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Indicada para comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal da Câmara, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) pretende colocar em votação um projeto para acabar com o que ela chama de "ativismo judicial". Ela é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal sob suspeita de organizar atos antidemocráticos. "Não quero o STF interferindo nas minhas funções de parlamentar", afirmou Bia ao Estadão/Broadcast.

A parlamentar disse já ter conversado com o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), autor de projeto que inclui na lista dos crimes de responsabilidade a "usurpação de competência do Congresso" por parte de ministros do Supremo. A proposta está parada na CCJ desde 2016. Uma das principais apoiadoras do governo Jair Bolsonaro, a deputada tem a bênção do novo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), para ser a primeira mulher da história a comandar a CCJ.

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O governo passou uma lista de projetos prioritários para o Congresso votar e incluiu medidas da pauta de costumes. A sra. vai dar prioridade a essa agenda?

Claro, porque a pauta de costumes ficou completamente obstruída nos últimos dois anos. É preciso avançar nisso também, buscando equilíbrio. Falei com o deputado Sóstenes sobre uma pauta para combater a usurpação de poder do Legislativo, para podermos usar medidas de freio e contrapeso e não permitir o ativismo judicial avançando nas nossas pautas.

A sra. participou, divulgou e convocou pessoas para participar de protestos onde havia pessoas pedindo o fechamento do STF, a volta da ditadura...

Mas eu nunca carreguei esses cartazes. Vamos ser muito honestas aqui. Tem uma manifestação com 10 mil pessoas de verde e amarelo, bandeira do Brasil, cantando o Hino, apoiando o presidente. Aí, você tem um grupinho de uma ou duas pessoas ali com um cartaz. Qual é a responsabilidade que temos sobre isso?

A sra. é contra o fechamento do Supremo?

Óbvio que sou contra, sou uma jurista. Quero um Supremo que funcione cumprindo seu papel constitucional. Eu sou contra o ativismo judicial do STF. Agora, como parlamentar, não quero o STF interferindo nas minhas funções de parlamentar. É muito diferente. E outra, relatório da PF já disse que não tem nenhum elemento para indiciar a mim ou qualquer outra pessoa no inquérito. Eu não sou investigada em nenhum crime.

E na CPI da Fake News?

Essa CPI das Fake News teria de acabar, ela é uma vergonha.

Acha possível fazer acordo com a oposição para que pautas importantes avancem na CCJ?

Me sinto perfeitamente apta, tanto com capacidade jurídica para isso, como com capacidade política. Existe muita narrativa que não se sustenta. Quem conhece meu trabalho sabe que eu sou uma pessoa de diálogo, de negociar.

Como as bandeiras de Bolsonaro devem avançar agora nesse novo Congresso?

Falei com (Arthur) Lira e ele disse que a intenção é pautar junto com os líderes. Pautas conservadoras andarão.

O que fará se chegar um pedido de impeachment na CCJ?

Isso seria absolutamente enterrado, porque é preciso ter crime do presidente Bolsonaro. Mas acredito que não chega até a CCJ.

Existe a chance de a sra. não ser a presidente da CCJ?

Só se houver uma quebra de acordo, o que vai ser muito ruim para o Congresso. Isso iria desmoralizar uma gestão que chegou com o compromisso de acordo.

PERFIL

O Brasil se aproximava das 20 mil mortes por Covid-19, em maio, quando a deputada Bia Kicis surgiu no plenário da Câmara com uma máscara estampando os dizeres "E daí?". Era uma tentativa de relativizar a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre a doença, feita dias antes, e mais uma amostra de sua fidelidade ao bolsonarismo.

A mudança de comando na Casa, agora nas mãos de Arthur Lira (Progressistas-AL), deve render a Bia a presidência do mais prestigiado colegiado, a Comissão de Constituição e Justiça. Se confirmada como chefe da CCJ, caberá a ela liderar os trabalhos do grupo que tem como atribuição analisar a constitucionalidade de todos os projetos da Câmara.

Bia é investigada no inquérito das fake news que tramita no Supremo Tribunal Federal. Segundo as investigações, ela teria usado a cota parlamentar para custear disparos de mensagens favoráveis ao fechamento do Congresso e do STF.

Aos 59 anos, a deputada é ex-procuradora do Distrito Federal e emergiu na política na esteira dos atos em favor do impeachment de Dilma Rousseff. Com bandeiras conservadoras, ela se aproximou de Bolsonaro em 2014 e se tornou fiel escudeira na campanha de 2018.

Embora dialogue com movimentos de mulheres, ela rechaça o feminismo. Defende ainda o voto impresso e o projeto conhecido como "escola sem partido". Na pandemia, destacou-se pela postura negacionista e como uma das principais disseminadoras de desinformação sobre o novo coronavírus.

