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O  Instituto Butantan entregou nesta sexta-feira (3) mais 2 milhões de doses da vacina CoronVac contra a Covid-19. Com esse lote, o instituto chegou às 94,8 milhões de doses disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações.

O Butantan deve finalizar ainda este mês as entregas previstas no segundo contrato com o Ministério da Saúde, que totalizam 100 milhões de doses do imunizante desenvolvido em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

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Foram assinados dois termos com o governo federal, um que previa o fornecimento de 46 milhões de doses, finalizado em maio, e o segundo, em andamento, que contratou mais 54 milhões de doses.

Dois dos principais centros de ciência e pesquisa do país, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan acabam de se tornar Patrimônio Nacional da Saúde Pública. Foi publicada nesta sexta-feira (27), no Diário Oficial da União, a Lei 14.196, de 2021, que cria o título a ser concedido a instituições públicas e privadas sem fins lucrativos prestadoras de relevantes e notórios serviços à saúde pública.

O título também poderá ser concedido, a partir de resolução do Congresso Nacional, a outras instituições que atuem há no mínimo 70 anos no desenvolvimento de atividades de cunho técnico, científico, educacional, assistencial e de participação social na promoção, proteção e recuperação da saúde, em âmbito público e comunitário. É necessário também que tenham “indiscutível e notório” reconhecimento público e social.

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A partir da concessão do título, as instituições homenageadas poderão ter preferência, conforme regulamento, em processos seletivos de compra de bens e serviços, em fomento social nas suas áreas de atuação e na obtenção de linhas de crédito público, tudo em igualdade de condições.

Da mesma forma, essas instituições terão preferência na liberação de emendas parlamentares que lhes tenham sido concedidas. Pela Lei 14.196, a dissolução das instituições intituladas Patrimônio Nacional da Saúde Pública só poderá ocorrer após audiência pública para discussão de sua necessidade e oportunidade.

O título foi criado por iniciativa do Congresso. Durante a tramitação do projeto de lei (PL 2.077/2019), de autoria do deputado federal Jorge Solla (PT-BA), a concessão dos títulos à Fiocruz e ao Butantan foi acrescentada por emendas.

Vacinas

Presente em dez estados, a Fiocruz comemorou em janeiro 121 anos. A instituição firmou em 2020 acordo com a biofarmacêutica AstraZeneca para produzir, no Brasil, a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford.

Considerado o principal produtor de imunobiológicos do Brasil, o Instituto Butantan, com 120 anos, tem acordo com a farmacêutica chinesa Sinovac para a fabricação da CoronaVac. O instituto trabalha também para a produção e desenvolvimento da vacina ButanVac.

Para a senadora Leila Barros (Cidadania-DF), relatora da matéria no Senado, a iniciativa é louvável e muito bem-vinda, ao reconhecer entidades que prestam relevantes serviços à saúde. Ela enfatizou que a Fiocruz e o Butantan representam patrimônios nacionais.

*Da Agência Senado

Mais 4 milhões de doses da vacina do Butantan contra a Covid-19 foram entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) na manhã desta segunda-feira (23). Com o novo lote, o Governo de São Paulo e o Instituto Butantan chegam à marca de 78,8 milhões de imunizantes fornecidos ao Ministério da Saúde para vacinação de brasileiros.

O total de liberações já feitas representa 78% das 100 milhões de doses contratadas pelo Ministério da Saúde para a vacinação de brasileiros em todo país.

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A entrega de hoje faz parte da leva de vacinas fabricadas com o lote recorde de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) entregue pela farmacêutica chinesa Sinovac ao Butantan no dia 13 de julho. Na ocasião, chegou ao instituto um total de 12 mil litros da matéria-prima usada para a fabricação dos imunizantes.

A matéria-prima foi envasada no complexo fabril do instiututo, na zona oeste da cidade de São Paulo, e passou por etapas como embalagem, rotulagem e controle de qualidade das doses.

As vacinas liberadas nesta manhã fazem parte do segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, com 54 milhões de doses. O primeiro, de 46 milhões, foi concluído em 12 de maio. As entregas foram iniciadas em 17 de janeiro deste ano, quando o uso emergencial do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Instituto Butantan informou em nota na noite desta quarta-feira (18) que irá providenciar o mais breve possível dados adicionais solicitados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As informações devem embasar pedido do instituto ao órgão regulador para uso da Coronavac, vacina contra a Covid-19, em crianças e adolescentes.

