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O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou pedido de liminar feito pelo PSDB para permitir manifestações ideológicas de torcedores dentro dos estádios que abrigam partidas da Copa do Mundo. Por oito votos a dois, os ministros decidiram manter a validade do Artigo 28 da Lei Geral da Copa (Lei 12.663/2012), que proíbe a entrada de cartazes, bandeiras e símbolos com mensagens ofensivas. O partido alegou no STF que a regra impede a liberdade de pensamento, direito garantido pela Constituição Federal.

A maioria dos ministros seguiu voto do relator da medida cautelar, ministro Gilmar Mendes, que rejeitou o pedido por entender que a lei não limita a liberdade de expressão e foi elaborada para prevenir confrontos dentro do estádio. O voto do relator foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Teori Zavacki, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.

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O presidente da Corte, Joaquim Barbosa, e o ministro Marco Aurélio votaram a favor dos argumentos apresentados pelo PSDB. Para Barbosa, a manifestação ideológica dos torcedores não pode ser impedida. “Não há razão para restringir a expressão do público nos jogos da Copa ao que a organização e o governo entendem como adequado”, disse o ministro

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima quarta-feira (7) o julgamento da ação direita de inconstitucionalidade (Adin) contra a Lei Geral da Copa (Lei 12.663/2012). A ação foi protocolada no Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O relator é o ministro Ricardo Lewandowski.

O principal questionamento da PGR é a responsabilização civil da União, perante a Fifa, pelos danos decorrentes de acidentes de segurança relacionados ao evento. Conforme a norma, o governo só não será responsável se a Fifa tiver motivado os danos. A PGR também questiona o pagamento, desde abril de 2013, de prêmio e auxílio mensal aos ex-jogadores que participaram de copas nas quais o Brasil saiu vencedor, em 1958, 1962 e 1970.

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Na defesa apresentada no processo, a Advocacia-Geral da União (AGU) defende a manutenção da lei e afirma que não há inconstitucionalidade no texto da norma. De acordo com a AGU, a interpretação da PGR é equivocada, pois o texto vincula a responsabilização civil da União às regras contidas na Constituição Federal. O órgão alega, ainda, que a União somente assumirá esse ônus caso seja responsabilizada pelos fatos.

Quanto à isenção de custas processuais concedidas à Fifa, a AGU defende que a regra foi criada segundo compromissos assumidos pelo Brasil quando o país se candidatou a sediar o Mundial. Para a União, não se pode falar de tratamento desigual de contribuintes porque o benefício tem “motivação e duração especial”.O governo também defendeu o pagamento de auxílio a ex-jogadores. Segundo a AGU, essa foi uma opção do Legislativo, segundo juízo de conveniência e oportunidade, para quem o tratamento diferenciado "teria o condão de servir de incentivo a iniciativas da mesma natureza”.

Na Lei Geral da Copa para o Distrito Federal, publicada nesta sexta-feira (3) no Diário Oficial do DF, o governo confirmou a possibilidade de mudança temporária do nome da arena para adotar a indicação da FIFA.

O nome oficial permanece o mesmo: Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. No entanto, durante a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, a administração do estádio está autorizada a chamá-lo apenas de Estádio Nacional de Brasília, a fim de cumprir os acordos firmados pelo governo brasileiro e as cidades-sede das competições com a entidade máxima do futebol.

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A Lei distrital 5.104/13 foi aprovada na última terça-feira (30) na Câmara Legislativa do DF, onde tramitou em regime de urgência, devido à proximidade do evento. Entre outros assuntos, a norma estabelece a segurança especial a ser realizada durante as competições, transporte para os visitantes, publicidade e venda de ingressos, alimentos e bebidas.

Arena
O estádio foi inaugurado em março de 1975, com o nome de Governador Hélio Prates da Silveira. Na década de 80, a arena foi rebatizada como Estádio Mané Garrincha. Em 2011, o governo anunciou que com a reconstrução para a Copa, o nome passaria a ser Estádio Nacional de Brasília. Diante da pressão popular, o GDF aceitou incluir também o nome do ex-jogador do Botafogo.

A arena será inaugurada no dia 18 deste mês e receberá a abertura da Copa das Confederações no dia 15 de junho, com o jogo entre o Brasil e o Japão. Na Copa do Mundo em 2014, sete partidas serão realizadas na arena, que capacidade para cerca de 71 mil pessoas. A reconstrução custou mais de R$ 1 bilhão.

