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Ao discursar em Plenário nesta terça-feira (7), o senador Esperidião Amin (PP-SC) defendeu a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro em Brasília.

"[Isso deve ser feito] Para o bem do Brasil, da Câmara dos Deputados e do Senado. Se a Câmara Distrital do Distrito Federal está fazendo uma CPI, a investigação é necessária, e só o confronto das narrativas vai nos aproximar da verdade", disse.

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O senador ressaltou que foi com esse objetivo que, já no dia 10 de janeiro, ele assinou a solicitação de CPI protocolada pela senadora Soraya Thronicke (União-MS). Mas ele observou que agora defende uma CPI mista (ou seja, composta tanto por senadores como por deputados federais), porque a Câmara dos Deputados também deve investigar os atos.

"[Uma CPI] Buscando responsabilizar todos que praticaram o mal, mas evitando misturar o trigo com o joio, o incauto com quem premeditou, financiou e participou conscientemente", argumentou ele.

Piso salarial Espiridião Amim também destacou que, pelo 13ª ano consecutivo, Santa Catarina é um dos cinco primeiros estados do país a fixar o piso regional do salário mínimo — segundo ele, por decisão unânime de empresários e trabalhadores.

*Da Agência Senado

Um relatório da Polícia Federal recomendou a adoção do voto impresso e a transferência para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de tarefas executadas por empresas terceirizadas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Trechos do documento foram divulgados nesta segunda-feira (27) pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), que presidiu uma sessão temática sobre a apuração e a totalização dos votos nas eleições. 

O relatório da Polícia Federal foi encaminhado à corte eleitoral em outubro de 2018, quatro meses depois de uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) tornar sem efeito um artigo da reforma eleitoral (Lei 13.165, de 2015) que previa a impressão do voto. O texto assinado por três peritos federais recomenda “que sejam envidados todos os esforços para que possa existir o voto impresso para fins de auditoria”. 

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Amin obteve uma cópia parcial do documento, que faz um total de 14 recomendações ao TSE. Trechos considerados confidenciais pela Polícia Federal foram encobertos com tarjas pretas. Segundo o parlamentar, nem mesmo presidentes de Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) tiveram acesso ao documento. Para o senador, a eventual migração de rotinas administrados por empresas terceirizadas do TSE para a Abin tornaria o processo eleitoral “chapa-branca”. 

O diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Luís Flávio Zampronha, informou que a instituição foi convidada pelo TSE para avaliar a segurança do sistema utilizado nas eleições. Ele disse que a recomendação específica sobre o voto impresso foi resultado de uma “análise técnica” dos peritos. "Mas se trata de um documento opinativo. Não tem o poder de vincular as novas medidas adotadas pelo TSE", disse Zampronha. 

Esperidião Amin chegou a anunciar que tornaria pública a íntegra do documento. Mas o juiz auxiliar da Presidência do TSE, Sandro Nunes Vieira, comprometeu-se a enviar oficialmente cópia do relatório ao Colégio de Presidentes dos TREs (Coptrel). "Como o documento foi colocado como confidencial, nós enviamos a todos aqueles presidentes que pediram cópia. Mas não enviamos de antemão. O processo é sigiloso, e não vamos ficar oferendo cópias às pessoas", justificou Vieira. 

Sobre a eventual migração de “módulos e rotinas” de terceirizadas do TSE para a Abin, Sandro Nunes Vieira disse que a recomendação da Polícia Federal não foi acolhida. O juiz informou que o trabalho das empresas privadas é coordenado por servidores públicos concursados. "A empresa atua na mão de obra, mas toda a inteligência do processo é feita por servidores de carreira. O protagonismo é do TSE, e não da terceirizada", disse. 

Centralização O objetivo original da sessão temática era debater uma resolução do TSE que centralizou em Brasília a divulgação dos resultados das eleições para governador, vice-governador, senador, deputado federal e estadual. A mudança, implantada no primeiro turno das eleições de 2020 com base nas recomendações da Polícia Federal, sofreu críticas de representantes dos TREs. Segundo eles, a medida provocou atrasos e retirou indevidamente atribuições da justiça eleitoral nos estados.  Para o presidente do TRE de Santa Catarina, desembargador Fernando Carione, a totalização dos votos em Brasília provocou “afunilamento processual” e deixou a justiça eleitoral nos estados “à mercê dos tempos operacionais do TSE”. 

