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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da Procuradoria-Geral de Justiça e do Centro de Apoio Operacional à Atuação Criminal, defendeu, nesta quinta-feira (26), a sua atuação no julgamento de engenheiro Danilo Paes, que era acusado de ter matado o próprio pai, o cardiologista Denirson Paes da Silva.

O corpo do médico foi encontrado esquartejado dentro de um poço em um condomínio de luxo no bairro de Aldeia, na cidade de Camaragibe, em 4 de julho de 2018. Um ano após o crime, a viúva do médico, Jussara Rodrigues da Silva Paes, foi condenada a 19 anos de prisão pela execução e ocultação do cadáver.

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Danilo, que também era suspeito no envolvimento do assassinato, após longos cinco anos de investigação e idas e vindas à Justiça, foi absolvido por maioria de votos no júri popular, concluído na tarde da última quarta-feira (25).

Logo após a decisão, o irmão mais novo do engenheiro, Daniel Paes, disse que vai atuar para recorrer da decisão do júri de primeira instância e fez duras críticas à atuação do MPPE.

Segundo Daniel, a decisão do Ministério Público de Pernambuco foi responsável por "desmoralizar" os trabalhos realizados por equipes das Polícias Científica e Civil no caso.

"Matem os seus pais, esquartejem e façam o que vocês querem, porque no Brasil não existe lei. O Ministério Público (de Pernambuco) passou cinco anos acusando através do trabalho da polícia, que foi muito bem realizado, e, em um dia, no último domingo, o Ministério Público já sabia o resultado e mandou uma mensagem para o meu advogado dizendo que ia absolver", afirmou.

Com essas declarações, o MPPE disse, através de uma nota, que é imparcial e que forma "a sua convicção com base nas provas que constam no processo, cabendo aos jurados a decisão, absolutória ou não, de acordo com os seus respectivos convencimentos".

O MPPE destacou, ainda, que a "possível divergência entre o Promotor de Justiça e quaisquer outras partes, inclusive a assistência de acusação, não inviabiliza, de modo algum, a apresentação das teses ao Conselho de Sentença, devendo eventual irresignação ser dirimida com o manejo dos recursos processuais cabíveis".

“Só Deus ouve, só Deus fala, a justiça dEle foi feita”. A frase foi a única fala feita por Danilo Paes, nesta quarta-feira (25), ao sair do Fórum Agenor Ferreira de Lima, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, após ter sido absolvido das acusações de envolvimento no assassinato do próprio pai, o médico cardiologista Denirson Paes, em maio de 2018. 

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Danilo Paes, absolvido. Foto: Júlio Gome/LeiaJá 

Para Rafael Nunes, advogado de defesa que representou Danilo no caso, era uma questão de tempo para que uma resposta justa fosse dada pelo tribunal. “Desde o início eu falei que acreditava na justiça, que as provas do processo não eram capazes de condená-lo”, declarou. 

Acusação vai entrar com recurso 

O advogado assistente de acusação, Carlos André Dantas, afirmou que deverá entrar com um recurso contra a decisão do júri. “Para mim não é surpresa, porque tudo o que é possível não é surpresa. Mas nesse caso, nos resta agora recorrer. Aconteceram algumas situações dentro desse processo, foi dispensado um promotor de última hora, esse aí foi anunciado há dois dias que iria atuar sozinho, e isso interferiu, não deixa de interferir”, relatou o jurista. 

Carlos André Dantas, advogado assistente de acusação. Foto: Júlio Gome/LeiaJá 

Dantas disse que chegou a solicitar explicações à juíza ainda no primeiro dia do julgamento (24), tanto em relação à dispensa de um dos promotores, quanto ao fato de o promotor em exercício no caso é filho de uma juíza que trabalha na mesma Vara da magistrada que presidiu o julgamento, e que mora no mesmo bairro onde ocorreu o crime, em Aldeia. Os pedidos foram indeferidos pela juíza Marília Falcone Lócio. 

O irmão mais novo de Danilo, Daniel, também se mostrou indignado diante da sentença proferida pela juíza, e afirmou que esperava justiça. “A gente acha que existe justiça, a gente esperava isso, acredito. Nunca fui revoltado a ponto de fazer alguma coisa, sempre fui na minha, estudando para trabalhar, seguir o legado do meu pai, então vou fazer isso, mas com muita tristeza e com sensação de impunidade, e que o trabalho da polícia serve de nada”, disse, de maneira veemente. 