O Ministério da Educação (MEC), nesta terça-feira (19), homologou o parecer da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE) referente à Lei Geral da Copa. De acordo com o órgão, o parecer informa que os sistemas de ensino deverão estabelecer seus calendários escolares, com 200 dias letivos, nos termos que se encontram dispostos na Lei das Diretrizes e Bases da Educação.

Porém, ainda segundo o MEC, há a recomendação de possíveis ajustes nos calendários escolares em locais que vão sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014, em conformidade com a Lei Geral da Copa. O parecer foi publicado no Diário Oficial da União de hoje.

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O Ministério dos Esportes publicou, no Diário Oficial desta quarta-feira (5), uma lista de instalações que deverão destinar, no mínimo, 1% da capacidade total para pessoas com deficiência. Na portaria estão as 12 arenas que vão receber os jogos da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2012 e os 54 centros de treinamentos de seleções incluídos no catálogo da FIFA.

Portanto, no Nordeste, os estádios são os seguintes: a Arena Pernambuco, a Arena Fonte Nova (em Salvador), o Castelão (em Fortaleza) e a Arena das Dunas (em Natal). Já os centros de treinamento são o Estádio Rei Pelé (em Maceió), o Estádio Municipal Antônio Carlos Magalhães (em Porto Seguro) e o CT Praia do Forte (em Mata de São João - BA).

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A medida está prevista na Lei Geral da Copa, sancionada em agosto. Em caso de mudança na lista de centro de treinamentos, uma nova portaria poderá ser publicada pelo Ministério dos Esportes.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse nesta quarta-feira, no Rio, que o governo federal vai agir junto a estados e municípios para que a venda de bebidas alcoólicas seja permitida nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014. O texto da Lei Geral da Copa, sancionado na última terça pela presidente Dilma Rousseff, suprime o artigo do Estatuto do Torcedor que veta a comercialização e consumo de bebidas nos estádios.

Para Rebelo, ao não proibir o consumo a norma federal passa a permitir. Mas alguns juristas interpretam que, por ter sido suprimido o artigo que tratava do assunto, passam a vigorar as legislações estaduais e federais. De uma forma ou de outra, o ministro do Esporte acredita que será cumprido o que foi acordado com a Fifa.

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"Nos compromissos que foram assumidos pelo governo do presidente Lula junto à Fifa está claramente que o governo criará e votará normas nacionais para compatibilizar a legislação com os compromissos. No caso da legislação municipal ou estadual entrar em conflito com a nacional, o governo agirá junto aos estados e municípios para que a norma seja a mesma", disse Rebelo, que participou de encontro com representantes do Comitê Olímpico Internacional.

Ele justificou os vetos da presidente Dilma, como a retirada do texto que destinava 10% dos ingressos em jogos da seleção brasileira à categoria 4, a mais barata, que vai custar cerca de R$ 50,00. "Os ingressos da categoria 4 são os mais baratos para a população. Os direitos da terceira idade à meia entrada estão assegurados, assim como dos estudantes. Mas, a partir da primeira fase, você não sabe quais os países classificados e onde eles vão jogar. Aí ficaria difícil a operação da venda dos ingressos exclusivamente para a seleção brasileira, já que você não saberia com quem, nem onde a nossa seleção jogaria", disse.

A presidente da República, Dilma Rousseff, decidiu jogar para estados e municípios a decisão sobre a venda de ingressos pela metade do preço para estudantes durante as Copas das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014. A ação é semelhante à que o governo já havia feito em relação à venda de bebidas alcoólicas nos estádios. A Lei Geral da Copa foi sancionada pela presidente com seis vetos parciais.

Entre as mudanças feitas pelo Executivo, a principal é o veto a um dispositivo incluído pelo Congresso que suspendia leis estaduais e municipais relativas a meia-entrada e gratuidades. Pelo texto do Congresso, apenas o Estatuto do Idoso, que é federal, garantia descontos em ingressos em todas as categorias. Agora, a Fifa vai ter de negociar com cada ente federado se desejar restringir o direito à compra de ingressos por metade do valor.