Em uma das publicações de maior repercussão, a parlamentar comemorava o fim do lockdown em Manaus. Pouco depois, a capital amazonense mergulhou em um colapso no sistema de saúde, com pacientes morrendo asfixiados por falta de oxigênio em hospitais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM) afirmou que "há um constrangimento, não há como negar", sobre a indicação da deputada Bia Kicis (PSL-DF) para o comando da Comissão de Constituição e Justiça pelo partido a que pertence. Segundo Ramos, em entrevista à rádio CBN, o mal-estar é tanto externo, em relação à imprensa, tribunais e parcela grande da população, quanto interno.

Conforme relatou, Ramos disse ter sido procurado pela deputada e a aconselhou a construir uma relação de confiança com setores da sociedade até a data da eleição para a presidência do colegiado, sob risco de ser derrotada por uma candidatura avulsa. "A senhora tem uma dificuldade de estabelecer uma relação de confiança com o conjunto de líderes, com uma parcela da sociedade e com os tribunais superiores do País com os quais a Comissão de Constituição e Justiça deve ter um diálogo sadio e fraterno", Ramos disse ter dito a Kicis.

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"Há uma reação muito grande da sociedade. A deputada Bia Kicis foi muito agressiva com membros do Supremo Tribunal Federal. Ela, em determinado momento, defendeu o que se chama de intervenção militar constitucional, o que é uma aberração. Não existe intervenção militar dentro da Constituição", disse o deputado à rádio.

Segundo afirmou Ramos, está prevista para as 10h, reunião da Mesa Diretora e, às 15h, encontro do Colégio de Líderes. "Aí, sim, vamos saber como está maduro este assunto dentro da Câmara", disse o deputado sobre a indicação de Kicis.

A deputada Bia Kicis (PSL-DF) vai presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Câmara. É a CCJ que analisa a legalidade de projetos de lei, de propostas de emenda à Constituição, podendo até mesmo "segurar" denúncias por lacunas jurídicas e barrar o andamento de cassações de parlamentares e processos de impeachment.

Após a eleição de Arthur Lira (Progressistas-AL), líder do Centrão, à presidência da Câmara e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) ao comando do Senado, nesta segunda-feira (1°), o presidente Jair Bolsonaro contará agora com outra aliada no Congresso.

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Bolsonarista de carteirinha, investigada no inquérito das fake news - que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e apura a disseminação de notícias falsas contra ministros da Corte -, Kicis anunciou nesta terça-feira (2), pelo Twitter, que substituirá o deputado Felipe Francischini (PSL-PR) na presidência da CCJ. "É uma grande honra para mim e muita responsabilidade, para a qual meus 24 anos como procuradora, um ano como primeira vice-presidente da CCJ e meu amor pelo Brasil me habilitam, com fé em Deus!", escreveu a deputada.

A escolha de Kicis, que foi procuradora do Distrito Federal, faz parte de um acordo pelo qual o deputado Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, fica com a primeira secretaria da Mesa Diretora, colegiado responsável por decisões administrativas e até políticas da Câmara.

Bivar é da ala do PSL rompida com Bolsonaro. Kicis, por sua vez, representa o bolsonarismo mais radical. É negacionista e em várias ocasiões usou as redes sociais para manifestar posição contrária a medidas de isolamento para combater o novo coronavírus.

Em maio do ano passado, por exemplo, a deputada apareceu no plenário da Câmara usando uma máscara de proteção com a inscrição "E daí?" A pergunta virou o símbolo do descaso quando, em 28 de abril, Bolsonaro afirmou não ter o que fazer em relação ao recorde de mortes na pandemia.

Em setembro, Kicis também chegou a prestar depoimento na Polícia Federal no inquérito aberto para apurar o financiamento de atos antidemocráticos. "Foi tranquilo mas fica aquela sensação de que a valorosa Polícia Federal deveria estar empregando seu tempo e o dinheiro dos contribuintes na investigação de bandidos", disse ela, na ocasião, em mensagem postada no Twitter.

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta reagiu à montagem que a deputada Bia Kicis (PSL-DF) publicou nas redes sociais na tarde deste domingo (27) com os rostos dele e do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro pintados de preto, sugerindo que ambos poderão buscar vagas de emprego na rede Magazine Luiza, em referência ao programa de trainee apenas para negros anunciado pela empresa.

Procurado pelo Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Mandetta declarou, por meio de mensagem: "Racista nauseabunda. Chula. Pequena. Inútil. Abjeta. RACISTA!!!!!". Depois, por telefone, afirmou que lamenta profundamente ver um parlamentar se prestar a esse tipo de provocação.

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"É triste ver isso. Para mim, não ofende em nada ser caracterizado como negro. Muito pelo contrário. Sou totalmente favorável à companha da Magazine Luiza. Já era fã da dona Luiza e seria, com orgulho, um garoto propaganda de sua loja", disse Mandetta.

