Tópicos | Caso Aldeia

“Só Deus ouve, só Deus fala, a justiça dEle foi feita”. A frase foi a única fala feita por Danilo Paes, nesta quarta-feira (25), ao sair do Fórum Agenor Ferreira de Lima, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, após ter sido absolvido das acusações de envolvimento no assassinato do próprio pai, o médico cardiologista Denirson Paes, em maio de 2018. 

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Danilo Paes, absolvido. Foto: Júlio Gome/LeiaJá 

Para Rafael Nunes, advogado de defesa que representou Danilo no caso, era uma questão de tempo para que uma resposta justa fosse dada pelo tribunal. “Desde o início eu falei que acreditava na justiça, que as provas do processo não eram capazes de condená-lo”, declarou. 

Acusação vai entrar com recurso 

O advogado assistente de acusação, Carlos André Dantas, afirmou que deverá entrar com um recurso contra a decisão do júri. “Para mim não é surpresa, porque tudo o que é possível não é surpresa. Mas nesse caso, nos resta agora recorrer. Aconteceram algumas situações dentro desse processo, foi dispensado um promotor de última hora, esse aí foi anunciado há dois dias que iria atuar sozinho, e isso interferiu, não deixa de interferir”, relatou o jurista. 

Carlos André Dantas, advogado assistente de acusação. Foto: Júlio Gome/LeiaJá 

Dantas disse que chegou a solicitar explicações à juíza ainda no primeiro dia do julgamento (24), tanto em relação à dispensa de um dos promotores, quanto ao fato de o promotor em exercício no caso é filho de uma juíza que trabalha na mesma Vara da magistrada que presidiu o julgamento, e que mora no mesmo bairro onde ocorreu o crime, em Aldeia. Os pedidos foram indeferidos pela juíza Marília Falcone Lócio. 

O irmão mais novo de Danilo, Daniel, também se mostrou indignado diante da sentença proferida pela juíza, e afirmou que esperava justiça. “A gente acha que existe justiça, a gente esperava isso, acredito. Nunca fui revoltado a ponto de fazer alguma coisa, sempre fui na minha, estudando para trabalhar, seguir o legado do meu pai, então vou fazer isso, mas com muita tristeza e com sensação de impunidade, e que o trabalho da polícia serve de nada”, disse, de maneira veemente. 

Daniel Paes, irmão de Danilo. Foto: Júlio Gome/LeiaJá  

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Justiça mantém única culpada 

Danilo chegou a ser preso por seis meses no ano em que o crime ocorreu, mas foi posto em liberdade após pedido de Habeas Corpus. A esposa da vítima, Jussara Rodrigues, ré confessa, foi condenada a mais de 19 anos de prisão, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Após dois dias de julgamento, Danilo Paes foi absolvido pelo conselho de sentença, formado pela juíza e sete jurados sorteados em júri popular. Ele era acusado de participar do assassinato do próprio pai, o médico cardiologista Denirson Paes, morto em maio de 2018, em um condomínio de luxo em aldeia, bairro de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

A sentença foi proferida nesta quarta-feira (25), contrariando a previsão de que o julgamento seria de três a quatro dias.

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As teses

Na tese de argumentação defendida pela acusação, o MPPE pediu absolvição entendendo que não há provas suficientes para condenar, porque a própria reprodução simulada dos fatos traz dúvidas para a formação de sua convicção.

O assistente de acusação, Carlos André Dantas, por outro lado defendeu a participação de Danilo Paes de acordo com os laudos periciais e depoimento das testemunhas. Na argumentação, ele apontou, dentre a motivação para a participação do réu no crime, a personalidade de Danilo Paes, que ele considera “impulsiva e instável”, e ainda a manipulação psicológica da mãe, Jussara Rodrigues, para a conquista de bens materiais.

A defesa defendeu a inocência de Danilo Paes também embasada nos laudos periciais e na oitiva das testemunhas, afirmando que Jussara Rodrigues teria condições de autoria exclusiva do crime. Apontaram ainda o posicionamento do promotor Leandro Guedes que citou a falta de provas para condenar o réu.

Caso

Segundo a denúncia, na madrugada de 31 de maio de 2018, no condomínio Torquato de Castro I, Km 13 da Estrada de Aldeia, 153, em Camaragibe, o médico Denirson Paes da Silva foi assassinado por esganadura. Teve o corpo esquartejado e ocultado em uma cacimba.

Em novembro de 2019, Jussara Rodrigues, esposa de Denirson, recebeu a pena de 19 anos, oito meses e 46 dias de reclusão por homicídio e ocultação de cadáver.

A primeira posição do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) argumentava que Danilo Paes teria auxiliado a mãe no crime. Ele havia sido acusado de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Preso suspeito de participar da morte do próprio pai, o médico Denirson Paes, o engenheiro Danilo Paes já saiu do Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife. Nesta sexta-feira (21), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) havia concedido liberdade provisória ao jovem. A decisão foi tomada pela juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Camaragibe, Marília Falcone.

Na decisão, a magistrada diz que "não se encontram presentes os requisitos que ensejaram a decretação da prisão preventiva, no tocante ao acusado Danilo Paes Rodrigues. Não há neste momento que se falar no mérito do processo, ou seja, se o acusado é inocente ou culpado”.

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A juíza também afirmou que Danilo “possui bons antecedentes criminais, personalidade de homem comum, é um jovem universitário não apresenta qualquer ameaça social, não podendo ser, assim, considerado um agente com alto grau de periculosidade” e que não há “indício de que o acusado esteja representando ameaça de se evadir do distrito da culpa”.

Após pagar uma fiança no valor de R$ 5 mil, Danilo terá que cumprir medidas cautelares: comparecimento mensal em juízo entre os dias 01 e 05 de cada mês para justificar suas atividades; proibição de manter contato com as testemunhas dos presentes autos; recolhimento domiciliar no período noturno entre 22h e 6h; entrega de passaporte.

De acordo com a decisão da juíza Marília Falcone, a defesa da farmacêutica Jussara Paes, viúva e também acusada da morte do marido, não solicitou a liberdade provisória.