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Na justificativa do veto, a presidente acata orientação do ministério da Justiça e da Advocacia-Geral da União (AGU) de que não seria possível manter o dispositivo por ser este um caso de legislação concorrente, em que União, estados e municípios possam ter opiniões diferentes. "Ademais, lei federal que suspenda gratuidades e descontos previstos em normas de Estados e Municípios pode representar violação ao pacto federativo", argumentaram os ministérios.

Com essa decisão, todos que têm direito à meia-entrada em estados e municípios poderão comprar ingressos pela metade do preço em qualquer das categorias que serão colocadas à venda pela Fifa, inclusive na que prevê ingressos populares.

A presidente vetou ainda, a pedido do ministério do Esporte, um dispositivo que reservava 10% dos ingressos para todos os jogos do Brasil para a categoria popular. O argumento é o de que a Fifa vende os ingressos antes da classificação das seleções para as fases finais da Copa e não seria possível fazer essa reserva.

Foram retirados do texto ainda dois artigos sobre trabalho voluntário durante os eventos da Fifa porque o governo entende que a legislação atual já é suficiente para regularizar essa prática. Outros dois vetos são a artigos que tratam da emissão de visto para estrangeiros. O ministério das Relações Exteriores não concordou com os prazos fixados e com a inscrição na lei da modalidade de visto eletrônico.

A Lei Geral da Copa dá garantias à Fifa para a realização de seus principais eventos no Brasil. A entidade passa a ter maior garantia de sua marca e maior controle das ações nos estádios e em suas imediações. A proposta disciplina ainda a venda de ingressos, os direitos de transmissão, a responsabilidade civil do governo entre outras ações relativas aos eventos.

A presidente Dilma Rousseff sancionou, com quatro vetos, a Lei Geral da Copa. O texto final da sanção e a razão dos vetos, definidos na última terça-feira, foram publicados nesta quarta no Diário Oficial da União. E os principais pontos do texto foram o veto dos ingressos populares em jogos da seleção brasileira e a liberação da meia-entrada para estudantes nas partidas do Mundial de 2014, que será no Brasil.

Entre os vetos, está o que permitia a venda de no mínimo 10% do total de ingressos de cada partida da seleção brasileira para a chamada categoria 4 (popular). O argumento é de que o dispositivo criaria dificuldades para operacionalização, não sendo possível definir previamente qual partida estará sujeita a essa condição.

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A meia-entrada continua liberada nos jogos da Copa do Mundo. A presidente vetou o parágrafo 9.º do artigo 26 que previa que qualquer lei estadual ou municipal a respeito de ingressos estaria suspensa durante o Mundial.

A justificativa é que, se a meia-entrada para estudantes e idosos fosse suspensa durante a Copa, seria algo contrário à Constituição. "Ademais, lei federal que suspenda gratuidades e descontos previstos em normas de Estados e Municípios pode representar violação ao pacto federativo", informa o Diário Oficial.

Já a polêmica questão sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios não foi alterada, como já era previsto. A Fifa, porém, deverá ter de negociar a liberação com Estados e municípios que têm leis específicas que impedem a comercialização de bebidas alcoólicas em arenas esportivas. No caso, há lei estaduais desta ordem no Rio, Rio Grande do Sul, em São Paulo e Pernambuco, enquanto em Fortaleza existe uma lei municipal que ainda discute o tema.

A Lei Geral da Copa foi a causa de um dos maiores atritos entre Fifa e o governo. Acabou aprovada pela Câmara no final de março e pelo Senado em 9 de maio. O texto define regras sobre o direito à meia-entrada, a exploração comercial de produtos ligados ao evento e o acesso de estrangeiros ao País, entre outros temas.

O plenário do Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (9), o projeto da Lei Geral da Copa de 2014 e da Copa das Confederações de 2013. Foram rejeitadas todas as emendas apresentadas em plenário para modificar o relatório da senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) e de mais três relatores das comissões, entre elas a que mantinha o Artigo 13 A do Estatuto do Torcedor - que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estádios.

Com isso, a decisão sobre liberação durante as competições da Federação Internacional de Futebol (Fifa) ficará a cargo dos governos estaduais e do Distrito Federal onde ocorrerão jogos das duas competições internacionais.

