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Fruto da pesquisa Trilogia da Arquitetura Desconstrutivista do coreógrafo, bailarino e pesquisador, Cláudio Lacerda, o espetáculo Espaçamento é apresentado neste sábado (4) e domingo (5) no praça central do Paço Alfândega. Inspirado em obras arquitetônicas, Espaçamento traduz o objetivo do coreógrafo de fazer um cruzamento entre os passos, gestos e movimentos dos bailarinos, com algumas  construções e obras arquitetônicas.

A apresentação no Paço Alfândega faz parte da temporada do espetáculo, que também será representado em outros locais públicos do Recife, ao longo do mês de agosto.  Para cada apresentação, uma trilha sonora diferente. No Paço, no primeiro dia, a trilha será entoada por músicos ao vivo. Já no domingo, o público confere músicas clássicas de Johann Sebastian Bach. As apresentações começam às 17h e são abertas ao público.

Serviço

Espaçamento - Coreografia de Cláudio Lacerda

Sábado (4) e domingo (5), 17h

Paço Alfândega (Rua da Alfândega, 35, Bairro do Recife)

Gratuito

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Nesta quinta (26) e sexta-feira (27), o grupo Margaridas Dança, de Brasília, vem ao Recife pela primeira vez, graças ao Prêmio Klauss Viana, da Funarte, para apresentar o espetáculo Buquê no Teatro Arraial. Atuando na cena brasiliense desde 2004, a equipe promove o diálogo das linguagens da dança, música, literatura, videodança e performance. Buquê estreou na capital

federal em outubro de 2001 e se apropria da mistura de estilos que resulta numa estética própria, intitulada "dança kitsch".

Balé clássico, moderno, contemporâneo e jazz fazem parte do espetáculo, que é baseado no livro homônimo da coreógrafa, diretora, bailarina e escritora, Laura Virgínia, e tem como ponto de partida estados enérgicos como fúria, prazer, leveza, amor e paixão. A ideia do espetáculo surgiu para comemorar os 20 anos de carreira da coreógrafa Laura Virgínia. Buquê é

indicado para maiores de 14 anos e traz no elenco, Beneto Luna Reis, Cleani Marques Calazans, Júlio César Campos e Laura Virgínia.

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No próximo sábado (28), o grupo também promove, no Teatro Arraial, a oficina gratuita Dança e Performance, com inscrições já encerradas e, a partir das 16h, com entrada franca, a Mostra de Videodança Dança Para Tela, dividida em duas sessões de uma hora cada. Na primeira parte, serão exibidos os videodanças dirigidos por Laura Virgínia: De água nem tão doce, Retina,



Abs8 -S3-x0, eixo monumental dos prazeres, saída sorte e a série Pequenas Criaturas, que reúne quatro videodanças realizados pela coreógrafa em várias residências artísticas em Portugal e no Brasil.

Na segunda parte, o público poderá conferir a exibição de Entre Passos – Gustavo Fataki (São José dos Campos/SP),  Súbito – Cia. Etc. (Recife/PE), Só no Sapatinho, de Luna Dias (Salvador/BA)  e Borboleta, de Camila Oliveira e Olívia Aprigliano Orthof (Brasília/DF).







Serviço



Buquê - Margaridas Dança (DF)



Quinta (26) e sexta (27), 20h



Teatro Arraial (Rua da Aurora, 457, Boa Vista)



R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)



Informações: 3184 3057

Mostra de videodança Dança Para Tela



Sábado (28), 16h



Teatro Arraial (Rua da Aurora, 457 - Boa Vista)



Gratuito



Informações: 9699-2731

Oficina Dança & Performance



Sábado (28), 14h



Teatro Arraial (Rua da Aurora, 457 - Boa Vista)



Gratuito



Informações: 9699 2731 | 3184 3057

 

Nesta quinta-feira (26), o Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, recebe coreografias do Aria, Pé com Som, Cia Terapia Dança de Salão e do Studio ComPasso de Dança. A programação faz parte de mais uma etapa das ações antecipadas do 17º Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR), que tiveram início no dia 12 de junho.

Segundo o coordenador do FIDR, Arnaldo Siqueira, a iniciativa abre espaço para as pessoas que estudam dança com regularidade no Recife, em escolas de projeção, e que não estarão na programação do evento, que será realizado de 19 a 27 de outubro deste ano.

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A noite desta quinta começa com as apresentações do Aria, de Jaboatão dos Guararapes. Os bailarinos Flávio Henrique e Nataly Araújo apresentam o Duo Neoclássico, coreografia de Jane Taylor. Em seguida, o público confere as coreografias Romanceando e Melodia, ambas de Inês Lima. Para fechar a participação do Aria, Carla Machado leva a coreografia Para elas, encenada por Inês Lima com a música Bandolins de Oswaldo Montenegro.

Na sequência, o grupo Pé com Som, que tem apoio da Carolemos Dançarte, sobe ao palco para abordar o universo do palhaço através do sapateado. A coreografia é encenada por um sapateador/ator, que busca o som, o movimento e o gestual perfeitos. O número é inspirado nos filmes em preto e branco, em especial, no personagem Charles Chaplin com sua essência que mistura graça e melancolia.

Baseada e inspirada no resgate da malandragem nacional, através do samba show, a coreografia Sambasim é apresentada pela Cia Terapia Dança de Salão, que entra em cena logo após o grupo Pé com Som. Os movimentos exploram os planos altos e baixos, além de obter desenhos que focam a coragem do artista e desafiam as limitações corporais com passos aéreos e definições que representam a elasticidade e a ginga do malandro nacional.

