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Um passageiro de 23 anos foi imobilizado e agredido por seguranças na estação Perus da Companhia Paulista dos Trens Metropolitano (CPTM), na zona norte de São Paulo, depois de não conseguir carregar o cartão de passagem nas máquinas de autoatendimento e, por isso, se negar a pagar por um novo bilhete. O caso aconteceu na manhã da última quarta-feira, 29. Em nota, a CPTM, responsável pela linha 7-Rubi, diz que apura os fatos.

O passageiro João Victor Ramos Viana, que trabalha como DJ e técnico de som, conta que seu cartão tinha saldo e que só precisava carregá-lo para conseguir passar pela catraca. Mas, quando foi validar os créditos na máquina, o dispositivo acusou que o sistema estava fora de serviço.

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"Eu, como consumidor, não tenho culpa", afirma Viana. "Eu fui avisar um funcionário da CPTM que estava sem sistema, que eu precisava carregar o meu bilhete e que eu poderia passar [pelas catracas] gratuitamente. Mas, ele falou que eu deveria entrar em contato com a SPTrans e comprar outra passagem. Eu disse que eu não poderia, que estava sem dinheiro e que eu precisava pegar o trem", diz o DJ.

O passageiro conta que, mesmo com a proibição do segurança, resolveu passar pelas catracas porque estava atrasado para chegar ao trabalho. "Nesse momento, três seguranças me pararam e dois deles começaram a me agredir", diz o rapaz. "Um me levou para o chão, outro me desferiu socos na costela, pontapés e usaram teaser, armas de choque. (Também) Começaram a me aplicar mata-leão, um golpe de jiu-jitsu."

Imagens gravadas por testemunhas mostram dois seguranças imobilizando João Victor Viana no chão e dando choques nas costas do passageiro, que pede para ser solto. Na cena, um terceiro segurança se aproxima da confusão e pede explicações ao rapaz sobre o que aconteceu.

"Eu estava atrasado, não podia faltar ao trabalho porque seria descontado do meu descanso remunerado. E eu recebo um salário mínimo", disse Viana à reportagem. Depois da abordagem, ele não seguiu viagem. Saiu da estação e, à tarde, fez um boletim de ocorrência no 46º Distrito Policial da capital (Perus) junto com exame de corpo de delito.

"Quando acontece um erro no sistema das máquinas, o passageiro pode passar gratuitamente pelas catracas. É direito do consumidor. Já aconteceu outras duas vezes comigo e deram certo, só nesta terceira que não", diz Viana.

Em nota, a CPTM diz que a equipe de segurança abordou um passageiro "que burlou" o bloqueio das catracas sem pagar pela passagem, "o que é considerado infração por evasão de renda, após não conseguir carregar o bilhete nas AMTs da estação". A companhia afirma ainda que João Victor Viana "reagiu à abordagem" e foi necessário "uso de força para contê-lo". No mesmo comunicado, a CPTM lamenta o ocorrido e diz que está apurando os "fatos seguintes à abordagem".

"A companhia reitera que não tolera nenhum tipo de violência contra vida nos trens e estações, seja por parte de seus colaboradores ou de passageiros que utilizam o sistema", diz a CPTM. Sobre a falha no sistema de máquinas que validam o cartão, a empresa diz que, na manhã desta quinta, "foi aberta falha junto à AutoPass, responsável pela administração e a fiscalização do Bilhete Único".

A AutoPass não respondeu aos questionamentos da reportagem até a publicação do texto.

A SPTrans diz lamentar o episódio, e afirma que o caso não aconteceu em sua área de atuação e que a empresa não é a responsável pelos equipamentos instalados nas estações de trens. "A instabilidade ou impossibilidade não justifica atos de violência", disse. "Vale ressaltar que a UP é empresa credenciada pela SPTrans para vender créditos do Bilhete Único, mas a contratação para instalação de equipamentos nas estações de trem é feita diretamente entre a empresa e a CPTM".

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso foi registrado como lesão corporal. "Um jovem de 23 anos compareceu ao 46º Distrito Policial (Perus), nesta quarta-feira (29), relatando que, ao tentar carregar seu bilhete na Estação Perus, encontrou o sistema fora do ar. Diante disso, solicitou aos funcionários do terminal que liberassem a catraca para ele, mas seu pedido foi negado. Como resultado, ele pulou a catraca, desencadeando uma confusão", diz a SSP.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a mirar os sindicatos. Em meio à greve dos metroviários, disse que a paralisação, além de não ter pauta, é apenas contra o avanço de projeto de privatizações e que é encabeçada por movimentos "capturados por partidos políticos" para prejudicar seu governo.

"Existe uma clara motivação política. Essas pessoas (sindicalistas) não representam os metroviários", disse o governador, em entrevista à CNN Brasil, nesta tarde. Tarcísio repetiu o que disse durante a manhã desta terça, 28, ao declarar que a proposta de liberar as catracas seria "irresponsável" por poder causar acidentes, e criticou os sindicalistas por, segundo ele, "ignorar solenemente" as decisões do Judiciário.

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A greve conjunta de funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos (CPTM) prejudica nesta terça-feira, 28, o funcionamento das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô, e as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa e 11-Coral, da CPTM.

Metrô

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- Linha 1-Azul: operação parcial (entre Tiradentes e Ana Rosa);

- Linha 2- Verde: operação parcial (entre Alto do Ipiranga e Clínicas);

- Linha 3-Vermelha: operação parcial (entre Bresser e Santa Cecília);

- Linha 5-Prata: paralisada.

CPTM

- Linha 7-Rubi: operação parcial (entre Luz e Caieiras);

- Linha 10-Turquesa: paralisada;

- Linha 11-Coral: operação parcial (entre Luz e Guaianases);

- Linha 12-Safira: funcionamento integral (intervalo de 8 minutos);

- Linha 13-Jade: funcionamento integral (intervalo de 30 minutos).

As linhas 12-Safira e 13-Jade, anteriormente previstas na paralisação, entraram em operação integral pela manhã, embora com intervalos maiores. A Linha 11-Coral, por sua vez, funciona apenas entre Luz e Guaianases com intervalos maiores.

Linhas administradas pela iniciativa privada

Metrô

- Linha 4-Amarela: operação normal;

- Linha 5-Lilás: operação normal.

De trens metropolitanos

- Linha 8-Diamante: funcionamento integral (em algumas estações, os intervalos variam entre 6 e 12 minutos);

- Linha 9-Esmeralda: funcionamento integral (em algumas estações, os intervalos chegam a 6 minutos).

Dificuldades

Ainda que tenha lido sobre a greve, a faxineira Leniria Pereira, de 61 anos, chegou a ir duas vezes até a estação Corinthians-Itaquera, na zona leste, para ver como estava a situação na manhã desta terça. "Tinha visto que pelo menos no horário de pico alguns trens do Metrô iam passar", disse. Moradora de São Miguel Paulista, ela trabalha na Santa Cecília, na região central.

