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Um rato foi encontrado dentro de uma lata de Coca-Cola. Isso foi o que afirmou o cientista da computação identificado como Damien, de 34 anos, ao Le Parisien. O morador de Varenne-sur-Seine, na França, contou que após comer uma pizza perto de casa, comprou o refrigerante e foi bebendo sem perceber a presença do roedor.

De acordo com as informações do Le Parisien, após ter tomado todo o líquido, ele percebeu a presença do animal. O homem ligou para a sede da empresa na França, mas contou que levou 25 minutos ao telefone para que fosse atendido.

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A companhia negou a possibilidade de um rato ter entrado em uma de suas latas durante a linha de produção e pediu que o cientista da computação enviasse o material para análise. Porém, Damien se recusou alegando que essa é a única prova do incidente. A lata e o roedor estão armazenados em um freezer.

Com o susto, o francês ainda procurou a polícia, mas foi informado que nada podia ser feito. Damien então resolveu procurar um médico e está sob observação pelas próximas três semanas.

A venda a domicílio de folhas de coca começou na cidade boliviana de Santa Cruz e fez tanto sucesso que tem perspectivas de ser replicada em outras regiões do país, disse nesta segunda-feira (23) o criador do serviço.

A demanda é alta, pois o mastigado de coca ("acullico" em quechua) é um costume ancestral em culturas indígenas andinas com fins religiosos e sociais. Usa-se para mitigar a fome e o cansaço, mas também é costume consumir a folha em festas, junto com bebidas alcoólicas.

"O negócio começou há dois meses. Até o momento, estamos indo bem: as pessoas telefonam e gostam do serviço. Se continuar assim, acho que vamos começar a nos expandir para outras províncias", explicou o proprietário da empresa, Michel Méndez, à AFP.

O "Bolivery", um jogo de palavras entre Bolívia e 'delivery' (entrega em inglês), é um serviço que leva em domicílio sacolas com folha de coca. Para isso são usadas quatro motocicletas.

Na Bolívia, o consumo e a venda de folha de coca, a matéria-prima da cocaína, é legalizado. No entanto, ainda não havia um serviço como este.

A ideia surgiu quando o próprio Méndez estava em uma festa com amigos que mascavam coca. Logo acabaram as folhas e eles não conseguiram encontrar uma forma de comprar mais do produto durante aquela noite.

"O consumo de folhas de coca é crescente em Santa Cruz, onde há muitos postos de venda", comentou Méndez, após explicar que seu mérito consistiu somente em unir duas realidades já existentes: "a coca sempre esteve aqui e o serviço de 'delivery' também".

O "Bolivery" comercializa folhas de coca parcialmente moídas em bolsas, misturadas com estévia (adoçante natural) ou bicarbonato. Os preços oscilam entre 3 e 4 dólares.

A empresa atende diariamente entre 80 e 100 pedidos, quantidade que se duplica de quinta-feira a domingo.

A entrega em domicílio é gratuita em algumas áreas de Santa Cruz (leste da Bolívia) ou é cobrado o custo de transporte, dependendo da distância.

O chocolate, paixão de multidões, poderia ser produzido com o extrato da folha de coca ao invés de açúcar, tornando-o mais saudável e com menos calorias, segundo estudo realizado por um pesquisador americano e divulgado no Peru.

De acordo com o estudo, "o extrato da folha de coca tem propriedades que permitem diminuir o amargor natural do cacau sem a necessidade de acrescentar açúcar ou adoçantes artificiais, o que poderia gerar uma revolução em uma indústria que atualmente tem um valor de 100 bilhões de dólares", informou em nota na sua página da Internet a estatal Empresa Nacional da Coca (Enaco) do Peru.

Segundo Gregory Aharonian, pesquisador e gerente-geral da empresa americana KukaXoco, o extrato de coca utilizado para a mistura do cacau está livre de alcaloides presentes naturalmente na folha e, por isso, seu uso seria legal e seguro para a saúde.

As barras de chocolate, cacau em pó e creme de cacau podem chegar a ter até 80% de açúcar e gordura, fazendo com que seu consumo regular traga sérias consequências para a saúde, comentou o empresário. A pesquisa foi apresentada recentemente no London Chocolate Forum, onde se reuniram importantes fabricantes e provedores da indústria do cacau.

"A folha de coca, fornecida pelo Estado peruano através da Enaco e adquirida pelos canais legais, pode ser a solução definitiva para os amantes de chocolate que desejam não só comer algo delicioso como cuidar de sua saúde ao mesmo tempo", assegurou Aharonian. Ele também detalhou que o processo não adoça, mas remove o amargor do produto.

"Esta descoberta dá novamente valor a uma planta que vem sendo usada em países andinos da América do Sul há milhares de anos, devido os seus benefícios para a saúde, mas que atualmente se encontra estigmatizada por conta de seu uso como matéria-prima para a fabricação de cocaína", considerou Rafael Cánovas, gerente-geral da Enaco.

