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A Comissão Especial de Impeachment aprovou, nesta quinta-feira (4), o parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), que pede o afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência da República, por crime de responsabilidade. Dos 20 senadores presentes no colegiado, 14 votaram a favor da pronúncia e outros cinco foram contra o processo. O presidente do colegiado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), registrou o voto, mas não foi computado.

Esse resultado já era esperado até mesmo pelos aliados de Dilma, já que a oposição é minoria na comissão. A expectativa deles agora é conseguir reverter o resultado no plenário do Senado, onde o parecer aprovado deve ser lido nesta sexta-feira (5) e votado na próxima terça (9). A partir daí terá início o julgamento de fato da presidente afastada. Esse rito será comandado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e os senadores atuarão como juízes para deliberar se Dilma será processada ou não.

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Ainda não há uma data certa para o início dessa nova fase, porque Lewandowski quer esperar a pronúncia no plenário do Senado para, então, definir a data. Mas acredita-se que o julgamento comece no entre os dias 25 e 26 de agosto e dure cinco dias. Nesta tarde, ele se reunirá com uma comissão de senadores para discutir os prazos

Nessa terça-feira (3) em reunião com a oposição, ele garantiu que não pretende atropelar prazos na condução do processo de impeachment. No último sábado, a assessoria do Supremo divulgou que o julgamento teria início no dia 29, mas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a data poderia ser antecipada para o dia 25. Apesar de não descartar a possibilidade de sessões nos finais de semana, Lewandowski acredita que a ação seja concluída ainda neste mês.

Terminado o trabalho da comissão, o senador Raimundo Lira, avaliou que os senadores cumpriram a missão. "Vivemos aqui um momento histórico de importância ímpar. Cumprimos o nosso dever de maneira a honrar e afirmar os valores da justiça, da lei e da democracia", disse. Em balanço, Lira informou que foram realizadas 31 reuniões, analisados 135 requerimentos, encaminhados 18 recursos ao STF e ouvidas 44 testemunhas, sendo 38 da defesa.

Opiniões

Para o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PSB), a comissão conseguiu provar que crimes foram cometidos por Dilma Rousseff, justificando, assim, o impedimento. “A presidente afastada atentou contra a Constituição e isso não pode ficar impune. Ela praticou a maior fraude fiscal já vista, como indicou os ministros do Tribunal de Contas da União”, frisou. O relator Antonio Anastasia disse que encerra essa parte dos trabalhos com o “sentimento de dever cumprido”.

O senador Magno Malta (PR-BA) também ficou satisfeito com o resultado da votação. “Ela [Dilma] cometeu crime. Nós temos uma Lei de Responsabilidade Fiscal e todo mundo sabe que temos que respeitá-la. Não é pelo volume do rombo fiscal que ela deve ser processada, mas por causa da Lei que ela violou”, salientou. “Foi feita toda uma maquiagem fiscal para viabilizar a campanha para a reeleição. O impeachment é um instrumento doloroso, mas importante”, disse Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) - foto. Ele considera ainda que é preciso aperfeiçoar a Lei do Impeachment para ter um calendário mais curto da denúncia até o julgamento final.

Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) - foto, lamentou a decisão. “Essa comissão já foi formada a partir de pessoas que já tinha o impeachment definido. Mas nós conseguimos deixar absolutamente claro que estamos vivendo uma farsa. Está se processando uma presidente democraticamente eleita sem base jurídica para isso”, sustentou. Apesar da derrota na comissão de impeachment, o senador Lindberg Farias (PT-PB), firme defensor de Dilma Rousseff, espera que o resultado seja revertido no plenário do Senado. “Nós não jogamos a toalha. A gente acredita que até o final nós podemos virar o jogo”, informou.

Para a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), o processo de impedimento segue a interesses de partidos políticos “Impeachment, não. Eu sou contra porque o sistema político está podre. A presidente da República é honesta, é uma mulher digna, que não tem nenhuma acusação contra ela sobre roubo ou corrupção. Agora com os partidos políticos do Brasil, é difícil salvar um”. Gleisi Hoffmann (PT/PR) classificou o processo como “um atentado ao direito. A paixão cega do relator pelo projeto político vai deixar registrado na história a maior farsa da política brasileira”.

O parecer

No relatório apresentado à comissão, Anastasia sustentou que Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade devido à "abertura de créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional" e pela realização de operações de crédito com instituição financeira controlada pela União", as chamadas pedaladas fiscais. Para ele, a conduta atentou contra a responsabilidade fiscal e as prerrogativas do Congresso Nacional, responsável por aprovar o orçamento do governo federal.

