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Mesmo com a permanência de efetivos da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária e da Força Nacional de Segurança Pública no estado, o governo do Rio Grande do Norte decidiu prorrogar por mais 180 dias a situação de calamidade no sistema penitenciário estadual.

Segundo o Decreto 26.694, publicado no Diário Oficial potiguar neste sábado (4), a medida visa a “legitimar a adoção e execução de medidas emergenciais que se mostrarem necessárias ao restabelecimento do normal funcionamento do sistema penitenciário”, possibilitando a adoção de “medidas emergenciais”, como a dispensa de licitação para a contratação de serviços e produtos.

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O decreto também mantém por mais 180 dias o funcionamento do grupo criado para executar as medidas necessárias ao reestabelecimento da normalidade nos estabelecimentos prisionais do estado. O grupo é coordenado pelo Secretário da Justiça e da Cidadania, Walber Virgolino da Silva Ferreira, e conta com outros oito membros, dentre eles representantes do governo, do Conselho Estadual de Direitos Humanos, da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público, da Vara de Execução Penal, da Defensoria Pública e do Conselho Penitenciário.

Cabe à força tarefa definir a alocação de recursos orçamentários para custear as ações emergenciais relativas ao sistema penitenciário do Rio Grande do Norte e aprovar a contratação emergencial e a execução de projetos de restauração das unidades prisionais parcialmente destruídas durante as rebeliões.

Dois meses de crise

A publicação do decreto ocorre pouco menos de dois meses após o Rio Grande do Norte ter enfrentado a mais longa e violenta rebelião registrada no sistema carcerário estadual – em 14 de janeiro, integrantes de facções criminosas rivais depredaram e escaparam dos pavilhões 4 e 5 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, região metropolitana de Natal, assumiram o controle do pátio da unidade por vários dias e passaram a protagonizar cenas de brutalidade e crueldade, deixando pelo menos 26 detentos mortos e vários feridos.

A situação levou o governo federal a enviar tropas das Forças Armadas para o estado no fim de janeiro. Por 16 dias, homens do Exército, Marinha e Aeronáutica ajudaram as forças de segurança pública do estado a manter a ordem e garantir a segurança da população.

A Força Nacional atua no estado por 180 dias, desde o dia 20 de fevereiro. Já a Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária atua desde janeiro e teve sua permanência prorrogada por 30 dias no último dia 23.

Mais mortes

O decreto também coincidiu com a morte, ontem (4), de dois presos na Cadeia Pública de Mossoró, região oeste do Rio Grande do Norte. Os dois foram encontrados já sem vida, no interior de um banheiro, com sinais de enforcamento. Os corpos serão necropsiados pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia para verificar as causas das mortes. A suspeita das autoridades penitenciárias é que o crime foi provocado por disputa de tráfico de drogas fora do presídio.

Pressionada a agilizar a ajuda aos governadores que decretaram calamidade financeira, a equipe econômica propôs nesta terça-feira, 13, um programa de socorro aos Estados que estão em maior dificuldade financeira. A criação de um regime Especial de Recuperação Fiscal para os Estados em desequilíbrio financeiro foi incluída no texto do projeto de lei que trata do acordo da dívida com os Estados, em tramitação no Senado.

É uma espécie de Proer para os Estados, o programa de salvamento de bancos do governo Fernando Henrique Cardoso. Os Estados terão até 36 meses para ajustar as suas finanças, período que pode ser renovável.

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A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, foi na noite desta terça ao plenário do Senado para fazer um corpo a corpo com senadores para levar pessoalmente a proposta. Além das medidas econômicas que o presidente Michel Temer vai anunciar amanhã, essa é mais uma frente da equipe econômica para ativar a economia - a financeira dos Estados tem contribuído para a piora do quadro econômica e das incertezas políticas.

A proposta prevê a suspensão do pagamento das dívidas desses governos à União por 36 meses. Esse período de carência nos pagamentos vai durar enquanto o Estado estiver sob o regime especial - a suspensão dos pagamentos, porém, não poderá ser prorrogada, e a dívida não será perdoada. Em compensação, os governadores terão de adotar algumas medidas, como aumentar a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores para, no mínimo, 14%; congelar reajustes salariais e adotar programa de redução de jornada e de salário.