Bia Kicis provocou uma onda de indignação nas redes sociais, depois de publicar a montagem ofensiva. Ao perceber as reações ao que classificou como "piada", disse que não tinha feita nada demais, que não perdeu seu "bom humor" e que não via nenhum problema em publicar uma "chargezinha".

Nesta tarde, sem citar o nome de Bia Kicis, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes foi ao Twitter para criticar manifestações de racismo. "O preconceito racial é uma das maiores chagas da nossa tradição colonial. Qualquer iniciativa - seja do Estado ou da iniciativa privada - que vise a reparar a história de segregação da população negra deve ser louvada, jamais achincalhada. Racismo é crime e fomentá-lo também", escreveu Gilmar.

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O governo vai reorganizar a articulação no Congresso após a derrota na votação da proposta de emenda à Constituição que transformou o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em programa permanente. Em reunião ministerial, anteontem, o revés sofrido na Câmara foi debitado na conta do ministro da Economia, Paulo Guedes.

A estratégia do Palácio do Planalto para o novo freio de arrumação prevê agora que nada seja negociado no Congresso sem aval do ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos. Além disso, o presidente Jair Bolsonaro fará mais trocas em sua equipe de articuladores no Legislativo. Depois da destituição da deputada Bia Kicis (PSL-DF), ele planeja trocar o líder do governo na Câmara.

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A função é hoje ocupada por Major Vitor Hugo (PSL-GO), mas a ideia é que o deputado Ricardo Barros (PP-PR) - integrante do Centrão e ex-ministro da Saúde no governo Michel Temer - assuma a vaga. A mudança só não ocorreu ainda porque Bolsonaro procura um posto de destaque para encaixar Vitor Hugo, considerado um aliado fiel. Vitor Hugo e Ramos, porém, não se entendem. Além disso, o deputado é criticado por seus próprios pares.

A destituição de Bia Kicis da vice-liderança do governo no Congresso, publicada anteontem em edição extra do Diário Oficial da União, foi mais um movimento do presidente para se afastar da ala radical do bolsonarismo nesta fase em que precisa ampliar sua base de sustentação. A deputada é uma das mais ferrenhas apoiadoras de Bolsonaro e foi surpreendida com a dispensa.

"O simbolismo dessa troca é exatamente esse, porque, em um momento em que a gente começa a retomar o ritmo da questão legislativa, o presidente deixa claro que, sempre que precisar e achar correto, trocará o líder ou o vice-líder", disse o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO) ao Estadão/Broadcast. "O cargo de líder, e incluo o meu nisso, é de prerrogativa do presidente da República."

Estopim

Na prática, a gota d'água para a saída de Bia Kicis ocorreu após ela ter passado recibo da derrota do Planalto na votação do Fundeb, segundo apurou o Estadão/Broadcast. O governo articulou uma manobra para "vender" a imagem de que havia saído vitorioso em plenário. Chegou mesmo a mudar de posição na última hora, quando percebeu que perderia. Mesmo assim, a então vice-líder do governo fez questão de manter o voto contra a proposta que prorrogou o Fundeb, escancarando o racha.

Guedes, por sua vez, tentou destinar recursos do novo Fundeb ao Renda Brasil, programa que ainda está sendo desenhado pela equipe econômica para substituir o Bolsa Família. A negociação não deu certo e acabou "atropelando" a Secretaria de Governo. Nenhum dos ministros quis se manifestar.

Bia Kicis disse, depois, que votou de acordo com sua consciência, como sempre fez o próprio Bolsonaro quando era deputado. Na avaliação de aliados bolsonaristas, o presidente tenta se distanciar de políticos que vivem em atrito com o Supremo Tribunal Federal (STF). Alvo de inquérito das fake news na Corte, Bia Kicis ficou magoada com Bolsonaro, que ainda busca um nome para substituí-la.

O presidente foi aconselhado pelo núcleo militar do governo a arquivar o estilo de permanente confronto com as instituições depois que ele e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), seu filho mais velho, entraram na mira de investigações. Flávio é suspeito de se beneficiar de um esquema de "rachadinha", quando era deputado estadual no Rio. Segundo o Ministério Público do Rio, o esquema era operado pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, hoje em prisão domiciliar.

No início deste mês, o Planalto fez outras mudanças nos cargos de vice-liderança da Câmara para contemplar parlamentares do Centrão. Além disso, Bolsonaro oficializou a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) como interlocutora do governo. 

A Executiva Nacional do PSL estuda expulsar a deputada federal Bia Kicis (DF) por causa de seu voto contrário à Proposta de Emenda à Constituição que tornou o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em programa permanente. A informação foi dada ao Broadcast Político, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, pelo deputado Junior Bozella, que é presidente da legenda em São Paulo.

