Tópicos | Relíquias

A Polícia Federal deflagrou nesta terça, 5, a Operação Elona, para investigar supostos crimes de venda de materiais arqueológicos, estelionato e alteração de locais, em razão do valor arqueológico. A ofensiva mira um suspeito que se coloca como 'caçador de relíquias' e retira do Rio Acre, na altura do estirão da Gameleira, materiais arqueológicos, sem autorização.

Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do suspeito em Rio Branco, onde foi localizado grande parte do material arqueológico sob investigação. Segundo a PF, foi realizada a prisão em flagrante de um indivíduo na posse das relíquias.

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Os materiais arqueológicos resgatados foram encaminhados ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que 'fará a destinação adequada para a conservação dos objetos', indicou a corporação.

Segundo a divisão técnica do Iphan no Acre, as relíquias seriam 'garrafas de Stoneware (Grés) do século XIX, além de garrafas de vidro provenientes da Holanda, Irlanda, Inglaterra e Portugal'. "São materiais de diversos tamanhos e tipologias, que foram trazidas para a região na época da Revolução Acreana e, sobretudo, durante os Ciclos da Borracha, possuindo, portanto, mais de 100 anos e, consequentemente, um grande valor histórico".

As investigações tiveram início a partir de notícia de crime, informando a possível comercialização de materiais arqueológicos na internet em plataformas digitais. A Polícia Federal indicou ainda que as apurações continuarão em andamento para identificar outros envolvidos no esquema.

Na madrugada desta terça- feira (11), a Faculdade de Direito do Recife (FDR), localizada no centro da capital, foi alvo de arrombamento e furto. Em publicação em rede socia, a FDR relata que equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos foram levados do local.

A Polícia Federal (PF) foi acionada na tarde desta terça-feira (11) para realizar as apurações iniciais do caso. Segundo informações recebidas pela PF, os criminosos teriam entrado pelo telhado e tiveram acesso ao anexo da instituição de ensino através de uma janela. Foram furtados pelo menos três computadores e um HD, que armazenavam digitalizações de documentos históricos e relíquias culturais que já haviam sendo coletado há mais de quatro anos. 

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Ainda foi confirmada a falta de outros equipamentos do prédio, como: um bebedouro, um frigobar, uma cafeteira, dois estabilizadores, uma impressora, quatro monitores e um microcomputador. A instituição lamenta a perda dos equipamentos e, principalmente, das pesquisas e digitalizações realizadas que tinham como objetivo tornar o acervo acessível para consulta através da internet para toda a população brasileira, principalmente estudantes.

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Estão sendo realizadas as primeiras investigações e perícias no local de crime e câmeras de circuito interno serão analisadas. Além disso, verificação de impressões digitais estão sendo colhidas a fim de analisar vestígios que possam facilitar a identificação dos criminosos. Funcionários da instituição serão ouvidos e o inquérito foi instaurado. 

O crime foi considerado como furto simples, com penas que podem chegar até quatro anos de reclusão. Entretanto, a depender do agravantes do crime também poderá ser caracterizado furto qualificado, que elevaria a pena para oito anos de reclusão. Para qualquer informação que possa identificar os suspeitos podem ser feitas pelo disque-denúncia pelo número 3421-9595. As investigações seguem em sigilo.

Quando chegou ao mercado, esta tecnologia tornou possível levar a música para todos os lugares. Isso sem falar na possibilidade de criar sua própria playlist, com aquela seleção escolhida a dedo, literalmente. Os dedos que apertavam play, rec e pause. Estamos falando das fitas cassete, que no século passado, em 1963, revolucionaram a maneira de se relacionar com a música.