O relator do projeto da dívida dos Estados, senador Armando Monteiro (PTB-PE), incluiu a proposta no seu parecer. Com as mudanças, a votação do projeto ficou para hoje, por decisão do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

"Fui informado de que o Ministério da Fazenda proporia um regime especial para Estados em dificuldades. Por isso, manifestei de pronto minha disposição em acolher esse regime especial", disse Monteiro. A instituição do regime especial foi incluída por meio de subemenda apresentada pelo líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP). "O regime vai dar fôlego indispensável para a prestação de serviços nos Estados", disse.

O relator sinalizou o acolhimento de emenda do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que propõe tempo maior de vigência do teto de gastos nos Estados. A proposta inicial previa duração de dois anos, mas a emenda estendeu para dez anos, com possibilidade de revisão no método de correção no 5.° ano. Essa medida vai ao encontro dos pontos já negociados entre governadores e a União.

A atuação nas negociações teve o empenho maior do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, que foi ao Senado para costurar um acordo. Rio Grande do Sul e Minas também pressionam para que a criação do regime seja acelerada. Os empréstimos nos quais o Tesouro deu garantia serão honrados pela União durante a vigência.

A proposta prevê ainda a criação de amarras para garantir que só Estados em grande dificuldade entrem no regime. Os governos estaduais também poderão ter aval do Tesouro para operações de crédito hoje travadas porque o Tribunal de Contas da União é contrário à concessão de garantias para Estados com nota de classificação de risco (rating) baixas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, decretou calamidade financeira no Estado. O ato foi publicado nesta terça-feira, 22, no Diário Oficial do Estado, e ocorre um dia depois do anúncio de um pacote para combater a crise e que será votado na Assembleia Legislativa.

O texto prevê demissões, extinção de secretarias e fundações. Trata-se do segundo Estado a recorrer à medida - o primeiro foi o Rio de Janeiro, em junho deste ano, que logo depois recebeu um aporte de R$ 2,9 bilhões da União.

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Sartori estava reunido por volta das 12h com outros governadores em Brasília para discutir saídas para a crise, que assola diversos Estados. Mais tarde, eles encontram o presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

No decreto gaúcho, Sartori disse que "a crise da economia brasileira está atingindo fortemente a capacidade de financiamento do setor público". No fim de outubro, o Estado anunciou o 9º parcelamento de salários de servidores. O governador citou ainda a queda do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2015 e 2016, que deve superar 7%. Isso, segundo Sartori, tem "trágicas consequências" para a arrecadação de tributos.

O decreto ainda enumera o "significativo aumento de gastos públicos, especialmente com pessoal", além da grave crise econômica que atinge o Estado. Sartori diz que, em função da crise, é necessário, no curto prazo, garantir a continuidade da prestação de serviços públicos essenciais, principalmente nas áreas de segurança pública, saúde e educação.

"Fica decretado estado de calamidade financeira no Âmbito da Administração Pública Estadual. Os secretários de Estado e os dirigentes máximos dos órgãos e das entidades da Administração Pública Estadual, sob a coordenação da Secretaria da Casa Civil, ficam autorizadas a adotar medidas excepcionais necessárias à racionalização de todos os serviços públicos, salvo aqueles considerados essenciais para que não sofram solução de continuidade, mediante a edição dos atos normativos competentes", diz o decreto, assinado por Sartori.

Governadores de Norte, Nordeste e Centro-Oeste também já ameaçaram decretar calamidade financeira, mas não houve nenhum ato desses governantes nesse sentido até o momento.

O Comitê Rio-2016, responsável por organizar os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, garantiu que o estado de calamidade pública decretado pelo governo não causará impacto na organização do evento. "Não afeta em absolutamente nada", afirmou o diretor de Comunicação do Rio-2016, Mario Andrada. "Primeiro, porque a gente já sabia que o Estado estava quebrado. Segundo, porque os recursos por meio de incentivo (renúncia fiscal) já foram garantidos."

No decreto que institui o estado de calamidade, a Olimpíada é citada em três das oito justificativas. A grave crise financeira do Estado "vem impedindo o Estado de honrar com os seus compromissos para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016", expõe o texto assinado pelo governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), 49 dias antes do início dos jogos.

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O decreto afirma ainda que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos "possuem importância e repercussão mundial" e "qualquer desestabilização institucional implicará um risco à imagem do País de dificílima recuperação".