Ao chegar na estação, porém, foi informada que a linha da CPTM estava fazendo apenas o trajeto da estação Guaianases até a Luz. Decidiu não arriscar. "Vou descer na Luz e fazer o que?", questionou. Logo após falar com a reportagem, ela tirava uma foto das portas do Metrô fechada para enviar para o empregador. "Ônibus hoje fica difícil, lota muito."

A situação é parecida com a da cuidadora Eliene Alves, de 42. Vizinha da estação Itaquera, ela tinha que se deslocar até o Parque São Pedro, na zona sul, para trabalhar. Diante dos portões fechados, cogitava voltar para casa quando falou com a reportagem. "Se o trem da CPTM já chega lotado em dia normal, imagina hoje", disse, encostada em um dos portões fechados do Metrô.

O auxiliar de infraestrutura Levy Reis, de 24, esperava encontrar uma situação melhor entre os ônibus na manhã desta terça. "Na greve de outubro gastei 5h para chegar ao trabalho, desta vez achei que fossem estar mais preparados", disse ele, que trabalha na região da Barra Funda, na zona oeste.

Quando falou com a reportagem, pouco antes das 7 horas, Levy ainda não sabia como chegaria ao trabalho. Os olhos não saiam das filas de ônibus que se formavam do lado externo da estação. "Tenho alguns planos. Já avisei no trabalho e vou esperar para ver se consigo entrar em algum ônibus."

Na zona sul de São Paulo, o movimento no Terminal Santo Amaro estava normal no início da manhã, segundo funcionários e passageiros. A reportagem não encontrou grandes filas ou aglomerações nos pontos de paradas de ônibus, cujos trajetos ligam a zona sul ao centro e a outras zonas da capital. Os veículos não saíam cheios do terminal.

As linhas 5-Lilás, do Metrô, e 9-Esmeralda, da CPTM, que fazem a conexão intermodal com o Terminal Santo Amaro, operam normalmente.

Pouco depois das 7 horas, a reportagem constatou que os vagões da Linha 5-Lilás chegavam cheios no sentido de Chácara Klabin, mas nada fora do normal.

Em razão da greve, passageiros como a copeira Maria do Rosário, que trabalha na Ana Rosa e normalmente utiliza a Linha 1-Azul, hoje com funcionamento parcial, optaram por utilizar as linhas em operação normal para chegar o mais próximo possível do trabalho e, então, terminarão o trajeto de ônibus.

"Eu consigo ir até a estação Santa Cruz pela Linha Lilás e de lá pegar um ônibus para terminar de chegar. Vou levar um pouco mais de tempo, mas até que não vai atrapalhar tanto", diz Maria.

Já Rodrigo dos Santos, administrador, pretende pegar um carro por aplicativo na estação Mackenzie-Higienópolis, da Linha 4-Amarela, para chegar até a Barra Funda. "Normalmente, eu vou para a estação Conceição (Linha 1-Azul) e pego a Linha Vermelha na Sé, até a Barra Funda. Hoje, resolvi vir por Santo Amaro para pegar a Esmeralda até a Linha Amarela. Achei que ia estar lotado aqui, mas está bem tranquilo. Acho que muita gente ficou em casa ou está indo trabalhar de carro", disse Rodrigo.

Rodízio de veículos

Por causa da paralisação, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio nesta terça-feira e vai disponibilizar mais ônibus na capital enquanto as mobilizações estiverem em curso.

Outras restrições permanecem valendo

As restrições de Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF) permanecem, bem como as proibições de circulação de veículos nas faixas e corredores de ônibus. As vagas rotativas de Zona Azul também não sofrerão alterações.

Reforço na frota de ônibus

A frota de ônibus está reforçada com mais 200 veículos (passará de 11.934 para 12.134) que ajudarão no transporte da população. Os itinerários de algumas linhas que costumam ter estações de metrô e trem como pontos finais também serão ampliados com o objetivo de levar os passageiros para regiões centrais e mais próximas de locais onde há maior concentração de comércio e serviços.

Ponto facultativo

O governo de São Paulo determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital paulista. A Prefeitura de São Paulo fez o mesmo. Cirurgias, exames e consultas médicas poderão ser remarcadas. Já escolas e creches, serviços de saúde, assistência social e segurança não serão interrompidos.

Outras categorias também aderem ao movimento

A greve de metroviários e ferroviários inclui também funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), professores da rede estadual de ensino e profissionais de outros serviços, como Fundação Casa.

Os manifestantes convocaram o movimento como forma de protesto às medidas adotadas pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatizar serviços como a Sabesp, e linhas do Metrô e da CPTM. As categorias também defendem que esse processo precisa ser feito por meio de um plebiscito e pedem para que o governo recontrate funcionários do Metrô demitidos por conta de paralisações anteriores.

Em comunicado divulgado na noite de segunda-feira, 27, o governo do Estado chamou a paralisação de "uma greve abusiva e política dos sindicatos de trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp". O movimento, segundo o governo, deve deixar mais de 4,6 milhões de passageiros sem acesso ao transporte sobre trilhos e provocar perdas de mais de R$ 60 milhões ao comércio nesta terça-feira.

"Ao ignorarem a lei que rege o direito à greve, os sindicalistas tornam toda uma população refém de interesses políticos e corporativos. Em menos de dois meses, tal prática inescrupulosa já prejudicou milhões de pessoas tanto na greve do dia 3 de outubro como no feriado do dia 12 do último mês. E o mesmo acontecerá de novo nesta terça", diz trecho do comunicado.

Na segunda-feira, a Justiça determinou que os metroviários e ferroviários trabalhem, respectivamente, com 80% e 85% do efetivo nos horários de pico, e com 60% nos demais períodos. Os funcionários da Sabesp também estão sendo ordenados, judicialmente, a não paralisar 100% das atividades e manter a operação de serviços essenciais durante toda terça.

Se as medidas forem descumpridas, os sindicatos de cada categoria estão sujeito a pagar uma multa de até R$ 700 mil.

Com a expectativa de greve dos sindicatos de trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp - em razão dos planos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatizar as companhias - o governo do Estado determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital nesta terça-feira (28).

"A medida visa a reduzir os prejuízos à população, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve", diz nota do governo.

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Segundo o Executivo, serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato. Consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo.

Os estudantes inscritos no Provão Paulista, cujo exame começaria na terça, tiveram suas provas reagendadas para a partir do dia 29. Os profissionais da educação estão excepcionalmente excluídos do ponto facultativo, já que estarão envolvidos na preparação do Provão.

O texto destaca que mesmo com a greve, as linhas concedidas do metrô e trens, como as Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, vão funcionar normalmente. Na última greve, Tarcísio destacou as linhas como um exemplo dos benefícios da privatização. No entanto, a linha 9-Esmeralda, citada pelo governador, apresentou uma série de falhas no dia da greve. O fato municiou a oposição no discurso contra a privatização tanto do transporte público, quanto do serviço de saneamento.

