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O Instituto Butantan fez o repasse de mais de 80% das doses da vacina contra a covid-19 do primeiro lote que será entregue ao Ministério da Saúde até o fim deste mês. Nesta segunda-feira, 5, foi feita uma entrega de 1 milhão de doses, totalizando 37,2 milhões de doses da Coronavac entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

"Até 30 de agosto, 100 milhões de doses serão entregues ao Ministério da Saúde. Com o montante de hoje, nós já entregamos pouco mais de 80% do primeiro contrato firmado com o Ministério da Saúde, que estabeleceu a entrega de 46 milhões de doses (até 30 de abril)", disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Até o momento, foi feita a entrega de 80,8% das doses previstas da vacina.

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O segundo lote terá 54 milhões de doses da Coronavac, totalizando as 100 milhões de doses do imunizante, e está previsto para ser repassado até o fim de agosto.

Doria voltou a solicitar que o governo federal invista na aquisição de mais vacinas para acelerar o processo de imunização da população. "Precisamos de menos discussão, menos projeção e mais vacinas para que mais brasileiros possam ser imunizados. Quanto mais rápida for a imunização, mais vidas serão salvas e mais rapidamente voltaremos ao normal", disse.

Anunciado em 15 de março, o hospital de campanha em Santa Cecília, na região central de São Paulo, atrasou e deve ser entregue nesta semana. No anúncio, foi informado que ele teria capacidade para 180 leitos, dos quais 130 são de enfermaria e 50 de UTI, e atuação de 900 profissionais. A inauguração estava prevista para o fim do mês passado.

"Tivemos de fazer algumas reprogramações e adequações, especialmente as estruturas relacionadas aos gases medicinais, fato pelo qual acabou atrasando a nossa obra, que estaria prevista para ser entregue agora. Nós, muito possivelmente, faremos a entrega no sábado, com a possibilidade de nos antecipar. Talvez até sexta. Vamos correr para que essa estrutura esteja montada para acolher a nossa população", informou o secretário de Estado da Saúde Jean Gorinchteyn.

Sobre as filas por vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e escassez do kit intubação, o secretário informou que o governo do Estado tem ampliado vagas e solicitado ajuda ao Ministério da Saúde.

"O que fizemos ao longo do mês de março e estamos fazendo em abril é aumentar o número de leitos, resguardar a oferta de oxigênio e fazer aquisições de medicações do kit intubação, mas precisamos ter o apoio do Ministério da Saúde nos ajudando a adquirir mais medicamentos. O montante que recebemos na semana passada foi muito pequeno, capaz apenas de fomentar 48 horas de ação. Nós temos um estoque para alguns dias e estamos apoiando os municípios para que não haja escassez desses produtos", finalizou.

O Instituto Butantan entregou hoje (17) mais dois milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus para o Programa Nacional de Imunizações. Na última segunda-feira (15), o instituto já havia feito uma remessa de 3,3 milhões de doses do imunizante ao Ministério da Saúde.

O Butantan entregou até o momento 22,6 milhões de doses do imunizante CoronaVac, produzido em parceria com o laboratório chinês Sinovac. O cronograma prevê que, até o fim de abril, o instituto tenha disponibilizado 46 milhões de doses.

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O estado de São Paulo superou ontem (16) a marca dos quatro milhões de vacinados, sendo que 1,1 milhão de pessoas receberam as duas doses necessárias para completar a imunização.

Na fase atual da campanha, estão sendo vacinadas as pessoas de 75 e 76 anos. A partir da próxima segunda-feira (22) será a vez de quem tem entre 72 e 74 anos.

Estudos divulgados nessa segunda (8) indicam que as vacinas administradas no Brasil, CoronaVac (Sinovac) e Covishield (AstraZeneca/Oxford) são eficazes contra a variante brasileira P.1 no novo coronavírus. Segundo a agência Reuters, uma fonte ligada ao estudo confirmou que a pesquisa foi conduzida pelo Instituto Butantan.

A variante brasileira originada no Amazonas, P.1, vem gerando grande preocupação, já que o avanço do coronavírus no Brasil está exponencial mesmo com medidas protetoras sendo tomadas pelos governos estaduais. A carga viral nos infectados pela P.1 é dez vezes maior, fazendo com que se espalhe mais rapidamente a contaminação.

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Pensando nisso, empresas e institutos desenvolvedoras das vacinas que estão circulando no Brasil começaram a montar estudos para saber se poderão ser utilizadas nesses casos. Por enquanto, os resultados foram satisfatórios e tranquilizantes.

No caso da Covishield, o estudo de eficiência da vacina contra a variante foi realizado pela Universidade de Oxford e pelo laboratório da AstraZeneca, desenvolvedores da vacina. À agência Reuters, o diretor da Fiocruz, Maurício Zuma, disse que os resultados serão divulgados durante a semana.

Já o estudo brasileiro usou amostras de sangue de pessoas imunizadas pela CoronaVac para testar contra a variante P.1. O resultado foi de eficácia, mas o estudo ainda será ampliado buscando maiores resultados.