Se não afeta em termos de organização, o decreto prejudica ainda mais a imagem do Rio às vésperas da Olimpíada. Tão logo o governo decretou estado de calamidade, o Comitê Rio-2016 começou a ser consultado por jornalistas de diversos países sobre os eventuais efeitos da medida sobre o evento.

Paes. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), afirmou que o estado de calamidade "em nada atrasa as entregas olímpicas e os compromissos assumidos no Rio". Ele usou o Twitter para comentar o decreto de Dornelles. De acordo com o prefeito, "a posição da prefeitura é de absoluto conforto fiscal e financeiro".

Paes destacou ainda que a prefeitura é a responsável pela entrega de todas as arenas em que ocorrerão os Jogos Olímpicos e todas as obras do legado, "tirando o metrô". "Quero renovar aqui a confiança de que realizaremos jogos excepcionais", encerrou o prefeito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A 49 dias do início dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro decretou estado de calamidade pública em razão de sua grave crise financeira. A medida inédita foi acertada durante jantar realizado quinta-feira (16) no Palácio do Jaburu, em Brasília, com o presidente em exercício Michel Temer, o governador do Rio, Francisco Dornelles, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi.

A medida foi discutida com Temer como caminho para justificar o socorro financeiro da União sem necessidade de cumprimento das exigências do Ministério da Fazenda. Com dificuldades em cumprir obrigações assumidas para realização do evento esportivo, o governo do Estado pleiteia emergencialmente pelo menos R$ 3 bilhões.

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O governo fluminense não detalhou as consequências práticas do decreto. Segundo Dornelles, a decisão abre caminho para que o Rio tome "medidas duras na área financeira". Questionado se fornecedores deixarão de receber, disse que "não se pretende dar calote".

A intenção do governador é chamar atenção das autoridades federais para as dificuldades enfrentadas pelo Estado nas áreas de saúde, segurança e também na obtenção de financiamento para obra do metrô.

A crise financeira do Rio já resultou no fechamento de algumas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e outras estão negando atendimento. O atraso no pagamento dos funcionários fez o Hemorio (banco de sangue estadual) suspender a coleta de sangue em abril e o Instituto Médico Legal (IML) deixar de receber corpos em sua unidade principal, no centro, em 7 de junho, por falta de condições de trabalho. A Polícia Civil também restringiu o uso de combustível: um terço da frota de viaturas teve o abastecimento diário cortado.

Efeitos

Líder do PSDB na Assembleia Legislativa, o ex-vice-governador do Estado Luiz Paulo Corrêa da Rocha disse que, na prática, a calamidade pública financeira desobriga o Estado a cumprir exigências legais, como limite de endividamento e gastos mínimos em serviços essenciais, e impede a União de suspender repasses para o Rio, mesmo que esteja inadimplente. Também permite a captação emergencial de recursos, a suspensão unilateral de contratos e a realização de contratos curtos e emergenciais, sem licitação.

"(A medida) serve para proteger os gestores em caso de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal", disse o economista Mauro Osório, presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), lembrando que o decreto permite à União repassar recursos ao Rio na frente de outros Estados. "Estão usando a Olimpíada como pretexto para montar uma engenharia financeira para o Rio sobreviver a este ano."

O ponto central da crise é a combinação de gastos crescentes com pessoal com a recessão econômica, que fez derreter as receitas tributárias. O Rio sofre mais, por duas particularidades: a dependência dos royalties de petróleo, cuja remuneração encolheu por causa da queda na cotação internacional; e a dificuldade de cortar muito os investimentos públicos diante da urgência de entregar obras para a Olimpíada.

Liberação de recursos

A União estuda a edição de medidas provisórias para dar agilidade à obtenção de recursos. O estado crítico das finanças seria uma das justificativas para a ajuda ao Rio por meio de Medidas Provisórias, além da proximidade da Olimpíada.

O Rio não conseguiu aval do Tesouro para fechar empréstimo de R$ 990 milhões do BNDES, dos quais R$ 500 milhões seriam usados para conclusão do trecho principal da linha 4 do metrô, entre a Barra da Tijuca (zona oeste) e Ipanema (zona sul),um dos compromissos assumidos para sediar os Jogos Olímpicos. Sem a contratação do financiamento, as obras poderiam parar, às vésperas da Olimpíada, pois o consórcio da Linha 4 do Metrô teria recursos em caixa apenas até meados deste mês.