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A aprovação ocorreu em votação simbólica, em que os senadores são consultados em conjunto sobre suas posições favoráveis ou contrárias, conforme a orientação dos líderes de bancadas, pela senadora Marta Suplicy (PT-SP), que presidiu a sessão.

Com a suspensão do Artigo 13 A, os estados e o Distrito Federal em que há a proibição estadual para este comércio deverão negociar diretamente com a Fifa a liberação da venda de bebidas.

O projeto de lei segue agora para a sanção da presidente Dilma Rousseff, que terá 15 dias para o ato.

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira o projeto da Lei Geral da Copa suspendendo a proibição presente no Estatuto do Torcedor da venda de bebidas alcoólicas em estádios durante o período da Copa das Confederações de 2013 e do Mundial de 2014. Com o texto aprovado, estados e municípios que têm legislação próprias sobre o tema podem ter de alterá-las para atender à exigência da Fifa de que o comércio do produto seja permitido. O projeto seguirá agora para o Senado Federal.

O debate sobre a venda de bebidas alcoólicas foi o principal na reta final da tramitação do projeto. O governo federal chegou a negar a existência de um acordo com a Fifa sobre o tema. Recuou depois, mas se negou a apoiar o texto do relator, Vicente Cândido (PT-SP), que liberava expressamente o comércio do produto nos estádios. Na visão dos próprios líderes governistas estados e municípios que têm lei contra a venda de bebida terão de mudar suas regras. Levantamento divulgado pelo Estado mostra que em cinco das sete sedes há este tipo de problema.

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A decisão sobre a bebida foi tomada em duas votações nominais. Na mais apertada, o governo venceu por 237 votos a 178, quando precisa de maioria simples dos presentes. "Minha interpretação é que vai ter que mudar", diz Jilmar Tatto (SP), líder do PT. "Cada estado vai ter de analisar o que vai fazer", diz o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, porém, acredita que o problema está resolvido. Na visão dele, as leis estaduais e municipais estariam subordinadas à norma federal. O ministro, inclusive, disse nesta quarta que a Fifa nunca reclamou da decisão do governo no tema. "As informações que tem no Ministério e no Poder Executivo é que nunca houve nenhum problema levantado pela Fifa em relação ao teor do projeto original".

As alterações no texto votado pela Câmara foram feitas até a última hora. Nesta quarta, decidiu-se que 10% dos ingressos para jogos do Brasil terão de ser vendidos a preços populares na chamada categoria 4, na qual as entradas deverão custar cerca de U$25,00. Esta categoria é destinada a idosos, estudantes e beneficiários do programa Bolsa Família e terá 300 mil ingressos na Copa do Mundo de 2014 e 50 mil na Copa das Confederações de 2013.

O texto aprovado garante aos idosos o direito de comprar bilhetes pagando a metade do preço em todas as categorias e mesmo em pacotes de hospitalidade. Em relação às pessoas com deficiência, permite-se aos entes federados e à Fifa celebrar acordos para vender 1% dos ingressos a este público. Esta redação não garante o acesso destas pessoas aos bilhetes.

Em outro tema polêmico, o da responsabilidade civil, optou-se pela manutenção da proposta do governo em que a União vai responder por prejuízos causados por ação ou omissão. A Fifa tentou emplacar uma garantia de ressarcimento "independente de culpa", mas não conseguiu. O texto aprovado garante, porém, que a União assuma a responsabilidade de ressarcir a Fifa e seus parceiros em caso de acidente ou incidente de segurança relacionados aos eventos, exceto se tiver havido participação da entidade ou da vítima.

Foi mantida no texto a previsão de se decretar feriados nacionais em dias de jogos do Brasil. Estados e municípios poderão ainda decretar feriados ou pontos facultativos em dia de jogos em sua jurisdição. As férias escolares, no ano de 2014, terão de compreender o período da Copa. Também foi aprovada a possibilidade de uso de aeroportos militares para atender possíveis excessos de demanda.

O projeto procura dar segurança jurídica à Fifa para a realização dos eventos no Brasil. São dadas garantias especiais para a proteção de marca e de direitos comerciais e de imagem, além da facilitação de vistos para pessoas com relação com os eventos. A Lei Geral da Copa introduz na legislação penal brasileira penas para quem falsificar produtos da Fifa ou tentar utilizar dos eventos para ações de marketing ou obter lucro sem ser parceiro da entidade.