"Se o próprio Bolsonaro retaliou os bolsonaristas não é o PSL que vai passar a mão na cabeça. O partido nunca foi omisso com aqueles que depõem contra os interesses da nação", afirmou Bozella. O Fundeb é o principal mecanismo de financiamento da educação básica no País. A PEC foi aprovada na Câmara e agora precisa ser analisada pelo Senado.

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Na quarta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro destituiu Bia Kicis da vice-liderança do governo no Congresso. A deputada é uma das mais ferrenhas apoiadoras de Bolsonaro e foi surpreendida com a dispensa. Além dela, outro seis deputados do PSL votaram contra a mudança no Fundeb durante o primeiro turno da votação na Câmara. Todos são apoiadores de Bolsonaro, mas a legenda ainda não informou se o tratamento dado a Bia Kicis será estendido aos demais.

Como o Broadcast Político mostrou nesta quinta-feira, a retirada da parlamentar da função foi mais um movimento do presidente para se afastar da ala radical do bolsonarismo nesta fase em que precisa ampliar sua base de sustentação. A intenção do governo é reorganizar a articulação no Congresso após a derrota na votação da PEC do Fundeb.

Na prática, a gota d'água para a saída de Bia Kicis ocorreu após ela ter passado recibo da derrota do Planalto na votação do Fundeb. O governo articulou uma manobra para "vender" a imagem de que havia saído vitorioso em plenário. Chegou mesmo a mudar de posição na última hora, quando percebeu que perderia. Mesmo assim, a então vice-líder do governo fez questão de manter o voto contra a proposta que prorrogou o Fundeb, escancarando o racha.

Bia Kicis disse, depois, que votou de acordo com sua consciência, como sempre fez o próprio Bolsonaro quando era deputado. Na avaliação de aliados bolsonaristas, o presidente tenta se distanciar de políticos que vivem em atrito com o Supremo Tribunal Federal (STF). Alvo de inquérito das fake news na Corte, Bia Kicis ficou magoada com Bolsonaro, que ainda busca um nome para substituí-la.

O presidente Jair Bolsonaro retirou a deputada Bia Kicis (PSL-DF) da função de vice-líder do governo no Congresso Nacional. A decisão foi publicada em edição extra na noite dessa quarta-feira (22), no Diário Oficial da União.

Kicis é deputada federal de primeiro mandato e uma das principais aliadas do presidente no Congresso.

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A mensagem não dá detalhes sobre o motivo da saída.

Na noite de terça-feira (22), Bia Kicis foi uma dos setes parlamentares que votou contra à Proposta de Emenda à Constituição (PEC 15/1), que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Pelo Twiiter, Bia Kicis disse que votou “de acordo com sua consciência”. “Eu segui o exemplo do presidente Jair Bolsonaro, que quando foi parlamentar só votou de acordo com a consciência dele. Pra mim, ele é um modelo e continua sendo um modelo”, disse a deputada.

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) usou as redes sociais na tarde desta terça-feira, 16, para informar que entrou com um requerimento junto à Câmara dos Deputados pedindo que "faça valer" a imunidade parlamentar do também deputado federal, e companheiro de partido, Daniel Silveira (PSL-DF).

Citando Rodrigo Maia, ela pede que sejam devolvidos os pertences do parlamentar apreendidos na Operação Lume, realizada na manhã desta terça-feira, 16, a pedido da Procuradoria-Geral da República e por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A Polícia Federal cumpre 21 mandados de busca e apreensão em cinco Estados e no Distrito Federal no âmbito do inquérito sobre a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. Ambos os deputados tiveram o sigilo bancário quebrado por ordem Alexandre.

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"A Constituição Federal, em seu artigo 53, prescreve que: 'Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos'. Estamos diante de uma flagrante ação de agressão direta à inviolabilidade de um de nossos pares e de uma claríssima afronta à Constituição Federal", diz Bia no documento exposto em sua página no Twitter.

Membro da base aliada de Jair Bolsonaro (sem partido), Daniel Silveira usou sua conta no Twitter nesta manhã para dizer que a Polícia Federal estava em seu apartamento. Além do deputado, entre outros alvos da ação estão o blogueiro Allan dos Santos, o empresário e advogado Luís Felipe Belmonte, principal operador político do Aliança pelo Brasil, o publicitário Sérgio Lima, marqueteiro do partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta criar, e o investidor Otavio Fakhoury, financiador do site Crítica Nacional. A ofensiva mira ainda youtubers bolsonaristas.

"Polícia Federal em meu apartamento. Estou de fato incomodando algumas esferas do velho poder. E cada dia estarei mais firme nessa guerra! Ah! E não nos esqueçamos nunca: #NaoMexamComWeintraub. Força & Honra!", afirmou o parlamentar.

