa-metragem sobre a violência sofrida pelas mulheres durante a guerra da Bósnia (1992-95). Ela viajou várias vezes ao país para se reunir com refugiadas do conflito e para participar do Festival de Cinema de Sarajevo, em julho de 2012.

A Polícia prendeu, nesta segunda-feira (24), o homem acusado de violentar e matar uma idosa de 60 anos no município de Macaparana, Zona da Mata pernambucana. Identificado apenas como Alexsandro, conhecido popularmente como “Leque”, o acusado tem 21 anos e foi detido dentro da sua própria residência. As investigações se valeram de depoimentos de testemunhas, principalmente o da mãe da vítima. 

Segundo informações da Polícia, Josefa Enedina da Silva foi arrastada de casa, na tarde deste domingo (23), no Sítio dos Coixos, área rural de Macaparana. O corpo da vítima, já encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), foi encontrado numa plantação de bananas, aproximadamente a 60 metros de distância de sua casa. A mulher estava nua e apresentava sinais de violência sexual e lesões na parte da cabeça.  

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O caso foi registrado na Delegacia do município; os policiais do plantão desta segunda-feira não souberam informar se Alexsandro já tem passagem pela Polícia. O acusado será encaminhado ao presídio de Macaparana. 

JOÃO PESSOA (PB) - Um homem foi preso, nessa quinta-feira (20), acusado de tentativa de estupro contra a própria irmã e com consentimento da mãe. O caso aconteceu na cidade de Sapé, localizada a 40 km de distância de João Pessoa.

Segundo a Polícia Militar, o homem de 34 anos tentou violentar a menina de 12 anos, mas ela conseguiu fugir e se esconder na casa de vizinhos. Após o fato, uma mulher que ajudou a adolescente procurou o Conselho Tutelar.

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A mãe adotiva do acusado, de 60 anos, tentou defendê-lo após a prisão e acabou sendo presa por conivência com o crime. A PM informou que ela teria mantido relações sexuais com o rapaz.

O homem foi encaminhado para o Presídio Regional de Sapé, enquanto a mãe foi levada para o Presídio Bom Pastor, na capital. Os nomes foram mantidos em sigilo para resguardar a identidade da menor.

Com o objetivo de ajudar os profissionais da educação a identificar os sinais de abuso e exploração sexual em crianças e adolescentes, o Guia Escolar – Rede de Proteção à Infância começou a ser distribuído, nessa quarta-feira (26). Receberão o material professores, coordenadores pedagógicos, diretores e servidores das escolas públicas da educação básica do Distrito Federal. 

O Guia foi entregue em 30 escolas públicas da cidade de Brazlândia, mas deve ser encaminhado para as demais unidades da rede distrital. Além do Guia Escolar, a Secretaria da Criança disponibilizará cursos para capacitar os profissionais da educação ainda este ano, com o objetivo de orientá-los quanto ao tratamento de proteção à criança. 

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Elaborado pelas secretarias da criança e da educação do Distrito Federal, o Guia traz os principais sinais que indicam que a criança vem sofrendo abuso e violência sexual, que podem ser desde mudanças no comportamento a oscilações no humor, o que deve chamar a atenção dos educadores. 

Dados preocupantes

Segundo dados do Centro de Referência da Criança e do Adolescente do Distrito Federal, no período de janeiro a abril de 2013, foram registradas 300 denúncias de violência contra crianças e adolescentes. Entre os tipos de violência relatados pelo centro, 72% são de negligência, 48% de violência psicológica, 39% de violência física e 23% de violência sexual. Também houve um aumento de 29,73% no número de denúncias desses casos, entre 2012 e 2013.

 

O presidente Barack Obama fez um apelo neste sábado (25) para que se acabe de imediato com os ofensivos casos de violência sexual dentro das Forças Armadas e nos campus universitário. Calcula-se que uma em cada cinco mulheres é alvo de abusos sexuais nas universidades americanas, indicou a Casa Branca, fato que o lider classificou  como "totalmente inaceitável" e uma prioridade de seu governo.

"O abuso sexual é uma afronta para nossa decência e humanidade. E é algo que diz respeito a todos nós. A segurança daqueles que amamos: nossas mães, nossas esposas, nossas filhas, nossos filhos", afirmou Obama, em seu discurso semanal por rádio e internet. "Vamos continuar combatendo o abuso sexual em nossas Forças Armadas, porque quando um membro de nosso exército é atacado pelas próprias pessoas em que ele ou ela acreditam e com quem trabalham, isso é uma injustiça que ninguém que se apresente como voluntário para proteger nosso país deveria sofrer", enfatizou.