Determinações da Justiça

Por determinação da Justiça, 70% dos trens da CPTM deverão operar nos horários de pico e 50% nos demais períodos, sob pena diária de R$ 30 mil ao sindicato. O governo também protocolou um pedido de tutela antecipada na Justiça contra a paralisação pelos metroviários. O pedido do Metrô, que ainda aguarda decisão final do Judiciário, obriga a presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.

Os metroviários decidiram encerrar a greve na noite desta terça-feira (3) e recusaram propostas de realizar nova paralisação na próxima semana. A decisão foi tomada durante assembleia da categoria.

Foram apresentadas propostas pela continuidade da greve, sem interrupção, e pelo encerramento da paralisação com nova assembleia no dia 8 ou 9 e greve no dia seguinte. Mas, essas propostas de retomar a paralisação na próxima semana foram derrotadas.

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O resultado da votação foi anunciado pouco depois das 21h. Foram 2.952 votos, dos quais 2.331 pelo encerramento da greve e 587 por mantê-la. A proposta de nova paralisação na próxima semana foi recusada por 1.161 metroviários.

A greve unificada desta terça-feira foi em protesto contra o plano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) de desestatizar as empresas públicas. O interesse pela privatização de linhas de Metrô e da CPTM, bem como da Sabesp, já era anunciado por Tarcísio desde a época de campanha eleitoral, no ano passado.

A greve conjunta de 24 horas contra privatizações convocada pelos sindicatos de funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afetou mais de 3 milhões de pessoas direta ou indiretamente na Grande São Paulo nesta terça-feira - só as linhas do metrô paralisadas têm média diária de 2,7 milhões de atendidos.

Os sindicalistas alegam que a entrega da operação ao sistema privado pode tornar os serviços mais caros e com pior qualidade. O grupo cita, como argumento, falhas frequentes, como lentidão e descarrilamentos, nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, ambas administradas pela ViaMobilidade. Os erros levaram ao aumento de reclamação dos usuários do transporte e até investigação por parte do Ministério Público.

Na manhã desta terça-feira, em pronunciamento à imprensa sobre a greve, o governador Tarcísio de Freitas criticou o movimento organizado pelos sindicatos e ainda elogiou o trabalho das concessionárias que operam as linhas não afetadas pela greve. Por terem administração privada, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô e as 8-Diamante e 9-Esmeralda, da CPTM, não paralisaram as atividades em virtude do movimento de greve.

Linhas do metrô e trens metropolitanos em funcionamento nesta terça-feira (3):

Metrô

- Linha 1-Azul: fechada

- Linha 2-Verde: fechada

- Linha 3-Vermelha: fechada

- Linha 4-Amarela (ViaQuatro): funcionamento normal

- Linha 5-Lilás (Via Mobilidade): funcionamento normal

- Linha 15- Prata: fechada

Trens

- Linha 7-Rubi: de Caieiras à Luz

- Linha 8-Diamante (Via Mobilidade): funcionamento normal

- Linha 9-Esmeralda (Via Mobilidade): linha em operação e trecho entre Pinheiros a Jaguaré operando via singela

- Linha 10-Turquesa: fechada

- Linha 11-Coral: de Guaianases à Luz

- Linha 12-Safira: fechada

- Linha 13-Jade: fechada

Motivo de transtorno para os paulistanos ao longo desta terça-feira, 3, as greves nas linhas de metrô administradas pelo poder público, na CPTM e na Sabesp se transformaram rapidamente na mais nova arena de disputa eleitoral entre pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo em 2024. Os grevistas protestam contra a proposta do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que desde a campanha eleitoral no ano passado defende conceder a gestão de parte do sistema metroviário à iniciativa privada e privatizar a Sabesp sob o argumento de atrair mais investimentos e melhorar os serviços prestados à população.

Líder nas pesquisas até o momento, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se tornou alvo de ataques dos adversários, entre eles o atual prefeito e adversário, Ricardo Nunes (MDB), porque o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, um dos responsáveis por convocar a paralisação, é presidido por Camila Lisboa, filiada ao PSOL. Os sindicatos querem um plebiscito sobre o tema e os metroviários decidem, em assembleia a partir das 18h, os rumos da greve nos próximos dias. Na CPTM e a na Sabesp, não estão previstas novas assembleias e a paralisação deve se restringir a esta terça-feira.

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Ao Estadão, Tarcísio disse que não pensa em eleição municipal. "Estou pensando em investimento e dando andamento a estudos que me comprometi na campanha a fazer", afirmou. "[É] Natural estudar o ingresso de capital privado para aumentar a capacidade de investimento do Estado", acrescentou. Ele tem sustentado que a greve é política, já que não se trata de reivindicações por melhores condições de trabalho para os servidores.

Em diversas ocasiões nas últimas semanas, o governador elogiou Nunes e disse que é fundamental o alinhamento entre o Palácio dos Bandeirantes e a prefeitura da capital, em sinalização de que pode apoiar a reeleição do chefe do Executivo da capital. Mais cedo nesta terça-feira, questionou como São Paulo pode ser governada por alguém "que não vai querer dialogar com o governo", em referência a Boulos.

Como resposta, Boulos, disparou contra Nunes e Tarcísio e disse que a greve é responsabilidade da administração do governador devido à "intransigência" de não ter aceitado liberar as catracas em vez de paralisar os serviços. Essa proposta foi apresentada pelos sindicatos e rejeitada pela Justiça do Trabalho.

"É lamentável que o governador queira fugir de sua responsabilidade ao atribuir aos outros um problema gerado por ele mesmo e ao tentar partidarizar o debate. Pior ainda é ver um prefeito que abandonou a cidade querer fazer disso (a paralisação) palanque eleitoral", declarou o deputado ao Estadão.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerou que a greve no transporte na capital tem motivação política e associou a paralisação a "interesses políticos e ideológicos" e à eleição municipal de 2024. Em referência ao pré-candidato à Prefeitura do município, deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), Tarcísio questionou como a cidade será governada "por uma pessoa que não vai querer dialogar com o governo".

"Basta ver os vídeos das assembleias que percebemos essas motivações políticas, percebemos o que tem por trás, porque eles deixam muito claro. Infelizmente, nós temos hoje uma confusão de sindicato com partido político, um controle desses sindicatos por determinados partidos. Partidos que já mostram que não têm a menor disposição para dialogar. E que estão pleiteando, por exemplo, eleição municipal no ano que vem. O que será de uma cidade governada por uma pessoa que não vai querer dialogar com o governo?", disse o governador em entrevista coletiva concedida para comentar a greve unificada nesta terça-feira, 3.

