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O Instituto Nacional de Criminalística (INC), da Polícia Federal, trabalha em um modelo 3D da cena do crime que vitimou, no início deste mês, na Amazônia, o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips. Elaborado com base em escaneamento do local onde os corpos foram encontrados, o modelo tenta esclarecer a dinâmica dos acontecimentos.

Um exame de antropologia forense, que pode estimar a data das mortes de Bruno e Dom e a que distância os disparos foram feitos, tem previsão de ficar pronto na próxima semana. O laudo do local, que agrega todas as provas submetidas à perícia, no entanto, deve demorar no mínimo 30 dias para ser concluído, em razão de seu nível de detalhamento.

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O documento, que pode contar com vídeos 3D, vai testar as versões relatadas até agora pelos três pescadores presos temporariamente por suspeita de envolvimento no duplo homicídio - Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado"; Oseney Oliveira, o "Dos Santos"; e Jeferson Lima, o "Pelado da Dinha" -, além das cinco pessoas que teriam ajudado a ocultar os corpos de Bruno e Dom na região do Vale do Javari, no Amazonas. O pescador Pelado entrou em contradição ao prestar informações aos investigadores (mais informações nesta página).

O diretor do INC, Ricardo Guanaes Cosso, disse que o barco usado por Bruno e Dom, encontrado no domingo passado, 19, a 20 metros de profundidade no Rio Itaquaí, também será levado "para dentro" do laudo completo sobre o caso. Peritos de Brasília irão hoje para o Amazonas para realizar trabalho de campo no local do crime, inclusive com o escaneamento da embarcação.

"Tudo, tanto os corpos, o local do crime todo, o local central onde foram encontrados os corpos, e as adjacências, a gente transforma em um modelo 3D", afirmou Cosso. "Então a gente consegue estudar a cena do crime. Praticamente, a gente consegue entrar na cena do crime virtualmente. Com óculos e tudo."

Detalhes

Segundo o diretor do INC, o escaneamento 3D preserva digitalmente o local e permite estudar mais detalhadamente a dinâmica dos acontecimentos. "É tão detalhista que, se você põe um óculos 3D, é como se você estivesse na cena de novo. Inclusive se você quiser medir alguma coisa, olhar alguma coisa que você não tenha visto na hora, visualmente e fisicamente daria para traçar alguma medida, alguma variável que não se tenha observado", disse Cosso.

Com o estudo antropológico forense, que deve ficar pronto na próxima semana, será possível confirmar a distância e a angulação dos tiros. "Levando isso para o modelo 3D, a gente consegue colocar a arma no local dela, com relação ao corpo, com uma precisão boa", disse o diretor do INC.

Em reconstituição, suspeito se contradiz

O pescador Amarildo Oliveira, o "Pelado", entrou em contradição durante a reconstituição dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips, a afirmar que participou apenas da ocultação dos corpos, e acusar Jeferson Lima, o "Pelado da Dinha" de ser o autor dos disparos. Em depoimento à Polícia Federal, ele havia confessado a autoria dos tiros.

Durante a reconstituição, um delegado da PF narra que Bruno e Dom desciam o rio Itaquaí no barco quando foram avistados por Amarildo e Jeferson. Segundo Amarildo, Bruno e Jeferson começaram a discutir. Ao ser questionado se viu a hora em que Jeferson atirou, Amarildo confirma, e diz que Bruno, que tinha porte de arma, teria revidado.

Neste momento, ele entra em nova contradição. No início, diz que viu a discussão a distância. Depois, admite que estava no barco com Jeferson. Bruno foi atingido por três tiros e Dom foi morto por um disparo. O vídeo da reconstituição foi revelado anteontem pelo Jornal Nacional, da TV Globo.

Quatro homens acusados de terem sequestrado e estuprado coletivamente uma mulher de 27 anos foram mortos a tiros pela polícia durante a reconstituição do crime. O caso aconteceu em Hyderabad, na Índia. De acordo com a polícia, os acusados teriam tentado roubar as armas dos guardas e fugir, mas foram mortos antes. 

A vítima teria sido sequestrada tentando ligar a moto, que havia tido o pneu furado pelos homens, que a abordaram oferecendo auxílio. A mulher chegou a ligar para a sua irmã relatando o incidente. O crime ocorreu no dia 27 de novembro. No dia seguinte ao desaparecimento da vítima, o seu corpo foi encontrado carbonizado debaixo de uma ponte .

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Segundo o Portal IG, os acusados foram detidos rapidamente. Com os homens presos, uma deputada indiana chegou a afirmar que os culpados deveriam ser linchados em público. Nesta sexta-feira (6), depois que a polícia matou os homens, a própria corporação compartilhou um vídeo mostrando como aconteceu toda a ação.

A Polícia Civil suspeita que um dos dois policiais militares que participaram da reconstituição da morte de Ágatha Félix, de 8 anos, realizada pela Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro na noite de terça-feira, 1, foi o autor do tiro que matou a menina, segundo afirmou a TV Globo na noite desta quarta-feira, 2. Esse PM passou mal durante a reconstituição.

Ainda segundo a TV Globo, é grande a probabilidade de que não tenha havido confronto com criminosos, como alega a PM. Só dois tiros teriam sido disparados, ambos pela polícia, e um deles teria batido em um poste e estilhaços dele atingiram a menina. Os peritos afirmam que, se tivesse sido atingida diretamente pelo tiro, Ágatha teria ferimentos muito mais graves no corpo. A necropsia encontrou apenas fragmentos de bala, e por isso não conseguiu confirmar com exatidão de que arma veio o disparo. Mas os fragmentos são compatíveis com fuzis, armas que os PMs usavam enquanto patrulhavam a comunidade.

