Tópicos | Carlos Alberto Parreira

Campeão mundial com a seleção brasileira em 1994, Carlos Alberto Parreira está há quatro meses em tratamento quimioterápico depois de descobrir um câncer. Ano passado, o ex-treinador recebeu o diagnóstico de linfoma de Hodgkin, e, segundo informou a família à CBF, "vem apresentando excelente respostas".

A informação foi divulgada pela CBF nesta sexta-feira, 12. A família do treinador tetracampeão e a equipe médica do Hospital Samaritano que o acompanha afirmam que Parreira continua "evoluindo positivamente aos tratamentos e agradecem a todos pela preocupação e carinho". Linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que acomete o sistema linfático.

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Parreira, de 80 anos, estava há um tempo considerável sem fazer uma aparição pública até a semana passada, quando deu entrevistas para falar sobre o amigo Mário Jorge Lobo Zagallo, que morreu na última sexta-feira, aos 92 anos. Notou-se, nas entrevistas, que Parreira estava muito magro, com ralos cabelos brancos e aparência debilitada.

O ex-treinador e ex-coordenador da seleção brasileira foi ao velório se despedir de Zagallo no último sábado, na sede da CBF, no Rio. Ele apareceu no fim do evento, acompanhou a missa e foi embora sem dar entrevistas. Uma semana depois, a família decidiu tornar público o tratamento de Parreira contra o câncer.

O carioca participou de dez Copas do Mundo por cinco seleções diferentes: Arábia Saudita, Brasil, Emirados Árabes, Kuwait e África do Sul. É ele o técnico brasileiro que mais dirigiu seleções estrangeiras, com dez passagens. Entre 1970 e 2014, foram sete participações em Mundiais, como preparador, técnico e coordenador.

Seu último capítulo em Copas foi a leitura da fatídica carta da misteriosa "Dona Lúcia", lida após o 7 a 1 protagonizada pela Alemanha, maior vexame da história da seleção brasileira. A carta era acrítica e adulava o técnico e amigo Felipão.

No passado, Parreira escreveu ao Estadão uma coluna em que considerava que eram grandes as chances de o Brasil ganhar a Copa do Mundo do Catar, vencida pela Argentina.

Cerca de 50 torcedores fizeram plantão no acesso à Granja Comary para a despedida da seleção brasileira, que deixou Teresópolis entre o final da manhã e o início da tarde deste sábado. Nenhum deles, contudo, conseguiu ver seus ídolos.

Isso porque parte do elenco voltou ao Rio de micro-ônibus com vidros escuros e outra parte viajou de helicóptero. A assessoria de imprensa da seleção não divulgou as opções de cada um para dar privacidade aos jogadores.

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A última atividade em Teresópolis aconteceu na manhã deste sábado, um treino tático fechado à imprensa. A delegação também recebeu a visita de Carlos Alberto Parreira, técnico tetracampeão com o Brasil em 1994. "Foi um bate-papo só, pra desejar força. Agora é hora de competição, hora de chegar e de colocar em prática tudo o que foi treinado", disse Parreira, na saída da Granja.

A seleção estava concentrada em seu CT desde o início da semana. Os jogadores passaram por avaliações físicas e exames médicos. Em cinco dias e meio, foram realizados também quatro treinos no gramado. Os trabalhos com bola serão intensificados a partir da próxima segunda-feira, quando a equipe começa sua "fase europeia" de preparação.

O Brasil vai treinar no CT do Tottenham, em Londres, onde irá se preparar para os amistosos do dia 3, diante da Croácia, em Liverpool, e dia 10, com a Áustria, em Viena.

Após deixarem a Granja Comary, os jogadores terão o restante do dia de folga e irão se reapresentar na sede da CBF, na Barra da Tijuca, ao meio-dia deste domingo. Lá, o elenco almoça com cartolas da entidade, faz uma visita ao Museu da Seleção e se encaminha ao aeroporto do Galeão, onde embarca às 16h30 rumo a Londres.

É impossível lembrar de Carlos Alberto Parreira sem falar de Mário Jorge Lobo Zagallo e vice-versa. E tudo caminha para que mais uma vez vejamos a dupla em ação, desta vez com novos personagens, mas com a mesma gana para buscar o sucesso. Assim, Paulo, o filho do Zagallo, e Carlinhos, o sobrinho de Parreira, devem se unir para trabalharem juntos e honrarem o nome da família.