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O governador afirma que não há diálogo com os grevistas. Camila Lisboa, que preside o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, é filiada ao partido de Boulos. A crítica de Tarcísio segue a mesma linha das declarações do prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que chamou greve no Metrô de "ideológica" e disse que a paralisação é "apoiada pelo PSOL". Nunes e Boulos devem se enfrentar pelo comando da Prefeitura no ano que vem.

Na manhã desta terça-feira, Tarcísio lamentou a greve e afirmou que a população está "refém de sindicatos". "Uma greve ilegal e abusiva, na qual nem mesmo a decisão da Justiça é respeitada e que tem como real objetivo promover o caos e atrapalhar a vida de quem realmente quer trabalhar por nosso Estado", afirmou.

Mais tarde, em entrevista à GloboNews, o governador voltou a apontar a necessidade de diálogo entre a Prefeitura de São Paulo e governo do Estado, enfatizando que isso acontece atualmente, com Ricardo Nunes no cargo. "De fato nós temos tido uma sinergia muito grande com a Prefeitura, então existem várias ações que precisam ser coordenadas. Não só na questão do enfrentamento à greve, como é o acionamento das linhas de ônibus, como é a questão do ponto facultativo. Mas no dia a dia, na construção de políticas públicas, e a capacidade de diálogo é fundamental. O cidadão ganha se tiver um bom alinhamento entre governo do Estado e Prefeitura", disse ele.

Boulos defendeu que a "grande responsável" pela greve é a intransigência do governo de São Paulo. "Os trabalhadores propuseram em juízo liberar as catracas em vez da paralisação, para não prejudicar os usuários. O Governo Estadual recusou a proposta. Apostou no conflito e não no diálogo", disse.

A greve unificada da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fechou seis linhas completas e duas de forma parcial. A paralisação foi definida inicialmente para durar 24 horas.

Posteriormente, um novo encontro do grupo vai avaliar quais serão os desdobramentos da campanha contra as privatizações e terceirizações dos serviços. Funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, também estão paralisados em protesto.

As categorias querem o cancelamento, pelo governo do Estado, dos processos de privatização e terceirização das empresas públicas, além da realização de um plebiscito com a população sobre o tema.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou, na manhã desta terça-feira (3), a greve deflagrada por funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de "abusiva, ilegal e política". Funcionários da Sabesp também aderiram à paralisação contra as privatizações em estudo no governo paulista. "Vamos continuar estudando as privatizações (Metrô e CPTM) e a da Sabesp está mais adiantada, com consulta às prefeituras e ao TCM", destacou.

Na noite de segunda-feira (2), funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) votaram e aprovaram a paralisação conjunta que começou à 0h desta terça-feira e tem previsão de duração de 24 horas. Nesta manhã, as linhas da CPTM e as doo Metrô, que não foram privatizadas, se encontravam paralisadas ou em operação parcial. No total, a paralisação do Metrô e da CPTM afetaram nove estações.

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"Infelizmente aquilo que a gente esperava tá se concretizando. Temos aí uma greve de Metrô, CPTM, uma greve ilegal, uma greve abusiva, uma greve claramente política, uma greve que tem como objetivo a defesa de um interesse muito corporativo. E quem tá entrando em greve tá se esquecendo do mais importante que é o cidadão", disse o governador na entrevista. Ele disse que não liberou as catracas "porque isso colocaria os cidadãos em risco". Essa decisão foi criticada pelos sindicalistas, pois segundo eles, com a liberação das catracas, os serviços não seriam paralisados.

Ao reiterar que a greve de hoje tem motivação política, o governador de São Paulo também que as direções dos sindicatos são compostas por partidos que "não dialogam" com a população, tanto que não cumpriram o acordo judicial de manutenção básica dos serviços no Metrô e na CPTM. "Ano que vem tem eleição (municipal) e os sindicatos já programam outras greve, é um abuso", frisou.

Na entrevista, Tarcísio disse que o governo está totalmente focado nesta terça nas medidas de contingência para minimizar "ao máximo" o impacto da greve no transporte sobre trilhos e nos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos na capital.

A greve desta terça-feira (3) que afeta o funcionamento de linhas do Metrô e da CPTM em São Paulo tem causado transtornos a passageiros que tentam se deslocar na capital e na região metropolitana. A paralisação tem feito com que haja uma peregrinação entre linhas que mantêm o funcionamento, aumentando o tempo do trajeto no início desta manhã. Além disso, os ônibus têm circulado mais cheios e os preços de corrida por aplicativo estão mais altos que a média diante da demanda.

A enfermeira Tatiana Souza, de 41 anos, prevê uma "verdadeira peregrinação", como ela mesmo descreve, para chegar ao trabalho nesta terça-feira por conta da greve. Funcionária de um hospital na região da Vila Mariana, na zona sul, normalmente ela vai até a Estação Corinthians-Itaquera, pega as linhas Vermelha e Azul do Metrô, e chega ao trabalho. O trajeto dura por volta de 45 minutos.

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"Hoje, por conta da paralisação, a ideia é ir de CPTM até a Estação Paulista, pegar a linha Amarela até a Estação Pinheiros, pegar a linha Esmeralda até a Estação Santo Amaro e, por fim, entrar na linha Lilás para chegar ao trabalho", disse. O tempo previsto é pelo menos o dobro do que ela gasta normalmente: 1h30. "Pelo menos uma colega de trabalho vai me acompanhar nessa."

Maria Adelina, 42 anos, empregada doméstica, decidiu pegar ônibus para chegar ao seu local de trabalho, no Morumbi. Com dificuldade para conseguir pesquisar o trajeto, ela pediu o celular de um colega emprestado para utilizar a internet e descobriu que levaria cerca de uma hora e meia a mais que o normal. "Atrapalhou bastante. De metrô é tudo mais fácil. Além disso, com certeza os ônibus vão estar todos cheios", disse.

No Jabaquara, os portões amanheceram fechados, com cartazes de greve e um grupo de metroviários explicando para a população os motivos da paralisação. O movimento de passageiros era pequeno, mas algumas pessoas, como Josemir Teixeira, 29 anos, pintor, não sabiam sobre a paralisação e deram de cara com a porta ao chegar na estação a caminho do trabalho.

Em razão da greve unificada aprovada em assembleia-geral na noite de segunda-feira (2) a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão sendo afetadas desde o início da manhã desta terça-feira (3).

Na noite de segunda, os funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) votaram e aprovaram a paralisação conjunta que começou à 0h desta terça-feira, e já vinha sendo alertada pelos sindicatos desde a semana passada. A paralisação das atividades deve durar 24 horas.

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Quais linhas estão sendo afetadas pela greve desta terça-feira?

Metrô

- Linha 1-Azul: fechada;

- Linha 2-Verde: fechada;

- Linha 3-Vermelha: fechada;

- Linha 15-Prata: fechada.

CPTM

- Linha 7-Rubi: de Caieiras a Luz;

- Linha 10-Turquesa: fechada;

- Linha 11-Coral: de Guaianases a Luz;

- Linha 12-Safira: fechada;

- Linha 13-Jade: fechada.