Em relatório de 441 páginas, o senador concluiu ainda que houve descumprimento de oito princípios: do planejamento, transparência, prudência, equilíbrio das contas públicas, legalidade, separação de poderes, moralidade administrativa e democrático. "Instaurou-se um vale-tudo orçamentário e fiscal que trouxe sérias consequências negativas para o País", acusou. Para ele, Dilma tinha acesso a todas as informações e poderia "interromper o curso".

Acusado de golpista por aliados da presidente afastada, Anastasia também frisou, no texto, que a decisão considera a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ele também negou que o processo de impeachment siga a interesses políticos. "Não se trata, aqui, de contrastar o mandato da Senhora Presidente da  República com  índices críticos de impopularidade; com o sentimento de rejeição,  latente ou  explícito,  que  se  alastra em redes sociais (...); igualmente, não se cuida de uma  revisão da biografia da mandatária da Nação", destacou.

Voto em separado

Como o parecer do relator Anastasia foi aprovado, a comissão nem chegou a colocar em votação o relatório elaborado pelos aliados da presidente afastada. “Não há fundamentação técnica plausível para as alegações fáticas, tampouco aderência jurídica dos fatos aos tipos legais apontados. É chocante a ausência de provas, que foram catadas a qualquer custo apenas em opiniões visceralmente apaixonadas, mas sem lastro jurídico”, consideraram.

A Comissão Especial de Impeachment iniciou, nesta quarta-feira (4), a discussão do relatório que precede a votação final, marcada para esta quinta-feira (4). Nessa terça (2), o relator Antonio Anastasia (PMDB-MG) defendeu que a presidente afastada Dilma Rousseff seja processada por crime de responsabilidade. Já os aliados da petista apresentaram voto em separado para o fim do processo de impedimento.

Como já era esperado, os senadores trocaram acusações e chegaram, em alguns trechos da sessão, a ter debates acalorados, tanto que o presidente do colegiado, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), precisou intervir em vários momentos e até suspender a sessão por dois minutos para garantir a ordem. Aliados do presidente interino Michel Temer salientaram que o processo precisa ter um desfecho porque “a população chora por isso”. Já os defensores de Dilma acusam o governo interino de golpista.

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Maioria na comissão, os apoiadores do impeachment elogiaram o trabalho do relator e enfatizaram os pontos levantados por ele para sustentar o prosseguimento do processo. “Ninguém está acima da lei. O que foi provado aqui foi o cometimento de vários delitos, que trouxeram consequências graves para a economia do país e prejuízos sociais, com altas taxas de desemprego”, frisou a senadora Ana Amélia (PP-RS).

“A presidente agiu com dolo eventual. Deveria ter imediatamente suspendido a edição de créditos extraordinários. Esse processo serviu para desmascarar o descontrole fiscal e deixa um legado, que é de que todos os gestores públicos entendam que a responsabilidade fiscal é necessária”, ressaltou Ronaldo Caiado (DEM-GO). “É evidente que a senhora presidente transgrediu os princípios mais profundos da responsabilidade fiscal. Ou mudamos a situação ou merecemos ser mudados”, concluiu o senador Dário Berger (PMDB-SC).

Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) também criticou a atuação de Dilma Rousseff. “Quem defende os pobres não monta um esquema para assaltar o país”, disse. “Fora dessa sala, há um Brasil que sangra, que não aguenta mais esse processo. Tudo tem um limite”. Ele também contradisse os aliados de Dilma, que acusam Michel Temer de estar pressionando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para antecipar o julgamento. “Há 15 dias, Renan esteve com Dilma no Alvorada e não teve nenhuma celeuma. Mas agora estão inventando um factoide para abusar da paciência de um povo que quer um desfecho do nosso trabalho. Basta! Chega de procrastinação”, frisou.

O senador José Medeiros (PSD-MT) criticou o voto em separado apresentado pela oposição. “O voto em separado foi um teatro, dizer que esse processo foi misoginia? Já fizeram o diabo e a gente está tendo paciência, mas que se diga que nem o PT quer a volta da presidente”, sustentou.

Por outro lado, os senadores aliados de Dilma desmereceram as alegações apresentadas por Anastasia de que Dilma teria cometido crime de responsabilidade. “Não aceitamos esse discurso de que a presidente tenha sido irresponsável, de que ela é a responsável pela corrupção no país. A corrupção é sistêmica, está dentro de vários partidos. Dilma governou durante tanto tempo e, de repente, ficou maluca e irresponsável?, questionou Kátia Abreu (PMDB-TO).