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Durante a reconstituição, o delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), confirmou que uma das hipóteses investigadas é de que a bala desviou em um poste, onde foi encontrada marca de tiro recente.

A reconstituição começou às 18h45 e se estendeu por cerca de cinco horas. Só dois dos 11 policiais envolvidos no caso participaram, além de seis testemunhas civis. A mãe de Ágatha, Vanessa, não participou por motivos de saúde - ela teve picos de hipertensão.

Ágatha morava na Fazendinha, uma das comunidades do complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio. Por volta das 21h do dia 20, ela voltava para casa com a mãe, em uma perua Kombi que faz transporte local. Quando estavam na rua Antônio Austregésilo, a menina foi atingida. Onze policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Fazendinha patrulhavam a região, e testemunhas afirmam que um deles foi o autor do disparo. A PM alega que havia tiroteio entre os policiais e o garupa de uma moto que passava pelo local.

A Polícia Civil investiga a hipótese de uma bala ter desviado em um poste e atingido a estudante Ágatha Félix, de 8 anos, que morreu vítima de uma bala perdida no último dia 20 na Fazendinha, uma das favelas do complexo do Alemão, na zona norte do Rio.

Essa possibilidade será analisada durante a reconstituição do crime, que será realizada na noite desta terça-feira, 1, no local em que a menina foi morta, uma esquina da rua Antonio Austregésilo. A reconstituição começou às 18h40, sob condições de luminosidade semelhantes às do momento do crime.

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Cinco testemunhas vão participar da reconstituição, entre elas o motorista da Kombi que transportava Ágatha. Os 12 policiais militares investigados e a mãe de Ágatha, Vanessa Félix, que estava com a menina na hora do crime, não vão participar.

Os policiais usaram do direito de não participar. A mãe passou mal, com picos de pressão alta, e por isso não teve condições de estar presente, segundo o advogado Rodrigo Mondego, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado do Rio de Janeiro (OAB-RJ).

"Perto do local tem um poste que apresenta sinais de arma de fogo e é possível que o tiro tenha atingido o poste e desviado até a menina", afirmou, na noite desta terça-feira, o delegado Antonio Ricardo Lima Nunes, diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP) da Polícia Civil do Rio.

Ágatha voltava para casa com a mãe, em uma perua Kombi que faz transporte local. Testemunhas afirmam que o tiro partiu de policiais militares que faziam ronda na comunidade. Os PMs afirmam que havia confronto com criminosos, o que as testemunhas negam.

"Temos 70 policiais envolvidos na reconstituição, entre eles quatro peritos da Delegacia de Homicídios da capital. Vamos fazer as medições e confrontá-las com as versões apresentadas. A ideia da reconstituição é exatamente saber se houve confronto ou não. Ela vai ser feita de acordo com o que as testemunhas afirmaram", disse o delegado.

Segundo Nunes, três blindados fazem a proteção da área, para evitar que criminosos ataquem os policiais durante a reconstituição.

Por orientação da defesa, os 11 policiais militares envolvidos, direta ou indiretamente, na morte da menina Ágatha Félix, se recusaram a participar da reprodução simulada do momento da morte da menor, realizada na noite desta terça-feira (1º), no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

O diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), delegado Antônio Ricardo, disse que a simulação poderá revelar se havia troca de tiros no momento da morte de Ágatha, na noite do dia 20 de setembro, conforme sustentam os PMs, ou não, conforme relatos de testemunhas.

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"Nós esperamos chegar à conclusão sobre quem efetuou o disparo que matou a menina Ágatha. Nós queremos confrontar as versões apresentadas em sede policial com o que nos podemos presenciar aqui no local. A ideia é saber se houve confronto ou não", disse o delegado, momentos antes de iniciar a reconstituição.

A Kombi onde a estudante estava, juntamente com a mãe e outros passageiros, foi levado ao local, na Fazendinha, no Complexo do Alemão.

Para garantir a segurança da perícia, foi mobilizado um contingente de 70 policiais civis e três carros blindados, conhecidos como caveirões.

 

A Polícia Civil do Rio deve fazer na próxima terça-feira, 1º, a reconstituição da morte de Ágatha Félix, menina de 8 anos morta na semana passada no Complexo do Alemão, zona norte do Rio. A informação foi dada pelo delegado Daniel Rosa, da Delegacia de Homicídios da Capital.

Responsável pela investigação do crime, a polícia civil ouviu nesta terça-feira, 24, quatro PMs e o motorista da kombi em que a menina estava quando foi morta. Na segunda-feira, oito PMs já tinham sido ouvidos. Nesta quarta-feira, 25, será o dia do avô e dos pais de Ágatha falarem com a polícia, que já apreendeu até aqui oito armas para a perícia. A previsão é de que eles cheguem na delegacia por volta de 10h.

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O laudo dos peritos deve ser entregue até o final desta quarta-feira, 25, segundo o delegado. "Esse laudo está em confecção, esse fragmento está sendo periciado a fim de determinarmos o calibre efetivo da arma", disse.