Os deputados aprovaram também a definição de uma área de restrição na qual somente poderão ser vendidos produtos de patrocinadores da Fifa. Esta restrição vai valer em área de no máximo dois quilômetros ao redor das arenas e serão fixadas pelos municípios. Foi explicitado, porém, que quem já estiver estabelecido dentro desta área poderá continuar trabalhando desde que não busquem associar sua atividade econômica aos eventos. Segundo o relator, essa regra vale inclusive para vendedores ambulantes.

A proposta contempla ainda a criação de uma premiação para os jogadores titulares e reservas da seleção brasileira campeões nos anos de 1958, 1962 e 1970. Eles receberão R$ 100 mil e uma pensão de até R$ 3,9 mil mensais. No caso de o ex-atleta já ter falecido, seus dependentes poderão receber.

A Câmara dos Deputados acaba de aprovar o projeto da Lei Geral da Copa, ressalvados os cinco destaques que visam a modificar o texto apresentado pelo relator da matéria, deputado Vicente Cândido (PT-SP). A aprovação se deu em votação simbólica. Quase a totalidade dos deputados presentes apoiou a proposta. Os deputados do PSOL foram os únicos que votaram contra a matéria.

A Lei Geral da Copa disciplina os direitos comerciais da Federação Internacional de Futebol (Fifa) na realização da Copa do Mundo de 2014 e estabelece privilégios temporários à entidade e seus associados durante o evento esportivo.

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Aprovado o texto principal, os deputados iniciam daqui há pouco a votação dos cinco destaques que visam a alterar o texto aprovado. Desses, dois terão votação nominal. Entre os destaques apresentados, o mais polêmico é o que retira do texto a possibilidade da venda e do consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol durante a Copa do Mundo de 2014.

 

O relator da Lei Geral da Copa na Câmara, o deputado federal Vicente Candido, disse que ambulantes que estiverem regularizados em suas prefeituras poderão trabalhar durante a Copa de 2014. Mas ainda não estão definidos os locais em que eles poderão ficar. Essa decisão foi tomada após uma reivindicação do Centro Único dos Trabalhadores (CUT), que levou este tema a discussão na Câmara pelo deputado Jilmar Patto.

"O temor da CUT é que os camelôs pudessem ser preteridos ou excluídos ali daquela área de exclusividade em torno dos estádios. Isto está garantido na Constituição Federal. nós estamos reproduzindo no texto. Quem estiver plenamente estabelecido está garantido, não haverá nenhuma agressão por parte do organizador. Quem está legalizado, está estabelecido, ambulante ou não. Nós estamos avocando a Constituição. A FIFA respeitará isso", disse Vicente Cândido.

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Para o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, esta medida será suficiente para suspender qualquer legislação estadual que proíba a venda. Para os líderes dos partidos, a redação ainda exigirá negociações com os estados que possuem legislação própria sobre o assunto - opinião compartilhada por Cândido. Mas, para o relator, a negociação também precisará passar pelo Ministério Público.

O texto da Lei Geral, que será votado ainda nesta quarta-feira (28), também terá a previsão de cota de ingressos de 1% para pessoas portadoras de necessidades especiais. Além disso, o documento definirá as chamadas zonas de restrição comercial em torno dos estádios, num raio de 2km.

 

 

 

A votação da Lei Geral da Copa foi mais uma vez adiada. O projeto, que define as regras para o mundial, é uma das prioridades do Palácio do Planalto, mas não tem previsão de ser votado. Depois de chamar os deputados ruralistas de “predadores da agricultura” o líder do PT na Câmera, Gilmar Tato, disse hoje que vai diminuir o tom e conversar com os partidos da base.

Tudo isso porque a bancada ligada à agricultura aderiu a estratégia da oposição de só votar a lei geral da copa depois que for marcada a data da votação do Código Florestal. O líder do PT disse ainda que se o governo ceder nesse ponto depois ficará impossível de dialogar.

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Uma demonstração de que o Planalto não vai ceder a essas pressões. De qualquer forma, o líder do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP), já assumiu o compromisso de discutir o mérito do código florestal com os partidos de base em uma reunião na semana que vem. Mas a data da votação do código ainda não foi definida.