Telmário Mota (PDT-RR) defendeu que não há base jurídica para o impeachment, citando a conclusão do procurador do Ministério Público Federal (MPF), Ivan Claúdio Marx, que escreveu um parecer pedindo o arquivamento da denúncia contra a presidente relativa às pedaladas fiscais. “O MP provou que não houve crime. Estão querendo tirar a presidente por causa da popularidade do governo. O Congresso quer dar um golpe na democracia brasileira”, acusou.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), sustentou de que o impeachment está sendo sustentado por razões políticas. “Tiraram uma presidenta da República democraticamente eleita e colocaram alguém que não tem capacidade e competência para governar o país, não tem legitimidade. Esse fantoche interino que só quer dar um golpe”, disse. “Nós estamos banalizando um instrumento importante da democracia [o impeachment] e o usando como instrumento para agressão da democracia. É golpe daqueles que não aceitam que o Brasil dê um tratamento social diferente para o seu povo mais carente”, acusou.

O senador Lindberg Farias (PT-RJ) informou, durante a comissão, que os senadores da oposição irão se reunir na noite desta quarta-feira com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para garantir que não haja pressão sobre ele para adiantamento do julgamento. “Nós queremos debater de forma séria esse processo", completou.

A votação final do relatório será realizada nesta quinta. Inicialmente marcada para as 11h, a sessão foi antecipada para as 9h, segundo comunicado pelo presidente da comissão Raimundo Lira. A expectativa é de o documento elaborado por Anastasia seja aprovado e lido nesta sexta (5) no plenário do Senado. A discussão e a votação de todos os senadores estão marcadas para a terça (9).

A Comissão de Impeachment volta a se reunir nesta quarta-feira (3) para discutir o parecer final do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), que pede o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff. Opondo-se a esse posicionamento, os senadores aliados da petista apresentaram um voto em separado, onde defendem o fim do processo.

O texto foi assinado pelos senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh Faria (PT-RJ), Humberto Costa (PT-PE), Telmário Mota (PDT-RR), Fátima Bezerra (PT-RN), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A matéria só chegará a ser discutida no colegiado, se o relatório de Anastasia for rejeitado. A votação está marcada para esta quinta (4).

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No voto, os oito senadores concluem que é “indevida e impertinente a motivação para que se efetive o impeachment da presidenta Dilma”. “Não há fundamentação técnica plausível para as alegações fáticas, tampouco aderência jurídica dos fatos aos tipos legais apontados. É chocante a ausência de provas, que foram catadas a qualquer custo apenas em opiniões visceralmente apaixonadas, mas sem lastro jurídico”, salientaram.

O texto também não poupa críticas à condução do processo e acusa os integrantes do PSDB de tentarem dar um golpe político. Segundo os parlamentares, o pagamento por parte dos tucanos pela elaboração da representação contra Dilma representa uma afronta à legislação do Brasil, que estabelece “legitimidade ao cidadão, não a partidos políticos, para oferecimento de denúncia por crime de responsabilidade”. A crítica segue ao relator e ao PSDB, “que nunca reconheceu a última derrota nas eleições”, além do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, segundo os senadores, agiu por vingança após o PT declarar ser favorável ao processo de cassação dele.

Para os aliados de Dilma, as razões alegadas como crime de responsabilidade são inconsistentes. “A própria perícia técnica, demandada por nós mas constituída integralmente pelos que são favoráveis à Acusação, ofereceu Laudo acachapante das teses dos denunciantes: (i) não há ato comissivo da Senhora Presidenta em relação aos procedimentos do Plano Safra; (ii) os decretos e os atrasos no pagamento dos passivos ao Banco do Brasil em relação ao Plano Safra se deram sob a presunção de legitimidade; (iii) os decretos foram assinados com base em pareceres técnicos e jurídicos atestando sua adequação e afirmando a compatibilidade das alterações orçamentárias com a obtenção da meta fiscal fixada para 2015”, justificaram.

Ele ainda citaram a conclusão do procurador do Ministério Público Federal (MPF), Ivan Claúdio Marx, que escreveu um parecer pedindo o arquivamento da denúncia contra a presidente relativa às pedaladas fiscais. "Caiu por terra todo o discurso jocoso e desrespeitoso da oposição de que a presidenta Dilma Rousseff deveria ser condenada por crime de responsabilidade em face das pedaladas fiscais", salientou Vanessa Grazziotin. "Dar prosseguimento ao processo significa a consolidação de um golpe! Golpe que, mesmo sem o uso das armas, desrespeita a ordem jurídica, fere a soberania popular e enfraquece a democracia brasileira", concluiu.

