Tópicos | Caso Morato

No dia 22 de junho, foi encontrado morto em um quarto do Motel Tititi, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, o empresário Paulo Cézar de Barros Morato, alvo da investigação da Operação Lava Jato. A Polícia Civil irá apresentar a conclusão do inquérito em coletiva de imprensa, na próxima terça-feira (30).  

A conclusão será apresentada pela delegada Gleide Ângelo, responsável pelo inquérito policial. Representantes do Instituto de Criminalística e do Ministério Público também estarão presentes à coletiva, realizada na Sede Operacional da Polícia Civil, no Centro do Recife.

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Morato era considerado “testa de ferro” de uma organização criminosa ligada ao suposto envolvimento no esquema de corrupção que teria abastecido a campanha do ex-governador Eduardo Campos (PSB) - morto em agosto de 2014.

O empresário teve sua morte confirmada por infecção exógena provocada por substância popularmente conhecida como chumbinho – veneno para matar ratos. A conclusão do caso deve informar se Morato provocou suicídio ou foi assassinado. O caso integra as investigações da Operação Turbulência.

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A Polícia Federal (PF) indiciou 20 investigados na Operação Turbulência por organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A investigação, deflagrada em 21 de junho, apura o envolvimento de uma organização criminosa, composta por empresas fantasmas, com o pagamento de propinas a políticos pernambucanos, entre eles o ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, e o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB).

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu o relatório final das investigações, através da 4ª Vara Federal do Recife, no dia 18 de julho. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o responsável por analisar se acata ou não a denúncia é o procurador da República Cláudio Dias. Ele deve se manifestar sobre o caso nos próximos dias e pontuar se os 20 nomes viram réus no processo.  

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A Justiça mantém em sigilo a lista dos indiciados. Entretanto, de acordo com informações publicadas pelo jornal Correio Braziliense, nessa quinta-feira (28), compõem a lista João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira e Arthur Roberto Lapa Rosal, presos assim que a operação foi deflagrada.

Além de Paulo Gustavo Cruz Sampaio, Severina Divanci de Moura, Pedro Neves Vasconcelos, Vlamir Nogueira de Souza, Silvânia Cristina Dantas, Bruno Alexandre Donato Moutinho, Carlos Roberto de Macedo, João Victor de Albuquerque Santos Sobral, Gilberto Pereira da Silva, Sérgio André Mota Mariz, Diana Margarida Ferry Vieira, Cledeilson Nogueira de Souza, Neusa Maria de Souza, Kleyton Albert da Silva e Carolina Gomes da Silva. 

O empresário Paulo César de Barros Morato, encontrado morto em um motel em Olinda, no dia 22 de junho, também está entre os indiciados. 

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) vai às ruas do Recife, neste sábado (9), prestar contas do mandato. Ação, que envolve panfletagem e discurso do parlamentar, vai acontecer nas imediações do Mercado Público de Casa Amarela, na Zona Norte. Nessa quinta-feira (7), uma ação com o mesmo molde foi realizada no cruzamento da Rua Sete de Setembro com a Avenida Conde da Boa Vista.

Além de Edilson, que também é pré-candidato a prefeito do Recife, participaram o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal do Recife (Sintraci), Severino Alves, o jornalista Ivan Moraes Filho, o advogado Pedro Josephi e o poeta Jaílson de Oliveira. 

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Entre os assuntos citados na prestação de contas está o pedido de federalização das investigações da morte do empresário Paulo César Morato, apontado como “testa de ferro” do esquema de empresas fantasmas que supostamente teria fornecido propina para as campanhas de políticos pernambucanos, entre eles Eduardo Campos (PSB), falecido em 2014. 

O corpo do empresário Paulo César Morato foi retirado do Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife e enterrado em Barreiros, na Mata Sul de Pernambuco, na tarde nesse domingo (3). O enterro foi confirmado pela prefeitura da cidade na manhã de hoje. Desde a última quinta-feira (30), o corpo de Morato estava liberado para os procedimentos fúnebres, mas a família ainda não havia procurado o IML.   

Apontado como "testa de ferro" do esquema de corrupção que supostamente forneceu propina para a campanha de Eduardo Campos (PSB), Morato faleceu no último dia 21, quando foi deflagrada a Operação Turbulência. O corpo dele foi encontrado sem vida em um motel em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, no dia seguinte.

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De acordo com as primeiras conclusões do laudo pericial, o empresário morreu após uma “intoxicação exógena por organofosforado”, ou seja, a ingestão de chumbinho. A Polícia Civil, entretanto, ainda não sabe se ele ingeriu o veneno por conta própria ou foi obrigado a isso. 