Em visita ao Hospital Getúlio Vargas, no Recife, o Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) denunciou, nesta semana, uma série de problemas encontrados na unidade de saúde. Entre elas, o órgão relatou descaso com os profissionais de enfermagem, sucateamento da estrutura física, falta de equipamentos de proteção individual e insumos básicos para o atendimento dos pacientes, entre outras. 

Além das questões físicas do hospital e dos materiais necessários para realização dos procedimentos, o Coren-PE ressaltou baixos salários, e sobrecarga de trabalho aos enfermeiros. De acordo com o conselho, a situação encontrada é de calamidade, principalmente pela quantidade de pacientes que precisam de atendimento e de poucos enfermeiros para atender as demandas. Um exemplo dado pelo órgão foi de que foram encontrados 70 pacientes no corredor e apenas dois enfermeiros para prestar assistência. 

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O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco pontuou ainda elevadores quebrados, falta de soro fisiológico, lençóis, infiltrações nas paredes, teto com risco de cair, falta d’água e apenas duas, das três UTIS do hospital, em funcionamento. 

Diante da verificação dos problemas, a presidente do Coren-PE, Dra. Giovana Mastrangeli avaliou como inadmissível a postura negligente da administração pública e informou que após a conclusão do relatório será avaliado a possibilidade de realizar interdição ética dos setores mais críticos, além de entregar em mãos o relatório ao Ministério Público.

Hospital Agamenon Magalhães – Outro hospital fiscalizado no Grande Recife, nesta semana, foi o Hospital Agamenon Magalhães. Integrantes do Conselho Regional de Medicina (Cremepe) e o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) fiscalizaram a emergência coronariana da unidade de saúde e constataram vários problemas, como a redução de leitos no local e a sobrecarga e condições inadequadas de trabalho.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta terça-feira que a epidemia de Ebola na África Ocidental já deixou 467 mortos. Segundo estes novos dados, 759 supostos casos foram registrados em Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Diante deste desafio, a OMS convocou uma reunião em Gana a ser realizada na quarta e na quinta-feiras e na qual participarão os ministros da Saúde de 11 países e vários sócios da organização mundial que lutam contra o Ebola.

Na sexta-feira, a OMS já tinha advertido para o risco de propagação da epidemia de Ebola para os países vizinhos às nações afetadas, mas considera contraproducentes as restrições de deslocamento.

Na grande maioria dos casos registrados, o vírus é transmitido por contato nos serviços médicos, mas também nos funerais, pois o vírus se mantém presente nos cadáveres.

O epicentro da epidemia está nos arredores da cidade de Gueckedou, no sul da Guiné. Dali se espalhou para Serra Leoa e Libéria, pois muitos doentes viajam até Conakry ou Monróvia para receber cuidados médicos, segundo a OMS.

Descoberto em 1976, na atual República Democrática do Congo (RDC), o vírus do Ebola é muito contagioso e o índice de mortalidade pode atingir 90% dos casos, ainda de acordo com a organização.

A doença é transmitida para o homem através de animais selvagens e também entre seres humanos. Não existe uma vacina homologada contra a febre do Ebola, que se manifesta com hemorragias, vômitos e diarreia.

Subiu para 20 o número confirmado de mortos em decorrência do temporal que atingiu o município de Itaoca, no sudoeste paulista, na segunda-feira (13). Os corpos de Arlindo de Jesus da Silva, de 39 anos, Samuel dos Santos Cardoso, 15, e Suelen dos Santos Pontes, 9, foram localizados e sepultados ontem. O número inclui o agricultor Dimas de Oliveira Mota, 45, que estava internado desde a manhã da tragédia e morreu na Santa Casa de Itapeva.

Outras três pessoas continuam internadas, mas duas estão fora de perigo. Há ainda seis pessoas desaparecidas e as buscas continuam a ser feitas por 15 homens do Corpo de Bombeiros com cães farejadores. No fim da tarde de ontem, mais um corpo foi encontrado em um local conhecido como Prainha, em Itaoca, mas até as 18h a vítima não havia sido identificada. "Calamidade.

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O estado de calamidade pública decretado pelo município foi homologado pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), e reconhecido pela União. Dessa forma, a prefeitura enfrentará menos burocracia para contratar obras de emergência e se refazer dos estragos.