Paulo Zagallo tem 58 anos e é técnico de futebol. Carlinhos Parreira, de 35, já foi preparador físico e atualmente é auxiliar técnico. O primeiro está desempregado, após passar um tempo cuidando do pai, doente. O segundo trabalha como auxiliar de Luis dos Reis no Velo Clube, no qual faz boa campanha na Série A2 do Campeonato Paulista.

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A ideia é que, com o término do Estadual, os dois consigam aproveitar toda a experiência obtida na carreira e, por meio da convivência de seus parentes, para assumir um clube paulista na Série B ou C do Campeonato Brasileiro. Eles não quiseram dar nomes, mas a reportagem apurou com pessoas ligadas a ambos que Guarani e Botafogo, de Ribeirão Preto, chegaram a manter contato recentemente.

O fato de ter um parente próximo tão respeitado e vitorioso no futebol fez com que eles se sentissem pressionados no início da carreira. Por outro lado, algumas portas se abriram. "Zagallo teve êxito profissional e me sentia cobrado, mas hoje nem tanto. Eu tenho meus pensamentos e é claro que aprendi muito com meu pai. Não seria inteligente não aproveitar isso", disse Paulo.

Carlinhos soube se utilizar dos espaços criados por conta de seu sobrenome, mas não acredita que isso tenha feito ele se manter no futebol. "Estaria sendo hipócrita se falasse que não. É claro que abriu portas. Só que se eu não tivesse mostrado um bom trabalho, não teria deixado boa imagem por onde passei. Ser sobrinho do Parreira me abre portas, mas se manter no lugar depende da minha competência."

Os dois têm perfis bem distintos de seus parentes. Paulo é bem mais calmo do que o pai. Já Carlinhos, como ele mesmo diz, "não chega a ser um Luxemburgo ou Felipão, mas também não é o Parreira".

Embora tenham planos de trabalhar juntos, isso só deve acontecer depois do fim do Paulista da Série A2. Carlinhos não pretende abandonar o outro amigo na equipe de Rio Claro. "Trabalhava com o Luis no Rio Claro até o ano passado e viemos para o Velo Clube. O Luis, inclusive, tem ajudado bastante o Paulo e somos todos amigos. Não posso e jamais abandonaria o Luis agora", avisou o sobrinho do técnico tetracampeão mundial.

Criados desde pequeno no meio do futebol, a pergunta que fica é por que ambos ainda não conseguiram emplacar na carreira como esperado. Zagallo responde. "Futebol depende muito de empresário e sempre foi eu mesmo que cuidei dos meus negócios, mas nesses tempos não dá mais para ser assim. Hoje, temos um agente que nos ajuda e acredito que as coisas podem mudar", disse o treinador, que não aceita o apelido de Zagallinho. "Melhor não. Tenho nome e orgulho do meu pai, mas o diminutivo soa como algo pejorativo", explicou.

A CPI do Futebol aprovou um plano de trabalho que inclui o depoimento dos ex-craques Pelé e Zico a fim de contribuir com sugestões para a reestruturação do futebol brasileiro. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), membro da CPI, avalia que a programação do colegiado está praticamente completa e deverá trazer elementos para que os parlamentares destrinchem os problemas do esporte mais praticado do país e tentem encontrar soluções. 

De acordo com o plano de trabalho, os jornalistas Juca Kfouri, José Cruz, Sérgio Rangel e Jamil Chade, todos repórteres de esporte de grandes veículos de comunicação do país, serão os primeiros a falarem na CPI. Eles irão à CPI, já na próxima semana, na condição de testemunhas.

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Além deles, os parlamentares irão ouvir presidentes de federações de futebol de vários estados; presidentes de grandes clubes, como Flamengo, São Paulo, Grêmio e Atlético-MG; os próprios jogadores, representados pelo Bom Senso Futebol Clube; e ex-atletas como Cafu e Roque Júnior.

Segundo o senador, o objetivo original da CPI de investigar eventuais irregularidades em contratos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014 (COL) está mantido, mas que a ideia é avançar ainda mais. 

“Vamos muito além disso. A ideia é discutirmos aqui todos os pontos relacionados ao futebol, ouvindo os envolvidos com o esporte e nos debruçando, inclusive, sobre os documentos decorrentes de investigações já em curso feitas por órgãos competentes do Brasil e do exterior”, afirma Humberto.  

O plano de trabalho inclui ainda a vinda dos técnicos Felipão, Carlos Alberto Parreira e Dunga, assim como o depoimento do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira. 

“O nosso objetivo é realizar as oitivas para analisar a situação do esporte como um todo: o calendário de jogos, a situação financeira dos clubes e das federações, as condições de trabalho dos atletas e árbitros, assim como a gestão da CBF”, explica Humberto.