No final de fevereiro, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, estava otimista para a eficácia, já que a vacina já havia demonstrado bons resultados contra outros tipos de variantes, como a da África do Sul (B.1.1351) e a da Inglaterra (B.1.1.7).

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou nesta sexta-feira, 5, ter feito uma solicitação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para autorizar o início de estudos clínicos em pessoas de um soro de tratamento para a covid-19. Ele disse que um dossiê com os resultados foi enviado na terça-feira, 2, cujo retorno com observações é esperado até o fim do dia.

Assim como em uma iniciativa no Rio e pesquisas em outros países, como na Argentina, o soro é desenvolvido a partir do plasma de cavalos. Segundo o diretor, o estudo se mostrou seguro e efetivo nos testes pré-clínicos, feitos em camundongos e coelhos. "Está mostrando resultados extremamente promissores. Esperamos que a mesma efetividade seja mostrada nesses estudos clínicos", disse, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.

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Ao todo, três mil frascos estão prontos para iniciar o estudo clínico, que será realizado em pacientes transplantados do Hospital do Rim e com comorbidades do Hospital de Clínicas, ambos da capital paulista, nos quais serão conduzidos, respectivamente, pelos médicos José Medina e Esper Kallas.

"Esse material foi todo desenvolvido no Butantan. O vírus foi isolado de um paciente brasileiro. Foi, na sequência, cultivado, inativo, submetido a vários testes em camundongos e, finalmente, levado a imunizar os animais", explicou Dimas Covas.

"Esses animais (cavalos) foram submetidos a esse vírus e, na sequência, produziram anticorpos. O plasma desses animais foi coletado e processado nas nossas instalações, dando origem ao produto."

Ao longo do estudo, foi constatada a diminuição da inflamação dos pulmões de hamsters após um dia de tratamento, o que pode contribuir na redução da letalidade da covid-19. "Esperamos que a mesma efetividade seja demonstrada agora nesses estudos clínicos, que poderão ser autorizados na próxima semana para ter o seu início", destacou o diretor.

Em entrevista ao Estadão em fevereiro, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora de inovação do Butantan, explicou que o vírus foi inativado por radiação para poder circular sem risco. "Fizemos análise bioquímica, caracterizamos o vírus, as proteínas, se era capaz de produzir anticorpos, se eram capazes de neutralizar o vírus ativo. Isso tudo feito", comentou.

Estado de SP anuncia novas faixas etárias para vacinação na segunda

Na coletiva, o governador João Doria (PSDB) destacou que anunciará, na segunda-feira, 8, as próximas etapas de vacinação contra covid-19 para idosos abaixo de 77 anos. Ao todo, foram aplicadas 3.079.945 vacinas no Estado, das quais 761.107 de segunda dose.

A ampliação ocorre em um momento em que São Paulo vive um aumento de casos, óbitos e internações por covid-19. Em média, 3 pessoas são hospitalizadas a cada 2 minutos no Estado por causa da doença.

No caso de hospitalizações relacionadas à covid-19, houve um aumento de 13,5% na média diária, que chegou a 2.066 novos pacientes por dia. Em comparação a três semanas atrás, na segunda de fevereiro, isso representa uma elevação de 42,4%.

No caso de óbitos, a média diária da semana é de 273, um aumento de 13,2% em relação à semana anterior. As médias são consideradas parciais, por enquanto, pois não incluem dados dos dois últimos dias da semana epidemiológica (a sexta-feira, 5, e o sábado, 6).

Doria destacou, ainda, que um novo hospital de campanha montado dentro de uma unidade hospitalar já existente será anunciado na segunda-feira. 8. Ele justificou que não será nos moldes de outros do ano passado, como os montados em estádios de futebol e com leitos majoritariamente de enfermaria, mas sim voltados aos pacientes mais graves.

"Nós precisamos de quartos com equipamentos de UTI. Essa é a razão fundamental pela qual não optamos pelas tendas", comentou. Ele também completou a fala do secretário ao dizer: "Nós não queremos atender pacientes em corredores. Vamos atender em quartos e de forma digna."

São Paulo soma 2.093.924 casos e 61.064 óbitos pelo novo coronavírus. A ocupação é de 77,4% em leitos de UTI, média que é de 79,1% na Grande São Paulo. Nas enfermarias, a ocupação é de 59,6% e 66,9%, respectivamente.

O número de pacientes internados chegou a 17.802 na quinta-feira, 4, dos quais 9.910 estão em enfermaria e 7.892 em unidades de terapia intensiva. Na terça-feira, 2, o Estado teve o maior registro de confirmações de mortes pela doença de toda a pandemia, chegando a 468. Na quinta-feira, 313 óbitos foram confirmados.

Em seu perfil do twitter, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), parabenizou o Instututo Butantan pelos 120 anos de história, comemorados nesta terça (23). Na publicação, Doria ressalta sobre o trabalho fundamental desempenhado pelo instituto no combate à Covid-19.