"É inquestionável a competência legal privativa dos TREs para fazer a totalização dos resultados finais das eleições. Não me parece possível ao TSE, seja por meio de diretriz técnica ou mesmo resolução ou instrução normativa, modificar as disposições contidas no Código Eleitoral sem afronta à Constituição. Este relatório formulado por peritos da Polícia Federal jamais nos foi disponibilizado. Qual a razão do sigilo?", questionou. 

O presidente do TRE de Roraima e do Coptrel, desembargador Leonardo Pache Cupello, disse que o tema “é sem dúvida controverso”. Para ele, “o normal” seria que a apuração e a totalização dos votos se dessem nos estados. "Deveria ocorrer como ocorreu nas eleições anteriores. O resultado já saia imediatamente. Entretanto, vivemos um momento diferente. Nós dos TREs deveríamos ter tomado conhecimento dessa totalização com uma certa antecipação. Houve o atraso, e se tornou preocupante. Os TREs estávamos preparados para divulgar imediatamente a totalização dos votos", afirmou. 

Esperidião Amin também criticou o atraso na totalização dos votos no primeiro turno de 2020.  "O TSE optou pela centralização, sob o argumento de que a nova rotina envolveria estrutura mais confiável. Há, no entanto, pontos controversos. As eleições de 2018, com apuração descentralizada nos TREs, transcorreram sem qualquer incidente. O pleito de 2020, centralizado no TSE, sofreu com atrasos não usuais, tampouco justificáveis", disse. 

Apuração x Totalização Sandro Nunes Vieira, juiz auxiliar da Presidência do TSE, admitiu que “um problema de ordem técnica” provocou três horas de atraso na totalização dos votos no primeiro turno de 2020. Mas assegurou que o “percalço” em um computador da empresa privada contratada para o serviço foi corrigido a tempo para o segundo turno.  Segundo o magistrado, a totalização dos dados em Brasília não retira atribuições dos TREs. Para ele, há uma diferença entre os conceitos de totalização e apuração dos votos. 

"A apuração é realizada pela própria urna eletrônica. O TSE não possui ingerência nas atividades do juiz eleitoral, da junta eleitoral ou do TRE. O TSE faz apenas a totalização, que é uma consolidação dos dados já apurados nas instâncias competentes. O TSE não atua no processo de apuração", afirmou. 

Para Sandro Nunes Vieira, a totalização em Brasília ocorreu para economizar dinheiro e evitar ataques contra o sistema de Justiça Eleitoral. 

"Não temos necessidade de um banco de dados em cada zona eleitoral. Isso seria um desperdício de recursos públicos. Onde o dado está armazenado é irrelevante no atual contexto tecnológico. Manter 27 servidores [computadores], um em cada TRE, para fins de totalização seria um grave fator que agravaria os custos do processo. Teríamos a ampliação do número de locais para ataques por hackers", afirmou. 

O procurador Rodrigo López Zilio, representante do Ministério Público Federal, lembrou que legislação eleitoral data de 1965 e precisa ser atualizada para contemplar aspectos introduzidos pelo sistema eletrônico de votação. Um novo código eleitoral deve deixar claro, por exemplo, a quem cabe apurar e totalizar o resultado das votações. 

"Embora sejam conceitos distintos, a totalização, que é a soma de todos os votos dos boletins de urna, é vinculada à apuração. Acho que esse é um ponto relevante a ser esclarecido. A experiência de 2020 frustrou aquele ideal de otimização que a Justiça Eleitoral vinha impondo ao longo dos anos", lamentou. 

*Da Agência Senado

O serviço militar aberto às mulheres está em discussão no Senado, na forma de um Projeto de Lei (PL) apresentado em 2015 pela então senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). O PL está tramitando no Senado e há previsão de ser apreciado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) após o carnaval.