Até aquele momento, os discos de vinil dominavam o mercado fonográfico. Eles eram mais caros e difíceis de transportar e, por isso, a chegada do cassete causou uma verdadeira revolução musical. Possibilitando a gravação de músicas em dois lados, o A e o B, cada um, em média, com 30 minutos de duração, as fitas se transformaram em objetos cativos, com seleções musicais bem pessoais e, também, por serem mais baratas, virou febre entre bandas de garagem que, antes, não tinham como gravar e distribuir suas demos. O auge dos K7 se deu nos anos 1980 mas, não durou muito.

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No início da década seguinte, 1990, a criação do Compact Disc trouxe nova revolução com seu imenso espaço que armazenava até 700mb de conteúdo em formato digital. O resto da história, todo mundo já conhece, as tecnologias foram levando a música para outros formatos, como o MP3 e, atualmente, os serviços de streaming como Spotify e Deezer já eliminaram quase que por completo, até o sucessor das fitas, o CD.

Lado A

Porém, a trajetória meteórica dos cassetes deixou saudade em alguns. Apaixonados por este suporte continuam guardando suas fitas, algumas consideradas relíquias, e gravações bastante pessoais como de encontros familiares, mesmo quando não se pode mais ouví-las.

É o caso de Marcelo Tompson, engenheiro de pesca, de 53 anos. Nascido e criado em uma casa onde a música era mais uma moradora, ele herdou dos pais o amor pelo jazz, música clássica e popular. Sua coleção de cassetes guarda parte da história da residência localizada no bairro de Casa Forte, no Recife. Seu pai sempre investiu em equipamentos de som de qualidade e acabou transformando uma garagem em uma sala de música. Era lá que a família recebia os amigos, muitos deles músicos profissionais, para noitadas de cantoria e audição de vinis e fitas com suas seleções especiais.

Genoveva Tompson, mãe de Marcelo, também cantava, e muitas das fitas guardadas no acervo do filho trazem sua voz. Os dois lamentam não terem mais o equipamento específico para colocarem os K7's para tocar: "Eu fico furiosa que não posso mais ouvir", diz. Marcelo planeja adquirir um suporte em breve para poder digitalizar todo o material: "A gente tem um acervo extraordinário. Pra gente é uma preciosidade.Tem coisas que nem tem mais em vinil nem no suporte digital", comenta. Revirando as fitas guardadas, ele percebe que uma das últimas a serem gravadas data do ano de 2001 e se surpreende: "Até o início deste século a gente ainda usava o cassete".   

Lado B

Elcy Oliveira, de 58 anos, o DJ Elcy, começou sua vida profissional nas picapes por volta de 1974. Ele que chegou a discotecar usando os cassetes, possui uma coleção imensa com raridades e muitas fitas que trazem lembranças familiares, inclusive de alguns já falecidos. "Sempre tive mania de registrar tudo", explica. Apesar de não se julgar um saudoso, ele lembra com carinho da história de cada fita e o bom estado delas demonstra o cuidado de um apaixonado pela música e seus suportes.

O acervo vai de relíquias do rock à várias demos de bandas pernambucanas. Elcy viu de perto o surgimento e florescimento do movimento Manguebeat e guarda registros desta época, alguns raros, como a voz de Chico Science numa vinheta gravada para uma rádio local na década de 1980. Diferentemente de Marcelo, o colecionador do Lado A, Elcy possui um gravador no qual pode ouvir seus cassetes. Tudo funcionando perfeitamente e, para qualquer eventualidade, ele também tem guardada uma fita que funciona especificamente para limpeza do equipamento.

"Eu cheguei a ter muito mais do que essas. Com o passar dos anos as coisas vão se perdendo. Mas cheguei a ter umas duas mil, mais ou menos", revela. Ele diz que o grande diferencial do K7 é a qualidade do som que, embora um pouco inferior que a do vinil, não se perde: "O vinil se gasta à medida que você vai tocando". Hoje em dia, o DJ trabalha com CD's e com a música em formato digital, tudo armazenado em HD's. A década de 1970 ficou guardada nas fitas e na lembrança: "Foi uma época legal, mas não tenho saudade da mídia. Tenho saudade só da época mesmo".