A decisão acontece pouco depois da magistrada determinar que o jovem fosse mantido em cela isolada no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife, no último dia 5 de dezembro. Na época, a juíza tinha afirmado que a ação era para evitar que Danilo passasse por situações vexatórias.

RELEMBRE O CASO

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.

A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes. Em seu novo depoimento, a acusada disse ter arrancado e queimado os genitais do companheiro

No dia 20 de junho, Jussara compareceu à Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do marido. A denúncia só foi feita após pressão de Daniel, que afirmou que iria procurar a polícia se ela não o fizesse. Ela alegava que o marido teria viajado e não dado mais notícias, talvez tendo ido ver os jogos da Copa do Mundo na Rússia. Os policiais suspeitaram do depoimento por causa de fatores como a demora para registrar o caso e a ausência de movimentação na conta bancária de Denirson.

A juíza Marília Falcone Gomes Lócio determinou que o engenheiro Danilo Paes Rodrigues seja mantido em uma cela isolada no Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife. Danilo é acusado de, junto com a mãe Jussara Rodrigues, assassinar o pai Denirson Paes Rodrigues em um condomínio de Aldeia, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR).

O objetivo da decisão, segundo a juíza, é evitar que Danilo passe por situações vexatórias. O fato estaria ocorrendo desde que ele foi transferido para ser conduzido à audiência na 1ª Vara Criminal.

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O deferimento do pedido foi publicado na última quarta-feira (5). “Determino ainda que na próxima audiência, caso houver, o acusado não mais seja transferido para o Complexo do Aníbal Bruno [Complexo do Curado], devendo ser trazido ao Fórum diretamente do Cotel”, diz a juíza na decisão.

Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Danilo já está no Cotel, localizado em Abreu e Lima, na RMR. Na próxima sexta-feira (7), ele e a mãe serão encaminhados ao Fórum de Camaragibe para interrogatório. Devido à quantidade de testemunhas arroladas para a audiência, eles só deverão ser ouvidos no segundo dia agendado, 14 de dezembro.

Ocorre na próxima sexta-feira (7), o primeiro dia das audiências de instrução e julgamento da farmacêutica Jussara Rodrigues, 54 anos, e do engenheiro Danilo Paes, 23, indiciados pela morte do médico Denirson Paes da Silva, 54, marido de Jussara e pai de Danilo. O segundo dia está marcado para 14 de dezembro.

As ouvidas ocorrerão no Fórum de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), às 9h. A acusação arrolou 17 testemunhas, enquanto a defesa dos acusados arrolou 12, sendo que algumas dessas pessoas foram convocadas tanto pela acusação quanto pelo advogado de defesa.

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Entre as testemunhas estão Daniel Paes, filho caçula do cardiologista, e a mulher que mantinha um relacionamento extraconjugal com Denirson, o que teria sido a motivação do crime, conforme a Polícia Civil. Também serão ouvidos o pai e a irmã de Denirson, o porteiro do condomínio e um homem que destruiu um casebre onde eram guardadas ferramentas e o crime teria ocorrido. O assistente da promotoria Carlos André Dantas fará um requerimento para que a delegada também seja ouvida, visto que seu primeiro pedido foi indeferido pela juíza.

Jussara e o filho Danilo também serão interrogados durante a audiência. Eles, entretanto, são os últimos, segundo o cronograma pré-estabelecido, então só devem ser ouvidos no dia 14.

"Pode ser que nem precise do segundo dia de audiência, vai depender se a juíza ouvir a todos amanhã, mas são muitas testemunhas e não deve dar tempo", diz Rafael Nunes, advogado de defesa. Ele defende que a farmacêutica agiu em legítima defesa e que Danilo não tem participação no homicídio. Rafael afirmou que fará requerimentos à juíza, mas não adiantou o teor.

"A partir de agora inicia a fase judicial do processo, em que todos os indícios colhidos na fase de investigação serão valorados perante o juiz, para que possa analisar com maior profundidade o caso. Após as audiências, a juíza irá proferir uma decisão de pronúncia para iniciar a fase de júri popular", explica o assistente da promotoria Carlos André Dantas. O júri popular é realizado em casos de crimes hediondos contra a vida.

O caso

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.

A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes. Em seu novo depoimento, a acusada disse ter arrancado e queimado os genitais do companheiro

No dia 20 de junho, Jussara compareceu à Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do marido. A denúncia só foi feita após pressão de Daniel, que afirmou que iria procurar a polícia se ela não o fizesse. Ela alegava que o marido teria viajado e não dado mais notícias, talvez tendo ido ver os jogos da Copa do Mundo na Rússia. Os policiais suspeitaram do depoimento por causa de fatores como a demora para registrar o caso e a ausência de movimentação na conta bancária de Denirson.

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Está confirmado para os dias 7 e 14 de dezembro, no Fórum de Camaragibe, no Grande Recife, as audiências de instrução e julgamento da farmacêutica Jussara Rodrigues, de 54 anos, e do engenheiro Danilo Paes, 23; mãe e filho suspeitos de matar o médico Denirson Paes da Silva, 54. A confirmação foi dada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco e pelo advogado de defesa dos suspeitos, Rafael Nunes.

O advogado de defesa alega que Jussara agiu em legítima defesa. Afirma ainda que o cardiologista Denirson era violento e batia em sua esposa, que em 2015 "cansou das agressões e procurou a Delegacia da Mulher, onde foi deferido medidas protetivas". Rafael aponta que Denirson "não cumpriu as medidas e continuou as agressões", tendo sido necessária a "requisição do apoio policial e ele saiu de lá [de sua casa] algemado no camburão da polícia", informa Rafael Nunes.

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O jurista diz ainda que Jussara, com um tempo, foi ameaçada e por conta disso retirou o interesse da medida protetiva. "Ele maltratava, humilhava por ganhar melhor, alimentava um relacionamento paralelo, batia gratuitamente [na esposa] e no dia do fato ela cansou de apanhar e reagiu. Ele [Denirson] não esperava por isso e aconteceu a tragédia onde ele bateu com a cabeça no chão", aponta o advogado.

Segundo apontamentos das investigações, além da traição citada pelo advogado, seriam motivações do crime a separação iminente e a consequente mudança de padrão de vida a qual Jussara seria submetida.