O relator escolhido para a matéria foi Esperidião Amin (PP-SC). Em seu relatório, porém, ele afirmou que os gastos extrapolariam a Lei de Responsabilidade Fiscal. Amin usou custos estimados pelas Forças Armadas.

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Os dados dos militares consideraram um efetivo feminino da ordem de 10% dos recrutas convocados no ano de 2019 (60 mil recrutas). No âmbito do Comando da Marinha, o impacto seria de R$ 23 milhões; no Exército, o impacto seria de R$ 536,76 milhões; e na Aeronáutica, de R$ 21 milhões. Os custos somariam R$ 580,76 milhões para receber 6 mil mulheres.

“Fica clara a violação dos art. 16 e 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal comprometendo-se com despesas que não possuem respaldo no Plano Plurianual (PPA), Lei Orçamentária Anual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e violando às metas fiscais. O país passa por uma grave situação fiscal”, disse Amin em seu relatório.

Existem divergências em relação à visão do relator. Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), por exemplo, os custos informados pelas Forças Armadas são maiores do que se verificaria na prática. “O custo indicado pelo Ministério da Defesa aponta para algo em torno de R$ 100 mil por recruta, o que me parece uma avaliação bastante elevada. Quando ele coloca R$ 581 milhões, são 60 mil recrutas no total, ao ano e 10% disso, 6 mil, em torno de R$100 mil. Está um tanto quanto elevado”.

Alguns senadores pediram vista coletiva. O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), sugeriu alterações no relatório, prevendo o serviço militar feminino até o limite orçamentário. Amin sinalizou acatar a sugestão de Carvalho e afirmou que será favorável ao projeto, apesar do apontamento sobre os custos.

O projeto

A proposta diz que as mulheres podem prestar o serviço militar voluntariamente. Ao contrário dos homens, que devem se apresentar obrigatoriamente ao completarem 18 anos, as mulheres só fariam se quisessem, mas teriam que manifestar interesse de fazê-lo na mesma idade.

“O projeto tem o caráter de ação afirmativa e destina-se a assegurar às mulheres a prestação do serviço militar. Com isso, pretendemos dar às mulheres a oportunidade de participarem da realização desse serviço, que tantas lições de cidadania têm prestado aos brasileiros, com acesso igual para todos os gêneros”, disse Grazziotin em seu projeto.

No texto, ela também destacou que as mulheres já vêm desempenhando papéis nas Forças Armadas, com exceção da área de combate. “A mulher ocupa cargo e concorre às promoções nas mesmas condições de igualdade para os militares do sexo masculino. A maioria das oficiais e sargentos encontram-se lotadas nos quartéis-generais, nas organizações militares de saúde, nos estabelecimentos de ensino e nos órgãos de assessoramento”.

O projeto foi aprovado, ainda em 2015, pela Comissão de Direitos Humanos (CDH). Depois seguiu para a Comissão de Relações Exteriores (CRE), mas o projeto ainda não foi votado porque Amin pediu manifestação da CAE. Mesmo que tenha o parecer pela rejeição aprovado na CAE, o projeto volta para a análise terminativa na CRE. Se lá for aprovado e não houver recurso para análise em Plenário, o texto seguirá para a Câmara dos Deputados.

*Com informações da Agência Senado

 

Um setor já tratado como absolutamente estratégico em todo o mundo, mas que no Brasil permanece sem recursos e negligenciado. Esse foi o quadro apontado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), relator da avaliação da política de defesa cibernética conduzida pelo governo brasileiro. Seu relatório, aprovado nesta quinta-feira (12) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), aponta “um quadro dramático, que expõe o país a enormes riscos”, segundo as palavras do próprio senador.