Segundo um relatório do Pentágono, em 2012 foram registrados 3.374 casos de abusos sexuais, 6% a mais que no ano anterior. Obama afirmou que a criação de um grupo de trabalho da Casa Branca é parte deste esforço para proteger as jovens mulheres nas universidades, mas destacou que essa é uma tarefa que cabe a todos os americanos. "Temos que ensinar aos jovens - homens e mulheres - a ser suficientemente corajosos para dar um passo à frente e ajudar a acabar com estes delitos. Especialmente temos que ensinar aos homens a mostrar pelas mulheres o respeito que elas merecem", concluiu.

A Lei 12.845/2013 que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a prestar atendimento emergencial, integral e multidisciplinar às vítimas de violência sexual já está em vigor. O projeto que deu origem à lei foi aprovado em julho pelos senadores e sancionado pela presidente da República em agosto de 2013, com prazo de 90 dias para início de sua vigência.

Dentre os atendimentos a serem ofertados estão profilaxia de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis; facilitação do registro de ocorrência e encaminhamento ao órgão de medicina legal (responsável pelo exame de DNA para identificação do agressor) e às delegacias especializadas; e acompanhamento médico, psicológico e social.

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Apesar da maioria das vítimas serem mulheres, o projeto assegura o atendimento emergencial a todas as pessoas vitimadas, independentemente de gênero ou idade – sejam crianças, jovens e idosos, transexuais, travestis e homossexuais de qualquer sexo.

Foi lançando nesta terça-feira (10), o Programa Vida Nova no Instituto Social e Educacional de Artes e Ofício Dom Hélder Câmara, em Paulista. A ação tem a proposta de atender jovens vítimas de violência sexual, trabalho infantil ou moradores de rua. De acordo com a Prefeitura, cerca de 100 crianças e adolescentes, de sete a 17 anos, em situação de vulnerabilidade social, serão atendidos pelo projeto.

As atividades serão realizadas no local onde aconteceu o lançamento, no bairro do Janga, e na Associação Santa Clara, em Maranguape I. Ambas as instituições firmaram parceria com a prefeitura e recebem, especificamente para o Programa, serviços de profissionais de assistência social do município. 

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Os estudantes do projeto Vida Nova serão integrados a atividades relacionadas aos direitos humanos, sexualidade, drogas, meio ambiente, cultura, entre outros temas. Segundo a Secretaria de Políticas Sociais, Esportes e Juventude do Paulista, os profissionais irão repassar os conteúdos através do método de aulas expositivas, oficinas e excursões que integrem o espaço público do município no aprendizado. 

Com informações da assessoria

O padre católico português Luis Miguel Mendes, 37 anos, ex-vice-reitor do seminário de Fundão, foi condenado nesta segunda-feira (2) a 10 anos de prisão em regime fechado por atos de pedofilia contra seis menores, com idade entre 13 e 15 anos.

Miguel Mendes foi declarado culpado por 19 crimes pelo tribunal de Fundão. O julgamento foi realizado a portas fechadas para proteger a identidade das vítimas. Cinco delas eram seminaristas internos, quando tudo aconteceu.

Detido em dezembro de 2012, Mendes foi internado em uma casa e era obrigado a usar o bracelete eletrônico para ser controlado todo o tempo. Esse caso de pedofilia na Igreja Católica, que conta com maior número de adeptos em Portugal, foi revelado graças ao relato de uma das vítimas, de 15 anos, à imprensa.

Nesta segunda-feira (25), um homem foi preso em flagrante acusado de estupro de menores, no Bairro Santa Luzia, em Timbaúba, no Agreste de Pernambuco. De acordo com informações da polícia, Paulo Sérgio da Silva, o "Ligeirinho", de 42 anos, foi preso acusado de abusar sexualmente da enteada de oito anos e do filho de 12 anos. A violência acontecia há, aproximadamente, três anos.

De acordo com o delegado Rommel Lima, titular da 46ª Circunscrição de Timbaúba, a polícia chegou ao estuprador após denuncia anônima. A mãe das crianças não sabia sobre o abuso. Paulo Sérgio foi levado para a Cadeia Pública do município e está à disposição da Justiça.

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A Delegacia de Abreu e Lima divulgou, nesta quinta-feira (21), a prisão de João Belarmino, 69 anos, acusado de estuprar o próprio filho de oito anos. Segundo o delegado Alberes Felix, responsável pelo caso, a mãe do garoto percebeu uma mudança no comportamento da criança (mais nervoso do que habitual). 

Separado do ex-companheiro, a mulher trabalha como empregada doméstica e, nos horários de serviço, deixava o menino com o pai. Sempre que ia dar banho no filho, notava vermelhidão incomum no pênis e na região anal. Nesta quinta-feira (21), quando foi pegar a criança, encontrou vestígios de sêmen no chão e perguntou ao filho sobre a situação. A criança, mesmo com muito medo, confirmou o abuso. 

