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A elevação da taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual, anunciada nesta quarta-feira (3) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), foi classificada pela Força Sindical como um "presentão de Natal" do governo aos especuladores. A entidade afirma, ainda, que "dose forte pode matar o paciente". A taxa Selic subiu de 11,25% para 11,75% ao ano.

"O governo insiste em editar medidas de aperto monetário num País que está com a atividade econômica estagnada e com uma indústria que vem acumulando resultados negativos mês após mês. Estas políticas inflacionárias mal orientadas deprimem ainda mais a economia, em vez de fazê-la crescer", critica a Força Sindical. A entidade diz, ainda, que "o remédio do arrocho, em dose muito forte, pode intoxicar a economia e colocá-la na UTI".

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Segundo a Força Sindical, os juros já comprometem as campanhas salariais das categorias com data-base no primeiro semestre de 2016. "Infelizmente, o governo continua se curvando aos especuladores. De janeiro até agora, o governo pagou R$ 253 bilhões à turma da especulação", cita nota da Força.

E as críticas da Força Sindical de hoje foram mais adiante, atingindo as recentes indicações da presidente Dilma Rousseff para o novo ministério. "O governo que ainda não iniciou acaba de anunciar um ministro da Fazenda que promete reforçar o aperto monetário com austeridade fiscal, mantendo o câmbio flexível", cita a entidade, sobre o anúncio de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa para o Ministério do Planejamento. "Em vez de recuperar a economia, essa guinada pode levar o País à recessão e ao desemprego", aponta a entidade.

A elevação da taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual, embora indique uma ação mais ativa do Banco Central em controlar a inflação, ampliará as dificuldades das empresas, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A alta de Selic de 11,25% para 11,75% ao ano foi anunciada há instantes pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Em nota, a CNI defende a adoção de uma política fiscal mais rigorosa para que o combate à inflação tenha menor impacto sobre a atividade produtiva e o emprego. "Neste momento, a preocupação do Copom é necessária porque a inflação continua próxima do limite máximo da meta e há pressões por novos aumentos de preços, vindas das perspectivas de desvalorização da taxa de câmbio, dos reajustes das tarifas públicas e da elevação dos serviços", cita a confederação.

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A CNI, entretanto, acredita que a elevação dos juros terá efeito negativo sobre o consumo e os investimentos, reforçando, no curto prazo, as dificuldades das empresas. "O desafio da política econômica é promover outras ações para conter as pressões sobre os preços e conduzir a inflação para a meta com menor impacto sobre a atividade produtiva e emprego", destaca a nota.

Para a confederação, a nova alta dos juros exige, simultaneamente, a adoção de uma política fiscal mais rigorosa, com a recuperação dos superávits fiscais e a melhora da dinâmica da dívida pública. "Com isso, o País poderá ter uma composição de política macroeconômica mais eficiente, com menores custos para as empresas", cita a CNI.

O Comitê de Política Monetária decidiu, nesta quarta-feira (3), por unanimidade, elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual para 11,75% ao ano.

A alta vai ao encontro da expectativa da maior parte do mercado financeiro, segundo pesquisa do AE Projeções. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 20 e 21 de janeiro de 2015.

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A alta do dólar, somada ao aumento dos yields dos Treasuries, puxaram as taxas de juros futuros para cima nesta terça-feira (2) com o mercado precificando apostas majoritárias de aumento de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic pelo Banco Central, amanhã.

As expectativas para a reunião do Copom, que começou nesta tarde, são as mais divididas dos últimos tempos. As apostas majoritárias para o que o Banco Central fará com a Selic amanhã viraram em menos de uma semana de uma alta de 0,25 ponto porcentual para 0,50 ponto. Essa perspectiva de maior aperto monetário se dá em um ambiente negativo para a inflação e conta com a sinalização, passada pelos porta-vozes da instituição, de que poderão atuar de forma mais forte se necessário.