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Museu de novidades

Engana-se quem pensa que as fitas cassete são apenas item de colecionador. Existe um movimento no mercado fonográfico de volta a este suporte, e muitas bandas e artistas estão lançando trabalhos em K7, em pleno século 21. Pode-se citar diversos nomes, como dos grupos Herzegovina, Moptop, Patrulha do Espaço e o da Boogarins que lançou todos seus quatro discos neste formato, também. Na gringa não é diferente e bandas consagradas como a Metallica e artistas mais modernos como Nelly Furtado já fizeram lançamentos deste tipo. Não à toa, o aumento nas vendas de K7's, nos Estados Unidos, foi de 35% em 2017.

Aqui no Brasil, além das bandas, alguns selos e grandes gravadoras já estão igualmente apostando na volta do formato. Em São Paulo, o Contra Boots é especializado em gravações de shows de bandas independentes para lançá-los em fitas. E no Rio de Janeiro, a Polysom está se preparando para duplicar cassetes, após a compra de um maquinário que possibilita a duplicação de 100 cópias por hora. A produção está prevista para começar ainda em 2018.

 

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O Vaticano advertiu neste sábado os católicos que desejam presentear no Natal relíquias e recordações de santos, que é proibido o seu comércio, principalmente no próspero mercado da internet. "O comércio ou venda de relíquias está absolutamente proibido", determinou a Congregação para a Causa dos Santos, que fixou novas normas para a exposição de relíquias.

Ossos, fios de cabelo, dedos e pedaços de roupa de santos da Igreja Católica, alguns deles preservados e venerados durante séculos, atraem multidões de fiéis aos santuários onde as relíquias são exibidas. Mas nos últimos anos, sites de comércio de relíquias se multiplicaram e, em vários casos, enganam o comprador.

O Vaticano reiterou que não apenas foi proibida a venda, mas também as relíquias não podem ser expostas em igrejas para a veneração dos fiéis sem um certificado de autenticidade.

O manual elaborado pela Congregação para a Causa dos Santos explica que são consideradas relíquias insignes "corpos de beatos e santos, partes notáveis dos mesmo corpos ou todo o volume de cinzas derivado de sua cremação".

"São consideradas relíquias não insignes pequenos fragmentos do corpo de beatos ou santos, e objetos que estiveram em contato direto com suas pessoas".

As relíquias também "devem ser possivelmente guardadas em urnas seladas", e "conservadas e honradas com espírito religioso, evitando qualquer forma de superstição e comercialização", ressalta o Vaticano.

As novas disposições estabelecem que se evite dar publicidade a todo culto indevido, vigiar que não sejam substraídos relíquias ou material das urnas, e lembram que não se pode desmembrar os corpos para confeccionar relíquias.

O Vaticano adverte que, antes de realizar qualquer operação envolvendo as relíquias ou seus restos mortais, deve-se observar tudo o que está prescrito pela lei civil.

O novo rei da Tailândia recolheu nesta sexta-feira (27) as cinzas e os ossos de seu pai, incinerado em um grande funeral, que serão conservados como relíquias.

A pira foi acesa na quinta-feira (26) à noite a portas fechadas, após uma cerimônia que durou o dia todo, na despedida do monarca que reinou durante 70 anos no país, elevado ao status de semideus pela junta militar.

O corpo do rei Bhumibol Adulyadej, falecido em 13 de outubro de 2016 aos 88 anos, foi conservado por mais de um ano no palácio.

Nesta sexta-feira, o filho de Bhumibol, o rei Maha Vajiralongkorn, 65 anos, subiu as escadas do monumental crematório para recuperar as cinzas.

O monarca jogou água no local e depois utilizou as próprias mãos para colocar os ossos em seis urnas douradas com diamantes incrustados que serão levadas para o palácio em uma procissão.