O voto fala ainda em preconceito de gênero e misoginia. "Primeira mulher a assumir a Presidência do Brasil, Dilma tem sido vítima de xingamentos sexistas, de depreciação da figura feminina e outras violências que a atacam enquanto mulher. O processo ocorre desde as eleições de 2010, mas se agravou sobremaneira nos últimos anos, quando as ações pelo golpe começaram a ser engendradas", disse Vanessa. "Foi utilizada toda espécie de argumentos, dos mais patéticos aos mais ultrajantes, não só à figura da presidenta da República e ao seu governo, como às conquistas democráticas obtidas por nosso povo", completou Gleisi Hoffmann.

Embora seja dada como certa a aprovação do relatório de Anastasia - que consequentemente fará com que o voto em separado nem seja discutido -, os senadores aliados de Dilma acreditam que o processo possa ser revertido no plenário. “A sanha ao apoderamento ilegítimo é um retrato desse golpe maquinado por um grupelho, que contou com o apoio de setores do empresariado e da mídia. A guerra ainda não acabou. Vamos à votação no plenário do Senado reverter essa situação”, disse Humberto Costa.

Com a provável aprovação do relatório favorável à continuidade do processo de impeachment e acusação de crime de responsabilidade da presidente afastada Dilma Rousseff na Comissão de Impeachment, os aliados da petista reforço o trabalho de conversa com senadores para tentar reverter o resultado no plenário. Pelo cronograma do colegiado, a discussão e a votação no plenário serão realizadas na próxima semana.

De acordo com o deputado federal Silvio Costa (PTdoB-PE), a defesa de Dilma não considera que o impedimento já é certo, especialmente porque há senadores insatisfeitos com as medidas tomadas pelo governo de Michel Temer. “Estive ontem com a presidente, temos uma nova reunião hoje. E deixa eu te dizer: sou da tese que enquanto o coração está batendo, a alma está sonhado. Existe possibilidade, sim, [de a provável condenação ser revertida]. O jogo não está jogado. Muitos senadores estão insatisfeitos com o governo interino. Estamos aprofundando as conversas com os senadores. Precisamos de seis votos. O jogo não acabou”, decretou ele, que sempre foi firme da defesa da petista.

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Ele ainda criticou o relatório de Antonio Anastasia, que considerou que a então chefe do Executivo federal cometeu crime de responsabilidade devido à "abertura de créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional" e pela realização de operações de crédito com instituição financeira controlada pela União", as chamadas pedaladas fiscais.

“Este é um parecer que não tem base jurídica. É político. Desde o início que a presidente Dilma está sendo vitima de um impeachment fraudulento. A maior prova disso é que o saber jurídico nacional está dividido quanto ao processo”, frisou Costa. “Este parecer é político e, sobretudo, feito por Anastásia. Ele deveria até ter vergonha de ser relator. Não tem legitimidade para isso não, com tantos problemas em Minas Gerais”, acusou.

Na Comissão de Impeachment, o senador Lindberg Farias (PT-RJ) disse que Dilma está sendo “vítima de uma quadrilha parlamentar liderada pelo Eduardo Cunha” e que o processo de impeachment sofre a “interferência indevida desse presidente interino e golpista Michel Temer.

O cronograma estabelecido pelo colegiado prevê que o parecer do relator seja discutido nesta quarta (3) e votado na quinta (4). Caso os senadores aprovem o relatório, a matéria seguirá para a apreciação do plenário do Senado. A expectativa é de que seja lido na sexta (5) e votado na próxima terça (9). Esse rito será comandando pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Para que o processo continue é necessária maioria simples de votos. O julgamento do impeachment, que decidirá se Dilma será afastada definitivamente, deve começar no dia 29 de agosto e durar uma semana.

Com a colaboração de Giselly Santos.

Como já era esperado, o relator do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), considerou, no parecer apresentado à comissão, que a então chefe do Executivo federal cometeu crime de responsabilidade devido à "abertura de créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional" e pela realização de operações de crédito com instituição financeira controlada pela União", as chamadas pedaladas fiscais. "Em face do exposto, o voto é pela procedência da acusação e prosseguimento do processo", disse no parecer.

No texto, Anastasia sustentou que as medidas consideradas no processo contribuíram para a crise econômica do país. "Os artifícios e manobras fiscais utilizados para a expansão do gasto implicaram perda de confiança dos agentes econômicos, dos investidores, das pessoas físicas, nos números da economia e no futuro da economia, e, hoje, perda do grau de investimento do Brasil pelas principais agências de classificação de risco". Para ele, a conduta atentou contra a responsabilidade fiscal e as prerrogativas do Congresso Nacional , responsável por aprovar o orçamento do governo federal.