“O Plano Plurianual 2020-2023 nem sequer menciona a área de defesa cibernética. Além desse desprestígio, a proposta orçamentária para 2020 destina só R$ 19 milhões para a área, através do Ministério da Defesa. A meu pedido, o relator desse setor, Angelo Coronel [PSD-BA], somou outros R$ 3 milhões. Dá R$ 22 milhões, mas deste montante só R$ 6,3 milhões vão para o Comando de Defesa Cibernética [ComDCiber]. O próprio órgão calcula que precisaria de pelo menos R$ 60 milhões para implantar e modernizar um modelo capaz de atender as necessidades do país”, relatou Amin.

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Falta de investimento

O senador catarinense deixou claro que, se a situação continuar como está, não tem como o setor de defesa cibernética se manter. Para Amin, o orçamento da área deveria ser de pelo menos R$ 60 milhões em 2020 e de R$ 120 milhões nos três anos seguintes.

“O setor nuclear hoje depende do cibernético. Um ataque cibernético pode invalidar todo o arsenal, se não houver proteção para seu manejo. E isto também vale para os setores energético-elétrico, de comunicações, abastecimento de água e logística. É por isso que alguns países já oficializaram o setor de cibernética como uma espécie de quarta força. Falo isso sem a intenção de criticar o governo; na verdade, o Brasil ainda não assimilou a cultura de priorizar a área. Entre 2012 e 2018, foram investidos só R$ 125 milhões”, disse.

A pedido de Amin, a CRE enviará o relatório ao presidente Jair Bolsonaro, ao vice-presidente Hamilton Mourão e aos generais Fernando Azevedo e Silva (ministro da Defesa) e Augusto Heleno (ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI). O documento também será enviado aos comandantes das três Forças, general Edson Pujol (Exército), tenente-brigadeiro do ar Antonio Bermudez (Aeronáutica) e almirante Ilques Barbosa (Marinha). Também receberão a peça os generais Guido Amin (comandante do ComDCiber) e Antonio Carlos Freitas (diretor do Departamento de Segurança da Informação do GSI).

“É impossível melhorarmos a Escola de Defesa Cibernética ou o Exercício Guardião Cibernético, que simula uma guerra cibernética, sem dotação orçamentária. Nossa maior crítica é que a própria Estratégia Nacional de Defesa prevê destaque para esse setor, e isso não está sendo observado”, acrescentou Amin.

Risco à soberania

Os presidentes da CRE, Nelsinho Trad (PSD-MS), e da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), Vanderlan Cardoso (PP-GO), acordaram que vão efetivar, no ano que vem, uma subcomissão permanente só para tratar da defesa cibernética brasileira. O alerta final foi feito por Amin, para quem o Brasil está ficando para trás numa área crucial para nossa soberania.

“Estamos ficando para trás e podemos pagar um preço caro, imprevisível, por isso. Muito em breve o mundo estará numa nova era, com computadores quânticos, tecnologia 5G, e nós continuamos apegados a uma espécie de Linha Maginot: as fortificações, muralhas e túneis construídos pela França para prevenir um ataque da Alemanha na 2ª Guerra Mundial, mas que não adiantaram nada. Baseavam-se em técnicas ultrapassadas de guerra e não impediram um ataque alemão devastador, que ocupou o país”, finalizou.

*Da Agência Senado

 

Pelo menos 5% dos recursos destinados ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) provenientes do repasse das loterias deverão seguir ao Programa de Proteção Integrada das Fronteiras (PPIF). Esse é o teor de projeto (PL 2519/2019) aprovado nesta quinta-feira (29) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

O relator da proposta foi o senador Esperidião Amin (PP-RS), para quem os novos recursos reforçarão a estrutura de combate aos muitos crimes transfronteiriços, como tráfico de drogas, armas e até de pessoas. Ele apenas lamentou que os recursos do FNSP não vêm sendo aplicados em sua totalidade nos últimos anos.

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“Em 2016 esse Fundo contou com R$ 469,9 milhões, mas apenas R$ 313,8 milhões foram empenhados. Em 2017 o Orçamento previu R$ 1,01 bilhão, mas só R$ 683,2 milhões foram empenhados. E no ano passado destinaram R$ 636,4 milhões, com R$ 491,9 milhões empenhados”, reclamou.