Durante a cerimônia, o rei foi acompanhado por auxiliares que permaneceram de joelhos, como determina o rígido protocolo do palácio.

Na quinta-feira, mais de 300.000 tailandeses se reuniram, segundo as autoridades, ao longo do percurso da cerimônia funerária. Dezenas de milhares visitaram os templos de todo o país para prestar homenagem.

A adoração a Bhumibol é resultado de décadas de um culto à personalidade do monarca, que era apresentado como a garantia da estabilidade de um país marcado por profundas divisões políticas, entre ultramonárquicos e reformistas.

Para o funeral, o governo da junta militar e a monarquia, uma das mais ricas do mundo, não pouparam nos gastos: a cerimônia e a construção do crematório custaram quase 90 milhões de dólares.

Uma ampola com o sangue de João Paulo II e fragmentos de osso do beato polonês Jerzy Popielusko foram roubados do Santuário Montecastello, na cidade de Tignale, na província de Brescia, no último fim de semana, informou o jornal local "Brescia Oggi" nesta quarta-feira (25).

De acordo com a publicação, as relíquias foram roubadas, possivelmente, no último sábado (21) por pessoas que se passaram por turistas. O roubo teria ocorrido no início da noite, próximo ao horário de fechamento do monastério.

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Após a divulgação da mídia, o pároco de Tignale, dom Giuseppe Mattanza, fez um apelo para que as peças sejam devolvidas, mesmo que de maneira anônima. "Elas estão catalogadas e não poderão jamais ser vendidas legalmente", disse ainda Mattanza. Ele confirmou que a polícia já está investigando o caso.

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O Espaço Peligro e o Coletivo Expográfica iniciam nesta quinta (18), às 19h, a exposição Relíquias com a presença do artista pernambucano Daniel Santiago, convidado para realizar a performance A Roupa do Rei, como uma interlocução com a exposição. A mostra reúne objetos descartados e doados no intuito de exibirr para o público uma nova maneira de vê-los e ressignificá-los. A exposição, que é formada por André Dória e Eduardo Souza (Grupo Obcínico), traz na lista de objetos doados nomes de projeção internacional no universo da arte, como Auguste Rodin, Arthur Barrio, Dora Llongo Bahia, Hélio Oiticica, Jarbas Lopes, José Rufino, Lúcia Koch, Marília Furmam, Moacir dos Anjos, Montez Magno, Nelson Leirner e Rosângela Rennó.

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Atuante há 14 anos, o Grupo Obcínico foi constituindo este acervo durante toda a sua trajetória. Isto possibilitou que, através de um processo minucioso de coleta, catalogação, restauração e conservação, as Relíquias fossem preservadas na sua excelência, sendo agora expostas de forma única, pela primeira vez, para o público do Recife que tem a rara oportunidade de poder apreciar estas joias da Arte Contemporânea. Parte dos materiais usados na criação de objetos, de instalações e no manuseio das obras que foram expostas no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) serão reintroduzidos no circuito de arte. 

Além da exposição, haverá também como resultado das pesquisas desenvolvidas pelo Coletivo Expográfica o workshop A Expografia e sua Interlocução com a Arte Contemporânea nos dias 15 e 16 de maio, das 14h à 18h, no mesmo local da mostra. O curso vai relacionar às questões de concepção e planejamento de exposições desenhadas como plataforma para potencializar a fala/discurso da obra exposta. Os interessados devem se inscrever através do email coletivoexpografica@outlook.com

Serviço

Exposição Relíquias

Quinta (18), às 19h – abertura 

De Sexta (19) a 19 de maio, de terça a sábado, das 13h às 17h

Peligro (Rua Dona Ada Vieira, 112 – Casa Forte) 

 

Workshop A Expografia e sua Interlocução com a Arte Contemporânea

Dias 15 e 16 de maio, das 14h às 18h

Peligro (Rua Dona Ada Vieira, 112 – Casa Forte) 

 

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