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Nos EUA, traders disseram que a alta dos juros dos títulos soberanos dos EUA refletiu os comentários do vice-presidente do Federal Reserve, Stanley Fischer, de que um aperto monetário nos EUA está cada vez mais próximo e a oferta de novos bônus corporativos. Várias empresas estão se aproveitando dos juros baixos para emitir dívida antes da temporada de festas de fim de ano. Nessas situações, as companhias vendem Treasuries para proteger-se de movimentos indesejados nos juros. Perto das 17h30, o juro da T-note de 10 anos subia a 2,280%, de 2,220% no fim da tarde de ontem.

No fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 (686.960 contratos) tinha taxa de 11,560%, de 11,512% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 (105.440 contratos) apontava 12,56%, ante 12,51%. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (114.870 contratos) tinha taxa de 12,42%, ante 12,32%. No trecho mais longo, o DI para janeiro de 2021 (107.325 contratos) indicava 11,91%, de 11,80% no ajuste da segunda-feira.

O dólar fechou em alta de 0,82%, aos R$ 2,5740, no balcão, ajudado pelas preocupações relacionadas à votação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e alinhado ao avanço ante outras moedas no exterior.

As expectativas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começou nesta tarde de terça-feira (2) são as mais divididas dos últimos tempos. As apostas majoritárias para o que o Banco Central fará com a Selic amanhã viraram em menos de uma semana de uma alta de 0,25 ponto porcentual para 0,50 p.p - hoje a Selic está em 11,25% ao ano. Essa perspectiva de maior aperto monetário se dá em um ambiente negativo para a inflação e conta com a sinalização passada pelos porta-vozes da instituição de que poderão atuar de forma mais forte se necessário. De qualquer forma, as projeções seguem divididas como não se via antes desde fevereiro.

Muitos analistas ficaram ressabiados com a "bola nas costas" que tomaram no encontro de outubro. Na ocasião, as 84 casas consultadas pelo AE Projeções contavam com estabilidade da taxa e foram surpreendidas com uma elevação de 0,25 p.p. Os economistas ficaram desconfiados e passaram a interpretar toda e qualquer manifestação do Banco Central para não errar novamente. Ainda é considerável a fatia dos que projetam a continuidade do ritmo de 0,25 p.p. Até porque, assim como alguns diretores do BC alegaram na decisão anterior, ainda havia dúvidas naquele momento sobre a magnitude e a persistência dos ajustes de preços. Outra incerteza diz respeito à retomada da atividade, que dá poucos indícios de recuperação.

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O primeiro sinal de que outra dose de 0,25 p.p. não é líquida e certa amanhã, quando acaba o encontro e é anunciada a nova Selic, veio do diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton, quando participava de evento em Florianópolis (SC). "O Copom não será complacente (com a inflação) e, se for adequado, irá recalibrar a política monetária", afirmou. Para quem ficou com dúvidas sobre a mensagem pretendida, o diretor foi ainda mais claro: "Para bom entendedor, pingo é 'i'".

Na semana passada, quando confirmado à frente do BC no novo mandato de Dilma Rousseff, foi o presidente Alexandre Tombini quem reforçou o recado. Ele admitiu que a inflação acumulada em 12 meses ainda seguia elevada e que, nessas circunstâncias, a política monetária deve se manter "especialmente vigilante" para evitar que ajustes de preço se espalhem para o resto da economia. Tombini apenas repetiu o que a ata do Copom anterior já havia trazido. Mas foi o presidente, em carne e osso, dizendo com todas as letras que estava preocupado com uma difusão da inflação pela economia. Isso tem peso maior. Ainda mais no cenário em que foi dita a frase, ao lado dos dois novos nomes da equipe econômica (Joaquim Levy, na Fazenda, e Nelson Barbosa, no Planejamento).

O BC deixou a porta aberta para dar uma esticada a mais nos juros, mas a favor dos que acreditam na manutenção da toada de alta de 0,25 p.p. está a expectativa de que 2015 será um ano diferente para as contas públicas. O ministro indicado, Joaquim Levy, prometeu austeridade para os próximos três anos, o que é um ganho e tanto para os efeitos da política monetária. E, é bom lembrar, qualquer ação tomada amanhã pelo Copom só terá efeito mesmo em meados de 2015.