Pela manhã, ao sair da delegacia, o motorista da kombi garantiu que não havia tiroteio na hora do crime. "Uma criancinha foi embora por causa da irresponsabilidade do polícia", afirmou.

O delegado também destacou que há indícios de que, além de Ágatha e da mãe, havia um casal na kombi na hora do crime. Ele pediu para a população colaborar caso tenha informações relativas a isso.

 A ex-companheira acusada de esquartejar e carbonizar parcialmente o corpo do médico Denirson Paes da Silva, Jussara Rodrigues, 55 anos, saiu hoje da Colônia Penal Feminina e encontra-se agora na Delegacia de Camaragibe, no Grande Recife, juntamente com o seu filho e também acusado do crime, Danilo Paes.

Os acusados farão uma acareação na manhã desta sexta (14), antes de seguirem para a reconstituição do crime, na casa onde o médico foi assassinado. Ao chegar na delegacia, Danilo pediu: "Deixem minha vida em paz".

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A Polícia Civil não confirmou se ele participará da reconstituição do crime, mas a participação de Jussara, juntamente com os peritos e uma pessoa do mesmo tamanho e peso do Denirson, que se passará pela vítima, está confirmada. O assassinato aconteceu num condomínio de luxo em Aldeia, onde o casal tinha uma residência. A mulher diz ter cometido sozinha o assassinato do ex-companheiro.

A acareação que acontece neste momento na delegacia de Camaragibe servirá para confrontar os depoimentos dos acusados. O advogado de Jussara e Danilo, Alexandre de Oliveira, também já se encontra na delegacia e confirmou que acompanhará a reconstituição simulada do crime.

Sobre o Caso

Segundo último relato, Denirson Paes da Silva e Jussara discutiam na manhã do dia 31 de maio. Ela conseguiu derrubar o médico em um movimento surpresa e ele bateu com a cabeça no chão. Em seguida, a mulher teria esganado o companheiro.

Percebendo que Denirson já estava sem vida, a farmacêutica teria escondido o corpo dele em um quarto na área externa. Naquela noite, a mulher teria voltado ao local para esquartejar o marido e arrancar e atear fogo nas genitais dele após não conseguir jogar o corpo inteiro dentro da cacimba. A acusada teria descoberto que estava sendo traída no dia anterior.

Danilo, o filho mais velho, foi apontado como autor do homicídio e da ocultação de cadáver juntamente com Jussara. A polícia encontrou uma grande presença de sangue, por exemplo, no guarda-roupa dele. Outro indício da participação dele no crime é devido à esganadura sofrido pelo médico. Segundo Fernando Benevides, perito criminal, a esganadura exigiria força e, portanto, Danilo seria o provável responsável.

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RIO DE JANEIRO - O Dia das Mães foi mais difícil para Luyara Santos e Marinete Silva, filha e mãe da vereadora Marielle Franco (PSOL). Dois meses após o crime que chocou o mundo, ainda não há respostas oficiais sobre a morte da parlamentar e do motorista Anderson Gomes. Nesta segunda-feira (14), um novo ato foi convocado para a Cinelândia, em frente à Câmara Municipal onde Marielle atuava, para pressionar por respostas. 

As perguntas "quem matou" e "quem mandou matar" motivaram a campanha que está tomando as redes sociais nesta segunda, mobilizada pela hashtag #JustiçaParaMarielleEAnderson. Nesta manhã, a mãe e o pai de Marielle estiveram presentes em uma mobilização, organizada pela Anistia Internacional, em frente à sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado.

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"É uma dor muito grande, mas a gente quer que isso se resolva. A gente não se conforma e não vai se calar enquanto não tiver uma resposta pra gente", disse dona Marinete. Na semana passada, depois de quase cinco horas, a Polícia Civil fez uma reconstituição no local onde ocorreu o crime, no Estácio. A simulação serviu para entender a dinâmica da execução e contou com a presença de algumas testemunhas oculares, inclusive da assessora da parlamentar, que estava no carro. 

Em um dos primeiros contatos com a imprensa após o crime, o delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídios da Capital e um dos responsáveis pelo caso, ratificou a necessidade de preservar as informações sobre o caso. "É preciso garantir, para o sucesso dessa investigação, em razão da sua complexidade, absoluto sigilo", afirmou. 

Área da reconstituição foi coberta para que imprensa não tivesse acesso. Foto: Fernando Frazão/Agência BrasilEm entrevista à Rádio CBN, o secretário de Segurança, general Richard Nunes, também criticou o vazamento de informações, as quais apontam o vereador Marcello Siciliano (PHS) e o ex-PM Orlando Araújo "Curicica", que está preso em Bangu, como suspeitos, segundo o depoimento de uma testemunha ao qual o jornal O Globo teve acesso.

"Quando surge um vazamento como esse, nós temos que reorientar nossa estratégia de investigação. E isso nos causa um retardo", disse o general, sobre um possível atraso na conclusão do inquérito por conta da divulgação. Nunes ainda confirmou que alguns dos dados revelados já estavam sendo acompanhados pela polícia, contudo, não apontou especificamente quais. 

Para o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), com quem Marielle trabalhou por dez anos na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), é preciso equilibrar o tempo da angústia por resultados com o tempo da investigação. "Temos de dar assistência à família, estar próximo à família, mas, ao mesmo tempo, entender que a investigação não é pelo nosso desejo. Mas a investigação está acontecendo, as medidas estão sendo tomadas e a gente vai ter que conseguir manter o assunto vivo e manter a mobilização, porque isso é o mais importante", disse.

O secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, general Richard Nunes, anunciou neste sábado (21) que a Delegacia de Homicídios (DH) realizará nos primeiros dias de maio uma reconstituição do atentado ocorrido na noite de 14 de março, no centro da cidade, que resultou nas mortes da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

Segundo o secretário, que participou, na manhã deste sábado, do desfile cívico em homenagem a Tiradentes, patrono da Polícia Militar, o dia da reconstituição ainda será definido, uma vez que a simulação é complexa e dependerá de uma data com as mesmas circunstâncias da verificada no dia do atentado.

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“Por isso, não poderemos trabalhar em uma data com condições [climáticas] distintas da do dia do atentado”. A avaliação do secretário é de que a reprodução ajudará muito “na compreensão da dinâmica do crime e a confrontar as diferentes versões das testemunhas”, o que levará a uma visão mais completa do fato e contribuir com as investigações.

Durante a entrevista o general Richard Nunes informou que as forças de segurança do estado estão trabalhando para recuperar a capacidade operacional e que, na próxima semana, estarão sendo entregues à Policia Militar 265 novas viaturas para o patrulhamento ostensivo da cidade.

Ao comentar as recentes ações do setor de inteligência da polícia voltadas para o combate às miliciais, principalmente na zona oeste e Baixada Fluminense, o general Richard Nunes afirmou que ações desse tipo serão intensificadas, a partir do trabalho das delegacias especializadas, em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

A Polícia Civil de Pernambuco vai realizar nesta terça-feira (10) a reconstituição do assassinato da arquiteta e artista plástica Maria Alice Soares dos Anjos, de 74 anos, morta no último dia 13 de março. Maria Alice foi encontrada em sua casa na Rua 13 de maio, no Sítio Histórico de Olinda, região metropolitana do Recife. Conhecida como 'Baixinha', ela era uma das fundadoras do bloco 'Eu acho é pouco'.

Um dia após o crime, amigos de Maria Alice acharam estranho o fato de a artista não ter ido para aula de pilates e resolveram entrar na casa dela por meio de um imóvel vizinho. Ao chegarem no local, encontraram a idosa caída. O corpo da arquiteta apresentava vários ferimentos na cabeça.

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No dia 25 de março, a Polícia Civil prendeu Renato José da Silva, de 28 anos, suspeito de matar Maria Alice. Ele confessou o crime. Renato era jardineiro de Baixinha há quatro anos. Envolvido com o consumo de crack, ele havia sido acolhido por ela.

Percebendo que estava sendo furtada, Baixinha havia mudado a fechadura da casa. Com o objetivo de roubar dinheiro na casa da patroa, Renato conta ter tentado entrar pela frente com a cópia da chave que havia feito sem autorização. Como a fechadura havia mudado, ele tentou entrar pelos fundos. 

"Ele entra, ela escuta um barulho, aí abre a janela, olha pra ele e diz 'agora você vai levar o outro?' se referindo ao botijão de gás. Ele diz 'não, mas desce aqui'. Maria Alice desce, abre a porta e o procura, mas ele se escondeu. Ela pergunta 'cadê você?', aí ele aparece. Renato alega que deu uma chave de pescoço nela, que caiu ao chão, depois começou a resmungar e ele deu uma pedrada e depois um jarro na cabeça de dona Maria Alice", explicou, na época, a delegada responsável pelo caso, Andrea Griz.

A delegada afirmou, também, que o criminoso cometeu o homicídio para que ela não espalhasse que era ele quem cometia os furtos em sua casa. A reconstituição do crime estava prevista para começar por volta das 12 desta terça. Antes, Renato José da Silva estava sendo ouvido pelos policiais na delegacia do bairro do Janga, em Paulista.

Na tarde desta quarta-feira (2) a Polícia Civil da Paraíba realiza uma reconstituição para esclarecer todos os detalhes do caso que ocasionou a morte da estudante Luanna Alverga, de 20 anos. O crime aconteceu na casa do tio do namorado de Luanna, no dia 23 de julho, no bairro do Roger, em João Pessoa.

O intuito é avaliar tecnicamente o posicionamento dos envolvidos no momento do crime e o percurso do projétil que saiu de uma espingarda calibre 20, que atingiu a jovem na cabeça. O suspeito alega que o disparo foi acidental.

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Para colaborar com a simulação estarão presentes a equipe da Delegacia de Crimes contra a Pessoa (Homicídios) da Capital, uma equipe do Instituto de Polícia Científica (IPC) e o acusado de cometer o crime, Yuri Ramos, que era namorado de Luanna.

Para Terezinha Maria de Jesus, mãe do menino Eduardo de Jesus Ferreira, morto aos 10 anos no dia 2 de abril no Complexo do Alemão, o retorno "doloroso" à casa onde a família morava antes da tragédia foi apenas um dos momentos difíceis enfrentados durante a reconstituição do crime, na última sexta-feira (17). Terezinha conta que, na ocasião, reconheceu o policial que ela afirma ter matado Eduardo entre um dos onze PMs que, encapuzados, também participaram da reprodução simulada.

"Foi horrível. Eu cheguei a ver porque foi ele que disse que poderia me matar assim como matou meu filho", contou. "Vi pela touca, ele é um negro, alto. Foi muito doloroso", recordou a mãe de Eduardo.