No início da manhã desta terça-feira, todas as linhas de gestão pública da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) já se encontravam paralisadas ou em operação parcial. As linhas 10-Turquesa, 12-Safira e 13-Jade amanheceram fechadas, enquanto as linhas 7-Rubi e 11-Coral estão, desde as 5h15, operando parcialmente. Enquanto isso, as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, de trens metropolitanos, administradas pela iniciativa privada, seguem em funcionamento normal.

No Metrô, apenas as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, da iniciativa privada, permanecem operantes, o restante das linhas amanheceu de portas fechadas.

Paralisação causa transtornos a passageiros

Moradora do Jardim Santo Antônio, na zona leste da cidade, a técnica de enfermagem Katia Angelina, de 38 anos, se preparou para pedir um carro de aplicativo por volta de 5h. A ideia era tentar driblar a greve e chegar a tempo no trabalho em uma instituição em Indianópolis, na zona sul. Em vão, mesmo pedindo com antecedência, a corrida estava mais cara.

"Não tinha como pagar isso, então vim de ônibus para a Estação Corinthians-Itaquera para tentar carro de aplicativo daqui", disse ela, que normalmente vai de Metrô para o trabalho. O expediente começava às 8h. Ao chegar na estação, encontrou o local bem mais cheia que o normal. O preço da corrida estava R$ 70. "Está bem mais alto, mas não tenho o que fazer, vou tirar do meu bolso."

Do outro lado da cidade, no Jabaquara, na zona sul da capital paulista, os portões também amanheceram fechados, com cartazes de greve e um grupo de metroviários explicando para a população os motivos da paralisação. O movimento de passageiros era pequeno, mas algumas pessoas não sabiam sobre a paralisação e deram de cara com os portões fechados ao chegarem na estação, como foi o caso do pintor Josemir Teixeira, de 29 anos, que também foi pego de surpresa.

"Eu moro na divisa com Diadema e trabalho na Raposo Tavares. Pego o Metrô todo dia por volta das 6h", conta Josemir. "A empresa em que eu trabalho não falou nada da greve. Eu descobri agora. Avisei para eles e estão mandando um encarregado para me buscar, porque não tem como eu ir de ônibus daqui."

Seguindo a orientação dos próprios metroviários, alguns trabalhadores, como o encanador José Veneranda, de 31, optaram por tirar uma foto do portão da estação fechado com indicativo de greve para justificar a falta no trabalho. Sentado em frente à entrada, ele afirmou que iria enviar a fotografia ao RH da empresa em que trabalha, na Barra Funda. "Não tem como ir de ônibus até lá", afirma, mostrando quanto tempo demoraria o trajeto por ônibus.

Parte dos passageiros demonstrou apoio à paralisação, mesmo dizendo não compreender completamente a pauta de reivindicações. "Eles estão certos, tem que lutar mesmo", diz Veneranda. No entanto, o motivo da greve não parece claro, mesmo com as explicações dos metroviários na porta da estação. A maioria das pessoas acredita que eles lutam por aumento de salário - na verdade, a pauta é barrar possíveis privatizações no serviço, alegando que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) já estaria negociando a concessão de mais linhas do metrô e da CPTM à iniciativa privada.

Categorias protestam contra plano de privatização

As categorias são contra a privatização das três empresas públicas. Os sindicatos alegam que a transferência das operações ao setor privado, por parte da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), carece de maior discussão com a sociedade e que projetos do tipo podem piorar a qualidade dos serviços.

"Queremos o cancelamento de todos os processos de privatização e terceirização das empresas públicas, e exigimos realização de um plebiscito oficial para consultar a população sobre as privatizações das empresas", disse Camila Lisboa, presidente do sindicato dos metroviários, na assembleia desta segunda.

As entidades afirmam que a concessão de linhas de transporte e a operação da rede de água e esgoto vão piorar a qualidade dos serviços. O principal argumento dos sindicalistas é o aumento das falhas nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM, o que resultou em mais queixas dos usuários no início deste ano.

A privatização desses dois ramais de trens viraram alvo de investigação do Ministério Público e motivo de dor de cabeça para o governo paulista, que aplicou multas e fez uma série de reuniões para resolver o impasse. A ViaMobilidade, consórcio que assumiu as linhas, tem afirmado fazer obras de melhorias e colocado novos trens em operação.

Os engenheiros do Metrô, porém, decidiram não participar da greve. O comunicado foi emitido após liminar do TRT da 2ª Região, que indeferiu recurso interposto contra a decisão pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo e, no mesmo documento, estendeu os efeitos da decisão ao Sindicato dos Engenheiros do Estado (SEESP), incluindo o pagamento de multa diária de R$ 500 mil. O Sindicato dos Engenheiros, então, recuou da participação na greve e, na noite desta segunda-feira, comunicou a decisão à direção do metrô.

Em virtude do movimento de greve, o governo de São Paulo decretou ponto facultativo em órgãos públicos - com isso, consultas, exames e demais serviços públicos agendados para esta terça deverão ser remarcados.

Também com o objetivo de diminuir os impactos da paralisação, a Prefeitura da capital paulista suspendeu o rodízio de veículos para esta terça (continuará funcionando normalmente para caminhões) e ampliou o itinerário de 26 linhas municipais de ônibus.

As linhas 4-Amarela e 5-Lilás, de metrô, e as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, de trens metropolitanos, administradas pela iniciativa privada, funcionam normalmente, segundo a Via Quatro e a Via Mobilidade.

Os funcionários também definiram pontos de piquetes. Os ferroviários deverão se juntar nas estações da Luz, Mauá, Pirituba e Francisco Morato; enquanto os metroviários organizam manifestações nos pátios de Itaquera, Belém, Oratório, Tamanduateí e na estação Ana Rosa. Os piquetes dos trabalhadores da Sabesp estão programados para os seguintes endereços: Avenida Santos Dumont, Rua Sumidouro, Avenida Santo Amaro e Rua Sebastião Preto, na Mooca.

A liberação de catracas chegou a ser sugerida pelo Sindicato dos Metroviários, mas a Justiça do Trabalho não autorizou a medida. E segundo o sindicato, não haverá interrupção do fornecimento de água.

Governo critica movimento grevista

O governo de São Paulo define o movimento como "ilegal" e "abusivo". "É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão", afirmou a gestão Tarcísio em nota.

O governador do Estado deve fazer um pronunciamento nesta terça, às 7 horas, junto com os presidentes das três companhias, para detalhar as medidas de contingência para diminuir os impactos da paralisação de parte do transporte de São Paulo, e nos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos na capital.

"É importante esclarecer à população que a greve não foi convocada para reivindicar questões salariais ou trabalhistas, mas sim para que os sindicatos atuem, de forma totalmente irresponsável e antidemocrática, para se opor a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas", continuou o governo.

