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Depois de poupar nove titulares contra o Central, o técnico Eduardo Baptista vai escalar o melhor que tem à disposição para o confronto diante do CSA-AL, nesta terça-feira (25), às 20h30, no Estádio Rei Pelé, no bairro Trapiche da Barra, em Maceió. No jogo válido pelas quartas de final da Copa do Nordeste, o Sport tem a vantagem de dois gols por ter vencido o jogo de ida.

“Vamos com a força máxima. É uma partida difícil. Conseguimos uma vantagem, mas não definimos nada. É decisão e estamos concentrados”, afirmou.

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O comandante rubro-negro ainda destacou a importância dos titulares terem sido poupados. “A equipe vinha de um desgaste físico grande. Felizmente, com o descanso que demos todo mundo está 100%”, explicou.

Sendo assim, o Sport está definido com: Magrão; Patric, Ferron, Durval e Renê, Rodrigo Mancha, Ewerton Páscoa, Aílton, Ananias e Érico Júnior; Neto Baiano. “Quando se tem uma sequência, é interessante. Jogar juntos sempre ajuda muito nas jogadas, posicionamento. Tudo isso facilita durante a partida”, concluiu o treinador.

A Federação Alagoana de Futebol (FAF) resolveu impedir o acesso de todas as torcidas organizadas do Sport no jogo contra o CSA, através da Resolução 007/15. A partida será realizada nesta terça-feira (25), às 20h30, no estádio Rei Pelé, em Maceió. Segundo a instituição, a ação pretende prevenir os confrontos dentro do estádio.

Também não será permitida a utilização de objetos que possam identificar qualquer torcida organizada do time pernambucano. Na resolução, a FAF relembra dos acontecimentos envolvendo a Torcida Jovem do Sport, no último dia 19 de janeiro, em João Pessoa, na estreia da Copa do Nordeste.

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Confira a resolução:

RESOLUÇÃO DA PRESIDÊNCIA – Nº 007/15 – Proibindo a entrada de todas as Torcidas Organizadas do Sport Recife na partida contra o CSA no dia 25 de fevereiro, pela Copa do Nordeste no estádio Rei Pelé.

CONSIDERANDO que a torcida do Sport envolveu-se em confusões durante partida da Copa do Nordeste 2014, além do histórico de violência em jogos do Campeonato Pernambucano e competições nacionais.

Resolve:

Proibir todas as Torcidas Organizadas do Sport Club do Recife na partida contra o CSA no dia 25 de fevereiro, às 20h30 no estádio Rei Pelé, pela segunda fase da Copa do Nordeste 2014, bem como a utilização de qualquer indumentária e objetos (faixas, bandeiras, camisas, bonés, símbolos, calções, agasalhos, toucas, etc.) que identifiquem os associados das referidas torcidas uniformizadas.

Esta resolução entra em vigor a partir desta sexta-feira (21/02), revogadas as disposições em contrário.

José Eurico Beltrão Coelho da Paz

Presidente

 A dupla de zaga do Sport há quatro jogos é formada por Ferron e Durval. É possível falar em quatro jogos porque no primeiro desta sequência, Oswaldo iniciou a partida como titular, mas foi substituído nos primeiros minutos do clássico contra o Náutico. E, desde então, o Leão não sofreu mais gols. Os zagueiros deram mais consistência ao setor, mas o bom momento do sistema defensivo deve-se também aos homens de frente, e foi reconhecido pelo próprio técnico Eduardo Baptista após a vitória contra o CSA.

“O Neto Baiano corre atrás dos zagueiros, os atacantes anulam os laterais e os volantes anulam os meias. Os nossos laterais pegam e os zagueiros estão sempre bem posicionados”, explicou o comandante rubro-negro. “Quando se fala em não tomar gol, fala no grupo inteiro. Eles entenderam que é necessário correr junto com o companheiro e ter espírito de equipe”, completou.

O que o treinador falou na entrevista coletiva pôde ser observado nos últimos jogos. Érico Júnior pela direita e Ananias pela esquerda pressionando os laterais e acompanhando-os até a defesa rubro-negra. Neto Baiano, com seu estilo brigador e de muita raça, apertando a saída de bola a partir da zaga adversária. E Aílton dando combate nos volantes.



A imagem exemplifica o que aconteceu no duelo diante do CSA e, neste jogo, Eduardo Baptista colocou o time com uma marcação mista. Além de por zona, Ewerton Páscoa ficou responsável por seguir e anular o meia Daniel Costa. O camisa 10 é o jogador mais criativo da equipe alagoana, mas pouco produziu na Ilha do Retiro.

Com essa força-tarefa começando desde o ataque, são poucos os lances que exigem dos zagueiros. Porém, quando é necessário, eles estão sendo eficientes. O mesmo pode ser dito de Magrão, que também agradece pela marcação realizada desde o campo ofensivo.

O discurso do técnico Eduardo Baptista e de todo o elenco do Sport é o mesmo. Nada de comemorar a classificação para a semifinal da Copa do Nordeste de forma antecipada, mesmo com a vitória por 2x0 no jogo de ida. O comandante rubro-negro ressaltou a importância de ter atenção no duelo do próximo dia 25, no Rei Pelé.