Hoje, a Anvisa formou maioria para negar o uso da vacina em jovens de três a 17 anos. Também nesta quarta-feira teve início no Estado de São Paulo a aplicação da vacina em adolescentes de 16 e 17 anos. O governo não informou até o momento se seguirá com a campanha de vacinação nesta faixa etária.

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"O Instituto Butantan preza pelo diálogo e mantém canal aberto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tendo em vista seu compromisso com a saúde pública do Brasil e a vida de todos os brasileiros", afirmou o instituto. "Todos os dados fornecidos até o momento são satisfatórios para a ampliação do uso pediátrico, porém foram solicitados dados adicionais para demonstrar a segurança e eficácia do uso em crianças e adolescentes, que serão providenciados o mais breve possível. Os dados do estudo de imunogenicidade da Coronavac ainda não foram entregues na sua totalidade à Anvisa por conta de divergências no método de análise", comunicou o texto.

Sobre a possibilidade de uso da vacina para aplicação de terceira dose de reforço, o Butantan destacou estudo realizado com pessoas de 18 anos ou mais na China e publicado na semana passada. O estudo aponta "forte resposta imunológica em adultos e idosos saudáveis", após intervalo de 28 dias, seis ou oito meses entre a segunda dose e dose adicional.

Durante entrevista coletiva na tarde de hoje, o secretário estadual de Saúde, Jean Carlo Gorinchteyn, declarou, nesta tarde, que a aplicação de uma terceira dose da vacina contra covid-19 tem sido discutida por grupos de consultores e especialistas dentro do governo paulista. Segundo Gorinchteyn, a possibilidade de se começar a aplicação da terceira dose esbarra no problema da falta de vacinas.

Um carregamento com mais 2 milhões de doses prontas de vacina CoronaVac, contra a Covid-19, chegou na noite desse domingo (16) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Os imunizantes enviados da China pelo laboratório Sinovac vão passar por um controle de qualidade feito pelo Instituto Butantan, parceiro no desenvolvimento da CoronaVac, antes de serem disponibilizados ao Programa Nacional de Imunizações.

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Segundo o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, com esse carregamento, são 8 milhões de doses de CoronaVac entregues para serem aplicadas em todo o país só em agosto. A previsão é de que até o fim do mês tenham sido fornecidas 100 milhões de doses do imunizante para distribuição em todo o país, conforme os contratos assinados entre o Butantan e o Ministério da Saúde.

O estado de São Paulo já vacinou, com ao menos uma dose de vacina, 93% da população acima de 18 anos de idade e 28% já estão completamente imunizados (com duas doses ou dose única) contra a Covid-19.

O Instituto Butantan entregou nesta segunda-feira (9) mais dois milhões de doses da vacina CoronaVac contra a Covid-19. Com essa remessa, já foram disponibilizadas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) 66,8 milhões de doses do imunizante desenvolvido em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Essa remessa é a primeira fabricada a partir dos 12 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) recebidos da China no último dia 13 de julho.

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A previsão é que até o próximo dia 31 o Butantan finalize as entregas contratadas pelo Ministério da Saúde fornecendo 100 milhões de doses de vacina.

No domingo (8), foram recebidos dois milhões de doses prontas do imunizante e, na última quinta-feira (5), foram recebidos quatro mil litros de IFA, suficientes para envasar oito milhões de doses de vacina.

O Instituto Butantan recebeu, nesta quinta-feira (5), mais 4 mil litros de insumo farmacêutico ativo (IFA), o suficiente para produzir cerca de 8 milhões de doses da vacina contra o coronavírus CoronaVac. A carga chegou no início da manhã vinda de Pequim, na China, enviada pelo laboratório Sinovac.

No domingo (1º), o instituto recebeu 2 mil litros de matéria-prima, que possibilita a produção de 4 milhões de doses. A expectativa é que no próximo domingo (8) cheguem mais 2 milhões de doses prontas da vacina.

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O Butantan já entregou para o Programa Nacional de Imunizações 64,8 milhões de doses da vacina contra a covid-19. O instituto assinou dois contratos com o Ministério da Saúde para o fornecimento de um total de 100 milhões de doses.