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“O menino disse à mãe que o pai ameaçava colocar veneno na comida dele, se contasse para alguém. A criança foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal e foi confirmado o coito anal”, afirmou Alberes Felix. Ainda segundo o delegado, quando a criança ouviu a voz do pai, na delegacia, correu para debaixo de um birô, apavorado, sem querer sair de maneira alguma. 

Há ainda relatos de outras testemunhas, anônimas, que acusam João Belarmino de ter estuprado a última companheira. Autuado, o homem foi levado ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), mas nega as acusações. O suspeito pode pegar de oito a 15 anos de prisão. 

A aprovação da presidente Dilma Rousseff (PT) ao projeto de lei que determina o atendimento obrigatório e imediato no Sistema Único de Saúde (SUS) a vítimas de violência sexual foi bastante criticada pelo deputado estadual Adalto Santos (PSB). Durante sessão da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe) o parlamentar convocou a bancada evangélica da Casa a lutar contra a matéria. 

“Essa lei é uma porta para a legalização do aborto. (...) A legislação brasileira já protegia as mulheres vítimas de estupro. Essa lei autoriza a morte de crianças”, disparou o socialista.

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A chamada “profilaxia da gravidez” na qual todos os hospitais da rede pública serão obrigados a oferecer, de forma imediata o serviço, foi o trecho que recebeu mais críticas do parlamentar. 

“Claro que sou a favor do aborto em qualquer circunstância. O que não sou a favor é a questão da pílula do dia seguinte”, comentou. 

O Governo Federal publicou, nesta sexta-feira (2), no Diário Oficial da União, a lei que determina o atendimento obrigatório no Sistema Único de Saúde (SUS), para as mulheres vitimas de violência sexual.  A presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou a lei, sem vetos, nesta quinta (1). 

Segundo a lei, todos os hospitais públicos devem oferecer serviços como a “profilaxia da gravidez”, descrita pelo Ministério da Saúde, como o método da pílula do dia seguinte. 

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Comunidades religiosas pediam o veto na lei por entender que o termo "profilaxia" abre brechas para a prática do aborto. No entanto, a presidente deve enviar ao Congresso um projeto esclarecendo, expressamente, que o termo "profilaxia da gravidez" não significa aborto. 

Mudanças

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o governo vai enviar um novo projeto de lei ao Congresso com nova redação dos trechos polêmicos para corrigir "imprecisões técnicas" no texto, que foi aprovado pelos parlamentares por unanimidade na Câmara e no Senado.

Com a alteração, o governo afirma que a “atitude correta para se evitar a gravidez de mulheres vítimas de estupro é oferecer medicação em tempo adequado, até 72 horas”,  detalhou Padilha.

Com relação à definição de violência sexual, que passaria de “qualquer forma de atividade sexual não consentida” para “todas as formas de estupro", o Executivo argumenta que o texto aprovado no Congresso "é vago e deixa dúvidas quanto à extensão dos casos que seriam abrangidos pela lei". Padilha esclareceu que a alteração protege pessoas com deficiência mental e crianças.

O Senado aprovou nessa quinta-feira (4), projeto que assegura atendimento e tratamento imediato nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) a vítimas de violência sexual. De acordo com o texto, que agora segue para sanção da presidente Dilma Rousseff, as unidades de saúde públicas ou conveniadas ao SUS precisam oferecer atendimento "emergencial, integral e multidisciplinar" quando ocorrer "qualquer forma de atividade sexual não consentida".

A partir da sanção presidencial, a futura lei ainda levará 90 dias para entrar em vigor. Segundo a norma, os hospitais precisam oferecer medidas de precaução de gravidez, incluindo aí a distribuição da chamada pílula do dia seguinte, quando for o caso. A atuação preventiva dos médicos também se estende a doenças sexualmente transmissíveis. Lesões também deverão receber tratamento da unidade de saúde.

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O projeto aprovado ontem determina que médicos e policiais atuem em conjunto. Uma das possibilidades seria a coleta de material genético para que serviços de perícia consigam identificar o agressor via exame de DNA. A medida já é adotada e regulada por um protocolo do SUS, com a aprovação do texto pelo Senado a prática torna-se lei. O atendimento é gratuito.

Vítima.

O projeto não restringe a garantia de atendimento a mulheres, mas estende esse direito a todas as possíveis vítimas de violência sexual, como homossexuais, transexuais, travestis. O texto também não faz restrição de idade ou gênero. Segundo o senador Wellington Dias (PT-PI), a falta de uma legislação disciplinando a matéria dificultava o trabalho da polícia, uma vez que não seria tão comum a prática de coletar o material genético para auxiliar na identificação do agressor. (AE)

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Na tarde deste sábado (25), mulheres se uniram contra a violência sexual e pelo fim do machismo. Intitulado de Marcha das Vadias, o terceiro ano do evento levou até a Praça do Derby, na área central do Recife, pessoas de todas as idades. A concentração foi iniciada às 14h e a manifestação segue até a Praça do Diario, também no centro da cidade.