Quem encerra a noite é o Studio ComPasso de Dança, de Olinda, com a Variação de Paysant, o Trecho de abertura do ballet de repertório Lago do Cisnes e Caminhos. Os ingressos estarão sendo vendidos a R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira) com duas horas de antecedência do evento, a partir das 18h. Quem quiser adquirir antecipadamente, pode comprá-los no Aria, na Avenida Canal de Setúbal, número 766, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes.

Serviço

Ações antecipadas do 17º Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR)

Quinta-feira (26), 20h

Teatro Luiz Mendonça - Parque Dona Lindu (Av. Boa Viagem, s/n, acesso pela Rua Setúbal)

R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) (venda antecipada no Aria e no dia, na bilheteria do Teatro)

Informações: 81 3355 9821 | 3355 9800

Aria (Avenida Canal de Setúbal, número 766, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes)

Telefone: 81 3341 1014 | 3462 9095

São Paulo – O modo como o passado se apresenta na produção artística contemporânea é o foco da Mostra Sesc de Artes 2012, que começa na próxima quinta-feira (19) em São Paulo. A mostra, que engloba mais de 70 atrações nacionais e internacionais nas áreas de teatro, dança, música, cinema, artes visuais, artemídia e literatura, pretende buscar os elementos do passado que se apresentam na cena contemporânea, seja quando ele está em destaque ou quando surge apenas como pano de fundo de uma produção.

Após dez anos de existência, a mostra deste ano, cujo mote é "Venha Fazer Sentido", quer refletir sobre o passado. Na literatura, a busca principal será pela tradição oral. A base da programação, neste caso, será a poesia falada, principalmente apresentada pelo escritor, poeta e dramaturgo Ariano Suassuna.

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No cinema, os temas serão o cinema mudo contemporâneo, com uma mostra de curtas-metragens do cineasta canadense Guy Maddin, e a produção de filmes em 3D, como A Caverna dos Sonhos Esquecidos, de Werner Herzog.

Na música, um dos grandes destaques é a reedição do show Jogos de Armar-Faça Você Mesmo, do cantor e compositor Tom Zé, originalmente apresentado há 20 anos.

Já nas artes visuais, a ponte entre a tradição e a contemporaneidade será manifestada por meio da exposição Desobjetos: a Memória das Coisas, com instalações distribuídas pela cidade.

“A Mostra Sesc de Artes é um recorte especial da programação do Sesc, focado dentro de um tempo e espaço específicos, e que tenta priorizar um recorte conceitual único, um guarda-chuva temático, para discutir como esse tema está sendo pensado em todas as linguagens artísticas em que o Sesc atua”, explicou Nilva Costa Luz, coordenadora da Mostra Sesc de Artes 2012.

Neste ano, a mostra também inova ao propor uma programação voltada também para a formação de seu público. Com isso, serão desenvolvidas oficinas culturais, residências artísticas e ações educativas em todas as unidades do Sesc instaladas na capital paulista. Também estão programadas intervenções em espaços públicos, como estações de metrô.

A Mostra Sesc de Artes acontece entre os dias 19 e 29 de julho. Parte da programação é gratuita. A programação completa está disponível no site do Sesc.

 

Nesta quarta-feira (27), a bailarina Tainá Barreto do Grupo Peleja apresenta o espetáculo Guarda Sonhos no Teatro Marco Camarotti, no Sesc Santo Amaro. O projeto, que é fruto de uma pesquisa em dança contemporânea, chega ao Recife depois de passar por Caruaru, Goiana, Petrolina e Arcoverde.

Com patrocínio do Funcultura, o projeto transita na fronteira entre a dança e o teatro. Dessa forma, traduz a trajetória da intérprete-criadora ao seu mundo interior, buscando um caminho para si. Elementos de frevo e cavalo-marinho aparecem numa criação coreográfica que mescla expressões corporais de diferentes contextos. A experiência intensa com os sambadores da Zona da Mata de Pernambuco se reflete no trabalho, permeando as memórias afetivas e as sensações corporificadas da região.

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Produzido por Christianne Galdino e Iara Sales e com trilha sonora de Helder Vasconcelos, Guarda Sonhos está em intinerância desde janeiro deste ano, sempre acompanhado de uma oficina prática da exibição do documentário Muganga, de Lineu Gabriel. O filme aborda a relação entre sambadores de cavalo-marinho e artistas de teatro e dança e será exibido nesta quarta (27) antes da apresentação do espetáculo. A oficina será realizada dentro da programação da Mostra Brasileira de Dança, nos dias 03 e 04 de julho, das 9h às 12h, no espaço Criart, em Olinda.

Serviço



Guarda Sonhos - com Tainá Barreto do Grupo Peleja



Quarta-feira (27), 19h



Teatro Marco Camarotti - Sesc Santo Amaro (Rua do Pombal, s/nº - Santo Amaro / Recife - PE)



Gratuito







Oficina do documentário Munganga



Terça e quarta (03 e 04), 9h às 12h



Espaço Criart - Olinda



Informações: 81 3082 2830 / 3421 8456

A percussionista italiana Alessandra Belloni chega ao Recife trazendo a oficina O Ritmo é a Cura, que passeia entre os universos da música e da espiritualidade. Durante as aulas os participantes conhecem a riqueza dos ritmos e das danças tradicionais do sul da Itália, eternizados pela Tarantela, forma arcaica de dança, música e terapia usada como cura para a picada da tarântula.

As aulas acontecem nos próximos dias 7 e 8 de julho, para um grupo de 25 pessoas, no espaço do Coletivo Angu de Teatro, que fica na Rua Tomazina, 199 - Recife Antigo (no mesmo espaço do Grupo Experimental de dança, rua do Bar Burburinho).

Programação:

Tammorriata – Dança sensual de Nápoles, dançada com castanholas ao ritmo do tambor grande chamado Tammorra. A dança era realizada durante os rituais em honra a Madonna Negra, originários dos ritos antigos para a deusa Cibele.