“A vantagem é excelente, mas não tem nada ganho. Teremos de ter maturidade para administrar o resultado. Em Maceió o campo é grande e é difícil de jogar. Tem que ter humildade para marcar e sempre que puder temos que jogar”, analisou Eduardo Baptista.

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Apesar de ter quase dez dias até a partida de volta, o treinador espera que a equipe repita o feito na Ilha do Retiro. “Vamos fazer o mesmo, apenas corrigindo algumas coisas. A vantagem é considerável, mas não ganhamos nada. Do outro lado tem um treinador emergente e com bons resultados. Se ficarmos só na defesa, vamos tomar gols”, finalizou.

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As ruas ao redor da Ilha do Retiro estavam vazias, pouca movimentação e sem o trânsito intenso que é comum em dias de partida. Na chegada ao estádio, apenas as pessoas que estavam a trabalho. Faltava o torcedor, punido por culpa de meia dúzia de irresponsáveis que causaram confusão no Almeidão, em João Pessoa.  Ainda que não tenha havido emoção vindo das arquibancadas, o Sport largou na frente nas quartas de final da Copa do Nordeste, neste domingo (16). Com gols de Neto Baiano e Ferron, o Leão venceu o CSA por 2x0.

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No próximo confronto entre as duas equipes, no dia 25 de fevereiro, no Rei Pelé, em Maceió, os rubro-negros têm a vantagem de perder pelo placar mínimo que, ainda sim, se classificam para as semifinais. E se marcar um tento fora de casa, obriga o adversário a marcar quatro. 

O Sport agora dá uma parada no Nordestão e volta às atenções para o Campeonato Pernambucano. Na quarta-feira (19), o adversário será o Porto, ás 22h, no Lacerdão, em Caruaru.

Sport sai na frente, mesmo em ritmo de treino

Sem cânticos de apoio e sem vaias para colocar pressão, a partida começou em ritmo de treino, até certo ponto lento para o que pedia o jogo. Com pouca vibração, as duas equipes demoraram a perceber que estavam iniciando a decisão de uma vaga nas semifinais da Copa do Nordeste. Eduardo Baptista apostou na mesma formação que deu certo desde que assumiu o comando do Sport, mas teve dificuldades porque o técnico Oliveira Canindé colocou o CSA no 4-5-1 para neutralizar os rubro-negros de criação.

Com o meio-campo congestionado, o Leão buscou as laterais para chegar ao ataque. Entretanto, diferente dos jogos anteriores, o setor esquerdo foi mais utilizado e, por lá, Renê cruzou para Neto Baiano completar de primeira para o fundo das redes, aos 29 minutos: 1x0. O Rubro-Negro ainda poderia ter descido para os vestiários com o placar melhor. Porém, Pantera salvou a cobrança de falta de Aílton no ângulo e Neto Baiano perdeu uma chance incrível nos minutos finais.

Ferron aumenta a vantagem rubro-negra

Os alagoanos voltaram para a etapa complementar valorizando a posse de bola, trocando passe para chegar ao ataque. Contudo, quem chegou outra vez ao gol foram os rubro-negros. Após cobrança de escanteio de Renê, o zagueiro Ferron, mesmo sendo puxado por Breno, mandou de cabeça no canto esquerdo de Pantera para marcar o segundo tento da partida.

Perdendo por 2 a 0, os visitantes partiram para cima tentando diminuir a desvantagem. Pressionou, continuou tocando a bola em busca de espaço. Até conseguiu assustar após falha de Durval, mas Patric salvou em cima da linha. No restante do tempo, o Sport conseguiu se segurar e levar uma boa vantagem para a partida da volta em Maceió.

Ficha do jogo 

Sport 2

Magrão; Patric (Bileu), Ferron, Durval e Renê; Ewerton Páscoa, Rodrigo Mancha, Ailton e Ananias; Érico Júnior (Felipe Azevedo) e Neto Baiano (Everton Felipe). Técnico: Eduardo Batista.

CSA 0

Pantera; Pedro Silva, Breno, Roberto Dias e Mineiro (Uéderson); Charles Vagner, Lucas e Daniel Costa; Jerson (Diego Clementino), Josimar e Jeferson Maranhense (Santos). Técnico: Oliveira Canindé. 

Local: Ilha do Retiro

Árbitro: Cláudio Francisco Lima E Silva (SE). 

Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios e Ivaney Alves de Lima (Ambos de SE).

Gols: Neto Baiano (aos 29 do 1ºT) e Ferron (aos 20 do 2ºT)

Cartões amarelos: Ewerton Páscoa e Renê (Sport); Breno e Diego Clementino (CSA)

Público e renda: 0 \ R$ - 10.582,44 (Referentes aos custos da partida)

A Ilha estará vazia – pela primeira vez em uma partida oficial -, mas o jogo é decisivo. Sem a presença da torcida, devido à punição imposta pelo STJD pela briga na partida contra o Botafogo-PB, em João Pessoa. Neste domingo (16), às 16h, o Sport recebe o CSA, pelas quartas de final da Copa do Nordeste. Por ter ficado na segunda colocação do Grupo D, o Leão inicia o mata-mata em casa e decide a vaga nas semifinais fora de casa, no próximo dia 25, no Rei Pelé, em Maceió.