Daniel Paes, irmão de Danilo. Foto: Júlio Gome/LeiaJá  

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Justiça mantém única culpada 

Danilo chegou a ser preso por seis meses no ano em que o crime ocorreu, mas foi posto em liberdade após pedido de Habeas Corpus. A esposa da vítima, Jussara Rodrigues, ré confessa, foi condenada a mais de 19 anos de prisão, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Após dois dias de julgamento, Danilo Paes foi absolvido pelo conselho de sentença, formado pela juíza e sete jurados sorteados em júri popular. Ele era acusado de participar do assassinato do próprio pai, o médico cardiologista Denirson Paes, morto em maio de 2018, em um condomínio de luxo em aldeia, bairro de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

A sentença foi proferida nesta quarta-feira (25), contrariando a previsão de que o julgamento seria de três a quatro dias.

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As teses

Na tese de argumentação defendida pela acusação, o MPPE pediu absolvição entendendo que não há provas suficientes para condenar, porque a própria reprodução simulada dos fatos traz dúvidas para a formação de sua convicção.

O assistente de acusação, Carlos André Dantas, por outro lado defendeu a participação de Danilo Paes de acordo com os laudos periciais e depoimento das testemunhas. Na argumentação, ele apontou, dentre a motivação para a participação do réu no crime, a personalidade de Danilo Paes, que ele considera “impulsiva e instável”, e ainda a manipulação psicológica da mãe, Jussara Rodrigues, para a conquista de bens materiais.

A defesa defendeu a inocência de Danilo Paes também embasada nos laudos periciais e na oitiva das testemunhas, afirmando que Jussara Rodrigues teria condições de autoria exclusiva do crime. Apontaram ainda o posicionamento do promotor Leandro Guedes que citou a falta de provas para condenar o réu.

Caso

Segundo a denúncia, na madrugada de 31 de maio de 2018, no condomínio Torquato de Castro I, Km 13 da Estrada de Aldeia, 153, em Camaragibe, o médico Denirson Paes da Silva foi assassinado por esganadura. Teve o corpo esquartejado e ocultado em uma cacimba.

Em novembro de 2019, Jussara Rodrigues, esposa de Denirson, recebeu a pena de 19 anos, oito meses e 46 dias de reclusão por homicídio e ocultação de cadáver.

A primeira posição do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) argumentava que Danilo Paes teria auxiliado a mãe no crime. Ele havia sido acusado de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

O júri popular de Danilo Paes Rodrigues chega ao segundo dia nesta quarta (25). A expectativa é que o réu - acusado de participar na morte do pai, o cardiologista Denirson Paes da Silva, em Aldeia, no ano de 2018 - seja interrogado pela juíza Marília Falcone Gomes Lócio, titular da 1ª Vara Criminal de Camaragibe.

A sessão deve ser retomada às 9h, no Salão do Júri Popular do Fórum Desembargador Agenor Ferreira de Lima, na Av. Doutor Belminio Correia, no Centro de Camaragibe. Também está prevista a fase de debates entre Ministério Público (MPPE) e defesa de Danilo.

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O júri teve início nessa terça (24), às 9h42, com o sorteio dos sete jurados para compor o Conselho de Sentença do julgamento. Em seguida, foram ouvidas as testemunhas de acusação arroladas pelo MPPE: o perito criminal da Polícia Civil, Fernando Henrique Benevides; o médico legista do Instituto Médico Legal de Pernambuco, João Batista Montenegro; e a comissária da Polícia Civil, Natália Lemos.

Os trabalhos foram interrompidos por volta das 13h50 e retomados às 14h50, com a ouvida da delegada Carmém Lúcia de Oliveira e da empregada doméstica Josefa da Conceição dos Santos.

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A ouvida das testemunhas arroladas pela defesa começou com a mãe de Danilo, Jussara Rodrigues da Silva, condenada, em novembro de 2019, a 19 anos e 8 meses de reclusão, em regime fechado, pelo homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver de Denirson.

Em seguida, prestaram depoimento o pedreiro Iraquitan Ferreira de Lima, a ex-namorada de Danilo, Gabriele Freitas, e Indalércio Rodrigues, que respondeu na condição de informante por ser parente com o réu. A sessão se estendeu até às 19h40. 

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Familiares do médico cardiologista, Denirson Paes, que foi assassinado em maio de 2018, em sua residência, no bairro de Aldeia, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, estiveram presentes, nesta segunda-feira (23), no Fórum Agenor Ferreira de Lima, no centro da cidade, em um ato, para pedir por justiça no julgamento de Danilo Paes Rodrigues, filho mais velho da vítima, apontado como autor do crime. A perícia apontou que Denirson foi morto por esganadura, e seu corpo foi esquartejado e jogado dentro de uma cacimba, no terro da residência onde a família morava. 

No ato estiveram presentes a irmã da vítima, Cleonice Paes da Silva, o filho mais novo, Daniel Paes - irmão do acusado, e Cílio, filho da antiga empregada da família, dona Josefa, que é uma das testemunhas de defesa no julgamento. 