Tarantata Pizzica - Tocado com tambores de tamanho médio e acompanhado de dança e música. Essa dança era realizada como um ritual de exorcismo, que produzia um estado de transe que curava as pessoas (principalmente mulheres) que tinham desequilíbrios ou desordens mentais.

Ritmo e Danza Di San Rocco - Originária da Calábria foi extensamente praticada durante a Idade Média. Era dançada durante o tempo da Peste Negra para ajudar as pessoas a liberar o medo avassalador de morte.



Tarantella Alla Montemaranese - Dança divertida no estilo Carnevale em honra a Baco, deus do vinho e do êxtase, a Tarantella alla Montemaranese é dançada em círculo com um ritmo 6/8 muito sincopado, com os pandeiros e castanholas.





Serviço

Oficina "O Ritmo é a Cura” com  Alessandra Belloni

Sábado (7)  e domingo (8), 14h às 18h

Espaço Coletivo Angu de Teatro (Rua Tomazina 199, Bairro do Recife)

Informações e inscrições: 81 3224 1482 / 81 9735 4241

infos.angu@gmail.com / eventos.coletivoangu@gmail.com

R$ 250

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Na próxima terça-feira (26), o Teatro Luiz Mendonça recebe quatro atrações que antecipam as ações do 17º Festival Internacional de Dança do Recife. São elas o Ballet São Bento, Ballet Gonzalez, Ballet Maysa e Cia. de Dança Fátima Freitas. Segundo o coordenador do festival Arnaldo Siqueira, em release divulgado à imprensa, a ideia é abrir espaço “para aqueles que estudam dança com regularidade na cidade, em escolas de projeção, e não vão estar na programação do evento, de 19 a 27 de outubro, até mesmo pelo perfil profissional que ele vem tomando."

As companhias que se apresentam no primeiro encontro - outros acontecerão em julho, agosto e setembro - serão distribuídas em números de dança clássica e contemporânea para agradar a todas as idades. O Ballet Cláudia São Bento abre a noite com o 1º ato do Ballet Coppélia, obra cômica e sentimental. A coreografia original é de Arthur Saint-León, com adaptação e direção de Cláudia São Bento.

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A segunda atração é o Baller Gonzalez, que, coordenado pelo bailarino e professor cubano Luís Rubén Gonzalez, apresenta o pas de deux do Ballet  Don Quixote, obra original de Marius Petipa. Em seguida, o Baller Maysa sobe ao palco para mostrar quatro variações do repertório clássico e dois solos: Princesa Florine do Ballet A Bela Adormecida; 1° Variação Pas de Trois do Ballet Lago dos Cisnes; 1° Variação do Rio Nilo, trecho do Ballet A Filha do Faraó; a coreografia Adágio de Frígia, do Ballet Spartacus, além de Luiza e Por Um Sonho, criações da diretora Simone Monteiro.

Concluindo a noite, a Cia. de Dança Fátima Freitas apresenta uma coreografia em dança contemporânea, Baiaobembolado, recentemente selecionada para a mostra competitiva do Festival de Dança de Joinville (SC) deste ano, que acontece em julho. A direção é de Fátima Freitas. Os ingressos tem preço único de R$ 20.

Ballet Coppélia e outras criações coreográficas

Terça (26), 20h

Teatro Luiz Mendonça - Parque Dona Lindu (Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem) 

R$ 20

Informações: 3228 7472 

Considerada por muitos como uma terapia, a arte da dança vai além da saúde e adentra no universo da educação. O ponto principal da profissão e da graduação é a dedicação aos exercícios físicos. 

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é a única a oferecer o curso no Estado, que teve início recentemente no ano de 2009. A graduação é composta por oito semestres e são disponibilizadas apenas 30 vagas por ano, em uma única entrada. A licenciatura da instituição combina prática com teoria e foca mais nas questões da pedagogia da dança e estudo do movimento. 

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De acordo com a coordenação de dança da Universidade, o curso estimula o desenvolvimento de competências críticas, metodológicas e criativas nos alunos, para que possam atuar prioritariamente na educação básica, agindo como formadores no campo do ensino da dança. A coordenação também acrescenta que o profissional formado, além de ser bailarino, pode trabalhar como professor em escolas e academias de dança, fundações e centros culturais, escolas públicas e privadas da educação básica.

A estudante Gardênia Coleto já era bailarina quando decidiu ingressar no curso. “A entrada na licenciatura veio mais como uma vontade de sistematizar os conhecimentos que eu já tinha adquirido nas companhias de dança que participei ao longo da vida. A definição da dança na minha vida se restringe em três palavras: Amor, vida, movimento e compartilhamento”, afirma.

Segundo dados do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão no Estado de Pernambuco, com sede na Rua Floriano Peixoto, S/N, Casa da Cultura, Santo Antônio,  no Recife existem 454 bailarinos (as) associados na cidade. Já na questão do piso salarial dos profissionais, o Sated divulga que a média é de R$ 282,00 por apresentação em espetáculo. Para os professores as aulas ficam em torno de  R$ 39,38 (particular), 27,59 (academia) e 19,69 (colégios) por aulas ministradas.

Priscilla Figueiroa em espetáculo

Já Priscila Figueiroa, há 12 anos trabalhando com dança, se formou em administração de empresas. Mas quando viu que a Faculdade Angel Vianna do Rio de Janeiro tinha formado uma parceria com a Companhia Compassos de Dança, no Recife, para oferecer pós-graduação na área, viu a oportunidade em ser formada em dança.  A bailarina fez parte da primeira pós-graduação da instituição e se formou ano passado (2011).