A perícia constatou que entre o dia 30 e o dia 31 de maio Denirson foi asfixiado em seu quarto. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa fracassada de carbonização e, em seguida, a serragem em duas partes do corpo da vítima.

A audiência de instrução e julgamento, previstos para acontecer nos dias 7 e 14 de dezembro, são audiências onde as pessoas arroladas no caso, como peritos, policiais, testemunhas de acusação e de defesa serão ouvidas. O advogado explicou ao LeiaJá que se no final dessas ouvidas o juiz entender que há elementos para "pronunciar", será marcado um júri popular que definirá o caso.

Já que nos crimes dolosos contra à vida o juiz não condena diretamente e o máximo que ele pode dar é uma sentença de pronúncia, ou seja, a competência para julgar é do júri popular e, depois de decidido pelo tribunal, o juiz definirá qual pena será imposta aos (possíveis) praticantes do crime. "Isso só não acontecerá se o juiz definir que não há elementos suficientes para culpar os envolvidos e decidir pela absolvição", relata o advogado de defesa da família Rafael Nunes.

O caso

A prisão preventiva da farmacêutica Jussara Rodrigues e o seu filho, o engenheiro Danilo Paes, foi definido na manhã do dia 31 de agosto, por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e sem possibilidade de defesa) e ocultação de cadáver.

Foi Jussara quem procurou a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro, ocorrido no dia 31 de maio. Na época, ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado.

A polícia começou a suspeitar porque Jussara havia demorado para relatar o desaparecimento do seu esposo, que estava sumido há mais de duas semanas quando ela denunciou e não havia movimentação na conta bancária dele. A polícia aponta que o crime pode ter sido premeditado.

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Pela primeira vez, o estudante Daniel Paes, de 20 anos, publicou um texto na sua conta do Instagram sobre a morte do seu pai, o médico cardiologista Denirson Paes da Silva, e a prisão da sua mãe, a farmacêutica Jussara Rodrigues Paes da Silva, e o irmão e engenheiro civil Danilo Paes Rodrigues. Em julho, o jovem já havia escrito uma mensagem na função Stories do Instagram agradecendo o apoio recebido.

No texto escrito no último domingo (30), Daniel relata estar se sentindo muito só. "Mais um mês se passou, mês que até ontem eu tinha dado como uma grande vítória por estar me sentindo melhor, graças a minha família, amigos e psicóloga. Fiz atividades que gosto e me superei, seja na faculdade ou na maneira de enxergar a vida. Só que hoje senti a mesma dor e tristeza que senti no dia 4 de julho, sentimentos que não consigo explicar por palavras, me sinto a pessoa mais frágil do mundo", escreveu ele.

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Os restos mortais do médico foram encontrados dentro da cacimba de sua casa no dia 4 de julho. A Polícia Civil apresentou a conclusão do caso no dia 31 de agosto, indiciando Jussara e Danilo por homicídio e ocultação de cadáver. Desde então, Jussara já assumiu a autoria do crime, afirmando ter agido só. A polícia também fez a reconstituição do crime após o novo depoimento.

Daniel, que é o caçula da família, estava em seu quarto no momento em que o crime teria ocorrido. Os peritos concluíram que a acústica e a distância não permitiria que ele ouvisse os sons da esganadura ou do esquartejamento que o pai sofreu.

Ainda no texto publicado em sua rede social, Daniel afirma sentir saudade do pai, da mãe e do irmão. Ele também lembra do cachorro Dequinho, que morreu em abril. A Polícia Civil suspeita que o cachorro tenha sido envenenado por Jussara para não atrapalhar a morte do companheiro, que já estaria sendo planejada. O advogado dos acusados relatou não haver relação direta entre a morte do animal e o assassinato do médico cardiologista.

"Ainda não consigo absorver o que aconteceu, me sinto em um mundo paralelo em que preciso vencer desafios dia após dia, mas quando 'lembro' do porquê de vencer esses desafios, minha cabeça entra em uma pane (leia-se crise absurda de ansiedade) e aí só me resta chorar muito, ou desabafar, como estou fazendo pela primeira vez de forma mais clara por aqui", escreve o estudante. "Sinto falta da inocência de quando criança, única preocupação era ir pra escola jogar futebol, conversar com meus amigos e esperar o meu pai vir me buscar, na maioria das vezes com pamonha ou alguma besteira que eu amava. Amanhã será um belo dia, mas sabendo agora que independentemente do quão bem eu esteja indo, uma hora ou outra vai bater todos esses sentimentos que estou sentindo agora", ele continua.

O caso

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.

A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes. Em seu novo depoimento, a acusada disse ter arrancado e queimado os genitais do companheiro.

No dia 20 de junho, Jussara compareceu à Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do marido. A denúncia só foi feita após pressão de Daniel, que afirmou que iria procurar a polícia se ela não o fizesse.  Ela alegava que o marido teria viajado e não dado mais notícias, talvez tendo ido ver os jogos da Copa do Mundo na Rússia. Os policiais suspeitaram do depoimento por causa de fatores como a demora para registrar o caso e a ausência de movimentação na conta bancária de Denirson.

Confira na íntegra o texto de Daniel Paes:

"Mais um mês se passou, mês que até ontem eu tinha dado como uma grande vitória por estar me sentindo melhor, graças a minha família, amigos e psicóloga. Fiz atividades que gosto e me superei, seja na faculdade ou na maneira de enxergar a vida. Só que hoje senti a mesma dor e tristeza que senti no dia 4 de julho, sentimentos que não consigo explicar por palavras, me sinto a pessoa mais frágil do mundo, que por mais que não falte companhia, me sinto MUITO só. Ainda não consigo absorver o que aconteceu, me sinto em um mundo paralelo em que preciso vencer desafios dia após dia, mas quando 'lembro' do porquê de vencer esses desafios, minha cabeça entra em uma pane (leia-se crise absurda de ansiedade) e aí só me resta chorar muito, ou desabafar, como estou fazendo pela primeira vez de forma mais clara por aqui. Talvez eu não tenha absorvido tudo isso pela situação ser impossível de acontecer em um 'mundo real'. Vai muito além de perder as 3 pessoas que você mais ama na vida, perdi um futuro que não existirá mais e ao mesmo tem um passado, não dá pra olhar pra trás sem lembrar do que aconteceria. Perdi a minha base, perdi os meus porquês de fazer o que eu faço. Só tenho o presente, esse bem dolorido. Sinto muita saudade do meu PAI, da minha MÃE e do meu IRMÃO. Sinto falta do melhor cachorro do mundo, dequinho. Sinto falta do meu trabalho, onde literalmente transformava vidas. Sinto falta da inocência de quando criança, única preocupação era ir pra escola jogar futebol, conversar com meus amigos e esperar o meu pai vir me buscar, na maioria das vezes com pamonha ou alguma besteira que eu amava. Amanhã será um belo dia, mas sabendo agora que independentemente do quão bem eu esteja indo, uma hora ou outra vai bater todos esses sentimentos que estou sentindo agora. Só me resta paciência e confiar na história e superação de Jesus"

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 A ex-companheira acusada de esquartejar e carbonizar parcialmente o corpo do médico Denirson Paes da Silva, Jussara Rodrigues, 55 anos, saiu hoje da Colônia Penal Feminina e encontra-se agora na Delegacia de Camaragibe, no Grande Recife, juntamente com o seu filho e também acusado do crime, Danilo Paes.

Os acusados farão uma acareação na manhã desta sexta (14), antes de seguirem para a reconstituição do crime, na casa onde o médico foi assassinado. Ao chegar na delegacia, Danilo pediu: "Deixem minha vida em paz".

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A Polícia Civil não confirmou se ele participará da reconstituição do crime, mas a participação de Jussara, juntamente com os peritos e uma pessoa do mesmo tamanho e peso do Denirson, que se passará pela vítima, está confirmada. O assassinato aconteceu num condomínio de luxo em Aldeia, onde o casal tinha uma residência. A mulher diz ter cometido sozinha o assassinato do ex-companheiro.

A acareação que acontece neste momento na delegacia de Camaragibe servirá para confrontar os depoimentos dos acusados. O advogado de Jussara e Danilo, Alexandre de Oliveira, também já se encontra na delegacia e confirmou que acompanhará a reconstituição simulada do crime.

Sobre o Caso

Segundo último relato, Denirson Paes da Silva e Jussara discutiam na manhã do dia 31 de maio. Ela conseguiu derrubar o médico em um movimento surpresa e ele bateu com a cabeça no chão. Em seguida, a mulher teria esganado o companheiro.

Percebendo que Denirson já estava sem vida, a farmacêutica teria escondido o corpo dele em um quarto na área externa. Naquela noite, a mulher teria voltado ao local para esquartejar o marido e arrancar e atear fogo nas genitais dele após não conseguir jogar o corpo inteiro dentro da cacimba. A acusada teria descoberto que estava sendo traída no dia anterior.

Danilo, o filho mais velho, foi apontado como autor do homicídio e da ocultação de cadáver juntamente com Jussara. A polícia encontrou uma grande presença de sangue, por exemplo, no guarda-roupa dele. Outro indício da participação dele no crime é devido à esganadura sofrido pelo médico. Segundo Fernando Benevides, perito criminal, a esganadura exigiria força e, portanto, Danilo seria o provável responsável.

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No novo depoimento, a farmacêutica Jussara Rodrigues Paes Silva, de 55 anos, contou a Polícia Civil ter aplicado um “mata-leão” e arrancado e queimado os genitais do marido. As informações, repassadas pelo advogado de Jussara e do filho Danilo Paes Rodrigues, serão verificadas pela polícia. Ainda segundo o advogado, a reprodução simulada do caso, com a participação de Jussara, será iniciada às 8h da quinta-feira (6) no condomínio de luxo onde a família vivia em Aldeia, Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Segundo o relato, Denirson Paes da Silva e Jussara discutiam na manhã do dia 31 de maio. Ela conseguiu derrubar o médico em um movimento surpresa e ele bateu com a cabeça no chão. Em seguida, a mulher teria esganado o companheiro.

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Percebendo que Denirson já estava sem vida, a farmacêutica teria escondido o corpo dele em um quarto na área externa. Naquela noite, a mulher teria voltado ao local para esquartejar o marido e arrancar e atear fogo nas genitais dele após não conseguir jogar o corpo inteiro dentro da cacimba. A acusada teria descoberto que estava sendo traída no dia anterior.

A Polícia Civil deverá ouvir também uma pessoa identificada como Uraktan, auxiliar de farmácia no Hospital Barão de Lucena, na Zona Oeste do Recife. Ele seria o responsável por quebrar a casa anexa e jogar as tralhas dentro do poço. Entretanto, o advogado de Jussara e de Danilo aponta que o auxiliar não sabia do crime, mas que isso contribuiria para inocentar Danilo, que apresentou dores de coluna após o desaparecimento do médico.

Danilo, o filho mais velho, foi apontado como autor do homicídio e da ocultação de cadáver juntamente com Jussara. A polícia encontrou uma grande presença de sangue, por exemplo, no guarda-roupa dele. Outro indício da participação dele no crime é devido à esganadura sofrido pelo médico. Segundo Fernando Benevides, perito criminal, a esganadura exigiria força e, portanto, Danilo seria o provável responsável. A delegada Carmen Lúcia, responsável pelo caso, também se surpreendeu com a frieza de Danilo ao descobrir que o pai estava morto. Assim que encontraram os restos mortais, o filho foi buscar o diploma, dando entender o interesse em conseguir uma cela diferenciada na prisão. 

Conclusão

A conclusão do caso foi apresentada na última sexta-feira (31) em uma coletiva de imprensa da Polícia Civil. A delegada Carmen Lúcia concluiu que as motivações do crime foram o relacionamento extraconjugal de Denirson, a iminente separação do casal e a consequente perda do padrão de vida da mulher. Nos dias seguintes ao desaparecimento do médico, Jussara e Danilo relataram fortes dores no corpo. O filho, inclusive, assistiu aos jogos da Copa do Mundo deitado em um colchão por causa de dores nas costas. 