Com o principal escalão dos parlamentares bolsonaristas inclusos na investigação da Polícia Federal voltada ao combate de fake news, nesta quarta-feira (27), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) deu instruções às aliadas para evitar prisões. Além de políticos, militantes, apoiadores e sites de informação acusados de disseminar notícias falsas foram alvo da operação.

A ala responsável por confrontar a oposição e defender o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi classificado como "Gabinete do ódio". Preocupado com a fragilização da base política de apoio, Eduardo criticou a operação da PF e ressaltou as regalias da imunidade parlamentar para evitar a prisão das deputadas Carla Zambelli e Bia Kicis.

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"Prezadas @CarlaZambelli38 e @Biakicis ,vale lembrar que deputado só pode ser preso mediante flagrante delito de crime inafiançável. Se for para ser ouvido o deputado é que marca hora e local. Quem não respeitar isso comete, no mínimo, abuso de autoridade", tuitou o filho 02 do presidente, que garantiu que os mandados de busca e apreensão desestabilizam a democracia.

Ele acusou o Judiciário de "morosidade" em relação à análise de crimes de corrupção e disse que a investigação é uma tentativa de constranger "conservadores" inocentes.

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A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) usou uma máscara de proteção com a frase "E daí?" durante sessão plenária na Câmara dos Deputados na quarta-feira (20). A frase foi dita pelo presidente Jair Bolsonaro quando questionado sobre o grande número de mortos pelo novo coronavírus e gerou grande repercussão.

"E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", afirmou o presidente após pergunta de repórter em frente ao Palácio da Alvorada. A frase teve repercussão internacional.

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No Twitter, a deputada compartilhou vídeo que, segundo ela, inspirou fã a doar a máscara que ela usou. No vídeo, Kicis diz frases imprecisas como "E daí que cidadãos de bem estejam apanhando da polícia e guardas municipais, pelo simples exercício de seu direito constitucional de ir e vir" e "E daí que estão gastando rios de dinheiro com caixões, aberturas de covas, sacos para defuntos, mas o número geral de mortos em 2020 é inferior ao mesmo período de 2019?"

Bia Kicis também disse "antes e daí do que 'ainda bem'", em referência à fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula declarou que "ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus", pois a população entenderia a necessidade do Estado. O ex-presidente se desculpou pela frase, que classificou como "infeliz".

Na quarta-feira (20), o Ministério da saúde divulgou o maior registro de mortes em 24 horas no Brasil assim como a maior quantidade de casos confirmados. Já são 18.859 mortes pela Covid-19 e 291.579 infectados.

O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), instituição jurídica secular - a mais antiga do País -, firmou posicionamento contrário à proposta de alteração da Lei dos Crimes de Lavagem de Dinheiro (Lei 9.613/1998), com o objetivo de incluir os advogados no rol do artigo 9.º, que relaciona as pessoas sujeitas a mecanismos de controle de suas movimentações financeiras e transações comerciais.

Na sessão ordinária da última quarta-feira (12), o plenário do IAB aprovou, por unanimidade, os pareceres dos relatores André França Barreto, da Comissão de Direito Penal, e Luiz Viana Queiroz, da Comissão de Direito Constitucional, contrários ao projeto de lei 3.787/2019, da deputada federal Bia Kicis (PSL/DF).

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A presidente nacional do IAB, Rita Cortez, encaminhará os dois pareceres ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, para "providências cabíveis".

Os relatores classificaram o projeto como "inconstitucional e atentatório aos princípios e garantias relativos ao exercício da advocacia".

"É mais uma tentativa de criminalização da advocacia, especialmente a que atua na área criminal", afirmou Luiz Viana Queiroz em seu parecer, sustentado pelo presidente da Comissão de Direito Constitucional, Sergio Sant"Anna. De acordo com André França Barreto, "esta não é a primeira e, ao que parece, não está perto de ser a última".

Segundo IAB, "a parlamentar, ao justificar no projeto de lei a inclusão dos advogados e escritórios de advocacia no âmbito dos que devem ter seus fluxos financeiros monitorados, equiparou à lavagem de dinheiro os pagamentos de honorários advocatícios feitos por meio de valores suspeitos de ter origem ilícita".

O projeto de lei propõe, ainda, alteração no Código Penal, para que sejam enquadrados no crime de receptação qualificada aqueles que receberem honorários advocatícios "sabendo que são provenientes de produto de crime". A pena prevista é de um a quatro anos de reclusão.

A deputada defende ainda que, para minimizar os riscos de se tornarem réus em ações criminais, os advogados deveriam realizar uma ampla investigação para verificar as fontes de recursos de cada potencial cliente.

Ela sugere no projeto que os advogados sejam obrigados a informar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) todos os valores recebidos de clientes.

