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O percentual de faltantes no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado neste domingo (5), foi de 28,1%, de acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios. O índice é bem próximo do registrado no ano passado, quando as ausências chegaram a 28,3%.

Os dados divulgados pelo Inep e pelo Ministério da Educação (MEC), em coletiva de imprensa após a prova, foram extraídos de 98,3% dos polos de aplicação. A apuração da totalidade dos locais de prova deve ser divulgada na manhã da segunda-feira (6). 

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Foram 3.939.242 inscrições confirmadas, 13,1% (cerca de 460 mil inscrições) a mais que em 2022, e com o percentual de presenças em 71,9%. Entre os estados, o com o maior número de ausentes foi o Amazonas, 44%. A capital amazonense, Manaus, município mais populoso do estado, passa por uma forte crise ambiental em decorrência das queimadas na floresta amazônica, o que pode ter prejudicado os vestibulandos pelo risco ao sair de casa. O Acre foi o segundo estado com o maior número de faltantes, 33,2%. O com o menor índice foi Sergipe, 24,6%.

Participantes eliminados 

Na primeira fase do Enem 2023, 4.293 candidatos foram eliminados. Os critérios eliminatórios podem variar e consideram o regulamento do exame, que aponta a proibição de equipamentos eletrônicos e também a proibição de se ausentar do local de prova antes do horário estipulado. 

Já os candidatos que tiveram a participação afetada por problemas logísticos foram 905. Estes podem participar da reaplicação da prova, que acontecerá em 12 e 13 de dezembro, para os candidatos que, por razões logísticas e outras, tiveram a aplicação impedida. Ao todo, 380 mil colaboradores participaram da realização do Enem, distribuídos em 9,4 mil locais de aplicação e 32 mil salas. Também houve dois casos de cadernos de prova divulgados antes do horário permitido; a Polícia Federal (PF) já investiga.

Balanço do Inep na íntegra

Informações sobre candidatos ausentes e presentes na primeira fase do Enem 2023. Divulgação/Inep

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse nesta quinta-feira, 16, que "jogou dinheiro na lata do lixo" com os estudantes que faltaram à última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele se referiu aos gastos com impressão de provas e logística para distribuir as avaliações. O exame, realizado em meio à pandemia, em salas com ocupação superior à prometida, teve recorde de abstenção.

"No outro Enem, havíamos aberto a oportunidade para muitos alunos fazerem a inscrição gratuitamente. Eles fizeram e simplesmente não compareceram na prova. Dei a eles (na inscrição deste ano) a oportunidade de justificar. Nada, zero. Simplesmente não responderam", disse Ribeiro em audiência nesta quinta-feira, 16, no Senado. "Peguei 300 milhões de reais quando comprei prova, contratei logística, impressão. Peguei 300 milhões (de reais) do MEC e joguei na lata do lixo", completou.

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Segundo Ribeiro, por causa da gratuidade obtida na edição passada da prova, muitos jovens faltaram. Neste ano, os alunos ausentes no último exame não conseguiram isenção na inscrição do Enem. Essa situação resultou em número de inscritos muito menor do que o verificado nos anos anteriores, puxado principalmente pela diminuição nas inscrições de alunos pobres e negros. O ministro disse que o objetivo de não conceder a gratuidade neste ano foi para "dar uma disciplina" aos jovens. "As pessoas têm de ter responsabilidade."

"Meu objetivo nunca foi tolher. Estou querendo dar uma disciplina", disse Ribeiro. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, por unanimidade, a reabertura das inscrições do Enem pelo Ministério da Educação (MEC) com isenção da taxa a quem faltou na edição passada. O ministro informou que mais 45 mil alunos já se inscreveram nessa nova rodada de inscrições da prova, principal porta de entrada para o ensino superior.

A edição de 2020 do Enem foi realizada em janeiro deste ano, em meio ao aumento de infecções pela covid-19 e pouco antes do pico da segunda onda, que lotou hospitais em todo o País. Apesar de o MEC prometer ocupação de 50% das salas, os aplicadores receberam planos de salas com ocupação superior, de 80%. Em alguns casos, os estudantes fizeram o exame em classes cheias, sem o distanciamento mínimo para evitar a contaminação. Também houve alunos barrados no momento do exame após as salas ultrapassarem a ocupação de 50%.