“O @butantanoficial celebra hoje 120 anos de serviços à vida e à ciência de SP e do Brasil. Parabéns a todos os colaboradores que fazem parte dessa história. Graças ao Butantan milhões de pessoas estão sendo vacinadas contra a Covid-19 no País. O Butantan é o orgulho do Brasil”, disse João Doria.

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O Instituto Butantan tem tido protagonismo na atuação de parte da produção das doses do imunizante contra a Covid-19, após o recebimento dos insumos farmacêuticos ativos (IFA) importados da China, distribuídas no país.

Este ano o governo federal comprou do instituto 100 milhões de doses para entrega até setembro.

Recentemente, Doria tentou negociar a compra de um lote extra de 20 milhões de doses da vacina, para uso exclusivo no Estado. Mas, por conta de cláusulas contratuais, as vacinas produzidas no Butantan até setembro têm exclusividade para o governo federal.

O Ministério da Saúde manifestou a intenção de compra de mais 30 milhões de doses da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan. O Butantan confirmou que recebeu a proposta e disse que está sob análise. A expectativa é receber o novo lote entre outubro e dezembro. Essa remessa se somará aos 100 milhões de doses já compradas da Coronavac.

Até agora, o instituto já entregou 9,8 milhões. A previsão é que até abril sejam entregues 46 milhões. Os 54 milhões restantes até o final de agosto. As previsões, no entanto, podem ser alteradas devido à dificuldade de o Butantan conseguir os insumos.

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Neste mês houve atraso na entrega. O instituto culpou a falta de organização do Ministério da Saúde pela demora, pois demorou para importar os insumos da China. A partir do próximo dia 23 está prevista a entrega de 3,4 milhões de doses, em oito entregas diárias de 426 mil.

O Butantan cumpriu a meta de janeiro que era de 8,7 milhões de doses até o final do mês. Entregou 6 milhões no dia 17, 900 mil no dia 22 e 1,8 milhão no dia 29. No contrato há também a previsão de entrega de 18 milhões de doses até o final de março e 10 milhões até o término de abril.

Na coletiva desta sexta-feira, o diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que o instituto enviou três ofícios ao Ministério da Saúde no ano passado oferecendo 160 milhões de doses da vacina. Segundo ele, a pasta ignorou todos.

"Vamos colocar a responsabilidade em quem tem responsabilidade. Estão aqui os ofícios que foram encaminhados ao Ministério da Saúde ofertando vacinas", disse Covas.

O primeiro foi enviado em 30 de julho de 2020. "Ofertamos nessa oportunidade 60 milhões de doses de vacinas prontas para entrega ainda em 2020 e 100 milhões para serem entregues em 2021. Não tivemos resposta", acrescentou o diretor.

Ele afirmou também que novos ofícios foram enviados em outubro e dezembro e também não tiveram retorno. "A resposta saiu na assinatura do contrato em 7 de janeiro. Um mês e pouco atrás foi quando assinamos o contrato com o ministério".

O Instituto Butantan deve lançar em Araraquara nos próximos dias o aplicativo Global Health Monitor, que faz, a partir do celular, rastreio por monitoramento geográfico de quem entrou em contato com um paciente que testou positivo para a Covid-19. Para a ferramenta ter utilidade no controle da doença, a população precisa baixar o app e se cadastrar. "Tudo depende do input (alimentação de dados) pelos moradores", afirma Cláudia Ananina, gestora de tecnologia da informação do Butantan.

O uso do recurso, conhecido como "contact tracing", é indicado pelo Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC), do departamento de Saúde dos Estados Unidos, para impedir a disseminação da covid. Representantes do Instituto Butantan se reuniram nessa quinta-feira (18) com o prefeito de Araraquara Edinho Silva (PT) e integrantes do comitê de contingenciamento da covid da cidade para discutir essa e outras ações no município.

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Nesta sexta-feira, Araraquara entra no quinto dia de lockdown, com 100% dos leitos de UTI e enfermaria ocupados. Com mais quatro mortes confirmadas nesta quinta, a cidade passa a ter 162 mortes pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, em fevereiro do ano passado, sendo 46 confirmados em fevereiro deste ano.

O diretor do Butatan, Dimas Covas, havia mencionado na quarta-feira, 17, sobre o início desse projeto durante o evento de início do estudo de vacinação em massa em Serrana, onde o instituto vai pesquisar os efeitos da aplicação em larga escala da Coronavac. Por causa disso, muitos moradores de Araraquara passaram a achar que a cidade também receberia um programa de vacinação em massa. O Butantan esclarece que a informação, que viralizou nas redes sociais, não procede.

Rastrear contatos teve sucesso no exterior, diz especialista

Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, lembra que a Nova Zelândia passou a ser referência no controle da covid usando esse tipo de tecnologia. "Estamos falando de quebrar a cadeia de transmissão, o que no Brasil nunca foi feito."

Ele acredita que Araraquara pode ser o primeiro caso de sucesso no País em reverter a cadeia de transmissão, se houver uso adequado. "Temos dois 'cases' extremamente importantes no Brasil: Araraquara e Serrana", afirma.