André França Barreto criticou duramente a proposta de investigação dos clientes e disse que o projeto "visa a enfraquecer a proteção ao indivíduo frente ao Estado". "Desde a promulgação da Carta cidadã, nos idos de 1988, jamais estivemos tão distantes da democracia", afirmou o criminalista.

Ele comentou a importância da advocacia para a proteção da cidadania. "A Constituição Federal prevê expressamente, em seu artigo 133, a indispensabilidade do advogado na administração da Justiça".

Ainda segundo o relator, "o direito penal não está a serviço do Estado, mas do indivíduo, que tem como última fronteira não a lei, mas o advogado".

Em seu parecer, o constitucionalista Luiz Viana Queiroz também criticou o projeto de lei. "Além de inconstitucional, a proposta é incompatível com a magnitude constitucional do direito de defesa, como também contrária ao legítimo exercício da advocacia e aos pressupostos que fundamentam a criminalização da lavagem de dinheiro", afirmou Queiroz.

Segundo ele, o projeto fere a Constituição Federal e o Estatuto da Advocacia. De acordo com o constitucionalista, em caso de aprovação do projeto de lei pelo Congresso, a criminalização deveria ser estendida a todas as profissões.

"Certamente, não haveria razão para não abranger todo e qualquer profissional que receba justa remuneração pela prestação de serviços mediante pagamento por pessoa que ostente patrimônio que se deva supor de origem ilícita", sugere.

Para Luiz Viana Queiroz, estariam sujeitos à criminalização de suas atividades profissionais "o funcionário que recebe salário de uma empresa que sonega impostos, o médico que cobra consulta daquele que auferiu recursos de maneira ilícita e, ainda, o candidato a cargo eletivo que recebeu doação eleitoral oficial de quem praticou um crime e destinou parte do produto da infração penal a esse fim".

Em mais um capítulo da crise do PSL, o partido decidiu nesta quinta-feira, 12, expulsar a deputada Bia Kicis (PSL-DF). Em uma notificação assinada pelo presidente do partido Luciano Bivar (PE), a qual a reportagem teve acesso, a sigla alega "grave infração ética" e "infidelidade partidária" como motivos para a punição. Procurada, a deputada disse ainda não ter sido notificada sobre o assunto.

"É notório que a deputada em questão vem realizando campanha em favor do partido em formação denominado 'Aliança' e para tanto desacreditando a agremiação à qual pertence atualmente e contraindicando a permanência de filiados e novas filiações a esta agremiação", diz ainda Bivar no documento.

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Kicis é ligada ao presidente Jair Bolsonaro e faz parte da ala do partido denominada "bolsonarista". Na terça-feira, 10, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), havia acatado a suspensão de 14 parlamentares do PSL - todos do grupo "bolsonarista". Essa punição permitiu que os oponentes, ligados ao dirigente da sigla, Luciano Bivar, ficassem com a maioria na Câmara para elegerem a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) como líder, derrubando do posto Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). No entanto, essas suspensões foram revogadas hoje por Maia, a partir de uma decisão judicial.

Ontem, ao conceder sua primeira entrevista como líder, Joice mandou um recado para Kicis. "A deputada Bia Kicis tem de decidir se fica ou não no partido porque ela é a única que tem prerrogativa de sair do PSL. Pode sair imediatamente sem perder o mandato porque ela foi eleita pelo PRP, legenda que não existe mais", afirmou Joice ontem ao responder sobre a presidência da Comissão, Constituição e Justiça (CCJ), da qual Bia é a vice-presidente e Felipe Francischini (PSL-PR) é o presidente.

Ainda ontem, Kicis disse ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que considerava a possibilidade de deixar o PSL e tinha convites de outros partidos.

O clima esquentou durante a ouvida da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo no Congresso, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), nesta quarta-feira (4). Ao mostrar um post da sua também deputada pelo PSL, Bia Kicis, em que continha uma montagem da imagem de Adélio Bispo desferindo a facada contra Bolsonaro durante a campanha presidencial e Joice de outro lado.

Bia argumentou que “alguém inteligente” vai entender que sua comparação é para mostrar que Joice é uma traidora e que não fez alusão a sua imagem como assassina. A aliada do presidente ainda reforçou que o julgamento da conduta de Joice ao se afastar de Bolsonaro está sendo “julgada pelo povo nas redes sociais neste momento”. “Não se tratam de robôs, as pessoas individualmente estão indo às redes lhe chamar de traidora”, frisou na Comissão.

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Joice não confrontou a fala da correligionária e se resumiu em rir na fala de Bia. Pelo Twitter a #JoiceTraidora está sendo bastante usada. Há usuários que estão fazendo montagens da deputada falando na Comissão com o rosto substituído pela da personagem da Pepa Pig. 

 

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) publicou, nesta sexta-feira (1º), um vídeo em que, segundo ele, registra o momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) o mandou "fechar a matraca".