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“Não há nada melhor do que fazer esse ato em um local movimentado como a Praça do Derby. As mulheres podem chegar com a roupa que quiser nos lugares: de biquíni, de saia curta, porque não fazemos nada por obrigação”, afirma a organizadora da marcha, Késia Salgado. A expectativa da organização é que cerca de duas mil pessoas participem do ato.

Ainda segundo Késia, a participação dos homens é importante na marcha. “Eles têm mesmo que apoiar essa ideia e ser contra o machismo. Quem quiser pode vir pra cá pra se juntar conosco a essa causa”, convida. Lílian e Beatriz Rodrigues, mãe de 46 anos e filha de 18, foram juntas pela primeira vez à Marcha das Vadias. “Acho uma iniciativa bem legal e se a mulher usa roupas curtas é xingada. Para mim, roupa não define o caráter de ninguém. Eu mesma já sofri assédio verbal por causa da roupa”, relata Beatriz.

A mãe de Beatriz concorda com a filha. “Eu tenho que apoiar essa causa porque o machismo, mesmo com o passar do tempo, não muda. Toda vez ela me chama e este ano eu resolvi acompanhá-la para apoiar”, conta. A estudante Júlia Helane, de 25 anos, também aproveitou para levar a filha, de apenas 2. “Eu sei que ela não entende o que se passa aqui, mas trago para que ela cresça já lutando pelos seus direitos, de ser respeitada”, explica a mãe.

Dados – Segundo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI), a violência contra a mulher em Pernambuco ocupa o terceiro lugar no ranking do país. O município de Escada, na Zona da Mata do Estado é a primeira cidade do Brasil em que mais mulheres morrem em consequência da cultura machista.

O termo "Vadias" foi usado depois de uma declaração feita por um policial no Canadá, que afirmou que as mulheres evitariam estupros se não se vestissem como vadias, vagabundas. A primeira Marcha das Vadias (Slut Walk) foi realizada no dia 3 de abril de 2011, em Toronto, no Canadá, e reuniu cerca de três mil manifestantes, se espalhando pelo mundo.

"As pessoas precisam entender e conhecer essa marcha. Não adianta só esse público vir até aqui. Queremos mais. Queremos a cidade nos apoiando contra uma coisa tão forte que é a violência. Se todo mundo comparecer e se organizar, tenho certeza que a sociedade vai dar valor a Marcha das Vadias. O que não pode acontecer é que os homens usem a pouca roupa como desculpa de estuprar uma mulher", afirma uma manifestante que não quis se identificar.

A Polícia Civil do Estado de São Paulo investiga uma denúncia feita por um estudante de 22 anos que disse ter sido violentado sexualmente por oito universitários dentro do alojamento do câmpus I da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, interior de São Paulo. O universitário do 1.º ano de licenciatura em ciências exatas A.L. procurou a polícia na noite de quarta-feira (13).

De acordo com o que A.L. afirmou no boletim de ocorrência no dia 4, após sair de uma assembleia acadêmica, voltava para o quarto, quando, ao passar pela entrada de um dos prédios do alojamento estudantil, foi atacado por um grupo de oito alunos que estavam numa festa. Ele declarou que foi puxado pelos braços para dentro de uma cozinha do alojamento, obrigado a ficar sem roupas e a fazer sexo oral com alguns dos integrantes do grupo.

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Segundo a Polícia Civil, A.L. afirmou que conhece alguns deles e que pode reconhecê-los durante as apurações. O estudante também declarou que havia informado a coordenadoria do alojamento e o serviço social da universidade sobre o ataque. A USP, por meio de nota, informou que A.L. procurou o Serviço de Promoção Social da prefeitura do campus no dia 12 e que "todas as ações e procedimentos pertinentes foram realizados", respeitando-se o sigilo do caso.

No comunicado, a USP explica que abriu uma sindicância nesta quinta-feira (14) diante do registro do boletim de ocorrência e "da verificação de algumas incongruências dos relatos". A averiguação do foi encaminhada para o 3.º Distrito Policial (DP) da cidade e será investigado pelo delegado Aldo Donisete Del Santo. Nesta sexta-feira, pelo menos 25 universitários da USP foram até a delegacia sem serem intimados para dar depoimentos em defesa dos acusados. Conforme a polícia, a demora no registro da ocorrência e algumas divergências nos testemunhos precisam ser melhor apuradas, antes de qualquer medida contra os suspeitos.

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