Levantamento realizado pelo AE Projeções no final do mês passado mostrava que a maioria - 45 de 76 instituições financeiras - previa uma nova alta de 0,25 ponto porcentual da Selic amanhã, para 11,50%. Menos de uma semana depois, com os acontecimentos mais recentes, as estimativas viraram e agora a aposta mais consolidada é de uma elevação de 0,50 p.p. Com a atualização das consultas às instituições, o AE Projeções identificou nesta nova rodada que 41 de 62 casas agora contam com meio ponto de elevação.

A última vez que o mercado financeiro estava sem pender mais para um lado às vésperas de um Copom sobre o rumo que a Selic tomaria foi em fevereiro, quando 43 de 60 instituições consultadas contavam com uma elevação do juro, na ocasião, para 10,75% ao ano. Depois disso, nas demais reuniões do ano, ou o mercado tinha uma aposta mais firme em relação a uma decisão ou 100% das previsões estava em um determinado patamar da taxa.

A alta dos juros evidencia preocupação com uma inflação mais elevada e persistente no cenário econômico atual. A afirmação é da Associação Paulista de Supermercados, que avalia que a preocupação é que esta alta dos juros traga um recuo da inflação, "mas sob a pena de um crescimento por mais um ano abaixo do esperado", afirma a associação, em nota à imprensa.

Na quarta-feira (29), o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu elevar os juros básicos da economia, a taxa Selic, em 0,25 ponto porcentual, para 11,25%, o que o mercado considerou uma surpresa.

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"A elevação dos juros vem no sentido de sinalizar a busca pelo controle da inflação, mas não é possível prever até que ponto este processo desinflacionário trará impacto no crescimento econômico brasileiro para 2015".

A surpreendente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que elevou, na quarta-feira (29) a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, é um sinal de que o novo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) pode focar mais no combate à inflação, afirmou a consultoria britânica Capital Economics em relatório.

"O foco vai agora se voltar para os planos do governo na área fiscal, mas novos apertos nos juros provavelmente também serão necessários", diz o texto, acrescentando que a Selic pode avançar mais 0,75 ponto porcentual até o fim do primeiro trimestre do próximo ano, ficando nesse patamar pelo restante de 2015.

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A Capital Economics aponta que a decisão de subir os juros não foi unânime, com cinco votos favoráveis e três contrários, mas diz que o comunicado sugere que a maioria dos membros optou pelo aperto, pois os acontecimentos desde a última reunião "tornaram o balanço de riscos para a inflação menos favorável".

Os dados realmente indicariam um aperto, já que o IPCA acumulado em 12 meses ficou em 6,75% em setembro, bem acima do teto da meta de inflação, de 6,5%. Entretanto, a consultoria comenta que esse não é um fator novo, já que essa situação foi observada nos últimos quatro meses e o IPCA-15 sugere que a inflação deve desacelerar um pouco em outubro.

"Em vez de novos desdobramentos nas projeções de inflação, nós suspeitamos de que os verdadeiros motivos por trás da elevação surpreendente de ontem à noite foram políticos", afirma o relatório. Segundo o texto, a campanha eleitoral revelou um crescente descontentamento com a gestão da economia, em especial a inflação elevada. "As autoridades provavelmente adotaram a visão de que era melhor agir cedo para reconquistar alguma credibilidade."

Numa decisão totalmente inesperada, o Banco Central (BC) decidiu elevar a taxa básica de juros, para 11,25% ao ano, na primeira ação depois da reeleição da presidente Dilma Rousseff. Desde abril, a Selic estava em 11,00% ao ano. No comunicado que se seguiu à decisão, a diretoria da instituição avaliou que seria oportuno ajustar as condições monetárias para garantir, a um custo menor, a prevalência de um cenário mais benigno para a inflação em 2015 e 2016.

Com a surpresa, os economistas já vão amanhã cedo refazer os cálculos para as projeções de vários indicadores e também definir as apostas para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para o início de dezembro. Até porque havia unanimidade entre os analistas do mercado financeiro de que a taxa seria mantida hoje em 11,00% ao ano.