E sobre a demora na análise da Lei Geral da Copa, o ministro dos esportes, Aldo Rebelo, disse hoje que isso não compromete o calendário e que o governo vai trabalhar para aprová-la ainda em março ou, no mais tardar, no início de abril.

A crise na base aliada da presidente Dilma Rousseff impediu a votação do projeto da Lei Geral da Copa nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados. O principal foco de insatisfação é a falta de uma data para a votação do novo Código Florestal, mas partidos aliados aproveitaram o clima de insatisfação na Casa para impedir a aprovação do projeto envolvendo o Mundial de 2014.

A sessão desta quarta-feira foi tumultuada. Quase todos os partidos da base aliada se posicionaram contra a votação do projeto. Eles ameaçaram apoiar um requerimento da oposição que pedia a retirada de pauta. Por fim, decidiram por obstruir a sessão, impedindo que se alcançasse o quórum de 257 deputados para a votação do requerimento. Com isso, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), encerrou os trabalhos. E a votação da Lei Geral da Copa ficou para a próxima semana.

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"Se fosse votar o mérito, temo que não tivéssemos votos para aprovar, o que seria uma sinalização ruim do País para a Fifa. Então precisamos trabalhar para que essa maioria silenciosa de hoje se transforme numa maioria estridente a favor na semana que vem", disse um dos líderes que trabalhou pela obstrução, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Além do Código Florestal, diversos deputados criticaram a condução do governo no debate sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante os eventos da Fifa. Também nesta quarta-feira, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, fez nova mudança no entendimento sobre o tema. Segundo ele, mesmo com o texto original, que apenas retira a proibição do Estatuto do Torcedor, não seria necessário que os Estados alterassem leis contrárias à venda de bebidas alcoólicas. Grande parte dos deputados, porém, desconfia que esse discurso não se sustentaria no Judiciário e, na prática, os Estados teriam de alterar suas leis.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, recuou nesta quarta-feira na informação de que os governadores também teriam assinado garantias sobre a venda de bebidas alcoólicas em estádios na Copa do Mundo de 2014 e, assim, deveriam alterar suas legislações que proíbem este comércio. Agora, ele diz que o texto original do governo, que apenas retira a proibição constante no Estatuto do Torcedor, é suficiente para resolver a polêmica porque subordinaria as outras leis estaduais e municipais.

"Embora a matéria configure um caso de legislação concorrente, a nossa interpretação é que a norma nacional, ou seja, a norma geral, subordina a norma estadual. E que, dessa forma, a aprovação da Lei Geral segundo o que foi enviado pelo poder Executivo resolve, não só a questão no âmbito nacional, mas também nos Estados", disse o ministro, após participar de um evento do PCdoB na Câmara.

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Apesar da reviravolta, o ministro reconheceu que esta visão não é consensual. "É a nossa interpretação, embora haja quem interprete de outra forma. Mas isso só se sabe depois da legislação aprovada", afirmou Aldo Rebelo. Ele chegou a dizer que o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), que tinha criticado a decisão de repassar o problema para os Estados, estava "mal informado".

Na terça-feira, o próprio Aldo Rebelo e a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) reconheciam que o texto escolhido para a Lei Geral da Copa neste tema deixava o problema da venda de bebidas alcoólicas para os Estados. Eles destacavam ainda que, como os Estados também tinham dado garantias para a Fifa, não haveria dificuldades na questão. "Os governadores que participaram das candidaturas a sediar a Copa também assinaram essas garantias", disse o ministro do Esporte na terça. "Não só o Brasil, como os 12 governadores assinaram também", repetiu Ideli.

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014, José Maria Marin, visitou nesta quarta-feira o Congresso Nacional e afirmou que as assembleias legislativas estaduais terão "responsabilidade" no debate sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante os eventos da Fifa - além do Mundial, o Brasil receberá a Copa das Confederações de 2013.

O texto da Lei Geral da Copa, que pode ir a voto na Câmara ainda nesta quarta, não fará uma liberação expressa da venda e caberá a Estados e municípios que têm leis contrárias revogá-las para atender à exigência da Fifa. "No Congresso existe essa consciência dessa responsabilidade. Nas respectivas casas de leis dos respectivos Estados vai haver a mesma consciência e a mesma responsabilidade daquilo que é melhor para o Brasil", afirmou Marin.