Os integrantes da CPI também aprovaram, na sessão de hoje, requerimentos que solicitam autorização da Procuradoria Geral da República para o compartilhamento de informações sobre o caso Fifa, investigado originalmente pelo FBI, e autorização para a ida de um grupo de trabalho formado pelos senadores aos Estados Unidos em busca da documentação. 

A ideia dos senadores é apresentar o relatório final da CPI no dia 24 de novembro e discuti-lo e votá-lo no dia 8 de dezembro.

Coordenador técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014 e treinador do Brasil na conquista do tetracampeonato, em 1994, Carlos Alberto Parreira defendeu o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, por não ter contratado Pep Guardiola para comandar a equipe no último Mundial. Parreira disse que também seria contrário.

"Não ajudaria em nada, sou contra. Conheço o trabalho do Guardiola. Foram 14 títulos em 16 competições. Mas uma coisa é dirigir o Barcelona, que só tem craque, tem recurso. Outra é no futebol brasileiro, que a seleção se reúne a cada dois meses. Até ele entender a cultura demanda um tempo grande", comentou Parreira, em entrevista à ESPN Brasil.

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O assunto Guardiola voltou à tona na terça-feira, quando o lateral-direito Daniel Alves, também em entrevista à ESPN Brasil, revelou que o treinador espanhol tinha projeto de assumir a seleção brasileira antes da Copa do Mundo. De acordo com o jogador do Barcelona, Guardiola tinha estratégia e até time definido para o Brasil atuar no Mundial de 2014, em casa.

Mais do que ser contra Guardiola, Parreira não é favorável a que treinadores estrangeiros comandem a seleção brasileira. "Acho que em clubes, os técnicos estrangeiros fariam trabalhos maravilhosos. Se algum deles vier aqui no Brasil, ganhar três Brasileiros, uma Copa do Brasil, aí sim tem que assumir a seleção. Mas primeiro tem que entender a cultura. Colocar um estrangeiro não vai resolver um problema de uma hora para outra", opinou.

A divulgação dos 23 jogadores candidatos à Bola de Ouro da Fifa, realizada nesta terça-feira pela entidade e pela revista France Football, repercutiu entre o presidente da CBF, José Maria Marin, e o coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, que estiveram em São Paulo para um evento de apresentação dos centro de treinamentos que estarão disponíveis para as seleções na Copa do Mundo de 2014.

Parreira exaltou a presença de Thiago Silva e Neymar, representantes brasileiros entre os 23 listados, disse que aposta na aparição do atacante entre os três finalistas, mas ainda acredita que o prêmio ficará com Lionel Messi. "Acho ótimo que tenhamos brasileiros na lista. Acho que o Neymar estará entre os três, mas acredito ainda que o Messi vai levar o prêmio pois ainda é o melhor do mundo", comentou.

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Além dos jogadores concorrentes à Bola de Ouro, o Brasil também tem o técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari, na briga pelo prêmio de melhor treinador. Para Parreira, a indicação é fruto do trabalho principalmente na conquista da Copa das Confederações. "Ficar entre os dez melhores técnicos é muito bom e deve ser por tudo que ele fez pela seleção neste ano."

Marin também comentou sobre as indicações de Thiago Silva, Neymar e Scolari, mas fez questão de exaltar o próprio Parreira, a quem considera um pouco responsável pela indicação de Felipão entre os melhores do mundo. "Eu cumprimento o Felipão, o Thiago Silva e o Neymar. Estar nessa lista é motivo de muita alegria", disse. "Inclusive eu considero que o Parreira também tem uma contribuição nisso."

A seleção brasileira foi convocada nesta terça-feira para o amistoso contra a Suíça, no próximo dia 14 de agosto, às 15h45 (horário de Brasília), no Estádio Jakob Park, em Basel. Nesta primeira lista após a Copa das Confederações ficou clara a intenção de manter a base campeã da competição, já que 19 dos 20 convocados estavam no torneio disputado no Brasil, em junho.

"Normal que nessa primeira convocação houvesse a manutenção da base da Copa das Confederações. Não temos mudanças tão grandes assim", declarou o técnico Luiz Felipe Scolari ao site da CBF. "Os atletas vão jogar. Quem não estava jogando vai trabalhar de alguma forma, e vamos poder observar."