Durante a semana, a diretoria rubro-negra tentou anular a punição antes do julgamento. Porém, não conseguiu, mesmo com o esforço do Departamento Juridico. Fato que fez o técnico, agora efetivado, Eduardo Baptista lamentar a ausência dos torcedores num confronto decisivo.

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“É nosso 12° jogador. Mas, teremos que saber trabalhar a motivação dos atletas. É jogo decisivo, importante e já batemos um papo sobre isso. Estamos fazendo uma preparação motivacional para antes da partida. O objetivo é que aquela passividade de fora não deixe o time cochilar”, afirmou o comandante.

A inédita partida sem torcida marcará a estreia de Eduardo Baptista como treinador do Sport e não apenas mais um interino. E o trabalho seguirá como estava sendo realizado, inclusive o time. A única dúvida está no ataque. Érico Júnior não trabalhou no final de semana com o CK alto e pode ser substituído por Felipe Azevedo.

CSA



Líder do Grupo B, a equipe alagoana ficou à frente dos favoritos Santa Cruz e Bahia. O time comandado por Oliveira Canindé tem uma base forte e que muda pouco. Diante do Sport, a única dúvida é no ataque entre Uederson e Jerson. O primeiro foi titular na primeira fase, contudo, perdeu a posição nos treinamentos durante a semana. 

Ficha do jogo 

Sport



Magrão; Patric, Ferron, Durval e Renê; Eweron Páscoa, Rodrigo Mancha, Ailton e Ananias; Érico Júnior (Felipe Azevedo) e Neto Baiano. Técnico: Eduardo Batista.

CSA



Pantera; Pedro Silva, Breno, Roberto Dias e Mineiro; Charles Vagner, Lucas e Daniel Costa; Uéderson, Josimar e Jeferson Maranhense. Técnico: Oliveira Canindé. 

Local: Ilha do Retiro



Horário: 16h



Árbitro: Cláudio Francisco Lima E Silva (SE). 



Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios e Ivaney Alves de Lima (Ambos de SE).

Mesmo com os portões da Ilha do Retiro fechados na partida contra o CSA, no próximo domingo (16), a diretoria do Sport não disponibilizará telões na sede para a torcida. De acordo com os dirigentes rubro-negros, a atitude é para evitar mais problemas com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Porque, caso houvesse confusão, a punição ao clube poderia ser ampliada.

“Trata-se de uma precaução nossa para evitar qualquer possibilidade de tumulto. Pois, caso aconteça algo desse tipo, o clube poderá ser punido novamente e nós não queremos correr risco de perder o apoio da nossa torcida, e consequentemente, mais receitas com jogos de portões fechados”, esclareceu o vice-presidente jurídico do Sport, Arnaldo Barros.

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A diretoria do Sport segue com esperança de contar com o torcedor na partida contra o CSA, no próximo domingo (16), na Ilha do Retiro. O clube recebeu, apenas nesta terça-feira (11), a determinação da CBF sobre a punição. No entanto, um pedido de reconsideração da pena já foi enviado. De acordo com o vice-presidente jurídico do Leão, Arnaldo Barros, os rubro-negros estão confiantes de que a punição não seja imposta antes do julgamento.

“Estou otimista. Recebemos o despacho da CBF sobre o jogo contra o CSA ser de portões fechados e já entramos com um pedido de reconsideração. Estou aguardando a apreciação do relator. Poderia acontecer hoje, mas até o momento a análise está pendente. Ele tem que analisar em tempo hábil para não prejudicar o meu pedido”, afirmou o dirigente.

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Ainda segundo Arnaldo Barros, a determinação em atuar sem torcida foi injusta por parte do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. “Isto foi precipitado e, por isso, acredito que o relator irá revogar. O Sport pode ser absolvido e se jogarmos sem torcida como seremos restituídos? É nisso que estamos apostando para termos a torcida no próximo domingo”, concluiu.

A expectativa da diretoria rubro-negra é que até a próxima quinta-feira (13) o relator dê o parecer favorável ao Sport. E, com isso, todo o planejamento de logística de ingressos e segurança seja realizado no tempo determinado.

Classificado para as quartas de final da Copa do Nordeste, o Sport terá pela frente um carrasco da eliminação rubro-negra na competição do ano passado. Em 2013, o Leão caiu nesta mesma fase diante do Campinense, à época comandado por Oliveira Canindé, que sagrou-se o campeão ao final, e hoje está no CSA.

A equipe alagoana, adversário do Sport nas quartas de final, terminou a primeira fase na liderança do Grupo B do Nordestão. Foram três vitórias – incluindo uma contra o Santa Cruz, no Lacerdão -, dois empates e apenas uma derrota.

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Os duelos entre Sport e CSA estão marcados para domingo (16), na Ilha do Retiro, e para a quarta-feira (26), no Rei Pelé, em Maceió.

Classificado para as quartas de final, o Sport agora terá pela frente o CSA, líder do Grupo D da Copa do Nordeste. E o atacante Neto Baiano, apesar de ser polêmico, desta vez, foi mais comedido. Evitando dar qualquer tipo de favoritismo ao Leão.

“Não tem nada disso, não somos favoritos, temos que batalhar bastante. Sabemos que o time de lá fez uma grande campanha. Não vamos como favoritos, mas vamos para ganhar”, explicou o centroavante rubro-negro.