Pode chegar a R$ 13 milhões, valor equivalente a todo o orçamento do município previsto para 2014, o prejuízo deixado pela tromba d’água que atingiu Itaoca. De acordo com o prefeito Rafael Rodrigues de Camargo (PSD), a estimativa inicial dos prejuízos, feita nesta semana, leva em consideração os danos já levantados na rede urbana, em propriedades particulares e na zona rural, incluindo as seis pontes que foram levadas pelas águas.

O trabalho de limpeza prossegue na cidade e a rua principal foi liberada para o trânsito. Pelo menos 83 famílias continuam sem poder voltar para casa, pois os imóveis foram destruídos ou sofreram avarias. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O prefeito Miderson Melleo (PSDB) decretou, nesta segunda-feira, 23, estado de calamidade pública em Taquarituba, cidade do interior paulista atingida por um tornado na tarde de domingo, 22. De acordo com o levantamento preliminar da Defesa Civil, duas pessoas morreram (no domingo, a Polícia Militar havia falado em três mortes) e 64 ficaram feridas, muitas delas em estado grave.

Cerca de 150 casas foram danificadas, das quais 10 já foram interditadas, por falta total de segurança. O tornado com ventos de 150 quilômetros por hora arrasou o distrito industrial da cidade, danificando totalmente 38 empresas. O terminal rodoviário, uma escola e uma quadra esportiva, além do fórum, estão entre os prédios públicos atingidos.

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Com o estado de calamidade decretado, o prefeito pode pedir mais recursos públicos para dar socorro imediato à população.

A preparação para o período de chuvas será realizada a partir desta terça (5) e seguem até sexta (8) para coordenadores e agentes da Defesa Civil de 25 municípios da Zona da Mata Norte. O curso será feito através da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) na Agência de Desenvolvimento de Goiana, localizada na Rua Luiz Gomes, número 102.

Sete cursos serão realizados para abranger todos os 184 municípios de Pernambuco através da Secretaria da Casa Militar para todas as regiões. Aspectos teóricos e práticos serão abordados no curso, conceitos, manuais e diferentes  maneiras de trabalho a ser desenvolvido em situações de desastres e calamidades. Segundo a Defesa Civil, a medida foi feita devido as enchentes de 2010, capacitando mais de 700 agentes de Defesa Civil de vários municípios até o fim do ano passado.

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Com informações da assessoria

Prevista em lei para situações excepcionais como catástrofes da natureza, a contratação de obras e serviços públicos sem licitação, a título de emergência, entrou no radar do Ministério Público Federal em 2013. Procuradores da República vão criar um grupo de trabalho especial para examinar esses repasses, fonte de inúmeros desvios e de "calamidade" nos cofres públicos.

A proposta é mapear investigações em curso que tratem de corrupção e aprofundar a apuração de novos casos de má aplicação de dinheiro durante tragédias, como chuvas e secas. De acordo com o Ministério da Integração Nacional, 523 municípios decretaram situação de emergência somente este ano.

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Segundo a subprocuradora, Denise Vinci Túlio, coordenadora da 5.ª Câmara de Patrimônio Público e Social, a proposta do grupo será acompanhar as contratações emergenciais feitas por prefeituras com recursos federais. "As situações se repetem todo ano e queremos criar mecanismos mais eficazes para fiscalizá-los", disse a subprocuradora.

Uma das irregularidades mais comuns é a inexistência de projeto básico nas contratações emergenciais. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou problemas nas ações de recuperação e reconstrução de pontes nos municípios do Rio atingidos pelas chuvas de janeiro de 2011. Vinci destaca que o grupo quer evitar que gestores aproveitem o período de comoção social para aplicarem irregularmente o dinheiro ou mesmo fazer uso político dessas verbas.

Mapa

Os procuradores também vão se dedicar a mapear investigações em andamento que tratem do tema. O primeiro levantamento feito pela Câmara de Patrimônio Público indica a existência de inquéritos em Alagoas, Santa Catarina, Pernambuco e no Rio, Estados atingidos nos últimos anos por tragédias.

Em períodos de tragédia, os mecanismos de controle da aplicação de verbas são diferenciados. O sistema funciona assim: as contratações são realizadas sem licitações e com projetos básicos deficientes ou incompletos (documentos que definem como a obra será feita, criando parâmetros para as compras e contratos de serviços). A ideia por trás dessa exceção é agilizar as compras e as obras para atender a população atingida pelas tragédias.