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Segundo Cleonice, toda a família ainda passa por um processo de recuperação do choque causado pela morte violenta de Denirson. “Não vai acabar essa agonia, vai amenizar, e saber que se está fazendo justiça, a gente vai ficar mais aliviado”, afirmou. 

Sofrimento da família 

“Nossa família virou de cabeça para baixo. Desestruturou completamente. Minha mãe, quando amanhecia o dia, ela acordava cantando, fazendo as coisinhas dela e cantando. Meu pai, tocando a sanfona dele, tocando o teclado dele, em casa, na loja. Nós vivíamos uma vida normal. Eu fazia parte do coral da igreja, e acabou tudo, tudo”, desabafou Cleonice. 

O que diz o irmão do acusado 

Daniel Paes, filho mais novo do casal Denirson e Jussara, espera que o julgamento tenha um desfecho justo. “O mais importante é que a justiça seja feita e que sirva de exemplo, para que outras famílias não passem 10% do que eu [e a família estão] passando, por motivos fúteis”, declarou. 

Ele ainda comentou sobre o processo do luto pelo qual vem passando, há mais de cinco anos. “Eu estou aqui nem no meu nome, mas no nome do meu pai, para que ele seja ouvido, mesmo que ele não possa falar, mas por mim, ele está aqui sendo ouvido também”, disse. 

Para Daniel, o processo é doloroso, principalmente por ser um caso delicado, envolvendo seu próprio irmão. “É uma convicção tão grande, porque eu sou irmão dele. Eu que queria que ele fosse inocente, se tivesse o mínimo de indício que ele fosse inocente, eu estaria do seu lado”, comentou, por fim. 

Começou nesta segunda-feira (4) o julgamento da farmacêutica Jussara Rodrigues da Silva Paes acusada de matar e esquartejar o marido, o médico cardiologista Denirson Paes da Silva no condomínio que viviam em Aldeia, Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O júri ocorre no Fórum de Camaragibe.

A acusada responde por ocultação de cadáver e homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e cometido à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima. Um dos filhos do casal, Danilo Paes, também é réu, mas teve o caso desmembrado e aguarda o seu julgamento em liberdade.

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 O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) arrolou a oitiva de cinco testemunhas em plenário. Serão ouvidos o outro filho do casal, Daniel Paes, a emprega, o chefe de investigação e dois peritos. Os pais do médico, por recomendação médica, não participarão do Tribunal do Júri.

A defesa de Jussara alegará que a ré agiu em legítima defesa. A tese é que a farmacêutica era vítima de violência doméstica, tendo registrado um boletim de ocorrência em 2015.

  O caso

 A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.

 A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes. Em seu novo depoimento, a acusada disse ter arrancado e queimado os genitais do companheiro. Os restos mortais do médico foram encontrados dentro da cacimba do lado de fora da casa.

 No dia 20 de junho, Jussara compareceu à Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do marido. A denúncia só foi feita após pressão de Daniel, que afirmou que iria procurar a polícia se ela não o fizesse.  Ela alegava que o marido teria viajado e não dado mais notícias, talvez tendo ido ver os jogos da Copa do Mundo na Rússia. Os policiais suspeitaram do depoimento por causa de fatores como a demora para registrar o caso e a ausência de movimentação na conta bancária de Denirson.

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A defesa do acusado Danilo Paes Rodrigues enviou um vídeo com o primeiro depoimento público do engenheiro indiciado pela morte do pai. O médico e advogado Denirson Paes da Silva foi assassinado em maio de 2018 no condomínio de luxo onde residia em Aldeia, Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR). No vídeo, Danilo reforça o discurso de que é inocente, diz que tinha um bom relacionamento com o pai e pede punição para a mãe, a farmacêutica Jussara Rodrigues da Silva Paes, que já confessou ter cometido o crime.

“O relacionamento com meu pai, eu posso dizer, era um relacionamento de respeito, de muito amor, de carinho. Ele nunca deixou faltar nada pra mim nem pro meu irmão”, diz Danilo na gravação. O engenheiro está em liberdade provisória desde 21 de dezembro de 2018, após o pagamento de fiança no valor de R$ 5 mil.

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O acusado também criticou a mãe: “Eu só quero que ela pague pelo que ela fez, pelo dano que causou não só ao meu pai, mas a toda a minha família, principalmente a mim. Me prejudicou ao não falar a verdade”, ele resumiu. “O problema era conjugal, eles não formavam mais um casal há muito tempo, viviam de aparências. Era, claramente, um problema entre eles”, complementou.

“Tudo que eu peço é justiça. Peço para que Deus me conforte, porque não é fácil lidar com a morte de um pai sabendo que a mãe fez isso, ser abandonado por pessoas injustamente. Perdi ele [Denirson], obviamente, que foi a maior perda. Perdi toda a minha família, perdi boa parte dos meus amigos, se é que podem ser chamados disso”, acrescentou.