A proposta, que é de autoria do senador Jayme Campos (DEM-MT), segue agora para a análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

*Da Agência Senado

 

Em pronunciamento nesta terça-feira (13) o senador Esperidião Amin (PP-SC) disse que o Senado Federal tem a responsabilidade de aperfeiçoar e retirar eventuais equívocos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 6/2019) que estabelece novas regras para aposentadoria. Para ele, os senadores não podem apenas referendar o trabalho que veio da Câmara.

Apesar de registrar avanços aprovados pelos deputados como as regras referentes ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), ao trabalhador rural e à capitalização, aos professores e aos agentes de segurança, o senador defendeu que outros pontos sejam alterados como o art. 21 da PEC para deixar claro a idade mínima para o exercício da atividade de minerador em subsolo e a inclusão de servidores de estados e municípios nas mesmas regras previstas para servidores civis da União.

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“Há uma dúvida hoje se o artigo 21 da PEC cobre ou não a situação desses trabalhadores de subsolo, até porque há uma contradição: a idade mínima para aposentadoria, pelo texto da Constituição, é 55 anos neste caso, e pela CLT [Consolidação da Lei do Trabalho - Decreto-lei 5.452, de 1943), nos seus artigos 300 e 301, estabelece que ninguém pode trabalhar no subsolo depois dos 50 anos. Ou seja, há uma contradição”, alertou Amin, que representa um estado com grande número de trabalhadores empregados em minas de carvão.

*Da Agência Senado

 

O Congresso Nacional se reunirá em sessão solene na próxima quarta-feira (26), a partir das 11h, para promulgar a emenda constitucional que prevê a execução obrigatória de intervenções das bancadas estaduais no Orçamento da União.

Segundo a nova regra, as emendas orçamentárias apresentadas pelas representações estaduais de parlamentares deverão ser atendidas pelo Executivo até um valor-limite vinculado à receita líquida. Elas estarão sujeitas a contingenciamento de gastos.

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A emenda constitucional é originária da PEC 34/2019 (PEC 2/2015, na Câmara), do deputado Hélio Leite (DEM-PA). O texto passou pelo Plenário do Senado em abril e foi aprovado em definitivo no início deste mês, na Câmara, na forma de um substitutivo do relator no Senado, Esperidião Amin (PP-SC).

*Da Agência Senado 

Com a repercussão negativa da aprovação desfigurada do pacote anticorrupção, parlamentares contrários às mudanças fizeram críticas à votação de um projeto polêmico durante a madrugada. "Não tem nada depois da meia noite que funcione bem, a não ser boate e casa de show. Aqui, passou da meia-noite, a sociedade começa a não ganhar, como não ganhou", disse o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que pregou o encerramento das votações às 23h.

"Votar durante a noite, madrugada afora, não é bom nem para a higiene, nem para a saúde e nem para a transparência", concordou o deputado Esperidião Amin (PP-SC).

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Em seu longo discurso, Delgado - que é apontado como um dos possíveis candidatos à presidência da Câmara - disse que a Casa falhou em não atender o desejo da sociedade e que pagará pela falha cometida "na calada da noite". "Demos mais um motivo para que os brasileiros rejeitem os políticos", concluiu.

O discurso do deputado ganhou apoio de outros parlamentares que estavam no plenário. Embora tenha admitido que o relator Onyx Lorenzoni (DEM-RS) teve problemas na condução do pacote e no diálogo com a Casa, o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) disse que a Câmara cometeu um erro num momento em que a representação política está sendo questionada. "Ajudamos a tocar fogo no pavio que pode fazer com que esse País viva um momento de dificuldade. As pessoas estão inquietas lá fora", comentou.

O deputado Esperidião Amin (PP-SC) admitiu à reportagem haver "especulações" sobre negociações do seu partido com o governo federal, mas destacou que "ninguém está autorizado a negociar ou aceitar cargos" em nome da sigla. Amin, que faz parte da ala oposicionista do PP, defende o impeachment e o rompimento da legenda com a presidente Dilma Rousseff, contudo diz não apoiar uma eventual gestão do vice-presidente Michel Temer. O PP, que possui a terceira maior bancada na Câmara, realizou uma reunião informal nesta quarta-feira, 30, para estabelecer a data da convenção nacional, que terá como principal pauta o desembarque ou não do governo.