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Para ele, o repasse do problema não cria "embaraço" para a organização do Mundial. Marin reconheceu que podem existir atrasos em algumas obras para o evento. "As críticas de atrasos, algumas, podem até se justificar, mas felizmente a grande maioria dos estádios está seguindo sua construção". Ele disse que os problemas serão sanados. "Eu acredito que no devido tempo tudo estará realizado".

A visita do novo presidente da CBF a Brasília é em busca de acordo político. Ele assumiu o cargo neste mês substituindo Ricardo Teixeira, que ficou 23 anos na função. Na conversa com os deputados da comissão de Turismo e Desporto, Marin fez uma defesa do "legado" do antecessor, mas prometeu mais transparência e interlocução com o Congresso. Uma audiência formal foi marcada para o dia 11 de abril.

Marin procurou destacar que foi parlamentar e governador de São Paulo, tendo, portanto, "origem política". Antes da reunião na Câmara, o dirigente esteve no Senado. Ele visitou o líder do PSDB, Alvaro Dias (PR), notório crítico de Teixeira, e o líder do DEM, José Agripino (RN). Na saída do Senado, ele cometeu uma gafe ao chamar a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), de primeira-dama.

A falta de acordo para a votação do projeto do novo Código Florestal contaminou o clima na Câmara e impediu a votação da Lei Geral da Copa nesta terça-feira. Líderes da oposição e deputados da bancada ruralista só aceitam votar o projeto sobre o Mundial de 2014 se for marcada uma data para a apreciação do Código Florestal. O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), vai tentar negociar uma solução para o impasse até esta quarta-feira.

No Código Florestal, o grande problema é que o governo não aceita muitas alterações no projeto aprovado no ano passado pelo Senado, enquanto deputados ruralistas querem mudanças, principalmente na parte que obriga quem desmatou antes de 2008 a recompor as áreas devastadas. Os ruralistas decidiram vincular a votação desse projeto à Lei Geral da Copa para pressionar o governo a chegar a um acordo. Marco Maia deu 24 horas de prazo para que se avance na negociação sobre o calendário.

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O novo adiamento da votação da Lei Geral da Copa ocorre mesmo depois de o governo ter fechado sua posição sobre o ponto mais polêmico do projeto, a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Será retomado o texto original que apenas retira a proibição presente no Estatuto do Torcedor e, assim, a Fifa terá de negociar a liberação da comercialização com cada Estado que receber jogos do Mundial. Segundo o relator do projeto, Vicente Cândido (PT-SP), em sete das 12 sedes há leis proibindo a venda.

O líder do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), afirmou que a vinculação da Lei Geral da Copa ao Código Florestal ocorre porque até parte da própria base aliada não acredita na articulação política do governo. "Até na própria base já não se acredita mais em entregar a Lei Geral sem ter uma data para a votação do Código", afirmou. Segundo o deputado tucano, Marco Maia tem de marcar a data para a análise do outro projeto e ser o "avalista" do acordo. Assim, o PSDB não obstruiria a votação da Lei Geral da Copa.

O governo não gostou da forma adotada pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para resolver o impasse relativo ao Código Florestal. Na reunião de líderes dos partidos da coalizão, nesta terça, Maia tranquilizou os que se posicionam ao lado dos ruralistas e querem modificar o texto aprovado pelo Senado.

"Com entendimento ou sem entendimento, eu vou marcar a data de votação do Código Florestal", garantiu o presidente da Câmara. A expectativa dos ruralistas, que ameaçam impedir a aprovação da Lei Geral da Copa enquanto suas reivindicações não forem atendidas, é que o Código Florestal entre na pauta em abril, logo após o feriado da Semana Santa.

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Dilma avalia, no entanto, que os deputados do PT e os articuladores do governo no Congresso não podem ceder a pressões. Pelas contas do Palácio do Planalto, se a votação do Código Florestal fosse hoje, o governo seria derrotado de goleada. É por isso que a intenção do Planalto é adiar ao máximo a apreciação do projeto, se possível para depois da Rio + 20, a Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável, que será realizada em junho, no Rio.

A crise na base aliada do governo dificulta a previsão sobre o resultado das próximas votações. Não há entendimento nem mesmo na bancada do PT sobre o melhor texto relativo à Lei Geral da Copa.