Alves observa que a medida precisa estar associada a outras, como alto número de exames. "Para cada teste positivo, o adequado é testar de 10 a 30 pessoas. Os contatos e os contatos dos contatos", afirma. "O que está acontecendo em Araraquara vai acontecer, se nada for feito, em vários municípios do Estado de São Paulo", diz ele, em referência ao colapso do sistema de saúde local.

Os testes para covid-19, considerados essenciais para o controle da doença, foram desprezados pelo governo Jair Bolsonaro. O Brasil tem hoje cerca de cinco milhões de exames encalhados e prevê até doar kits perto da data de validade para o Haiti.

O Ministério da Saúde formalizou a compra de mais 54 milhões de doses da Coronavac, no momento em que Estados reclamam da falta da vacina contra a covid-19 para darem prosseguimento à campanha de imunização. Segundo informou a Pasta, o contrato para aquisição do imunizante foi assinado na noite desta segunda-feira, 15, com o Instituto Butantan. Somando-se às outras 46 milhões de doses já contratadas, a expectativa é que, até setembro, sejam distribuídas 100 milhões da vacina aos Estados brasileiros.

Em nota divulgada na tarde desta terça, 16, o ministério lembra que tinha opção de comprar essa remessa adicional da Coronavac até 30 de maio. "Preferimos adiantar a confirmação para termos logo essas 54 milhões de doses", afirma o secretário executivo do Ministério, Elcio Franco, na nota.

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O Ministério da Saúde informou ainda que deve assinar nos próximos dias contratos de compra com a União Química, que deverá entregar 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, entre março e maio, e com a Precisa Medicamentos, que deve entregar, no mesmo período, mais 30 milhões de doses da Covaxin.

Apesar disso, as duas vacinas ainda não têm autorização para uso no País pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com relação à Sputnik, foi feita uma solicitação de autorização de uso emergencial, mas esse pedido foi devolvido para a empresas para complementação de dados e informações. Segundo informações disponibilizadas pela Anvisa, não há pedido pendente de avaliação na agência para o imunizante no momento.

Com relação à Covaxin, a empresa responsável pela vacina no Brasil já manifestou interesse em realizar o estudo clínico de fase 3 no País, mas ainda não fez nenhuma solicitação de uso emergencial.

Com a escassez das doses de vacinas em vários Estados do País, que tem travado campanhas de imunização, o Fórum de Governadores do Brasil tem reunião agendada para esta quarta-feira com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Eles querem cobrar do governo federal um cronograma para entrega das vacinas.

O Ministério da Saúde afirma que 11,1 milhões de doses já foram entregues, o que seria suficiente para vacinar cerca de 6,5 milhões de pessoas.

Segundo a Pasta, esse é cronograma de entregas das doses de imunizantes contra a covid-19:

Consórcio Covax Facility:

Entregas das 42,5 milhões de doses:

Março: 2,65 milhões de doses da AstraZeneca

até Junho: 7,95 milhões de doses da AstraZeneca

A expectativa é que o Brasil receba ainda aproximadamente mais 32 milhões de vacinas contra Covid-19 produzidas por laboratórios de sua escolha até o final do ano.

Butantan - Coronavac/Sinovac:

Entregas das 100 milhões de doses:

Janeiro: 8,7 milhões - entregues

Fevereiro: 9,3 milhões

Março: 18,1 milhões

Abril: 15,93 milhões

Maio: 6,03 milhões

Junho: 6,03 milhões

Julho: 13,55 milhões

Agosto:13,55 milhões

Setembro: 8,8 milhões

Fiocruz - Oxford/AstraZeneca:

Entregas das 222,4 milhões de doses:

Janeiro: 2 milhões - entregues

Fevereiro: 4 milhões

Março: 20,7 milhões

Abril: 27,3 milhões

Maio: 28,6 milhões

Junho: 28,6 milhões

Julho: 1,2 milhões

Segundo a Saúde, com a incorporação da tecnologia da produção do IFA, a Fiocruz deverá produzir e entregar mais 110 milhões de doses no segundo semestre de 2021.

União Química - Sputnik V/Instituto Gamaleya:

Entrega das 10 milhões de doses (importadas da Rússia) - Previsão de assinatura de contrato esta semana.

Março: 800 mil entregues 15 dias após a assinatura do contrato

Abril: 2 milhões entregues 45 dias após a assinatura do contrato

Maio: 7,6 milhões entregues 60 dias após a assinatura do contrato

A expectativa é que, a partir da incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química passe produzir mais 8 milhões de doses por mês.

Precisa Medicamentos - Covaxin/Bharat Biotech:

Entrega das 20 milhões de doses, importadas da Índia - Previsão de assinatura de contrato esta semana.

Março: 8 milhões - 4 milhões + 4 milhões de doses entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato

Abril: 8 milhões - 4 milhões + 4 milhões de doses entregues entre 45 e 60 dias após a assinatura do contrato

Maio: 4 milhões entregues 70 dias após a assinatura do contrato

Na manhã desta quarta-feira (10), chegou ao Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, a matéria-prima para produzir cerca de 8,7 milhões de doses da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. O avião que trouxe a carga saiu de Pequim à 1h da manhã (horário de Brasília) da terça-feira (9).