O diretor da Companhia Compassos de Dança, Raimundo Branco, acrescenta que a parceria começou a ser firmada em 2009 e as aulas da primeira turma em 2010. A pós-graduação em “Dança como prática terapêutica” tem duração de 16 meses, sendo 14 com aulas presenciais e dois meses de orientação para monografia (TCC). Brandão acrescenta que as aulas são práticas e teóricas, com maior ênfase na parte prática. A companhia existe há 20 anos e tem uma equipe de bailarinos que fazem espetáculos com frequencia no Recife.

Aulas de pós-graduação

De acordo com Priscilla Figueiroa, viver de dança ainda é bastante difícil no Estado, mas há muitos bailarinos da Companhia que vivem dela. “Não deu pra viver apenas de dança,então resolvi ser instrutora de Pilatos. Mas os espetáculos que apresento com a dança também me dá uma boa condição que ligando ao meu trabalho principal supre as necessidades. Quem entra na dança, entra por amor a arte, e o prazer de fazer o que se gosta é o que torna a vida mais leve”, enfatiza. 

Consagrado no calendário cultural da cidade, o Festival Palco Giratório Recife encerrou sua programação no último sábado (26) com a apresentação do espetáculo Travessia, do Grupo Grial de Dança, no Sesc Casa Amarela, em duas apresentações, às 19h e às 21h. Premiado em sete categorias no Janeiro de Grandes Espetáculos e vencedor do Prêmio Klauss Vianna de Dança 2011, Travessia é a segunda parte de uma trilogia de dança intitulada Uma história, duas ou três. Por meio do vocabulário da dança contemporânea, o Grupo reinterpreta o universo poético da literatura de cordel, explorada como uma tradição oral que envolve romances, cantigas e pelejas.

O canto e a interpretação se mesclam com os passos dos dançarinos. Sem permissão para ficar sentado, o público é convidado a interagir com o elenco e ir se moldando no espaço que divide com os bailarinos durante todo o espetáculo. Inspirado na romanceira D. Militana, Travessia apresenta uma caminhada milenar da contação de histórias. O espetáculo inicia com uma das fundadoras do Grupo, Maria Paula Costa Rêgo, apresentando a proposta da peça enquanto dança pelo palco ao som da trilha sonora assinada por Publius Lentulus e Claudio Rabeca. "Contar histórias através da dança", "buscar, recriar e inovar" e "como transmitir o corpo" são aspectos pontuados por ela.

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No cenário criado por Dantas Suassuna, tecidos brancos e telas com pinturas rupestres em preto e branco. As pinturas também compõem o figurino dos atores, assinado por Andrea Monteiro. Brincadeiras, provocações e reflexões são colocadas para o público no decorrer do espetáculo. Atenta e curiosa, a plateia do Sesc demonstrou ter mergulhado no universo mágico proposto pelo elenco de Travessia, que divertiu, inspirou e recebeu fortes aplausos dos espectadores.

A essência do Movimento Armorial permeia todo o espetáculo através da linguagem peculiar do Grial, que mistura elementos da cultura popular e erudita. Criado em 1997 pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna e pela bailarina e coreógrafa Maria Paula Costa Rêgo, o grupo traduz, através de seus espetáculos, toda a pesquisa realizada durante os seus 15 anos comemorados em 2012.

A médica Olga Lustoza, 78, comparou a inovação de Travessia ao Cinema Novo de Glauber Rocha. A arquiteta e designer Beth Paes, 58, conhecia o Grupo pelo jornal e levou as tias do Rio de Janeiro para assistir ao espetáculo no Sesc Casa Amarela. Para o advogado e analista de sistemas Heitor Moura, Travessia é singular: "É um espetáculo inovador e emocionante que mistura teatro e dança", declarou.

O FESTIVAL - A programação do 6º Palco Giratório Recife reuniu, de 4 a 26 e maio, 30 espetáculos de 26 companhias oriundas de vários estados brasileiros. Segundo a coordenadora e curadora do festival em Pernambuco Galiana Brasil, as questões de acessibilidade foram aprofundadas. Este ano, cinco espetáculos contaram com os recursos de áudio-descrição, para pessoas com deficiência visual, e tradução para libras, para pessoas com deficiência auditiva.

Os espetáculos foram distribuídos em seis teatros da cidade (Marco Camarotti, Capiba, Barreto Júnior, Hermilo Borba Filho, Apolo e Luiz Mendonça), com ingressos a preços populares - R$ 12 (público em geral) e R$ 6 (comerciários e dependentes, estudantes, idosos e professores). O público também pode conferir apresentações gratuitas na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, e na Praça do Campo Santo, em Santo Amaro.

Entre as novidades desta edição estiveram o Palco REC-POA, que reuniu grupos teatrais do Recife e Rio Grande Sul. "Pela aceitação tanto aqui como em Porto Alegre, a gente deve repetir a experiência do palco REC POA em 2013", declarou Galiana. Para a classe artística e os engajados no universo das artes cênicas, o festival promoveu atividades formativas como debates e oficinas. Entre os destaques, estiveram a demonstração do trabalho O Eco do Silêncio, do diretor de teatro italiano Eugênio Barba, fundador da companhia norueguesa Odin Teatret. A vinda de Eugênio foi uma experiência significativa e marcante para o festival, além do teatro de objetos, linguagem ainda não explorada pelo Palco Giratório.

Cerca de 20 pessoas trabalharam na organização da 6ª edição. A diversidade de linguagens e representatividades de todas as regiões esteve presente graças ao pluralismo na curadoria do festival. Segundo Galiana, “o que se vê nos festivais é um olhar individualizado de apenas um curador e no Palco Giratório são 27 curadores, um de cada Estado.” O encontro de curadores acontece sempre um ano antes, no mês de agosto. A partir de janeiro, a programação começa a ser idealizada."Uma coisa interessante é o período de realização do Palco Giratório, porque dialoga mais tempo, você consegue ver as mesmas pessoas acompanhando um mês a programação”, destacou a curadora em Pernambuco.