A gestão Tarcísio afirma ainda que os debates para a privatização devem ser feitos em audiências públicas "e não por meio da ameaça ao impedimento do direito de ir e vir do cidadão". "É por meio do processo de escuta de diálogo das desestatizações que os sindicatos contrários devem se manifestar, de forma democrática, convencendo atores políticos e a própria sociedade de que a proposta do governo de São Paulo não é a ideal", disse em nota.

O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT) concedeu na sexta-feira, 29, liminares ao Metrô e à CPTM determinando a operação de 100% dos serviços no horário de pico (6h às 9h e das 16h às 19h) e de 80% nos demais horários, com multa de R$ 500 mil para cada um dos sindicatos em caso de descumprimento. Na Sabesp, a taxa de trabalhadores que devem atuar é de 85% e a multa, de R$ 100 mil.

Suspensão do rodízio

A Prefeitura de São Paulo anunciou a suspensão do rodízio de veículos na capital nesta terça-feira, em função da greve de 24 horas realizada pelos funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp.

Aulas da rede estadual são suspensas

A Secretaria da Educação do Estado decidiu suspender as aulas da rede na capital e região metropolitana nesta terça-feira em razão da paralisação no transporte. "A dispensa foi definida para que nenhum estudante ou trabalhador seja prejudicado com eventuais faltas, na impossibilidade de chegar até a escola", informou a pasta.

Segundo a administração estadual, todas as provas serão reagendadas, "inclusive nas escolas que estão aplicando a repescagem da Prova Paulista, a avaliação bimestral aplicada em toda a rede". "A Seduc-SP também organizará a reposição de aulas, em data a ser divulgada em breve."

Funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) agendaram greve conjunta para terça-feira, 3.

As categorias protestam contra o plano de privatizações de linhas metroferroviárias e da estatal de saneamento, uma das principais promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nesta segunda-feira, 2, os servidores aprovaram, em assembleia, a paralisação.

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O governo classifica a mobilização como "política". Os sindicatos, por sua vez, afirmam que o objetivo é ampliar a participação da sociedade e evitar a piora dos serviços.

A Justiça já determinou 100% de operação do metrô e da CPTM em horários de pico. O sindicato dos metroviários, por sua vez, promete recorrer da decisão por considerá-la um "ataque ao direito constitucional de greve".

O que para e o que funciona

- As linhas do metrô 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô devem paralisar atividades, segundo o sindicato;

- As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô, operadas pela iniciativa privada, não serão afetadas;

- O sindicato prevê paralisação de todas as linhas da CPTM de gestão pública, ou seja, as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-jade;

- Já as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda seguirão operando na terça-feira, pois são administradas pela iniciativa privada.

- Na Sabesp, os trabalhadores dizem que não haverá interrupção no abastecimento de água.

Funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) agendaram uma greve conjunta de 24 horas para a terça-feira (3). As três categorias farão uma assembleia coletiva na noite de segunda (2) para uma votação simbólica que deve confirmar a greve, de acordo com os sindicalistas.

A paralisação é contra os projetos de privatizações do governo, que inclui linhas da rede metroferroviária e a estatal de saneamento. Os sindicatos dizem que querem discutir mais esses planos com a sociedade e evitar a piora do serviço. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem chamado a greve de "política" e afirmado que os projetos de concessão à iniciativa privada estão sendo debatidos.

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Quais linhas devem parar?

As linhas do metrô 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô devem paralisar atividades, segundo o sindicato

As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô, operadas pela iniciativa privada, não serão afetadas

O sindicato prevê paralisação de todas as linhas da CPTM de gestão pública, ou seja, as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade

Já as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda seguirão operando na terça-feira, pois são administradas pela iniciativa privada

Como vai ser nos horários de pico?

Na sexta-feira, 29, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT) concedeu liminares ao Metrô e à CPTM determinando a operação de 100% dos serviços no horário de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 80% nos demais horários, com multa de R$ 500 mil para cada um dos sindicatos em caso de descumprimento. No caso da Sabesp, o porcentual de trabalhadores que devem atuar é de 85% e a multa, de R$ 100 mil.

"O serviço é de vital importância à sociedade paulista que se locomove pela Grande São Paulo, servindo o Metrô como ‘coluna vertebral’ da distribuição do transporte público e, portanto, a precária atividade afetaria inclusive a outros tantos ramos importantes da sociedade, hospitais, segurança pública, escolas etc, dado que o tráfego de automóveis na capial já se encontra há muito saturado", escreveu o desembargador do Trabalho Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira.

Haverá liberação de catracas?

A liberação de catracas chegou a ser sugerida pelo Sindicato dos Metroviários, mas a Justiça do Trabalho não autorizou a medida.

Os serviços da Sabesp serão afetados?

Segundo o sindicato, não haverá interrupção do fornecimento de água. No dia da paralisação, os funcionários realizarão um ato junto à sede da companhia no bairro da Ponte Pequena, região central.

Liberdade terá ruas abertas no domingo, co

Desde a tarde de segunda-feira (11) os funcionários de bilheterias das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, de trens metropolitanos, paralisaram suas atividades. Eles reclamam de falta de pagamento do salário e benefícios referentes a agosto. A greve, no entanto, não está afetando a circulação de trens, já que a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) deslocou funcionários para o atendimento.

As duas linhas são administradas pela ViaMobilidade, mas a venda de bilhetes é de responsabilidade da CPTM, de acordo com a concessionária. Ou seja, é a companhia que administra e contrata a empresa terceirizada responsável pelo serviço.

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"A CPTM deslocou funcionários para as bilheterias das linhas 8 e 9 e tudo está funcionando normalmente", afirma a concessionária. No dia anterior, a recomendação, era de que as pessoas comprassem o bilhete com antecedência.

"A ViaMobilidade reitera que, de acordo com o contrato de concessão, a comercialização dos bilhetes nas estações das linhas 8 e 9 segue sob responsabilidade da CPTM", acrescentou.

Procurada, a CPTM confirmou que a operação para a venda de bilhetes em estações das linhas 8 e 9 será mantida com a atuação de colaboradores da companhia.

Segundo a companhia, as estações Itapevi e Carapicuíba (da Linha 8-Diamante), Grajaú e Osasco (da Linha 9-Esmeralda) funcionam normalmente das 4h às 00h e as demais das 5h às 23h.

"Assim que foi notificada da desistência da empresa (terceirizadas, que fornece funcionários para as estações), a CPTM instaurou um procedimento para aplicar as sanções previstas em contrato pelo descumprimento do serviço. A companhia reitera que todos os pagamentos à empresa foram rigorosamente cumpridos, que avalia outras opções para a manutenção do serviço", afirma a CPTM.

A companhia acrescenta que os passageiros também podem obter a passagem via cartões TOP, Bilhete Único e Fidelidade, pagamento via Whatsapp e aplicativo de celular, além das máquinas de autoatendimento para compra e recarga de bilhetes.