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Ela afirma que ainda não foi informada pela Polícia Civil sobre a data de uma possível acareação na qual possa reconhecer o PM diante dos investigadores. Mas, quando esse dia chegar, ela espera fazer duas perguntas - e adiantou que não perdoará o policial.

"Eu quero fazer duas perguntas a ele: a primeira é se ele não tem filhos, se ele não é pai", disse. "Aí eu vou fazer a segunda pergunta a ele: se perdoá-lo traria meu filho de volta. Se ele tiver condição de trazer meu filho de volta, eu perdoo ele. Ele é um monstro. O que ele fez não tem perdão", desabafa Terezinha.

Hospedada com a família em um hotel custeado pelo Governo do Estado desde que voltou do Piauí, onde Eduardo foi enterrado no último dia 6, Terezinha lembra que o regresso ao Areal, localidade onde a família morava no Alemão, foi "muito ruim". "Foi muito doloroso. Quando eu cheguei perto de casa, eu desabei no choro, não aguentei".

Terezinha foi uma das testemunhas ouvidas pelos investigadores da Delegacia de Homicídios da capital fluminense durante a reconstituição. A irmã de 14 anos de Eduardo também participou da reprodução simulada. De acordo com o delegado titular da especializada, Rivaldo Barbosa, foram remontadas com os policiais as condições de luminosidade e temperatura verificadas no exato momento em que Eduardo foi baleado, às 17h30. "Nós vamos esperar o laudo dos peritos e eles têm de 15 a 45 dias para nos dar esse laudo", declarou Barbosa na última sexta-feira (16).

A Polícia Civil fará nesta sexta-feira (17) no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, a reconstituição do caso de Elizabeth de Moura Francisco, de 40 anos, morta no dia 1º de abril na localidade de Alvorada. De acordo com a delegada Patrícia Aguiar, a reprodução deve começar às 8h.

O plano da Delegacia de Homicídios (DH) é realizar a reconstituição das mortes do menino Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos - assassinado no dia 2, na localidade do Areal - e do ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora de Nova Brasília, Uanderson Manoel da Silva - morto em setembro de 2014 - na mesma data, mas o titular da DH da capital fluminense, delegado Rivaldo Barbosa, ainda não tem essa definição.

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Na noite desta quarta-feira, 15, a mãe de Eduardo, Terezinha Maria de Jesus, de 40 anos, deve ser ouvida na DH, após retornar do Piauí, onde enterrou o corpo do filho na cidade de Correntes. Ela, os quatro policiais da UPP do Alemão e oito do Batalhão de Choque que participaram da ação no Areal devem participar da reconstituição.

A Movimentação é grande, na noite desta segunda-feira (12), no portão sete do estádio do Arruda. O motivo é a reconstituição do crime, no qual o torcedor Paulo Ricardo foi assassinado depois de ser atingido por um vaso sanitário.

Marcada para começar às 19h, a simulação já dura 1h sem ter desfecho. A delegada que está à frente do caso, Gleide Ângelo, acompanha os dois suspeitos Everton Felipe Santiago de Santana, Luiz Cabral de Araújo Neto e os outros policiais civis que realizam a colhida da prova que pode ajudar nas investigações do crime. As primeiras informações davam conta de que todas as ações dos suspeitos, desde a chegada deles ao estádio, fizessem parte da simulação.

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Mas as cenas onde o trio saiu do clube pelo portão 9 para ir a uma barraca, na Avenida Beberibe, e o momento que voltaram ao estádio pelo portão 11 não foram refeitas. A justificativa dos peritos é que não havia necessidade.  

Há mais de 30 minutos, a equipe ocupa o anel intermediário do estádio, próximo ao local onde o vaso sanitário foi atirado, policias já apareceram com uma privada na mão. A cena gerou comoção nas pessoas que estão acompanhado a simulação do lado de fora do clube e gritam: "Justiça!, Justiça!".  

Entenda o caso - O torcedor do Sport, Paulo Ricardo Silva, foi morto na noite da última sexta-feira (2), quando deixava o estádio do Arruda depois da partida entre Santa e Paraná, pelo Campeonato Brasileiro da Série B. O jovem foi atingido por um vaso sanitário arremessado de dentro do clube. O objeto foi jogado de uma altura de 24 metros e atingiu o rapaz que morreu na hora. Três homens já foram detidos, suspeitos de participarem do crime. 

Mais uma vítima – Casos do tipo da morte de Paulo Ricardo deixaram de ser isolados entre torcidas dos clubes pernambucanos. Neste ano, por conta de uma discussão após o jogo Náutico e Salgueiro, um policial militar assassinou um homem a tiros, no município do Sertão. No ano passado, um torcedor do Náutico foi baleado na nuca, em frente ao estádio dos Aflitos, e chegou a ficar em coma. 

Também em 2013, no último jogo da final do Campeonato Pernambuco, um torcedor do Santa jogou uma barra de ferro para o estacionamento do Sport, na Ilha do Retiro. O objeto atingiu o carro do então técnico rubro-negro Sergio Guedes, hoje comandante tricolor, e quase pegou em uma criança, o filho do atual técnico do Sport, Eduardo Baptista.

Mais informações em instantes 

A Polícia Civil do Rio realiza, nesta quinta-feira, 3, a reprodução simulada das circunstâncias da morte da auxiliar de serviços gerais Claudia Silva Ferreira, de 38 anos.