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Um fator que será fundamental para o BC nas próximas decisões de política monetária é o comportamento do dólar. Principalmente depois que o Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos) anunciou na tarde de hoje que não irá mais continuar com seu programa de compra de ativos. Embora amplamente esperado, o encerramento pressiona as moedas de países emergentes, como o real.

Além disso, a divulgação é vista como um prenúncio de que a alta dos juros por lá está mais próxima. O anúncio se deu antes do início da segunda parte da reunião do Copom e se encaixa no teor do alerta feito pela diretoria do BC no Relatório Trimestral de Inflação de setembro sobre a aversão ao risco que se instalou no mercado internacional.

Do lado doméstico, a elevação da taxa nesta quarta-feira se deu em meio a indefinições sobre a permanência dos membros do Copom em seus cargos. Apesar de haver um consenso no mercado sobre a permanência de Alexandre Tombini à frente do BC, aguarda-se a oficialização dessa expectativa pela presidente Dilma. Se a estabilidade da Selic já era bola cantada, os diretores tiveram que lidar com um fator exógeno na reunião, que são os rumores sobre os possíveis desligamentos de seus cargos. Muitos estão "incomodados" com essa situação de indefinição.

Há um consenso, no entanto, de que nenhum deles baterá o martelo sobre o rumo de suas carreiras antes da definição na alta cúpula da instituição. Antes disso, é aguardado o novo nome do Ministério da Fazenda, que hoje tem como titular Guido Mantega. Vale lembrar que o BC é subordinado à Pasta e que em casos como o de um possível descumprimento da meta de inflação, por exemplo - que pode ocorrer este ano -, o presidente da instituição tem que dar satisfação ao ministro da Fazenda.

Apesar do marasmo da economia, pesou na decisão sobre os juros, segundo as primeiras análises de economistas, a tendência altista dos preços. A inflação oficial do País escapou do teto da meta de 6,5% - em 12 meses até setembro, o IPCA estava 6,75%. Há ainda uma expectativa de redução da taxa até o final do ano, mas convergência para o centro da meta de 4,5% mesmo, como até o BC admite, só em 2016. O BC já deve ter incorporado em sua decisão de hoje a informação também de que a política fiscal não tem contribuído para a administração da política monetária ao longo deste ano, com reflexos em 2015.

O Comitê de Política Monetária decidiu, nesta quarta-feira (29), por 5 a 3, elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto porcentual para 11,25% ao ano. A alta contraria a expectativa da maior parte do mercado financeiro, que esperava manutenção, segundo pesquisa do AE Projeções.

A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 2 e 3 de dezembro.

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Os principais contratos de juros futuros encerraram em queda na BM&FBovespa nesta quinta-feira (11) recheada de fatores para justificar o alívio das taxas, que caíram com mais força nos vértices mais longos. No encerramento da sessão regular da BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 fechou em 10,83%, na mínima, de 10,85% no ajuste de ontem, com 100.070 contratos. O DI para janeiro de 2016 projetava taxa de 11,41%, de 11,49% no ajuste anterior, com 219.100 contratos. Com 308.425 contratos, o DI para janeiro de 2017 terminou em 11,48%, de 11,60% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021 encerrou com taxa de 11,29%, de 11,43% após ajuste, e 171.790 contratos negociados.

O mercado de juros já começou o dia sob o impacto da pesquisa Datafolha, divulgada ontem à noite, que não confirmou os temores de que a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) teria ultrapassado a candidata do PSB, Marina Silva, nas intenções de voto para o segundo turno, embora tenha mostrado que a disputa está bem apertada entre as duas. Segundo o Datafolha, no cenário para o segundo turno, Marina Silva (PSB) oscilou de 48% para 47%, e Dilma, de 41% para 43%, o que leva a um novo empate técnico, mas com vantagem numérica apara a candidata do PSB. Com isso, cresceu a expectativa pela pesquisa CNI/Ibope a ser divulgada amanhã.