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro supostamente ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado ou dado notícia. A polícia começou a suspeitar dos próprios familiares pois ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que havia sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. 

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio. 

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A farmacêutica Jussara Rodrigues, de 55 anos, confirmou para a Polícia Civil ter assassinado e ocultado o cadáver do marido, o médico Denirson Paes, em Aldeia, Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. Em seu depoimento, prestado na última segunda-feira (3), Jussara, entretanto, disse ter cometido o crime sozinha, sem ajuda do filho Danilo Paes Rodrigues, que também foi indiciado.

A informação foi repassada pelo advogado de Jussara, Alexandre de Oliveira. O advogado diz que sua cliente confessou o crime ainda na sexta-feira (31). “Eu tive acesso ao inquérito policial e vi que as informações repassadas por ela não condiziam com o resultado das perícias. Pedi que ela me contasse a verdade. Assim que ela confessou, eu liguei para a delegada”, explicou Alexandre de Oliveira ao LeiaJá.

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Segundo o advogado, Jussara cometeu o homicídio porque descobriu um dia antes que estava sendo traído por Denirson. “Eu vou aguardar agora como vamos proceder. Hoje ou amanhã Danilo deverá ser ouvido pela delegada”, complementou Alexandre.

Danilo, o filho mais velho, foi apontado como autor do homicídio e da ocultação de cadáver juntamente com Jussara. A polícia encontrou uma grande presença de sangue, por exemplo, no guarda-roupa dele. Outro indício da participação dele no crime é devido à esganadura sofrido pelo médico. Segundo Fernando Benevides, perito criminal, a esganadura exigiria força e, portanto, Denirson seria o provável responsável. A delegada Carmen Lúcia, responsável pelo caso, também se surpreendeu com a frieza de Danilo ao descobrir que o pai estava morto. Assim que encontraram os restos mortais, o filho foi buscar o diploma, dando entender o interesse em conseguir uma cela diferenciada na prisão. 

"Mãe, me ajuda"

Danilo Paes, o filho acusado de participação no homicídio, já no Cotel, por efeito de mandado de prisão temporária, pediu para enviar um áudio para a mãe. Disse ele na gravação: "Eu imploro. Mãe, por favor, me ajuda. Ou ela assume ou a desgraça vai ser completa".

Para a polícia, o áudio indica uma autodefesa de Danilo e um conhecimento de como o crime se deu. A mãe se recusou a ouvir o áudio.

Conclusão

A conclusão do caso foi apresentada na última sexta-feira (31) em uma coletiva de imprensa da Polícia Civil. A delegada Carmen Lúcia concluiu que as motivações do crime foram o relacionamento extraconjugal de Denirson, a iminente separação do casal e a consequente perda do padrão de vida da mulher. 

Conforme a investigação, entre o dia 30 e o dia 31, Denirson foi asfixiado em seu quarto.  O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa fracassada de carbonização e, em seguida, a serragem em duas partes do corpo. Nos dias seguintes ao desaparecimento do médico, Jussara e Danilo relataram fortes dores no corpo. O filho, inclusive, assistiu aos jogos da Copa do Mundo deitado em um colchão por causa de dores nas costas. 

Premeditado

O crime, deduziu Carmen Lúcia, teria sido premeditado. Um dos indícios é a morte do cachorro do médico, ainda em abril. 

A história foi contada por Daniel Paes, filho caçula que não teria participado do homicídio. “Ele chegou em casa e a mãe disse que o cachorro estava doente. Ele encontrou o cachorro espumando, trêmulo e sem conseguir se levantar. A mãe disse que havia sido um remédio dado por Denirson. Daniel estranhou, mas deixou para lá”, recordou a delegada na coletiva.

Uma das suspeitas é que o cachorro tenha sido envenenado para que não atrapalhasse o plano. O animal poderia, por exemplo, farejar o corpo do dono.

Outro indício foi a folga dada para os empregados justamente no dia da morte de Denirson. “Um jardineiro contou que trabalhava há três anos lá e nunca tinha recebido folga”, diz Carmen Lúcia.

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro supostamente ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado ou dado notícia. A polícia começou a suspeitar dos próprios familiares pois ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que havia sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. 

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

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Durante a coletiva de imprensa sobre a conclusão do inquérito da morte do médico Denirson Paes da Silva, uma foto foi bem enfatizada pela Polícia Civil. A imagem é um flagra do momento em que Jussara Rodrigues da Silva Paes vê os investigadores se aproximando do poço onde estava escondido o corpo esquartejado do seu marido. Jussara e seu filho Danilo Paes Rodrigues foram indiciados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

A foto foi tirada por Fernando Benevides, perito da Polícia Civil. Ele desconfiava do comportamento de Jussara, que evitava chegar perto do poço. Para Benevides, a foto é um momento crucial da investigação.

“Ela [Jussara] estava sempre se negando ir próximo à cacimba. Eu tentei atraí-la para a cacimba e procurei um momento que a gente pudesse ver a expressão facial. O corpo fala”, diz o perito. “Quando a gente iniciou a retirada das plantas para abrir a cacimba, que ela chega, consegui um ângulo e fotografei. Aquela imagem fala muito, tanto que foi encaminhada para a Justiça. Naquela expressão ela está se mostrando angustiada, preocupada. Aquilo ali foi um ponto ‘x’”.

Para o investigador, o comportamento de Jussara naquele momento reforçou as suspeitas de que algo criminoso ocorrera naquela área. “A partir dali eu tive certeza que alguma coisa estaria ali na cacimba”. O chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, em coletiva de imprensa, declarou também ter interpretado que a linguagem corporal da suspeita indicava culpa.  

As dúvidas do perito tiveram início ainda em uma visita anterior. Jussara sugeria constantemente que fossem feitas buscas fora do condomínio, numa área de mata, onde o médico costumava caminhar. “Eu até cheguei a comentar que iríamos sim fazer essa caminhada. Quando a gente sugeria investigar fora de lá dava para perceber que ela ficava feliz”, complementa o perito.