Até a última terça-feira (3), 28 novas amostras da variante delta do novo coronavírus foram confirmadas na capital de São Paulo. O monitoramento ativo da prefeitura, em parceria com o Instituto Butantan, detectou até o momento 50 diagnósticos para a nova variante no município. Os casos estão em investigação pelas respectivas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da rede municipal.  

O monitoramento das variantes na capital é realizado por meio de cálculo amostral, por semana epidemiológica. As amostras seguem para análise do laboratório do Instituto Butantan, onde é realizado o sequenciamento genético.  

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Além dessa ação de monitoramento, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) também realizou parceria com o Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade de São Paulo (USP) e possui a vigilância do laboratório estadual do Instituto Adolfo Lutz. 

Semanalmente, cerca de 600 amostras são enviadas aos respectivos laboratórios. O objetivo do trabalho é identificar quais cepas circulam pela cidade. A ação com os laboratórios foi iniciada em abril de 2021. 

Recomendações

O que se recomenda neste momento é que se mantenha o uso correto das máscaras (cobrindo o nariz e a boca), distanciamento social, higienização de mãos e, principalmente, evitar aglomerações. 

Se a pessoa apresentar qualquer sintoma compatível com síndrome gripal é necessário procurar uma unidade de saúde e todos os casos suspeitos devem ser imediatamente notificados e investigados clínica e laboratorialmente. 

A partir daí, é necessário ficar em isolamento por no mínimo 10 dias. Os contatos próximos devem fazer quarentena de 14 dias. 

A SMS também reforça ao público elegível para tomar a vacina anticovid e não deixar de tomar a segunda dose para completar o ciclo vacinal.  

Barreiras sanitárias

Desde 27 de maio, há cinco barreiras sanitárias instaladas no município. Elas estão no Aeroporto de Congonhas, nos terminais rodoviários do Tietê, Barra Funda e Jabaquara e no Terminal de Cargas da Vila Maria. 

Até o dia 29 de julho, 328.440 pessoas foram abordadas, após desembarque de 14.615 ônibus e 1.158 voos. Ao todo, foram registrados 178 passageiros sintomáticos respiratórios. Também foram realizadas 562 ações educativas com 11.038 panfletos entregues. Até o dia 23 de julho, foram oito casos positivos verificados nessas barreiras.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, criticou o estudo do Ministério da Saúde para avaliar a aplicação de uma terceira dose em pessoas vacinadas com o imunizante Coronavac contra a Covid-19. De acordo com o diretor, o Butantan ficou sabendo do estudo pela imprensa, e afirmou ter achado "estranho" que a pesquisa fosse especificamente sobre a Coronavac.

"Isso me leva a ficar pensado que possa ter outra motivação por trás dessa decisão", disse.

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"Na apresentação do ministro (Marcelo Queiroga) junto a uma pesquisadora foi dito que a Coronavac seria testada em relação à terceira dose, porque tem uma queda de anticorpo, informações absolutamente erradas. A pesquisadora que estava ali infelizmente se enganou profundamente nas suas declarações", comentou Dimas, que classificou o estudo como extraoficial.

Em críticas à falta de comunicação pela Saúde sobre a pandemia da covid-19, o diretor pediu para que o órgão tenha transparência com o andamento da pesquisa, apresentando planejamento e registros de cada etapa.

"Estranhei muito que o Butantan não ter sido pelo menos gentilmente ou educadamente comunicado que estaria sendo planejado um Estudo", complementou Dimas.

A pesquisa, patrocinada pelo Ministério da Saúde, será realizada em parceria com a Universidade de Oxford e terá início nas próximas duas semanas.

"Não temos publicação na literatura detalhada acerca de sua efetividade (da Coronavac). As respostas precisam ser dadas através de ensaios clínicos", afirmou Marcelo Queiroga, nesta quarta-feira, 28, em entrevista a jornalistas em Brasília.

De acordo com a pesquisadora Sue Ann Clemens, que coordenará o estudo, é preciso saber a duração da proteção de cada vacina. Para os imunizantes da Pfizer, AstraZeneca e Janssen, diz ela, já há publicações demonstrando a duração da proteção.

"Em relação à Coronavac, precisamos avaliar isso. Estudos já mostraram que a proteção começa a cair com seis meses", disse Sue, brasileira que trabalha na Universidade de Oxford.