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Em relatório de 441 páginas, o senador concluiu ainda que houve descumprimento de oito princípios: do planejamento, transparência, prudência, equilíbrio das contas públicas, legalidade, separação de poderes, moralidade administrativa e democrático. "Instaurou-se um vale-tudo orçamentário e fiscal que trouxe sérias consequências negativas para o País", acusou. Para ele, Dilma tinha acesso a todas as informações e poderia "interromper o curso".

Acusado de golpista por aliados da presidente afastada, Anastasia também frisou, no texto, que a decisão considera a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ele também negou que o processe siga a interesses políticos. "Não se trata, aqui, de contrastar o mandato da Senhora Presidente da  República com  índices críticos de impopularidade; com o sentimento de rejeição,  latente ou  explícito,  que  se  alastra em redes sociais (...); igualmente, não se cuida de uma  revisão da biografia da mandatária da Nação", destacou.

Próximos passos – O cronograma estabelecido pelo colegiado prevê que o parecer do relator seja discutido nesta quarta (3) e votado na quinta (4). Caso os senadores aprovem o relatório, a matéria seguirá para a apreciação do plenário do Senado. A expectativa é de que seja lido na sexta (5) e votado na próxima terça (9). Esse rito será comandando pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Para que o processo continue é necessária maioria simples de votos. O julgamento do impeachment, que decidirá se Dilma será afastada definitivamente, deve começar no dia 29 de agosto e durar uma semana.

 

O relator do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresenta nesta terça-feira (2) o seu parecer na Comissão Especial do Senado. No relatório, ele dirá se considera procedente a denúncia contra Dilma por crime de responsabilidade e se ela deve ser levada a julgamento final. A reunião está marcada para o meio-dia.

O cronograma da comissão prevê que a discussão do parecer seja feita nesta quarta (3) e a votação na quinta (4). Se for aprovado na comissão, o texto seguirá para o plenário, onde deverá ser lido na sexta (5) e votado na terça, 9 de agosto. Esse rito será comandando pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

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É necessária maioria simples de votos para que o processo prossiga até a última etapa. O julgamento do impeachment, que decidirá se Dilma será afastada definitivamente, deve ocorrer no fim de agosto. De acordo com o STF, o julgamento final começará no dia 29 de agosto e tem previsão para durar uma semana.

Com a leitura do relatório de Anastasia nesta terça, os partidos que apoiam a presidente afastada Dilma Rousseff devem apresentar voto em separado em defesa do mandato da petista. O instrumento é apresentado quando algum parlamentar não concorda com o conteúdo do relatório oficial.

O incêndio em uma subestação da Companhia Energética de Brasília deixou nesta segunda-feira (27) o Senado completamente sem luz e provocou o encerramento antecipado dos trabalhos da Comissão Processante do Impeachment. As duas testemunhas de defesa de Dilma Rousseff que ainda deveriam ser ouvidas nesta segunda-feira deverão retornar para depoimentos terça-feira (28).

Os senadores tinham acabado de começar a oitiva da ex-secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Maria Fernanda Ramos Coelho, segunda a falar no dia, quando a luz caiu e não voltou mais.

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Momentos antes, enquanto ainda ouviam a primeira testemunha, o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, um apagão já tinha ocorrido, mas a energia voltou alguns minutos depois, garantindo tempo para conclusão do depoimento dele e início do da ex-secretária.

Nas duas vezes em que a luz acabou, a comissão foi mantida com energia de geradores, mas não foi possível continuar os trabalhos até o fim. “Só tínhamos mais seis minutos de autonomia”, explicou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) ao deixar a sala da comissão e seguir pelo túnel do tempo do Senado em completa escuridão, com o auxílio apenas de lanternas de celulares.

Por meio de nota, o Senado informou sobre o primeiro apagão que a ala onde se realizavam os trabalhos da comissão é alimentada porno-break com autonomia para até uma hora de falta de energia elétrica”. Ainda segundo a nota, não houve relatos de panes em equipamentos e sistemas da Casa.

Com exceção das portarias de entrada e saída, os ambientes internos do prédio do Senado, incluindo plenários, gabinetes, corredores escadas, não dispunham de qualquer iluminação de emergência. A escuridão foi total, o que dificultou o trânsito de pessoas que circulam pela Casa.

Oitiva

Pouco antes do apagão, os senadores concluíram a oitiva do ex-ministro, que foi a primeira testemunha a prestar depoimento hoje. Ele defendeu o governo da presidenta Dilma e disse desconhecer a realização das chamadas “pedaladas fiscais”.