Após ter sido baleada durante uma operação policial de repressão ao tráfico de drogas no Morro da Congonha, em Madureira, zona norte do Rio, a mulher foi colocada no porta-malas de uma viatura da Polícia Militar para ser levada ao hospital. No meio do caminho, contudo, a porta da caçamba abriu, Claudia rolou para fora do veículo e acabou sendo arrastada por cerca de 350 metros de asfalto, ao ficar presa no para-choque por um pedaço de roupa. Um cinegrafista amador filmou o momento em que a mulher era arrastada pela Estrada Intendente Magalhães. O caso ocorreu na manhã do dia 16 de março.

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O delegado Carlos Henrique Machado, titular da 29ª Delegacia de Polícia (Madureira), intimou os oito policiais militares do 9º Batalhão (Rocha Miranda) que, em depoimento, afirmaram ter participado da operação na comunidade. Também foram chamados familiares da vítima e testemunhas. Agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), tropa de elite da Polícia Civil, darão apoio à diligência.

Na última quinta-feira, o juiz Murilo Kieling, do 3º Tribunal do Júri do Rio, decretou a prisão temporária por 30 dias de dois dos oito PMs que participaram da operação no Morro da Congonha. São eles o tenente Rodrigo Medeiros Boaventura, comandante da guarnição envolvida na ação na favela; e o sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno.

Já os três PMs que estavam na viatura, cujo porta-malas abriu deixando cair o corpo de Cláudia, estão em liberdade. Depois que o vídeo de Claudia sendo arrastada chegou ao conhecimento do comando do 9º Batalhão, os três PMs foram presos em flagrante. Eles foram enquadrados no crime de "deixar, no exercício de função, de observar lei, dando causa direta à prática de ato prejudicial à administração militar", previsto no artigo 324 do Código Penal Militar. Dias depois, no entanto, seguindo parecer do Ministério Público Militar, a juíza Ana Paula Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio, concedeu liberdade provisória aos policiais. São eles os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Archanjo, e o sargento Alex Sandro da Silva Alves.

Conforme o Estado noticiou em 19 de março, o subtenente Serrano consta como envolvido em 57 registros de autos de resistência (mortes de suspeitos em confronto com a polícia) desde 2000. Já o subtenente Archanjo aparece como envolvido em cinco ocorrências deste tipo.

Muita confusão marcou a reconstituição do caso Joaquim nesta sexta-feira (22), à tarde, em Ribeirão Preto (SP). Apesar de todo o esquema de segurança montado com antecedência pela polícia, com o apoio do setor de trânsito da prefeitura de Ribeirão Preto, houve tumulto em várias ocasiões e tentativas de agressão ao padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, Guilherme Longo, suspeito da morte na madrugada do dia 5.

A reconstituição durou cerca de duas horas, e Longo, vestindo uma camisa vermelha, com um colete preto à prova de balas, foi recebido no Jardim Independência, onde residia, aos gritos de "assassino" e pedidos de justiça. Antes disso, havia enfrentado protesto ao deixar a Delegacia de Investigações Gerais (DIG).

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Ele participou de tudo e mostrou aos peritos todos os passos que diz ter dado na madrugada em que Joaquim desapareceu. Afirmou como saiu e como chegou, e mostrou a restituição até mesmo do momento em que teria fechado o portão com o cadeado, mas deixado a porta apenas encostada. O momento mais tenso foi quando ele caminhou mais de um quilômetro da casa até o local, onde diz ter ido sem sucesso tentar comprar cocaína.

Muitos manifestantes tentaram furar o bloqueio policial que tinha o reforço até da cavalaria. Alguns estiveram bem perto de conseguir agredir fisicamente o suspeito, que foi hostilizado o tempo todo. Depois de explicar na prática a versão, Longo foi levado de volta à delegacia e, em seguida, mandado de novo para a cadeia de Barretos (SP), onde está preso desde o dia 10 - data em que o corpo de Joaquim foi achado boiando no Rio Pardo.

A mãe do garoto, Natália Ponte, que também está presa, não participou da reconstituição. "Não vejo a necessidade de colocá-la com ele na mesma cena", disse o delegado Paulo Henrique Martins de Castro. Mais cedo, Natália havia sido ouvida em novo depoimento, assim como o padrasto. A polícia diz montar quebra-cabeça que foi o sumiço do garoto.

Satisfatória

Castro considerou bastante satisfatória a reconstituição para ajudar a elucidar o caso. Ele ainda deve ouvir mais algumas testemunhas e aguarda os laudos dos exames realizados em tecidos retirados do corpo do menino. A polícia defende a tese de que Joaquim, que era diabético, recebeu uma dose excessiva de insulina e foi jogado no córrego perto de sua residência. A polícia constatou que desapareceram 30 doses de insulina. Na versão dele, o padrasto alega que autoinjetou todo o remédio, durante uma crise de abstinência e que acredita que o menino tenha sido levado por alguém que pode ter entrado no imóvel. Após a reconstituição, o delegado descartou que exista uma terceira pessoa envolvida no caso.

Foi realizada, na tarde desta sexta-feira (22), a reconstituição do desaparecimento do menino Joaquim Ponte Marques. O padrasto Guilherme Longo participou de tudo e mostrou aos peritos todos os passos que diz ter dado na madrugada do dia 5, quando o garoto de 3 anos sumiu, misteriosamente, do quarto.