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Na abertura, os investidores também já tinham em mãos a ata do Copom que confirmou o cenário dos economistas de que a Selic ficará estável em 11,00% até pelo menos o final do ano. Fontes nas mesas de renda fixa destacaram que o documento, ao sinalizar que o Banco Central espera a convergência da inflação à meta de 4,5% no primeiro semestre de 2016, sugere que haveria espaço para uma flexibilização dos juros a partir do segundo semestre de 2015, período no qual a política monetária já começa a visar o ano seguinte. Chamou a atenção também a avaliação do BC de que as taxas de crescimento da absorção interna e do Produto Interno Bruto (PIB) se alinharam, o que reduz o descompasso entre a oferta e a demanda agregada.

Além disso, a pesquisa do comércio varejista do IBGE trouxe números bastante fracos, endossando a interpretação da ata de que não há espaço para mudanças na política monetária. As vendas do comércio varejista restrito caíram 1,1% em julho ante junho - a mais intensa desde outubro de 2008, quando também registrou recuo de 1,1% na margem. O resultado ficou abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 0,60% até uma alta de 1,30%.

À tarde, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mas não fizeram preços na curva a termo, mesmo sendo mais fortes do que o mercado esperava. A geração líquida de empregos formais em agosto foi de 101.425 vagas, acima do teto das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que iam de 60.000 a 94.500 vagas. Em julho, houve saldo positivo de apenas 11.796 vagas.

O Comitê de Política Monetária (Copom) revelou que suas projeções para a inflação mostraram algum alívio em 2014, mantiveram-se estáveis para 2015 e indicam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entrará em trajetória de convergência nos trimestres iniciais de 2016. Essas informações constam da ata do Copom, divulgada nesta quinta-feira, 11, pelo Banco Central. No cenário de referência, segundo o documento, a projeção para a inflação de 2014 diminuiu em relação ao valor considerado na reunião anterior, mas permanece acima da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O mesmo movimento foi visto na estimativa para a inflação dentro do cenário de mercado, que leva em conta as trajetórias de câmbio e de juros coletadas com analistas de mercado, no período imediatamente anterior à reunião do Copom: a projeção de inflação para 2014 diminuiu em relação ao valor considerado na reunião de julho, mas também permanece acima da meta.

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Para 2015, em ambos os cenários, as projeções de inflação se mantiveram estáveis, e continuam acima da meta, conforme a ata. "Nos trimestres iniciais de 2016, as projeções indicam que a inflação entra em trajetória de convergência", trouxe o documento. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de junho, o BC informou que a expectativa de inflação ao final de 2014, pelo cenário de referência, era de 6,4%, embora já considerasse os juros em 11% ao ano. No cenário de mercado, a projeção do RTI para o final de 2014 era também de 6,4%.

Câmbio

O BC também mudou sua premissa para o câmbio de R$ 2,20 para R$ 2,25 pelo cenário de referência. O valor considerado para o dólar está próximo ao valor negociado no dia em que o colegiado decidiu manter a Selic inalterada em 11% ao ano, quando o dólar fechou em R$ 2,2350. No mercado futuro, o dólar para outubro fechou no dia da reunião do Copom, na semana passada, em R$ 2,2535. Para a taxa básica de juros, o colegiado manteve a premissa considerada de 11,00% ao ano em todo horizonte relevante.

Superávit

O BC voltou a informar, no trecho da ata que fala sobre a avaliação prospectiva das tendências de inflação, que considera como indicador fiscal o superávit primário estrutural que deriva das trajetórias de superávit primário, tanto para 2014 quanto para 2015, conforme parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano e no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2015. "Dessa forma, em determinado período, o impulso fiscal equivale à variação do superavit estrutural em relação ao observado no período anterior", trouxe o documento.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa de juros Selic em 11% ao ano prolongará as dificuldades da indústria brasileira e a retomada da atividade produtiva.

Em nota divulgada há pouco, a entidade defende a redução gradual dos juros, "o que possibilitará o retorno dos investimentos, o aumento do consumo e a retomada do crescimento da indústria brasileira".

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Na última ação de política monetária antes do primeiro turno da eleição presidencial, a diretoria do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 11 % ao ano, mesmo nível em que se encontra desde abril. A grande novidade da noite se deve à retirada da expressão "neste momento", que constava nas edições de maio e julho do comunicado do BC. Com esta mudança, analistas do mercado financeiro especulam agora sobre a possibilidade ou não de mudanças na Selic nos próximos meses, em um cenário ainda indefinido.