Danilo também criticou a investigação policial. Um dos indícios da participação do mesmo é a dor nas costas que sentia nos dias que se seguiram após o assassinato. Para a Polícia Civil, é um indicativo de que ele participou do esquartejamento do médico. “Tenho problemas na coluna há um bom tempo, fiz exames de ressonância magnética e constataram problemas antes do ocorrido, três meses antes”, justifica.

Outro ponto mencionado pelo rapaz foi o fato de não ter chorado ao descobrir que os restos mortais do pai estavam escondidos no poço de sua casa, demonstrando certa frieza. “Cada pessoa tem o seu jeito de externar o seu sentimento. Eu sou uma pessoa tímida, que leva muito para o interior suas coisas e só Deus sabe o que sofri e venho sofrendo diante desses dias”, argumentou.

O caso já passou por audiências de instrução na Justiça de Camaragibe e é aguardada a confirmação de júri popular. O advogado de Jussara e Danilo, Rafael Nunes, diz acreditar que o filho será absolvido antes de ir a júri. "A inocência de Danilo é cristalina. Absolutamente nada foi comprovado com relação à culpabilidade de Danilo", afirmou. A Polícia Civil concluiu que Jussara não conseguiria cometer o crime sozinha. Após a viúva confessar o assassinato, foi feita uma reconstituição do crime e a polícia manteve a versão de que a mulher teria agido com a ajuda de alguém, apesar dela dizer o contrário. Confira o vídeo na íntegra:

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Preso suspeito de participar da morte do próprio pai, o médico Denirson Paes, o engenheiro Danilo Paes já saiu do Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife. Nesta sexta-feira (21), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) havia concedido liberdade provisória ao jovem. A decisão foi tomada pela juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Camaragibe, Marília Falcone.

Na decisão, a magistrada diz que "não se encontram presentes os requisitos que ensejaram a decretação da prisão preventiva, no tocante ao acusado Danilo Paes Rodrigues. Não há neste momento que se falar no mérito do processo, ou seja, se o acusado é inocente ou culpado”.

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A juíza também afirmou que Danilo “possui bons antecedentes criminais, personalidade de homem comum, é um jovem universitário não apresenta qualquer ameaça social, não podendo ser, assim, considerado um agente com alto grau de periculosidade” e que não há “indício de que o acusado esteja representando ameaça de se evadir do distrito da culpa”.

Após pagar uma fiança no valor de R$ 5 mil, Danilo terá que cumprir medidas cautelares: comparecimento mensal em juízo entre os dias 01 e 05 de cada mês para justificar suas atividades; proibição de manter contato com as testemunhas dos presentes autos; recolhimento domiciliar no período noturno entre 22h e 6h; entrega de passaporte.

De acordo com a decisão da juíza Marília Falcone, a defesa da farmacêutica Jussara Paes, viúva e também acusada da morte do marido, não solicitou a liberdade provisória.

A decisão acontece pouco depois da magistrada determinar que o jovem fosse mantido em cela isolada no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife, no último dia 5 de dezembro. Na época, a juíza tinha afirmado que a ação era para evitar que Danilo passasse por situações vexatórias.

RELEMBRE O CASO

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.

A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes. Em seu novo depoimento, a acusada disse ter arrancado e queimado os genitais do companheiro

No dia 20 de junho, Jussara compareceu à Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do marido. A denúncia só foi feita após pressão de Daniel, que afirmou que iria procurar a polícia se ela não o fizesse. Ela alegava que o marido teria viajado e não dado mais notícias, talvez tendo ido ver os jogos da Copa do Mundo na Rússia. Os policiais suspeitaram do depoimento por causa de fatores como a demora para registrar o caso e a ausência de movimentação na conta bancária de Denirson.

Danilo Paes, suspeito de ter participado na morte do próprio pai, o médico Denirson Paes, conseguiu na justiça a substituição da prisão preventiva pela liberdade provisória e poderá sair da prisão já nesta sexta-feira (21). A decisão foi tomada por Danilo não ter antecedentes criminais, “personalidade de homem comum, e um jovem que não apresenta qualquer ameaça social”, decretou a juíza do caso, Marília Falcone Gomes Lócio.

No entanto, a farmacêutica Jussara Paes, viúva e também acusada da morte do, então, marido, permanecerá presa. Jussara confessou à justiça ter praticado o crime sozinha - inocentando o filho das acusações.

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Para a liberdade provisória do engenheiro, medidas cautelares foram impostas: comparecimento mensal em juízo entre os dias 01 e 05 de cada mês para justificar suas atividades; proibição de manter contato com as testemunhas dos presentes autos; recolhimento domiciliar no período noturno entre 22h e 6h; entrega de passaporte e o pagamento de fiança no valor de R$ 5 mil.