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Autor do gol da vitória e da classificação do Sport, Neto Baiano comemorou a volta da boa fase. Contudo, garantiu que ainda precisa evoluir para alcançar a forma ideal para continuar ajudando o time.

“Eu sou um cara premiado. Deus me abençoa muito e só tenho a agradecer por isso. Estava todo mundo criticando, falando mal. Eu sei do meu potencial, vou sempre lutar e buscar o meu melhor. Estou buscando, ainda não estou 100%, mas vou melhorar”, concluiu.

Só a vitória importava ao Santa Cruz nesta quarta rodada da Copa do Nordeste. O Tricolor sabia o quão difícil seria enfrentar o CSA, no Estádio Rei Pelé, em Alagoas, nesta quinta (30). E apenas comprovou. O placar final de 1x1 tirou a equipe coral do G2, que agora, precisa vencer o Bahia – no próximo domingo (2), no Lacerdão.

Apenas a vitória manteria o Santa Cruz na zona de classificação para as quartas de finais da Copa do Nordeste. Isso porque o Bahia venceu o Vitória da Conquista por 2x1, na última quarta-feira (29). O Tricolor do Arruda entrou no campo Rei Pelé com disposição e vontade para não deixar o CSA jogar.

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Vica armou o time para recuperar o prejuízo sofrido na última rodada, quando enfrentou o CSA, no estádio Lacerdão, e foi derrotado por 1x0. O Santa Cruz até se expôs, mas fez valer a pena pelas boas oportunidades criadas. O principal problema ainda coral foi a finalização. 

O Santa Cruz permaneceu com a mesma formação que conquistou o título da Série C de 2013: 4-5-1. Porém com o mesmo problema. Sem um centroavante de origem, Vica improvisou Cassiano na função. E, por vezes, perdeu o jogador de referência. A jogada só surtiu efeito aos 26 minutos. Natan cruzou, Luciano Sorriso apenas encostou de cabeça para Raul chutar a bola e marcar o gol.

A mudança no placar só não alterou na postura do CSA. Apesar do gol, o Tricolor do Arruda se manteve incisivo contra o adversário. Melhor para o Santa Cruz, que só administrou o jogo até o fim da primeira etapa.

Gol? Relâmpago

O fraco desempenho do CSA não agradou ao técnico Oliveira Canindé. Tanto que o time voltou para o segundo tempo com duas alterações. Saíram o zagueiro Lucas e o volante Uéderson e entraram, respectivamente, Wanderson Cafu e Diego Clementino. A resposta foi imediata.

Logo após o pontapé inicial da etapa final de jogo, o Santa Cruz partiu, agressivamente, contra a meta do CSA. Mas esqueceu de se defender. No primeiro contragolpe o Azulão marcou o gol e igualou o placar. O atacante Josimar recebeu livre na entrada da área, dominou e bateu no canto esquerdo de Tiago Cardoso – que sequer se moveu, apenas observou a bola ultrapassar a linha e balançar as redes tricolores.

Com a bola, sem gol

Com apenas um gol, o CSA empatou o jogo e tirou o Santa Cruz do G2. O Tricolor do Arruda tentou responder, dominou o meio-campo, mas esbarrou na sólida defesa alagoana. Vica, preocupado, tentou mudar o destino da partida com substituições. Primeiro colocou Carlos Alberto no lugar de Natan. Em seguida, sacou o meia Renatinho para a entrada do atacante Pingo. Sem resposta.

O Tricolor mantinha a posse de bola e criava as melhores situações. Só não conseguia converter as oportunidades em gols. A última tentava de Vica foi quando tirou Cassiano para a entrada de Flávio Caça-Rato. Nem mesmo o CR7 do Arruda conseguiu mudar o panorama da partida. O atacante ainda foi motivo de chacota da torcida alagoana quando levou um drible do goleiro Pantera

 

FICHA DE JOGO

CSA-AL 1

Pantera; Pedro Silva, Breno, Roberto Dias e Mineiro; Charles Vagner, Lucas (Wanderson Cafu) e Daniel Costa; Uéderson (Clementino), Josimar e Jeferson Maranhão. Técnico: Oliveira Canindé

Santa Cruz 1

Tiago Cardoso; Oziel, Renan Fonseca, Everton Sena e Tiago Costa; Sandro Manoel, Luciano Sorriso, Raul, Natan, Renatinho; Cassiano. Técnico: Vica

Local: Estádio Rei Pelé (Alagoas)

Árbitro: Avelar Rodrigo da Silva (CE)

Assistentes: Marcione Ribeiro (CE) e Anderson Silveira (CE)

Cartões: CSA – Breno e Pedro Silva ; Santa Cruz – Oziel

Gols: CSA – Josimar (aos dois do 2°T); Santa Cruz – Raul (aos 26 do 2°T)

O Santa Cruz não voltou a apresentar o bom futebol das duas primeiras rodadas e caiu pela primeira vez na Copa do Nordeste. Neste sábado (25), no Lacerdão, em Caruaru, o Tricolor perdeu para o CSA por 1x0 e desperdiçou a chance de ser o líder do Grupo B. O tento dos alagoanos foi marcado por Josimar,aos 34 minutos da etapa complementar.