A Cena Gastrô e a Cena Bacante continuaram na edição 2012 do Festival. A primeira é conhecida por oferecer um cardápio exclusivo, inspirado nos nomes dos espetáculos e poderam ser conferidos nas unidades do Sesc Santo Amaro, Casa Amarela, Santa Rita e Piedade. Já a Cena Bacante deste ano, valorizou as sedes dos grupos locais, que foram palco de performances temáticas todos os sábados de maio.

A 6ª edição do Palco Giratório afirmou, mais uma vez, o seu caráter de maior evento de artes cênicas do país. Promovido pelos Sesc em parceria com a Prefeitura do Recife, o festival atuou na capital pernambucana de forma democrática, apesar do déficit na questão cultural. "A gente atua muito na lacuna do poder público em todas as áreas", pontuou Galiana.

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O mundo das formas, cores e seres imaginários da pintora Tarsila do Amaral transformado em dança. Essa é a proposta muito bem executada pela paulista Cia. Druw de teatro, que veio ao Recife para realizar duas apresentações de Vila Tarsila, dentro da programação do festival Palco Giratório, promovido pelo Sesc. O belo espetáculo de dança foi uma opção para mães e filhos neste Dia das Mães, e muitas crianças vieram acompanhadas de suas progenitoras para assistir.

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Vila Tarsila é o resultado de nove meses de laboratório e pesquisas em livros sobre a pintora e seus quadros. Guiado por uma Tarsila ainda criança, o espetáculo abarca várias fases da vida da artista, desde sua infância na fazenda, passando por suas viagens pelo mundo, até a maturidade artística. Com delicadeza, o elenco - formado por Adriana Guidotte, Tatiana Guimarães, Bruna Petito, Elizandro Carneiro, Orlando Dantas, Anderson Gouvêa e Luciana Paes (interpretando Tarsila do Amaral) - passeia pelo mundo imagético e por vezes fantástico de uma das mais importantes pintoras brasileiras.

Linguagem ainda quase sempre reservada aos adultos, a dança contemporânea investe pouco no universo infantil e, principalmente, em uma expressão corporal e cênica que seja assimilada e entendida pelos pequenos, como expressa a bailarina Tatiana Guimarães: "A dança comtemporânea é hermética e foi um certo pânico para a gente transformar essa linguagem em algo acessível às crianças". É muito difícil e a responsabilidade é grande", complementa Tatiana Guidotte.

A Cia. Druw faz esse mergulho muito bem, e criou um espetáculo capaz de prender a atenção das crianças a ponto de fazê-las interagir com a cena. Há momentos capazes de causar o riso de forma espontânea nos pequenos espectadores, algo só possível quando há uma conexão capaz de fazê-los entender e reagir ao que acontece no palco. Um momento marcante é quando a pequena Tarsila interage com o Abaporu (quadro mais famosos da pintora, símbolo maior do movimento antropofágico), que surge como um amigo imaginário com quem ela conversa e brinca, e com quem se reencontra ao final do espetáculo.

Há ainda paisagens, viagens, cores e referências a outros seres imaginários criados por Tarsila em sua obra, fazendo de Vila Tarsila, além de um espetáculo tocante, muito bem humorado e belo, um estímulo a se conhecer a obra de uma pintora que deixou sua marca na pictografia brasileira.

Começa no Recife, nesta sexta (4), o Festival Palco Giratório, que apresenta, até dia 26 de maio, 30 espetáculos, de 26 companhias, vindas de vários estados brasileiros. A programação conta com espetáculos de teatro e dança, infantis e adultos, de vários gêneros como drama, comédia e formas animadas, que serão apresentadaos nos teatros Marco Camarotti, Capiba, Barreto Júnior, Hermilo Borba Filho, Apolo e Luiz Mendonça a preços populares.

A sexta edição do Palco Giratório no Recife ainda inclui apresentações gratuitas na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, e na Praça do Campo Santo, em Santo Amaro, além de atividades formativas como debates, pensamentos giratórios e oficinas. Os festivais paralelos Cena Gastrô - que cria um cardápio exclusivo, inspirado nos nomes dos espetáculos, que pode ser conferido nas unidades do Sesc - e Cena Bacante, que este ano realiza performances nas sedes dos grupos locais, também estão presentes na programação.

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Uma novidade da edição 2012 do Festival é um intercâmbio entre a cena teatral pernambucana e a do Rio Grande do Sul. Os grupos sul-rio-grandenses Cia. Gente Falante e GRUPOJOGO de ExperimentAção Cênica se apresentam no palco REC POA, e os espetáculos Eu Vim da Ilha, da Cia de Dança do Sesc Petrolina, e Decripolou Totepou, da artista Odília Nunes, irão a Porto Alegre.

Quem inicia a programação cênica do Palco Giratório, às 19h30, no Teatro Barreto Júnior, com entrada gratuita, é Eu Vim da Ilha, da Cia de Dança do Sesc Petrolina, vencedor do Prêmio Apacepe 2012. A encenação é uma das cinco que contam com áudio-descrição para pessoas com deficiência visual e tradução para libras, para pessoas com deficiência auditiva. A programação completa e mais informações estão na página do Sesc Pernambuco.



Serviço

Abertura do Festival Palco Giratório Recife

Espetáculo Eu Vim da Ilha, da Cia. de Dança do Sesc Petrolina

Sexta (04), às 19h30

Entrada gratuita

O projeto 'Dançando na Praça' realiza, nesta sexta (27), apresentações de dança no bairro da Várzea, zona oeste do Recife. O projeto visita uma localidade por vez realizando oficinas e um grande evento ao final do ciclo. A programação começa às 19h, com apresentações dos grupos da comunidade da Várzea com dança de salão, frevo e merengue.