"Eu acho que a maioria do partido, se não a unanimidade, vai decidir por não ter relações com o atual governo", afirmou Amin. Em relação ao impeachment, o parlamentar defende que haja liberação de voto, que considera "uma decisão de consciência". "Eu não acho que é correto um partido fechar questão sobre impeachment ou sobre cassação de mandato de um deputado. Não acho que seria cabível, mas até pode haver uma solicitação nesse sentido e, se houver unanimidade, vai ser deliberado, porque o plenário é soberano", declarou. O deputado disse ainda que, mesmo que o impeachment não seja aprovado na Casa, "a governabilidade estará comprometida".

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Sobre as negociações de cargos entre o governo e partidos da base aliada, o deputado catarinense disse "ter certeza" que o partido "não vai mudar de posição por causa de cargos oferecidos, especialmente numa "circunstância como essa". Além da manutenção do Ministério da Integração, atualmente ocupado pelo PP, o partido estaria negociando com o governo o Ministério da Saúde, enquanto a ala do vice-presidente Michel Temer teria ofertado o Ministério das Cidades. "Eu não diria que a negociação faz parte da política, faz parte do espírito de sobrevivência, e o governo está tentando sobreviver", opinou Amin.

O deputado acredita que "o Brasil só encontrará um caminho seguro se houver a eleição direta para presidente e vice-presidente ainda este ano". Apesar de ser contra o governo de Dilma Rousseff, Amin disse que não apoia uma eventual gestão Temer. "Ao PMDB e ao vice-presidente será cobrada a legitimidade, isso vai ser cobrado não só pelo PT, mas pela mesma sociedade que está hoje na rua. Eu torço para que nós tenhamos eleição direta para presidente e vice-presidente. E não tenho candidato, não. É em nome do que eu chamo legitimidade. Sem isso nós não veremos a sociedade brasileira se engajar em um governo", disse o parlamentar.

Amin comentou ainda uma possível tentativa de coalizão do governo, que quer articular a composição de um bloco que teria, além do PP, PR, PSD e PRB - juntos, esses partidos têm 142 votos e formariam o maior bloco da Casa. "O governo está procurando frações de partido, ele sabe que não terá partido único, e o PP eu acho que majoritariamente quer distância do governo, mas eu não posso dizer que todos querem", ponderou. Somado ao PT, o novo grupo garantiria 200 votos a favor do governo, 28 a mais que o necessário para barrar o impeachment. O número mínimo para aprovar o impeachment na Câmara dos Deputados são 342 dos 513 deputados.

A eleição para a liderança do PP ganhou mais um candidato de última hora. O deputado Esperidião Amin (SC) acaba de anunciar a sua candidatura. "O que ficou estabelecido é que haveria uma disputa em que os dois candidatos são pró-governo. Então eu fui instado a me colocar à disposição em nome do grupo que não é governo. Vou marcar posição", declarou. A votação foi adiada para 17 horas desta quarta-feira (17).

Antes, prevista para começar ao meio-dia, a disputa já havia sido adiada por causa da desistência do atual líder, Eduardo da Fonte (PE). Cacá Leão (BA) o substituiu no embate com Aguinaldo Ribeiro (PB) pelo cargo, que, agora, é concorrido por três adversários. Nos corredores do Congresso, Amin anunciava a sua candidatura em tom de brincadeira aos colegas. "Eu aposto com você, até às 15h30, dos dois ficam um só. Os dois vão se entender e vão disputar comigo."

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O deputado catarinense afirmou que "a sua chance de vitória é zero", mas que isso faz parte "do jogo político". "O pior é ficar em silêncio e aceitar uma posição que não é minha. Eu respeito quem é pró-governo, mas eu quero que eles respeitem quem não é. Eles não respeitaram o grupo partidário que é oposição ao fazer a lista para a comissão do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Só tinha chapa-branca". comentou.

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