As duas equipes voltam a se encontrar na próxima quinta-feira (30), às 19h15, no Rei Pelé, em Maceió, pela quarta rodada da Copa do Nordeste. O CSA está na liderança do grupo com sete pontos, enquanto o Santa Cruz tem quatro e é o segundo.

Primeiro tempo truncado e equilibrado
A postura inicial dos visitantes surpreendeu o Santa Cruz. Mesmo jogando fora da casa, o CSA não ficou apenas na defesa buscando contra-ataque, pelo contrário. Com três atacantes, criaram logo três oportunidades de gol. Duas delas evitadas pelo goleiro Tiago Cardoso. Pelo lado tricolor, a forte marcação era aliado, o que deixava o jogo truncado. Porém, havia pouca criatividade na criação das jogadas, apesar dos três meias em campo.

Aos poucos, a equipe do técnico Vica teve mais a posse da bola. Contudo, falhando muito nas trocas de passes. Sem meio-campo, sobrou para os laterais Tiago Costa e Oziel buscarem o ataque. O camisa 6, inclusive, foi o responsável por uma das melhores chances do primeiro tempo num chute cruzado que foi para fora. Mas, ficou por aí. A insatisfação de Vica era tão grande que com 35 minutos os reservas já estavam aquecendo.

Santa pressiona, mas leva gol no fim
A esperada mudança no time do Santa Cruz na volta do intervalo não aconteceu. Vica  deu mais uma chance aos jogadores que estavam em campo.E a equipe voltou melhor, quase abrindo o placar aos sete minutos. Raul recebeu na área, cruzou e Léo Gamalho chutou no travessão de Pantera. A resposta alagoana foi imediata. Mineiro, da entrada da área, obrigou Tiago Cardoso a fazer grande defesa.

Mesmo com o bom momento tricolor, o técnico fez Vica duas substituições antes dos 15 minutos. Saíram Raul e Renatinho, entraram Carlos Alberto e Cassiano. O Santa Cruz deixou de jogar no 4-5-1 para o 4-4-2 e ganhou força ofensiva. A pressão coral só aumentou, ainda assim, com pouco perigo. A torcida pedia Flávio Caça-Rato e foi atendida aos 31 minutos. CR7 entrou na vaga de Natan e o Tricolor foi para o tudo ou nada.

Entretanto, em uma das poucas chances no segundo tempo, o CSA conseguiu chegar ao gol. Aos 34, Pedro Silva, pela direita, cruzou e Josimar mandou de cabeça para o fundo das redes: 1x0. Em busca do empate, Sandro Manoel ainda acertou a trave. Mas, com pouco tempo e muito desespero o tento para igualar o marcador não saiu.}

FICHA DE JOGO

Santa Cruz 0
Tiago Cardoso; Oziel, Renan Fonseca, Everton Sena e Tiago Costa; Sandro Manoel, Luciano Sorriso, Raul (Carlos Alberto), Natan (Flávio Caça-Rato) e Renatinho (Cassiano); Léo Gamalho. Técnico: Vica

CSA-AL 1
Pantera; Pedro, Breno, Roberto Dias e Mineiro; Charles Vagner, Lucas (Robson) e Daniel Costa; Uéderson (Diego Clementino), Jeferson Maranhense (Santos) e Josimar. Técnico: Oliveira Canindé

Local: Estádio Lacerdão (Caruaru)
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN)
Assistentes: Lorival Candido das Flores e Flavio Gomes Barroca (Ambos do RN)
Gol: Josimar (aos 34 do 2ºT)
Cartões Amarelos: Everton Sena e Cassiano (Santa Cruz); Mineiro, Roberto Dias Robson, Lucas e Breno (CSA)
Público: 3.325 Renda: R$ 88.320

O zagueiro tentou explicar o motivo do Santa Cruz ter começado o ano de maneira contrária ao final de 2013, quando a defesa foi o ponto forte do Tricolor do Arruda. “A gente vem tomando gols por falta de atenção. Apesar de a equipe já se conhecer, é início de campeonato, ainda estamos encaixando. A expectativa é que, já na próxima partida, consigamos segurar o ataque do adversário. E aí é só esperar o pessoal lá da frente decidir”, frisou.

Autor de um dos gols do Santa Cruz no triunfo contra o Vitória da Conquista, na primeira rodada da Copa do Nordeste, Renan Fonseca descarta se tornar um matador. “O primeiro objetivo de quem jogar atrás é não tomar gol, mas se me derem a oportunidade, espero fazer de novo”, ressaltou.

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Apesar de não conhecer bem o CSA, adversário do próximo sábado (25), Renan se mostrou confiante em mais uma vitória. “Não tem jogo fácil. O futebol hoje está muito equilibrado. O professor vai passar as informações da gente sobre o adversário. Vamos fazer o melhor para sair com a vitória e conseguir a liderança do grupo.”

Para consolidar-se na liderança. Com novidades no ataque, Santa Cruz enfrenta o CSA-AL neste sábado (25), às 16h. A partida é válida pela terceira rodada da Copa do Nordeste e será realizada em Caruaru. O Tricolor do Arruda continua cumprindo punição pela briga de torcidas, na edição de 2013 da competição. 