Em seguida, grupos profissionais mostram a dança de ritmos como tango, dança do ventre, zouk, dança esportiva, salsa, samba e bolero. O evento ainda conta com um show da orquestra de baile Zuza Miranda e a apresentação de Michelle Melo e Banda Metade. A entrada é gratuita.

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O próximo bairro a ser visitado pelo projeto é o Alto Santa Terezinha, de 7 a 11 de Maio.

A relação entre o homem e o tempo, tendo como ponto de partida os diferentes encontros e desencontros da vida, são o mote para o espetáculo de dança Tempo Fragmento, criado e dirigido por Ivaldo Mendonça. A montagem foi premiada em 2009 no Janeiro de Grandes Espetáculos, um dos festivais mais importantes das artes cênicas de Pernambuco, e está circulando por diferentes cidades com fomento do Funcultura e apoio do Sesc Pernambuco.

Em uma montagem de múltiplas interpretações em que o corpo é o principal suporte, o próprio Ivaldo, Renata Muniz e Maria Agrelli (dupla que também está em cena com o espetáculo Leve) interagem com objetos e constróem cenas independentes que dialogam com o conceito de tempo e vida.

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As próximas apresentações de Tempo Fragmento acontecem nos dias 21 e 22 de abril, em Petrolina.

Serviço
Tempo Fragmento
Domingo (15), às 17h
Teatro Marco Camarotti, no SESC de Santo Amaro (Rua 13 de Maio, 455 Santo Amaro)
Telefone: 81 3216 1728
Gratuito

O Balé Chegança está em temporada com o espetáculo Ser Tão Só..., no Centro Circo da Juventude, localizado no bairro da Macaxeira, zona norte do Recife. Aspectos da vida no sertão como a fé e a religiosidade, os folguedos populares, a seca e a migração em busca de uma vida melhor são a matéria prima para o espetáculo, que mistura as linguagens da dança e do teatro, dirigido por Diórge Santos.

O Balé Chegança é uma das ações do Movimento Cultural Fazendo Arte, criado no ano de 2000 pelo educador Genivaldo Francisco, que viu no movimento a possibilidade de ocupar e trazer novos horizontes para jovens em situação de risco social, moradores do bairro recifense de San Martin. Ser Tão Só... surgiu de um estudo dos participantes do balé das danças populares, a exemplo da quadrilha, do maracatu e do frevo, além do estudo de obras plásticas, como telas de Candido Portinari.

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Escolas, ONGs e outras instituições interessadas em agendar a presença de grupos de jovens devem entrar em contato com o Movimento Cultural Fazendo Arte. Os ingressos custam o valor simbólico de R$ 1 e as apresentações acontecem aos sábados e domingos, sempre às 18h, até o dia 27 de maio.

Serviço
Ser Tão Só...
Sábados e domingos, às 18h
Centro Circoda Juventude (Avenida José Américo de Almeida, 05 Macaxeira)
R$ 1
Mais informações: 81 3227 9541
Até 27 de maio

O pernambucano Marcos Brandão teve um amplo trabalho de pesquisa, que só saiu do "casulo" em 2010. Essa foi uma das razões para que o título do seu espetáculo de dança, que estreia nesta terça-feira no festival cênico Palco Giratório, em João Pessoa, na Paraíba, recebesse esse nome.

"Todo pernambucano é doente por sua cultura e sempre achei um absurdo morar em um lugar e não conhecer os elementos da cultura local. Por isso, estranhei muito a Paraíba quando cheguei. Procurei então usar os movimentos do axé, muito em voga na época, para chegar até a capoeira, por exemplo, de onde fui para movimentos do coco e do cavalo marinho", lembra o coreógrafo.

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Foi este mesmo modelo de ensino que lhe ajudou a disseminar a cultura pernambucana entre os primeiros alunos de suas oficinas de dança, que promove na Paraíba desde que radicou-se na capital do Estado, João Pessoa, há 18 anos.

E é essa a proposta de desconstrução corporal para a construção de uma memória cultural, que está exposta em 'Casulo', espetáculo que abre na noite desta terça-feira o festival "Palco Giratório", no Centro Cultural Piollin. O espetáculo é financiado pelo Fundo Municipal de Cultura.

Serviço

Palco Giratório

'Casulo', às 20h

Centro Cultural Piollin (Rua Sizenando Costa, s/n, Roger, João Pessoa - PB

Informações: 83 3241-6343

*Por Valter Versailles

O grupo de dança pernambucano Acupe apresentou neste fim de semana (17 e 18), no Teatro Hermilo Borba Filho, o espetáculo Jogo Coreográfico. A montagem, que foi desenvolvida inicialmente como metodologia para composição de coreografias, em 2005, é resultado da interação direta com o público presente.

Confira fotos da apresentação, cuja direção é da carioca Lígia Tourinho.

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Quem gosta de dança, já pode comemorar. Até o dia 02 de março estão abertas as inscrições para curso de aperfeiçoamento em dança promovido pela Compassos Cia. de Dança e incentivado pelo Funcultura – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura. As aulas se iniciam em 12 de março e seguem até 29 de abril, culminando numa apresentação aberta ao público onde os alunos exibem os resultados dos estudos.

O Programa Compassos de Aperfeiçoamento Profissional em Dança – Ano II oferece aulas gratuitas de dança clássica com Luiz Roberto, dança contemporânea com José W. Júnior, conscientização para o movimento com Daniela Santos, capoeira com Fábio Costa, cavalo marinho com Paulo Henrique, dança-teatro com Kiran Queiroz e teoria da dança com Patrícia Costa.