Entrega de doses

As declarações aconteceram nesta manhã, durante a entrega de mais 1,2 milhão de doses da vacina do Butantan contra a covid-19 ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Com a nova entrega, as liberações chegam à marca de 62,849 milhões de doses fornecidas ao Ministério da Saúde desde 17 de janeiro deste ano.

Mantendo o apelo feito ao Ministério da Saúde nas últimas entregas, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e a coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, reforçaram o pedido para maior agilidade do órgão federal na entrega dos imunizantes da Pfizer e AstraZeneca.

Conforme pede Regiane, a antecipação do intervalo entre as doses dos imunizantes está no radar, mas só será possível oficializar a medida quando houver envio de mais vacinas. Doria reforçou o apelo e disse que o governo já revisou por oito vezes volumes e datas de entrega, sem o cumprimento. "Isso evidentemente atrapalha e reduz a velocidade da vacinação não apenas em São Paulo, mas no Brasil", disse. "Ao anunciar volumes e datas, cumpra", acrescentou.

O Instituto Butantan entregou nesta sexta-feira (30) mais 1,2 milhão de doses da vacina Coronavac ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Com esta nova remessa, o instituto totaliza 62,849 milhões de doses fornecidas ao Ministério da Saúde desde 17 de janeiro deste ano, quando o uso emergencial do imunizante contra a covid-19 foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo dados do governo estadual de São Paulo, desde o dia 14 de julho até hoje, foram entregues 9,7 milhões de doses da vacina, que são referentes à produção de um lote de doses processadas pelo instituto a partir dos 6 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA), recebidos no dia 26 de junho.

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Na madrugada do último dia 13, o Butantan recebeu mais 12 mil litros de IFA para produzir e entregar outras 20 milhões de doses. As vacinas liberadas hoje fazem parte do segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, de 54 milhões de vacinas. O primeiro, de 46 milhões, foi concluído em 12 de maio.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o governo encomendou um estudo para avaliar a necessidade e os efeitos de uma possível terceira dose de imunizante para aqueles que receberam a CoronaVac há mais de seis meses. Em parceria com a Universidade de Oxford, a pesquisa deve começar na semana que vem, com 1200 participantes, moradores das cidades de São Paulo (SP) e Salvador (BA).

Segundo a coordenadora do trabalho, que também conversou com os jornalistas, Sue Ane Clemens, os voluntários serão divididos em quatro grupos - com 300 pessoas cada - e todos receberão um reforço diferente: Pfizer, AstraZeneca, Janssen e a própria CoronaVac.

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Dessa forma, a pesquisa vai analisar também a intercambialidade de vacinas e a capacidade de desenvolvimento de anticorpos dos participantes. Não foram dados muitos detalhes sobre o escopo da pesquisa, mas, ainda de acordo com Clemens, os resultados devem sair em novembro. Caso a terceira dose seja considerada necessária, estima-se que a aplicação comece até o final do ano.

O Instituto Butantan, fabricante da CoronaVac no Brasil, não vai participar da pesquisa, que na capital paulista vai ser administrada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Em coletiva de imprensa, o presidente do instituto, Dimas Covas, afirmou achar o estudo “bom”, mas mostrou-se insatisfeito por não ter sido avisado pelo Ministério da Saúde. “Poderíamos, sem dúvida, ter sido comunicados. Isso seria uma medida de extrema gentileza e educação para com o produtor da vacina”.

Será preciso vacinar os idosos novamente?

O debate sobre a proteção da CoronaVac para pessoas idosas reacendeu após a publicação de um estudo preliminar realizado em São Paulo (SP) pelo grupo Vaccine Effectiveness in Brazil Against Covid-19 (Vebra Covid-19), que envolve pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, Incor, Universidade de Brasília (Unb) e outras instituições nacionais e internacionais. O financiamento é da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).

Ao avaliar informações de pessoas vacinadas, os autores já haviam detectado que o efeito contra a doença sintomática caía com a idade. De maneira geral, a proteção para maiores de 70 anos foi de 59% contra hospitalizações e 71,4% contra mortes, o que não é ruim.