A única novidade coral para a partida contra os alagoanos será no ataque. O centroavante Léo Gamalho, que deu o passe para o gol de empate do Santa Cruz contra o Bahia, na última quarta (22), entra de titular. Porém, a definição de quem sai será definida momentos antes da partida contra o CSA. “Não defini a equipe ainda. O que vamos analisar é quem vai sair, se Caça-Rato ou Renatinho”, ressaltou o técnico Vica.

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Já pelo lado alagoano, a empolgação pela bela campanha do CSA dá o tom. Na manhã desta sexta (24), o elenco azulino fez um reconhecimento do Lacerdão, palco da partida contra o Tricolor do Arruda. A equipe terá uma novidade em relação a partida contra os baianos. O atacante Uéderson volta de suspensão e forma a linha ofensiva com Josimar e Jeferson Maranhense.

Ficha de jogo

Santa Cruz

Tiago Cardoso; Oziel, Renan Fonseca, Everton Sena e Tiago Costa; Sandro Manoel, Luciano Sorriso, Raul e Natan; Léo Gamalho e Flávio Caça-rato (Renatinho). Técnico: Vica

CSA-AL

Pantera; Pedro Silva, Breno, Roberto Dias e Mineiro; Charles Vagner, Lucas e Daniel Costa; Uederson, Jeferson Maranhense e Josimar. Técnico: Oliveira Canindé

O Botafogo foi a cidade de Maceió, capital alagoana e venceu o CSA, no Estádio Rei Pelé. A partida foi válida pela terceira rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro da Série D 2013.

 

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O placar terminou em 1 a 0 para o Alvinegro da estrela vermelha, com o único gol marcado por Rafael Aidar. Um jogo bem movimentado e com boas oportunidades para ambos os times.

 

Com o resultado, o Belo passou a ocupar a segunda posição na tabela de classificação do Grupo A4. Agora o Botafogo se prepara para enfrentar o Vitória da Conquista/BA, no dia 21 de julho, às 16h, no Estádio José Américo de Almeida, o Almeidão, pela quinta rodada, já que o Alvinegro folga na próxima rodada.

 

Ficha Técnica

CSA 0

Flávio, Igor (Rodolfo), Odair (Wilson), Wagner e Robson, Brida, Eliezer, Rone Dias e Everaldo, Alex e Marielson (Ceceu). Técnico: Beto Almeida.

Botafogo 1 

Genivaldo, Ferreira, Marcel, André Lima (Everton) e Celico; Zaquel, Rafael Aidar, Pio e Doda (Fábio Neves); Warley (Fausto) e Lenílson. Técnico: Marcelo Vilar.

 

Cartões amarelos: Genivaldo (B), André Lima (B), Odair (C), Ferreira (B), Lenílson (B).

 

Cartões vermelhos: Fábio Neves (B) e Rodolfo (C).

Arbitragem: Gilberto Freire de Farias, Albino Andrade Albert Junior e Elan Vieira de Souza.

Da assessoria do Botafogo/PB

O Ypiranga e o CSA seguem na preparação para a volta do Campeonato Brasileiro da Série D. E, neste sábado, as duas equipes se enfrentam em um amistoso na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, às 16h, no Estádio Otávio Limeira. Na última quarta-feira, a Máquina de Costura e o time alagoano se enfrentaram em Maceió e os donos da casa venceram por 1x0.

Agora como mandante, o Ypiranga espera fazer uma partida melhor do que a última. Ainda assim, o técnico Gaúcho vai repetir o time. Com isso, a Máquina de Costura entra em campo com: Hudson; Danilo, Egon, Alexsandro e Rony; Jeferson, Maneco, Alex e Julinho; Chulapa e Bibi.

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O Azulão alagoano vai com apenas uma mudança. O lateral-esquerdo Brida entra no lugar de Léo Medeiros, que sofreu uma lesão muscular. O CSA vai ser formado por: Flávio; Rodolfo (Aderlan), Odair Lucas, Wagner Silva e Brida; Robson, Elyeser, Marielson e Alex Henrique; Cecel e Rogélio Balotelli.

Na volta da Série D, as duas equipes jogam no dia 7 de julho. Os pernambucanos enfrentam, fora de casa, o Tiradentes-CE. Já o CSA recebe o Botafogo-PB.

Antes de bater o martelo e vender o controle da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), a ThyssenKrupp terá que indenizar a siderúrgica por erros de gestão. O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que a cifra em jogo é expressiva e reflete decisões tomadas pelo grupo alemão que resultaram em aumento no custo do projeto e problemas operacionais.

O acerto de contas em caso de má gestão está previsto em contrato firmado entre os acionistas da CSA, segundo uma fonte próxima à negociação. Um dos erros seria na construção da coqueria, onde ficam os fornos de uma siderúrgica. Contratada pela Thyssenkrupp, a chinesa Citic projetou a obra da coqueria, que rachou depois de pronta, elevando ainda mais os custos do projeto.

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Por isso, antes de sair do controle da CSA, a Thyssen ainda terá de colocar novamente a mão no bolso. Um problema a mais para quem já precisou registrar baixas contábeis de US$ 7 bilhões em seu projeto siderúrgico das Americas, que engloba, além da CSA, uma laminadora nos Estados Unidos.