“Eu não tive nenhum conhecimento de pedalada fiscal, até porque é uma expressão que foge à minha cultura jurídica, aos meus conhecimentos. O que tenho conhecimento é que nós viabilizamos, em 2015 para 2016, o Plano Safra, que tem durabilidade de um ano”, afirmou.

Patrus Ananias acrescentou que não tinha relação com os valores a serem repassados para os agricultores, que eram administrados diretamente pelos bancos e que nunca recebeu qualquer alerta do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre irregularidades referentes a esse processo.

“Nunca, pessoalmente ou como ministro, recebi qualquer informação do TCU, com o qual sempre mantive uma relação de diálogo, inclusive visitando os ministros e recebendo-os também, sempre buscando orientações. Em nenhum momento, recebi qualquer informe sobre esse aspecto, como também, até onde sei, os órgãos do ministério, nossos órgãos de avaliação, consultoria jurídica, controladoria, até onde estou informado, em nenhum momento, foram esclarecidos sobre isso”, disse.

Para amanhã estão previstas as oitivas das duas testemunhas que deveriam ter falado hoje: Maria Fernanda Ramos Coelho e do diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção do Ministério do Desenvolvimento Agrário, João Luiz Guadagnin.

Além deles, as três testemunhas previstas para o dia: os ex-ministros da Defesa, Aldo Rebelo, o ex-advodo-geral da União, Luís Inácio Adams, e o responsável técnico do Conselho Nacional de Justiça para análise de créditos suplementares, Antônio Carlos Stangherlin Rebelo.

 

 

 

A Comissão Processante do Impeachment começou os trabalhos nesta segunda-feira (20) com um pedido da defesa para que o conteúdo da delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, fosse juntado aos autos do processo contra a presidenta afastada Dilma Rousseff.

O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, alegou que os áudios nos quais Sérgio Machado conversa com parlamentares do PMDB sobre a possibilidade de um pacto nacional para estancar a Operação Lava Jato, caso Dilma fosse afastada e Michel Temer assumisse a Presidência, demonstra o desvio de finalidade na admissibilidade do processo de impeachment.

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A comissão apoiou o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), contrário à juntada da delação aos autos. Cardozo já tinha apresentado esse pedido anteriormente, mas ele foi negado tanto pela comissão quanto pelo presidente do processo, ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para Cardozo, Lewandowski não acolheu seu pedido porque, na época, a delação ainda estava sob sigilo, que foi removido semana passada. Diante da nova negativa da comissão, o advogado pode voltar a apresentar o recurso sobre o pedido ao presidente do STF.

Após a votação de requerimentos sobre questões práticas relacionadas ao processo, os senadores iniciaram as oitivas do dia pelo depoimento do ex-subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, Ivo da Motta Azevedo Correa.

Ainda hoje devem ser ouvidos o ex-ministro da Educação, Renato Janine Riberio, o diretor do Departamento de Programas Sociais da Secretaria do Orçamento Federal, Felipe Daurich Neto, e e o ex-secretário executivo adjunto da Casa Civil, Bruno Moretti.

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) acionou nesta segunda-feira (12) o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, para pedir que eles garantam a segurança e a proteção de manifestantes no próximo fim de semana, durante a votação doimpeachment. O senador quer a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e os órgãos de segurança pública do Distrito Federal sejam acionados para “garantir o direito de manifestação dos cidadãos”.

Caiado baseia o pedido nas notícias veiculadas na imprensa segundo as quais “movimentos ligados à esquerda, em especial o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra”, estão ameaçando bloquear rodovias em razão do início da votação sobre a instauração de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Além disso, ele ressalta a fala do líder do MST, João Pedro Stédile, que teria dito que “sexta-feira vamos parar o Brasil e não vamos trabalhar”.

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O senador relata que a Polícia Militar do DF prendeu na noite desta segunda-feira (11) um militante que participava da marcha a favor da presidenta Dilma na Esplanada dos Ministérios “portando quantidade expressiva de notas em uma mochila. Questionado sobre a origem dos recursos, não trouxe argumentos para justificá-la”.

Para Caiado, as notícias são “alarmantes” e deixam “inquietos” os cidadãos que pretendem se manifestar sobre o impeachment no próximo fim de semana. “Os cidadãos que têm o direito constitucional à livre manifestação pacífica estão inquietos. É preciso coibir ações que incitem à violência, que visem o bloqueio das rodovias que dão acesso ao Distrito Federal, bem como as que depredem os meios de transporte, o que, infelizmente, se verificou em manifestações do MST”, diz o senador nos ofícios encaminhados às duas autoridades.