No entanto, a mesma efetividade foi bem menor para pessoas com mais de 80%: apenas 43% contra hospitalizações e 50% contra óbitos. Embora o estudo ainda não esteja publicado em uma revista científica e nem tenha passado pela revisão de pares, a pesquisa chamou atenção de especialistas.

Ao G1, o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e um dos autores, afirmou que “teremos que, muito provavelmente, discutir com os dados de hospitalização e óbitos se devemos ou não priorizar esse grupo para revacinação quando isso [queda da efetividade] começar a acontecer”.

O Instituto Butantan entregou nesta sexta-feira (23) mais 1 milhão de doses da vacina contra o novo coronavírus para serem distribuídas para todo o país pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Até o momento já foram disponibilizadas 58,6 milhões de doses do imunizante desenvolvido em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

No último dia 13 de julho, o Butantan recebeu mais 12 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) que permitirão a produção de mais 20 milhões de doses da vacina CoronaVac.

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A previsão é que até o final de agosto o instituto tenha concluído a entrega de 100 milhões de doses de vacina referentes aos dois contratos assinados com o Ministério da Saúde. Se cumprida, a estimativa antecipa em um mês o prazo estipulado pelos termos para conclusão das entregas.

O governo de São Paulo afirmou, em nota, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sem provas, faz falsas acusações contra o Instituto Butantan sobre o preço da vacina Coronavac. A gestão estadual rebateu declarações de que o Instituto Butantan teria inflado o preço para fornecer a Coronavac ao Ministério da Saúde e disse que Bolsonaro delirou sobre as declarações dadas.

Em entrevista à rádio Banda B, Bolsonaro disse que encaminhou denúncia à Controladoria-Geral da União (CGU), ao Tribunal de Justiça e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que se investigue um suposto contrato da matriz da Coronavac, que estaria oferecendo vacinas pela metade do preço cobrado pelo Instituto Butantan. Segundo Bolsonaro, a farmacêutica Sinovac ofereceu doses da vacina ao governo brasileiro por US$ 5.

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Em resposta, o governo estadual afirmou que o Butantan é o único representante da Sinovac no Brasil e na América Latina para a comercialização da Coronavac. "Portanto, trata-se de uma falácia de quem já declarou que não compraria a Coronavac, mas adquiriu 100 milhões de doses, das quais mais de 57 milhões já foram entregues pelo Butantan." "O Presidente Jair Bolsonaro demonstra, mais uma vez, incoerência na sua fala e nos seus atos para tentar camuflar negociações escusas para aquisição de vacinas com preço três vezes acima do praticado no mercado", completa o texto.

O presidente Jair Bolsonaro declarou, nesta quinta-feira (23), que mandou investigar um suposto contratado da matriz da Coronavac, que estaria oferecendo vacinas pela metade do preço cobrado pelo Instituto Butantan. De acordo com o presidente, ele já encaminhou o caso para a Controladoria Geral da União (CGU), ao Tribunal de Justiça e hoje encaminhará também ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Em entrevista à Rádio Banda B, Bolsonaro afirmou que matriz chinesa da empresa ofereceu a vacina US$ 5, metade do preço em que cada dose da vacina é vendida ao governo pelo Instituto Butantan. De acordo com Bolsonaro, o instituto também foi oficiado para se explicar com relação a diferença de preço

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"Por que metade do preço agora? O que aconteceu com o Butantan? E outra, o Butantan também foi oficiado por nós para que se expliquem porque a matriz nos oferece a vacina pronta a US$ 5, e eles, Butantan, ao receber o IFA da vacina, nos revendem a US$ 10 a vacina. Pode ser que não haja nada de errado nisso tudo, mas o Butantan nunca nos apresentou uma planilha de preços", disse Bolsonaro, que reclamou que toda a cadeia de custo do imunizante foi apresentada ao governo.

"Temos, agora sim, uma questão a ser investigada. Pode não ser nada, pode, mas pelo que tudo indica no momento, é algo assustador que vem acontecendo lá no Butantan", disse.

Mas mesmo com a oferta de venda da vacina a metade do preço, Bolsonaro afirmou que a resposta não será feita de imediato. De acordo com o presidente, ele ainda precisa conversar com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e esperar uma resposta da Justiça sobre o contrato, que afirmou que deve acontecer daqui a alguns dias, ressaltando que não estava acusando o Instituto de corrupção. "Obviamente interessa pra nós comprar diretamente da China a metade do preço", disse. "Apenas uma documentação que nos traz uma enorme preocupação do que acontece no Butantan".