A CSA entrou em operação em junho de 2010, depois consumir US$ 8,2 bilhões, valor bem acima dos US$ 3 bilhões previstos inicialmente. Um ano antes, em plena crise internacional, a mineradora Vale, sócia minoritária do ativo, precisou socorrer a Thyssen para viabilizar a conclusão da obra. Na operação, a Vale elevou sua fatia na empresa de 10% para 26,87%.

No início do ano, o presidente do conselho de administração da Thyssenkrupp, Gerhard Cromme, admitiu erros que contribuíram para grandes prejuízos sofridos pelo grupo alemão. Meses depois, o executivo deixou o cargo. A saída de Crome aconteceu em meio a críticas por sua participação em escândalos relacionados ao pagamento de suborno e gastos excessivos com executivos.

Diante de um cenário complicado para a siderurgia, com um excedente de cerca de 500 milhões de toneladas de aço no mundo, a Thyssen corre para vender o ativo que, até o momento, só deu prejuízo ao grupo alemão.

Mas, a operação de venda enfrenta outros entraves. Um dos pontos é a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como financiador do controlador da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, apontado como potencial comprador da siderúrgica. Como credor da CSA , o banco de fomento tem

de referendar a troca de controle na siderúrgica.

O empresário, entretanto, pretendia obter também um financiamento do BNDES para compor sua proposta. No início do mês, como antecipou o Broadcast, a CSN ofereceu cerca de US$ 2,5 bilhões à Thyssen para ficar com a laminadora dos Estados Unidos e com um pedaço da CSA, no Rio de Janeiro, segundo fontes ligadas à operação. A mineradora pediu um documento com a oferta por escrito, conhecido como proposta vinculante no mundo dos negócios, para iniciar sua avaliação.

Outra fonte próxima à negociação, entretanto, afirma que a conversa entre a CSN e o BNDES não foi além de sondagens. Na área técnica do banco a avaliação é que para obter um empréstimo para o negócio com a Thyssen, Steinbruch teria primeiro que resolver antigas pendências com a BNDESPar, braço de participações da instituição.

Desde 2006 Steinbruch contesta o BNDES na Justiça por uma operação de conversão de debêntures da Vicunha Siderurgia, holding que controla a CSN. "Uma coisa é ele (Steinbruch) assumir um crédito de um projeto para o qual o banco não quer criar problemas (CSA). Outra coisa é o BNDES dar crédito novo. Aí ele terá que resolver os problemas com o banco", diz a fonte.

A boa atuação na derrota do CSA por 3 a 0 para o Cruzeiro na Copa do Brasil fez o lateral-direito Leandrinho, de 28 anos, chamar atenção da diretoria do clube mineiro. Duas semanas após aquela partida, a equipe celeste anunciou, nesta quarta-feira, a contratação do jogador, que teve 100% dos seus direitos econômicos adquiridos junto aos alagoanos.

O Cruzeiro informou, através do seu site oficial, que já vinha observando o jogador, que chamou "ainda mais a atenção" do clube durante a partida da Copa do Brasil. Leandrinho já passou por Bangu-RJ, Catanduvense, São José, Taubaté, Santacruzense e Marília, todos do interior de São Paulo. Estava no CSA desde o ano passado, quando jogou nove partidas da Série D.

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Ao anunciar a contratação, o Cruzeiro afirma que Leandrinho tem 26 anos. Na sua ficha na CBF, aparece como já tendo completado 28 anos. O lateral assinou contrato de dois anos, renováveis por mais três. Ele já realizou exames médicos, mas se junta ao elenco apenas depois do fim da participação do CSA no Campeonato Alagoano. Como já entrou em campo pela Copa do Brasil, só poderá defender o Cruzeiro no Brasileirão e se o clube jogar a Copa sul-americana.

Com mais esta contratação, para compor elenco, o Cruzeiro chegou a 16 reforços só em 2013. Leandrinho deverá disputar com Mayke a posição de reserva de Ceará na lateral direita. Assim, o elenco celeste chega a 36 jogadores.

Mesmo com pressa em fechar o negócio, a ThyssenKrupp terá de promover uma nova rodada de negociações para a venda da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio. Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, os interessados em levar o ativo para casa terão de melhorar bastante a proposta apresentada este mês.

O grupo alemão foi surpreendido pelas baixíssimas cifras colocadas à mesa pelos potenciais compradores da siderúrgica, a argentina Ternium e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do empresário Benjamin Steinbruch.

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Uma fonte com acesso às negociações revela que as duas empresas jogaram para baixo as ofertas contando com o desespero do grupo alemão e a desistência das concorrentes. "A Ternium e a CSN se portaram como se estivessem sozinhos na disputa", disse. Quem acompanha o processo de venda acredita que o timing da conclusão do negócio vai depender do interesse dos concorrentes em subir o valor das propostas.

Antes de receber as ofertas, o prazo da ThyssenKrupp era colocar um ponto final na disputa até junho. A medida daria um alivio enorme ao grupo alemão, que foi pego no contrapé pela crise de 2009 e desde então atravessa sérias dificuldades financeiras.

Para fontes do setor, as duas empresas ganhariam com sinergias ao assumir a CSA. Mas a Ternium sai na frente por contar com o apoio do governo do Rio, que não esconde a insatisfação de ver a siderúrgica de Benjamin Steinbruch no páreo. O temor é que o empresário transfira o comando da CSA para São Paulo, como fez com a CSN no passado. Para dificultar isso, o governo fluminense estuda impor condições para renovar incentivos fiscais concedidos à CSA, como o diferimento de ICMS.