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Daquele grupo de 23 jogadores que defenderam o Brasil na Copa das Confederações, Felipão acabou deixando de fora desta lista reduzida de 20 nomes apenas o goleiro Diego Cavalieri, do Fluminense, o zagueiro Réver, do Atlético-MG, o meia Jadson, do São Paulo, e o lateral-esquerdo Filipe Luís, do Atlético de Madrid. Na vaga deste último entrou Maxwell, do Paris Saint-Germain.

"A única novidade é o Maxwell, que joga hoje no PSG da França, já passou pelo Barcelona, pela Inter (de Milão). Já foi campeão da Liga dos Campeões, nacional. Tem uma experiência muito grande e eu acho que vale a pena fazer mais uma experiência na lateral esquerda. Nós temos o Marcelo, que está muito bem, o Filipe, que foi bem quando chamado, mas é importante abrir o leque para definir com tranquilidade", disse o coordenador Carlos Alberto Parreira.

Para Parreira, a manutenção da base é fundamental para que a seleção não perca a "arrancada" que teve na Copa das Confederações, quando chegou desacreditada, mas conquistou o título com boas atuações. O coordenador, no entanto, lembrou que para o torneio Felipão pôde contar com os jogadores por quase um mês, enquanto diante da Suíça os atletas devem chegar em condições físicas longe das ideais.

"É muito importante não perder a arrancada que tivemos. Evidente que as situações são diferentes, para a Copa das Confederações fizemos preparação, ficamos com os jogadores praticamente por 30 dias. Agora, boa parte deles ainda não atuou depois do torneio, não estão na mesma forma física e técnica. Mas a ideia é manter a base mesmo", comentou Parreira.

Coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira completa 70 anos nesta quarta-feira sabendo dos desafios que tem à frente do cargo, assumido no final de 2012. Com a experiência de quem participou da conquista de dois títulos da Copa do Mundo pelo Brasil, em 1970, como preparador físico, e em 1994, como técnico, ele revelou o desejo de que a equipe vença a Copa das Confederações, em junho, diante da Espanha, para disputar o Mundial no ano seguinte com a moral elevada.

"Vamos torcer para nós irmos bem na Copa das Confederações e fazer uma final com a Espanha. Seria uma coisa maravilhosa a gente ganhar da Espanha em casa, ganhar a Copa das Confederações e chegar com moral em 2014", afirmou Parreira, que também dirigiu a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2006.

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O coordenador técnico reconheceu que os desafios da seleção brasileira para voltar a ser campeã mundial são enormes. "A pressão é maior, a responsabilidade é maior, as dificuldades são enormes porque nós não disputamos as Eliminatórias, temos um time jovem", comentou, em entrevista ao site oficial da CBF.

Ao fazer um balanço da sua vida no futebol, Parreira apontou a seleção campeã mundial em 1958 como o a melhor que já viu. "A melhor seleção que vi jogar em todos os tempos foi a de 1958. Um time que tem Pelé e Garrincha, dois gênios do futebol, tinha Nilton Santos, Zagallo, Didi, Orlando, Djalma Santos, um brilhante goleiro como o Gilmar, Dino Sani, Mazolla... Esse time foi incomparável", disse.

Parreira garantiu que não vê a conquista do título mundial em 1994 como o mais importante da seleção brasileira, mas reconheceu que a pressão pelo longo jejum tornou o triunfo na Copa dos Estados Unidos mais celebrado.

"Nenhuma conquista de Copa do Mundo é mais importante do que a outra. Todos foram importantes dentro do seu contexto e época. A única coisa diferente é que tínhamos um hiato muito grande, 24 anos sem título incomodava muito, então havia um peso e uma pressão muito grande", lembrou.

Mas, como não poderia deixar de ser, Parreira reconheceu que o título de 1994 marcou a sua carreira. "A ficha não cai, é o que marca a carreira, é o ápice e o selo da sua carreira", afirmou.

Depois de ver a seleção brasileira perder por 2 a 1 para a Inglaterra, no Estádio de Wembley, em Londres, na última quarta-feira (6), Carlos Alberto Parreira creditou boa parte do resultado negativo à "vantagem física" dos adversários em relação a alguns jogadores do time nacional que estão em início de temporada, assim como fez Luiz Felipe Scolari ao comentar a sua reestreia no comando do Brasil. O coordenador técnico, porém, preferiu enxergar o lado bom da derrota para o forte rival e já começou a projetar a evolução da seleção, que fará uma série de outros amistosos complicados e disputará a Copa das Confederações neste primeiro semestre de 2013.