O maquinista da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) suspeito de atirar contra dois colegas de trabalho na Estação da Luz, na região central de São Paulo, no último domingo (25), foi encontrado morto pela Polícia Militar na tarde desta quinta-feira (29).

O corpo foi localizado na Rodovia Anhanguera, em São Simão, cidade do interior do Estado, que fica localizada a 280 quilômetros da capital. O funcionário da companhia estava foragido desde o último final de semana, quando abriu fogo contra outros dois trabalhadores da CPTM.

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Um dos homens que foi alvo dos disparos chegou a ser socorrido para a Santa Casa, também no centro de São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O outro funcionário teve o pé atingido e foi levado a uma unidade do Hospital Sancta Maggiore para receber atendimento médico.

Ao longo da semana, a Polícia Civil informou que um conjunto de armas e munições foi encontrado na casa do suspeito, que não tinha autorização para o porte de armas.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, junto com ele foram encontradas a motocicleta usada na fuga e também uma pistola, que foram apreendidas pelos policiais. As circunstâncias da morte do maquinista estão sendo investigadas pela Delegacia de São Simão.

Um maquinista que trabalhava há 11 anos na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) efetuou disparos com arma de fogo em uma sala na área interna da Estação da Luz, no centro de São Paulo, neste domingo (25), e atingiu dois colegas de trabalho. Após o crime, o homem fugiu e segue desaparecido.

De acordo com a CPTM, as vítimas foram socorridas, mas uma delas, um supervisor de tração, não resistiu ao ferimento e morreu na Santa Casa. A segunda, um maquinista, levou o tiro no pé, foi levado a uma unidade do Hospital Sancta Maggiore e está sob cuidados médicos.

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"Lamentamos profundamente a trágica perda de um dos nossos colegas de equipe em um ato de violência chocante ocorrido ontem", disse a CPTM no Twitter nesta segunda-feira, 26, ao decretar luto.

A ocorrência foi registrada no 2° DP, no Bom Retiro, e a CPTM disse em nota que está colaborando com a investigação policial para descobrir a motivação do crime e elucidar o caso. "A Assistência Social da companhia está dando suporte aos familiares do supervisor que faleceu e acompanhando o maquinista ferido. A CPTM conta com diversos programas de incentivo ao bem-estar, como avaliação e acompanhamento psicológico, que no caso dos maquinistas é anual e obrigatória, além do plano de assistência médica com direito a consultas psicológicas", afirmou a companhia.

O segundo dia de greve no Metrô de São Paulo, que paralisa as Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata nesta sexta-feira (24) provocou superlotação nos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em Itaquera, na zona leste. Passageiros que não estão habituados com os trens também reclamaram da falta de informações dos funcionários sobre o melhor caminho a seguir na falta do metrô. As linhas do metrô atingidas pela greve operam apenas em pequenos trechos (veja no fim da matéria).

Por volta das 6h50, os passageiros da estação Corinthians-Itaquera, da Linha-3 Vermelha, uma das mais movimentadas da região, simplesmente não conseguiam embarcar nos trens com destino à Luz, na região central. As composições, vindas de Guaianases, já chegavam lotadas, o que os obrigava a aguardar ou "se espremer" nos vagões. A empregada doméstica Marta Carvalho, de 60 anos, esperou três trens antes de seguir viagem. Ela precisava chegar ao Paraíso, na zona sul. Já estava com meia hora de atraso em relação ao horário habitual.

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Em caráter emergencial, funcionários da CPTM orientavam os passageiros sobre a disponibilização de carros extras. Às 7h04, o aviso de que o trem para Guaianases teria o seu sentido invertido para a Luz provocou corre-corre e tumulto nas plataformas. Ninguém se feriu.

Os acessos à plataforma também estavam lotados. Para controlar o fluxo dos passageiros que chegavam pelo terminal de ônibus, a CPTM instalou grades de proteção nas proximidades das escadas. As escadas rolantes foram desligadas como medida de segurança. Para comprovar as dificuldades de locomoção, passageiros faziam vídeos e fotos do trajeto. O agente de segurança Natan Tardio, de 30 anos, enviou as mensagens para a empresa para justificar o atraso - ele tinha de estar no Parque D. Pedro às 7h30 - faltavam 10 minutos.

A média de passageiros transportados na linhas atingidas pela greve é de quase 3 milhões em dias úteis. Nesse cenário, muita gente simplesmente desistiu. Foi o caso da cuidadora Odassi Nascimento, de 50 anos, que precisava chegar à Mooca. Normalmente, ela vai até o Tatuapé e, de lá, precisa pegar um ônibus. Sem Metrô, ela não conseguiu opções e decidiu avisar que faltaria ao trabalho - ela auxilia um senhor de 91 anos. Odassi reclamou que ninguém soube informá-la sobre um caminho alternativo.

As Linhas 4-Amarela e 5-Lilás funcionam normalmente, assim como todas as linhas da CPTM. As transferências da CPTM para o Metrô, entretanto, permanecem fechadas. O governo de São Paulo e a Prefeitura da capital deram ponto facultativo aos servidores públicos. O rodízio de veículos permanece suspenso, mas a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF) estão mantidas.

O Metrô apresentou na madrugada desta sexta-feira uma proposta ao Sindicato dos Metroviários para encerrar a greve, com o retorno de 100% do efetivo às atividades. "A votação dos metroviários deve ocorrer em assembleia do sindicato, ainda pela manhã, e a expectativa do Metrô é que o serviço possa ser totalmente restabelecido. A proposta contempla o pagamento em abril de abono salarial no valor de R$ 2 mil e a instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024", disse a companhia em nota.

Como estão funcionando as linhas do Metrô afetadas pela greve:

- Linha 1-Azul: de Ana Rosa a Luz;

- Linha 2-Verde: de Alto do Ipiranga a Clínicas;

- Linha 3-Vermelha: de Santa Cecília a Bresser-Mooca;

- Linha 15-Prata: permanece fechada.

Um funcionário terceirizado da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de 52 anos morreu após ser atingido por um trem entre as estações Tatuapé e Engenheiro Goulart, da Linha 12-Safira da CPTM na noite da terça-feira (14). Um segundo colaborador, de 48 anos, também atingido, foi encaminhado com ferimentos nas costas ao Pronto Socorro Tatuapé, na zona leste de São Paulo, onde permanece internado.

"Os funcionários terceirizados foram atendidos por equipes de segurança da CPTM e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sendo que um deles, com um ferimento nas costas e consciente, foi encaminhado ao Pronto Socorro Tatuapé. Infelizmente, a segunda vítima faleceu ainda no local do acidente", disse a CPTM em nota.

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A companhia afirma ainda que eles são treinados para atuar no local.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que investiga a morte do homem, provocada após ser atingido por um trem da CPTM, às 20h41 de terça-feira, no bairro Penha de França, na zona leste da capital.