O interesse da siderúrgica brasileira é aproveitar a oportunidade de arrematar por um preço mais baixo uma usina inaugurada há menos de três anos. O custo de instalação de uma unidade como essa gira em torno de US$ 10 bilhões.

BNDES

Para fechar o desenho de sua proposta, a CSN bateu à porta do BNDES. Mas o modelo de oferta apresentado não sensibilizou o banco como imaginava Steinbruch. Apesar do interesse do governo em reduzir a desnacionalização no setor siderúrgico nacional, o Broadcast apurou que o BNDES não estaria disposto a financiar o empresário a qualquer custo, até pelo seu passado de conflito com o banco.

A CSN quer dar como garantia de um potencial empréstimo a própria CSA, enquanto o banco quer um ativo de maior peso, como a mina Casa de Pedra ou a Namisa. Segundo fontes, o BNDES já deixou claro que pode financiar também o grupo argentino Ternium, caso ele saia vitorioso do processo.

Além do BNDES, a mineradora Vale é outra que acompanha à distância o desenrolar das negociações. Recentemente, o presidente da companhia, Murilo Ferreira, ressaltou que a empresa vai trabalhar para preservar seus interesses na CSA. A Vale detém 26,87% da siderúrgica, enquanto a ThyssenKrupp tem 73,13%. A mineradora tem um acordo de exclusividade no fornecimento de minério de ferro e poder de veto na escolha do sócio.

Moradores do bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, foram novamente afetados por uma nuvem de grafite na tarde de quarta-feira (31). O fenômeno, conhecido como "chuva de prata", é resultado das atividades da Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), parceria entre a alemã ThyssenKrupp e a Vale, que possui uma usina instalada na região. A fuligem deixou marcas nos carros, nas ruas, e até no interior das casas.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) multou a empresa em R$ 10,5 milhões. Essa é a terceira vez em pouco mais de dois anos que o fenômeno ocorre. A CSA já havia sido multada em R$ 4,6 milhões, além de ter que pagar uma indenização de R$ 14 milhões, por ocorrências semelhantes registradas em agosto e dezembro de 2010. As multas nunca foram pagas, porque a indústria contesta os valores na Justiça. "Esse foi o terceiro cartão amarelo. Não haverá outro. Tem que respeitar a saúde das pessoas", disse o secretário estadual de meio ambiente, Carlos Minc, afirmando que a empresa pode ser embargada.

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Moradores ouvidos pela reportagem relataram que os problemas com a fuligem haviam cessado há mais de um ano, mas voltaram a ser recorrentes nas últimas três semanas, no período noturno. A empresa nega que haja uma intensificação de sua produção durante a noite. "A gente vê à noite aquela nuvem de purpurina no céu. Aquele pó vem no olho e já começa a arder. E o pior é que entra em casa, no sofá, na cama, na cozinha. A gente até fica com medo de fazer comida", reclama Márcia Cristina, que vive no bairro há 26 anos.

A `chuva de prata' é caracterizada pela dispersão de partículas ultraleves de resíduo de ferro e grafite resultantes da produção de aço da siderúrgica. O rejeito poderia ser aproveitado comercialmente para produção de recapeamentos, mas tem valor de mercado menor e é considerado um subproduto. O reaproveitamento do material poderia ser feito ao longo da linha de produção, na chamada etapa X, mas o processo não é realizado na TKCSA. A empresa mantém uma rotina de umidificação permanente para evitar a dispersão do material, e atribui o incidente ao clima "excepcionalmente quente e sem chuva" e às fortes rajadas de vento registradas na última terça-feira.

As reclamações por problemas de saúde são constantes na região. A comerciante Marcela Dias França ficou em tratamento durante um ano em virtude de uma infecção no pulmão. "Sentia dores terríveis na costela e pensei que ia morrer. Hoje tenho alergias constantes, o nariz entupido, como as coisas e não sinto o gosto", reclama. "A indústria até ajudou quem estava desempregado, mas a que custo? Causou doença para muita gente, idoso, criança".

O diretor de sustentabilidade da TKCSA, Luiz Cláudio Castro, afirma que a taxa de incidência de problemas de saúde na população da área é idêntica à registrada antes da instalação da empresa, e atribui as doenças respiratórias a outros agentes poluidores, como o tráfego de veículos e as queimadas. "Nossos funcionários passam por exames médicos constantes e não há um quadro de agravamento de saúde. Nós trabalhamos em campo e teoricamente estamos mais expostos do que a comunidade", disse.

De acordo com Mariana Palagano, gerente de qualidade do ar do Inea, as emissões podem causar problemas dermatológicos, asmas, alergia e irritação nos olhos. Embora o produto não seja tóxico, Mariana afirma que a exposição permanente ao produto pode ser crítica. "É incômodo, e quem é sistematicamente exposto pode ter problemas". Esse é o caso da família de Domingas Mendes. Seus dois filhos, Gustavo, de 4 anos, e Vitória, 8, são levados com frequência à Unidade de Pronto Atendimento instalada no bairro. "Da última vez levei minha filha com sangramento nasal. Dava para ver a fuligem no sangue. E ainda dizem que não faz mal."

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