Em Brasília, a Esplanada dos Ministérios está preparada para manifestações contrárias e favoráveis ao impeachment. Todo o gramado que segue entre os ministérios até a frente do Congresso Nacional está dividido ao meio por um alambrado de metal para separar os dois grupos de manifestantes. A Polícia Militar deverá fazer um cordão de isolamento do Congresso para evitar que qualquer pessoa não credenciada se aproxime do prédio.

Após confusão no início da sessão de leitura do relator do processo de impeachment da presidente Dilma, deputado Jovair Arantes (PTB-GO). Com a abertura dos trabalhos pelo presidente da comissão especial, Rogério Rosso (PSD-DF), deputados começaram a discutir e diante da confusão, Rosso determinou que até duas pessoas da defesa da presidente permanecessem sentadas e não promovessem qualquer tipo de manifestação. 

A decisão do presidente da comissão provocou uma celeuma por parte dos parlamentares da oposição, que não concordam com a presença dos defensores. Outra agitação na Câmara dos Deputados surgir a partir do aviso de Rosso de que o relator passará cerca de 4 horas lendo o seu parecer, pois o documento contém 197 páginas. 

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Também foi alvo de bate-boca, desta vez, por parte dos deputados governistas como Wadih Damous (PT-RJ) e José Rocha (PR-BA) as questões de ordem para que a defesa de Dilma apresente seus argumentos diante do relatório de Arantes. Os parlamentares da oposição disseram que a solicitação é uma tentativa de atrasar o andamento do processo e por consequência, ganhar tempo para a base aliada se articular com líderes dos partidos e conquistar votos a favor da presidente.  

Publicado no site da Câmara dos Deputados, o voto do relator vota "pela admissibilidade jurídica e política da acusação e pela consequente autorização para a instauração, pelo Senado Federal, do processo por crime de responsabilidade promovido pelos Senhores Hélio Pereira Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaina Conceição Paschoal contra a Sra. Presidente da República, Dilma Vana Rousseff."

Em sua fala na Casa, o deputado destaca que o processo de impeachment não é golpe de Estado. Em seu voto, o petebista pontua "Registre-se que, no caso das despesas referentes ao bolsa família, ao seguro desemprego e ao abono salarial, o TCU verificou que, ao longo do exercício de 2013 e dos sete primeiros meses do exercício de 2014, a Caixa Econômica Federal (Caixa) teria utilizado recursos próprios para o pagamento dos benefícios de responsabilidade da União, uma vez que esta última, em regra, só repassava os respectivos recursos financeiros à Caixa no início do mês subsequente ao do pagamento. Como tais despesas só estariam produzindo impacto sobre a dívida líquida no momento do desembolso dos recursos pela União, o resultado fiscal calculado pelo Bacen ao final de cada mês foi superior ao que efetivamente seria devido, supostamente comprometendo o cálculo do cumprimento efetivo das metas fiscais constantes da LDO".

"Com isso, desde a elaboração das leis orçamentárias, cujas metas e resultados foram alegadamente baseados em números que não espelhariam a realidade, até a execução da lei orçamentária anual e o CÂMARA DOS DEPUTADOS 9 atendimento às metas constantes da LDO, não haveria fidedignidade nas informações, por ato do próprio Governo, em suposta violação à lei orçamentária e à probidade na administração", avalia. 

Atraso – Além de iniciar a abertura dos trabalhos com uma hora de atraso e as discussões entre os parlamentares tomar mais tempo para o início da leitura do processo. Uma pausa foi feita por causa da determinação de Rosso para que sejam feitas cópias do relatório e distribuídas entre os parlamentares da Casa.  

 

Confira na íntegra o relatório de Arantes: AQUI


A reunião da comissão que analisa o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi marcada, mais uma vez, por tumulto e bate-boca, reforçados pela participação do público que acompanhava os depoimentos. Apesar de o depoimento do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ter transcorrido com tranquilidade, a fala do professor de direito financeiro Ricardo Lodi Ribeiro foi, desde o primeiro minuto dos 30 previstos, alvo de várias interrupções. O deputado Júlio Lopes (PP-RJ) fez diversas intervenções e questionou inclusive os créditos atribuídos ao especialista, que é professor adjunto e não titular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). As discussões duraram três horas.