Este é o segundo lote de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) que chega em São Paulo. A primeira remessa veio no dia 3 de fevereiro e continha cerca de 5.400 litros de IFA, quantidade suficiente para produzir 8,6 milhões de doses, que serão distribuídas no final de fevereiro. Neste segundo lote, foram recebidos 5.600 litros de IFA. Número suficiente para produzir cerca de 8,7 milhões de doses, que está projetada para imunizar a população no final de março.

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Após o recebimento da carga, o lote foi transportado em caminhões com a refrigeração necessária para chegar até a sede do Butantan, na zona oeste de São Paulo. Com a chegada do segundo lote, o instituto tem em mãos matéria suficiente para produzir 17,3 milhões de doses. A previsão é que sejam produzidas cerca de 600 mil doses por dia.

Ainda está em negociação um possível terceiro lote, que contenha aproximadamente 8.000 litros de IFA, em cumprimento do contrato feito com o Ministério da Saúde. No acordo, até o final de abril estão previstas 46 milhões de doses; outras 54 milhões estão com data a ser definida.

Por Rafael Sales

Neste domingo (7), chegaram ao estado de Pernambuco 118.200 doses da vacina Coronavac. Vindos de São Paulo, os imunizantes foram desembarcados no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freire, no Recife, por volta das 10h58, em voo operado pela companhia aérea Azul. Em seguida, o carregamento foi transportado para a central de armazenamento de vacinas da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), localizado na Avenida Norte, Zona Norte do Recife. 

A nova remessa dos imunizantes, produzidos pelo Instituto Butantan (SP) em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, vai dar continuidade à imunização dos trabalhadores de saúde, sendo possível vacinar, com as duas doses necessárias, em torno de 60% dos mais de 294 mil integrantes desse grupo. A distribuição das doses para as 12 regionais de saúde será realizada ainda neste domingo (7). A operação de desembarque e transporte das vacinas, enviadas pelo Ministério da Saúde, foi realizada sob coordenação da Polícia Federal com apoio do BPTRAN/PMPE. 

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Ao todo, Pernambuco já recebeu 427.560 unidades da vacina Sinovac/Butantan, para ambas as doses que, além dos trabalhadores de saúde, contemplam 100% dos idosos em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência abrigadas em instituições e população indígena aldeada. Anteriormente já haviam chegado 84 mil doses do imunizante da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, destinados a 100% dos idosos a partir dos 85 anos. O quantitativo da AstraZeneca foi utilizado apenas na primeira dose, mas o Ministério da Saúde informou que enviará posteriormente a quantidade para a segunda fase de vacinação desse grupo. Juntando ambos os fabricantes e a nova remessa deste domingo, Pernambuco totaliza mais de 511 mil unidades de vacinas contra a Covid-19 recebidas. 

*Com informações da Assessoria de Comunicação

 

O Instituto Butantan começou a produzir 8,6 milhões de novas doses da vacina Coronavac neste sábado, 6. Os imunizantes estão sendo fabricados a partir dos insumos que chegaram da China na noite de quarta-feira, 3. O órgão de pesquisa desenvolve a vacina contra o novo coronavírus em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Os 5.400 litros de matéria-prima passarão por envase, rotulagem, embalagem e processo de inspeção para controle da qualidade das ampolas. A previsão é de que as novas doses comecem a ser liberadas para imunização dos brasileiros a partir de 23 de fevereiro.

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A chegada da matéria-prima, na quarta-feira, encerra, por enquanto, os problemas enfrentados para a importação do material. A carga atrasou e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) chegou a pedir atuação do governo federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores, para ver a importação ser bem sucedida.

A vacina vem sendo envasada após o recebimento do insumo farmacêutico ativo (IFA), importado da China. Na próxima quarta-feira, 10, o instituto deverá receber mais 5.600 litros da matéria-prima. Eles correspondem a mais 8,7 milhões de doses. A liberação de outros 8 mil litros está em negociação com a farmacêutica chinesa. Uma nova fábrica está sendo construída para a produção completa da vacina pelo Butantan, que deve iniciar a fabricação em escala a partir de janeiro.

A Coronavac é hoje a mais amplamente disponível no País. A produção da vacina foi comprada pelo Ministério da Saúde e está sendo distribuída aos Estados. Até o dia 31 de janeiro já haviam sido entregues 8,7 milhões de vacinas. O contrato com o governo federal prevê a entrega de 46 milhões de doses, além da promessa de aquisição de mais 54 milhões.

Durante a coletiva de imprensa nesta quinta-feira (4), o governo de Pernambuco anunciou que novas doses da vacina Sinovac/Butantan devem chegar ao Estado ainda nesta semana para atender os profissionais de saúde que são os primeiros na 'fila' da prioridade. O quantitativo não foi informado pelo Ministério da Saúde. 