A decisão acontece pouco depois da juíza Marília Falcone determinar que o jovem fosse mantido em cela isolada no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife, no último dia 5 de dezembro. Na época, a juíza tinha afirmado que a ação era para evitar que Danilo passasse por situações vexatórias.

Sobre o caso

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes.

Nesta terça-feira (13), o assistente de acusação Carlos André Dantas deu detalhes durante coletiva sobre o laudo pericial da Polícia Civil concluído após reconstituição do crime que vitimou o médico Denirson Paes da Silva, em Aldeia, município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR). A perícia aponta discrepância nos relatos e gestos da indiciada Jussara Rodrigues Paes da Silva, que era esposa do médico cardiologista e advogado.

A Justiça determinou a quebra de sigilo do processo depois de pedido do advogado Carlos André Dantas. O resumo da perícia policial é que Jussara não agiu sozinha. Entre as discrepâncias, a polícia cita que Jussara não soube explicar como ocorreu a serragem do corpo da vítima. O ajudante da farmacêutica seria seu filho mais velho, Danilo Paes, que, assim como a mulher, está preso preventivamente.

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O assistente da promotoria também rebateu, durante coletiva, o argumento que está sendo utilizado pela defesa de Jussara, de que Denirson seria um homem violento a ponto dela conseguir uma medida protetiva contra ele em 2015. “A medida protetiva não tem nexo causal com a motivação do crime. Ela foi pedida como uma forma de constranger a vítima. Denirson viajou para os Estados Unidos e ela ficou com raiva de não ter ido junto. Na volta dele, houve uma discussão e ela procurou a delegacia. Não foi feito corpo de delito e ela procurou a delegacia espontaneamente para retirar a queixa”, afirma o advogado. A defesa de Jussara tem destacado que ela sofreu várias agressões do companheiro ao longo dos anos. No dia da morte do médico, segundo a defesa, ele teria agredido a mulher e ela revidado, fazendo com que Denirson batesse com a cabeça no chão e sofresse um traumatismo craniano. 

Carlos continua: “Denirson era um bom pai de família, preocupado sobretudo com a educação da família”. Além da motivação passional, Carlos André Dantas reforçou que a farmacêutica cometeu o crime por causa de dinheiro. “Havia uma preocupação financeira porque o marido queria se separar e ela tinha apego exacerbado ao padrão de vida que ela sabia que não teria condições de levar com a separação”, argumenta Carlos.

Advogado de Jussara rebate

Procurado pelo LeiaJá, o advogado Rafael Nunes, que faz a defesa de Jussara, criticou o laudo pericial da Polícia Civil, que aponta que a mulher não cometeu o crime sozinha. Para o jurista, a perícia foi mal realizada. “É uma perícia tendenciosa, mal feita, resultado sem pé nem cabeça. A perícia foi feita já para ter aquele resultado. Não existe prova nenhuma, não tinha elementos para isso. Se ela não agiu só, por que não apontam Daniel, o filho mais novo, como envolvido?”, questiona.

Sobre a medida protetiva, Rafael rebate os argumentos do assistente da promotoria. “Ela retirou a queixa porque era ameaçada. Foi ameaçada a vida toda. A violência doméstica é uma violência silenciosa. E nós temos testemunhas”, complementa.

Nos próximos dias 7 e 14 de dezembro, ocorrerão as audiências de instrução do caso. As ouvidas de réus e testemunhas serão realizadas no Fórum de Camaragibe.

O caso

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.

A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes. Em seu novo depoimento, a acusada disse ter arrancado e queimado os genitais do companheiro

No dia 20 de junho, Jussara compareceu à Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do marido. A denúncia só foi feita após pressão de Daniel, que afirmou que iria procurar a polícia se ela não o fizesse. Ela alegava que o marido teria viajado e não dado mais notícias, talvez tendo ido ver os jogos da Copa do Mundo na Rússia. Os policiais suspeitaram do depoimento por causa de fatores como a demora para registrar o caso e a ausência de movimentação na conta bancária de Denirson.

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Pela primeira vez, o estudante Daniel Paes, de 20 anos, publicou um texto na sua conta do Instagram sobre a morte do seu pai, o médico cardiologista Denirson Paes da Silva, e a prisão da sua mãe, a farmacêutica Jussara Rodrigues Paes da Silva, e o irmão e engenheiro civil Danilo Paes Rodrigues. Em julho, o jovem já havia escrito uma mensagem na função Stories do Instagram agradecendo o apoio recebido.

No texto escrito no último domingo (30), Daniel relata estar se sentindo muito só. "Mais um mês se passou, mês que até ontem eu tinha dado como uma grande vítória por estar me sentindo melhor, graças a minha família, amigos e psicóloga. Fiz atividades que gosto e me superei, seja na faculdade ou na maneira de enxergar a vida. Só que hoje senti a mesma dor e tristeza que senti no dia 4 de julho, sentimentos que não consigo explicar por palavras, me sinto a pessoa mais frágil do mundo", escreveu ele.