“De fato, sou adjunto de direito financeiro da Uerj. Sou também diretor da faculdade de direito”, esclareceu Lodi. Mas a retomada do clima de tranquilidade durou pouco. Assim que Lodi disse que não estava falando como advogado de Dilma e afirmou que atribuição de defendê-la seria da Advocacia-Geral da União (AGU), novas polêmicas surgiram. Parlamentares, incluindo Júlio Lopes, afirmaram que a atribuição é de advogado pessoal e a discussão tomou quase dez minutos do tempo reservado ao depoente. O presidente da comissão, Rogério Rosso (PTB-DF), zerou o cronômetro, mas não foi suficiente, e ofereceu um exemplar da Bíblia para os parlamentares consultarem.

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A audiência, que começou com atraso, foi novamente interrompida quando Júlio Lopes reclamou da manifestação de funcionários da Câmara dos Deputados. Eles portavam cartazes se posicionando contrários ao impeachment. Segundo ele, ao ir ao banheiro encontrou funcionários da Casa com cartazes e manifestos. Para parlamentares da base aliada, isso faz parte do processo democrático.

Clima acirrado

O clima esquentou ainda mais quando Fernando Francischini (SD-PR) leu trechos do telefonema do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ministro Nelson Barbosa em que tratam das investigações da Polícia Federal sobre o Instituto Lula. “Não podemos aceitar que um ex-presidente ligue e tente a intervenção direta em uma investigação da Polícia Federal. Queria pedir que faça uma representação para que possamos ouvir o ex-presidente Lula aqui na comissão”, defendeu.

De outro lado, Jandira Feghali (RJ), líder do PCdoB criticou o “desrespeito” dos integrantes da comissão com os dois convidados, devido às várias interrupções. Rosso tentou inúmeras vezes, sem sucesso, apaziguar os ânimos, mas agravou os debates quando rebateu a fala de Jandira que relatou o estresse ao dizer que a “democracia é isto”, provocando mais polêmica.

“É fundamental registrar a competência técnica dos dois expositores que trouxeram à luz a confusão no palanque político que foi ontem”, disse ao mencionar os depoimentos dos juristas autores do pedido de impeachment. “Não há nenhum crime de responsabilidade. Aqui quando se fala de meta fiscal. Há aqui uma enorme tentativa de criar um fato. Impeachment sem crime de responsabilidade se chama golpe”, completou.

A presidenta Dilma Rousseff foi notificada na noite desta quinta-feira (17) sobre a eleição da comissão especial destinada a apurar o pedido de impeachment acatado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no dia 2 de dezembro do ano passado.

O primeiro-secretário da Mesa Diretora, Beto Mansur (PRB-SP), entregou o aviso acompanhado da mensagem de Cunha ao subchefe de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Governo da Presidência da República, Danilo Gennari de Souza, às 18h05.

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Após o recebimento do aviso, inicia-se o prazo de dez sessões ordinárias da Câmara para que a presidenta apresente a sua defesa por escrito. Segundo a mensagem recebida, o período de defesa começa a contar a partir de amanhã (18), “findando o prazo às 19h do dia em que ocorrer a décima sessão.”

A comissão - que tem como objetivo emitir um parecer sobre a denúncia de crime de responsabilidade formulada contra a presidenta pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal-, foi aprovada nesta tarde por 433 votos favoráveis e um contrário à chapa com os 65 nomes titulares e os respectivos suplentes indicados pelos líderes partidários.

Dos 65 deputados titulares e suplentes indicados para compor a comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), sete são pernambucanos. A votação da composição da comissão recebeu 433 votos favoráveis, um contrário e a abstenção do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).

Na lista dos pernambucanos titulares estão: Mendonça Filho, Tadeu Alencar (PSB), Silvio Costa (PTdoB), Pastor Eurico (PHS) e Fernando Coelho Filho (PSB). Já os suplentes são: Bruno Araújo (PSDB) e João Fernando Coutinho (PSB).

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O líder do DEM na Casa, Mendonça Filho, comemorou a criação da comissão através nas redes sociais. “Integro a Comissão Especial do Impeachment por indicação do Democratas. Vou trabalhar com firmeza e muita coragem”, escreve em sua conta no Facebook.

Hoje é um momento histórico, a criação da comissão do impeachment, que vai aprovar e recomendar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O PT e a presidente Dilma afundaram o Brasil com uma terrível crise econômica e pior do que isso, num mar de corrupção, que infelizmente hoje tomou conta do Brasil. O povo quer e o Congresso vai aprovar o impeachment de Dilma Rousseff da presidência e de PT do governo federal. 

O pessebista João Fernando Coutinho publicou em sua conta no Twitter que ele e toda a bancada do seu partido está de luto. “Velando o defunto do Governo do PT”.

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