No último sábado (2), uma nova perícia foi realizada no motel para que fossem verificados os detalhes da estrutura física do local e apresentar ao perito criminal responsável por analisar as câmeras onde estão instalados os equipamentos de filmagem.  As investigações estão sendo comandas pela delegada Gleide Ângelo. Segundo ela, a expectativa é de que nos próximos dez dias as circunstâncias da morte do empresário sejam apresentadas.

Operação Turbulência

Paulo César Barros Morato era considerado foragido da Polícia Federal por envolvimento na Operação Turbulência, que investiga um esquema criminoso especializado em lavagem de dinheiro com a utilização de empresas fantasmas e “laranjas”. 

Ele era apontado pela PF como o “testa de ferro” do esquema por ser o dono da Câmara & Vasconcelos, empresa responsável pelo recebimento de quase R$ 19 mil da OAS, investigada na Lava Jato, para um suposto serviço de terraplanagem nas obras da Transposição do Rio São Francisco. O montante, entretanto, pode ter sido destinado para pagar o avião utilizado por Eduardo Campos na campanha presidencial em 2014.

Com o corpo de Morato foram encontrados documentos pessoais, 7 pendrives, 3 celulares, R$ 3 mil em espécie, 3 cheques de terceiros sem valores, 53 envelopes para depósito vazios e remédios para diabetes e hipertensão.

As circunstâncias da morte do empresário Paulo César Morato devem ser esclarecidas em duas semanas, prevê a delegada Gleide Ângelo, responsável pelas investigações. Neste sábado (2), uma nova perícia foi realizada no Motel Tititi, em Olinda, onde Morato foi encontrado morto no último dia 22 de junho.

Em coletiva, Gleide Ângelo disse que desta vez o objetivo foi conhecer os detalhes da estrutura física do motel e apresentar ao perito criminal responsável por analisar as câmeras onde estão instalados os equipamentos de filmagem.  A delegada alegou que o procedimento foi de praxe.

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"Eu recebi as imagens das câmeras e há a necessidade de fazer perícias das imagens. O perito criminal não conhecia o local e a posição das câmeras. Com essa perícia, ele vai saber agora como tudo aconteceu", ela explicou. 

A perita criminal do Instituto de Criminalística (IC), Vanja Coelho, deu detalhes, durante a coletiva, de quais procedimentos foram realizados. "Foi feito o rebatimento topográfico da parte interna e externa do espaço físico do motel para que o nosso perito especialista produzisse um desenho esquemático que tenha todas as estradas e saídas, possibilidades e não possibilidades", disse. 

"Eu não dou duas semanas para o caso estar concluído. Estamos na reta final mesmo", complementou Gleide Ângelo. Nos próximos passos da investigação, segundo a delegada, o perito tentará identificar as pessoas que entraram e saíram do Motel Tititi durante o período em que Morato esteve no local, além de avaliar se há pontos cegos que a câmera não registrou e se há cortes nas gravações. 

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Polêmica - A nova perícia no Motel Tititi chamou a atenção da imprensa devido às polêmicas geradas em torno da investigação da morte de Morato. Os desencontros começaram com os peritos papiloscopistas sendo impedidos pela chefia da Polícia Científica de realizar perícias no motel um dia após o corpo do empresário ser encontrado. A Secretaria de Defesa Social (SDS) assumiu que um erro na comunicação entre as polícias resultou no acontecido, mas desde então teorias de queima de arquivo passaram a surgir, visto que Morato é suspeito de participação de esquema criminoso que envolve empreiteiras e políticos. 

Operação Turbulência – Deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (21), a operação prendeu quatro empresários: João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira – apontados como líderes – e Arthur Roberto Lapa Rosal, que atuaria como “testa de ferro”, cedendo sua conta pessoal para as transações de lavagem de dinheiro. 

Um mandado de prisão preventiva também havia sido expedido contra Morato. Ele é apresentado como dono da empresa Câmara e Vasconcelos Locação e Terraplenagem Ltda, identificada pela polícia como sendo de fachada.

A empresa fantasma recebeu R$ 18,8 milhões da empreiteira OAS Engenharia para supostas obras de terraplenagem na Transposição do Rio São Francisco. A Câmara e Vasconcelos também aparece como uma das empresas que participaram da aquisição do avião Cessna Citation, usado por Eduardo Campos durante a campanha para presidente e no acidente aéreo. Os indícios iniciais levam a crer, então, que a OAS seria responsável pela aquisição da nave com verba pública desviada da Petrobrás. 

