Depois de uma temporada de sonho atuando lado a lado com a camisa do Barcelona, Neymar e Messi podem se encontrar em lados opostos no Chile, onde tentarão conquistar pela primeira vez a Copa América, com as seleções de Brasil e Argentina.
No sábado, os dois craques garantiram a conquista da "tríplice coroa", ao levantar a "Taça Orelhuda" da Liga dos Campeões, com vitória por 3 a 1 sobre a Juventus, depois da Copa do Rei e do Campeonato Espanhol.
##RECOMENDA##Formada na temporada passada sem conquistar títulos expressivos, a dupla "Neymessi" se transformou em "tridente", com a chegada de outro astro sul-americano, o uruguaio Luis Suárez.
O trio "MSN" somou nada menos do que 122 gols nesta temporada e foi um pesadelo para as defesas europeias.
Suárez não terá, porém, a possibilidade de brigar pelo bicampeonato da Copa América com a "Celeste". Ele está suspenso, por nove partidas oficiais de seleção, por conta da mordida no italiano Chiellini durante a Copa do Mundo no Brasil.
Messi quer se consagrar com a seleção
No Chile, Messi tentará deixar para trás a desilusão da última edição do torneio continental, quando os "Hermanos" deram vexame ao serem eliminados em casa pelo Uruguai de Suárez nas quartas de final.
O camisa 10 passou perto da grande consagração no ano passado, no Brasil, mas acabou amargando o vice-campeonato ao perder na prorrogação (1-0) a final do Mundial para a Alemanha, no Maracanã.
"É muito lindo jogar com a seleção, poder vestir a camisa do país e ser o capitão. Conseguir um título seria o máximo para mim", disse recentemente o craque argentino, que por muito tempo foi alvo de críticas por render menos com a seleção do que com seu clube.
"Sempre fui questionado pelas minhas atuações com a seleção e, infelizmente, não tive como ganhar nem a Copa América nem o Mundial. Estamos muito bem, acabei de ganhar tudo mais uma vez com o Barça. Tomara que possamos encerrar a temporada ganhando a Copa América", enfatizou.
Brincadeiras entre amigos
Neymar tampouco alcançou a glória com a seleção, contando como única conquista a desvalorizada Copa das Confederações, em 2013.
Com a "Canarinha", o atacante de 23 anos tem a difícil missão de reconquistar a confiança da torcida depois do fiasco da Copa do Mundo.
O ex-santista não esteve em campo no vexame histórico da goleada de 7 a 1 para a Alemanha, por ter sofrido uma lesão nas quartas de final, contra a Colômbia.
Desde então, Neymar ganhou a braçadeira de capitão e foi o grande destaque da nova era Dunga, marcando oito gols em oito jogos, quase a metade do total de 18 da seleção. Com isso, a equipe brasileira ostenta 100% de aproveitamento nos amistosos pós-copa.
"Messi nunca ganhou a Copa América e me falou: 'deixe essa para nós, você ainda é novo, vai ter outras oportunidades de ganhá-la'. Mas disse para ele que isso não vai acontecer, nem pensar", lembrou Neymar.
No sábado, em Berlim, o camisa 10 da seleção marcou nos acréscimos o terceiro gol da vitória do Barça, terminando na artilharia da competição, ao lado de ninguém menos que Messi e Cristiano Ronaldo. Os dois também balançaram as redes dez vezes cada na Champions.
O brasileiro e o argentino têm a possibilidade de conquistar sete títulos este ano. A "tríplice coroa" já está no bolso, a Copa América está logo ali, e o Barça ainda disputará as Supercopas da Europa e da Espanha, em agosto, e o Mundial de Clubes, em dezembro.