Como, no primeiro momento, a polícia investigava um desaparecimento, Benevides fingiu ter recebido um telefonema e começou a caminhar pelos cômodos mostrando indiferença enquanto “conversava” no celular. Enquanto caminhava pela área exterior, Benevides tentava identificar os locais com indícios de modificações recentes. As mudanças foram notadas no calçamento e no poço, onde houve o esquartejamento e onde os restos mortais foram jogados, respectivamente.

Frieza

A delegada Carmen Lúcia, responsável pelas investigações, diz ter se surpreendido com a apatia de Jussara ao descobrir que o marido estava morto. “Ela não demonstrou reação que se espera de uma pessoa que encontrou os restos mortais do ente querido”, avalia Carmen. De acordo com a delegada, a única frase que a investigada disse, em tom frio, foi “perdi meu provedor”.

Danilo, o filho de Denirson que foi indiciado, também demonstrou uma frieza que chamou a atenção da delegada. O primeiro comportamento dele foi pegar o diploma, com o intuito, acredita-se, de ficar numa cela especial quando fosse preso.

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares pois ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que havia sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. .

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A polícia concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. A iminente separação e consequente perda do padrão de vida teriam também motivado o assassinato. 

A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava o assassinato do médico Denirson Paes da Silva, de 54 anos, cujo corpo foi encontrado esquartejado em um poço na casa onde morava em Aldeia, Camaragibe, no Grande Recife. A esposa do médio, Jussara Rodrigues Silva Paes, 54, e seu filho, Danilo Paes, 23, foram indiciados por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e impedindo defesa da vítima.

O inquérito foi remetido na última quarta-feira (29) e o Ministério Público de Pernambuco deverá agora avaliar os autos. Os detalhes da dinâmica do crime e motivação serão apresentados em coletiva de imprensa na sexta-feira (31).

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"Houve convergência entre a parte investigativa e as perícias realizadas", adiantou o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, indicando que não houve surpresa com relação aos autores do crime no curso da investigação.

 Segundo a chefe da Polícia Científica, Sandra Santos, as perícias identificaram sangue em determinados lugares, o que foi importante para a solução do caso. A perícia médico legal também apontou a causa da morte e a dinâmica de como o crime se deu.

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que há sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A principal linha de investigação da polícia até o momento é de que o crime tenha sido motivado por um pedido de separação feito pelo médico. Em depoimento, o caçula revelou que o pai queria se afastar da residência e que Danilo não tinha uma boa relação com o cardiologista. 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o habeas corpus para a esposa e o filho do médico Denirson Paes. Jussara Rodrigues da Silva Paes e Danilo Paes Rodrigues são suspeitos de assassinar o cardiologista. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (24) no Diário de Justiça Eletrônico.

O corpo do cardiologista foi encontrado no dia 4 de julho em uma cacimba na área de lazer da casa em que ele morava com a família em Aldeia, no Grande Recife. Ainda em julho, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou duas vezes o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa de Jussara e Danilo.

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A decisão do STJ aponta que a negativa é necessária para "assegurar o êxito das investigações”. A decisão afirma, ainda, que “dadas as particularidades do caso, as quais evidenciam a necessidade e adequação da segregação provisória, torna-se evidente a ineficácia das cautelares alternativas bem como a substituição por prisão domiciliar”.

Na última quarta-feira (22), a farmacêutica Jussara Paes Rodrigues afirmou em entrevista exclusiva à TV Jornal que sabe quem matou o cardiologista e que ela não é a reponsável pelo assassinato do marido. Jussara está presa desde o dia 5 de julho na Colônia Penal Feminina do Recife. O filho mais velho, Danilo Paes, está preso no no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, por também ser suspeito do crime.

O CASO

No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque Jussara demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que há sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A principal linha de investigação da polícia até o momento é de que o crime tenha sido motivado por um pedido de separação feito pelo médico. Em depoimento, o caçula revelou que o pai queria se afastar da residência e que Danilo não tinha uma boa relação com o cardiologista. 

Quase três meses após o desaparecimento do médico Denirson Paes, de 54 anos, a farmacêutica Jussara Paes Rodrigues afirmou em entrevista exclusiva à TV Jornal que sabe quem matou o cardiologista. Apesar de estar presa suspeita do crime, ela disse que não o matou. O corpo de Denirson foi encontrado em julho dentro de uma cacimba na área de lazer da sua residência no condomínio de luxo Torquato Castro na Estrada de Aldeia, em Camaragibe, no Grande Recife.

Jussara está presa desde o dia 5 de julho na Colônia Penal Feminina do Recife. Na entrevista, a farmacêutica contou que viu o marido pela última vez no dia 31 de maio - dia em que a polícia acredita que o médico foi assassinado. "Ele me disse que ia para o apartamento e levou a mala e a maleta. Disse que ficaria lá até embarcar para Miami", detalhou. Tanto a pasta que o médico usava para trabalhar quanto as malas e o passaporte foram encontrados pela polícia na residência da família.

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Segundo ela, a viagem seria feita para comemorar os 30 anos de casado, mas a polícia suspeita que o crime tenha sido motivado por um pedido de divórcio feito por Denirson. Jussara disse que desistiu de viajar com o marido porque o filho mais velho, Danilo Paes, que está preso no no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, por também ser suspeito do crime, estava com crise ansiedade e síndrome do pânico.

Ainda segundo a farmacêutica, o marido voltaria de viagem no dia 12 de junho, mas apenas no dia 20 do mesmo mês a mulher foi até a delegacia denunciar o desaparecimento. "Ele já tinha feito isso duas vezes. Ele já tinha viajado para Nova York e para a Argentina. Três dias antes, ele me chamou e disse que se desse na cabeça, de lá iria até a Copa da Rússia", afirmou na entrevista quando questionada sobre a demora para prestar queixa.

Jussara disse que ela e os filhos enviavam mensagens para Denirson, mas não recebiam resposta. "Meu filho mais velho, como sempre foi mais sentimental, disse: mamãe, papai não está jogando limpo com a gente, ele não dá uma notícia. Quando foi dia 18, eu não aguentei mais, liguei para minha cunhada, para minha família e disse o que estava acontecendo", explicou chorando.