A opção do BC pela estabilidade se dá em um quadro de recessão técnica, com dois trimestres seguidos de retração econômica, e inflação ainda em patamar elevado em 12 meses, no teto da meta perseguida pelo BC de 6,5%. O veredicto do colegiado, dado esta noite, foi mais uma vez unânime e seguiu à risca o script aguardado pelo mercado financeiro. As 84 instituições consultadas pelo AE Projeções projetaram que a taxa ficaria inalterada nesta reunião. O próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcado para 28 e 29 de outubro, logo após o segundo turno das eleições.

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O comunicado divulgado pelo grupo após a decisão foi o seguinte: "Avaliando a evolução do cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 11,00% a.a., sem viés."

Com a retirada da expressão, o BC deixa claro que o momento é de esperar para ver os próximos desdobramentos econômicos. A instituição se fia, por exemplo, em algum progresso na área de crédito que possa surgir com as medidas determinadas ao final de julho e também no início de agosto. A autarquia desmontou todo o arsenal macroprudencial construído em dezembro de 2010. Fez ajustes no recolhimento do compulsório, que é uma reserva que os bancos precisam deixar no BC, e até determinou para essas instituições, de maneira informal e por meio de ferramentas técnicas, uma meta de crescimento de 20% do crédito para automóveis em relação ao primeiro semestre de 2014.

A reunião desta noite tornou-se, então, a quarta seguida em que o juro está no patamar de 11%. A última vez que isso ocorreu foi de outubro de 2012 a março de 2013, quando a Selic ficou estacionada em 7,25% ao ano. Pelo levantamento feito pelo AE Projeções, será um longo caminho que a Selic percorrerá no atual patamar. Para 73 de 80 instituições financeiras, este ano se encerrará com a taxa em 11% - as demais acreditam em alguma alta (de diferentes magnitudes) até dezembro.

O Comitê de Política Monetária decidiu, nesta quarta-feira (3) por unanimidade, manter a taxa básica de juros, a Selic, em 11% ao ano. A manutenção vai ao encontro da expectativa da maior parte do mercado financeiro, segundo pesquisa do AE Projeções.

A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 28 e 29 de outubro.

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O dólar oscila perto da estabilidade nos primeiros negócios, após abrir com viés negativo. Às 9h22, o dólar à vista estava na máxima, a R$ 2,2210, em alta de 0,05%, enquanto o dólar para agosto no mercado futuro subia 0,02%, a R$ 2,2245.

Os ajustes iniciais ocorrem em meio a dados positivos de atividade industrial na China e Zona do Euro e aos sinais da ata do Copom, que antecipa um cenário com inflação resistente nos próximos trimestres, com juros estáveis. Segundo a ata, a estratégia do BC não contempla redução da taxa Selic e a autoridade reafirma que a política monetária deve seguir vigilante para minimizar riscos de inflação.

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De acordo com a ata, "o Comitê antecipa cenário que contempla inflação resistente nos próximos trimestres, mas, que, mantidas as condições monetárias - isto é, levando em conta estratégia que não contempla redução do instrumento de política monetária - tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção".

Em seguida, o dólar no mercado à vista retomou a sinal de alta e atingiu uma nova máxima há pouco, a R$ 2,2230 (+0,14%) no balcão, apesar do leilão de swap cambial. A correção de preço acompanha o fortalecimento generalizado da moeda norte-americana no mercado internacional, após o anúncio de uma queda nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados unidos, para 284 mil na semana passada, ante previsão de 305 mil.

Com a venda de quase US$ 198 milhões em swap cambial, no entanto, o dólar desacelerou e às 9h45 subia 0,09%, a R$ 2,2220.

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou as projeções de inflação para 2014 e 2015 em todos os cenários, segundo a ata divulgada nesta quinta-feira, 24. O Banco Central aumentou a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA) de 2014 no cenário de referência em relação ao valor considerado na reunião de maio, e a estimativa permanece acima do centro da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

No cenário de mercado, a projeção de inflação para 2014 também subiu em relação ao valor considerado na reunião de maio, e permanece acima da meta para o IPCA. Para 2015, nos cenários de referência e de mercado, a projeção de inflação aumentou em relação ao valor considerado na reunião de maio e também permanece acima do centro da meta.