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Os restos mortais do médico foram encontrados dentro da cacimba de sua casa no dia 4 de julho. A Polícia Civil apresentou a conclusão do caso no dia 31 de agosto, indiciando Jussara e Danilo por homicídio e ocultação de cadáver. Desde então, Jussara já assumiu a autoria do crime, afirmando ter agido só. A polícia também fez a reconstituição do crime após o novo depoimento.

Daniel, que é o caçula da família, estava em seu quarto no momento em que o crime teria ocorrido. Os peritos concluíram que a acústica e a distância não permitiria que ele ouvisse os sons da esganadura ou do esquartejamento que o pai sofreu.

Ainda no texto publicado em sua rede social, Daniel afirma sentir saudade do pai, da mãe e do irmão. Ele também lembra do cachorro Dequinho, que morreu em abril. A Polícia Civil suspeita que o cachorro tenha sido envenenado por Jussara para não atrapalhar a morte do companheiro, que já estaria sendo planejada. O advogado dos acusados relatou não haver relação direta entre a morte do animal e o assassinato do médico cardiologista.

"Ainda não consigo absorver o que aconteceu, me sinto em um mundo paralelo em que preciso vencer desafios dia após dia, mas quando 'lembro' do porquê de vencer esses desafios, minha cabeça entra em uma pane (leia-se crise absurda de ansiedade) e aí só me resta chorar muito, ou desabafar, como estou fazendo pela primeira vez de forma mais clara por aqui", escreve o estudante. "Sinto falta da inocência de quando criança, única preocupação era ir pra escola jogar futebol, conversar com meus amigos e esperar o meu pai vir me buscar, na maioria das vezes com pamonha ou alguma besteira que eu amava. Amanhã será um belo dia, mas sabendo agora que independentemente do quão bem eu esteja indo, uma hora ou outra vai bater todos esses sentimentos que estou sentindo agora", ele continua.

O caso

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.

A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes. Em seu novo depoimento, a acusada disse ter arrancado e queimado os genitais do companheiro.

No dia 20 de junho, Jussara compareceu à Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do marido. A denúncia só foi feita após pressão de Daniel, que afirmou que iria procurar a polícia se ela não o fizesse.  Ela alegava que o marido teria viajado e não dado mais notícias, talvez tendo ido ver os jogos da Copa do Mundo na Rússia. Os policiais suspeitaram do depoimento por causa de fatores como a demora para registrar o caso e a ausência de movimentação na conta bancária de Denirson.

Confira na íntegra o texto de Daniel Paes:

"Mais um mês se passou, mês que até ontem eu tinha dado como uma grande vitória por estar me sentindo melhor, graças a minha família, amigos e psicóloga. Fiz atividades que gosto e me superei, seja na faculdade ou na maneira de enxergar a vida. Só que hoje senti a mesma dor e tristeza que senti no dia 4 de julho, sentimentos que não consigo explicar por palavras, me sinto a pessoa mais frágil do mundo, que por mais que não falte companhia, me sinto MUITO só. Ainda não consigo absorver o que aconteceu, me sinto em um mundo paralelo em que preciso vencer desafios dia após dia, mas quando 'lembro' do porquê de vencer esses desafios, minha cabeça entra em uma pane (leia-se crise absurda de ansiedade) e aí só me resta chorar muito, ou desabafar, como estou fazendo pela primeira vez de forma mais clara por aqui. Talvez eu não tenha absorvido tudo isso pela situação ser impossível de acontecer em um 'mundo real'. Vai muito além de perder as 3 pessoas que você mais ama na vida, perdi um futuro que não existirá mais e ao mesmo tem um passado, não dá pra olhar pra trás sem lembrar do que aconteceria. Perdi a minha base, perdi os meus porquês de fazer o que eu faço. Só tenho o presente, esse bem dolorido. Sinto muita saudade do meu PAI, da minha MÃE e do meu IRMÃO. Sinto falta do melhor cachorro do mundo, dequinho. Sinto falta do meu trabalho, onde literalmente transformava vidas. Sinto falta da inocência de quando criança, única preocupação era ir pra escola jogar futebol, conversar com meus amigos e esperar o meu pai vir me buscar, na maioria das vezes com pamonha ou alguma besteira que eu amava. Amanhã será um belo dia, mas sabendo agora que independentemente do quão bem eu esteja indo, uma hora ou outra vai bater todos esses sentimentos que estou sentindo agora. Só me resta paciência e confiar na história e superação de Jesus"

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--> Caso Aldeia: a foto em que Jussara demonstrou culpa

 

Um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico Denirson Paes da Silva, de 54 anos, foi uma das motivações do crime cometido por sua esposa, Jussara Rodrigues Silva Paes, e seu filho Danilo Paes, concluiu a polícia.  Os detalhes do homicídio foram apresentados nesta sexta-feira (31) pela delegada responsável pelo caso, Carmen Lúcia.