O Peru é o segundo maior produtor mundial de folha de coca, segundo a ONU. A "folha de coca não é igual à cocaína, da mesma forma que falar de batata não é falar de vodca. Em ambos os casos um produto natural dá lugar a um produto derivado que pode ter um uso bom ou ruim dependendo das pessoas", acrescentou. A Enaco é a única organização autorizada a comercializar legalmente a folha de coca no Peru.

Atualmente, desta folha milenar utilizada pelos Incas fazem-se mate, extratos concentrados, farinha e insumos para os setores de farmácia, cosméticos e de refrescos.

Quatro estudantes universitários bolivianos desenvolveram um gel com base na milenar folha de coca que, aplicado nas articulações, alivia eficazmente a típica dor provocada pela doença chikungunya. "A coca tem 14 alcalóides, dos quais sintetizamos quatro que têm propriedades analgésicas", explicou Hugo Nuñez, um dos criadores do produto, ao jornal El Deber de Santa Cruz (leste da Bolívia).

O gel foi aplicado várias vezes ao dia diretamente nas articulações de pacientes com chikungunya, sendo constatado um evidente alívio nas dores.

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A chikungunya é produzida por um vírus homônimo transmitido pela picada dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. A doença provoca febre e fortes dores articulares. "O vírus fica nas articulações e impede a irrigação sanguínea, por isso os anti-inflamatórios não costumam chegar diretamente ao lugar da dor", detalhou Damaris Vaca, outra das criadoras do produto, premiado em uma feira universitária de Ciência e Tecnologia.

Os criadores do gel, estudantes de fisioterapia e kinesiologia, tentam potencializar seus resultados com o ultrassom, para facilitar a penetração do medicamento e esperam provar sua eficácia no caso de artrite.

Segundo dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) na América Latina foram registrados 36.732 casos confirmados de transmissão autóctone de chikungunya. Desses casos, 1.190 foram registrados na Bolívia.

A Bolívia é o terceiro produtor mundial de coca depois de Colômbia e Peru, segundo estimativas oficiais.

Um grupo de cientistas franceses vai à Bolívia para negociar com o governo a industrialização da folha de coca para fins medicinais, informou nesta quinta-feira o presidente Evo Morales, que disse que há grandes avanços na matéria.

"Estão chegando cientistas da França para estudar a forma de industrializar, não em cocaína, mas em medicamentos", disse o presidente, que nasceu para a vida política na região de Chapare, no centro do país, como líder dos plantadores de coca.

Os cientistas franceses "nos disseram, tomara que demonstrem, que a folha de coca poderia ser usada para prevenir o câncer, e nós estamos cruzando essas informações", disse Morales, que fala em outros usos para a planta, mais conhecida como matéria-prima para a produção de cocaína.

"Vamos industrializar a folha de coca", insistiu o governante durante um evento público, onde promoveu o uso de produtos "feitos na Bolívia".

A Bolívia tem atualmente 20.400 hectares de coca, de acordo com um relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

Um estudo do governo, financiado pela União Europeia e lançado em novembro de 2013, afirmou que a Bolívia iria precisar de apenas 14.700 hectares para fins legais, como a mastigação, infusão e rituais religiosos andinos.

Morales disse várias vezes que seu plano é elevar o limite legal de coca de 20.000 hectares e que procura mercados para usos medicinais. A Bolívia é, depois da Colômbia e do Peru, um dos maiores produtores mundiais de folha de coca.

Um tiroteio entre policiais bolivianos e plantadores de coca deixou dois soldados mortos e 17 feridos em Apolo, ao norte de La Paz. Os "cocaleros" mantinham outros oito soldados como reféns na noite deste domingo (20).

Segundo o Ministério do Interior da Bolívia, a tropa do governo foi emboscada no sábado (19) ao conduzir uma operação antidrogas. O policial Jhonny Reynaldo Quispe Chura, de 29 anos, morreu em um hospital de La Paz "depois de ser atingido por um tiro de escopeta durante uma emboscada armada perpetrada contra a Força-Tarefa Conjunta", diz o comunicado. O outro soldado morto não foi identificado.

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A Força-Tarefa, que combina policiais e militares, tem cerca de 170 homens e se dedica à erradicação manual de plantações ilegais de coca. Os "cocaleros", porém, reclamam que as tropas frequentemente cometem abusos.

Há cerca de 750 plantadores de coca na região de Apolo, na entrada da Amazônia boliviana. Segundo o ministro do Interior, Carlos Romero, o ataque aos soldados foi cometido pelos plantadores de coca "ligados a organizações do tráfico de drogas em nossa fronteira com o Peru".

Hernán Salas, um dos "cocaleros", contestou a versão oficial do incidente em Apolo. "Os militares destruíram todas as casas, jogaram gás nas crianças e nos idosos e houve um confronto violento", afirmou. Ele negou que seu grupo seja responsável pela morte dos soldados. De acordo com dados da ONU, a Bolívia tem cerca de 25.300 hectares de plantações de coca, dos quais 12 mil hectares são para uso legal.

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