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No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de junho, o BC informou que a expectativa de inflação ao final de 2014, pelo cenário de referência, era de 6,4%, embora já considerasse os juros em 11% ao ano. No cenário de mercado, a projeção do RTI para o final de 2014 era também de 6,4%.

Câmbio

O Copom manteve sua premissa para o câmbio em R$ 2,20 pelo cenário de referência. Na ata anterior, divulgada em junho, a projeção também era de R$ 2,20. O valor considerado para o dólar está próximo ao negociado no dia em que o colegiado decidiu manter a Selic em 11% ao ano, quando o dólar fechou em R$ 2,2220. No mercado futuro, o dólar para agosto fechou no dia da reunião do Copom, na semana passada, em R$ 2,2330.

Para a taxa básica de juros, o colegiado manteve a premissa considerada de 11,00% ao ano em todo horizonte relevante.

Superávit

O Copom voltou a informar, no trecho da ata que fala sobre a avaliação prospectiva das tendências de inflação, que considera como indicador fiscal o superávit primário estrutural que deriva das trajetórias de superávit primário, tanto para 2014 quanto para 2015, conforme parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano e no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2015.

"Dessa forma, em determinado período, o impulso fiscal equivale à variação do superávit estrutural em relação ao observado no período anterior", informa o documento.

A curva de juros mostrou inclinação nesta quarta-feira (23) com avanço firme na ponta longa e alta discreta dos vencimentos mais curtos. O principal gatilho para esse movimento foi a pesquisa Ibope, conhecida na noite de ontem, que não ratificou, conforme os levantamentos Datafolha e Sensus, um empate técnico entre Dilma Rousseff e Aécio Neves em um eventual segundo turno.

Ao término da sessão regular, o DI para outubro de 2014 (176.210 contratos) marcou 10,765%, de 10,756% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (160.635 contratos) tinha taxa de 10,74%, de 10,72% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2016 (208.945 contratos) terminou em 10,95%, de 10,90% no ajuste da véspera; o DI para janeiro de 2017 (300.505 contratos) registrou 11,14%, de 11,05% no ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2021 (68.560 contratos) terminou em 11,46%, de 11,36% ontem.

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Segundo o Ibope, a presidente Dilma Rousseff venceria o tucano Aécio Neves em um eventual segundo turno, embora esta pesquisa tenha mostrado que ele pode nem ocorrer, já que Dilma detém hoje 38% das intenções de voto, ante 37% da soma de seus adversários. Nos levantamentos Datafolha e Sensus, foi apurado um empate técnico entre Dilma e Aécio no segundo turno.

Pela manhã, as taxas de curto prazo chegaram a cair, influenciadas por comentário de uma fonte locada em Brasília que acredita que o BC pode ser forçado a mudar de ideia até setembro e cortar a Selic. Isso fez com que as apostas de afrouxamento monetário ganhassem força pela manhã. A leitura foi de ingerência política no BC, o que levou a curva de juros a se inclinar ainda mais.

Vale lembrar que essa leitura de corte das taxas também tinha ganhado força após o comunicado em que o Copom manteve a Selic em 11% ao ano, na semana passada. O texto manteve a expressão "neste momento" e, apesar de ser idêntico ao do comunicado anterior, fez o mercado passar a acreditar num corte da Selic, principalmente por causa do enfraquecimento da economia. Mas uma fonte do governo disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, não ter sentido essa leitura, na tentativa de corrigir as expectativas. Foi também o que aconteceu hoje.

À tarde, as taxas curtas passaram a subir, à espera da ata do Copom, a ser divulgada amanhã cedo. Hoje, os dados de inflação e atividade não mudaram o que o mercado já sabe. Os preços estão arrefecendo e a economia segue fraca. No caso da inflação, o IPC-S desacelerou para 0,16% na terceira quadrissemana de julho, ante 0,24% na segunda leitura do mês. A confiança do comércio e da indústria e a atividade da construção recuaram e pressionaram as taxas curtas pela manhã, mas o movimento foi absorvido mais tarde.