Porém, uma consequência indireta é a diminuição dos mecanismos de controle da aplicação das verbas públicas. Maus gestores se aproveitam dessas brechas para desviar recursos. No Rio de Janeiro, por exemplo, um prefeito foi flagrado sacando dinheiro enviado para cobrir despesas com a tragédia causada pelas chuvas na boca do caixa. A verba, de acordo com a investigação, foi parar no bolso do político. No ano passado, o Ministério Público Federal identificou mais de 200 casos semelhantes, envolvendo saques de verba pública, na boca do caixa, por prefeitos.

Nova Friburgo

Na região serrana do Rio de Janeiro, o MPF conseguiu, no fim de 2011, o afastamento do então prefeito de Nova Friburgo, Dermeval Barbosa Moreira Neto (PT do B), a cidade mais atingida pelas chuvas daquele ano. O gestor era suspeito de superfaturamento, pagamento por serviços não executados e fraude na contratação de empresa para limpeza de hospitais e escolas públicas, após as tragédias. No início deste ano, a Procuradoria da República instaurou um novo inquérito para investigar o desvio de dinheiro da reconstrução das escolas.

Em 2011, a região serrana foi cenário da maior tragédia natural do País durante os temporais. Numa auditoria, o TCU apontou inúmeras irregularidades no emprego de recursos para socorro não só em Friburgo, mas outras seis cidades mais prejudicadas.

Ao todo, o Ministério da Integração pôs R$ 70 milhões à disposição das prefeituras.

Conforme os auditores, houve pagamento de serviços sem contrato ou a preços injustificáveis. As empresas receberam sem que houvesse a medição ou fiscalização das obras supostamente executadas. Nos documentos, faltava, não raro, indicar até o local em que as intervenções foram feitas. O Grupo de Trabalho de Tragédias faz parte do programa da 5.ª Câmara, que no ano passado lançou um mapa das ações de improbidade.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Devido à falta de abastecimento de água na cidade de Águas Belas, Agreste pernambucano, o prefeito Genivaldo Meneses (PT), decretou estado de calamidade pública no município. O fornecimento era feito de forma emergencial pela administração municipal e pela Compesa, mas o prolongamento da falta de chuva fez com que as nascentes e os reservatórios que abasteciam os carros pipas, também secassem.

De acordo com Meneses, além do prejuízo social e humano, a seca reduziu em cerca de 60% o rebanho de gado no Vale do Ipanema, principal atividade econômica da região. Agora, o abastecimento está vindo de Garanhuns, a 80 km de distancia de Águas Belas. 

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O decreto assinado pelo prefeito tem duração de 90 dias, prazo em que a administração municipal espera contar com o apoio dos governos estadual e federal em ações emergenciais.

Representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) e do Instituto de Gestão das Águas (Igarn), anunciaram nove medidas para evitar o colapso no fornecimento de água, nos 142 municípios em Estado de calamidade, por efeitos da seca no RN.

Entre as medidas estão um plano de controle de consumo excessivo, o fechamento de comportas de reservatórios que façam outros usos da água (que não seja abastecimento humano) e a otimização das obras em execução (adutoras, poços e chafarizes).

Entre as cidades em estado de calamidade, quatro (Antônio Martins, Luís Gomes, Lagoa Nova e João Dias) já estão com abastecimento de água sendo feito exclusivamente por meio de carro-pipa. Outras nove cidades preocupam. Devido ao baixo nível de água dos reservatórios, a Secretária Estadual de Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte anunciou que os reservatórios dessas cidades estão com o nível abaixo de 23%.

Para conter as consequências trazidas pela estiagem, o governo estadual pretende fechar a comporta de mananciais que usam a água para outros usos, que não o abastecimento da comunidade. Outra iniciativa será a perfuração de poços em locais geologicamente viáveis e a convocação de outras instituições - como Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) -, responsáveis por tomar decisões sobre o estado de bacias e reservatórios federais.

As medidas para contenção no uso da água foram discutidas às portas fechadas, na manhã de ontem (9). As autoridades evitaram classificá-las como uma estratégia de racionamento, mas as intervenções resultarão em economia de água, tanto por parte da população, como por parte das autoridades. "Precisamos pensar à frente. Esperamos que as chuvas voltem a ocorrer no nosso Estado, mas se isso não acontecer, temos que estar preparados", afirmou o secretário estadual de Recursos Hídricos, Gilberto Jales.
Por Ana Dourado

A região do Alto Oeste é a que se encontra em situação mais crítica. Em alguns reservatórios, o nível está abaixo dos 20%, como é o caso do açude no município de Olho D'água dos Borges, que entrou em colapso, e o de São Miguel, funcionando com apenas 12% de sua capacidade. SMessa região, os reservatórios possuem menos de 25% de sua capacidade de armazenamento.