“Há locais que já estão vacinando a atenção primária e já completaram a linha de frente da Covid-19, as UTIs, emergências e, com isso, a recomendação é continuar avançando em outras estratégias para proteção dos trabalhadores de saúde. Lembramos que é importante priorizar aqueles que estão diretamente mobilizados na assistência aos pacientes da Covid-19 e planejar as outras áreas, de acordo com a disponibilidade das doses que estão sendo enviadas pelo Ministério da Saúde", disse o secretário estadual de saúde, André Longo.

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O governo ainda informou que mais de 117 mil trabalhadores da área de saúde já foram imunizados, o que totaliza 40% dos profissionais da área em Pernambuco. O Comitê Estadual de Vacinação também orientou, na reunião da última quarta-feira, que a segunda dose da vacina do Butantan pode ser feita entre 21 e 28 dias. A recomendação do Ministério da Saúde é de duas a quatro semanas após a primeira dose. Cada município pode utilizar a estratégia de acordo com a organização da sua rede.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que, caso o Ministério da Saúde não defina até a semana que vem se exercerá ou não a opção de compra de 54 milhões de doses adicionais da Coronavac, vacina contra o novo coronavírus, o Instituto Butantan e o Governo de São Paulo vão oferecer o imunizante a governadores e prefeitos brasileiros.

No momento, o Butantan tem um contrato de fornecimento de 46 milhões de doses ao Ministério da Saúde com a possibilidade de expansão para até 100 milhões de doses. O Ministério da Saúde tem dito que está dentro do prazo contratual para se manifestar. Na quinta-feira (28), o secretário executivo da pasta, Élcio Franco, em entrevista à rádio CBN, reafirmou que o ministério tem até o dia 30 de maio para decidir sobre a compra de doses adicionais.

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"É um absurdo. Nós estamos diante de uma pandemia que leva vidas de mais de 1,2 mil brasileiros todos os dias e o Ministério da Saúde vai pensar se compra vacinas? O mundo todo comprando vacinas e aqui o Ministério da Saúde vai avaliar e vai decidir daqui a dois meses se compra ou não vacinas", disse o governador nesta sexta-feira (29) em entrevista à rádio Jovem Pan

Inicialmente, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, havia cogitado a possibilidade de exportação dessas doses, se a União não se decidisse, a fim de honrar compromissos feitos com outros países da América Latina como Argentina, Uruguai, Peru e Bolívia.

Segunda dose

De acordo com Doria, há uma predominância entre cientistas de que é melhor vacinar mais pessoas com a primeira dose da vacina até que haja mais vacinas para a segunda dose. "Não é uma decisão só do Governo do Estado de São Paulo, é uma decisão que, predominantemente, vai acontecer em todos os Estados brasileiros", afirmou o governador.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou que no próximo dia 3 de fevereiro devem chegar ao País 5,4 mil litros de insumos, importados da China, necessários para a produção da Coronavac, vacina contra a Covid-19, desenvolvida pelo instituto em parceria com o laboratório Sinovac.

Segundo afirmou, o Butantan aguarda a liberação e exportação pelas autoridades chinesas de adicionais 5,6 mil litros, já em "processo adiantado de liberação".

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"Tivemos sinalização de que a liberação será feita de maneira muito rápida", completou o diretor do instituto. Até o momento, a expectativa do Butantan é de receber, ao todo, 11 mil litros de insumos para a produção das doses da vacina.

Conforme afirmou Covas, cada dose recebe entre 0,62 ml e 0,5 ml de imunizante.

Nesta terça-feira (26) pela manhã, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), esteve reunido com o embaixador da China no País, Yang Wanming, para tratar da liberação de insumos necessários à vacina contra o coronavírus produzida e envasada pelo Instituto Butantan.

O embaixador descartou que o atraso na liberação dos insumos tenha ocorrido por atritos com o governo federal ou em retaliação às declarações do presidente Jair Bolsonaro contrárias à vacina. Conforme afirmou Yang, a demora em liberar os insumos pelas autoridades chinesas se trata de questão técnica e não política.

"Mantemos relação amistosa tradicional entre os dois países, incluindo o Estado de São Paulo, maior do Brasil", disse Yang. "A Coronavac está sendo aplicada em todo o País. A cooperação beneficia não só os paulistas, mas todo povo brasileiro", completou.

O Instituto Butantan confirmou na sexta-feira (23) que a estimativa de ter 4,8 milhões de doses da Coronavac no segundo lote estava incorreta. Após o processo de envase e conferência da matéria-prima no complexo fabril, a instituição constatou uma redução de 700 mil unidades, chegando a um total de 4,1 milhões de novas vacinas contra Covid-19 disponíveis.

Segundo o Butantan, 900 mil dessas doses foram destinadas ao Programa Nacional de Imunizações na sexta-feira, após liberação do segundo lote pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "As demais doses serão enviadas tão logo passem por inspeção de controle de qualidade", justificou o instituto.

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Das 8,7 milhões de unidades previstas até 31 de janeiro, 6,9 milhões foram entregues. "É importante destacar que o Butantan está em dia com o cronograma firmado em contrato com o Ministério da Saúde", destacou.