"Acho que o encontro foi positivo. É evidente que o resultado não foi, mas a gente tem que levar em consideração aquilo que a gente conversou e nós sabíamos, e isso não foi nenhuma surpresa, que o time inglês é uma boa equipe tecnicamente, provou isso, tem bons jogadores, que levaram uma vantagem muito grande", disse Parreira, em entrevista ao site oficial da CBF, após o duelo diante da Inglaterra.

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O coordenador técnico ressaltou que é preciso tempo para que a seleção brasileira atinja o entrosamento e a condição física ideais para conquistar resultados expressivos. "Não é só com um treino, em um jogo difícil contra a Inglaterra, que a gente pode querer que tudo saia perfeito. Não saiu, houve coisas muito positivas e coisas que precisam ser melhoradas e ficaram muito claras. Para nós (da comissão técnica) isso é bom porque agora temos por onde começar a trabalhar e por onde começar a cobrar. Agora a bola começou a rolar, entramos na arena, antes estava só na especulação, na parte teórica, mas a bola começou a rolar e agora muda tudo", enfatizou.

Parreira destacou que "como teste e observação" o amistoso serviu muito para que ele e Felipão comecem a pensar "um pouco mais à frente" neste período de preparação cujo principal objetivo é a conquista da Copa do Mundo de 2014. "O trabalho vai ter continuidade. É apenas o início e que vai nos dar a oportunidade de ver o que aconteceu e melhorar cada vez mais", projetou.

Já ao comentar a superioridade física dos ingleses em relação aos jogadores da seleção que atuam no Brasil, Parreira ainda destacou que o adversário está disputando o qualificatório para o Mundial e já conta com uma equipe-base definida há mais tempo, enquanto Felipão tenta iniciar um novo trabalho após a saída de Mano Menezes.

"Eles (ingleses) estão disputando as Eliminatórias, estão com um time formado, estão em um estágio físico muito superior ao nosso, isso ficou muito claro no jogo. Nós necessitamos de montar o time, taticamente de acordo com as ideias do Felipão, e fisicamente temos muito jogadores que no Brasil ainda estão começando a temporada e não tiveram ainda como acompanhar esse ritmo. O jogo foi muito veloz", opinou.

Parreira, entretanto, destacou que o Brasil conseguiu compensar essa desvantagem física de alguns atletas travando uma partida parelha com a Inglaterra. "Apesar de tudo, a posse de bola foi praticamente a mesma, as chances de gol foram equilibradas e no segundo tempo chutamos mais bolas ao gol do que eles, foram dez chutes contra três, e eles aproveitaram duas oportunidades porque estavam mais intensos na partida", analisou.

O técnico Luiz Felipe Scolari e o coordenador Carlos Alberto Parreira se reuniram nesta segunda-feira, na sede da CBF, no Rio, onde começaram a definir de forma mais efetiva o planejamento que irão traçar na seleção brasileira. Os dois estiveram acompanhados do auxiliar de Felipão, Flávio Murtosa, naquela que foi a primeira reunião de trabalho do trio nesta nova era da equipe nacional.

Pentacampeão mundial em 2002, Scolari assumiu oficialmente o comando da seleção brasileira no dia 29 de novembro, menos de uma semana depois da demissão de Mano Menezes, anunciada no dia 23. A saída do comandante acabou provocando logo em seguida a saída de Andrés Sanchez da CBF e a extinção do cargo de diretor de seleções, antes ocupado pelo ex-presidente do Corinthians.

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Felipão e Parreira também estarão definindo nesta semana os próximos profissionais a serem anunciados como integrantes da comissão técnica da seleção, que até agora conta apenas com Paulo Paixão, preparador físico, e Carlos Pracidelli, preparador de goleiros, como nomes confirmados.

A reestreia de Scolari no comando da seleção será no dia 6 de fevereiro, em amistoso contra a Inglaterra, no Estádio de Wembley, em Londres, sendo que a CBF já agendou outras duas partidas de preparação visando a disputa da Copa das Confederações de 2013, entre 15 e 30 de junho, no Brasil. A primeira delas será no dia 2 de junho, novamente contra os ingleses, no Maracanã, e uma semana depois o time nacional pegará a França, no Mineirão.

Já na Copa das Confederações a seleção brasileira estreará contra o Japão, no dia 15, em Brasília, antes de encarar o México, dia 19, em Fortaleza, e fechar a sua participação na primeira fase da competição contra a Itália, no dia 22, em Salvador. Os três jogos valerão pelo Grupo A do torneio que é o principal evento da Fifa antes da Copa do Mundo de 2014, que também será realizada no Brasil.

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