Contudo, Bolsonaro passou alguns minutos da entrevista desqualificando o imunizante, e colocando em prova sua eficácia no combate ao coronavírus. Bolsonaro voltou a mentir sobre o imunizante não ter comprovação científica, e afirmou que a eficácia da Coronavac "está lá embaixo" e que ela tem dado problemas "em muitos países", devido aos casos de reinfecção. Contudo, a vacina não impede a infecção pela doença, e sim, evita que a Covid-19 evolua para um caso grave.

O presidente usou os casos para justificar a resposta não imediata à suposta oferta da matriz da vacina. "Não adianta a gente comprar mais X milhões de Coronavac se a população não quiser tomar", concluiu.

O Instituto Butantan recebeu nesta terça-feira (13) uma remessa de 12 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para produção de vacina CoronaVac contra covid-19. A remessa, a maior até agora de matéria-prima vinda da China, é suficiente para o envase de 20 milhões de doses do imunizante.

A carga saiu de Pequim no último domingo (11), fez escalada na Suíça, e chegou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, às 4h30 de hoje.

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A preparação das vacinas para aplicação pelo Programa Nacional de Imunizações deve ser feita em um período de 15 a 20 dias. O imunizante será, então, disponibilizado para aplicação em todo o país.

O Butantan já disponibilizou 53,1 milhões de doses da vacina elaborada em parceria com o laboratório chinês Sinovac. O instituto assinou dois contratos com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 100 milhões de doses do imunizante até o final de agosto.

O Instituto Butantan entregou nesta quata-feira (16) ao Ministério da Saúde um lote de um milhão de doses da vacina CoronaVac contra covid-19. Essa remessa é parte das 5 milhões de doses previstas para serem liberadas ao longo do mês de junho para o Programa Nacional de Imunizações (PNI). As doses entregues hoje já contemplam o segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, de 54 milhões de vacinas. O primeiro, de 46 milhões, foi cumprido no dia 12 de maio.

O novo lote de 5 milhões de doses está sendo produzido a partir dos 3 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) recebidos no dia 5 de maio. Desse total, já houve a liberação de 2,8 milhões de vacinas desde o dia 11, quando foram entregues 800 mil doses e, no dia 14, mais 1 milhão. 

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Segundo informações do Instituto Butantan, o envase da matéria-prima foi iniciado no dia 27 e terminou na madrugada do dia 30. Parte das doses já envasadas está em outras etapas do processo produtivo, como inspeção de controle de qualidade. O Butantan informou, ainda, que até o fim de junho receberá um novo lote de 6 mil litros de IFA para a produção de mais 10 milhões de doses.

Ainda de acordo com o Butantan, com a entrega de hoje, já foram fornecidas ao PNI  50,012 milhões de doses desde 17 de janeiro, quando o uso emergencial do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A primeira edição de um mapeamento realizado pelo Instituto Butantan apontou a circulação de 19 variantes do novo coronavírus no Estado de São Paulo. Segundo os dados, coletados em laboratórios públicos e privados, a variante Gama (P.1), identificada pela primeira vez em Manaus, é predominante, mas há registros da Alfa (identificada no Reino Unido) e da B.1.1.28, que originou a Gama.

Nesta quarta-feira (16), o instituto lança o boletim epidemiológico da Rede de Alertas das Variantes, que será atualizado semanalmente e terá como foco detectar as cepas em circulação em São Paulo. Os dados são obtidos por meio do sequenciamento genômico de parte dos testes com resultado positivo realizados pelo Butantan e pelos laboratórios que integram a rede.

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Esse primeiro levantamento utilizou dados de janeiro até o dia 29 de maio (21ª semana epidemiológica) e apontou que a variante Gama corresponde a 89,9% dos casos avaliados. "Foram sequenciados 4.812 (0,58%) genomas completos de 834.114 (39,2%) casos positivos", informa o instituto.

O Departamento Regional de Saúde (DRS) da Grande São Paulo teve o maior número de variantes identificadas, totalizando 13. Na sequência, vieram a DRS Sorocaba e a DRS Campinas, com oito e sete variantes, respectivamente.