Toda a região próxima à residência do casal foi isolada pelas Polícias Militar (PM) e Civil e Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp), no interior de São Paulo. Eles dirigiram-se à casa onde o casal mora, no Jardim Independência, para dar início à reconstituição do crime. A mãe de Joaquim, Natália Ponte, não participou da simulação.

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"Não vejo a necessidade de colocá-la com ele na mesma cena", disse o delegado Paulo Henrique Martins de Castro. Natália foi levada da cadeia de Franca (SP), onde está presa, enquanto Longo foi retirado da cela no Jardim Independência, em Barretos (SP). Às 15h30, os peritos, Castro e o promotor Marcus Túlio Nicolino já estavam dentro da residência do casal. Eles usaram um boneco para simular o menino. Uma área de 800 metros perto da casa foi toda isolada e recebeu reforço da Cavalaria da PM. Mais de 50 policiais foram envolvidos na reconstituição do crime.

Colete - Longo usou um colete à prova de balas durante a reconstituição. No momento em que entrou na casa com o delegado e os peritos, foi recebido por vários populares com xingamentos e gritos de justiça. Muita gente cercou os principais cruzamentos que dão acesso à residência do casal em Ribeirão. O caminho que Longo percorreu durante a reconstituição foi acompanhado por três cavalos da PM, posicionados na frente da casa. Em todos os depoimentos, ele confirmou que teria saído na madrugada do dia 5 e andado cerca 1,5 quilômetro em busca de droga.

Seguro - O delegado confirmou que a polícia vai apurar a mensagem de texto que Longo enviou a Natália no qual cita uma apólice de seguro. Porém, afirmou que isso altera a linha de investigação. Já a defesa do padrasto alega não poder falar nada a respeito porque, oficialmente, não teve acesso ainda a essa informação.

A Polícia Civil do Rio inicia, na noite deste domingo (8), a segunda etapa da reconstituição do sumiço de Amarildo de Souza. O pedreiro está desaparecido desde a noite de 14 de julho, quando foi conduzido por policiais militares de sua casa, na Rua 2, à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, na localidade conhecida como Portão Vermelho, na parte alta da favela. A expectativa é de que a reprodução simulada termine na madrugada desta segunda-feira (9).

Desta vez, os investigadores da Divisão de Homicídios (DH) refizeram o trajeto da viatura da PM prefixo 54-6014, que levou Amarildo do Centro de Comando e Controle (onde são monitoradas as imagens das câmeras de segurança da Rocinha) à sede da Unidade de Polícia Pacificadora.

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No dia do sumiço, Amarildo e os PMs fizeram o caminho da casa do pedreiro até o Centro de Comando e Controle a pé (já que o trajeto inclui várias vielas, onde carros não passam). Realizada na semana passada, a reconstituição dessa parte durou 16 horas.

Além do caminho entre o Centro de Comando de Controle e a sede da UPP, os policiais da DH devem refazer todo o trajeto da viatura entre a noite de 14 de julho e do dia seguinte, inclusive fora da Favela da Rocinha. O roteiro completo foi revelado em 14 de agosto pela TV Globo, que teve acesso aos dados do rastreador via satélite instalado no radiocomunicador do carro da polícia. O carro esteve na zona portuária, no centro e em bairros da zona sul da cidade.

Conforme o jornal O Estado de S.Paulo noticiou, entre os locais que os investigadores da DH estiveram na primeira parte da reprodução simulada está a antiga casa do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, ex-chefe do tráfico da Rocinha. O imóvel, que fica na localidade conhecida como Cachopa, atualmente é utilizado como uma base da UPP.

Relatório do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDDH) - ao qual o Estado teve acesso - destaca que, no dia 24 de abril, o órgão recebeu denúncias de três moradores da Rocinha dizendo que a antiga casa de Nem era utilizada pelos PMs para "práticas de tortura, como eletrochoques, para conseguir testemunhos de moradores sobre o tráfico de drogas local". Datado de 29 de agosto, o documento é assinado por Pedro Strozenberg, presidente do CEDDH, e Thais Duarte, da comissão de Segurança Pública do órgão, que é subordinado à secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos.

O advogado João Tancredo, que representa a família de Amarildo, encaminhou o relatório ao Ministério Público, cobrando providências. Pelo menos oito PMs da UPP da Rocinha serão denunciados à Justiça pelo MP-RJ sob acusação de tortura contra moradores.

Durante a reprodução simulada, os policiais da DH também estiveram no bar onde Amarildo foi abordado pelos PMs. O estabelecimento é próximo à casa onde o pedreiro morava. Depois, os policiais civis foram ao Centro de Comando e Controle. Por fim, visitaram a sede da UPP, onde ouviram os depoimentos de 13 PMs que estavam de plantão na noite do sumiço de Amarildo - entre eles, o comandante da UPP, major Edson Santos, foi exonerado do cargo na última sexta-feira (6). O trajeto entre o bar onde Amarildo foi abordado e a sede da UPP foi refeito três vezes pelos investigadores - um PM participou de cada vez. O objetivo era encontrar contradições em depoimentos anteriores dos PMs. (Marcelo Gomes)

A Polícia Civil do Rio realizará, na noite deste domingo (8), a segunda etapa da reconstituição do sumiço de Amarildo de Souza. O pedreiro está desaparecido desde a noite de 14 de julho, quando foi conduzido por policiais militares de sua casa, na Rua 2, à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, na localidade conhecida como Portão Vermelho, na parte alta da favela.