O instituto deve entregar 46 milhões de unidades da Coronavac até abril, mas ainda aguarda a chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA) da farmacêutica chinesa Sinovac. Há ainda a opção do governo federal adquirir mais 56 milhões de unidades.

A vacina que chegou pronta da China foi entregue em frasco-ampola com uma dose do imunizante. Já a envasada no País tem capacidade para 10 aplicações e precisa ser usada em no máximo 8 horas. O Butantan aguarda a chegada de insumos da China para a produção de novas doses.

No último domingo, 17, a agência já havia aprovado o uso emergencial de 6 milhões de doses da Coronavac, o que permitiu o início da campanha de vacinação em São Paulo no mesmo dia e, nas datas seguintes, nos demais Estados.

A agência também aprovou o uso emergencial da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca. Ao todo, 2 milhões de doses do produto desembarcou no Brasil na sexta-feira e será distribuído para o Estados entre sábado, 23, e domingo, 24.

Após nova autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial da vacina CoronaVac, o Instituto Butantan começou a distribuição do segundo lote do imunizante na tarde desta sexta-feira (22). Cerca de 900 mil doses foram liberadas.

Desse total, 200 mil doses foram levadas ao Centro de Distribuição e Logística da Secretaria da Saúde de São Paulo. Setecentas mil vão para a central de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

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Esse segundo pedido à Anvisa trata de lote de vacinas envasadas pelo próprio Instituto Butantan, em frasco-ampola multidose, contendo dez doses em cada unidade. O processo foi inicialmente submetido à agência no último dia 18.

Segundo o governo do estado, as demais doses envasadas, rotuladas e embaladas no Butantan a partir de matéria-prima enviada da China serão liberadas tão logo passem pela inspeção de controle de qualidade do instituto.

No último domingo (17), o instituto distribuiu 6 milhões de doses da vacina CoronaVac. Com a segunda remessa, são 6,9 milhões de um total de 8,7 milhões de doses estabelecidas em cronograma firmado com o Ministério da Saúde para entrega até 31 de janeiro, conforme divulgou o estado. Até abril, o governo estadual afirma que o Butantan entregará 46 milhões de vacinas contra o novo coronavírus para todo o país.

 

Diante do impasse diplomático entre o Brasil e a China, o Governo de São Paulo pediu que o ex-presidente Michel Temer (MDB) entrasse nas negociações para liberar a importação dos princípios ativos, necessários para a fabricação da vacina CoronaVac no Instituto Butantan.

Segundo informado pelo Estado de São Paulo, na última terça-feira (19), Temer entrou em contato com Li Jinzhang, ex-embaixador da China no Brasil, com quem tem boas relações, para que ele intercedesse pelo Brasil juntamente ao presidente chinês Xi Jinping.

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O jornal aponta que Li Jinzhang, que hoje trabalha no palácio do presidente chinês, afirmou que levaria o pedido para a liberação dos insumos diretamente ao líder da China.

O Governo de São Paulo, que colocou Temer nas negociações por saber de sua boa relação com o governo chinês, acredita que até o final do mês seja liberado 11 mil litros de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que podem produzir mais de 11 milhões de doses da vacina.

No entanto, se isso acontecer, quem deve receber a primeira metade dos IFAs é o governo paulista. O governo federal só deve receber a outra metade em uma segunda etapa que ainda não tem data prevista.

Embora essa necessidade de interseções seja visível, o governo brasileiro nega divergências políticas com a China e até montou uma força tarefa - além das tratativas do Governo de São Paulo - para negociar a importação do insumo. 

No entanto, o próprio presidente Jair Bolsonaro já desacreditou a segurança e eficácia da CoronaVac citando a sua "origem". O produto foi desenvolvido pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. 

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, avalia que até março - quando deve haver a disponibilidade das doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford, a farmacêutica AstraZeneca, e envasadas pela Fundação Oswaldo Cruz - somente os imunizantes produzidos pelo Butantan estarão disponíveis para aplicação no País. Segundo ele, "isso coloca no Butantan a responsabilidade de continuar sendo o produtor da única vacina em uso no País neste momento".

Dificuldades na importação de doses e de insumos para a produção e envase da Coronavac ameaçam a campanha de imunização brasileira e acenderam o alerta no governo paulista de atraso no calendário vacinal.

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Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, 20, Covas pediu ao governo federal, em especial o presidente da República, Jair Bolsonaro - que disse no início da semana ser "do Brasil" a vacina - e o chanceler Ernesto Araújo, para que ajudem a "aplainar" as relações com a China.

Tanto o presidente quanto o ministro das Relações Exteriores têm protagonizado episódios de ataque à China, que podem ter contribuído para o atraso na remessa de insumos.

"Aguardamos liberação dos insumos da China para nossa produção local", disse Covas, que afirmou depender de uma quarta instância chinesa a liberação da importação dos insumos. "Apelo ao presidente para acelerar entendimentos", completou. Segundo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o País "precisa estar mobilizado para trazer os insumos da China".

Para Doria, o escritório de negócios do governo paulista em Xangai, na China - inaugurado em agosto de 2019 - "abriu novos canais para a liberação de insumos da Coronavac".