Gilberto Jales explicou que, a partir de agora, semanalmente o grupo de trabalho constituído, ontem (9), vai monitorar e avaliar as ações, bem como a eficácia de cada uma. "As medidas serão monitoradas e o grupo de trabalho irá vistoriar os municípios mais atingidos. As medidas podem ser reformuladas, dependendo das avaliações que forem feitas", afirmou Jales.

De acordo com as estratégias elaboradas na reunião, o grupo de acompanhamento, formado por representantes da Caern, Semarh e Igarn começarão, na próxima quinzena, um acompanhamento mais criterioso dos reservatórios, levando em conta, em cada cidade, as opções de abastecimento a que a população pode ter acesso. Carros-pipa e poços artesianos são as soluções mais utilizadas. Em 20 dias, 54 novos poços entrarão em funcionamento em nove cidades. Se esses poços produzirem como o esperado, a cada 6 mil litros de água prospectados, menos um carro-pipa será necessário.

Desde abril de 2012, 142 municípios do RN estão em estado de calamidade. Desde novembro do ano passado, o Exército, que coordena a Operação-Pipa, tem dificuldades para contratar pipeiros, na maioria dos municípios do Rio Grande do Norte. Segundo Gilberto Jales a situação, hoje, é de alerta. Ele pediu a colaboração da população no uso da água. Entre as medidas anunciadas, está uma campanha para conscientizar toda a população potiguar. O foco: o desperdício de água.

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Por Hana Dourado

O prefeito de Natal, Paulinho Freire, decretou calamidade pública na saúde municipal. O decreto 9.845 saiu no Diário Oficial de hoje e tem prazo de 90 dias.  A justificativa é o término da intervenção judicial para o gerenciamento da Unidade de Pronto Atendimento Dr Ruy Pereira dos Santos e o risco iminente da interrupção do atendimento médico da unidade.

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Segundo trecho do decreto, a interrupção do serviço “agravará a sobrecarga das demais unidades da rede municipal e estadual, que prestam atendimento à população de Natal e municípios adjacentes”.

Com a situação de calamidade pública em vigor no sistema municipal de saúde da cidade de Natal, ficaram dispensados de licitação os contratos de aquisição de bens, de prestação de serviços e de obras relacionadas a manutenção dos serviços públicos de saúde. No entanto, tais contratos precisam ser concluídos no “prazo máximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos”.

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Um patrimônio fundado em 1814, o Cemitério dos Ingleses se encontra em total abandono. Apesar de ser 100% particular, uma placa colocada logo na entrada cemitério, localizado na Avenida Cruz Cabugá, Zona Norte do Recife, informa que o local é tombado como patrimônio do Governo do Estado, desde 1984. O patrimônio tem valor histórico, cultural, tendo o direito de ser preservado.

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Zeladora há mais de 20 anos do local, Maria José Pereira da Silva, afirma que os mortos são enterrados pelos parentes e, depois disso, ninguém aparece mais. “Ninguém mais paga isso aqui. Há rachaduras, esquecimento, abandono. A manutenção não é feita pelos parentes aqui. Se você for olhar, tem cupim, parede rachada, tudo maltratado”, afirma Maria José.

De acordo com o administrador do local, Esmeraldo Marinho, a estrutura onde seria para funcionar a capela estava com problemas e uma faixa foi colocada para pedir ajuda. “Agora, estamos pedindo até esmola. Tivemos que arranjar não sei de onde dinheiro para reformar essa estrutura, pois a Prefeitura do Recife olhou e disse que comprometeu o lugar, por isso, foi feita a medida urgente”, relata.

Ainda segundo ele, o custo mensal do cemitério chega a R$ 3 mil e, como patrimônio há muitos anos, deveria ter uma atenção especial do Governo. “A gente fica no escuro, sem nada. A única ajuda que recebemos é dos poucos parentes que pagam a manutenção. Ninguém se prontifica a ajudar em nada”, lamenta. Até o fechamento desta matéria, a reportagem do LeiaJá não conseguiu falar com a assessoria do Governo do Estado.

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