"Dois agentes de segurança de uma estação relataram que foram acionados para ajudar dois vigilantes que foram atingidos pela locomotiva. Ao chegar no local, encontraram as duas vítimas, dois homens, de 48 e 52 anos, feridos", afirmou a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP).

A ocorrência foi registrada como morte suspeita (morte acidental) e atropelamento no 10º DP (Penha de França). Também foram solicitados exames periciais ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML).

A CPTM afirma ainda que lamenta o ocorrido e informa que irá auxiliar na apuração das circunstâncias do incidente.

Os ferroviários de São Paulo estão em greve desde a 0h desta quinta-feira (15). De acordo com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), estão sendo afetadas nesta manhã as linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa. Já as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade operam normalmente. O anúncio foi feito pelo sindicato da categoria na noite anterior.

Os trens da linha 8-Diamante estão circulando entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Barueri. A linha 7-Rubi está fazendo o percurso entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Caieiras. Já as linhas 10-Turquesa e 9-Esmeralda estão totalmente paradas. Não há previsão para o fim da greve.

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Pelo Twitter, a CPTM informou a usuários que o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) não será acionado. O sistema oferece alternativas de transporte a passageiros quando há interrupção no funcionamento de linhas de ônibus, metrô ou trem. "Não há previsão de Paese em casos de greve", escreveu a companhia na rede social. Durante a greve dos metroviários de São Paulo, há cerca de dois meses, o sistema foi acionado.

O Sindicato alega que tenta negociar desde março com a CPTM, que propôs um reajuste salarial de 0% para este ano de 2021 e se mostrou "intransigente" durante reunião na tarde desta quarta, no Tribunal Regional do Trabalho. Eluiz Alves de Matos, presidente do Sindicato, afirma ainda que a empresa não cumpriu um acordo prévio de pagamento da multa do Programa de Participação de Resultados. As parcelas estavam previstas para março e junho deste ano.

"Trabalhamos em toda a pandemia, perdemos vários companheiros para a covid-19, e estamos sem reajuste desde o ano passado. Aguardamos que o governo do Estado se sensibilize e minimamente atenda às nossas demandas", diz Matos.

A decisão pela greve foi tomada durante assembleia no último dia 6 e uma nova reunião da categoria está marcada para a tarde desta quinta-feira. Além do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, também aderiram à paralisação o Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana e o Sindicatos dos Engenheiros de São Paulo.

Em nota publicada em suas redes sociais, a CPTM diz lamentar a greve e afirma que tem uma decisão da Justiça do Trabalho que obriga a manutenção de 80% dos profissionais da categoria durante os horários de pico e 60% nas demais horas, sob pena de R$ 100 mil por hora. "A empresa também irá operar com um plano de contingência para atender a todos que precisam do transporte, principalmente aos que trabalham em serviços essenciais", diz o texto.

Nesta semana, o Governo de São Paulo passou a adotar a venda exclusiva de bilhetes digitais com QR Code no lugar das fichas unitárias nas estações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A projeção é que até maio todos os usuários do transporte já estejam utilizando o novo padrão. Aqueles que tiverem o bilhete tradicional ainda poderão embarcar. Durante o período de transição haverá profissionais com identificação para auxiliar os passageiros nos horários de pico.

De acordo com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o uso do bilhete digital vai proporcionar uma economia de até R$ 100 milhões ao ano. Apesar da mudança, ainda haverá a opção para aqueles que desejarem o bilhete em papel. A recomendação de uso inclui o cuidado para não amassar ou rasurar o espaço do bilhete com o QR Code, para que não haja problemas durante a passagem na catraca. Após a compra, recomenda-se que o ticket seja usado em até 72 horas.

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Já para os passageiros que forem utilizar o QR Code com o smartphone, deverão fazê-lo pelo aplicativo TOP, disponível para Android e IOS. Os usuários podem efetuar a compra de até dez bilhetes por dia e não haverá data de validade para expirar.

De acordo com o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, a inserção do código surgiu com a intenção de proporcionar mais comodidade para os passageiros da CPTM e linhas do Metrô.

O governo de São Paulo e a Prefeitura da capital anunciaram nessa terça-feira (29) a decisão de congelar os valores das passagens de ônibus municipais, do Metrô e da CPTM em 2021. Os valores permanecerão em R$ 4,40.

Segundo nota conjunta divulgada pelo governo e pela Prefeitura, a decisão de manter as tarifas ocorre pela crise econômica e sanitária causada pela pandemia da Covid-19. "Com esforços de gestão, a tarifa não será reajustada para não sobrecarregar a parcela menos favorecida da população", diz a nota.

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O comunicado também afirma que houve retração média de 60% do número de passageiros em todos os modais ao longo de 2020. "A reforma administrativa implementada pelo governo do Estado, com enxugamento da máquina e ajuste fiscal, permite o congelamento da tarifa com responsabilidade social e de gestão pública, beneficiando mais de 8 milhões de usuários do transporte público da capital diariamente."

Desde o início da pandemia, a Prefeitura manteve a oferta de ônibus sempre acima da demanda de passageiros, que caiu 65%, em média, em 2020. O último ano em que a tarifa de transporte público não sofreu reajustes foi em 2016, válido para 2017 - a passagem custava R$ 3,80.

A medida foi promessa de campanha do então candidato à Prefeitura, João Doria (PSDB). Na ocasião, o governo de São Paulo também manteve o valor da passagem de trem e metrô.

Em dezembro de 2017, Doria e o governador Geraldo Alckmin (também do PSDB) anunciaram o fim do congelamento da tarifa básica de Metrô, trem e dos ônibus a partir de janeiro de 2018. A tarifa foi então para R$ 4 - um aumento de 5,26%. Em janeiro de 2019, o valor subiu novamente, para R$ 4,30, e no ano seguinte, para R$ 4,40.

Gratuidade

O anúncio de congelamento das tarifas foi feito uma semana depois das gestões Bruno Covas (PSDB) e João Doria (PSDB) decidirem retirar o direito de idosos acima de 60 anos de viajar gratuitamente em ônibus, trens e metrô na capital, além dos ônibus intermunicipais da Grande São Paulo, em uma ação conjunta para reduzir os custos do transporte. A mudança está prevista para ocorrer a partir do dia 1.º de janeiro de 2021.

Idosos acima de 65 anos não pagam passagem por causa do Estatuto do Idoso, uma lei federal. O direito também está garantido na Constituição. Em São Paulo, esse limite havia baixado para 60 anos em 2013, durante as gestões Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), em uma medida adotada em meio aos protestos contra o aumento da tarifa ocorridos naquele ano. Na ocasião do anúncio, a Prefeitura e governo do Estado enviaram uma nota conjunta sobre o tema, argumentando que "a mudança na gratuidade acompanha a revisão gradual das políticas voltadas a essa população".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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