Nesta semana, durante participação na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Fake News, o tucano afirmou ter sido puxado pelo braço pelo presidente, para uma reclamação do pedido de prisão que fez no plenário da Câmara para o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz. E, na ocasião, apontou que a deputada Bia Kicis (PSL-DF) estava no momento. Ela negou. 

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Além de mandar Frota calar a boca, segundo a publicação, Jair Bolsonaro teria dito que gostaria de "continuar transando" com o deputado.

"Fecha essa matraca puta que pariu eu quero continuar transando com vc [sic], disse Bolsonaro", escreveu Alexandre Frota. O vídeo não está tão audível e dá para entender poucas palavras, como "matraca".

"Estou postando porque a Bia Kicis disse que não estava no dia e que não tinha visto. Podem conferir ela entre eu e ele ainda prestando atenção na conversa e com um leve sorriso. Está de óculos", emenda o tucano.

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Alexandre Frota pediu a prisão de Fabrício Queiroz no dia 14 de fevereiro. Segundo ele, depois disso, Flávio Bolsonaro chegou a dizer para ele que o pai não havia gostado da postura do deputado. 

Na disputa pelo comando da Procuradoria-Geral da República, o subprocurador-geral Paulo Gustavo Gonet Branco afirmou ao presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, 8, que "nenhum candidato a procurador pode prometer que não vai apresentar alguma ação que desagrade ao governo, mas que não vai atrapalhar". A afirmação é da deputada Bia Kicis (PSL-DF), que acompanhou Gonet na conversa com o presidente. Bia Kicis e Gonet foram colegas na Universidade de Brasília (UnB).

Segundo a parlamentar, ela apresentou Gonet ao presidente como mais um "bom nome" e "uma excelente alternativa" na disputa. Bolsonaro tem conversado com outros candidatos e deve tomar uma decisão até a próxima segunda-feira, 12. "O bom é que presidente tem opções. Pior seria se não tivesse", afirmou a deputada à reportagem.

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Bia Kicis admitiu que a conversa com o subprocurador-geral Augusto Aras estão "mais adiantadas" porque ele esteve mais vezes com Bolsonaro. Também afirmou que o presidente disse hoje que "gostou" do procurador regional da República da 1.ª Região Lauro Cardoso, que tem formação militar e esteve ontem com ele no Palácio do Planalto. Ela não descartou, no entanto, que a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, possa ser reconduzida ao cargo.

A deputada destacou que o presidente disse que está "olhando para frente e não para trás" ao avaliar os nomes dos candidatos ao posto. Em seguida, esclareceu que ele não está levando em conta declarações ou atos dos candidatos que ocorreram no passado, e sim como cada um se apresenta atualmente.

Sobre o fato de Gonet ter sido sócio do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bia Kicis avalia que os dois não possuem mais ligação. "Não tem nada a ver. Isso é ruído", declarou. Ela também disse que Gonet tem apoio da ala mais conservadora dos procuradores, o que poderia ajudar a "pacificar" a carreira.

Assim como outros interlocutores, Bia considera que a escolha do novo procurador-geral será "a nomeação mais importante" do mandato de Bolsonaro. Ela defendeu que, independente de quem seja escolhido, o novo PGR "não pode trabalhar contra, nem atrapalhar" a atual gestão. "Tem que respeitar o governo e não pode ter ideologia", destacou.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL) externou toda sua admiração ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesta terça-feira (6). Ao mesmo tempo que o presidente vem sendo alvo de muitas críticas, a parlamentar aproveitou para explanar as qualidades dele.

“Eu queria que cada um de vocês, por um minuto, pudessem estar ao lado do presidente Jair Bolsonaro para verem o quanto ele é querido”, comentou a deputada, que cumpre agenda oficial com Bolsonaro em São Paulo.

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A deputada federal Bia Kicis (PSL) também acompanha a comitiva do presidente na capital paulista que, ainda nesta terça, estará no município mineiro de Itabira inaugurando uma estrutura oncológica para atender a população local.

“O carinho que vemos no rosto das pessoas, a esperança em dias melhores. Não tem preço. Deus o abençoe”, complementou Zambelli sobre Bolsonaro.

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A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) pediu, nesta quinta-feira (25), uma punição exemplar para o grupo que hackeou os celulares do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou hoje que a Polícia Federal (PF) informou ao governo o ataque contra os aparelhos usados pelo presidente.

 Para Bia Kicis, o caso é de segurança nacional. “Invadir telefone do presidente Jair Bolsonaro já ultrapassou todos os limites. A punição há que ser exemplar!”, considerou, em publicação no Twitter. “E não venham com esse papo de hacker com problemas psiquiátricos não”, acrescentou a deputada.  

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De acordo com o Ministério da Justiça, Jair Bolsonaro já foi comunicado que foi alvo de ataques. Até o momento, ele não se posicionou sobre o assunto.  