Com informações de Nathália Guimarães

Os questionamentos diante da apuração da morte de Paulo César Morato, empresário considerado “testa de ferro” da organização criminosa que teria comprado o avião utilizado por Eduardo Campos em 2014, foram amenizados pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (28), após o lançamento do Programa Educação Integrada, o socialista disse que “como todo pernambucano” aguarda o esclarecimento do caso e pontuou que a Polícia Civil tem seguido os trâmites previstos para investigações deste tipo.

“Confiamos no trabalho que a Polícia Civil está fazendo e tem sido acompanhado pela Polícia Federal. Espero que, ao longo desta semana, sejam respondidas as dúvidas. Em toda federalização que houve aqui no estado, no final das investigações, se verificou a mesma resposta da Polícia Civil”, observou Câmara ao mencionar o pedido feito pela bancada de oposição na Alepe a Procuradoria Geral da República (PGR) para federalizar o caso.  

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A dúvida principal diante da apuração é quanto à atividade pericial do local em que o corpo foi encontrado na quarta-feira (22). O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) denunciou nessa segunda (27) ao Ministério Público (MP) uma tentativa de obstrução nas atividades periciais. A Secretaria de Defesa Social (SDS), entretanto, afirmou que não houve cerceamento de apurações, mas reconheceu ter errado na comunicação dos procedimentos padrões.

“Há um protocolo que precisa ser seguido, e, ao fim da investigação, eu espero que saia um resultado conclusivo e que não deixe dúvidas”, destacou o governador.

Denúncia de superfaturamento

Paulo Câmara também comentou a respeito das denúncias feitas pelos cantores André Rio e Cezzinha de que há um suposto esquema de superfaturamento em contratos de shows de artistas pernambucanos por parte do governo. O governador disse que conhecia a “idoneidade” dos gestores da Fundarpe e da Empetur, ambas ligadas à secretaria de Turismo e Cultura.  O assunto está sendo investigado pela Polícia Civil, o Ministério Público de Pernambuco e o Tribunal de Contas

“Vamos apurar qualquer fato. Queremos apurar isso. Já fui secretário de Turismo e sei bem do esforço que tem que ser feito para darmos transparência aos procedimentos. Pernambuco é um estado que tem uma cultura muito forte. Temos que apurar tudo. Agora conheço a idoneidade dos gestores destes órgãos, tenho certeza que tudo será esclarecido. De maneira nenhuma vamos aceitar qualquer ato incorreto”, frisou o governador, lembrando que nos últimos dias recebeu “um reconhecimento da classe artística”

O superintendente da Polícia Federal (PF) em Pernambuco, Marcello Diniz, acredita que a concessão de habeas corpus aos detidos pela Operação Turbulência pode prejudicar as investigações. Dos quatro presos – João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira e Arthur Roberto Lapa Rosal – apenas a defesa de Apolo fez a solicitação de soltura ao Tribunal Regional Federal da 5ª região. 

“[O habeas corpus] Prejudica e não é pouco. Mas a gente não sabe ainda quais são os fundamentos desse habeas corpus”, disse, pontuando a necessidade de observar os prazos estabelecidos pela legislação para prisão preventiva. “Isso é o mais urgente e que a gente tem que analisar as consequências do deferimento ou mesmo do não deferimento dele”, acrescentou.

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Segundo Marcello Diniz, os depoimentos já coletados contribuíram para encaixar algumas “peças do esquema”. Ele não descartou uma nova fase da Turbulência. “Há uma possibilidade”, cravou. “A operação turbulência vai continuar. Não vai encerrar de uma hora para outra”, acrescentou o superintendente.

Os empresários foram presos na última terça-feira (21) e estão no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. A Operação Turbulência investiga um esquema especializado em lavagem de dinheiro com a utilização de empresas fantasmas e “laranjas”. 

As verbas desviadas eram, de acordo com a PF, utilizadas para bancar campanhas eleitorais de políticos pernambucanos. Há indícios, inclusive, de que o avião utilizado pelo ex-governador Eduardo Campos em agosto de 2014, quando morreu após um acidente aéreo, teria sido comprado por uma dessas empresas.

Apolo Santana é apontado pela PF como um dos líderes do esquema e Arthur Rosal que seria responsável por receber valores em sua conta pessoal. Outra peça importante para o caso era o empresário Paulo César Morato, encontrado morto na última quarta (22). Ele era considerado o “testa de ferro” da organização. As investigações sobre a morte dele têm gerado polêmicas na Polícia Civil em Pernambuco.