Apesar das afirmações, Jussara Paes se contradiz durante a entrevista e afirma que desconfiava do desaparecimento do médico desde o dia 31 de maio. "No dia 31 eu saí mais ou menos às 16h com Danilo porque eu estava nessa situação todinha, sem cabeça devido ao desaparecimento do meu marido", disse. A repórter questiona se ela já desconfiava do desaparecimento, mas ela diz que não. "Eu tentei fazer contato no dia, mas eu estava tranquila de que ele ia ficar lá [no apartamento] até a viagem", contou.

Em depoimento à polícia, o filho mais novo do casal afirmou que o Denirson conversou com ele e disse que estava se separando da mãe. A farmacêutica nega a informação. "Não existia. Denirson era assim: ele dizia uma coisa, cinco minutos depois, ele mudava o que tinha falado", afirmou. Ainda segundo a polícia, Daniel Paes apontou que o relacionamento dos pais era conturbado e que Danilo não se relacionava bem com o pai. Jussara também negou. "O que mais me dói é acusar meu filho mais velho. O amor entre eles era indiscutível, amor incondicional mesmo", finalizou.

Um mês se passou desde que os restos mortais do médico Denirson Paes da Silva, 54 anos, começaram a ser encontrados dentro de uma cacimba na área de lazer da sua residência no condomínio de luxo Torquato Castro na Estrada de Aldeia, em Camaragibe, no Grande Recife. Apesar da esposa e do filho do médico terem sido apontados como suspeitos do crime e presos desde o dia 5 de julho, o caso ainda é cercado de mistério. 

Jussara Rodrigues da Silva Paes, 54 anos, e Danilo Paes, 23 anos, permanecem em silêncio desde a prisão. A principal linha de investigação da polícia, até o momento, é de que o crime tenha sido motivado por um pedido de separação feito pelo médico. Em depoimento, o caçula revelou que o pai queria se afastar da residência e que Danilo não tinha uma boa relação com o cardiologista. Ainda assim, a forma como Denirson foi morto ainda é uma incógnita. O dia que o assassinato aconteceu também é desconhecido.

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31 de maio 
Denirson Paes da Silva, 54 anos, desaparece. Câmeras de segurança do condomínio não registraram a saída dele.  

20 de junho
A farmacêutica Jussara Rodrigues da Silva Paes, 54 anos, registra um Boletim de Ocorrência sobre o desaparecimento do marido. Ela alega que ele tinha viajado para fora do país e não havia retornado.

4 de julho
Polícia encontra os primeiros restos mortais do médico em uma cacimba na área de lazer da residência da família no condomínio de luxo Torquato Castro, na Estrada de Aldeia, em Camaragibe, no Grande Recife. 
Tanto a pasta que o médico usava para trabalhar quanto as malas e o passaporte foram encontrados na residência da família.

5 de julho
A juíza Marília Falcone, da 1ª Vara Criminal de Camaragibe, decreta a prisão temporária da farmacêutica Jussara Rodrigues da Silva Paes, 54 anos, e Danilo Paes, 23. Eles estão presos, respectivamente, na Colônia Penal Feminina do Recife e no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.
Perícia do Instituto de Criminalística feita com a ajuda da substância lumiol aponta vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Os peritos detectaram, também, que a casa passou por profunda limpeza e que havia sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba.
Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha para evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.
Investigação da Polícia Civil aponta que a morte do médico cardiologista Denirson Paes da Silva, 54 anos, pode ter sido motivada por um possível pedido de divórcio feito por ele. "A motivação vem à tona quando o filho mais jovem presta suas declarações à doutora [delegada] Carmem e menciona o desejo de separação do pai e o afastamento da residência", afirmou o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, o delegado Joselito Kherle.

10 de julho
Perícia do Instituto de Criminalística (IC) confirma que os restos mortais encontradas na cacimba do condomínio Torquato Castro são do médico Denirson Paes. A confirmação foi feita através de um exame de DNA.

11 de julho
Defesa de Jussara Rodrigues da Silva Paes e de Danilo Paes entra com o pedido de habeas corpus.

12 de julho
O presidente da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Antônio de Melo e Lima, nega o habeas corpus que pedia a soltura da farmacêutica Jussara Rodrigues da Silva Paes e do engenheiro Danilo Paes.
O tronco e a cabeça do médico são encontrados pela Polícia Civil.
As buscas pelo corpo são encerradas.

26 de julho
Pela segunda vez, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou o Habeas Corpus (HC) que pedia a soltura da mulher e do filho do médico Denirson Paes, de 54 anos. O TJPE informou que a votação que indeferiu o pedido de soltura foi unânime.

27 de julho
Os restos mortais do cardiologista são liberados na noite da sexta-feira (27) pelo Instituto de Medicina Legal (IML) de Pernambuco, no Recife.

28 de julho
Após quase dois meses do seu desaparecimento, Denirson Paes é enterrado no cemitério municipal de Campo Alegre de Lourdes, cidade natal do médico.

Pela segunda vez, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou o Habeas Corpus (HC) que pedia a soltura da mulher e do filho do médico Denirson Paes, de 54 anos. O corpo do cardiologista foi encontrado no último dia 4 em uma cacimba de 25 metros na área de lazer da casa em que ele morava com a família. Jussara Rodrigues da Silva Paes, esposa do médico, e o filho mais velho deles, Danilo Paes, são suspeitos do crime.

O TJPE informou que a votação que indeferiu o pedido de soltura foi unânime. Jussara e Danilo estão presos desde o dia 5 de julho por homicídio e ocultação de cadáver. No dia 11 de julho, a defesa dos suspeitos entrou com o primeiro pedido de habeas corpus, que foi negado no dia 12 do mesmo mês pelo desembargador Antônio de Melo e Lima. 

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O CASO

No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque Jussara demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que há sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A principal linha de investigação da polícia até o momento é de que o crime tenha sido motivado por um pedido de separação feito pelo médico. Em depoimento, o caçula revelou que o pai queria se afastar da residência e que Danilo não tinha uma boa relação com o cardiologista.

O presidente da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Antônio de Melo e Lima, indeferiu o Habeas Corpus (HC) que pedia a soltura de Jussara Rodrigues da Silva Paes e Danilo Paes. Mãe e filho são suspeitos de assassinar o médico Denirson Paes da Silva. Com o indeferimento do Habeas Corpus, mãe e filhos continuam presos devido a um mandado de prisão temporária pelo crime de homicídio.