Ribeiro disse ainda, no Senado, que não falta dinheiro para a educação. "Falta gestão", falou Ribeiro. A pasta, no entanto, foi a mais atingida pelo bloqueio de verbas realizado em abril pelo presidente Jair Bolsonaro. E o próprio MEC teve de apelar ao Ministério da Economia para garantir o pagamento de bolsas a pesquisadores e a realização do Enem, conforme revelou o Estadão.

'Opte por uma escola de nível técnico', diz ministro

O ministro voltou a afirmar que a grande demanda do Brasil é de investimentos no ensino técnico - e não no ensino superior. Há um mês, em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, Ribeiro disse que as universidades brasileiras deveriam ser para poucos. E que os institutos federais, com ensino tecnológico e profissionalizante, serão "as vedetes" do futuro.

"(O diploma de ensino superior) não é garantia de que você (jovem) sairá empregado. Por isso, opte por uma escola de nível técnico", voltou a dizer o ministro nesta quinta. "E se você tiver a vocação no futuro, de estudar, faça isso. Mas com salário, condições, equilíbrio. Você vai poder escolher o curso, quem sabe até pagar pelo curso."

Apesar de dizer que o foco deve ser o ensino tecnológico e profissionalizante, os institutos federais tiveram redução de 20% no orçamento este ano e não têm recursos para laboratórios, refeitórios e bolsas, como mostrou o Estadão.

Nos últimos anos, o número de alunos nessas instituições vem crescendo, mas a verba disponível não acompanha o tamanho da rede. Em 2021, o orçamento discricionário, para despesas como contas de água, luz e limpeza, baixou de R$ 2,39 bilhões, em 2020, para R$ 1,91 bilhão.

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou hoje (4), por unanimidade, a suspensão das consequências para quem não votou nas eleições municipais de 2020, que havia sido determinada no mês passado pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso.

Os ministros não estipularam prazo para a medida, embora a resolução aprovada deixe claro que não se trata de uma anistia, que somente poderia ser aprovada pelo Congresso Nacional. O ministro Tarcísio Vieira defendeu que o TSE envie ao parlamento manifestação em prol do perdão ao eleitor, mas a sugestão ainda deve ser melhor analisada pelo tribunal.  

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Entre as justificativas para a suspensão, a resolução cita que “a persistência e o agravamento da pandemia da Covid-19 no país impõem aos eleitores que não compareceram à votação nas Eleições 2020, sobretudo àqueles em situação de maior vulnerabilidade, obstáculos para realizarem a justificativa eleitoral”.

O texto da norma considera ainda a “dificuldade de obtenção de documentação comprobatória do impedimento para votar no caso de ausência às urnas por sintomas da Covid-19”.

O prazo para justificar ausência no primeiro turno encerrou-se em 14 de janeiro. O limite para justificar a falta no segundo turno é 28 de janeiro. Ambas as datas marcam os 60 dias após as votações, que ocorreram em 15 e 29 de novembro.

O que diz a Constituição

Pela Constituição, o voto é obrigatório para todos os alfabetizados entre 18 e 70 anos. Em decorrência disso, o Artigo 7º do Código Eleitoral prevê uma série de restrições para quem não justificar a ausência na votação ou pagar a multa. Enquanto não regularizar a situação, o eleitor não pode:

- inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se neles;

- receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;

- participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos territórios, do Distrito Federal ou dos municípios, ou das respectivas autarquias;

- obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos;

- obter passaporte ou carteira de identidade;

- renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; e

- praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.

 

 

Quem não compareceu ao primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no último domingo (3), poderá realizar a segunda etapa do processo seletivo. A participação, no entanto, servirá apenas como autoavaliação.

No primeiro dia, o Enem contou com questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação. No próximo domingo (10), segunda etapa do Exame, os candidatos enfrentarão quesitos de Ciências da Natureza e matemática.

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Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela aplicação da prova, o boletim de desempenho individual dos faltosos do primeiro dia apresentará somente as notas da prova realizada. “Quem não realizou o exame por problemas logísticos poderá solicitar a reaplicação. Atenção: não é qualquer acontecimento que pode ser considerado problema logístico! Para o Inep, problemas logísticos são casos excepcionais, como desastres naturais (que prejudiquem a aplicação do exame devido ao comprometimento da infraestrutura do local), falta de energia elétrica (que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural) ou erro de execução de procedimento de aplicação pelo aplicador que incorra em comprovado prejuízo ao participante”, informou o Inep.