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A Secretaria de Defesa Social (SDS) reconheceu que houve um erro de perícia do local em que foi encontrado o corpo de Paulo César Morato, empresário considerado "testa de ferro" da organização criminosa que supostamente teria fornecido propina para as campanhas de Eduardo Campos (PSB). Em coletiva à imprensa, nesta segunda-feira (27), o secretário da pasta em exercício, Alexandre Lucena, esclareceu os questionamentos do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) em relação ao caso, informando que houve erro de comunicação sobre a perícia e liberação do local do crime. 

O Sinpol acusa a SDS de tentar obstruir a apuração do caso ao impedir a realização de uma perícia complementar. Responsáveis pela investigação, os peritos papiloscopista, Lauro Macena, e criminal, Vanja Coelho, participaram da entrevista. Durante a exposição, eles rebateram as informações do Sinpol de possíveis obstruções. Macena, entretanto, detalhou que chegou a escrever a requisição de mais uma perícia no local, mas não chegou a protocolar oficialmente. Em seguida, deixou o documento no plantão, e a equipe seguinte viu o citado documento e foi realizar a perícia. 

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Porém, ao chegarem lá, receberam a ligação da chefe da polícia científica, de Sandra Santos, informando que o local já havia sido liberado pela delegada Gleyde Ângelo, sob a alegação de que a cena do crime já havia sido violado por muitas pessoas. Neste caso, a perícia encontraria indícios de várias outras pessoas ligadas ou não ao crime. 

“Houve uma falha de comunicação assumida no procedimento. Não vou dizer que o Lauro agiu de má fé, que não agiu. Talvez as coisas tenham ficado meio truncadas. Precisamos trabalhar este ruído na comunicação”, alegou Alexandre Lucena. “Uma coisa é falar de alinhamento entre policiais outra é o acobertamento de queima de arquivo que alguns falam”, acrescentou, com os ânimos alterados.

Ao se explicar, Lauro Macena disse que fez uma comunicação verbal da necessidade de uma nova perícia. “Desculpe Gleyde, mas no corre corre cheguei a falar da necessidade de uma perícia complementar, mas a delegada pode não ter ouvido. Cheguei a falar informalmente, preenchi um documento e acabou os peritos indo lá. O local estava altamente violado e muitas pessoas passaram antes da perícia, o que ficou ainda mais difícil”, frisou.

O quarto do motel em Olinda, onde o corpo foi encontrado, segundo Gleyde Ângelo estava violado porque funcionários e policiais do plantão do Varadouro acreditaram se tratar de uma morte súbita de um cidadão comum. O mais curioso, neste caso, é que o delegado responsável pela ocorrência não verificou de imediato a identidade do morto. Apenas posteriormente ao digitar o nome de Paulo César Morato em uma ferramenta de buscas na internet foi que fizeram a ligação do nome à pessoa e contataram o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob a tutela de Gleyde.

Nesta altura, o corpo de Morato já estava sendo ensacado para ser encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), ampliando mais ainda a violação do local. “Morte súbita não se faz perícia. Aparentemente não tinha nenhum sinal de homicídio”, observou a delegada. “Já encontrei o corpo no saco de acondicionamento de cadáver sendo levado. Eu disse não, sai todo mundo que a perícia averiguar. Melhor pecar por excesso. Mas já tinha entrado todo mundo”, acrescentou.

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Operação Turbulência

Deflagrada na terça-feira (21), a operação investiga um esquema criminoso especializado em lavagem de dinheiro com a utilização de empresas fantasmas e “laranjas”. Quatro empresários foram presos: João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira – apontados como líderes - e Arthur Roberto Lapa Rosal, que seria responsável por receber valores em sua conta pessoal. 

Apenas Paulo César Barros Morato não foi encontrado na terça pela PF e estava sendo considerado foragido. Ele era considerado o “testa de ferro” do esquema por ser o dono da Câmara & Vasconcelos, empresa responsável pelo recebimento de quase R$ 19 mil da OAS, investigada na Lava Jato, para um suposto serviço de terraplanagem nas obras da Transposição do Rio São Francisco. O montante, entretanto, pode ter sido destinado para pagar o avião utilizado por Eduardo Campos na campanha presidencial em 2014.

O empresário foi encontrado morto na quarta-feira (22) em um motel em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com as informações preliminares da polícia, foi “praticamente descartada a hipótese de homicídio” e "há indícios fortes" de morte súbita ou suicídio. 

Morato  chegado ao local por volta das 12h da terça, horário justamente em que aconteciam as prisões da Operação Turbulência. Com o corpo dele foram encontrados documentos pessoais, além de 7 pendrives, 3 celulares, R$ 3 mil em espécie, 3 cheques de terceiros sem valores, 53 envelopes para depósito vazios e remédios para diabetes e hipertensão.

*Com Giselly Santos

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