Para participar do programa os interessados devem ter 16 anos ou mais e alguma formação em dança, circo ou teatro, além de possuir disponibilidade para participar de todas as aulas que acontecerão no Espaço Compassos (Rua da Moeda, 93, 1º andar, Recife Antigo), às segundas, quartas e sextas, das 13h às 17h, e nas terças e quintas, das 11h às 17h.

Assim como o curso, as inscrições também são gratuitas: para se inscrever é preciso solicitar a ficha de inscrição pelo e-mail cia.compassos@gmail.com, preenchê-la e enviar de volta, anexando também carta de interesse, foto e currículo resumido. Também é possível realizar inscrição presencial no Espaço Compassos, de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h.

Entre os dias 03 e 05 de março será feita a análise e seleção dos candidatos e no dia 07 de março o resultado será divulgado no blog da Compassos

Histórico - A Compassos Cia. de Danças nasceu em 1990 e para formar seus bailarinos,  inclui aulas ministradas por coreógrafos,  professores e diretores convidados de dança popular, contemporânea, clássica e de teatro. O elenco da Compassos é formado seis bailarinos-criadores: Patrícia Costa, Sandra Rino, Janaina Gomes, Gervásio Braz, Elis Costa, além de Raimundo Branco, também diretor da companhia. 

SERVIÇO

Programa Compassos de Aperfeiçoamento Profissional em Dança – Ano II

Espaço Compassos (Rua da Moeda, 93, 1º andar, Recife Antigo)

Inscrições: de 06 de fevereiro a 02 de março.

Documentação: ficha de inscrição, currículo resumido, carta de interesse e foto do candidato.

Enviar para o e-mail cia.compassos@gmail.com ou entregar no Espaço Compassos.

Resultado: 07 de março, por e-mail e no Blog da Compassos Cia. de Danças

Aulas: 12 de março a 29 de abril (segundas, quartas e sextas, das 13h às 17h, e terças e quintas, das 11h às 17h)

Gratuito. Informações: 4101.1640 e 9212.9791

 

A Fundação Nacional de Artes (Funarte), instituição vinculada ao Ministério da Cultura, abriu processos seletivos para projetos de ocupação de suas salas voltadas ao teatro, dança e circo. Os editais se destinam aos seguintes teatros:

Rio de Janeiro | Dulcina, Cacilda Becker, Duse e Glauce Rocha

São Paulo | Carlos Miranda e Renée Gumiel e Teatro de Arena Eugênio Kusnet

Minas Gerais | Galpão 3 da Funarte

Brasília | Teatro Plínio Marcos

As inscrições vão até o dia 16 de fevereiro, e será contemplado um projeto em cada edital. Todas as propostas de programação para os espaços cênicos devem ser encaminhadas à Funarte pelas companhias, grupos e empresas de todo o país interessadas nesse trabalho.  As propostas selecionadas ocuparão as salas de abril a agosto de 2012 (exceção para os teatros Dulcina e Glauce Rocha, no Rio de Janeiro, cuja ocupação será de abril a julho).

Diversas comissões convidadas ficarão responsáveis pela análise dos projetos. Serão consideradas a excelência artística da proposta e sua viabilidade prática, bem como a qualificação dos profissionais envolvidos nos trabalhos. Os nove projetos contemplados receberão aportes financeiros para a sua viabilização, e o total de recursos destinados ao programa é de R$ 3,834 milhões, sendo R$ 3,75 milhões para a viabilização dos projetos e R$ 84 mil para despesas administrativas.

Com informações da Ascom/Funarte

Por Karolina Pacheco

Nesta quarta-feira (11) terá início a grade de programação da 18ª edição do Janeiro de Grandes Espetáculos, evento que se estenderá até o dia 29 deste mês, com mais de 90 apresentações do Brasil e de outros dois países. O principal foco é propagar a produção cênica no estado, apresentando os espetáculos encenados em 2011, além de premiar as melhores produções locais através do Troféu Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe) de Teatro e Dança.

E por falar em dança, o festival deste ano irá surpreender. Ela tem um lugar privilegiado nesta edição do evento, com 21 apresentações, entre nacionais e internacionais. Os primeiros espetáculos do gênero acontecem, às 21h, na sexta-feira (13), no Teatro Hermilo Borba Filho, com dois curtos solos de dança contemporânea de companhias locais - Cordões, de Olinda, e Sob a Pele, do Recife.

No primeiro, a bailarina-pesquisadora Carolina Laranjeira resgata a brincadeira popular do Cavalo Marinho, que possui ricos princípios criativos em linguagens musicais, corporais e visuais. Já em Sob a Pele, Patrícia Cruz usa a linguagem da dança moderna para expressar as relações entre identidade e tempo. Na Praça do Arsenal, no bairro do Recife, a companhia recifense Brincantes de Circo traz Quatro, criação de Bóris Trindade Jr (Borica), que abordará, entre linguagens artísticas e desportivas, os ciclos comemorativos pernambucanos. O evento será no domingo (15), aberto ao público.

A dança também estará presente no palco do Teatro Luiz Mendonça, em Boa Viagem, que será o foco das atenções dos apreciadores do Ballet Clássico. Na terça-feira, dia 17, será apresentada a versão da Escola de Ballet Cláudia São Bento para o clássico Coppelia, que mistura a técnica de bailarinos profissionais à alunos do Projeto Pirueta, composto por estudantes de escolas públicas do estado.

O bailarino e coreógrafo Cláudio Lacerda (Dança Amorfa) levará ao Centro Cultural Correios (CCC) o resultado de sua pesquisa “Trilogia da Arquitetura Desconstrutivista”: Espaçamento é o nome do espetáculo que cruzará meios de dança à elementos de arquitetura, e será apresentado por Cláudio, Juliana Siqueira e Jefferson Figueiredo na terça, dia 24, a partir das 19h.