Segundo o Butantan, o boletim vai permitir o acompanhamento da distribuição e evolução temporal da incidência das variantes, testes realizados por região, amostras positivas e o porcentual de resultados positivos encaminhados para sequenciamento genômico. Será possível ainda ver as frequências absolutas e relativas das linhagens do vírus por Departamento Regional de Saúde.

Os parceiros da rede são: Hemocentro de Ribeirão Preto/FMRP-USP, Mendelics, FZEA-USP/Pirassununga, Centro de Genômica Funcional (ESALQ-USP)/Piracicaba, Faculdade de Ciências Agrônomas UNESP/Botucatu e FAMERP São José do Rio Preto.

O Butantan também lidera a Rede de Laboratórios para Diagnóstico do Coronavírus SARS-CoV-2, que conta com 28 laboratórios públicos e um privado, que já realizaram quase 4 milhões de exames para detecção da covid-19 desde o início da pandemia. A rede tem como objetivo entregar, em um prazo de até 72 horas, os laudos a pacientes com suspeita de infecção pelo vírus.

O Instituto Butantan entregou nesta sexta-feira (11) ao Ministério da Saúde um lote de 800 mil doses da vacina contra Covid-19 CoronaVac. Essa remessa é parte das 5 milhões de doses previstas para serem liberadas ao longo do mês de junho para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O novo lote está sendo produzido a partir dos 3 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) recebidos no último dia 5 de maio. As doses entregues hoje contemplam o segundo contrato firmado com o governo federal para a entrega de 54 milhões de vacinas. O primeiro, de 46 milhões, foi cumprido em meados de maio.

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Segundo informações do governo estadual, com as doses de hoje, o Butantan chega às 48 milhões de vacinas fornecidas ao Ministério da Saúde desde 17 de janeiro, quando o uso emergencial do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O governo estadual informou ainda que, até o final de junho, o Butantan receberá um novo lote de 6 mil litros de IFA para a produção de mais 10 milhões de doses.

"Até o final de setembro cumpriremos o nosso projeto, nosso programa de entrega de 100 milhões de doses para o Ministério da Saúde. Vamos seguindo na produção ao longo dos próximos dias e estaremos fazendo uma entrega adicional de mais 5 milhões começando pelas 800 mil que estão sendo embarcadas para o Ministério da Saúde", disse o governador de São Paulo, João Doria.

 O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta segunda-feira (7) que o Instituto Butantan já tem estocadas 7 milhões de doses da candidata a vacina anti-Covid Butanvac.

Ainda não testado em seres humanos, o imunizante está sendo produzido desde o fim de abril, e a promessa do governo paulista é entregar 18 milhões de doses até 31 de julho e 40 milhões até 30 de setembro.

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"Evidentemente, vamos aguardar autorização da Anvisa, mas já temos 7 milhões de doses prontas, estocadas, armazenadas e refrigeradas no Instituto Butantan", disse Doria em uma coletiva de imprensa nesta manhã.

A Butanvac foi desenvolvida em conjunto com o Instituto Monte Sinai, de Nova York, e ainda não foi submetida a ensaios clínicos em seres humanos. Ou seja, ainda não há dados sobre a eficácia e a segurança da vacina.

O Butantan pediu aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes, mas a autarquia cobrou mais informações do instituto. Segundo Doria, a expectativa do governo de São Paulo é de que a Anvisa autorize os ensaios clínicos ainda nesta semana. 

Da Ansa

Diante de um estudo que demonstrou queda de efetividade da Coronavac em idosos e do debate entre cientistas sobre a necessidade de uma dose de reforço ou revacinação desse público, o diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, afirma que não há dados que justifiquem essa decisão e defende que agora é o momento de ampliar a parcela da população imunizada.

Em entrevista ao Estadão, o especialista citou dados que mostram o impacto da vacina na redução da mortalidade e de internações dos idosos brasileiros, apontou algumas limitações do estudo que encontrou queda de efetividade em idosos e esclareceu que nenhuma vacina oferece 100% de proteção, daí a necessidade de ampliarmos a cobertura vacinal da população para reduzir a transmissão comunitária do vírus.