De acordo com o Inep, a solicitação de reaplicação poderá ser feita de 11 a 18 novembro, por meio da Página do Participante. “A solicitação não significa direito à reaplicação. Os casos serão avaliados, individualmente, pela Comissão de Demandas do Inep. O resultado da solicitação poderá ser consultado, também, na Página do Participante. A reaplicação do Enem 2019 irá acontecer nos dias 10 e 11 de dezembro, para quem tiver o pedido aprovado”, comunicou o Instituto.

Pelos canais oficiais do Inep, os estudantes podem esclarecer os motivos – não previstos no edital do Exame - pelos quais faltaram ao primeiro dia do Enem. O telefone disponível é 0800-6161-61, bem como os candidatos podem acessar o autoatendimento do Ministério da Educação (MEC).

O Ministério da Educação (MEC) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram os primeiros dados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018, durante coletiva na noite deste domingo (11). O histórico de ausentes teve queda nos dois dias em relação aos anos anteriores.

Somando os dois dias, houve uma média de ausentes de 27,05%. O primeiro dia contou com uma ausência de 24,90% e, no segundo dia, de 29,20%. Em 2017, a taxa foi de 29,80% e 32%, respectivamente. E em 2016 foi de 30,01% e 30,12% respectivamente.

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A diferença no crescimento de ausentes do primeiro para o segundo dia, entretanto, foi maior na edição deste ano. Para o ministro da Educação, Rossieli Soares, os números ainda são positivos. “Historicamente a ausência do segundo dia é sempre maior. Há alunos com algum problema de logística, alguns que acabam se desanimando com algum acontecido no primeiro dia. Mas os ausentes do segundo dia também são menores em comparação aos últimos anos”, explicou.

Rossieli destacou também que o número de ausentes não significa abstenção, que considera a falta nos dois dias e só poderá ser consolidado nos próximos dias. De modo geral, houve redução no número de inscritos em 2018. Foram 5.513.749 inscritos em 2018 contra 6.731.344 em 2017 e 8.356.215 em 2016.

Eliminações

Neste segundo dia de provas, foram confirmadas 66 eliminações de inscritos. Segundo o MEC e o Inep, 64 eliminações foram por causa do descumprimento de regras gerais do edital, como se ausentar antes do horário permitido, utilizar impressos e não atender orientações de fiscais. Uma eliminação foi por revista no detector de metal e mais uma por recusa da coleta do dado biométrico.

A divulgação dos gabaritos e cadernos de questões está marcada para o dia 14 de novembro. A aplicação da prova para pessoas privadas de liberdade e reaplicações estão agendadas para os dias 11 e 12 de dezembro. Já a divulgação dos resultados deve ocorrer até o dia 18 de janeiro de 2019.

 

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve seu menor índice de abstenção dos últimos anos, segundo o ministro da educação Rossieli Soares, com participação 75,1% dos candidatos confirmados. A taxa corresponde ao número de 4.139.319 participantes. O número de faltosos é equivalente a 29,4% dos inscritos.

A edição 2018 do Enem também foi a com maior taxa de confirmação eletrônica, segundo a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini. Do montante de 5.513.749 de inscritos, 89,45% consultaram o Cartão de Confirmação de Inscrição, em que estão indicados dados como endereço do local de prova.

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Do total de feras que fizem o Enem, 71 foram desclassificados. Desses, 67 tiveram participação cancelada por descumprimento das regras, como desobedecer instruções do fiscal de sala. Outras duas eliminações foram devido ao porte de ponto eletrônico, em Minas Gerais. Outras duas pessoas foram desclassificadas por recusa a usar o detector de metais.

Por outro lado, estudantes que fizeram o Enem em dois locais de prova em Porto Nacional, no Tocantins, e em Franca, São Paulo, terão que refazer o primeiro dia da avaliação. Nesses municípios, houve a queda de energia, causando a interrupção na aplicação do exame. Os prejudicados deverão fazer a segunda parte do Enem no próximo domingo (11) e, posteriormente, solicitar, pelo site do Inep, a reaplicação da prova, realizada nos dias 11 ou 12 de dezembro.

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