Já no dia seguinte, a Casa Mecane trará a “Noite de Performances Corpos Compartilhados”, do Coletivo Lugar Comum. Serão três solos de dança contemporânea: Topografias do Feminino (Liana Gesteira), OSSevaO (Sílvia Góes) e Valsa.me (Cyro Morais) traduzirão o corpo-território da mulher, o corpo-palavra e um corpo-memória que convida para a dança, respectivamente. Os solos poderão ser conferidos a partir das 19h. No mesmo dia, às 21h, no Teatro Hermilo será apresentado o duo Ilhados: Encontrando as Pontes. O espetáculo do Grupo Experimental pretende traduzir através da dança contemporânea a ligação entre a ilha e o continente, representada pelas pontes, e relacionando a memórias da trajetória de mãe e filha.

Dark Room, também encenado na Casa Mecane, na quinta (26), usa de nudez e um forte diálogo com a luz para convidar as pessoas, num quarto escuro, a se depararem com suas identidades sexuais e personalidades, em dois horários: 19h e 21h. No mesmo lugar, dia 27, mais três solos serão executados. Agora “O Solo do Outro”, do projeto do Centro Apolo-Hermilo, às 22h. Cada um peculiarmente diferente do outro. Jefferson Figueiredo (A Face da Falta) desconstrói a dança popular em seu corpo em nome da saudade do mestre Nascimento do Passo, Helijane Rocha (Ela Sobre o Silêncio) traça a relação entre limitações e liberdade do eu-feminino, por último, Januária Finizola (Sobre Mosaicos Azuis) que interpreta a esquizofrenia com provocações ao público e questionando através dos movimentos corporais e olhares fixos para a plateia até onde vai a loucura de cada um.

A companhia de dança Qualquer Um dos 2 trará a criação coreográfica do diretor Jailson Lima em Aluga-se um coração. Interpretada apenas por homens, a apresentação abordará as constatações ora prazerosas, ora angustiantes, advindas da procura pelo amor. O espetáculo que explora as sensações de fluidez e vazio poderá ser assistido dia 29 (quinta), às 20h30, no Teatro Barreto Júnior. Saindo da capital, teremos em Olinda uma programação gratuita, em parceria com a prefeitura da cidade: Eu vim da Ilha, da Cia de Dança do Sesc Petrolina, que se apresenta na Praça Laura Nigro, na Ribeira, Sábado (21), às 20h e Estar aqui ou ali?, do Visível Núcleo de Criação, que se apresenta no Alto da Sé no outro sábado (28), às 18h.



Canadá e Chile – A dança contemporânea internacional será representada por dois países. O primeiro trará do Quebec a montagem “Amour, Acide et Noix” (Daniel Léveillé Danse) em dois dias no Teatro de Santa Isabel (14 e 15, respectivamente 21h e 19h). O premiado espetáculo já levou o título de “Melhor coreografia original” no Prêmio Dora Mavor Moore de 2004 e põe em cena quatro bailarinos – três homens e uma mulher, totalmente nus durante toda a encenação – a temática abordada é a sinceridade da nudez, a solidão e a ternura dos toques na pele. Também será apresentado em Caruaru, no Teatro Rui Limeira Rosal, no sábado (21), às 20h.

O teatro Barreto Júnior (sábado e domingo, dias 21 e 22, às 20h30) será anfitrião da companhia chilena Sin Testear. A projeção audiovisual unida aos movimentos corporais da bailarina e co-criadora Francisca Sazie, explora a relação entre o movimento e imagens ao transitar por várias paisagens, texturas e sensações em “Sin Testear Al Outro Lado”.

Sudeste – O Grupo de dança Camaleão (MG) virá com duas montagens. A primeira, dia 26 (quinta, às 20h30), no Teatro Barreto Júnior, será “Continue Reto, Sempre em Linha Reta! E Vai com Deus...”. A coreografia coloca o corpo paralelamente ao trânsito e suas vertentes (prostituição, excesso de velocidade e cidadania), a coreografia é de Tuca Pinheiro e direção de Marjorie Quast. A segunda, também de Marjorie e com direção artística de Chico Pelúcio e Lydia Del Picchia chama-se “Horas Possíveis... Enquanto Seu Lobo Não Vem” trata da luta diária e individual de cada um, com quatro pessoas em cena. Retrata a falta de comunicação e o isolamento que se faz presente na maratona para o “sucesso”. Será apresentada no Alto da Sé, gratuitamente, dias 28 e 29 (sábado e domingo, às 16h).

Em 28 e 29 de janeiro, respectivamente sábado e domingo, às 20h30, São Paulo será representada pela Virtual Companhia de Dança, de São José do Rio Preto. Os bailarinos resgatarão no palco do Barreto Júnior, através da dança contemporânea, a biografia de um bailarino e coreógrafo russo de temperamento introvertido, em os “Diálogos sobre Nijinsky”.

Para mais informações, consulte a programação completa do 18° Janeiro de Grandes Espetáculos.

Por Karolina Pacheco

O Janeiro de Grandes Espetáculos já é consagrado como um dos maiores eventos culturais do estado – senão o maior. Uma programação versátil e diversificada contemplará todo o festival, que, já em sua 18ª edição, acontece na cidade do Recife nos dias 11 a 29 de janeiro, e contará com cerca de 90 atrações de artes cênicas (teatro e dança) além de 12 shows musicais e outras atividades formativas como oficinas, seminários, lançamento de livros e mesas de discussão.

Serão mais de 30 apresentações pernambucanas, e as melhores produções locais serão contempladas com o Troféu Apacepe de Teatro e Dança. Além disso, serão encenados espetáculos de sete estados brasileiros e do distrito federal, além de atrações de cinco outros países: Canadá, Argentina, Portugal, Equador e Chile.

Confira a programação completa do 18° Janeiro de Grandes Espetáculos:

 

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