A confiança do comércio caiu 1% em julho ante junho e 7% ante julho de 2013. A da indústria recuou 3,2% em julho ante junho, para 84,4 pontos. E a CNI informou que o nível de atividade da construção civil registrou sua sétima queda seguida, para 44,5 pontos. Os dados da arrecadação federal superaram a mediana das projeções, com R$ 91,387 bilhões (ante R$ 90,228 bilhões), mas o dado ficou em segundo plano.

O Comitê de Política Monetária decidiu, nesta quarta-feira, 16, por unanimidade, manter a taxa básica de juros, a Selic, em 11% ao ano.

A manutenção vai ao encontro da expectativa da maior parte do mercado financeiro, segundo pesquisa do AE Projeções. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 2 e 3 de setembro.

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É unânime a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manterá a Selic em 11% na reunião de julho, que termina nesta quarta-feira, 16. Das 80 instituições consultadas pela Agência Estado, todas acreditam que a autoridade monetária não fará qualquer alteração na taxa.

Confirmadas as previsões, o Copom terá mantido o juro inalterado pela segunda vez consecutiva. Na reunião anterior, de maio, o Banco Central parou de subir a taxa básica, após ter elevado de 10,75% para 11% no encontro de abril.

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De acordo com os economistas, diante da situação da economia - atividade fraca em contraposição à inflação em 12 meses acima do teto da meta de 6,5% -, o mais recomendável no momento é manter a taxa onde está até que o quadro seja mais claro. Os profissionais citam, ainda, que toda a comunicação do Banco Central alimenta a ideia de estabilidade, principalmente quando, em discursos e nos documentos, reforça que os efeitos da política monetária se manifestam sobre os preços com defasagem.

2014

A maioria dos economistas acredita que a taxa básica de juros da economia brasileira deve permanecer em 11% até o final de 2014. De um total de 80 casas, 71 esperam estabilidade da Selic no encerramento deste ano, enquanto nove preveem elevação dos juros. Deste montante, duas veem a taxa em 11,25%; cinco calculam Selic em 11,50%; e duas aguardam aumento para 12,00% no fim de 2014.

Os juros futuros fecharam com leve viés de alta nesta sexta-feira (11) em um dia mercado pelo giro fraco e pela falta de fatores para guiar os negócios. Operadores comentam que, com a atividade econômica fraca e inflação ainda elevada - apesar do movimento de desaceleração -, a expectativa é que o Banco Central mantenha a Selic estável na reunião do Copom na próxima semana e pelo menos até depois das eleições.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para outubro de 2014 (26.910 contratos) estava em 10,790%, de 10,782% no ajuste. O DI para janeiro de 2015 (84.675 contratos) apontava 10,78%, exatamente no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (74.885 contratos) marcava 11,12%, de 11,09%. No trecho mais longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (93.065 contratos) mostrava 11,46%, de 11,44%. E o DI para janeiro de 2021 (12.400 contratos) tinha taxa de 11,96%, igual ao ajuste anterior.

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Para o investidor em juros, o cenário para este ano está dado: inflação perto do teto da meta, juros estáveis e atividade fraca, sem tirar a situação fiscal do radar. Tamanha a previsibilidade, que não há expectativa de surpresas para o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana, nos dias 15 e 16. O comitê do BC deve manter a Selic em 11%, segundo aposta unânime das 80 casas consultadas pelo AE Projeções. Desse total, 71 esperam estabilidade da taxa básica até o fim deste ano, enquanto nove preveem elevação dos juros.

Nesse cenário, os indicadores divulgados hoje acabaram sendo colocados de lado. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,10% na primeira quadrissemana de julho. O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou fora do intervalo das previsões de 13 instituições pesquisadas pelo AE Projeções, que apontavam que o índice poderia ficar entre 0,05% e 0,09%, com mediana de 0,06%. Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) divulgado pela FGV, mostrou avanço de 0,3% em junho em relação ao mês anterior, para 66,8 pontos, com ajuste sazonal, de alta de 0,8% em maio.

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