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O debate sobre a necessidade de dose de reforço em pessoas acima dos 80 anos ganhou força a partir de um estudo preliminar de pesquisadores brasileiros e estrangeiros publicado na semana passada na plataforma MedRxiv em formato pré-print, ou seja, ainda sem a revisão de outros cientistas. O artigo mostrou que, nesse grupo etário, a eficácia global da Coronavac foi de apenas 28%.

Como mostrou o Estadão, um dos autores da pesquisa, o infectologista Julio Croda, da Fiocruz, defendeu que idosos mais velhos sejam revacinados ainda neste ano, após o término da imunização do grupo prioritário.

Para Palacios, no entanto, essa proposta não deve ser feita sem que seja conhecida a efetividade da vacina contra hospitalizações e mortes nessa faixa etária. A eficácia global medida no estudo refere-se a qualquer grau da doença.

"Em termos de saúde pública, a vacina não tem como objetivo principal prevenir qualquer manifestação da doença. O esforço de vacinação é, sobretudo, para prevenir hospitalização e morte, e não há nenhum dado que nos traga preocupação de que a vacina não está funcionando para isso. Então, a revacinação neste momento é uma proposta ousada com base numa informação limitada. Não há hoje dados que justifiquem uma revacinação", disse o diretor.

Ele ressalta, no entanto, que é provável haver a necessidade de doses de reforço anuais das vacinas contra a covid-19 para a atualização do imunizante para as cepas predominantes no período - mesmo processo que acontece atualmente com a vacina da gripe. Isso deveria ocorrer, porém, só no ano que vem.

Palacios reconhece também que, assim como acontece com outras vacinas, o envelhecimento reduz a resposta imune do indivíduo, o que pode fazer com que mesmo pessoas vacinadas com duas doses sejam internadas e morram, como ocorreu com o sambista Nelson Sargento. Mas defende que, em termos coletivos, a vacina já vem demonstrando um bom desempenho na redução expressiva de casos graves e mortes. "Em todas as vacinas, a gente vai ter alguém que pode não responder, que pode ter uma infecção maior. A forma de reduzir esse risco é quando você tem uma vacinação tão grande que ela começa a trazer uma diminuição de transmissão, protegendo indiretamente também os idosos. O valor da vacina é coletivo", diz.

Por isso, ele reitera que, neste momento de escassez de vacinas no País, seja priorizada a vacinação de um maior número de pessoas em vez de oferecer novas doses a um grupo já vacinado. "A gente tem de focar esses esforços limitados em objetivos de saúde pública", defende.

Efeitos

O diretor do Butantan diz que, embora não haja ainda dados definitivos sobre a taxa exata de efetividade da Coronavac na faixa etária superior aos 80 anos, pesquisas com dados de hospitalizações e mortes já demonstram o benefício da vacina para esse grupo. Um dos estudos foi feito pela Universidade Federal de Pelotas e mostrou que a proporção de mortos por covid-19 no País com 80 anos ou mais caiu de 25% entre as semanas epidemiológicas 1 a 6 (03/01 a 13/02) para 13,1% nas semanas 13 e 14 (28/03 a 10/04), quando boa parte do grupo já havia recebido as duas doses.

Pesquisas de efetividade feitas no Chile e no Uruguai com a população geral demonstraram que a vacina é capaz de reduzir internações e mortes em mais de 80%. No caso do Uruguai, essa proteção foi superior aos 90%. Essas pesquisas, porém, não foram detalhadas por faixa etária.

Palacios diz que, na próxima semana, serão apresentados dados do estudo feito em Serrana, cidade do interior de São Paulo onde todos os moradores maiores de 18 anos foram vacinados, que corroboram os dados. O diretor do Butantan cita, como exemplo de bom desempenho da vacina, dados da própria pesquisa que apontou a queda da efetividade em idosos. No artigo, um gráfico com a incidência da doença por faixa etária entre janeiro e abril mostra um "achatamento" da curva referente aos idosos com 90 anos ou mais, enquanto outras idades têm crescimento maior no período de pico da pandemia no País, entre março e abril.

"Se (os casos) estão aumentando de forma expressiva em todas as faixas etárias, menos na de 90 anos, que foi a primeira a ser vacinada, quer dizer que a vacina está funcionando também para os mais velhos", destaca. Aos idosos e familiares preocupados com uma possível queda na taxa de proteção, o diretor ressalta a importância da aplicação da segunda dose, mesmo que com atraso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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