Apesar das tensões dentro da base aliada, o líder do governo na Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse nesta segunda-feira que vai tentar votar a Lei Geral da Copa ainda nesta semana. Chinaglia se reuniu pela manhã com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Também estiveram presentes os ministros do Esporte, Aldo Rebelo; das Relações Institucionais, Ideli Salvatti; da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas; e de Minas e Energia, Edison Lobão; além do vice-presidente Michel Temer e do líder do governo Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM).

Todos os compromissos assumidos pelo governo brasileiro para receber o Mundial de 2014 foram repassados durante a reunião. "A questão central na visão do governo é que um País como o nosso não pode deixar de cumprir compromissos internacionais assumidos. Isso diz respeito à nação brasileira e não a esse ou àquele governo", disse Chinaglia. O líder do governo na Câmara disse que procurará os líderes da base do governo e da oposição para esclarecer "um ou outro ponto, especialmente aqueles onde aflorou alguma divergência de opinião". "Avalio que seja possível votarmos essa semana", afirmou.

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De acordo com o petista, Dilma fez referência à Lei Geral da Copa como "um dos pontos importantes para o governo". Questionado sobre a resistência da bancada religiosa para aprovar a liberação de bebida alcoólica nos estádios, Rebelo respondeu: "A bebida alcoólica está relacionada com convicções pessoais, morais, religiosas, que respeitamos. Nós estamos aqui tratando de compromissos assumidos pelo governo brasileiro, pelo Estado brasileiro e que devem ser cumpridos e honrados, e nesse aspecto é que o governo faz o apelo no sentido de que esses compromissos sejam honrados."

De acordo com Chinaglia, tanto o projeto original do governo quanto o parecer do deputado Vicente Cândido (PT-SP) atendem os interesses do Palácio do Planalto. "Tem o projeto original do governo, tem parecer do relator da matéria, aprovado na comissão especial, portanto, em principio qualquer uma das duas (propostas) serve. Nós vamos definir por qual, e será amanhã na base do governo, aquela que entendermos que dê mais conforto para a votação", afirmou Chinaglia.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, se encontrou na última sexta-feira com Dilma para melhorar a relação da entidade com o governo brasileiro e pressionar as autoridades para aprovar a Lei Geral da Copa.

A votação da Lei Geral da Copa na Câmara foi adiada para a próxima semana, mesmo depois de o governo apoiar a retirada da permissão da venda de bebidas alcoólicas, tema mais polêmico do projeto. Além da mudança do texto, contribuíram para o adiamento a troca na liderança do governo e a exigência de deputados ruralistas de que o Código Florestal tivesse precedência na votação.

Com isso, a presidente Dilma Rousseff receberá o presidente da Fifa, Joseph Blatter, sem ter a lei aprovada e ainda sob a efervescência do debate sobre a venda de bebidas. A entidade quer a liberação por ter uma cervejaria entre seus patrocinadores.

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A reviravolta em relação às bebidas alcoólicas gerou surpresa até no relator do projeto, deputado Vicente Cândido (PT-SP). "Eu estou surpreso e o Aldo Rebelo (ministro do Esporte) também", disse o deputado após a reunião de líderes que discutiu o tema. Nessa reunião, técnicos da Secretaria de Relações Institucionais e da Casa Civil informaram aos deputados não haver "compromisso formal" do governo com a Fifa para permitir a venda de bebidas.

O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), telefonou para a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann para confirmar essa informação. Diante disso, os líderes da base decidiram que não apoiariam o texto do relator propondo a liberação. "É um problema de relação comercial da Fifa", resumiu o líder do PT, Jilmar Tatto (SP).

Isolado, Cândido disse que vai alterar seu parecer retomando o texto original do governo nesse ponto. Ele ressalta, porém, que esta redação vinda originalmente do Palácio do Planalto suspendia o artigo do Estatuto do Torcedor que proíbe "entrar e permanecer" com bebidas nos estádios. Técnicos do governo, porém, argumentam que o Estatuto não proíbe o comércio dentro das arenas e que essa supressão seria desnecessária.

Com a nova posição, o governo joga a responsabilidade da venda de bebidas para os Estados e municípios, com quem a Fifa poderá negociar diretamente a permissão de venda. "Ainda há possibilidade de cada unidade da federação fazer o acordo com a Fifa", disse Chinaglia.

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