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A corrente do PT de Lutas e Massa, encabeçada pelo membro da Executiva da legenda em Pernambuco, Gilson Guimarães, passará a "fazer campanha" para o candidato a governador, Paulo Câmara (PSB). A dissidência do grupo, que é composto por 80 diretorianos e cinco presidentes municipais, é resultado, segundo eles, da "falta de diálogo interno" no partido. A questão já causou diversos imbróglios entre os petistas. 

Em nota, divulgada nesse domingo (28), a ala aponta que a "aliança histórica com a Frente Popular" deve ser mantida, independente da disputa presidencial. "Lideranças com mandatos tentam o tempo todo impor suas posições políticas ao partido, as quais carecendo de lógica democrática atendem somente seus próprios interesses, numa tentativa de transformar o PT de Pernambuco em um partido de cúpula e de donos, de mandos e de desmandos", observa o grupo, no texto. 

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Tentando minimizar o fato, a presidente estadual do PT, deputada Teresa Leitão, repudiou a atitude e disse que o PTLM está saindo das defesas do PT. "Não vamos perder tempo com isso. Nosso foco agora é a reeleição de Dilma, a eleição de Armando e João Paulo", afirmou. "Quem rompe com a chapa de Armando e de João Paulo, rompe com o PT", acrescentou a petista. Segundo ela, uma quantia pequena de filiados tomou a atitude. 

Em nota, os coordenadores das campanhas no estado, grupo que Guimarães também fazia parte, colocou a decisão do PTLM como "inaceitável e inadmissível", além de apontar como uma "traição" a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). "Essa posição é inaceitável e inadmissível, rompendo com a democracia petista e afrontando decisões legítimas das instâncias do PT-PE. Minoritário no partido, esse grupo escolheu fazer o jogo dos nossos adversários e se excluiu do PT com essa atitude apequenada, típica dos que priorizam seus interesses em detrimento do projeto de mudanças que o PT lidera", diz um trecho do documento. 

Componente da majoritária estadual, o candidato a senador João Paulo (PT) afirmou ser contra o posicionamento da tendência e disse que "vê com gravidade esta posição antagônica às instâncias partidárias e ao projeto de reeleição da presidenta Dilma" e deixou claro que aguardará as decisões que serão tomadas tanto pela executiva estadual quanto nacional do partido.

Lideranças do PSB de Quipapá, no Agreste, anunciaram nesta sexta-feira (8), no Recife, o apoio às candidaturas de Armando Monteiro (PTB) a governador de Pernambuco, de João Paulo (PT) ao Senado e de Álvaro Porto (PTB), ex-prefeito de Canhotinho, a deputado estadual. O grupo político é comandado por Lucemar Dias, esposa de Reginaldo Machado Dias, que foi prefeito do município por quatro vezes e atualmente é presidente do PSB local.

Além de Lucemar e Reginaldo Dias, o suplente de vereador do PSB, Luciano Almeida, também anunciou o apoio a Armando e João Paulo. A chapa majoritária ainda vai contar com o vereador Marcelo Ribeiro Sobrinho (PT), bem como o ex-prefeito José Azevedo (PR), o ex-candidato a prefeito Celso Azevedo (PP) e os suplentes de vereador Anderson de Sevinho (PTN), Laerte Calado (PTN) e Maurílio Duarte (PTC), além de lideranças do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Quipapá.

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Na avaliação de Lucemar Dias, o governo do Estado faltou a Quipapá. “As ações que chegaram ao município não foram suficientes, muitas promessas não foram cumpridas”, disse ela. “E Armando Monteiro tem experiência, tem uma trajetória comprovada de sucesso como homem público, parlamentar e grande gestor”, completou.

O senador Aécio Neves (PSDB) afirmou nesta sexta-feira (13) que conta com "dissidências" de partidos da base aliada do governo para apoiar sua campanha presidencial. E, sem citar nomes, afirmou que a legenda não definirá o nome do candidato a vice-presidente na convenção nacional tucana marcada para amanhã porque há "instabilidade em outras forças políticas" que podem aderir à sua candidatura.

"Podem esperar que teremos dissidências cada vez mais amplas por todo o Brasil e essas dissidências fortalecerão a oposição, porque ela representa o sentimento que é do brasileiros, de mudanças profundas", declarou o senador. Em evento do diretório tucano de Minas em maio, Aécio afirmou que poderia "conversar" com o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meireles (PSD), sobre a vaga de vice caso seu partido deixe a aliança com a presidente Dilma Rousseff.

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"Enquanto esse partido tiver uma aliança com o governo federal não cabe a mim fazer qualquer especulação. O que tenho visto é que tanto em relação ao PSD, quanto ao próprio PMDB, ao PP e vários outros partidos é que no âmbito regional a maioria dessas forças está se somando ao nosso lado, porque elas querem mudança", disse hoje o mineiro, segundo o qual há "vários nomes cogitados dentro e fora do partido" para a vaga de vice.

Aécio percorreu no fim da manhã ruas de São João del Rei, no Campo das Vertentes, e visitou o túmulo de seu avô, o ex-presidente Tancredo Neves, antes de se dirigir para São Paulo para a convenção que confirmará seu nome para a corrida presidencial. "Ele (Tancredo) sempre dizia que nos seus momentos de maior inquietação, de maior dificuldade, era aqui em São João que ele buscava energia para continuar sua caminhada. E eu sigo esse exemplo", concluiu.

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