Desta vez, os investigadores da Divisão de Homicídios (DH) vão refazer o trajeto da viatura da PM prefixo 54-6014, que levou Amarildo do Centro e Comando e Controle (onde são monitoradas as imagens das câmeras de segurança da Rocinha) à sede da Unidade de Polícia Pacificadora.

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No dia do sumiço, Amarildo e os PMs fizeram o caminho da casa do pedreiro até o Centro de Comando e Controle a pé (já que o trajeto inclui várias vielas, onde carros não passam). A reprodução simulada dessa parte durou 16 horas. Teve início no último domingo (1°) e terminou na manhã seguinte.

Além do caminho entre o Centro de Comando de Controle e a sede da UPP, os policiais da DH vão refazer neste domingo (8) todo o trajeto que a viatura fez entre a noite de 14 de julho e do dia seguinte, inclusive fora da Favela da Rocinha. O roteiro completo foi revelado em 14 de agosto pela TV Globo, que teve acesso aos dados do rastreador via satélite instalado no radiocomunicador do carro da polícia. O carro esteve na zona portuária, no centro e em bairros da zona sul da cidade.

Casa do traficante Nem

Conforme o Grupo Estado noticiou esta semana, entre os locais que os investigadores da DH estiveram na primeira parte da reprodução simulada está a antiga casa do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, ex-chefe do tráfico da Rocinha. O imóvel, que fica na localidade conhecida como Cachopa, atualmente é utilizado como uma base da UPP.

Relatório do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDDH) - ao qual o Estado teve acesso - destaca que, no dia 24 de abril, o órgão recebeu denúncias de três moradores da Rocinha dizendo que a antiga casa de Nem era utilizada pelos PMs para "práticas de tortura, como eletrochoques, para conseguir testemunhos de moradores sobre o tráfico de drogas local". Datado de 29 de agosto, o documento é assinado por Pedro Strozenberg, presidente do CEDDH, e Thais Duarte, da comissão de Segurança Pública do órgão, que é subordinado à secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos.

O advogado João Tancredo, que representa a família de Amarildo, encaminhou o relatório ao Ministério Público, cobrando providências. Pelo menos oito PMs da UPP da Rocinha serão denunciados à Justiça pelo MP-RJ sob acusação de tortura contra moradores.

Durante a reprodução simulada, os policiais da DH também estiveram no bar onde Amarildo foi abordado pelos PMs. O estabelecimento é próximo à casa onde o pedreiro morava. Depois, os policiais civis foram ao Centro de Comando e Controle.

Por fim, visitaram a sede da UPP, onde ouviram os depoimentos de 13 PMs que estavam de plantão na noite do sumiço de Amarildo - entre eles, o comandante da UPP, major Edson Santos, foi exonerado do cargo na última sexta-feira (6). O trajeto entre o bar onde Amarildo foi abordado e a sede da UPP foi refeito três vezes pelos investigadores - um PM participou de cada vez. O objetivo era encontrar contradições em depoimentos anteriores dos PMs.

Durante a reconstituição dos últimos momentos que antecederam o sumiço do pedreiro Amarildo Souza, de 43 anos, na Rocinha, no Rio, os investigadores da Divisão de Homicídios (DH) estiveram nesta terça-feira, 3, em quatro pontos da favela, entre eles na Cachopa, nas proximidades da casa que pertencia ao ex-chefe do tráfico local Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que está preso.

O imóvel atualmente é usado como uma das bases da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Foi dali que, em 14 de julho, dia do desaparecimento de Amarildo, partiu a viatura da Polícia Militar (PM) de prefixo 54-6014 que horas depois conduziu o pedreiro do Centro de Comando e Controle (CCC), na Rua 2, até a sede da UPP, no Portão Vermelho. Um dos quatro PMs que conduziram Amarildo naquela noite foi levado pelos investigadores da DH à Cachopa para indicar o local e o horário exatos de partida do automóvel até o CCC.

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Relatório do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDDH) - ao qual a reportagem teve acesso - destaca que, em 24 de abril, o órgão recebeu denúncias de três moradores da Rocinha dizendo que a antiga casa de Nem era usada pelos PMs para "práticas de tortura, como eletrochoques, para conseguir testemunhos de moradores sobre o tráfico de drogas local". Datado de quinta-feira, 29, o documento é assinado pelo presidente do CEDDH, Pedro Strozenberg, e pela coordenadora da Comissão de Segurança Pública e Privação de Liberdade da Secretaria Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, Thais Duarte.

O advogado João Tancredo, que representa a família de Amarildo, encaminhou o relatório ao Ministério Público (MP), cobrando providências. Pelo menos oito PMs da UPP da Rocinha serão denunciados à Justiça sob acusação de tortura contra moradores. Durante a reprodução simulada, os policiais da DH também estiveram no bar onde o pedreiro foi abordado pelos Pms.

O estabelecimento é próximo à casa onde ele morava. Depois, os policiais civis foram ao CCC. Por fim, visitaram a sede da UPP, onde ouviram os depoimentos de 13 PMs que estavam de plantão na noite do sumiço de Amarildo - entre eles, o comandante da unidade, major Edson Santos, que será exonerado do cargo nos próximos dias. O trajeto entre o bar onde Amarildo foi abordado e a sede da UPP foi refeito três vezes pelos investigadores - um PM participou de cada vez. O objetivo era encontrar contradições em depoimentos anteriores dos PMs.

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