O grupo apontado como responsável pelo hackeamento foi preso na última terça-feira (23). Os suspeitos são Walter Delgatti Neto, Gustavo Henrique Elias Santos, Suellen Priscila de Oliveira e Danilo Cristiano Marques. A PF informou que eles podem ter hackeado cerca de mil celulares, entre os quais estão incluídos os de autoridades dos Três Poderes e jornalistas.

Deputados do PSL defenderam nesta quinta-feira (25) a proposta de capitalização prevista na reforma da Previdência, após encontro com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

A proposta prevê que o trabalhador que ingressar no mercado de trabalho poderá optar pelo regime de capitalização, com a garantia de que nenhum trabalhador receberá menos que um salário mínimo, por meio de um fundo solidário. O trabalhador poderá escolher livremente a entidade de previdência, pública ou privada, e a modalidade de gestão de reservas, com possibilidade de portabilidade.

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O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), ressaltou que o que se está propondo “é uma nova Previdência. Não é uma reforma. É uma poupança que cada trabalhador vai poder fazer”.

Capitalização

Segundo a deputada Bia Kicis (PSL-DF), o partido vai defender a capitalização usando o termo “poupança garantida”. “O ministro Paulo Guedes conseguiu passar que o novo sistema é a Previdência da poupança garantida. Capitalização remete a banco. Não tem banco envolvido. Vão ser gestores de previdência”, destacou.

Ela acrescentou que cada jovem que tiver seu primeiro emprego, terá a liberdade de escolher onde quer aplicar o seu dinheiro. “É um sistema de poupança e todo mundo sabe que poupança é o que faz o país crescer, o dinheiro gira, gera emprego. É uma poupança garantida pelo Estado”, argumentou.

A capitalização, além de mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural são pontos polêmicos de discussão da proposta de reforma da Previdência.

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) está coletando assinaturas para revogar a 'PEC da Bengala', proposta de emenda à Constituição que elevou de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória de magistrados, em 2015. Um efeito prático da revogação da medida seria ampliar de dois para quatro o número de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) que deixariam a Corte durante o mandato presidencial de Jair Bolsonaro. Além de Celso de Mello e Marco Aurélio Mello, que vão completar, respectivamente, 75 anos em novembro de 2020 e julho de 2021, se aposentariam também os ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

Questionada pelo jornal O Estado de S. Paulo se não seria um favorecimento à atual gestão, a deputada Bia Kicis respondeu que não houve nenhuma ingerência no Executivo e nem conversas com o presidente sobre o assunto. "É uma iniciativa minha", disse ela, que já foi procuradora no Distrito Federal. "É um pedido recorrente porque essa PEC gerou uma grande paralisação e falta de oxigenação dentro das carreiras jurídicas". A PEC deu origem à Emenda Constitucional 88/2015 e postergou a aposentadoria de ministros do Supremo Tribunal Federal, dos demais Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União.

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No âmbito do Supremo, a parlamentar afirma que a revogação da PEC da Bengala poderia trazer um "começo de equilíbrio à Corte". Segundo ela, os ministros atuais são "alinhados a pautas adversas à maioria da vontade que o povo demonstrou nas urnas". "(Com as novas indicações) Teria um tribunal mais liberal em questões econômicas e mais conservador em questão de costumes. O mais importante é deixar de ter ativismo judicial. Não queremos juízes para julgar de acordo com suas consciências, mas sim juízes para julgar de acordo com a lei e a Constituição."

Bia Kicis afirma, ainda, que a Corte sempre foi respeitada, mas nos últimos anos tem agido "de forma a perder sua credibilidade". "Se eles tiverem sua função precisa que é julgar e não legislar, vai perder a importância de qual presidente indicou. Mas, hoje, as pessoas que estão lá estão praticando ativismo".

Para revogar a PEC, são necessárias 171 assinaturas, o equivalente a um terço da Câmara dos Deputados. Bia Kicis acredita que terá esse número em pelo menos dez dias.

Veja abaixo a composição atual do Supremo Tribunal Federal e as datas de indicações de cada integrante da Corte.

Indicado por Michel Temer

- Alexandre de Moraes - 2017

Indicados por Dilma Rousseff

- Edson Fachin - 2015

- Luis Roberto Barroso - 2013

- Luiz Fux - 2011

- Rosa Weber - 2011

Indicados por Luiz Inácio Lula da Silva

- Dias Toffolli - 2009

- Ricardo Lewandowski - 2006

- Cármen Lúcia - 2006

Indicado por Fernando Henrique Cardoso

- Gilmar Mendes - 2002

Indicado por Fernando Collor de Mello

- Marco Aurélio Mello - 1990

Indicado por José Sarney

- Celso de Mello - 1989

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