"Trabalhamos com a China, que confia no governo de São Paulo, independentemente do governo brasileiro", disse o governador.

Conforme relatou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em reunião com representantes chineses no período da manhã, problemas técnicos foram responsáveis pelo atraso e não políticos.

Segundo Doria, a fábrica, em instalação pelo Instituto Butantan e prevista para início no segundo semestre, não recebeu um centavo do governo federal. "Se não fosse o Butantan, não teríamos ainda vacina contra a covid-19 no Brasil", afirmou Doria. "Fomos o 64º país a iniciar imunização, mas poderíamos ter sido um dos primeiros se não fosse o negacionismo", completou.

Doses no Brasil

No momento, o instituto aguarda liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que seja feita a liberação de 4,8 milhões de doses do imunizante, já em solo brasileiro, em adição aos 6 milhões já liberados. Segundo afirmou Covas, a Anvisa solicitou mais esclarecimentos para análise deste novo pedido de uso emergencial.

"Esperamos que a liberação de pedido saia logo para continuarmos com cronograma", afirmou Covas durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Na manhã desta segunda-feira (18), o prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira (PDT), registrou o momento em que o lote com as primeiras vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi enviado ao Ceará. Em São Paulo, ao lado do governador Camilo Santana (PT) para a reunião com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, os gestores acreditam que a vacinação inicie ao longo do dia no estado.

No dia da autorização para uso emergencial da Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, e do imunizante de Oxford, produzido junto a Fiocruz, a comitiva cearense viajou para São Paulo, ainda no domingo (17). Por volta das 9h desta segunda, o prefeito de Fortaleza publicou o momento em que as doses eram carregadas para o Ceará. A expectativa é que o estado receba 186.720 doses.

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"O carregamento das primeiras doses de vacinas está sendo embarcado agora para ser enviado para o Ceará e, então, distribuído pelo @governodoceara para os municípios iniciarem a vacinação. O município de Fortaleza está pronto! Vem vacina!", publicou Sarto em seu perfil oficial no Instagram.

No Twitter, Camilo Santana confirmou a participação na reunião sobre a distribuição das doses com o Ministério da Saúde e informou que a meta é começar as aplicações ainda nesta segunda (18). “Participo de reunião agora sobre a distribuição da vacina para os estados. O lote do Ceará sai aqui de SP em instantes. O objetivo é começar a vacinação ainda hoje”, escreveu.

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O Instituto Butantan e a Fiocruz já entregaram à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) 100% dos documentos necessários para liberação do uso emergencial das vacinas contra a Covid-19 no Brasil. A diretoria colegiada da Anvisa fará reunião neste domingo (17) para decidir sobre a liberação ou não da Coronavac e da vacina Oxford/AstraZeneca, cujos imunizantes serão distribuídos no País por Butantan e Fiocruz, respectivamente.

Nos últimos dias, a Anvisa ainda cobrava a apresentação completa de documentos para avaliação. Neste sábado (16), conforme dados atualizados do painel da agência sobre andamento da análise das vacinas, 44,86% dos documentos da Coronavac já haviam sido analisados, enquanto 55,14% estavam em análise. No caso da vacina de Oxford/AstraZeneca, 49,45% do processo estava concluído e 50,55% estava pendente.

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O Ministério da Saúde vem afirmando que, caso a Anvisa aprove o uso emergencial das vacinas neste domingo, a vacinação em todo o País começaria já na próxima quarta-feira (20). Como revelou o Estadão/Broadcast, o ministério planeja um evento, no Palácio do Planalto, para abrir oficialmente a campanha de vacinação.

Às vésperas do início da campanha, no entanto, houve um acirramento da guerra política em torno das vacinas. A Índia informou na sexta-feira (15) ao Brasil que não pretende atender agora o pedido para liberação de 2 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca/Oxford. O país asiático alegou "problemas logísticos" para liberar a carga ao Brasil.

A notícia frustrou o governo de Jair Bolsonaro, que aposta na AstraZeneca/Oxford para se contrapor à Coronavac - vacina chinesa ligada ao Instituto Butantan, do Estado de São Paulo, comandado por João Doria (PSDB).

Bolsonaro e Dória são adversários políticos e miram a eleição presidencial de 2022. Ambos buscam aparecer como a primeira autoridade a viabilizar a vacinação no País.

Com a negativa dos indianos, o Ministério da Saúde solicitou a entrega "imediata" de 6 milhões de doses da Coronavac pelo Instituto Butantan. Em ofício, o ministério afirmou que não há "previsão contratual de distribuição das doses de vacina a ser realizada diretamente pela Fundação Butantã". E disse que é "sua responsabilidade" a "atualização e coordenação do plano nacional de operacionalização da vacinação contra a Covid-19".

O Butantan, por sua vez, questiona o Ministério da Saúde sobre a quantidade de doses que serão destinadas especificamente a São Paulo. O instituto afirma que poderia, assim, destinar as vacinas diretamente para a Secretaria Estadual de Saúde.

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