Na última terça-feira (10), a Polícia Civil realizou uma coletiva divulgando que o resultado de DNA apontou que os restos mortais encontrados em uma cacimba do condomínio de luxo Torquato Castro, em Aldeia, são do médico. O corpo de Dernirson foi encontrado no último dia 4 em uma cacimba de 25 metros na área de lazer da casa em que ele morava com a família. O resultado do teste de DNA levou quatro dias para ficar pronto e foi realizado pelo Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC).

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Três fragmentos do corpo foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros na quarta-feira (4) e o resto na terça-feira (10). A polícia diz não haver dúvidas de que o corpo foi esquartejado e ocultado.

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque Jussara demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que há sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A principal linha de investigação da polícia até o momento é de que o crime tenha sido motivado por um pedido de separação feito pelo médico. Em depoimento, o caçula revelou que o pai queria se afastar da residência e que Danilo não tinha uma boa relação com o cardiologista. 

Os restos mortais encontrados em uma cacimba do condomínio de luxo Torquato Castro, em Aldeia, são mesmo do médico Denirson Paes da Silva, de 54 anos. A informação foi confirmada por peritos do Instituto de Criminalística (IC) na tarde desta terça-feira (10).

A confirmação foi feita através de um exame de DNA. O corpo de Denirson foi encontrado no último dia 4 em uma cacimba de 25 metros na área de lazer da casa em que ele morava com a família.

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O resultado do teste de DNA levou quatro dias para ficar pronto e foi realizado pelo Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC).

A conclusão divulgada nesta terça é resultado da perícia na primeira parte do corpo recolhida. Segundo a Polícia Civil, na quinta-feira (5) e nesta terça-feira (10) outros fragmentos do corpo foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros.

A corporação, com o auxílio de equipamentos específicos, está fazendo uma escavação na cacimba na tentativa de encontrar mais restos mortais do médico. "As buscas seguem até que os bombeiros digam que não há mais nada lá dentro [da cacimba]", explicou o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, o delegado Joselito Kherle.

Apenas após o fim das buscas é que a perícia tanatoscópica, que indica a causa da morte, será concluída. Por conta do avançado estado de decomposição, talvez não seja possível determinar como o médico foi morto.

"É um crime difícil de ser investigado. Dependendo das condições, o legista vai poder afirmar ou não como se deu a morte", afirmou a chefe do Instituto de Criminalística, Sandra Santos. Por conta da maneira como os restos mortais foram encontrados - partes foram cobertas com areia e metralha -, a polícia disse que não há dúvidas de que o corpo foi esquartejado e ocultado.

"Houve um processo de ocultação, um trabalho intensivo para ocultar e esconder o crime que veio à tona hoje com o resultado do DNA", detalhou Joselito Kherle. O material usado para cobrir o corpo foi retirado do quiosque localizado na área da piscina da residência.

Ainda segundo Kherle, não está descartada a participação de uma terceira pessoa no crime. "Mas os indícios suficientes da participação dos dois [Jussara e Danilo] se confirmam hoje que a investigação estava numa linha correta", afirmou.

A esposa de Denirson, Jussara Rodrigues da Silva Paes, e o filho, Danilo Paes, estão presos preventivamente desde a última quinta-feira (5). A polícia também reforçou que o filho mais novo do casal não investigado pelo crime.

"Não há indícios até o momento de que o filho mais novo participou ou teve ciência do crime", disse Kherle. Nesta terça, o jovem se manifestou sobre o caso nas redes sociais pela primeira vez. Através do Instagram, o estudante de Administração Daniel Paes, de 20 anos, agradeceu pelo apoio que vem recebendo.

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O filho caçula do cardiologista Denirson Paes da Silva, encontrado esquartejado e carbonizado na cacimba da própria casa em Aldeia, Região Metropolitana do Recife, se manifestou sobre o caso nas redes sociais pela primeira vez. Através do Instagram, o estudante de Administração Daniel Paes, de 20 anos, agradeceu pelo apoio que vem recebendo.

"A cada contato, seja um abraço, uma mensagem ou um pensamento positivo/oração, me senti menos perdido. Só tenho a agradecer a todos vocês, meus amigos, por me darem força pra continuar sendo o HOMEM que meu pai me ensinou a ser. Um beijo no coração de vocês", ele escreveu.

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Os suspeitos de matar o médico são a mãe de Daniel, Jussara Rodrigues Paes da Silva, 54, e o irmão, Danilo Paes, 23. Jussara e Danilo estão presos preventivamente desde a última quinta-feira (5). A expectativa é que o advogado de defesa entre com o pedido de Habeas Corpus para conseguir a liberação dos dois.

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que há sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A principal linha de investigação da polícia até o momento é de que o crime tenha sido motivado por um pedido de separação feito pelo médico. Em depoimento, o caçula revelou que o pai queria se afastar da residência e que Danilo não tinha uma boa relação com o cardiologista. 

A juíza Marília Falcone, da 1ª Vara Criminal de Camaragibe, decretou a prisão temporária da farmacêutica Jussara Rodrigues da Silva Paes, 54 anos, e Danilo Paes, 23, acusados do homicídio do cardiologista e advogado Denirson Paes da Silva, 54, em Aldeia. O prazo da prisão temporária corresponde a 30 dias.

 Jussara Rodrigues da Silva Paes será encaminhada para a Colônia Penal Feminina Bom Pastor e Danilo Paes para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel).

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Na manhã desta quinta-feira (5/7), eles participaram de uma audiência de custódia no Fórum de Jaboatão pela ocultação de cadáver de Denirson Paes da Silva. Por esse crime, o juiz Otávio Ribeiro Pimentel havia concedido alvará de soltura com aplicação de medidas cautelares. A prisão temporária poderá ser renovada por mais 30 dias.

O caso - Jussara havia prestado um boletim de ocorrência no dia 20 de junho. Ela dizia que o marido havia viajado para fora do Brasil e não teria retornado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas,  e não havia movimentação na sua conta bancária.

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