Foi confirmado que no dia 30 de maio Jussara havia visualizado fotos da amante no computador do médico. O relacionamento conjugal existia há cinco anos. Além da traição, seriam motivações do crime a separação iminente e a consequente mudança de padrão de vida a qual Jussara seria submetida. 

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Conforme a investigação, entre o dia 30 e o dia 31, Denirson foi asfixiado em seu quarto. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa fracassada de carbonização e, em seguida, a serragem em duas partes do corpo.

Em conversas com a família, o médico já havia dito que iria se separar. Há três meses ele não dormia no mesmo quarto que Jussara, que estava dormindo em um quarto de hóspedes. A empregada ouvida relatou que Jussara desviava os olhos quando visualizava o companheiro dentro de casa.

"Mãe, me ajuda"

Danilo Paes, o filho acusado de participação no homicídio, já no Cotel por efeito de mandado de prisão temporária, pediu para enviar um áudio para a mãe. Diz ele na gravação: "Eu imploro. Mãe, por favor, me ajuda. Ou ela assume ou a desgraça vai ser completa".

Para a polícia, o áudio indica uma autodefesa de Danilo e um conhecimento de como o crime se deu. A mãe se recusou a ouvir o áudio.

Premeditado

O crime, deduz Carmen Lúcia, teria sido premeditado. Um dos indícios é a morte do cachorro do médico, ainda em abril. 

A história foi contada por Daniel Paes, filho caçula que não teria participado do homicídio. “Ele chegou em casa e a mãe disse que o cachorro estava doente. Ele encontrou o cachorro espumando, trêmulo e sem conseguir se levantar. A mãe disse que havia sido um remédio dado por Denirson. Daniel estranhou, mas deixou para lá”, recorda a delegada.

Uma das suspeitas é que o cachorro tenha sido envenenado para que não atrapalhasse o plano. O animal poderia, por exemplo, farejar o corpo do dono.

Outro indício foi a folga dada para os empregados justamente no dia da morte de Denirson. “Um jardineiro contou que trabalhava há três anos lá e nunca tinha recebido folga”, diz Carmen Lúcia.

Perícia

Vários artifícios investigativos contribuíram para entender a dinâmica do crime. Entre os instrumentos utilizados estão: luminol, papiloscopia, informática, DNA, bioquímica e exames acústicos. Os testes de acústica serviram para indicar a inocência do caçula, pois, de seu quarto, não era possível ouvir seu pai sendo asfixiado ou o esquartejamento do corpo. A perícia também mostrou que a vítima levou um golpe de objeto contundente, o que causou traumatismo craniano, provável causa da morte.

O luminol identificou sangue em todos os quartos, com exceção do de Denirson. Um ponto com concentração expressiva de sangue foi o guarda-roupa de Danilo. Também havia um percurso de sangue em todo o ambiente frequentado por Jussara, como sua poltrona e o quarto em que dormia.

Justiça

Nesta manhã, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de Pernambuco. Também foi assinada a prisão preventiva dos dois acusados. Mãe e filhos estavam presos por efeito de prisão temporária, com prazo se encerrando no dia 4 de setembro. Jussara e Danilo vão responder por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e sem possibilidade de defesa) e ocultação de cadáver. 

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que há sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava o assassinato do médico Denirson Paes da Silva, de 54 anos, cujo corpo foi encontrado esquartejado em um poço na casa onde morava em Aldeia, Camaragibe, no Grande Recife. A esposa do médio, Jussara Rodrigues Silva Paes, 54, e seu filho, Danilo Paes, 23, foram indiciados por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e impedindo defesa da vítima.

O inquérito foi remetido na última quarta-feira (29) e o Ministério Público de Pernambuco deverá agora avaliar os autos. Os detalhes da dinâmica do crime e motivação serão apresentados em coletiva de imprensa na sexta-feira (31).

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"Houve convergência entre a parte investigativa e as perícias realizadas", adiantou o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, indicando que não houve surpresa com relação aos autores do crime no curso da investigação.

 Segundo a chefe da Polícia Científica, Sandra Santos, as perícias identificaram sangue em determinados lugares, o que foi importante para a solução do caso. A perícia médico legal também apontou a causa da morte e a dinâmica de como o crime se deu.

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que há sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A principal linha de investigação da polícia até o momento é de que o crime tenha sido motivado por um pedido de separação feito pelo médico. Em depoimento, o caçula revelou que o pai queria se afastar da residência e que Danilo não tinha uma boa relação com o cardiologista. 

O presidente da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Antônio de Melo e Lima, indeferiu o Habeas Corpus (HC) que pedia a soltura de Jussara Rodrigues da Silva Paes e Danilo Paes. Mãe e filho são suspeitos de assassinar o médico Denirson Paes da Silva. Com o indeferimento do Habeas Corpus, mãe e filhos continuam presos devido a um mandado de prisão temporária pelo crime de homicídio.

Na última terça-feira (10), a Polícia Civil realizou uma coletiva divulgando que o resultado de DNA apontou que os restos mortais encontrados em uma cacimba do condomínio de luxo Torquato Castro, em Aldeia, são do médico. O corpo de Dernirson foi encontrado no último dia 4 em uma cacimba de 25 metros na área de lazer da casa em que ele morava com a família. O resultado do teste de DNA levou quatro dias para ficar pronto e foi realizado pelo Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC).

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Três fragmentos do corpo foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros na quarta-feira (4) e o resto na terça-feira (10). A polícia diz não haver dúvidas de que o corpo foi esquartejado e ocultado.

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque Jussara demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que há sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A principal linha de investigação da polícia até o momento é de que o crime tenha sido motivado por um pedido de separação feito pelo médico. Em depoimento, o caçula revelou que o pai queria se afastar da residência e que Danilo não tinha uma boa relação com o cardiologista. 

O filho caçula do cardiologista Denirson Paes da Silva, encontrado esquartejado e carbonizado na cacimba da própria casa em Aldeia, Região Metropolitana do Recife, se manifestou sobre o caso nas redes sociais pela primeira vez. Através do Instagram, o estudante de Administração Daniel Paes, de 20 anos, agradeceu pelo apoio que vem recebendo.

"A cada contato, seja um abraço, uma mensagem ou um pensamento positivo/oração, me senti menos perdido. Só tenho a agradecer a todos vocês, meus amigos, por me darem força pra continuar sendo o HOMEM que meu pai me ensinou a ser. Um beijo no coração de vocês", ele escreveu.

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Os suspeitos de matar o médico são a mãe de Daniel, Jussara Rodrigues Paes da Silva, 54, e o irmão, Danilo Paes, 23. Jussara e Danilo estão presos preventivamente desde a última quinta-feira (5). A expectativa é que o advogado de defesa entre com o pedido de Habeas Corpus para conseguir a liberação dos dois.

O caso - No dia 20 de junho, a esposa do médico foi até a Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do companheiro ocorrido no dia 31 de maio. Ela alegava que o marido teria viajado e não mais voltado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas, e não havia movimentação na conta bancária dele.

Quando os restos mortais foram encontrados, no dia 4 de julho, o filho mais velho teria dito que o pai poderia ter se suicidado. O Instituto de Criminalística fez uma perícia que apontou vestígios de sangue em dois banheiros e um corredor da casa. Foi constatado ainda que o local passou por profunda limpeza e que há sinal de arrastamento no corredor que dá acesso à cacimba. Os peritos constataram, ainda, que areia e brita foram jogadas na cacimba. Além de cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias - o que reforça a tese de premeditação.

Jussara e Danilo foram encaminhados para audiência de custódia pelo crime de ocultação de cadáver. Mãe e filho conseguiram a liberdade, mas antes que deixassem o fórum foram presos através de um mandado de prisão temporária por homicídio.

A principal linha de investigação da polícia até o momento é de que o crime tenha sido motivado por um pedido de separação feito pelo médico. Em depoimento, o caçula revelou que o pai queria se afastar da residência e que Danilo não tinha uma boa relação com o cardiologista. 

A juíza Marília Falcone, da 1ª Vara Criminal de Camaragibe, decretou a prisão temporária da farmacêutica Jussara Rodrigues da Silva Paes, 54 anos, e Danilo Paes, 23, acusados do homicídio do cardiologista e advogado Denirson Paes da Silva, 54, em Aldeia. O prazo da prisão temporária corresponde a 30 dias.

 Jussara Rodrigues da Silva Paes será encaminhada para a Colônia Penal Feminina Bom Pastor e Danilo Paes para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel).

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Na manhã desta quinta-feira (5/7), eles participaram de uma audiência de custódia no Fórum de Jaboatão pela ocultação de cadáver de Denirson Paes da Silva. Por esse crime, o juiz Otávio Ribeiro Pimentel havia concedido alvará de soltura com aplicação de medidas cautelares. A prisão temporária poderá ser renovada por mais 30 dias.

O caso - Jussara havia prestado um boletim de ocorrência no dia 20 de junho. Ela dizia que o marido havia viajado para fora do Brasil e não teria retornado. A polícia começou a suspeitar de familiares porque ela demorou para relatar o desaparecimento já que o médico estava sumido há mais de duas semanas,  e não havia movimentação na sua conta bancária.

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